Edição nº 121 |Abril de 2015 movimento Carreira Docentes aprovam indicativo de greve durante Assembleia da categoria Proposta integra a agenda do ANDES-SN para a mobilização nacional da categoria junto à greve dos SPFs. Págs. 8 Carreira docente continua desestruturada Pág. 6 e 7 sindical Eleições definem nova diretoria da APUFPR-SSind Pág. 3 2 Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015 NEGOCIAÇÃO Reunião de negociação da pauta unificada Servidores pressionam governo na primeira reunião de negociação Categoria pretende incluir pauta unificada no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2016 gia limita as negociações e, devido ao prazo curto, a categoria tem que aceitar a proposta por eles feita”, explica o presidente da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind), João Negrão. Na reunião, foi tratada a metodologia de negociação e definidos os Para contornar o jogo estratégico do governo, representantes do itens a serem discutidos na próxima rodada, marcada para 14 de maio. Fórum das Entidades Nacionais dos Negociações Servidores Públicos Federais (SPFs) Para a rodada seguinte estão as se reuniram em 23 de abril com o pautas históricas da categoria: data- 31 de agosto deste ano, e ao espaço secretário de Relações do Trabalho -base, direito de negociação coletiva, orçamentário para despesas com do Ministério do Planejamento, Or- direito de greve, regulamentação da pessoal. çamento e Gestão (Mpog), Sérgio convenção 151 da Organização In- Para Negrão, trata-se do pro- Mendonça, para primeira reunião ternacional do Trabalho (OIT) e a cesso de negociação. “Sempre há de negociação da pauta unificada liberação de dirigentes sindicais. impedimentos para atender às nos- da categoria. Segundo Mendonça, os proces- sas pautas. Assim, o governo deixa O objetivo do governo era rea- sos de negociação estão condiciona- a definição às vésperas de mandar o lizar apenas três rodadas de nego- dos à aprovação do Projeto de Lei PLOA para o Congresso Nacional, ciação, com a próxima reunião só Orçamentária Anual (PLOA) para dificultando que as reivindicações para o final de maio. “Esta estraté- 2016, que deve ser apresentado até sejam atendidas na íntegra”. EXPEDIENTE Informativo APUFPR-SSind Publicação quinzenal da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná Seção Sindical do Andes - Sindicato Nacional Diretoria - Gestão 2013/2015 Presidente: João Francisco Ricardo Kastner Negrão Vice-Presidente: Astrid Baecker Avila Secretário Geral: Vilson Aparecido da Mata Primeiro Secretário: Vitor Marcel Schühli Tesoureiro Geral: Claudio Antonio Tonegutti Primeiro Tesoureiro: Afonso Takao Murata “Marcamos a próxima reunião para maio. Será uma grande oportunidade de ampliar a mobilização.” João Negrão Fale Conosco Endereço - Rua Alcides Vieira Arcoverde, 1193, Jardim das Américas CEP 81520-260 - Curitiba, PR Tel.: (41) 3151-9100 www.apufpr.org.br Diretora Administrativa: Ana Lorena de Oliveira Bruel Diretora Cultural: Márcia Costa Itiberê da Cunha Diretora de Imprensa: Marise Fonseca dos Santos Diretor Jurídico: Ricardo Prestes Pazello Diretora Social: Adriana Hessel Dalagassa Produção Abridor de Latas | (41) 3026.0630 Equipe de Redação - Larissa Amorim SRTE 9459-PR, Guilherme Mikami SRTE 9458-PR, Larissa Knaipp e Rebeca Mileski. Projeto Gráfico - Guilherme Mikami Diagramação - Larissa Knaipp Distribuição gratuita e dirigida Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015 sindical Gestão 2015/2017 Eleições definem nova diretoria da APUFPR-SSind Chapa chapa Universidade Pública – Resistência e Luta é eleita com 289 votos válidos toria eleita será até 2017. Com dois anos de trabalho, a expectativa para colocar as propostas em prática é grande. “Queremos dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado pela gestão atual quanto à luta pelos direitos dos docentes e dos servidores públicos em geral, estreitando nossas relações com a catego- A chapa Universidade Pública – ria – principalmente do Paraná – no Resistência e Luta é a vitoriosa nas sentido de fortalecer nossa causa”, urnas. Com 289 votos válidos dos relata a nova presidente eleita, Ma- 323 votantes, a nova diretoria da ria Suely Soares. APUFPR-SSind tomou posse oficialmente em 7 de maio. Desafios guns dos problemas que a categoria vem sofrendo em todo o país. Este é Docentes e aposentados filiados A nova diretoria tem pela fren- o cenário que a nova diretoria terá marcaram presença e participaram te um período difícil para as enti- de enfrentar. “Vamos buscar diálogo da votação que ocorreu em 29 de dades sindicais e para a sociedade e conscientização dos docentes em abril, na sede da entidade e nos dife- como um todo. O país passa por relação à crise que estamos passan- rentes campi da Universidade Fede- crises políticas e econômicas. A ex- do. Terceirizações, Empresa Brasilei- ral do Paraná (UFPR). pectativa é de que será um período ra de Serviços Hospitalares (Ebserh), de grandes embates. concurso e contratação de docentes “Nós, cidadãos, temos que par- As principais propostas da nova gestão estão alicerçadas sobre três fundamentos: autonomia, carreira e previdência. ticipar desses eventos e também Só neste ano, a população brasi- via Organizações Sociais (OSs) são de ações – como abaixo-assinados leira tem sido atacada com a retirada questões que estaremos acompa- e movimentos – porque não é só o de direitos históricos da classe traba- nhando. Nosso objetivo é estreitar governo, mas o povo que constrói o lhadora. Reajustes fiscais, medidas as relações com a categoria por meio país”, afirmou o docente aposenta- que alteram direitos previdenciários do diálogo e aproximação com os se- fundamentos: autonomia, carreira e do Olavo Del Claro Filho. e o seguro-desemprego, terceiriza- tores”, explica Maria Suely. previdência. São sobre estes pilares O momento democrático mar- ções, corte no orçamento da edu- ca o início de uma nova etapa para a cação, escândalos na Petrobras e entidade: com desafios e lutas para ataques aos servidores por parte dos As principais propostas da nova serem travadas. O mandato da dire- governos federal e estaduais são al- gestão estão alicerçadas sobre três Propostas que a diretoria pautará suas iniciativas e lutará – junto aos docentes – para defender uma universidade pública, gratuita e de qualidade. 3 4 Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015 nacional Contratação de docentes Decisão do STF permite contratação de docentes federais sem licitação Medida abre espaço para privatização das universidades federais Problemas Durante a plenária de votação, o STF considerou validade parcial da ADI quanto às leis de licitações, dando interpretação constitucional às normas que dispensam licitação em celebração de contratos de gestão – firmados entre o Poder Público e as OSs. “Com esse texto, as univer- O Supremo Tribunal Federal sidades federais não precisam (STF) votou em 16 de abril a Ação mais realizar concursos públicos Direta de Inconstitucionalidade para contratação de docentes. (ADI) 1.923 – contrária às normas É mais um ataque aos trabalha- que regulamentam as Organiza- dores. Além da precarização das determinada posição por terem ções Sociais. O STF decidiu legali- condições de trabalho, o ADI prestado concurso. Com a con- zar a prestação de serviços públicos cria oportunidade para a priva- tratação, a administração poderá de ensino, pesquisa científica, de- tização”, explica o presidente da colocar pessoas de seu interesse senvolvimento tecnológico, prote- APUFPR-SSind, João Negrão. dentro da universidade”, afirma também é inconstitucional por A qualidade dos serviços A ADI questionava a legali- transferir a responsabilidade do públicos é um ponto questiona- dade da lei 9.637/1998, que dispõe Poder Público para o privado, do pelo Sindicato Nacional dos “A lei também é inconstitucional por transferir a responsabilidade do Poder Público para o privado.” sobre a qualificação de entidades ofendendo os princípios da lega- Docentes das Instituições de En- João Negrão como OSs e a criação do Progra- lidade e do concurso público na sino Superior (ANDES-SN). De ma Nacional de Publicização; bem gestão pessoal”, afirma. acordo com a entidade, a lei fere ção e preservação ao meio ambiente, cultura e saúde. Segundo Negrão, “a lei Negrão. como o inciso XXIV, art. 24, da lei Outro ponto questionado é a autonomia de gestão, a garan- 8.666/1993 – Lei das Licitações. A a facilidade de contratação de tia de direitos dos servidores e, a ser realizadas por servidores ação foi ajuizada há mais de 15 familiares e amigos para ocupar principalmente, a qualidade dos concursados. Vamos lutar para anos e sua votação havia sido sus- os cargos, dando margem para serviços prestados. que a UFPR não implemente pensa em maio de 2011, com pedi- corrupção e má qualidade dos “Precisamos proibir contra- essa prática que seria extrema- do de vistas do processo pelo mi- serviços. “Não serão mais colo- tações e determinar que as fun- mente nociva à Universidade”, nistro Marco Aurelio. cados os docentes que ocupam ções realizadas pelas OSs passem defende Negrão. Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015 universidade Corte de gastos do governo federal afeta a educação UFPR sente os impactos da redução do orçamento Lista de problemas já atinge toda a comunidade acadêmica da Universidade cursos, de acordo com a APUFPR-SSind. “A situação nas universidades federais é uma vergonha para o governo. Algumas instituições não puderam iniciar as aulas devido à falta de funcionários – e esse não é um caso único. São diversas universidades que estão sentindo o corte no orçamento”, afirmou o O corte de gastos do governo federal no início do ano afetou presidente da entidade, João Negrão. principalmente a educação. Com R$ 7 bilhões a menos no orça- UFPR mento do Ministério da Educação Na UFPR, servidores e alu- uma resposta a eles. Além dis- (MEC), a “Pátria Educadora” tem nos estão sendo prejudicados so, o Restaurante Universitário sentido os efeitos: bloqueio de um pela economia do governo. Cor- (RU) do campus Jardim Botâni- terço das verbas das universidades te de bolsas, falta de materiais, co possui rachaduras por toda federais. limitação em pesquisas e ex- a extensão das paredes e, por Como consequência, muitas tensão e salário estagnado dos isso, foi interditado. Mesmo as- instituições estão com atraso docentes são alguns dos pro- sim, voltou a ser liberado sem no pagamento de bolsas-per- blemas que a Universidade vem nenhuma mudança ou pelo me- manência, corte de viagens de enfrentando. nos um laudo que comprove a docentes e alunos – para par- Além disso, os trabalhadores ticipação em congressos – e re- terceirizados também têm sofri- dução com gastos de materiais do os impactos da crise. A estru- Ainda, com a adesão do como papel, tonner e até água tura dos prédios da UFPR tam- Hospital de Clínicas (HC) da e luz. bém é um problema que parece UFPR à Ebserh, foi prometido distante de ser resolvido. pelo reitor o aumento de verbas A crise que assola o país, segurança dos usuários”, declarou Negrão. também está dentro das univer- “Não sabemos é seguro se sidades e prejudica toda a co- o prédio em que os servidores munidade acadêmica que vive estão trabalhando. Muitos es- “O governo está sucateando em meio ao caos e à falta de re- tão com problemas e não temos a educação, que está cada vez Corte de bolsas, falta de materiais, limitação em pesquisas e extensão e salário estagnado dos docentes são alguns dos problemas que a UFPR vem enfrentando. para o hospital, o que de fato mais precária. Se continuarmos não ocorreu. sentados, veremos a nossa e outras universidades sendo pisoteadas”, concluiu Negrão. 5 6 Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015 Carreira Docentes continuam na luta pela isonomia salarial Carreira docente continua desestruturada Progressão e promoção são alguns pontos prejudicados com nova lei te da qualidade e de todas as outras atividades relacionadas à rotina acadêmica”, afirma o presidente da APUFPR-SSind, João Negrão. Segundo o ANDES-SN, poucas minutas distribuem de forma equilibrada os critérios de pontuação das atividades de cada área para atingir a A mercantilização da edu- classe “E” – nível mais alto cação é um problema que gera –, o que permite uma falsa consequências na carreira aca- qualificação dos parâmetros dêmica por implementar uma para quantificação real. visão tecnicista, produtivista Para discutir a situação atu- uma única estrutura fundamen- e operacional do trabalho uni- al das instituições públicas de tada nos princípios de isonomia versitário. Com a efetivação da ensino, o ANDES-SN levantou e paridade. lei 12.772/2012 – imposta pelo algumas considerações a partir Para promoção à classe “D” governo –, a carreira docente fi- de uma análise sobre promoção – associado, foi percebido que na cou ainda mais desestruturada. e progressão. prática é necessário participar dos das relações de ensino, pesqui- Foi constado que apenas a sa e extensão – com pontuação Universidade Federal do Rio de diferente. Possuem peso maior Janeiro (UFRJ) conseguiu ela- A classe de titular da carreira atividades associadas à produ- borar uma única resolução para (“E”), é para poucos – bem pou- “Com a nova estrutura, os critérios de progressão e promoção se tornaram um ataque à autonomia da categoria”. ção, como gestão, pesquisa e as carreiras do Magistério Su- cos. “Com a nova carreira im- João Negrão pós-graduação. perior (MS) e para a Educação posta pelo governo e os critérios “Com a educação sendo tra- Básica, Técnica e Tecnológica demandados, dificilmente o do- associado nível quatro para ter tada como produto, o docente (EBTT). As outras instituições cente atingirá o nível mais alto”, direito ao avanço de carreira: 21 que tiver maior produção terá possuem afirma Negrão. anos de obtenção do doutorado mais facilidade para avançar contrapondo a proposta do Sin- Para conseguir promoção à na carreira, independentemen- dicato Nacional – que defende classe “E”, o docente precisa ser Com os novos critérios de progressão, há uma dissociação cursos de pós-graduação, ou dificil- Resultado carreiras distintas, mente o docente conseguirá avançar na carreira – mesmo se possuir a titulação exigida de doutor. e efetivo no exercício do Magistério Superior. Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015 Carreira Docentes continuam na luta pela isonomia salarial Segundo o ANDES-SN, o do- de promoção feita pelo docente. cente terá que provar novamen- O que o ANDES-SN defende é te toda a sua jornada acadêmica, que se deve ter direito ao retro- apesar de todo o percurso até ativo a partir do momento em chegar a associado. que é adquirido o direito à pro- Em algumas instituições, o moção. Dessa forma, a demora afastamento do docente – seja da administração pública não por licença ou capacitação – será fator prejudicial. diminui a exigência de valora- UFPR ção dos pontos e dos critérios. Outras não computam o tempo No caso da Universidade Fe- de afastamento para qualifica- deral do Paraná, docentes que ção na carreira – como é o caso participam de trabalho sindical do Centro Federal de Educação conseguem pontuação – apesar Tecnológica Celso Suckow da de insignificante. “O governo não Fonseca (Cefet-RJ) – prolongan- gosta da atuação sindical por ser no mínimo 30 pontos em cargo carreira”, conclui o presidente do o período necessário para a uma pressão contra ele. Por isso, de gestão. Com isso ocorre a su- da APUFPR-SSind. progressão. a pontuação dessa atividade é mí- pervalorização, por exemplo, do O projeto de carreira de- nima”, justificou Negrão. cargo de reitor – que agrega 40 fendido pelo Sindicato Nacio- pontos por ano. nal inclui mecanismos internos Quanto aos critérios de aprovação do docente em es- Além disso, o Sindicato Na- tágio probatório, é exigido que cional ressaltou que, com a car- Para o ANDES-SN, cargos de avaliação institucional para o professor atinja determinada reira atual, o docente que for li- de gestão não deveriam pontu- avaliar as condições de traba- média aritmética – com diver- berado para exercício de direção ar, uma vez que não existem em lho nas várias dimensões da sos itens sendo computados. sindical terá que ser bancado número suficiente para todos realidade acadêmica. Ainda, a Algumas Instituições Federais pelo sindicato – com o mesmo os docentes e só podem ser al- contextualização social à qual a de Ensino Superior (Ifes) exi- salário pago pela Instituição Fe- cançados por meio de processos IFE está inserida, considerando gem que o docente participe de deral de Ensino (IFE) e todos os eleitorais; e no caso do reitora- a diversidade das práticas aca- programas de formação peda- demais direitos trabalhistas. O do, trata-se de cargo comissio- dêmicas e as especificidades de gógica e avaliação dos discen- tempo dedicado a essa atividade nado, não devendo valer para cada área do conhecimento. tes, além de serem acompanha- não será válido para promoção progressão e promoção de car- dos pela chefia ou por um tutor e progressão. reira. durante todo o estágio. Em “É um desmotivo para os do- “Com a nova estrutura, os caso de afastamento para pós- centes. Assim, as entidades sin- critérios de progressão e pro- -graduação, o tempo de estágio dicais são enfraquecidas, uma moção se tornaram um ataque à é suspenso. vez que prejudicará o avanço de autonomia da categoria e à de- carreira do docente”, explicou mocracia das instituições. Pare- Negrão. ce ser esse mesmo o objetivo do sou a ser considerado de direito Também na UFPR, para pro- governo: impedir que o educa- “Com os critérios exigidos, dificilmente se atingirá o nível mais alto”. apenas desde a data de pedido moção à classe “E” é obrigatório dor alcance o nível máximo da João Negrão Outro ponto prejudicial é o pagamento retroativo, que pas- 7 8 Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015 movimento Docentes aprovam greve sem data determinada Docentes aprovam indicativo de greve durante Assembleia da categoria Proposta integra a agenda do ANDES-SN para a mobilização nacional junto aos SPFs Rogério Gomes e Vitor Marcel Schühli. Mobilização Nos debates foi destacada a conjuntura política deste período pós-eleitoral. Com a intensificação das medidas que prejudicam o funcionalismo, com os cortes de recursos, com a ameaça de terceirização Em 22 de abril, os docentes da e com a retirada de direitos dos tra- UFPR aprovaram por ampla maio- balhadores, o caminho apontado foi ria o indicativo de greve da cate- a mobilização dos docentes junto goria sem data definida durante a aos SPFs. Assembleia Geral Extraordinária “Não temos medidas e proje- Os docentes aprovaram, ainda, tos do governo para ampliar os o indicativo de paralisação em dias Para definir as estratégias do recursos e a qualidade dos servi- de negociação da categoria docente movimento, a plenária aprovou ços públicos, mas sim cortes nos com o governo federal e nos dias por unanimidade a criação de co- direitos sociais e trabalhistas. A estabelecidos pelas centrais sindi- missão de mobilização. Dentre as única saída para defendermos os cais para a luta contra o projeto de “A única saída para lutarmos contra o retrocesso é reivindicar.” estratégias está a realização de nossos direitos e lutarmos contra terceirização e os ataques aos direi- reuniões nos setores da UFPR, o retrocesso é unificar nossas for- João Negrão tos dos trabalhadores. para as quais serão convidadas ças e reivindicar”, destaca o pre- também outras entidades dos sidente da APUFPR-SSind, João SPFs. Negrão. da APUFPR-SSind. Conad Extraordinário Para representar a APUFPR-SSind no Conad, a plenária aprovou a indicação dos Para compor a comissão fo- Diante da conjuntura, os do- Durante a Assembleia, os do- seguintes nomes: João Negrão, ram aprovados os seguintes no- centes aprovaram por unanimida- centes também debateram a partici- como delegado; Claudio Antonio mes: Adriana Hessel Dalagassa, de a articulação dos movimentos pação do sindicato no 7º Conselho Tonegutti, Afonso Takao Murata, André progressistas em torno das pautas do ANDES-SN (Conad) Extraordi- Dalagassa, e Maria Suely Soares Pietsch Lima, Claus Germer, La- amplas, a integração do calendário nário, que será realizado em Brasí- como observadores. A escolha do faiete Neves, Maria Suely Soares, nacional de luta contra a terceiriza- lia, em 2 e 3 de maio, com o tema quarto observador será feita pela Melissa de Almeida, Milena Maria ção à agenda de mobilizações dos Contribuições do ANDES-SN para diretoria, visto que não houve Costa Martinez, Ricardo Pazello, docentes do Setor das Ifes. o 2º Congresso da CSP-Conlutas. indicação durante a Assembleia. Adriana Hessel Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015 nacional Docentes federais indicam greve nacional Aprovado indicativo de greve nacional dos docentes federais Seções sindicais farão assembleias pautando indicativo de greve sar de o representante do Ministério da Educação, na época, Paulo Speller, ter assinado um documento de concordância com os pontos iniciais para a reestruturação da carreira dos docentes. “Desde então, não conseguimos mais no reunir para dialogar sobre a questão, apesar das inúmeras tentativas do Sindicato, e o MEC também O Setor das Instituições Fe- não responde às nossas solicitações derais de Ensino Superior do de audiência para tratar da pauta ANDES-SN definiu, em reunião de reivindicações de 2015, a qual já realizada em 25 e 26 de abril, a protocolamos”, conta. rodada de assembleias gerais nas seções sindicais, pautando indi- CONJUNTURA tocolada junto ao MEC, tem entre os principais pontos a defesa do cativo de greve dos docentes fe- Durante a reunião do Setor, foi caráter público de educação e a derais com início da paralisação discutida a precarização das condi- garantia da função social das Ifes no período de 25 a 29 de maio. ções de trabalho e ensino nas Ifes em prol da classe trabalhadora, Segundo o presidente do AN- – com problemas de infraestrutura, reestruturação da carreira para o DES-SN, Paulo Rizzo, a mobilização falta de pessoal, atraso de pagamen- magistério federal, condições de nas bases nas próximas semanas to, dentre outras – agravada ainda trabalho, garantia de autonomia, será fundamental para definir as mais em 2015, com os cortes de valorização salarial para ativos e ações da categoria. “O Setor apro- verbas no setor educacional de R$ 7 aposentados, e a luta contra a re- vou o indicativo de período para iní- bilhões. forma da previdência. Em 15 e 16 de maio, ocorrerá nova reunião para avaliar o resultado das assembleias sobre o indicativo de greve. cio da greve, mas ainda dependerá Diante dessa realidade e com da rodada de assembleias nas seções base nas deliberações das assem- sindicais para definir se deflagrare- bleias gerais já realizadas em abril, o Na reunião, também foi cons- dos docentes nas Ifes em defesa mos a greve e em que dia isso deve Setor das Ifes avaliou a necessidade truído um calendário de lutas dos da carreira, salário, dos direitos de ocorrer”, explica. de ampliar a luta em torno da pauta docentes articulado à campanha aposentadoria e contra os cortes de de reivindicações. salarial dos SPFs, na perspectiva verbas na educação, em 14 de maio, da construção de uma greve uni- integrando o dia de luta chamado ficada. pelo Fórum dos SPFs. Desde de abril de 2014, o governo federal interrompeu as negocia- A pauta, aprovada no 34º ções com o Sindicato Nacional, ape- Congresso do ANDES-SN e pro- Entre as atividades do calendá- LUTAS rio estão o Dia Nacional Paralisação 9 10 Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015 Universidade Problemas estruturais na UFPR Apesar de o prédio ser novo, RU do Botânico apresenta diversos problemas Local inadequado para construção da estrutura coloca usuários em risco nados provavelmente por erros no projeto da obra e nos materiais utilizados – o que pode ser notado pelas placas caídas do teto e pelas marcas de infiltração. “São vários pontos questionáveis. É inadmissível que um investimento de milhões de reais dê problemas como estes em tão pou- Com cerca de dois anos de uso, o Restaurante Universitário do co tempo”, afirma o presidente da APUFPR-SSind, João Negrão. campus Jardim Botânico da UFPR já tem sido motivo de preocupação para os usuários. Problema Segundo o docente do depar- O Restaurante representou um tamento de Engenharia Civil da mação vertical relativa à outra par- investimento em torno de R$ 3 mi- UFPR Mauro Lacerda, o local esco- te do edifício”, esclarece Lacerda. lhões, entretanto diversas rachadu- lhido para construir o RU já seria Segundo o docente, esse seria ras, fendas e parte da estrutura têm um dos problemas, devido à insta- um dos motivos para as rachadu- gerado medo em quem passa pelo bilidade no talude (terreno inclina- ras e fissuras que apareceram na prédio. do que limita um aterro para ga- estrutura do Restaurante. “Apenas “Há um medo muito grande na rantir sua estabilidade). Com isso, a durante a edificação é que se perce- comunidade acadêmica do campus base está propensa a se modificar beu que o talude ainda tinha risco de que possa haver um acidente – justamente o que aconteceu com e precisava ser consertado”, afirma. grave, e o pior é que não há uma o terreno. “um investimento de milhões de reais dê problemas como estes em tão pouco tempo.” João Negrão Diante dos riscos e da evolução comunicação da administração da “Como o terreno foi modifi- dos problemas, o RU está parcial- dade do campus. “Se o terreno já Universidade sobre a real situação cado da sua condição original, au- mente interditado desde o fim de era instável, houve falha no proje- nem sobre as perspectivas de como tomaticamente ele passa por um 2014 e apenas uma parte do prédio to ou na execução. Não podemos o problema será solucionado”, rela- processo de recompactação, o que está sendo utilizado pela comuni- esperar que ocorra um acidente tou a docente do departamento de causa uma variação de profundida- dade acadêmica. para nos mobilizarmos. Cobra- Patologia Médica da UFPR Maria de e de densidade em partes diver- Para a diretoria da APUFPR-SSind, remos soluções da Universidade Suely Soares. sas do local. Com isso, uma porção a falta de estudo e planejamento do para evitar que a comunidade con- Para a APUFPR-SSind, os pro- do edifício, por exemplo, pode so- edifício no período da construção tinue convivendo com esse risco”, blemas da estrutura foram ocasio- frer um abaixamento, uma defor- está prejudicando toda a comuni- destaca Negrão. Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015 PESQUISA Obra tem participação de docentes da UFPR Livro sobre assédio moral é lançado na UFPR Obra é referência para pesquisadores e servirá de embasamento na luta contra o assédio um dos artigos do livro José Henrique de Faria ministrou a palestra, fazendo uma breve exposição da sua interpretação geral do assédio moral na administração pública e de que forma ela é retratada na obra. A iniciativa de reunir artigos para tratar do tema é da Um tipo de violência sutil, mas APUFPR-SSind, em conjunto que recentemente tem chamado com diversas outras entidades atenção, é o assédio moral. Este que promoveram o seminário tema é tratado no livro Estado, Po- Estado, Poder e Assédio, realiza- der e Assédio: Relações de Trabalho do em 27 de março. na Administração Pública, lançado Entre os autores do livro es- De acordo com Faria, a admi- em 24 de abril, no Prédio Histórico tão nomes como Margarida Bar- nistração pública está inserida na da UFPR. reto, Roberto Heloani, Luis Allan lógica capitalista e, por isso, adap- Diversos alunos, profissionais Künzle, Fernanda Zanin, Ricardo tou-se – também nesse meio – a e interessados no tema estiveram Tadeu, José Antonio Peres Gediel, essa forma de processo. presentes para prestigiar a obra e Lawrence Estivalet, João Arzeno, acompanhar a palestra de lança- Andressa Szesz, José Henrique mento – uma introdução ao livro. Faria, Roger Raupp Rios, Bruno Conforme explica a obra, o po- “O lançamento do livro foi Chapadeiro, Jorge Souto Maior, der é uma representação de grupos o início da luta para que, a par- Eduardo Faria, Marystela Bischof sociais dentro das organizações. tir de agora, se tenha um estudo e Giovanni Alves. Para Faria, esse poder pode ser al- sistema capitalista. É uma violência terado – por meio de lutas e vonta- que atinge a autoestima e a digni- de daqueles que sofrem ou que têm dade das pessoas no ambiente de o desejo de transformar seu espaço. trabalho. mais sério e responsável em re- Estado lação ao assédio moral. Com isso Poder “foi o início da luta para que se tenha um estudo mais sério em relação ao assédio moral.” João Negrão as instituições e o próprio judici- No livro, os autores explicam ário terão uma base melhor para que o estado adota cada vez mais combater essa violência”, explica procedimentos o presidente da APUFPR-SSind, típicos do capital: produtividade, Segundo Faria, o assédio é uma dentro da luta – e é por isso que João Negrão. mérito, metas e resultados, entre agressão contra valores socialmen- outros. temos condição de amanhã mudar- te aceitos, que não é exclusivo do mos de posição”, declara Faria. O docente da UFPR e autor de administrativos Assédio “Embora não estejamos na condição de dominantes, estamos 11 12 Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015 Nota de pesar do Coletivo dos Aposentados da APUFPR-SSind Foi com muito pesar, que recebemos, no dia da nossa primeira reunião do coletivo ção às nossas discussões e as nossas causas. Defendia AGENDA 14/05 ardorosamente dos aposentados do ano de suas ideias e convicções, man- 2015, a notícia do falecimen- tendo acessa a polêmica sobre os to do nosso companheiro Joel temas de interesse dos aposenta- Guardiano. dos. Joel fará falta! Joel era um participan- Nossa saudade e apreço, te ativo deste coletivo, dando Coletivo dos Aposentados da sempre uma grande contribui- APUFPR-SSind. Dia Nacional de Paralisação dos Docentes das IFEs Promoção: ANDES-SN 14/05 Debate:Terceirização e Precarização do Trabalho no Serviço Público Local: Alta Reggia Plaza Hotel Curitiba Horário: 17h Promoção: APUFPR-SSind FOTO DA SEMANA 15/05 e 16/05 Reunião do Setor dos Docentes das IFES do ANDES-SN Local: Brasília-DF Promoção: Setor das Ifes do ANDES-SN 26/05 reunião de docentes aposentados massacre contra professores e cidadãos paranaenses Local: APUFPR-SSind Horário: 15h Acompanhe a programação da TV APUFPR Livro sobre assédio moral é lançado na UFPR Apesar de o prédio ser novo, RU do Botânico apresenta diversos problemas Gestão da Ebserh no HC prejudica cada vez mais a comunidade acadêmica