SEMIOLOGIA NUTRICIONAL EM PEDIATRIA Exame físico e bioquímico Especialização em Nutrição Parenteral e Enteral Nutricionista Ms. Sônia Alscher OBJETIVOS • Identificar pacientes com desnutrição marginal • Quantificar e classificar o tipo de distúrbios nutricionais, identificando a etiologia • Monitorizar o suporte nutricional • Analisar o prognóstico de risco AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Sistemática e seqüencial: detecção precoce da desnutrição • História clínica • Medidas antropométricas • História alimentar • Exame físico • Dados laboratoriais HISTÓRIA CLÍNICA PERÍODO NEONATAL - FATORES MATERNOS: • História gestacional • Doenças maternas • Intercorrências no pré-natal • Peso pré-gestacional • Uso de álcool/ tabagismo HISTÓRIA CLÍNICA PERÍODO NEONATAL - FATORES FETAIS: • Infecções congênitas (malformações congênitas, redução do peso fetal) • Agravos peri-parto • Idade gestacional HISTÓRIA CLÍNICA LACTENTES, PRÉ-ESCOLARES, ESCOLARES E ADOLESCENTES: • Ingestão alimentar recente • Capacidade de deglutição e retenção de nutrientes • Doença de base • Sintomas de dor, dispnéia, depressão • Ganho ou perda de peso recente • Uso crônico de medicamentos HISTÓRIA ALIMENTAR • Aleitamento e introdução de novos alimentos • Hábito alimentar atual: – Antes da doença – Depois da doença – Recordatório 24h – Registro alimentar de 3 dias – Controle de resto-ingestão • Intolerâncias, alergias, particularidades em relação a alimentação EXAME FÍSICO • Alterações ósseas: – Protuberâncias em costelas, clavículas, escápulas e articulações, fraturas • Edema: – Anasarca, localizado em membros, local específico • Reserva de massa magra e tecido adiposo subcutâneo: – Tonicidade muscular, movimentos, visivelmente emagrecido Exame Físico Nutricional • Limitações: Depende do conhecimento técnico específico e de um observador e/ou equipe bem treinados; Algumas deficiências nutricionais podem não ser identificadas por outros métodos isoladamente; Exame Físico com Enfoque Nutricional • Pode ser conduzido de modo organizado, numa progressão lógica, da cabeça aos pés, com o objetivo de determinar as condições nutricionais dos pacientes; Técnicas de exame físico • Inspeção: observação inicial geral até mais detalhada; • Palpação; • Percussão; • Auscultação; Inspeção A inspeção geral inicial proporciona muitas informações sobre o estado geral nutricional do paciente; EXAME FÍSICO • Nível de atividade: – hipoativo, prostrado, hipotonia • Brilho nos olhos e expressão: – abertura ocular espontânea, dor • Aparência da pele, cabelos e unhas – Coloração, brilho, pele fina e macerada • Lesões de mucosas – Mucosites, hidratação e coloração Exame Físico com Enfoque Nutricional Aparência física geral emagrecido, edemaciado); (obeso, Todos os achados devem ocorrer bilateralmente, pois qualquer atrofia unilateral deve ser descartada como causa nutricional; Fascie triste, envelhecida Espaços intercostais Face Fácies: informa sobre a repercussão de uma determinada doença na expressão facial do paciente; O paciente parece exausto, pouco consegue manter os olhos abertos; Observar diferença quando baixo nível consciência ou sedação; Paciente parece mais triste ou deprimido; Edema, fascie Lesões de pele, edema Avaliação da gordura subcutânea bíceps; tríceps; clavícula; escápula; ombros; costelas; TECIDO ADIPOSO ESCASSO PREGAS LONGITUDINAIS Avaliação da Massa Muscular Clavícula (indica perda crônica); Tórax e musculatura paravertebral (perdas implicam em menor força respiratória, hipoventilação e maior risco de pneumonia); Avaliação da Massa Muscular • Lembrar: sempre que se perde musculatura estrutural significa que diminui também a capacidade de formação adequada de anticorpos; Quanto mais atrófico for o paciente, menor sua capacidade imunológica; Perda de Massa Muscular A massa muscular varia com o nível de atividade da pessoa e o repouso prolongado leva à atrofia muscular... Pacientes com perdas importantes de massa muscular perdem força e permanecem mais deitados; Hipoatividade Presença de Edema Pode ser influenciado pela doença de base. Ex. hepatopatia, nefropatia; A presença deve considerar o decúbito preferencial do paciente; Presença de Edema Edema de membros inferiores: em pessoas que ficam mais sentadas ou em pé; Após suave e contínua pressão sobre a face anterior da perna contra a estrutura óssea, procura-se a presença de depressão tecidual que demora algum tempo até voltar ao normal (sinal de cacifo); Fascie triste, com edema de pálpebra Lesões de pele Ascite Edema em MsIs Lesões de pele Edema com cacifo O que também devemos lembrar durante o exame físico... Os sinais de deficiências nutricionais podem não ser tão específicos e precisam ser diferenciados daqueles de etiologia não nutricional; Muitos sinais resultam da falta de vários nutrientes, tanto quanto por causas não nutricionais; • Sintomas de deficiências nutricionais podem ou não ser aparentes no exame físico; Fascie triste Ascite Edema MsIs Protuberancias ósseas Fascie triste, hipoatividade Protuberancias ósseas Edema Queda de cabelo Lesões de pele Edema com cacifo Cicatrização deficiente Fascie em “Lua cheia” AVALIAÇÃO LABORATORIAL • Avaliação estática; dosagens isoladas podem confirmar ou auxiliar mensurações clínicas e/ ou antropométricas • Avaliação dinâmica: mensurações seriadas, permitindo avaliação do tratamento no decorrer do tempo AVALIAÇÃO LABORATORIAL • Devem ser solicitados de acordo com indicações e suspeitas clínicas, por exemplo: – Criança obesa – perfil lipídico, glicemia; – Criança com sinais de anemia (mucosas hipocoradas, baixa ingestão de alimentos ricos em Fe+) – hemograma; INTRODUÇÃO • Uma avaliação bioquímica isolada não deve ser conclusiva para avaliar o estado nutricional • O ideal é associar: • Dados antropométricos • Inquérito alimentar • Achados laboratoriais • Traçar o diagnóstico nutricional •Adequar intervenções dietoterápicas Déficit calórico protéico X Alguma injúria (neoplasias, queimaduras, trauma, sepse...) Velocidade de consumo metabólico INTRODUÇÃO Catecolaminas Glicocorticóides Glucagon Estado hipercatabólico Acometendo os compartimentos • Gordurosos • Protéicos 5 x excreção urinária de N e de outros metabólitos protéicos Massa magra INTRODUÇÃO DEPLEÇÃO PROTÉICA SEVERA [proteínas plasmática] %proteínas viscerais IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DESTAS PROTEÍNAS PARA AVALIAR O ESTADO NUTRICIONAL TESTES BIOQUÍMICOS NOS DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS EM CRIANÇAS • • • • • • • • • • Proteína/ sangue Proteína/ urina Glicose Ferro Fósforo Zinco Vitamina A Vitamina C Vitamina D Vitamina K • • • • • • • • • Riboflavina Vitamina B6 Folacina Tiamina Vitamina B12 Fósforo Ferro Zinco Colesterol e frações PROTEÍNAS VISCERAIS • Albumina (20 dias) • Transferrina (8 dias) • Pré-albumina (2 dias) + proteína C-reativa) • Fibronectina (24 hs) • Podem cair em resposta ao esttresse • Na presença de inflamação dosar com PCR PROTEÍNAS TOTAIS Redução na concentração sérica de proteínas de síntese hepática pode ser um bom índice de desnutrição. (6,4 – 8,1) Outros fatores não nutricionais também podem influenciar Ex. insuficiência hepática, aumento do catabolismo ou excreção PROTEÍNA DE MASSA VICERAL ALBUMINA • Proteína de síntese hepática abundante no meio extracelular • Responsável pela manutenção da pressão oncótica do plasma (redução leva a passagem de líquido para o espaço extravascular = edema) • Transporta substâncias no sangue. Ex. esteróides • Baixo custo Albumina •Longa meia vida: 18-20 dias •Correlaciona-se com estado nutricional •Eficiente indicativo de prognóstico nutricional •Outros fatores além do estado nutricional podem influenciar os níveis de albumina: hidratação, inflamação, doença renal ou hepática Albumina • Valores normais > 2,5 -3g/dl lactente 2 - 3g/ dl crianças < 9 anos Transferrina • Indicações: diagnóstico diferencial de anemias e avaliação do estado nutricional • A transferrina é a proteína que transporta o ferro no plasma • Proteína de síntese hepática • Meia-vida: 7-8 dias (mais sensível para desnutrição aguda) Transferrina • Pode ser determinda indiretamente pela CTLF (capacidade total de ligação com o ferro) Transferrina = (0,8 x CTLF) – 43 • Valor normal: 170 - 250 g/ dl Pré-albumina • Proteína sintetizada no fígado com ação no transporte da tirosina • Vida média = 2 dias • Diminuída na desnutrição e enfermidades hepáticas HEMOGLOBINA •É intracelular, diferente das demais proteínas circulantes, sofrendo transformação metabólica muito lenta; • tem sensibilidade menor à desnutrição do que as demais proteínas para avaliação nutricional; • Diminuição ocorre depleção protéica; mais tardiamente na Índice pouco específico para desnutrição. PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE RETINOL • Ligada à albumina tem ação no transporte de vitamina A (retinol) do tecido hepático para outros tecidos; • Sensibilidade grande à restrição de calorias e proteínas por ter meia vida de 12 horas e pequena reserva no organismo; • Limitação para uso na prática por alta labilidade e por sofrer alteração nos níveis séricos quando há hipovitaminose A; * Proteínas de Fase Aguda * •Condições orgânicas com caráter agudo (trauma, infecções, neoplasias, IAM) levam ao aumento da produção de proteínas de fase aguda em detrimento às demais proteínas. Proteínas de fase aguda: proteína C reativa, fibrinogênio, ceruloplasmina, alfamacroglobulinas, inibidores de protease * Proteínas de Fase Aguda * Em condições de lesão ou infecção, a utilização de albumina, pré-albumina e transferrina deixam de ser parâmetros aceitáveis para avaliação nutricional. Necessário dosar a proteína C reativa - serve como contraprova p/ as demais tnas plasmáticas •Meia -vida de 8-12 h IMUNIDADE CELULAR • Reatividade cutânea; baixa sensibilidade e especificidade em pacientes graves • Contagem de linfócitos totais; valores inferiores a 1.500/ mm3 - relacionados ao maior grau de desnutrição Contagem total de linfócitos: • Mede de maneira grosseira as reservas imunológicas momentâneas; • Indica as condições do mecanismo de defesa celular do organismo; • Pode ser influenciada pelo estado nutricional, infecções, cirrose hepática, queimaduras e medicamentos Contagem total de linfócitos: • Calculada a partir do leucograma: • CTL= % de linfócitos x leucócitos 100 • Valores de referência: > 1200 mm3 - aceitável 800- 1200 mm3 - depleção moderada < 800 mm3 – depleção grave METABOLISMO PROTÉICO • Índice creatinina-altura • Excreção urinária de 3-metil -histidina • Dosagem de nitrogênio uréico urinário associado à amônia urinária • Balanço nitrogenado ÍNDICE CREATININA/ALTURA (ICA) • Estima a massa protéica muscular • Utiliza-se volume urinário de 24 hs • Influência da idade (< 2m), função renal, hidratação, hipercatabolismo, ingestão recente de refeição com alto teor protéico Preparo para exame: dieta restrita em carnes por 24h-48h prévias e durante a coleta. ICA ICA= Creatinina urinária de 24 hs(mg) x 100 Vlor. Diário de excreção creatinina ur. 24hs por altura ( olha-se em tabela e expressa-se como % do padrão Classificação em relação à massa muscular: • 60 - 80% depleção protéica leve • 40 -60% depleção moderada • < 40% depleção grave em: lopez et al, 2002. Terapia Nutricional em Pediatria 3-METIL HISTIDINA URINÁRIA • Metabólito da histidina (excreção urinária) • Marcador do catabolismo muscular esquelético ( actina) • Alto custo e pouco acessível • Restrita a pesquisas • Excreção influenciada por: consumo de carnes, sexo, catabolismo, idade, atividade física intensa. BALANÇO NITROGENADO • Não informa reservas: metabolismo e ingestão protéica de 24 hs. • POSITIVO: anabolismo • NEGATIVO: ingestão protéica insuficiente, hipercatabolismo ou perdas não mensuradas ( queimaduras, doença renal, diarréia) • Utiliza-se urina de 24 hs • Adequação da oferta protéica e grau de hipercatabolismo BALANÇO NITROGENADO (BN) BN = N2 ingerido - N2 excretado, onde: Proteína ingerida (g/24 h) - uréia urinária (g/24 h) + 4* 6,25 2,14 * Valor estimado das perdas nitrogenadasextraurinárias; deve ser usado apenas em adolescentes. Em crianças menores, utilizar o nomograma de Wilmore. Essa estimativa deve ser feita na ausência de diarréia ou perdas anormais MEDIDA DO GASTO ENERGÉTICO • Calorimetria indireta; determinação do consumo de O2 e da produção de CO2 num período de tempo • Determinação do Quociente Respiratório (QR) MONITORIZAÇÃO BIOQUÍMICA MAIS COMPLETA • Eletrólitos • Vitaminas • Oligoelementos • Hemoglobina ANEMIA • Hemoglobina e hematócrito: – OMS: de 6 meses a 6 anos são consideradas anêmicas as cças com hemoglobina abaixo de 11g⁄100ml ou hematócrito abaixo de 33% – Geralmente o primeiro hemograma, em cças saudáveis é feito por volta dos 2 anos de idade – Em pessoas da raça negra, a hemoglobina é em média 0,5g/dl mais baixa ANEMIA • Diagnóstico da anemia moderada a grave • Queda de Hb e Ht • Aumento da RDW (variação de volume de eritrócitos) • Hipocromia (HbCM baixa – Hemoglobina corpuscular média) • Microcitose (VCM diminuído – Volume corpuscular médio) • Queda do ferro sérico, aumento da capacidade total de ligação ao ferro e queda da saturação de transferrina • Anemia leve: valores normais e alterados ANEMIA • A variação do volume das hemáceas (RDW) é o sinal mais precoce da deficiência de ferro • Por meio do VCM podemos classificar as anemias em: – Normocíticas – Microcíticas: graus mais avançados da deficiência de ferro e hipocrômicas (queda do HbCM) – Macrocíticas www.criancasemanemia.com.br DESNUTRIÇÃO • Albumina: – Meia vida longa (20 dias – Síntese diminuída na DP e hepatopatias – Perdas importantes nas enteropatias perdedoras de ptn, sind. Nefrótica e queimaduras • Transferrina: – Meia vida de 4 a 8 dias – 99% do ferro circulante liga-se à ela – Anemia [] aumentada DESNUTRIÇÃO • Pré-albumina: – Meia vida de 2,5 a 3 dias – Transporta tiroxina e retinol – Variação de 20 à 50 mg⁄dl – Diminuída na cirros, hepatites, inflamação, estresse e doenças crônicas • Balanço nitrogenado • Índice Creatinina – altura DESNUTRIÇÃO • Concentrações de albumina menores que 3g/dl sugerem desnutrição protéica • Alteração mais precoce é fornecida pela transferrina • Hipocalcemia, hipofosfatemia e alta atividade de fosfatase alcalina: deficiência de vit D • Baixas excreções urinárias de cálcio e fósforo sugerem raquitismo ou osteomalácia • Creatinina sérica na ausência de doença renal é um índice de massa muscular DESNUTRIÇÃO • Ferro sérico menor que 60µg/dl é indicativo de deficiência de ferro • Baixas concentrações de vitamina A e caroteno: deficiência de vit A e índice de má absorção de gordura • Baixa concentração sérica de Zinco sugere além da deficiência, desnutrição protéica MONITORAMENTO NUTRICIONAL NO ESTRESSE METABÓLICO Na admissão: • Exame físico • Histórias clínica e alimentar/ alteração da capacidade funcional Diária: • Peso • Oferta de nutrientes • Balanço hídrico MONITORAMENTO NUTRICIONAL NO ESTRESSE METABÓLICO Semanal ou cfe. indicação clínica: • Hemograma • Eletrólitos • Glicemia • TG • Uréia sérica • Gasometria • Nitrogênio urinário • Balanço nitrogenado MONITORAMENTO NUTRICIONAL NO ESTRESSE METABÓLICO Quinzenal • • • • Estatura Prega cutânea Circunferência do braço Albumina sérica AVALIAÇÃO LABORATORIAL NO ESTRESSE METABÓLICO • Proteínas plasmáticas: somente são úteis junto com a da proteína C reativa • Triglicerídios plasmáticos: nutrição parenteral - antes do início da administração e a cada aumento de taxa de infusão • Balanço nitrogenado • ICA • Metil-histidina MONITORIZAÇÃO NA NUTRIÇÃO ENTERAL • Parâmetros Controles Resíduo gástrico Peso corporal Ingestão Vol. fecal Vo. urinário Até a 1a. semana Diário Após a 2a. semana Diário A cada 3h/ diário Diário Diário 3 x semana Diário Diário 3 x semana 3 x semana Diário 1 x semana MONITORIZAÇÃO NA NUTRIÇÃO ENTERAL • Parâmetros Hemoglob./ hematócrito Perfil bioquímico Perfil hepático Perfil renal Até a 1a. semana 3 x semana Após a 2a. semana 1 x semana 2 x semana 1 x semana 2 x semana 1 x semana 2 x semana 1 x semana MONITORIZAÇÃO NA NUTRIÇÃO ENTERAL: controles diários • Sinais vitais • Velocidade do gotejamento • Posicionamento da sonda enteral • Sinais de intolerância: vômitos, diarréia, distensão abdominal, náuseas MONITORIZAÇÃO NA NUTRIÇÃO ENTERAL:ingestão • Balanço hídrico • Balanço nitrogenado MONITORIZAÇÃO NA NUTRIÇÃO ENTERAL: perfil bioquímico • Glicemia • Proteína total e frações • Ca, P, Na, K, Mg, gasometria rterial MONITORIZAÇÃO NA NUTRIÇÃO ENTERAL: perfil hepático/renal • TGO/TGP • FOSFATASE ALCALINA • BILIRRUBINA • URÉIA E CREATININA MONITORIZAÇÃO NA NUTRIÇÃO PARENTERAL 1-2 sem. 2-4 sem. Glicosúria 4-12h Diária Glicemia 8-24h 24-72h Eletrólitos 1-3 dias Semanal Gasometria 1-3 dias Semanal Uréia, Creatinina 1-3 dias semanal MONITORIZAÇÃO NA NUTRIÇÃO PARENTERAL 1-2 sem. 2-4 sem. Cálcio 1-3 dias Semanal P, Mg Semanal semanal Bilirrubina, fosf. Inicial Alcal. 1-2 sem. TGO, TGP Inicial 1-2 sem. Hemogr. 2-3 dias Semanal TG Após aumentos de 1g/kg/dia MONITORIZAÇÃO NA AIDS Além dos parâmetros normais para desnutrição, ênfase em alguns micronutrientes (sistema imunológico, defesas antioxidantes): • Fe, Ca, P • Oligoelementos: Zn, Se e Cu • Vitaminas A, B12, D, E e K Avaliação MetabólicoNutricional Seqüencial • Padronização da monitoração • Condições de atendimento do serviço • Aplicabilidade clínica rotineira A ESCOLHA DO MÉTODO • Alta sensibilidade: consistentemente anormal na desnutrição • Alta especificidade: normal nos indivíduos nutridos • Não ser afetdo por fatores não nutricionais • Sensível à repleção nutricional • Fácil execução e baixo custo Concluindo... O diagnóstico nutricional pelo exame físico deve estar sempre associado aos outros métodos disponíveis; Nenhum método é considerado padrão ouro isoladamente; A interpretação dos achados do exame físico deve ser avaliada de forma multidisciplinar para garantir melhores resultados; Referências • Gaw et al. Bioquímica Clínica . 2a. Ed. Guanabara Koogan, 2001 • Telles Jr., M. ; Leite,H.P. Terapia Nutricional no Paciente Pediátrico Grave. Ed. Atheneu, 2005. • Lopez, F. A. et al. Fundamentos da Terapia Nutricional em Pediatria. Ed. Sarvier, 2002.