54º Congressso Nacional de Botânica - 13 a 18 de julho de 2003 - Belém - Pará - Brasil ESTUDOS CROMOSSÔMICOS EM ESPÉCIES DOS GÊNEROS PROTEOPSIS MART. & ZUCC. EX SCHULTZ-BIP. E HETEROCOMA DC. (LYCHNOPHORINAE: VERNONIEAE: ASTERACEAE). Mansanares, M. E.1; Forni-Martins, E. R.2; Semir, J.2. 1 Pós-graduação em Biologia Vegetal / UNICAMP; 2 Professor do Depto. de Botânica, IB, UNICAMP. ([email protected]). Os gêneros Proteopsis Mart. & Zucc. ex Schultz-Bip. e Heterocoma DC. ocorrem somente nos campos rupestres da cadeia do Espinhaço, em Minas Gerais, sendo estes ambientes extremamente ricos em espécies endêmicas. Os dois gêneros até o presente eram monotípicos, apresentando populações de maneira fragmentada nestas formações vegetais. Ambos pertencem à subtribo Lychnophorinae, onde os gêneros que a compõem são de difícil separação e os estudos citotaxonômicos têm se revelado útil para reforçar suas circunscrições. As contagens cromossomômicas para as espécies Proteopsis argentea Mart. & Zucc. ex Schultz-Bip. e Heterocoma albida DC. são inexistentes na literatura Com objetivo de contribuir para o estudo biossistemático destas espécies foram realizadas investigações cromossômicas, com a finalidade de utilizar a citotaxonomia para resolver problemas taxonômicos destes gêneros. O material foi coletado na Serra do Cipó e em Diamantina. Para análise mitótica, utilizaram-se raízes de cipselas recém-germinadas, tratadas com solução de 8-hidroxiquinoleína e fixadas em solução Carnoy. As lâminas foram preparadas através da técnica de Giemsa. Além de Proteopsis argentea, recentemente foi coletada uma nova espécie, ainda não validamente publicada. Foram obtidos dois números cromossômicos distintos, 2n=36 para as duas espécies de Proteopsis analisadas (P. argentea e Proteopsis sp. nov.) e 2n=38 para Heterocoma albida. Em P. argentea e em H. albida, foram observadas células com polissomatia cromossômica, isto é, células tetraplóides em meio às células diplóides normais. Embora este fenômeno seja registrado para um grande número de espécies, e seus mecanismos e fatores responsáveis não sejam bem conhecidos, parece estar freqüentemente associado com hibridização, poliploidia e tratamentos químicos. Os dados cromossômicos observados corroboram a separação destes dois gêneros como distintos. O número cromossômico básico para Proteopsis pode ser considerado como x=18 e para Heterocoma como x=19, concordando com os citados previamente em literatura para as espécies da subtribo Lychnophorinae, de x=15, 17, 18 e 19. (FAPESP, CNPq).