Força de Evidência Científica e
Grau de recomendação
A qualidade e a confiabilidade da informação gerada por um ensaio clínico
aleatorizado[randomizado], multicêntrico envolvendo um grande número de
pacientes é diferente daquela proveniente de relatos de caso clínico isolado ou de
pesquisas de animais de laboratório.
Assim, dependendo do desenho de pesquisa, a qualidade metodológica e da
relevância clínica dos resultados avaliados, pode-se gerar diferentes níveis de
evidências, o que vai refletir na tomada de decisões com diferentes graus de
confiabilidade.
Eduardo S. Ponce Maranhão-médico,clínica médica/medicina interna[MSF]-MS,medicina social-IMS,planejamento de
saúde-Ensp,epidemiologista-Ensp, sanitarista,vacinologista- Dpto de epidemiologia e métodos quantitativos em saúdeEnsp-Fiocruza
2010
O uso do grau de recomendação , associado à citação bibliográfica no artigo[texto]
tem como objetivos principais => :
•
Conferir transparência à procedência das informações
•
Busca de evidência científica de maior força
•
Introduzir uma forma simples de auxiliar a avaliação crítica maior do leitor, que arca com a
responsabilidade da decisão
Grau de recomendação
•
AEstudos experimentais ou observacionais com melhor consistência.
•
BEstudos experimentais ou observacionais de baixa consistência
•
CRelatos de casos e estudos não controlados
•
DOpinião desprovida de avaliação crítica, apoiada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos
animais
Nível de evidência(força de evidência) e grau de recomendação
•
•
Nível de evidência
(força de evidência científica)
•
•
•
•
•
•
1 A
•
________________________________________________________________________________
•
•
•
•
•
•
•
1B
Tratamento/
revisão sistemática
(com homogeneidade)
de ensaios clínicos
controlados
e randomizados[aleatorizados]
Diagnóstico
prevenção-etiologia
Grau de recomendação
revisão sistemática
( com homogeneidade)
de estudos diagnósticos
nível 1, critério diagnóstico
de estudos nível 1 B, em
diferentes estudos clínicos
ensaio clínico controlado
coorte validada, com bom padrão
randomizado[aleatorizado]
de referência critério diagnóstico
com intervalo de confiança
testado em um único centro clínico
estreito
________________________________________________________________________________
1 C
resultados terapêuticos
sensibilidade e especificidade
do tipo “tudo ou nada”
próximas de 100%
A
Nível de evidência(força de evidência) e grau de recomendação
•
•
Nível de evidência
(força de evidência científica)
•
•
•
•
•
•
•
2A
Tratamento/
Grau de recomendação
revisão sistemática
( com homogeneidade)
de estudo de coorte
revisão sistemática
( com homogeneidade)
de estudos diagnósticos de
nível >2
________________________________________________________________________________
2B
estudo de coorte
coorte exploratória com bom
( incluindo ensaio clínico )
padrão de referência critério
•
randomizado[aleatorizado]
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
de menos qualidade
•
Diagnóstico
prevenção-etiologia
diagnóstico derivado ou validado
em amostras fragmentadas
banco de dados
_________________________________________________________________________________ _
2C
observação de resultados
terapêuticos ( outcomes research)
__________________________________________________________________________________
3A
revisão sistemática( com homogeneidade
revisão sistemática
de estudo caso-controle
(com homogeneidade) de estudos
diagnósticos de nível > 3B
___________________________________________________________________________________
3B
estudo de caso-controle
seleção não consecutiva de casos,
ou padrão de referência aplicado
de forma pouco consistente
B
Nível de evidência(força de evidência) e grau de recomendação
•
•
Nível de evidência
(força de evidência científica)
•
4
•
•
•
•
coorte ou caso-controle
pobre ou não independente
de menor qualidade)
_____________________________________________________________________________________
5
opinião desprovida de avaliação crítica ou baseada em
•
•
•
Tratamento/
prevenção-etiologia
relato de casos(incluindo
Diagnóstico
estudo caso –controle;
Grau de recomendação
ou padrão de referência
matérias básicas ( estudo fisiológico ou estudo com
animais)
______________________________________________________________________________
C
D
Referência
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
1Sackett DL, Richardson WS, Rosemberg WS, Rosenberg W,
Haynes BR. Evidence-Based Medicine: how to practice and
teach EBM. Churchill Livingstone, 1997.
2Evidence-Based Medicine Working Group.Evidence-based
medicine. A new approach to teaching the practice of medicine.
JAMA 1992; 268:2420-2425.
3Lopes AA. Raciocínio Clínico e Tomada de Decisões em
Medicina: um curso integrando medicina interna e epidemiologia.
Rev Bras Ed Med 1991; 45: 222-224.
4Guyatt GH, Sackett DL, Cook DJ. Users’ guides to the medical
literature. II. How to use an article about therapy or prevention.
B. What were the results and will they help me in
caring for my patients? JAMA 1994; 271:59-63.
5Fletcher HR, Fletcher SW, Wagner EH; trad. Duncan BB,
Schmidt MI. Epidemiologia Clínica: Elementos Essenciais, 3
ed. Porto Alegre, RS, Artes Médicas, 1996.
6Friedland DJ. Evidence-Based Medicine: A Framework for
Clinical Practice, Stanford, CT, Appleton & Lange, 1998.
7A.A.Lopes. Medicina Baseada em Evidências: a arte de aplicar o
conhecimento científico na prática clínica
Download

Grau de recomendação e Força de Evidência Científica