Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 COMPETÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL E RESOLUÇÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO EDUCATIVO: CONTRIBUTO DO MODELO DE TH. GORDON CARREIRA, Marisa ([email protected]) Faculdade de Ciências da Universidade do Porto VAZ REBELO, Piedade ([email protected]) RESUMO Este trabalho tem por objectivo descrever as principais características do modelo de comunicação interpessoal proposto por Thomas Gordon. Baseado na abordagem humanista de C. Rogers, o modelo procura operacionalizar alguns conceitos, nomeadamente, os de aceitação, empatia e autenticidade e constitui um contributo para a utilização da referida abordagem em contexto educativo. Neste âmbito, Gordon desenvolveu o Programa de Ensino Eficaz (PEE), o qual permite uma abordagem inovadora da comunicação interpessoal, propondo também estratégias que constituem um importante contributo para uma melhoria/eficácia daquelas, nomeadamente ao nível da resolução de conflitos. O interesse desta abordagem de resolução de conflitos reside fundamentalmente na forma como se desenrola a comunicação e tem como conceitos fundamentais: “mensagens eu” e “escuta activa”. São cada vez maiores as exigências que se colocam ao professor ao nível da gestão do comportamento dos alunos, das relações interpessoais e da mediação de conflitos. Neste sentido, pode considerar-se que o PEE constitui um contributo para a concretização dos desafios da educação contemporânea, nomeadamente, os referidos por J. Delors como “aprender a viver juntos” e “aprender a ser”. Tem-se assim revelado fundamental a construção de novas formas diálogo, baseadas em princípios de respeito e escuta das ideias dos outros, devendo aos professores proporcionar aos seus alunos novos métodos para a resolução dos problemas escolares e a construção de relações saudáveis e férteis. PALAVRAS-CHAVE Método “sem vencidos” de resolução de conflitos; Mensagens-eu; Escuta activa. Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 Introdução A gestão do comportamento dos alunos e da disciplina na aula é considerada um dos principais desafios com que os professores se confrontam actualmente. Apesar de os dados sistemáticos sobre esta problemática serem ainda raros, existem evidências que muitas das preocupações dos professores se centram em torno da relação com os alunos e da dinâmica da aula (Arends, 2002). No mesmo sentido vão os resultados do relatório da consulta nacional da FNE aos profissionais da Educação (2002), dado que cerca de 80% dos entrevistados considera que houve um aumento da indisciplina nos últimos anos. Em Setembro de 2006 foi criada a linha SOSProfessor e, das chamadas recebidas nesta linha, 40% dizem respeito a professores que admitiram ter sido vítimas de agressões físicas na escola ou nas suas imediações. Constata-se também, pelas notícias vinculadas na comunicação social, que estamos perante um aumento dos casos de bullying, chegando até a referir-se que neste momento os alvos do bullying podem ser os próprios professores (http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=779107). Pode então perguntar-se o que podem os professores fazer para se tornarem gestores eficazes da aula e do comportamento dos alunos? Como gerir as situações de indisciplina? Neste trabalho, procuramos caracterizar o modelo desenvolvido por Thomas Gordon, considerado um dos mais significativos para o desenvolvimento da comunicação interpessoal e da eficácia humana na função docente. O Programa de Ensino Eficaz de Thomas Gordon – Interesse e actualidade A preparação dos professores para os aspectos relacionais em geral e, particularmente, para os aspectos disciplinares reveste-se da maior importância, tendo a formação inicial de professores, neste domínio, um papel fundamental. Mas, apesar de se justificar cada vez mais uma formação que contemple o carácter essencialmente relacional da função docente e nela integre uma preparação para a prevenção dos problemas disciplinares na turma e na escola, os programas de formação inicial e contínua de professores continuam a atribuir um lugar menor a esses aspectos, quando não mesmo a ignorá-los. Uma análise das propostas de intervenção em torno da gestão do comportamento dos alunos e da disciplina mostra uma grande diversidade, à semelhança da diversidade dos próprios conceitos envolvidos. Com efeito, tem-se Marisa Carreira & Piedade Vaz Rebelo “Competências de comunicação interpessoal e resolução de conflitos em contexto educativo: contributo do modelo de Th. Gordon” 2 Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 constatado que a disciplina é um conceito complexo, revestindo-se de alguma ambiguidade, uma vez que lhe são atribuídos vários significados, como organização, regulação, controlo ou castigo, o mesmo acontecendo no caso da indisciplina, conceito também ele ambíguo, dada a multiplicidade de concepções que pode abarcar. Tal como o conceito, também as medidas associadas são diversas e multifacetadas, podendo envolver aspectos preventivos e remediativos (Arends, 2002), preventivos e correctivos (Estrela, 1992) ou mesmo sancionatórios, isto tanto ao nível dos documentos legais como dos programas de intervenção que se têm vindo a desenvolver. Em termos de legislação, e no nosso país, o Estatuto do Aluno do Ensino não Superior estabelece os respectivos direitos e deveres gerais dos alunos, consagrando um código de conduta que contempla regras de convivência e de disciplina. Uma análise da actual Lei nº3/2008 de 18 de Janeiro e da que a precedeu, Lei n.º 30/2002, de 20 de Dezembro, evidencia que, nesta, as medidas disciplinares a utilizar pelo professor foram classificadas em preventivas e correctivas, enquanto na actual lei de 2008, e no sentido de reforçar a autoridade do professor, se estabelecem medidas correctivas e sancionatórias. Uma análise dos modelos que têm sido desenvolvidos em torno da gestão do comportamento dos alunos mostra também uma grande variedade de estratégias, abarcando aspectos preventivos mas também remediativos, por vezes mesmo punitivos. Se numa abordagem mais tradicional desta questão se oscila entre o recurso a medidas de carácter punitivo e a utilização do reforço, recentemente, tem vindo a enfatizar-se a dimensão preventiva, procurando também desenvolver-se a responsabilização e a autonomia dos alunos. Neste âmbito, podem referir-se, por exemplo, o modelo proposto por Dreikurs, o qual visa a prevenção de comportamentos perturbadores através da aplicação de consequências lógicas e naturais em vez de punições de carácter arbitrário e expiatório, ou o modelo desenvolvido por Glasser, que procura proporcionar experiências de êxito aos alunos, ajudando-os a tornarem-se mais responsáveis e a terem uma participação mais activa na vida escolar ou, ainda, abordagens baseadas no conceito de disciplina assertiva que conjuga as respostas assertivas do professor com o desenvolvimento de um plano de disciplina onde são estabelecidas regras e consequências que devem ser claramente explicitadas aos alunos e aos pais. Marisa Carreira & Piedade Vaz Rebelo “Competências de comunicação interpessoal e resolução de conflitos em contexto educativo: contributo do modelo de Th. Gordon” 3 Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 Um outro modelo centrado no desenvolvimento da responsabilização e autonomia dos alunos é o proposto por Thomas Gordon. Em 1975, Gordon implementou um programa intitulado, Programa de Ensino Eficaz (PEE), ou Teacher Efectiveness Training (TET), o qual procura desenvolver competências de comunicação para a “eficácia dos professores”. Este modelo tem como base os princípios fundamentais da não-directividade de Carl Rogers; ou seja, pretende que o sujeito, de forma livre, explore os seus sentimentos e resolva os seus problemas num ambiente de empatia e de grande afectividade. Gordon propõe que se transponham estas atitudes para o plano da sala de aula e, consequentemente, para a relação professor-aluno, transposição que procura operacionalizar no PEE. O PEE proporciona aos professores um conjunto de estratégias que podem ser utilizadas para aumentar a sua “eficácia humana”, destacando-se as que incidem na comunicação interpessoal – “mensagenseu” e “escuta activa” – e na resolução de conflitos – método “sem vencidos” – e que permitem ao professor responder de forma eficaz aos alunos que têm problemas de comportamento. Competências de comunicação A dimensão fundamental do PEE reside nas características do processo de comunicação, na forma como expressamos o que sentimos e interpretamos o que os outros expressam verbal e fisicamente, colocando a ênfase na compreensão profunda e na aceitação das mensagens que nos são transmitidas e nas características das respostas dadas no âmbito deste mesmo processo. Gordon constatou que muitos professores utilizam uma linguagem da inaceitação, julgando, criticando, moralizando e castigando os alunos, acreditando que esta é a melhor forma de contribuir para o seu desenvolvimento. Constatou também que os professores, muitas vezes inconscientemente, utilizam na sua comunicação com o aluno mensagens que transmitem àquele sentimentos de culpa e de incapacidade. Vejamos alguns exemplos. As “mensagens solução”, por exemplo: “Se fosse a ti parava com a brincadeira e fazia os trabalhos”, revelam claramente a um aluno de que modo deve modificar o seu comportamento, mas contêm apenas informação sobre o aluno e nunca sobre o professor, tornando-se por isso ineficazes. As “mensagens críticas” tornam-se ainda piores por denegrirem o aluno, pondo em causa o seu carácter, pois mais uma vez o aluno não tem possibilidade de saber até que ponto o seu comportamento está a afectar o professor; conisdere-se o seguinte exemplo: “És sempre Marisa Carreira & Piedade Vaz Rebelo “Competências de comunicação interpessoal e resolução de conflitos em contexto educativo: contributo do modelo de Th. Gordon” 4 Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 tu quem começa os problemas”. Por último, as “mensagens na segunda pessoa” não revelam nada sobre o professor, concentram-se apenas no aluno, por exemplo: “Estás a agir como um bebé” ou “Faz como te ensinei”; ao enviar este tipo de mensagens, o professor está no fundo a culpar o aluno, evitando a responsabilidade do seu próprio sentimento de frustração. Gordon propõe estratégias alternativas às anteriormente referidas. Considera que a linguagem de aceitação é fundamental para promover a “eficácia humana”, afirmando que quando as pessoas são capazes de sentir e comunicar genuinamente a aceitação pelos outros, possuem a capacidade de se tornar num agente eficaz para o outro. A aceitação envolve a empatia, definida como a capacidade de interpretar e compreender as opiniões e os sentimentos do outro (Gordon, 1998), e ambas podem ser concretizadas através da utilização da escuta activa. Escutar activamente transmite ao outro a compreensão e aceitação dos seus sentimentos. Para desempenhar esta competência, torna-se necessário suspender conscientemente qualquer julgamento ou apreciação e ser capaz de se colocar do ponto de vista do outro. Na aula, a escuta activa é um processo que permite ao aluno a expressão dos seus sentimentos e a comunicação dos seus problemas e potencia a compreensão do professor. Neste processo, é também crucial a descodificação das mensagens. Como é que o professor se pode certificar que compreendeu a mensagem transmitida pelo aluno e como é que este sabe se o professor descodificou correcta ou incorrectamente a sua mensagem? Para confirmar a exactidão deste esforço descodificador é fundamental o processo de retroacção, um contributo essencial para a compreensão do significado das mensagens Em relação ao tipo de resposta dada pelo professor, Gordon propõe uma estratégia inovadora, designada de “mensagens-eu”. Quando o professor diz o que pensa do comportamento do aluno ou como este o afecta, a mensagem é dada na primeira pessoa. No entanto, uma mensagem que diz o que nos vai no íntimo é uma mensagem de responsabilidade pessoal, pois estamos a admitir o que sentimos e a partilhá-lo com os alunos, deixando ao aluno a responsabilidade pelo seu comportamento. São exemplos de mensagem na primeira pessoa: “Estou frustrado com esse barulho” ou “Fico realmente aborrecido quando entram de qualquer maneira na sala”. Com a utilização destas mensagens, o professor é visto como uma pessoa transparente, honesta e real, com sentimentos, alguém com quem se podem estabelecer Marisa Carreira & Piedade Vaz Rebelo “Competências de comunicação interpessoal e resolução de conflitos em contexto educativo: contributo do modelo de Th. Gordon” 5 Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 relações significativas e contribui para a formação de alunos responsáveis, cooperantes e construtivos. Uma abordagem de resolução de conflitos A experiência vivida por Gordon levou-o ainda a constatar que, quase sem excepção, os professores pensam na resolução de conflitos em termos de ganhar e perder. No entanto, os professores devem considerar que ao quererem ganhar um conflito, ou pelo menos, a não o perder, os alunos estão a perder ou a não ganhar. Assim, podem ser considerados dois métodos de resolução de conflitos: a) O método I, em que o professor ganha e o aluno perde o conflito; b) O método II, em que o aluno ganha e o professor perde. As posturas de ambos os métodos são de competição, teimosia, falta de cortesia e falta de consideração. No entanto, poucos professores têm consciência de utilizar um destes dois modelos, mas também não têm conhecimento de outra alternativa. Será que existem outras formas de resolver conflitos? A resposta é afirmativa, propondo Gordon o método III de resolução de conflitos – designado de “método sem vencidos”. Este método promove a união das partes envolvidas no conflito para o encontro de uma solução aceitável para ambas, em que ninguém fique a perder. Para o implementar é necessário seguir vários passos, propondo Gordon um processo em seis etapas, que estão descritas no quadro 1. Definir o O professor e o aluno têm de indicar de forma clara e concreta o problema que os incomoda na situação de conflito, só assim poderão encontrar uma solução considerada boa por ambos. Este é possivelmente o passo mais importante de todo o processo. Encontrar Nesta fase, o professor deve dar liberdade ao aluno na sugestão de possíveis soluções soluções possíveis. Usar técnicas como brainstorming poderá ser útil para criar soluções criativas. Avaliar as Pode começar-se esta etapa com uma questão em aberto: “Está na soluções altura de dizerem quais as soluções que mais apreciam e quais as que não gostam”. O professor deve dar a sua opinião pessoal, utilizando mensagens na primeira pessoa. Decidir qual a Se existir uma solução claramente superior com a qual todos Marisa Carreira & Piedade Vaz Rebelo “Competências de comunicação interpessoal e resolução de conflitos em contexto educativo: contributo do modelo de Th. Gordon” 6 Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 melhor solução concordam, ultrapassamos este passo. O professor não deve pedir que haja votação porque isso implicará vencedor e vencidos. Pode propor-se aos alunos que imaginem o resultado de cada solução se fosse escolhida, identificando a que trará mais benefícios para ambos. Determinar como Esta etapa é muito importante, é necessário determinar quem faz o implementar a quê e quando para a implementação da solução solução Avaliar os Após ter sido tomada uma decisão, os professores devem voltar a resultados da falar com os alunos para analisarem os resultados da solução solução implementada. Se o conflito tiver desaparecido, a solução foi eficaz, implementada caso contrário, professor e alunos devem procurar novas soluções. Quadro 1 – Seis etapas para a utilização do método “sem vencidos” de resolução de conflitos de Th. Gordon (Adaptado de Gordon & Burch, 1998) A utilização deste método tem algumas vantagens, possibilitando que as relações pessoais se fortaleçam, que os alunos e professores aumentem a sua criatividade na procura de soluções, que os riscos da utilização do poder sejam eliminados, que os verdadeiros problemas associados aos conflitos sejam revelados. Com o método “sem vencidos” mostra-se ao aluno que é capaz de um comportamento responsável, que se considera que sabe compreender os sentimentos do professor, que pode modificar o seu comportamento quando descobre que está a interferir com os outros e que é capaz de tomar decisões e de as levar ao fim. Estudos sobre a eficácia do programa Emmer & Aussiker (1989; citados por Espírito Santo 2002) procuraram avaliar a eficácia de programas de formação de professores inspirados nos princípios e nas orientações conceptuais de quatro modelos: o PEE de Gordon, o modelo de Glasser a abordagem baseada na Disciplina Assertiva e a abordagem de Dreikurs. Estes autores verificaram que estes programas representavam uma melhoria em relação aos métodos tradicionais usados na sala de aula para lidar com os problemas de indisciplina. No entanto, apenas o Modelo de Gordon e o Modelo de Disciplina Assertiva, quando usado com professores que possuíam baixa assertividade, se traduziram em ganhos estatisticamente significativos do ponto de vista das mudanças comportamentais dos Marisa Carreira & Piedade Vaz Rebelo “Competências de comunicação interpessoal e resolução de conflitos em contexto educativo: contributo do modelo de Th. Gordon” 7 Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 alunos e do uso de novas competências por parte dos professores. Estes resultados levaram os autores a defender a utilidade destes modelos teóricos para fundamentarem programas de formação de professores. Outros estudos, revelam que a implementação do PEE está associada a: níveis mais elevados de auto-estima por parte do professor (Bear, 1983); a comportamentos que evidenciam uma melhoria das relações professor-aluno e um aumento da aceitação das emoções (Beck e Roblee, 1982; Chanow, 1980; Chanow-Gruen e Doyle, 1983; Cleveland, 1980); e a níveis mais baixos de comportamentos como dar ordens ou críticas por parte do professor (Dennehy, 1981). Ao nível do comportamento dos alunos, os estudos evidenciaram mudanças significativas, não só no comportamento, como também no rendimento dos alunos. Em particular, verificaram-se níveis mais baixos de absentismo, de problemas disciplinares e actos de vandalismo; e por outro lado, níveis mais elevados de auto conceito, rendimento escolar, QI, pensamento complexo e criatividade (Aspy & Roebuck, 1983; Nummela, & Avila, 1980). Conclusões O PEE caracteriza-se pela sua orientação para formas de comunicação que responsabilizam os alunos pelas suas acções e para a solução de problemas. Sendo assim parece-nos fundamental que se construa uma nova forma de diálogo, baseada em princípios de respeito e escuta das ideias dos outros. Cabe aos professores proporcionarem aos seus alunos novos métodos para a resolução dos problemas que surgem no contexto escolar, construindo relações saudáveis e férteis. Com criatividade, sinergia de ideias e harmonia, os nossos alunos serão cidadãos responsáveis, participantes e democráticos. Como desafio propomos a implementação das estratégias do modelo PEE em ambiente virtual de formação de professores de forma a analisar a utilização das mesmas para a gestão das interacções on-line. Bibliografia AMADO, J. (2001); Interacção Pedagógica e Indisciplina na Sala de Aula; Edições Asa. ASPY, D., & ROEBUCK, F. (1983); Researching person-centered issues in education; In C.R. Rogers, Freedom to learn for the 80s. Columbus, Ohio: Charles E. Merrill. BECK, M. & ROBLEE, K. (1982); Teacher Effectiveness Training: A technique for increasing student-teacher interaction; College Student Journal. Marisa Carreira & Piedade Vaz Rebelo “Competências de comunicação interpessoal e resolução de conflitos em contexto educativo: contributo do modelo de Th. Gordon” 8 Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 BEAR, G. (1983); Usefulness of Y.E.T. and Kohlberg's approach for guidance; Elementary School Guidance and Counseling. CALDEIRA, S. & REGO, I. (2007); Episódios de Vida na Escola; Quarteto. CHANOW, K. (1980); "Teacher Effectiveness Training": An assessment of the changes in self-reported attitudes and student-observed attitudes of junior high school teachers; Dissertation Abstracts International Online. CHANOW-GRUEN, K. & Doyle, R. (1983); The counselor's consultative role with teachers, using the T.E.T. model; Humanistic Education and Development. CLEVELAND, B. (1980); Active listening yields better decisions; Social Studies. DECRETO- LEI n.º 30/2002, Diário da República nº 294 Série I de 20 de Dezembro DECRETO- LEI n.º 3/2008, Diário da República nº 13 Série I de 18 de Janeiro DENNEHY, M. (1981); An assessment of Teacher Effectiveness Training on improving the teacher-student relationship, maintaining classroom discipline, and increasing teacher and student capacity for problem solving; Dissertation Abstracts International Online. ESTRELA, M. (1992); Relação Pedagógica, Disciplina e Indisciplina na Aula; Porto Editora. ESPÍRITO SANTO, J. (2002); Contributos para a Formação de Professores no âmbito da Prevenção da Indisciplina em Sala de Aula; Lisboa (tese de doutoramento). FACHADA, M., (1991), Psicologia Relações Interpessoais, Lisboa, Ed. Rumo. FERREIRA, M. (2003); Relações de Convivência e Indisciplina no contexto da Sala de Aula: Implicações no Processo do Ensino-Aprendizagem; Porto (tese de mestrado). GORDON, T. (1998); Eficácia na Educação dos Filhos por GAFT – Gabinete de Aconselhamento, Terapia e Formação; Editora Encontro. GORDON, T. & Burch, N. (1998); P.E.E. Programa do Ensino Eficaz; Lisboa: Escola Superior João de Deus. KOUNIN, J. (1977). Discipline and Group Management. New York; Robert E. Krieger Publishing. Legislação Essencial para o Professor (2003); Porto Editora. NUMMELA, R. & AVILA, D. (1980); Self-concept and Teacher Effectiveness Training; College Student Journal. PINTO, C. (2002); Relatório da Consulta Nacional da FNE aos Profissionais da Educação – IV A (In)Disciplina nas Escolas; Edições IEST. Marisa Carreira & Piedade Vaz Rebelo “Competências de comunicação interpessoal e resolução de conflitos em contexto educativo: contributo do modelo de Th. Gordon” 9 Tutoria e Mediação em Educação: Novos Desafios à Investigação Educacional XVI Colóquio AFIRSE/AIPELF 2008 TAVARES, P. (2005); Mais de 1200 agressões nas escolas no ano lectivo de 2004/2005 in Diário de Notícias; Sites http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=779107 (consultado a 20 de Janeiro de 2007); http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=779252 (consultado a 20 de Janeiro de 2007); http://www.min-edu.pt/np3/121 (consultado a 20 de Janeiro de 2007); http://www.min-edu.pt/np3content/?newsId=1568&fileName=lei_3_2008.pdf (consultado a 20 de Janeiro de 2007). Marisa Carreira & Piedade Vaz Rebelo “Competências de comunicação interpessoal e resolução de conflitos em contexto educativo: contributo do modelo de Th. Gordon” 10