Transformador ideal i2 i1 V1 N1: número de espiras do primário V2 N2: número de espiras do secundário Relação de transformação: N1 V2 V1 n N2 i1 i2 n V1 · i1 = V2 · i2 A potência de entrada é igual a de saída Um transformador é um dispositivo passivo Em um transformador ideal, a energia armazenada é nula n N1 N2 Transformador ideal Em um transformador ideal a impedância vista pelo primário, com o secundário aberto, é infinita. Em um transformador real, esta impedância não é infinita. Com o secundário aberto, a impedância vista pelo primário é uma indutância. A esta indutância se chama de INDUTANCIA DE MAGNETIZAÇÃO i1 V1 i2 Lm V2 N1 N2 Transformador real iT i1 i2 iLm V1 Lm V2 Lm consome parte da corrente de entrada do transformador real iT = iLm + i1 N1 N2 Idealmente, esta corrente deveria ser nula. Portanto, Lm deveria ser o maior possível. Para maximizar o valor de Lm, os transformadores não devem possuir entreferro (g = 0) Quanto vale Lm? 0 ·r ·A e ·N12 Lm le Transformador real Pode um transformador real ser alimentado em corrente contínua? iT i1 t 1 V1·t iLm (t) V dt 1 Lm 0 Lm i2 iLm V1 Lm V2 N1 iLm N2 t B · ·N·i B 0 r Lm le Não, já que a indutância magnetizante se saturaría. A tensão V1 deve ter um valor médio nulo para evitar que a indutância de magnetização se sature. BSAT t Transformador real iT i1 i2 iLm V1 Lm V2 N1 V1 Vp D·T N2 As áreas devem ser iguais: T Vp·D = Vn·(1-D) Vn Transformador real iT V1 i1 N N 2 1 i2 iLm V2 Lm Transformador Ideal iLm iT = iLm + i1 V2 V1 n i1 A corrente magnetizante depende do tipo de núcleo, do número de espiras e da tensão de entrada i2 n 1 v1dt Lm · ·A ·N Lm 0 r e 1 le 2 V1 · i1 = V2 · i2 As correntes i1 e i2 dependem da potência da carga que está sendo alimentada pelo transformador Projeto do transformador iT i1 N N 1 2 As especificações do transformador são: i2 • Tensão de entrada iLm V1 V2 Lm • A relação de transformação • Correntes i1 e i2 Transformador Ideal Lm não deve saturar: BMAX BSAT i Lm _ Max Lm 1 2 Lm DT V1 DT 0 V 1dt 2 Lm 0 · r · Ae · N 1 2 le BMax 0 · r · N 1 ·i Lm _ Max N1 le V1·D·T 2·A e ·BSAT Projeto do transformador iT i1 N N 1 2 i2 Lm não deve saturar: iLm V1 Lm V2 Transformador Ideal Vp V1 D·T Supõe-se inicialmente que o valor médio de iLm é nulo. Há casos em que isto não ocorre. iLm iLm_Max T Vn 2iLm_Max Projeto do transformador iT i1 N N 1 2 i2 iLm V1 Lm V2 Transformador Ideal Bac As perdas no núcleo são provocadas por iLm (nem por i1 nem por i2). Estas perdas dependem da excursão da densidade de fluxo Bac. 0 · r · N 1 ·i Lm _ Max le Projeto do transformador iT i1 N N 1 2 i2 As perdas no cobre são provocadas por i 1 e i2 . iLm V1 V2 Lm iLm se considera desprezível com relação as outras correntes. Transformador Ideal 2 2 1 N ·l PCu1 · 1 m · Ief2 1 AW 1· Fu1 PCu 2 1 N ·l · 2 m · Ief2 2 AW 2 · Fu 2 Como dividir a área da janela entre os dois enrolamentos? Aw = Aw1 + Aw2 O valor mínimo das perdas ocorre para Aw1 = Aw2 = Aw / 2 Projeto do transformador O diametro dos cabos será: 4.Aw 1 · Fu1 1 · N1 Aw1 2 4.Aw 2 · Fu 2 ·N2 Se o diametro é maior que a profundidade do efeito pelicular, devemos utilizar cabos de menor diametro em paralelo tal que a seção de cobre total seja a mesma. Aw2 2 > dSKIN · 22 ·d2SKIN ncables · 4 4 ncables : número de cabos de diámetro dSKIN em paralelo Transformadores – Indutancia de Dispersão 1 Parte do fluxo gerado pela bobina 1 (1) não circula pelo núcleo e portanto não enlaça com o secundário. Este fluxo d se chama de fluxo de dispersão i N1 d N2 Este fluxo de dispersão se modela no equivalente elétrico como uma bobina, que recebe o denominação de indutor de dispersão Ld iT Ld i1 N N 1 2 i2 iLm V1 Lm V2 Transformador Ideal Transformadores – Indutancia de Dispersão Na maioria das aplicações procura-se minimizar o indutor de dispersão. Para minimizar este indutor é necessário que os enrolamentos estejam bem acoplados, ou seja, que os enrolamentos estejam o mais próximo possível um do outro. Baixa Ld Alta Ld Pode-se também intercalar os enrolamentos (interleaving) Transformadores – Indutancia de Dispersão Para avaliar Ld é necessário fazer algumas simplificações Suponhamos que os enrolamentos sejam homogêneos i2 N2 N2·i2 Enrolamento secundario Enrolamento primario N2 espiras Corrente i2 N1/2 espiras /camada 2 camadas N1 espiras no total Corrente i1 Transformadores – Indutancia de Dispersão N1 N1 i1 i1 2 2 Aplicando a lei de Ampere Hdl N·i h H N2 ·i2 h N1·i1 h N1·i1 2h A integração deve envolver todo os condutores. No espaço entre camadas / ou enrolamentos o campo H permanece constante. Em um dos enrolamentos o campo cresce enquanto que no outro decresce porque a corrente circula no sentido contrário ou seja N1i1 = N2i2 Transformadores – Indutancia de Dispersão N1 i1 2 N2·i2 N1 i1 2 Intercalando o enrolamento secundários entre duas metades do enrolamento primário, o valor máximo de H diminui e consequentemente também diminui o indutor de dispersão. H Neste caso Ld é 4 vezes menor comparado a situação anterior N1 i1 2h N1 i1 2h Efeito de Proximidade – Indutor de dispersão A corrente se distribui uniformemente pelo condutor A corrente não se distribui uniformemente devido ao efeito de proximidade Efeito de Proximidade – Indutor de dispersão Redução das perdas de Proximidade 1. A técnica de intercalamento dos enrolamentos reduz significativamente as perdas de proximidade quando a corrente dos enrolamentos estão em fase (transformadores derivados dos conversores “buck”). 2. Nos conversores tais como o “Flyback” ou “Sepic”, as correntes nos enrolamentos não estão em fase e a técnica de intercalamento pouco reduz no valor de pico da FMM e conseqüentemente as perdas devido ao efeito de proximidade. 3. Para corrente senoidais nos enrolamentos, há uma espessura ótima do condutor que minimiza as perdas no cobre. 4. Minimizar o número de camadas. Usar uma geometria de núcleo que maximize a largura dos enrolamentos. 5. Minimizar a quantidade de cobre nas vizinhanças de FMM elevada nos enrolamentos.