Eduarda (Eddie) Pita – www.eddiemac.ca - (416) 920-9931
Erros frequentemente cometidos com hipotecas – 1 Por Eduarda Pita
Muita gente que pede empréstimos hipotecários acaba por perder dinheiro numa série de erros dispendiosos,
simplesmente por não terem atenção a algumas simples medidas. Vamos então ver quais os principais passos a dar para
evitar cometer esses erros.
Procrastinação – Deixar para amanhã o que se pode fazer hoje
De certa forma, todos nós procrastinamos e, ocasionalmente, até beneficiamos com isso. Não é o caso, porém, quando
se trata de hipotecas. Quer acreditem, quer não, há muita gente que pede um empréstimo para hipoteca poucos dias
antes da data do fecho da compra da casa ou de renovação da hipoteca. Isto é simplesmente um erro.
Assim que se começa a pensar em comprar casa, deve-se falar com um banco ou corretor de hipotecas. A este processo
chama-se obter a “pré-aprovação” para a hipoteca e permite garantir a melhor taxa de juro que se registar naquele
determinado período, até 120 dias antes da transacção.
Entretanto, e caso se encontre outra instituição a oferecer um juro mais favorável, há sempre a possibilidade de o
solicitar. É importante recordar que o processo de pré-aprovação não representa uma obrigação do cliente em contrair o
empréstimo, mas sim do credor em prestar a melhor taxa de juro que se registar durante o período coberto pelo acordo.
Procurar em várias instituições
Pode-se estar satisfeito com o serviço que nos é prestado pelo nosso banco, em termos de serviços e produtos ligados ao
crédito habitação, mas será que os preços são competitivos? Podem haver outras instituições de crédito com melhores
ofertas.
Uma estratégia compensadora consiste em começar a indagar junto da repartição bancária da qual nos servimos
habitualmente e usar a taxa de juro que nos é dada como base de comparação quando contactamos outros bancos e
corretores de hipotecas.
Enquanto que os bancos só podem oferecer o seu próprio produto, os corretores oferecem várias opções em termos de
instituições de crédito, podendo mesmo incluir o próprio banco do cliente, mas com um juro mais vantajoso, devido à sua
capacidade de negociação.
Registo de crédito
As instituições financeiras avaliam a concessão de empréstimos com base numa série de critérios. Para além do
rendimento anual, analisam o registo de crédito pessoal do cliente por forma a concluírem se este representa um risco
aceitável.
No Canadá, cada pessoa tem um cadastro financeiro que é compilado por duas empresas de crédito: a Equifax e a Trans
Union. Estas companhias registam todas as dívidas e o historial de pagamentos de cada indivíduo. Uma boa classificação
permite maior poder de negociação para conseguir um juro mais baixo, enquanto que uma classificação baixa significa ter
de pagar juros mais elevados quando se pede um empréstimo.
É recomendado fazer-se uma revisão anual destes cadastros de crédito para ajudar a identificar possíveis erros ou corrigir
informações incorrectas, evitando assim situações embaraçosas no futuro.
Cuidado com as grandes hipotecas
É importante recordarmos que os bancos e os corretores recebem uma comissão baseada no valor total da hipoteca.
Quando estamos a calcular a quantia que precisamos de pedir emprestada, é essencial termos em conta o quanto esse
empréstimo nos vai custar.
Quanto maior for a hipoteca, maior a prestação a pagar, o que pode ter influência no estilo de vida que desejamos.
Pequenas alterações no nosso rendimento podem ter um impacto drástico na capacidade de satisfazermos as prestações
da hipoteca e, quando estas não são pagas, o banco pode tomar conta da casa e vendê-la.
(Continua...)
Daqui a quinze dias voltaremos a analisar outras medidas que podemos tomar, por forma a evitar os principais erros mais
dispendiosos na escolha de uma hipoteca.
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Erros frequentemente cometidos com hipotecas – 2 Por Eduarda Pita
Conforme começámos a analisar na nossa última rubrica, há muita gente que acaba por perder dinheiro nas suas
hipotecas devido a numa série de simples erros. Esta semana vamos continuar a ver alguns passos importantes que
podemos tomar para evitar esses erros dispendiosos.
Leiam os contratos
Muitos de nós recorremos aos bancos para pedir uma hipoteca e, em poucos minutos, assinamos logo todos aqueles
documentos complicados. Como nos sentimos na obrigação de confiar nos bancos, não vemos necessidade de os ler. Só
que os contractos são redigidos por advogados e podem ser difíceis de compreender. Nunca se deve assinar nada sem
antes termos oportunidade de o ler e compreender perfeitamente. E é bom fazer o maior número de perguntas possível,
para esclarecer todas as dúvidas.
Há mais factores em jogo para além dos juros
As taxas de juro determinam o custo dos empréstimos, mas, só por si, não devem ser o único critério usado para avaliar
uma hipoteca. Há outros factores igualmente importantes.
A reputação da instituição financeira é essencial e deve ser submetida a investigação.
Deve-se também ter em conta quais os privilégios de pagamento antecipado que são permitidos. Quanto é que nos é
permitido pagar, para além das prestações estipuladas? Será que podemos fazer um pagamento anual de 10, 15, 20 ou
25 por cento do valor inicial, por forma a reduzir o empréstimo? Quantas vezes é que o podemos fazer por ano?
Ao pagarmos mais depressa o empréstimo, pagamos menos em juros ao longo do período de amortização da hipoteca.
Exagerar a verdade
Exagerar o rendimento anual que se declara num pedido de hipoteca é fraude. Embora os bancos e outras instituições de
crédito raramente prossigam com esses casos para tribunal, ficam com argumentos que lhes permitem rescindir a oferta
de hipoteca.
De igual modo, nunca, nunca se deve assinar um pedido de hipoteca em branco. Qualquer corretor que preencha a
informação e exagere o rendimento declarado está a cometer uma fraude. A maior parte desta informação ficará
registada nas empresas de crédito e poderá originar problemas futuros.
A honestidade é sempre a melhor solução.
No rastro dos juros mais baixos
Muita gente que procura obcecadamente as taxas de juro mais baixas do mercado pode já ter caído nas garras de certos
indivíduos que oferecem garantias. A realidade é que frequentemente estas pessoas não têm a capacidade nem interesse
em o fazer. A estratégia que empregam é a de segurar o cliente num longo e demorado pedido, por forma a que quando
chegar a altura já não tenham tempo para encontrar outros credores. Nessa altura, o cliente tem de se resignar a aceitar
uma taxa de juro mais alta do que a que lhe tinha sido prometida.
Pagar mais do que as prestações
É sempre recomendado optar por um plano de pagamento acelerado. Numa situação em que as prestações são
quinzenais, em vez de mensais, isto permite fazer dois pagamentos adicionais no decorrer de um ano, o que reduz a
amortização de uma hipoteca de 25 anos para 22 anos. Além disso, não é necessário ficar à espera de conseguir juntar
algum dinheiro para se fazer um pagamento extra.
É importante também aproveitar todas as oportunidades para ir fazendo pagamentos adicionais, nem que sejam só de
100 dólares. Para isso, recomenda-se uma análise periódica da conta bancária. Quaisquer quantias que estejam acima do
que é necessário para as despesas devem ser transferidas para pagamento da hipoteca, logo que possível.
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