Considerações sobre Variáveis Econômicas Estratégicas Nilson Pimentel (*) Como profissional da economia, ressalto o esforço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), quando em parceria com instituições internacionais que desenvolvem trabalhos e ofertam serviços na área de formação profissional sobre atração de investimentos estrangeiros diretos, como a fDi Intelligence, do grupo empresarial Financial Times, o qual apresenta novas metodologias desenvolvidas nas experiências praticadas em vários do mundo como o - global case studies of investment attraction opportunities -, pois esse aprendizado é uma das áreas do conhecimento econômico que ainda não possui textos pré-estabelecidos formalmente (livros, ou seja, ainda não se conseguiu transformar em conhecimento explícito), no qual se identificou que não é determinante que o país e ou região possua potenciais econômicos naturais ou matérias-primas, pacotes de incentivos fiscais que possibilitem maior grau de competitividade, mão de obra especializada, dentre outros fatores que sejam vitrines para atrair investimentos fixos produtivos. A competição por recursos para aportes em atividades de riscos econômicos produtivos e ou infraestruturais é de forma globalizada, onde países desenvolvidos competem entre si e com os demais, especialmente com os BRICS (Brasil, Rússia, China e África do Sul), e que os Estados Unidos da América, ainda é o maior investidor e o maior captador, seguido pela China. Aqui no Amazonas essas atividades de atração de investimentos, como área do conhecimento técnicocientífico ainda engatinha, pois se está no início de se estruturar essa atividade no âmbito da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SEPLAN), dentro das atividades de desenvolvimento econômico que a Secretaria Executiva Adjunta de Políticas Setoriais (SEAPS) trabalha para estabelecer um metier, com escopo próprio objetivando dotar essas atividades dentro da rotina de competência da SEPLAN, e que no futuro torne o estado do Amazonas um lócus de atratividade de investimentos externos diretos, que ainda não é. Entretanto, no Brasil esse serviço ainda está em fase de reestruturação dessa importante atividade econômica de serviços especializados, mas ainda faltam profissionais especializados, mesmo em razão de todo o trabalho da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - (APEX – Brasil), com uma de suas áreas de competência que coordena os esforços de atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país. Aqui mais perto, no Amazonas, no transcurso desse ano de 2013 se convive com as velhas promessas, principalmente aquela sobre a dilatação do prazo de vigência da Zona Franca de Manaus por mais 50 (cinquenta) anos, que sai, não sai, vai ser votada, não vai, e, assim adia-se assim sua votação para 2014. Recomenda-se à sociedade que não se deixe engabelar com propagandas enganosas em programas de rádio e televisão, em discursos de políticos, pois que nada está bem, que nada está resolvido em favor do Amazonas. Muito ainda se tem por fazer, ainda se depende de muito esforço e luta conjunta, não somente dessa classe política, mas toda de toda a sociedade, arregimentando forças politica dos outros estados da Amazônia, como Roraima, Rondônia, Acre e Amapá e que se beneficiam do projeto Zona Franca de Manaus, para vir à trincheira de luta em prol das justas reinvindicações, em conjunto com a classe empresarial em participar como grupo de pressão em benefício dos interesses do povo da Amazônia. No cerne desse artigo se trata de aspectos da macroeconomia que passa o Brasil, e para os macroeconomistas a equipe econômica que comanda a Economia Brasileira apresenta certa perda de rumo na aplicação dos instrumentos de Política Econômica (PE), tanto que já houve dissonância entre eles, quanto aos aspectos da taxa da inflação e o crescimento econômico perseguido pelo Brasil após um pífio desempenho ano passado. Parece-nos que no círculo econômico governamental sempre padece de leniência por parte de autoridades econômicas em relação ao controle da inflação. No mercado o que se sente são os preços dos produtos aumentarem, principalmente os de serviços, uma vez que a taxa inflacionária insiste em ficar no patamar limite de 6,6%, muito cima das metas das autoridades monetárias de Brasília. O que se constata é a continuidade de aplicações pontuais de instrumentos monetário e fiscal, na tentativa de ver cair essa taxa inflacionária que tanto ameaça o crescimento econômico. Para tanto o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BACEN), em sua última reunião elevou a taxa SELIC (taxa prime de juros na economia brasileira) de 9,50% para 10%, jogando o Brasil no topo do ranking de países com maiores juros reais do mundo. Assim, como para se calcular os juros reais na economia desconta-se a inflação projetada para os próximos 12 meses, e fazendo essa conta, os juros básicos no Brasil ficam em 4,1% ao ano. Em segundo lugar vem a China, com taxa real de 3,1%. Em terceiro está o Chile, com 2,8%, seguida pela Argentina e a Hungria, ambas com 1,5%. Na outra ponta da tabela está a Venezuela, que tem a menor taxa real de juros do mundo, com -18,3% ao ano. No entanto, tratando-se de juros nominais (que não descontam a inflação), a Venezuela tem a maior taxa do mundo, com 15,13%, a Argentina em segundo com 12,24% e o Brasil vem em terceiro no ranking dos juros nominais. Visto tudo isso, deixa transparecer que não existe a tal independência do BACEN, nem mesmo na tentativa de controlar os preços administrados pelo governo, como da gasolina, do etanol, principalmente, demonstrando um perdimento na condução da Política Econômica. Por outro lado, se vê o Ministro da Economia, Prof. Dr. Guido Mantega, tentar justificar o descontrole nas metas de inflação e crescimento econômico brasileiro, considerando que esta inflação persistente tem sido por causa do preço das commodities agrícolas e minerais no mercado mundial globalizado vindo de fora para dentro do Brasil. Como uma visão mais simplificada, se pode entender como se encontra a taxa de juros reais brasileira frente alguns países do mundo. Também, o que se tem visto nesses últimos anos foram aplicações dos instrumentos de Política Monetária, principalmente os de Política Fiscal e Política Monetária, como fatores impulsionantes do consumo em alguns segmentos da indústria nacional, como justificativa para buscar a meta do crescimento econômico. Tudo mudou a partir de 2011, e os estímulos dados pelo governo tem gerado inflação sem produzir crescimento econômico. Tudo são fatos, não havendo contestação, mas justificativas por parte das autoridades monetárias do Governo. (*) Economista, Engenheiro e Administrador de empresas, com pós-graduação: MBA in Management (FGV), Engenharia Econômica (UFRJ), Planejamento Estratégico (FGV), Consultoria Industrial (UNICAMP), Mestre em Economia (FGV), Doutorando na UNINI-Mx, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected].