Edição nº 121 |Abril de 2015
movimento
Carreira
Docentes aprovam
indicativo de greve
durante Assembleia da categoria
Proposta integra a agenda do ANDES-SN para a mobilização nacional da categoria junto à greve
dos SPFs.
Págs. 8
Carreira
docente continua
desestruturada
Pág. 6 e 7
sindical
Eleições definem
nova diretoria da
APUFPR-SSind
Pág. 3
2
Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015
NEGOCIAÇÃO
Reunião de negociação da pauta unificada
Servidores pressionam governo
na primeira reunião de negociação
Categoria
pretende incluir
pauta unificada
no Projeto de Lei
Orçamentária
Anual de 2016
gia limita as negociações e, devido
ao prazo curto, a categoria tem que
aceitar a proposta por eles feita”,
explica o presidente da Associação
dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind),
João Negrão.
Na reunião, foi tratada a metodologia de negociação e definidos os
Para contornar o jogo estratégico do governo, representantes do
itens a serem discutidos na próxima
rodada, marcada para 14 de maio.
Fórum das Entidades Nacionais dos
Negociações
Servidores Públicos Federais (SPFs)
Para a rodada seguinte estão as
se reuniram em 23 de abril com o
pautas históricas da categoria: data-
31 de agosto deste ano, e ao espaço
secretário de Relações do Trabalho
-base, direito de negociação coletiva,
orçamentário para despesas com
do Ministério do Planejamento, Or-
direito de greve, regulamentação da
pessoal.
çamento e Gestão (Mpog), Sérgio
convenção 151 da Organização In-
Para Negrão, trata-se do pro-
Mendonça, para primeira reunião
ternacional do Trabalho (OIT) e a
cesso de negociação. “Sempre há
de negociação da pauta unificada
liberação de dirigentes sindicais.
impedimentos para atender às nos-
da categoria.
Segundo Mendonça, os proces-
sas pautas. Assim, o governo deixa
O objetivo do governo era rea-
sos de negociação estão condiciona-
a definição às vésperas de mandar o
lizar apenas três rodadas de nego-
dos à aprovação do Projeto de Lei
PLOA para o Congresso Nacional,
ciação, com a próxima reunião só
Orçamentária Anual (PLOA) para
dificultando que as reivindicações
para o final de maio. “Esta estraté-
2016, que deve ser apresentado até
sejam atendidas na íntegra”.
EXPEDIENTE
Informativo APUFPR-SSind
Publicação quinzenal da Associação dos Professores da
Universidade Federal do Paraná
Seção Sindical do Andes - Sindicato Nacional
Diretoria - Gestão 2013/2015
Presidente: João Francisco Ricardo Kastner Negrão
Vice-Presidente: Astrid Baecker Avila
Secretário Geral: Vilson Aparecido da Mata
Primeiro Secretário: Vitor Marcel Schühli
Tesoureiro Geral: Claudio Antonio Tonegutti
Primeiro Tesoureiro: Afonso Takao Murata
“Marcamos a
próxima reunião
para maio. Será
uma grande
oportunidade
de ampliar a
mobilização.”
João Negrão
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Distribuição gratuita e dirigida
Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015
sindical
Gestão 2015/2017
Eleições definem
nova diretoria da APUFPR-SSind
Chapa chapa
Universidade
Pública –
Resistência e Luta
é eleita com 289
votos válidos
toria eleita será até 2017. Com dois
anos de trabalho, a expectativa para
colocar as propostas em prática é
grande.
“Queremos dar continuidade
ao trabalho que vem sendo realizado pela gestão atual quanto à luta
pelos direitos dos docentes e dos
servidores públicos em geral, estreitando nossas relações com a catego-
A chapa Universidade Pública –
ria – principalmente do Paraná – no
Resistência e Luta é a vitoriosa nas
sentido de fortalecer nossa causa”,
urnas. Com 289 votos válidos dos
relata a nova presidente eleita, Ma-
323 votantes, a nova diretoria da
ria Suely Soares.
APUFPR-SSind tomou posse oficialmente em 7 de maio.
Desafios
guns dos problemas que a categoria
vem sofrendo em todo o país. Este é
Docentes e aposentados filiados
A nova diretoria tem pela fren-
o cenário que a nova diretoria terá
marcaram presença e participaram
te um período difícil para as enti-
de enfrentar. “Vamos buscar diálogo
da votação que ocorreu em 29 de
dades sindicais e para a sociedade
e conscientização dos docentes em
abril, na sede da entidade e nos dife-
como um todo. O país passa por
relação à crise que estamos passan-
rentes campi da Universidade Fede-
crises políticas e econômicas. A ex-
do. Terceirizações, Empresa Brasilei-
ral do Paraná (UFPR).
pectativa é de que será um período
ra de Serviços Hospitalares (Ebserh),
de grandes embates.
concurso e contratação de docentes
“Nós, cidadãos, temos que par-
As principais
propostas da
nova gestão estão
alicerçadas sobre
três fundamentos:
autonomia,
carreira e
previdência.
ticipar desses eventos e também
Só neste ano, a população brasi-
via Organizações Sociais (OSs) são
de ações – como abaixo-assinados
leira tem sido atacada com a retirada
questões que estaremos acompa-
e movimentos – porque não é só o
de direitos históricos da classe traba-
nhando. Nosso objetivo é estreitar
governo, mas o povo que constrói o
lhadora. Reajustes fiscais, medidas
as relações com a categoria por meio
país”, afirmou o docente aposenta-
que alteram direitos previdenciários
do diálogo e aproximação com os se-
fundamentos: autonomia, carreira e
do Olavo Del Claro Filho.
e o seguro-desemprego, terceiriza-
tores”, explica Maria Suely.
previdência. São sobre estes pilares
O momento democrático mar-
ções, corte no orçamento da edu-
ca o início de uma nova etapa para a
cação, escândalos na Petrobras e
entidade: com desafios e lutas para
ataques aos servidores por parte dos
As principais propostas da nova
serem travadas. O mandato da dire-
governos federal e estaduais são al-
gestão estão alicerçadas sobre três
Propostas
que a diretoria pautará suas iniciativas e lutará – junto aos docentes
– para defender uma universidade
pública, gratuita e de qualidade.
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Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015
nacional
Contratação de docentes
Decisão do STF permite contratação
de docentes federais sem licitação
Medida
abre espaço
para
privatização
das universidades
federais
Problemas
Durante a plenária de votação, o STF considerou validade
parcial da ADI quanto às leis de
licitações, dando interpretação
constitucional às normas que dispensam licitação em celebração
de contratos de gestão – firmados
entre o Poder Público e as OSs.
“Com esse texto, as univer-
O Supremo Tribunal Federal
sidades federais não precisam
(STF) votou em 16 de abril a Ação
mais realizar concursos públicos
Direta de Inconstitucionalidade
para contratação de docentes.
(ADI) 1.923 – contrária às normas
É mais um ataque aos trabalha-
que regulamentam as Organiza-
dores. Além da precarização das
determinada posição por terem
ções Sociais. O STF decidiu legali-
condições de trabalho, o ADI
prestado concurso. Com a con-
zar a prestação de serviços públicos
cria oportunidade para a priva-
tratação, a administração poderá
de ensino, pesquisa científica, de-
tização”, explica o presidente da
colocar pessoas de seu interesse
senvolvimento tecnológico, prote-
APUFPR-SSind, João Negrão.
dentro da universidade”, afirma
também é inconstitucional por
A qualidade dos serviços
A ADI questionava a legali-
transferir a responsabilidade do
públicos é um ponto questiona-
dade da lei 9.637/1998, que dispõe
Poder Público para o privado,
do pelo Sindicato Nacional dos
“A lei também é
inconstitucional
por transferir a
responsabilidade
do Poder Público
para o privado.”
sobre a qualificação de entidades
ofendendo os princípios da lega-
Docentes das Instituições de En-
João Negrão
como OSs e a criação do Progra-
lidade e do concurso público na
sino Superior (ANDES-SN). De
ma Nacional de Publicização; bem
gestão pessoal”, afirma.
acordo com a entidade, a lei fere
ção e preservação ao meio ambiente, cultura e saúde.
Segundo
Negrão,
“a
lei
Negrão.
como o inciso XXIV, art. 24, da lei
Outro ponto questionado é
a autonomia de gestão, a garan-
8.666/1993 – Lei das Licitações. A
a facilidade de contratação de
tia de direitos dos servidores e,
a ser realizadas por servidores
ação foi ajuizada há mais de 15
familiares e amigos para ocupar
principalmente, a qualidade dos
concursados. Vamos lutar para
anos e sua votação havia sido sus-
os cargos, dando margem para
serviços prestados.
que a UFPR não implemente
pensa em maio de 2011, com pedi-
corrupção e má qualidade dos
“Precisamos proibir contra-
essa prática que seria extrema-
do de vistas do processo pelo mi-
serviços. “Não serão mais colo-
tações e determinar que as fun-
mente nociva à Universidade”,
nistro Marco Aurelio.
cados os docentes que ocupam
ções realizadas pelas OSs passem
defende Negrão.
Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015
universidade
Corte de gastos do governo federal afeta a educação
UFPR sente os impactos
da redução do orçamento
Lista de
problemas já
atinge toda
a comunidade
acadêmica da
Universidade
cursos, de acordo com a APUFPR-SSind.
“A situação nas universidades federais é uma vergonha para
o governo. Algumas instituições
não puderam iniciar as aulas devido à falta de funcionários – e esse
não é um caso único. São diversas
universidades que estão sentindo
o corte no orçamento”, afirmou o
O corte de gastos do governo
federal no início do ano afetou
presidente da entidade, João Negrão.
principalmente a educação. Com
R$ 7 bilhões a menos no orça-
UFPR
mento do Ministério da Educação
Na UFPR, servidores e alu-
uma resposta a eles. Além dis-
(MEC), a “Pátria Educadora” tem
nos estão sendo prejudicados
so, o Restaurante Universitário
sentido os efeitos: bloqueio de um
pela economia do governo. Cor-
(RU) do campus Jardim Botâni-
terço das verbas das universidades
te de bolsas, falta de materiais,
co possui rachaduras por toda
federais.
limitação em pesquisas e ex-
a extensão das paredes e, por
Como consequência, muitas
tensão e salário estagnado dos
isso, foi interditado. Mesmo as-
instituições estão com atraso
docentes são alguns dos pro-
sim, voltou a ser liberado sem
no pagamento de bolsas-per-
blemas que a Universidade vem
nenhuma mudança ou pelo me-
manência, corte de viagens de
enfrentando.
nos um laudo que comprove a
docentes e alunos – para par-
Além disso, os trabalhadores
ticipação em congressos – e re-
terceirizados também têm sofri-
dução com gastos de materiais
do os impactos da crise. A estru-
Ainda, com a adesão do
como papel, tonner e até água
tura dos prédios da UFPR tam-
Hospital de Clínicas (HC) da
e luz.
bém é um problema que parece
UFPR à Ebserh, foi prometido
distante de ser resolvido.
pelo reitor o aumento de verbas
A crise que assola o país,
segurança dos usuários”, declarou Negrão.
também está dentro das univer-
“Não sabemos é seguro se
sidades e prejudica toda a co-
o prédio em que os servidores
munidade acadêmica que vive
estão trabalhando. Muitos es-
“O governo está sucateando
em meio ao caos e à falta de re-
tão com problemas e não temos
a educação, que está cada vez
Corte de bolsas,
falta de materiais,
limitação em
pesquisas e
extensão e
salário estagnado
dos docentes
são alguns dos
problemas que
a UFPR vem
enfrentando.
para o hospital, o que de fato
mais precária. Se continuarmos
não ocorreu.
sentados, veremos a nossa e
outras universidades sendo pisoteadas”, concluiu Negrão.
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Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015
Carreira
Docentes continuam na luta pela isonomia salarial
Carreira docente
continua desestruturada
Progressão e
promoção são
alguns
pontos
prejudicados
com nova lei
te da qualidade e de todas as
outras atividades relacionadas
à rotina acadêmica”, afirma o
presidente da APUFPR-SSind,
João Negrão.
Segundo
o
ANDES-SN,
poucas minutas distribuem de
forma equilibrada os critérios
de pontuação das atividades
de cada área para atingir a
A mercantilização da edu-
classe “E” – nível mais alto
cação é um problema que gera
–, o que permite uma falsa
consequências na carreira aca-
qualificação dos parâmetros
dêmica por implementar uma
para quantificação real.
visão tecnicista, produtivista
Para discutir a situação atu-
uma única estrutura fundamen-
e operacional do trabalho uni-
al das instituições públicas de
tada nos princípios de isonomia
versitário. Com a efetivação da
ensino, o ANDES-SN levantou
e paridade.
lei 12.772/2012 – imposta pelo
algumas considerações a partir
Para promoção à classe “D”
governo –, a carreira docente fi-
de uma análise sobre promoção
– associado, foi percebido que na
cou ainda mais desestruturada.
e progressão.
prática é necessário participar dos
das relações de ensino, pesqui-
Foi constado que apenas a
sa e extensão – com pontuação
Universidade Federal do Rio de
diferente. Possuem peso maior
Janeiro (UFRJ) conseguiu ela-
A classe de titular da carreira
atividades associadas à produ-
borar uma única resolução para
(“E”), é para poucos – bem pou-
“Com a nova
estrutura, os
critérios de
progressão
e promoção
se tornaram
um ataque à
autonomia da
categoria”.
ção, como gestão, pesquisa e
as carreiras do Magistério Su-
cos. “Com a nova carreira im-
João Negrão
pós-graduação.
perior (MS) e para a Educação
posta pelo governo e os critérios
“Com a educação sendo tra-
Básica, Técnica e Tecnológica
demandados, dificilmente o do-
associado nível quatro para ter
tada como produto, o docente
(EBTT). As outras instituições
cente atingirá o nível mais alto”,
direito ao avanço de carreira: 21
que tiver maior produção terá
possuem
afirma Negrão.
anos de obtenção do doutorado
mais facilidade para avançar
contrapondo a proposta do Sin-
Para conseguir promoção à
na carreira, independentemen-
dicato Nacional – que defende
classe “E”, o docente precisa ser
Com os novos critérios de
progressão, há uma dissociação
cursos de pós-graduação, ou dificil-
Resultado
carreiras
distintas,
mente o docente conseguirá avançar na carreira – mesmo se possuir
a titulação exigida de doutor.
e efetivo no exercício do Magistério Superior.
Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015
Carreira
Docentes continuam na luta pela isonomia salarial
Segundo o ANDES-SN, o do-
de promoção feita pelo docente.
cente terá que provar novamen-
O que o ANDES-SN defende é
te toda a sua jornada acadêmica,
que se deve ter direito ao retro-
apesar de todo o percurso até
ativo a partir do momento em
chegar a associado.
que é adquirido o direito à pro-
Em algumas instituições, o
moção. Dessa forma, a demora
afastamento do docente – seja
da administração pública não
por licença ou capacitação –
será fator prejudicial.
diminui a exigência de valora-
UFPR
ção dos pontos e dos critérios.
Outras não computam o tempo
No caso da Universidade Fe-
de afastamento para qualifica-
deral do Paraná, docentes que
ção na carreira – como é o caso
participam de trabalho sindical
do Centro Federal de Educação
conseguem pontuação – apesar
Tecnológica Celso Suckow da
de insignificante. “O governo não
Fonseca (Cefet-RJ) – prolongan-
gosta da atuação sindical por ser
no mínimo 30 pontos em cargo
carreira”, conclui o presidente
do o período necessário para a
uma pressão contra ele. Por isso,
de gestão. Com isso ocorre a su-
da APUFPR-SSind.
progressão.
a pontuação dessa atividade é mí-
pervalorização, por exemplo, do
O projeto de carreira de-
nima”, justificou Negrão.
cargo de reitor – que agrega 40
fendido pelo Sindicato Nacio-
pontos por ano.
nal inclui mecanismos internos
Quanto aos critérios de
aprovação do docente em es-
Além disso, o Sindicato Na-
tágio probatório, é exigido que
cional ressaltou que, com a car-
Para o ANDES-SN, cargos
de avaliação institucional para
o professor atinja determinada
reira atual, o docente que for li-
de gestão não deveriam pontu-
avaliar as condições de traba-
média aritmética – com diver-
berado para exercício de direção
ar, uma vez que não existem em
lho nas várias dimensões da
sos itens sendo computados.
sindical terá que ser bancado
número suficiente para todos
realidade acadêmica. Ainda, a
Algumas Instituições Federais
pelo sindicato – com o mesmo
os docentes e só podem ser al-
contextualização social à qual a
de Ensino Superior (Ifes) exi-
salário pago pela Instituição Fe-
cançados por meio de processos
IFE está inserida, considerando
gem que o docente participe de
deral de Ensino (IFE) e todos os
eleitorais; e no caso do reitora-
a diversidade das práticas aca-
programas de formação peda-
demais direitos trabalhistas. O
do, trata-se de cargo comissio-
dêmicas e as especificidades de
gógica e avaliação dos discen-
tempo dedicado a essa atividade
nado, não devendo valer para
cada área do conhecimento.
tes, além de serem acompanha-
não será válido para promoção
progressão e promoção de car-
dos pela chefia ou por um tutor
e progressão.
reira.
durante todo o estágio. Em
“É um desmotivo para os do-
“Com a nova estrutura, os
caso de afastamento para pós-
centes. Assim, as entidades sin-
critérios de progressão e pro-
-graduação, o tempo de estágio
dicais são enfraquecidas, uma
moção se tornaram um ataque à
é suspenso.
vez que prejudicará o avanço de
autonomia da categoria e à de-
carreira do docente”, explicou
mocracia das instituições. Pare-
Negrão.
ce ser esse mesmo o objetivo do
sou a ser considerado de direito
Também na UFPR, para pro-
governo: impedir que o educa-
“Com os critérios
exigidos,
dificilmente se
atingirá o nível
mais alto”.
apenas desde a data de pedido
moção à classe “E” é obrigatório
dor alcance o nível máximo da
João Negrão
Outro ponto prejudicial é o
pagamento retroativo, que pas-
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Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015
movimento
Docentes aprovam greve sem data determinada
Docentes aprovam indicativo
de greve durante Assembleia da categoria
Proposta integra
a agenda do
ANDES-SN para
a mobilização
nacional junto aos
SPFs
Rogério Gomes e Vitor Marcel
Schühli.
Mobilização
Nos debates foi destacada a
conjuntura política deste período
pós-eleitoral. Com a intensificação
das medidas que prejudicam o funcionalismo, com os cortes de recursos, com a ameaça de terceirização
Em 22 de abril, os docentes da
e com a retirada de direitos dos tra-
UFPR aprovaram por ampla maio-
balhadores, o caminho apontado foi
ria o indicativo de greve da cate-
a mobilização dos docentes junto
goria sem data definida durante a
aos SPFs.
Assembleia Geral Extraordinária
“Não temos medidas e proje-
Os docentes aprovaram, ainda,
tos do governo para ampliar os
o indicativo de paralisação em dias
Para definir as estratégias do
recursos e a qualidade dos servi-
de negociação da categoria docente
movimento, a plenária aprovou
ços públicos, mas sim cortes nos
com o governo federal e nos dias
por unanimidade a criação de co-
direitos sociais e trabalhistas. A
estabelecidos pelas centrais sindi-
missão de mobilização. Dentre as
única saída para defendermos os
cais para a luta contra o projeto de
“A única saída
para lutarmos
contra o retrocesso
é reivindicar.”
estratégias está a realização de
nossos direitos e lutarmos contra
terceirização e os ataques aos direi-
reuniões nos setores da UFPR,
o retrocesso é unificar nossas for-
João Negrão
tos dos trabalhadores.
para as quais serão convidadas
ças e reivindicar”, destaca o pre-
também outras entidades dos
sidente da APUFPR-SSind, João
SPFs.
Negrão.
da APUFPR-SSind.
Conad
Extraordinário
Para
representar
a
APUFPR-SSind no Conad, a
plenária aprovou a indicação dos
Para compor a comissão fo-
Diante da conjuntura, os do-
Durante a Assembleia, os do-
seguintes nomes: João Negrão,
ram aprovados os seguintes no-
centes aprovaram por unanimida-
centes também debateram a partici-
como delegado; Claudio Antonio
mes: Adriana Hessel Dalagassa,
de a articulação dos movimentos
pação do sindicato no 7º Conselho
Tonegutti,
Afonso Takao Murata, André
progressistas em torno das pautas
do ANDES-SN (Conad) Extraordi-
Dalagassa, e Maria Suely Soares
Pietsch Lima, Claus Germer, La-
amplas, a integração do calendário
nário, que será realizado em Brasí-
como observadores. A escolha do
faiete Neves, Maria Suely Soares,
nacional de luta contra a terceiriza-
lia, em 2 e 3 de maio, com o tema
quarto observador será feita pela
Melissa de Almeida, Milena Maria
ção à agenda de mobilizações dos
Contribuições do ANDES-SN para
diretoria, visto que não houve
Costa Martinez, Ricardo Pazello,
docentes do Setor das Ifes.
o 2º Congresso da CSP-Conlutas.
indicação durante a Assembleia.
Adriana
Hessel
Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015
nacional
Docentes federais indicam greve nacional
Aprovado indicativo
de greve nacional dos docentes federais
Seções
sindicais farão
assembleias
pautando
indicativo
de greve
sar de o representante do Ministério
da Educação, na época, Paulo Speller, ter assinado um documento de
concordância com os pontos iniciais
para a reestruturação da carreira
dos docentes.
“Desde então, não conseguimos
mais no reunir para dialogar sobre a
questão, apesar das inúmeras tentativas do Sindicato, e o MEC também
O Setor das Instituições Fe-
não responde às nossas solicitações
derais de Ensino Superior do
de audiência para tratar da pauta
ANDES-SN definiu, em reunião
de reivindicações de 2015, a qual já
realizada em 25 e 26 de abril, a
protocolamos”, conta.
rodada de assembleias gerais nas
seções sindicais, pautando indi-
CONJUNTURA
tocolada junto ao MEC, tem entre
os principais pontos a defesa do
cativo de greve dos docentes fe-
Durante a reunião do Setor, foi
caráter público de educação e a
derais com início da paralisação
discutida a precarização das condi-
garantia da função social das Ifes
no período de 25 a 29 de maio.
ções de trabalho e ensino nas Ifes
em prol da classe trabalhadora,
Segundo o presidente do AN-
– com problemas de infraestrutura,
reestruturação da carreira para o
DES-SN, Paulo Rizzo, a mobilização
falta de pessoal, atraso de pagamen-
magistério federal, condições de
nas bases nas próximas semanas
to, dentre outras – agravada ainda
trabalho, garantia de autonomia,
será fundamental para definir as
mais em 2015, com os cortes de
valorização salarial para ativos e
ações da categoria. “O Setor apro-
verbas no setor educacional de R$ 7
aposentados, e a luta contra a re-
vou o indicativo de período para iní-
bilhões.
forma da previdência.
Em 15 e 16 de
maio, ocorrerá
nova reunião para
avaliar o resultado
das assembleias
sobre o indicativo
de greve.
cio da greve, mas ainda dependerá
Diante dessa realidade e com
da rodada de assembleias nas seções
base nas deliberações das assem-
sindicais para definir se deflagrare-
bleias gerais já realizadas em abril, o
Na reunião, também foi cons-
dos docentes nas Ifes em defesa
mos a greve e em que dia isso deve
Setor das Ifes avaliou a necessidade
truído um calendário de lutas dos
da carreira, salário, dos direitos de
ocorrer”, explica.
de ampliar a luta em torno da pauta
docentes articulado à campanha
aposentadoria e contra os cortes de
de reivindicações.
salarial dos SPFs, na perspectiva
verbas na educação, em 14 de maio,
da construção de uma greve uni-
integrando o dia de luta chamado
ficada.
pelo Fórum dos SPFs.
Desde de abril de 2014, o governo federal interrompeu as negocia-
A pauta, aprovada no 34º
ções com o Sindicato Nacional, ape-
Congresso do ANDES-SN e pro-
Entre as atividades do calendá-
LUTAS
rio estão o Dia Nacional Paralisação
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Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015
Universidade
Problemas estruturais na UFPR
Apesar de o prédio ser novo, RU do
Botânico apresenta diversos problemas
Local inadequado
para construção
da estrutura
coloca
usuários
em risco
nados provavelmente por erros
no projeto da obra e nos materiais
utilizados – o que pode ser notado
pelas placas caídas do teto e pelas
marcas de infiltração.
“São vários pontos questionáveis. É inadmissível que um investimento de milhões de reais dê
problemas como estes em tão pou-
Com cerca de dois anos de uso,
o Restaurante Universitário do
co tempo”, afirma o presidente da
APUFPR-SSind, João Negrão.
campus Jardim Botânico da UFPR
já tem sido motivo de preocupação
para os usuários.
Problema
Segundo o docente do depar-
O Restaurante representou um
tamento de Engenharia Civil da
mação vertical relativa à outra par-
investimento em torno de R$ 3 mi-
UFPR Mauro Lacerda, o local esco-
te do edifício”, esclarece Lacerda.
lhões, entretanto diversas rachadu-
lhido para construir o RU já seria
Segundo o docente, esse seria
ras, fendas e parte da estrutura têm
um dos problemas, devido à insta-
um dos motivos para as rachadu-
gerado medo em quem passa pelo
bilidade no talude (terreno inclina-
ras e fissuras que apareceram na
prédio.
do que limita um aterro para ga-
estrutura do Restaurante. “Apenas
“Há um medo muito grande na
rantir sua estabilidade). Com isso, a
durante a edificação é que se perce-
comunidade acadêmica do campus
base está propensa a se modificar
beu que o talude ainda tinha risco
de que possa haver um acidente
– justamente o que aconteceu com
e precisava ser consertado”, afirma.
grave, e o pior é que não há uma
o terreno.
“um investimento
de milhões de
reais dê problemas
como estes em tão
pouco tempo.”
João Negrão
Diante dos riscos e da evolução
comunicação da administração da
“Como o terreno foi modifi-
dos problemas, o RU está parcial-
dade do campus. “Se o terreno já
Universidade sobre a real situação
cado da sua condição original, au-
mente interditado desde o fim de
era instável, houve falha no proje-
nem sobre as perspectivas de como
tomaticamente ele passa por um
2014 e apenas uma parte do prédio
to ou na execução. Não podemos
o problema será solucionado”, rela-
processo de recompactação, o que
está sendo utilizado pela comuni-
esperar que ocorra um acidente
tou a docente do departamento de
causa uma variação de profundida-
dade acadêmica.
para nos mobilizarmos. Cobra-
Patologia Médica da UFPR Maria
de e de densidade em partes diver-
Para a diretoria da APUFPR-SSind,
remos soluções da Universidade
Suely Soares.
sas do local. Com isso, uma porção
a falta de estudo e planejamento do
para evitar que a comunidade con-
Para a APUFPR-SSind, os pro-
do edifício, por exemplo, pode so-
edifício no período da construção
tinue convivendo com esse risco”,
blemas da estrutura foram ocasio-
frer um abaixamento, uma defor-
está prejudicando toda a comuni-
destaca Negrão.
Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 |Abril de 2015
PESQUISA
Obra tem participação de docentes da UFPR
Livro sobre assédio
moral é lançado na UFPR
Obra é referência
para pesquisadores
e servirá de
embasamento
na luta contra o
assédio
um dos artigos do livro José Henrique de Faria ministrou a palestra, fazendo uma breve exposição
da sua interpretação geral do assédio moral na administração pública e de que forma ela é retratada
na obra.
A iniciativa de reunir artigos para tratar do tema é da
Um tipo de violência sutil, mas
APUFPR-SSind, em conjunto
que recentemente tem chamado
com diversas outras entidades
atenção, é o assédio moral. Este
que promoveram o seminário
tema é tratado no livro Estado, Po-
Estado, Poder e Assédio, realiza-
der e Assédio: Relações de Trabalho
do em 27 de março.
na Administração Pública, lançado
Entre os autores do livro es-
De acordo com Faria, a admi-
em 24 de abril, no Prédio Histórico
tão nomes como Margarida Bar-
nistração pública está inserida na
da UFPR.
reto, Roberto Heloani, Luis Allan
lógica capitalista e, por isso, adap-
Diversos alunos, profissionais
Künzle, Fernanda Zanin, Ricardo
tou-se – também nesse meio – a
e interessados no tema estiveram
Tadeu, José Antonio Peres Gediel,
essa forma de processo.
presentes para prestigiar a obra e
Lawrence Estivalet, João Arzeno,
acompanhar a palestra de lança-
Andressa Szesz, José Henrique
mento – uma introdução ao livro.
Faria, Roger Raupp Rios, Bruno
Conforme explica a obra, o po-
“O lançamento do livro foi
Chapadeiro, Jorge Souto Maior,
der é uma representação de grupos
o início da luta para que, a par-
Eduardo Faria, Marystela Bischof
sociais dentro das organizações.
tir de agora, se tenha um estudo
e Giovanni Alves.
Para Faria, esse poder pode ser al-
sistema capitalista. É uma violência
terado – por meio de lutas e vonta-
que atinge a autoestima e a digni-
de daqueles que sofrem ou que têm
dade das pessoas no ambiente de
o desejo de transformar seu espaço.
trabalho.
mais sério e responsável em re-
Estado
lação ao assédio moral. Com isso
Poder
“foi o início da
luta para que se
tenha um estudo
mais sério em
relação ao assédio
moral.”
João Negrão
as instituições e o próprio judici-
No livro, os autores explicam
ário terão uma base melhor para
que o estado adota cada vez mais
combater essa violência”, explica
procedimentos
o presidente da APUFPR-SSind,
típicos do capital: produtividade,
Segundo Faria, o assédio é uma
dentro da luta – e é por isso que
João Negrão.
mérito, metas e resultados, entre
agressão contra valores socialmen-
outros.
temos condição de amanhã mudar-
te aceitos, que não é exclusivo do
mos de posição”, declara Faria.
O docente da UFPR e autor de
administrativos
Assédio
“Embora não estejamos na
condição de dominantes, estamos
11
12
Informativo APUFPR-SSIND | Nº 121 | Abril de 2015
Nota de pesar do Coletivo dos
Aposentados da APUFPR-SSind
Foi com muito pesar, que
recebemos, no dia da nossa
primeira reunião do coletivo
ção às nossas discussões e as
nossas causas.
Defendia
AGENDA
14/05
ardorosamente
dos aposentados do ano de
suas ideias e convicções, man-
2015, a notícia do falecimen-
tendo acessa a polêmica sobre os
to do nosso companheiro Joel
temas de interesse dos aposenta-
Guardiano.
dos. Joel fará falta!
Joel era um participan-
Nossa saudade e apreço,
te ativo deste coletivo, dando
Coletivo dos Aposentados da
sempre uma grande contribui-
APUFPR-SSind.
Dia Nacional de Paralisação dos
Docentes das IFEs
Promoção: ANDES-SN
14/05
Debate:Terceirização e Precarização
do Trabalho no Serviço Público
Local: Alta Reggia Plaza Hotel Curitiba
Horário: 17h
Promoção: APUFPR-SSind
FOTO DA SEMANA
15/05 e 16/05
Reunião do Setor dos Docentes
das IFES do ANDES-SN
Local: Brasília-DF
Promoção: Setor das Ifes do ANDES-SN
26/05
reunião de docentes aposentados
massacre contra professores e cidadãos paranaenses
Local: APUFPR-SSind
Horário: 15h
Acompanhe a programação
da TV APUFPR
Livro sobre assédio moral
é lançado na UFPR
Apesar de o prédio ser
novo, RU do Botânico
apresenta diversos
problemas
Gestão da Ebserh no HC
prejudica cada vez mais a
comunidade acadêmica
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Docentes aprovam indicativo de greve durante Assembleia