Crescimento e Inflação na Economia Brasileira Nilson Pimentel (*) Como profissional da economia, retorno de um treinamento continuado sobre promoção e atração de investimentos realizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com a fDi Intelligence, do grupo empresarial Financial Times, no qual foram apresentadas novas metodologias desenvolvidas nas experiências - global case studies of investment attraction opportunities -, pois esse aprendizado é uma das áreas do conhecimento econômico que ainda não possui textos pré-estabelecidos formalmente (livros, ou seja, ainda não se conseguiu transformar em conhecimento explícito), no qual se identificou que não é determinante que o país e ou região possua potenciais econômicos naturais ou matérias-primas, pacotes de incentivos fiscais que possibilitem maior grau de competitividade, mão de obra especializada, dentre outros fatores que sejam vitrines para atrair investimentos fixos produtivos. A competição por recursos para aportes em atividades de riscos econômicos produtivos e ou infraestruturais é de forma globalizada, onde países desenvolvidos competem entre si e com os demais, especialmente com os BRICS (Brasil, Rússia, China e África do Sul), e que os Estados Unidos da América, ainda é o maior investidor e o maior captador, seguido pela China. Aqui no Amazonas essas atividades de atração de investimentos, como área do conhecimento técnico-científico ainda engatinha, pois estamos no início de estruturar essa atividade no âmbito da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SEPLAN), dentro das atividades de desenvolvimento econômico que a Secretaria Executiva Adjunta de Políticas Setoriais (SEAPS) trabalha para estabelecer um metier, com escopo próprio objetivando dotar essas atividades dentro da rotina de competência da SEPLAN, que no futuro torne o estado do Amazonas um lócus de atratividade de investimentos externos diretos. No transcurso dessa semana (22-27-abril) bem atribulada, com tentativa e consecução de “golpe político” contra a democracia, ou seja, o Poder Legislativo (PEC 33) subjugando poderes e ações do Pode Judiciário com claro objetivo de encobrir e proteger políticos corruptos e fichas sujas, assim como, se teve outras ações na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sobre questões da reforma tributária do ICMS, na qual o projeto ZFM tem que guerrear para manter seu diferencial Constitucional, em batalhas constantes não vencidas, ainda. Recomenda-se ‘a sociedade que não se deixe engabelar com propagandas enganosas em programas de rádio, em discursos de políticos, que nada está bem, que nada está resolvido em favor do Amazonas. Nada disso, ainda se depende de muito esforço e luta conjunta, não somente dessa classe política, mas toda de toda a sociedade, e ao contrário do que disse um representante da Federação das Indústrias (FIEAM), na Reunião do CODAM, e a classe empresarial tem que fazer todos os esforços e ainda participar como grupo de pressão em benefício dos interesses do Amazonas, pois é nesse lócus econômicos que se obtém o lucro. Também não poderia deixar de comentar a realização da 244ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (CODAM), no qual teve uma pauta consubstanciada por investimentos no setor dinâmico da economia amazonense, o Polo Industrial de Manaus (PIM) da ordem de R$ 875,8 milhões, desses R$ 301,9 milhões de inversões fixas produtivas, sendo um total de 42 projetos, com 16 de implantação e 23 de diversificação, com adicional de 459 postos de trabalho. Contando com apresentação por parte da Secretaria de Produção Rural (SEPROR), o Programa Amazonas Rural, sendo demonstradas algumas ações estruturantes, que o Governo Estado faz no setor primário amazonense, tão necessário ao crescimento da produção de alimentos que compõem a cultura alimentar do mercado no Amazonas. No cerne desse artigo se trata de aspectos da macroeconomia que passa o Brasil, que para os macroeconomistas a equipe econômica que comandam a Economia Brasileira apresenta certa perda de rumo na aplicação dos instrumentos de Política Econômica (PE), tanto que já houve dissonância entre eles e a Presidenta Dilma, quanto aos aspectos da taxa da inflação e o crescimento econômico perseguido pelo Brasil após um pífio desempenho ano passado. Parece-nos que no círculo econômico governamental sempre parece leniência por parte de autoridades econômicas em relação ao controle da inflação. No mercado o que se sente são os preços dos produtos aumentarem, principalmente os de serviços, uma vez que a taxa inflacionária insiste em ficar no patamar de 6,6%, muito cima das metas das autoridades monetárias de Brasília. O que se constata é a continuidade de aplicações pontuais de instrumentos monetário e fiscal, na tentativa de ver cair essa taxa inflacionária que tanto ameaça o crescimento econômico. Para tanto o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BACEN), em sua última reunião elevou a taxa SELIC (taxa prime de juros na economia brasileira) de 7,25% para 7,50%, deixando transparecer que não existe a tal independência do BACEN, nem mesmo na tentativa de controlar os preços administrados pelo governo, como da gasolina, do etanol, principalmente, demonstrando um perdimento na condução da Política Econômica. Por outro lado, se vê o Ministro da Economia, Prof. Dr. Guido Mantega, tentar justificar o descontrole nas metas de inflação e crescimento econômico brasileiro, de forma quase hilária, considerando que esta inflação persistente tem sido por causa do preço das commodities agrícolas e minerais no mercado mundial globalizado vindo de fora para dentro do Brasil. Como uma visão mais simplificada, se pode entender como se encontra a taxa de inflação brasileira frente alguns países da América Latina, observe-se no gráfico a seguir, comparação da inflação brasileira com a inflação média de quatro países que contam com estabilidade monetária: México, Chile, Peru e Colômbia (MCPC): Também, o que se visto nesses últimos anos foram aplicações dos instrumentos de Política Monetária, principalmente os de Política Fiscal e Política Monetária, como fatores impulsionantes do consumo em alguns segmentos da indústria nacional, como justificativa para buscar a meta do crescimento econômico, sendo que a sociedade constatou foi o que se apresenta no gráfico a seguir, comparativamente com aqueles mesmo países latinos. Entretanto, vejam que desde 2011, o crescimento despencou em relação aos países já relacionados, com a inflação elevando-se ‘as taxas superiores ‘as metas governamentais. Tudo mudou a partir de 2011, e os estímulos dados pelo governo tem gerado inflação sem produzir ao crescimento. Tudo isto são fato, não havendo contestação, mas justificativas quase hilárias por parte das autoridades monetárias do Governo. (*) Economista, Engenheiro e Administrador de empresas, com pós-graduação: MBA in Management (FGV), Engenharia Econômica (UFRJ), Planejamento Estratégico (FGV), Consultoria Industrial (UNICAMP), Mestre em Economia (FGV), Doutorando na UNINI-Mx, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected].