O ENSINO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM
VIÉS PARA O EXERCÍCIO DA INTERDISCIPLINARIDADE
Silviani Monteiro Sathres
Silvia Vanise Cardoso Gracioli
Sabrina Moro Balconi1
Rosemar de Fátima Vestena2
Resumo
O presente trabalho é fruto de uma pesquisa teórica de alternativas que possam auxiliar o
processo ensino-aprendizagem para garantir uma educação de qualidade, dignificante do contexto
sociocultural. O ensino de Ciências Naturais tem grande relevância no que diz respeito à
formação integral do cidadão e também acerca da alfabetização, que não se reduz mais apenas no
ler e no escrever e sim numa “alfabetização científica” envolvendo todas as faces do processo de
alfabetização. Nesse sentido percebe-se um ensino abrangente, vinculado aos fatos científicos e
tecnológicos, trabalhando de forma interdisciplinar e que valorize esses saberes como
indispensáveis para o desenvolvimento da democracia. A insegurança dos professores que atuam
nos anos iniciais diante da interdisciplinaridade provoca o receio de discutir temas que envolvem
valores, pontos de vista, pois este processo exige dos docentes mudança de postura na elaboração
do planejamento, exigindo também uma maior participação dos alunos em questões que afetam
seu modo de vida e que demandam análise para a tomada de decisões. Dessa forma, o ensino de
ciências está intimamente ligado a uma perspectiva construtivista, de descoberta, de investigação
e de criar oportunidades de relatar, tudo isto se volta ao que de fato se pretende com o ato de
educar, ou seja, a formação integral do ser humano.
Palavras-chave: educação, interdisciplinaridade, alfabetização científica, democracia, cidadania
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Acadêmicas do Curso de Pedagogia: Magistério dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, no Centro Universitário
Franciscano de Santa Maria, RS.
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Professora no Centro Universitário de Santa Maria, RS.
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1 INTRODUÇÃO
No decorrer da disciplina de Ensino de Ciências Naturais: conteúdo e método no 5º
semestre do Curso de Pedagogia: Magistério dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Centro
Universitário Franciscano de Santa Maria, RS, a partir das bibliografias estudadas e experiências
vivenciadas dentro e fora da sala de aula, percebemos que o ensino de Ciências tem grande
relevância no que diz respeito à formação integral do cidadão e também acerca da alfabetização,
que não se reduz mais apenas no ler e no escrever e sim numa “alfabetização científica”,
envolvendo todas as faces do processo de alfabetização.
O ensino de Ciências nos anos iniciais se apresenta preferencialmente junto às demais
áreas do conhecimento de forma globalizada. Esta ação integrada oportuniza às Ciências Naturais
que venha à tona seus conhecimentos, teorias, proposições e metodologias, ou seja, um espaço no
currículo escolar para a exploração e o entendimento de como o mundo funciona e com que
propostas devemos interagir com o mesmo para a continuidade do planeta como abrigo e
provedor de todas as formas vivas e seus sistemas, incluindo o homem como um de seus
integrantes.
Sabemos que o ensino de Ciências está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional 9.394/96, no Art. 32, II, “a compreensão do ambiente natural e social [...], da tecnologia
[...]”, bem como, nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Nesse sentido, percebemos o
significado expressivo de um ensino abrangente vinculado aos fatos científicos e tecnológicos,
trabalhado de forma interdisciplinar e que valorize esses saberes como indispensáveis para o
desenvolvimento da democracia.
Considerando estas e tantas outras inquietações, empreendemos nosso estudo na pesquisa
teórica de alternativas que possam auxiliar o processo ensino-aprendizagem para garantir uma
educação de qualidade dignificante do contexto sociocultural. Dessa forma, abordaremos
algumas sugestões de atividades práticas e lúdicas, baseadas na perspectiva construtivista na qual
o educando, percebendo-se como parte de um meio natural, é instigado a agir como protagonista
no processo de aprendizagem.
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2 DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento científico em relação ao desenvolvimento econômico e tecnológico
resultou num importante movimento pedagógico denominado “ciência, tecnologia e sociedade”,
dessa forma o Ensino de Ciências tem como característica comum servir ao cidadão para que esse
possa participar e usufruir as oportunidades, as responsabilidades e os desafios do cotidiano.
Partindo dessa percepção, a ciência passa de uma fase neutra, linear, previsível e começa a
preocupar-se com o processo de construção histórico-social, que abre espaço para uma fase
interdisciplinar, deixando de ser vista como a solução para os problemas e passando a ser culpada
por crises existentes.
A insegurança dos professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental diante
dos conhecimentos advindos das ciências naturais causa uma grande preocupação, pois provoca o
receio de discutir temas que envolvam valores, pontos de vista, pois esse processo exige dos
docentes mudança de postura na elaboração do planejamento, certa vez que é nítido o interesse
das crianças desde a tenra idade por essa área, incluindo em suas discussões e curiosidades temas
como os animais, as plantas, o ambiente, o corpo humano e ainda diante dos grandes avanços
tecnológicos produzidos nos últimos anos, principalmente na área da Biologia e também as
constantes preocupações com a preservação do meio ambiente. Os professores precisam
proporcionar atividades para que a criança “[...] sinta o prazer de descobrir, de observar, de
comparar, de classificar e de descrever a realidade[...]”(MORAES, 1995, p. 10). Portanto, a
sociedade exige uma maior participação dos alunos, como cidadãos, em questões que afetam seu
modo de vida e que demandam análise para a tomada de decisões. “Para tanto, o confinamento na
sala de aula é restritivo e impede que os educandos tenham contato com a realidade que está em
discussão.” (KRASILCHIK; MARANDINO, 2004, p.11).
É necessário que se levem os participantes para fora da sala de aula, para que possam
estabelecer relações com a realidade, expandindo assim a sua visão de mundo. O professor deve
criar brincadeiras que propiciem a descoberta e o uso de propriedades e relações, não pode ficar
apenas falando a respeito dos temas de ciências, mas dar oportunidade para a experimentação,
porque através dela começarão os questionamentos e a busca pelo conhecimento, a partir daí fazse a inter-relação do aprendido com o que é visto na realidade. Isto requer do professor
sensibilidade, senso de observação e metodologias adequadas para que as crianças, cheias de
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vontade e curiosidade e também dotadas de conhecimentos, concepções e representações, sejam
encaminhadas para a construção de conhecimentos, de forma plausível, inteligível e frutífera. Ao
analisarmos todas essas concepções, percebemos que:
“[...]o Ensino de Ciências nas séries iniciais deve procurar conservar o espírito lúdico
das crianças, o que pode ser conseguido através da proposição de atividades
desafiadoras e inteligentes. As experiências devem ser de tal espécie que promovam
uma participação alegre e curiosa das crianças, possibilitando-lhes o prazer de fazerem
descobertas pelo próprio esforço. Assim, o ensino de Ciências estará integrando mundo,
pensamento e linguagem, possibilitando às crianças uma leitura de mundo mais
consciente e ampla, ao mesmo tempo em que auxilia numa efetiva alfabetização dos
alunos.” (MORAES 1995, p. 14)
A ciência e a tecnologia se fazem presentes no cotidiano dos cidadãos através de seus
impactos e conseqüências, bem como nos produtos que consumimos. Para quem considera a
educação como um instrumento indispensável para que a exclusão não aconteça e para que os
educandos tenham possibilidades de enfrentar os obstáculos do analfabetismo, a informação
básica faz-se essencial, uma vez que a alfabetização científica é contínua e perpassa a escola,
exigindo a aquisição constante de novos conhecimentos e promovendo a inter-relação entre estes.
Para Spodeck; Saracho (1998):
“As atividades de ciências são importantes em si mesmas. Entretanto, aquilo que as
crianças aprendem sobre a ciência e como ela é feita, pode ser relacionado a outras
áreas do currículo.” (p. 300)
Segundo Krasilchik; Marandino (2004), podemos distinguir a Alfabetização Científica
por meio de estágios: Nominal (reconhecer termos específicos do vocabulário científico);
Funcional (definir termos científicos sem compreender o significado); Estrutural (compreender
idéias básicas que estruturam o atual conhecimento científico) e Multidimensional (compreensão
integrada do significado dos conceitos apreendidos, envolvendo conexões com outras
disciplinas). Acreditamos que o ensino hoje permite aos educandos desenvolver apenas os
estágios Nominal e Funcional, não conseguindo aguçar a curiosidade a ponto de levá-los a
compreender o papel da ciência em suas vidas.
Compreendemos que ser alfabetizado cientificamente envolve o que refere Freire (1987):
“A leitura de mundo precede a leitura da palavra.” Ler o mundo que é a própria ciência em si,
compreender o ambiente em que se está situado tanto natural quanto cultural, preparar os
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cidadãos para que sejam capazes de realizar plenamente seus direitos e deveres participando
ativamente da sociedade, isto é ciência e é este o nosso principal objetivo como educadores.
A preocupação com essa educação que promove a inclusão social é referida até mesmo
pela Unesco que, em seu relatório, de Delors (1999), apresenta quatro pilares em que se baseia a
educação, esses pilares relacionam-se segundo Krasilchik; Marandino (2004) aos quatro grandes
objetivos para as atividades científicas no mundo, reconhecidas também pela Unesco: aprender a
conhecer significa a aquisição de conhecimentos em amplitude e profundidade, relaciona-se ao
objetivo “ciência para o conhecimento” no qual a ciência é movida pela liberdade de pensamento,
com objetivo de realizar descobertas, elaborar teorias e rever concepções; já aprender a fazer
envolve o uso dos conhecimentos e a tomada de decisões e remete-nos à “ciência para o
desenvolvimento” que representa o atual meio entre a pesquisa básica e a tecnologia, sendo que a
cooperação e a competição tem natureza ética e prática, devendo complementar o conjunto de
conhecimentos do cidadão, levando-o à tomada de decisões individuais e sociais; no pilar
aprender a viver juntos temos a compreensão e a aceitação das semelhanças e diferenças, que se
relacionam com a “ciência na sociedade e para a sociedade” abrindo como possibilidades a
diminuição da exclusão e melhores condições de vida, existindo um diálogo constante entre
comunidade e escola, com o qual ocorre a passagem de informações, bem como as possibilidades
e limitações; por fim, em aprender a ser há referência ao desenvolvimento da capacidade de
reconhecer valores e agir de forma coerente e está relacionado à “ciência para a paz”, trazendo
como colaboração a formação de uma sociedade com mais respeito e pluralismo de idéias.
Percebemos, então, que a ciência é um assunto mundial e não podemos negar sua relevância na
contemporaneidade.
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COLOCANDO AS IDÉIAS EM AÇÃO: UMA SUGESTÃO DE ROTEIRO DE
ATIVIDADES PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS
• Tema: Animais
• Conteúdos: Animais Ovíparos, Vivíparos e Ovovíparos; Classificação dos Vertebrados e
Alimentação dos Animais.
1.OBJETIVO: Desenvolver através de atividades que despertam a curiosidade e a pesquisa,
conceitos básicos de Ciências a fim de construir um aprendizado significativo.
2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Diferenciar Animais Ovíparos, Vivíparos e Ovovíparos;
Compreender e reconhecer a classificação dos Vertebrados;
Descobrir através da pesquisa como os animais se alimentam.
3.ATIVIDADE DESAFIADORA: Apresentação da história Um Amor de Confusão, de Dulce
Rangel, através de uma televisão manual (alunos em círculo).
1º momento: Questionamentos:
Quais os animais que aparecem na história? Ganso, pato, marreco, codorna, perdiz, pintinho,
tartaruga, jacaré.
Como eles se desenvolvem? Dentro do quê?
2º momento: Diferenciar Ovíparos e Vivíparos.
Levar um ovo quebrá-lo para mostrar aos alunos:
1. Pegue o ovo com as mãos e sinta se ele é duro ou macio.
2. Qual é a sua cor por fora?
3. Agora, com cuidado, bata-o devagarinho no prato. Ele se quebrou facilmente?
4. Agora quebre com cuidado a casca do ovo.
5. Como ele é por dentro?
6. Como se chama a parte amarela do ovo?
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7. Como se chama a parte transparente que envolve a parte amarela?
8. Anote todas as suas observações no caderno. Faça um desenho do ovo como ele é por dentro.
A partir daí seguir com as explicações acerca dos questionamentos que forem surgindo.
Agora vamos observar as etapas do desenvolvimento de um filhote dentro do ovo. (Passar as
ilustrações para que os alunos observem).
Explicar que estes animais que se desenvolvem dentro do ovo, fora do corpo da mãe, são
chamados Ovíparos.
Há ovos que têm casca (galinha, pomba) e ovos sem casca (sapo, peixes, rã).
Nos ovos com casca, os filhotes bicam a casca para sair.
A galinha bota os ovos e choca-os com o calor do seu próprio corpo, durante 21 dias, até os
pintinhos nascerem.
A tartaruga enterra os ovos na areia. O calor da areia choca os ovos.
Certas espécies como algumas cobras são Ovovíparas, pois o ovo “explode” quando o filhote
está pronto para nascer.
Os homens, os cachorros, os bois, as baleias e os morcegos são exemplos de animais
Vivíparos. Eles se desenvolvem dentro da barriga da mãe e mamam o leite da mãe – são
chamados de mamíferos.
3º momento: Dominó de Animais / Classificação dos Vertebrados.
Antes disso, através de aula expositiva, com cartazes apresentar e explicar as características
dos subgrupos.
Os alunos divididos em cinco grupos, cada grupo irá confeccionar um dominó, com figuras e
características dos subgrupos. Após irão jogar.
4º momento: Pesquisa sobre alimentação das Aves, Répteis, Mamíferos, Peixes e Anfíbios.
Os alunos, divididos em cinco grupos, deverão pesquisar em revistas, jornais, enciclopédias,
Internet e outros materiais que forem disponíveis como se alimentam os animais;
Cada grupo irá pesquisar sobre um dos subgrupos;
Após a pesquisa, irão desenhar ou escrever os alimentos que encontraram a respeito dos
animais que pesquisaram;
Por fim, serão feitas apresentações para os colegas.
5º momento: ATIVIDADE DE INTEGRAÇÃO – visita ao Criadouro São Braz, Santa Maria,
RS.
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6º momento: PARECER DESCRITIVO envolvendo todas as atividades realizadas pelas
crianças durante o Roteiro de Trabalho, destacando as aprendizagens conseguidas e as
dificuldades apresentadas e sanadas durante o processo de aprendizagem.
Interdisciplinaridade:
Matemática: quatro operações, usando os ovos dos animais. Pode-se usar as cascas de ovos para
contagem.
Artes: desenhos, recorte, confecção do dominó, confecção de fantoches de animais, confecção de
animais com material de sucata, pintura de ovos.
Língua Portuguesa: Criação e recriação de histórias, frases. Uso do dicionário para pesquisar
termos e palavras desconhecidos.
Educação Física: Caçador de Currais, Cada um na sua casa, Corrida dos animais, Imitação de
animais para adivinhação.
Estudos Sociais: O papel das mães; mãe não é só aquela que traz ao mundo, mas aquela que
cuida, dá afeto, carinho e aceita cada um do jeito que é (aceitação); regiões onde vivem os
animais; diferentes culturas que consideram alguns animais como sagrados.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Interdisciplinaridade é o fio condutor do ensino demonstrando que é possível trabalhar
todas as áreas do conhecimento a partir de um assunto, principalmente sendo este amplo como o
das ciências naturais, podendo ser explorado através de histórias infantis, como sugerimos.
Consideramos de grande importância o papel das ciências naturais, hoje, no cotidiano
escolar, pois esta requer que os educandos investiguem ativamente, tenham curiosidade, podendo
assim construir suas próprias conclusões, efetivando um ensino globalizado através de atividades
interdisciplinares que superem a fragmentação dos conhecimentos, articulando-os através das
temáticas que envolvem e estimulam a criatividade e o interesse dos educandos, uma vez que
proporcionam o uso de experiências, materiais concretos, a percepção de que estão estudando o
que os cerca, a realidade, isso tudo se traduz numa aprendizagem significativa.
A metodologia adotada no planejamento das atividades foi a exploração de materiais, o
uso do lúdico, questionamentos, observação e passeios, é através de atividades práticas e lúdicas
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que o educando desenvolve o processo de construção do conhecimento, surgindo assim uma
atitude científica, proporcionando com que ele perceba o prazer de observar, de experimentar e
de construir seu aprendizado.
A alfabetização científica desenvolve a compreensão do mundo, as relações do homem
com a natureza e a consciência de que fazemos parte desse conjunto dinâmico chamado natureza.
A compreensão de que a ciência está no nosso cotidiano e de que ela contribui para a formação
de pessoas íntegras e autônomas, com valores éticos e morais é o principal motivo de estarmos
fazendo este estudo.
Ao analisarmos todas essas concepções, percebemos que o ensino de ciências está
intimamente ligado a uma perspectiva construtivista, de descoberta, de investigação, de criar
oportunidades de criar, de relatar, de refletir, tudo isto volta-nos ao que de fato pretendemos com
o ato de educar, ou seja, a formação integral do ser humano. Num caminho de constante busca, já
que nas Ciências Naturais o conhecimento não é pronto, acabado, é mutável e a cada momento
está em transformação, superando antigos conceitos pautados pela provisoriedade dos fatos, com
suas verdades relativas se tornando um excelente palco para trabalhar valores.
Percebemos que o ensino de ciências na contemporaneidade não pode ser neutro, mas
deve sim considerar que seu direcionamento está no atendimento das necessidades da maioria da
população, visando mais do que a uma descrição de mundo, ou seja, uma compreensão efetiva e
crítica de modo que o educando possa ser sujeito da construção e da transformação de sua
realidade. Deste modo, esperamos poder contribuir para que muitos profissionais que trabalham
com os anos iniciais do Ensino Fundamental e preocupam-se em realizar um ensino de qualidade
possam abrir seus horizontes e perceber que essa forma de ensinar Ciências é prazerosa e muito
gratificante.
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4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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Parâmetros Curriculares Nacionais.
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MORAES, Roque. Ciência para as séries iniciais e alfabetização. Porto Alegre: Sagra: DC
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SPODECK, Bernard e SARACHO, Olívia N. Ensinando crianças de três a oito anos. Porto
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DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1999.
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