Humanização do Nascimento
A. Moura[1]; A. Lemos [2]; E. Salgueiro[3]; S. Teixeira[4]; C. Sousa[5];
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1 – INTRODUÇÃO
A humanização dos cuidados é hoje uma das preocupações centrais nas
novas políticas de saúde, levando à necessidade de adopção de atitudes
humanistas e á actualização constante das práticas.
As novas tecnologias, no geral, tendem a substituir o cuidado humanizado, o
que se observa também na área da Saúde Materna e Obstétrica, constituindo
este facto uma preocupação actual (Bueno e Bueno, 2009)..
Os enfermeiros especialistas em Saúde Materna são intervenientes no
nascimento, pelo que a qualidade dos cuidados que prestam está
intimamente ligada com o nível de satisfação das utentes sendo um
contributo decisivo para a humanização do nascimento. Sabemos que são
vários os factores que interferem com o processo de humanização e que o
seu conhecimento é imprescindível para se prestarem cuidados mais
humanizados. Assim, entendemos ser importante saber qual a percepção que
o enfermeiro especialista tem do seu papel na humanização do nascimento e
quais os factores que considera interferirem em todo o processo.
2 – OBJECTIVOS
Identificar factores que na percepção dos EEESMO interferem na
humanização do nascimento;
Conhecer as intervenções que os EEESMO consideram contribuir para a
humanização do nascimento.
3 – METODOLOGIA
Optámos por um estudo exploratório qualitativo. Como método de recolha de
dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada, aplicada a 9 EEESMO a
exercer funções em três áreas distintas de intervenção (centro de saúde,
bloco de partos e serviço de internamento de obstetrícia).
4 – DESENVOLVIMENTO
Sendo o nascimento um momento de transformação na vida de uma mulher e
família, surgiu a necessidade de reflectir sobre a humanização deste
processo. A passagem do nascimento para fora do ambiente domiciliar levou
a uma medicalização de um processo anteriormente considerado natural,
onde a mulher se encontrava no seio familiar, passando a um ambiente
institucionalizado.
O enfermeiro, deve promover a interligação tecnologia-humanização,
preservando as relações humanas enfermeiro/utente/família, implementando
uma assistência humanizada, deixando de lado os problemas burocráticos,
estruturais e técnicos, voltando-se para atitudes, comportamentos, valores,
ética moral e profissional.
5 – CONCLUSÕES
A humanização do nascimento exige esforços de todos os envolvidos na
assistência á saúde, para abolir condutas intempestivas e agressivas tanto
para a mulher como para o recém-nascido. Para que o nascimento seja um
momento agradável e isento de riscos, é necessário fornecer um atendimento
seguro e personalizado.
Após análise dos resultados concluímos que, as características dos cuidados
são referidas como a principal causa da desumanização do nascimento,
sendo a institucionalização apontada como o factor que mais interfere na
humanização o que, de acordo com os autores consultados, leva à
necessidade de uma revisão de comportamentos, nomeadamente rotinas e
protocolos de actuação, para tornar as instituições menos “frias” e
impessoais (Castro, 2003).
São apontadas pelas entrevistadas como intervenções para ultrapassar
factores dificultadores: o fornecer informação e o mostrar
disponibilidade/simpatia.
Realçamos o facto de as enfermeiras do nosso estudo considerarem a
empatia e a relação de ajuda como a melhor forma de intervir para humanizar
o nascimento.
Referências Bibliográficas
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Quarteto.
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10 (3), 669-705.
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Fortin, Marie-Fabienne (2009) Fundamentos e etapas do processo de
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Jones, R. (2007) Humanização do nascimento. “Revista Bem Estar”.48
(Agosto) 2. Disponível em: http://www.jornalbemestar.com.br/upload/capa/
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enfermagem materna. (5ª ed). Porto Alegre: Artmed, 357-414.
Polit, D.; Beck, C.& Hungler, B.(2004) Fundamentos de pesquisa em
enfermagem: métodos, avaliação e utilização (5ª ed). São Paulo: Artmed.
[1] Primeiro, Ana Moura
[2] Segundo, Ariuvalda Lemos
[3] Terceiro, Elisa Salgueiro
[4] Segundo, Susana Teixiera
[5] Terceiro, Carmo Sousa
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