www.profasoninha.weebly.com Querida Marta! Obrigada por ter me escrito, que é tão bom saber que nossos amigos não se esqueceram da gente. É difícil, na nossa idade, largar tudo assim, sair da casa onde passou a vida inteira. Pelo menos mantendo o contato com os amigos, mata um pouco a saudade. Queria te dar parabéns. Como você está se dando ao cargo? Dona Marta, presidente da Associação dos Moradores do Bairro... Sabe, fiquei muito feliz ao ler que você foi eleita, pelo menos vai se preocupar com as coisas. Não como aquele homem que foi presidente quando eu morava por lá ainda, como era mesmo o nome dele? Acredita que eu o vi por aqui há umas semanas, com aquela secretária pelo braço... Mas então... O meu neto, o Luisinho, o mais novo, veio me falando ontem dessas coisas de patrimônio histórico. Se bem que eu nunca fui muito entendida nisso, e esses jovens de hoje que me parece que adoram se fazer de inteligentes... Pois ele me disse que deveriam tombar a pracinha lá do bairro. Que eu vivia falando para eles, então... Estranhei a cidade está cheia de praças, tudo igual à nossa... Então o Luisinho foi me explicando, disse que a pracinha é patrimônio afetivo da comunidade, assim mesmo. Que tudo que é importante para a população pode se tombado. Fiquei um bom tempo pensando nisso. E não é que deveria mesmo? Que a pracinha eu acho que é o lugar mais importante do bairro. Se você pegar qualquer pessoa que morou por lá por um tempo, não desses que vem e vão, e pedir para falar da vida, sempre acaba nela... Quem viveu no bairro desde criança, como a gente, então... A infância, a juventude, o que havia de brincadeira, de namorar... Gente que está casada faz meio século e havia se conhecido na pracinha, como você e o Jorge. Olha que deveriam tombar mesmo, talvez assim alguém se preocuparia mais em cuidar de lá. Que como está agora eu não sei, mas quando eu estava me mudando era tudo só mato. Criava até bicho, ratos, um horror. Até bandido se escondia lá, lembra que a polícia falou quando assaltaram a casa do seu Cristovão, coitado... E nem tanto para os velhos, que a gente é só memória mesmo, deveriam tombar para as crianças. Porque olha como está agora, os pequenos brincando tudo pelas ruas. Só por um milagre que ainda não atropelaram ninguém... Fiquei pensando nisso... E quando recebi a sua carta hoje de manhã, e li que você tinha sido eleita Presidente da Associação dos Moradores, achei que deveria te escrever sobre isso. Algo tão importante para o bairro, como era mesmo? Sim, patrimônio afetivo da comunidade. Quem sabe você consegue fazer alguma coisa para que a pracinha seja tombada e preservada... Quanto ao resto, estamos todos bem aqui e espero que você e todos os outros meus amigos de lá do bairro também estejam. A Carol te manda beijos. Abraços, Ana do G. Texto que serve a uma exposição metódica sobre certo assunto. Um conjunto de ideias organizadas por meio da linguagem de forma a influir no raciocínio, ou quando menos, nos sentimentos do ouvinte ou leitor.. Locutor: Indivíduo que pretende expor suas ideias. Interlocutor: grupo de pessoas. Propósito: apresentar ideias / propostas/ abrir eventos. Meio: rádio, tv, local do evento • Apresentação do locutor • Apresentação do assunto do discurso • Interlocução bem definida com a plateia. Coloque-se no lugar de um líder de grêmio estudantil que tem recebido reclamações dos colegas sobre o ensino de ciências em sua escola e que, depois de ler a entrevista com Tatiana Nahas na revista de divulgação científica Ciência Hoje, decide convidá-la a dar uma palestra para os alunos e professores da escola. Escreva um discurso de apresentação do evento, adequado à modalidade oral formal. Você, necessariamente, deverá: a) apresentar um diagnóstico com três (3) problemas do ensino de ciências em sua escola; e b) justificar a presença da convidada, mostrando em que medida as ideias por ela expressas na entrevista podem oferecer subsídios para a superação dos problemas diagnosticados. 0 Escola na mídia Tatiana Nahas. Bióloga e professora de ensino médio, tuiteira e blogueira. Aos 34 anos, ela cuida da página Ciência na mídia, que, nas suas palavras, "propõe um olhar analítico sobre como a ciência e o cientista são representados na mídia". Ciência Hoje: É perceptível que seu blogue dá destaque, cada vez mais, à educação e ao ensino de ciências. Tatiana Nahas: Na verdade, é uma retomada dessa direção. Eu já tinha um histórico de trabalho em projetos educacionais diversos. Mas, mais que isso tudo, acho que antes ainda vem o fato de que não dissocio sobremaneira pesquisa de ensino. E nem de divulgação científica. CH: Como você leva a sua experiência na rede e com novas tecnologias para os seus alunos? TH: Eu não faço nenhuma separação que fique nítida entre o que está relacionado a novas tecnologias e o que não está. Simplesmente ora estamos usando um livro, ora os alunos estão criando objetos de aprendizagem relacionados a determinado conteúdo, como jogos. Um exemplo do que quero dizer: outro dia estávamos em uma aula de microscopia no laboratório de biologia. Os alunos viram o microscópio, aprenderam a manipulá-lo, conheceram um pouco sobre a história dos estudos citológicos caminhando em paralelo com a história do desenvolvimento dos equipamentos ópticos, etc. Em dado ponto da aula, tinham que resolver o problema de como estimar o tamanho das células que observavam. Contas feitas, discussão encaminhada, passamos para a projeção de uma ferramenta desenvolvida para a internet por um grupo da Universidade de Utah. Foi um complemento perfeito para a aula. Os alunos não só adoraram, como tiveram a possibilidade de visualizar diferentes células, objetos, estruturas e átomos de forma comparativa, interativa, divertida e extremamente clara. Por melhor que fosse a aula, não teria conseguido o alcance que essa ferramenta propiciou. Veja, não estou competindo com esses recursos e nem usando-os como muleta. Esses recursos são exatamente o que o nome diz: recursos. Têm que fazer parte da educação porque fazem parte do mundo, simples assim. Ah, mas e o monte de bobagens que encontramos na internet? Bom, mas há um monte de bobagens também nos jornais, nos livros e em outros meios “mais consolidados”. Há um monte de bobagens mesmo nos livros didáticos. A questão está no que deve ser o foco da educação: o conteúdo puro e simples ou as habilidades de relacionar, de interpretar, de extrapolar, de criar, etc.? CH: Você acha que é necessário mudar muita coisa no ensino de ciências, especificamente? TN: Eu diria que há duas principais falhas no nosso ensino de ciências. Uma reside no quase completo esquecimento da história da ciência na sala de aula, o que faz com que os alunos desenvolvam a noção de que ideias e teorias surgem repentinamente e prontas na mente dos cientistas. Outra falha que vejo está no fato de que pouco se exercita o método científico ao ensinar ciências. Não dá para esperar que o aluno entenda o modus operandi da ciência sem mostrar o método científico e o processo de pesquisa, incluindo os percalços inerentes a uma investigação científica. Sem mostrar a construção coletiva da ciência. Sem mostrar que a controvérsia faz parte do processo de construção do conhecimento científico e que há muito desenvolvimento na ciência a partir dessas controvérsias. Caso contrário, teremos alunos que farão coro com a média da população que se queixa, ao ouvir notícias de jornal, que os cientistas não se resolvem e uma hora dizem que manteiga faz bem e outra hora dizem que manteiga faz mal. Ou seja, já temos alguns meios de divulgação que não compreendem o funcionamento da ciência e a divulgam de maneira equivocada. Vamos também formar leitores acríticos? (Adaptado de Thiago Camelo, Ciência Hoje On-line. Disponível em http.cienciahoje.com.br. Acesso em: 04/03/2010.) Discurso de Apresentação sobre melhorias didáticas de Ciências (Líder) – Boa tarde! Alunos e professores da Escola Estadual Epitáfio de Souza Arantes. (Platéia) – Boa tarde. (Lider) – Estamos aqui para exercer a melhoria de nossos direitos, e conforme os problemas levantados por alunos e professores, discutiremos hoje, soluções para: – O incentivo da utilização do laboratório; – A melhora dos métodos didáticos; – E o fim do vandalismo; – Não estamos sozinhos nesta luta, para nos orientar convidei a professora: – Tatiana Nahas, que nos ofereceu apoio através do blogue do grêmio estudantil. – Conheci as idéias da professora Tatiana Nahas através do seu blogue e os seus métodos didáticos podem ajudar muito na resolução de nossos problemas. – É com grande prazer que iniciemos a palestra com a professora Tatiana Nahas! São Paulo, 21 de novembro de 2010 Caros professores e alunos Venho por meio desta carta, convidar vocês a assistir a palestra que irei dar sobre o ensino da ciência nas escolas. Soube recentemente que os alunos da Escola São João, não estariam satisfeitos com o modo de ensino em que estariam passando a eles. Então resolvi fazer um planejamento sobre as possiveis mudanças. Uma delas foi aprimorar as aulas laboratoriais interragir o aluno com o professor e por em prática as pesquisa, para que eles possam ver quão grandiosa é a ciência. Mas não podemos deixar de lado as aulas teóricas, pois eles tem que saber da onde vem tudo o que eles estuda, buscando nos livros, internet, enciclopedias, mas tendo o foco a educação. Conto com a participação da escola a divulgação do meu trabalho que de longos tempos em que tenho a satisfação de realizar espero vocês na Rua São José nº450 Bairro Azul, São Paulo Atenciosamente Tatiana Nahas Caros alunos e professores, Nestes últimos tempos, enquanto líder do grêmio estudantil de nossa escola, tenho recebido diversas reclamações de meus colegas a respeito do ensino de ciências nesta instituição de ensino. A maioria das queixas relacionase ao baixo e quase inexistente – segundo alguns – dinamismo das aulas; ao pequeno percentual de aprendizagem, diante da utilização de recursos pouco elucidativos; à falta de aplicação prática dos conhecimentos aqui transmitidos pelos professores da disciplina; à escassez de abrangência dos assuntos e temas, já que – consoantes às críticas – estes são explicados na medida em que são importantes para o vestibular, como se, o que nele não é cobrado, não tivesse importância suficiente para ser ministrado aos alunos de um colégio. Diante desse quadro preocupante, decidi pesquisar formas alternativas de ensinar ciências na escola – pois sei que as causas não se assentam na incapacidade ou desleixo de nossos professores – e deparei-me com uma entrevista, na revista científica “Ciência Hoje”, com a bióloga e professora de ensino médio, tuiteira e blogueira, Tatiana Nahas e achei muito interessante a forma que possui de lecionar, bem como a visão que tem do ensino de ciências. Para ela, que apresenta um histórico de trabalho em múltiplos projetos educacionais, não há que existir separação entre recursos antigos e novas tecnologias; é necessário promover as ferramentas proporcionadas pela internet e computador, bem como jogos, para tornar a aula mais interativa, compreensível, dinâmica e divertida, despertando o interesse dos estudantes. Ademais, é essencial, segundo ela, a história da Ciência, dos estudos citológicos e dos equipamentos ópticos serem explicados também, alem de mostrar o método científico e todos os percalços enfrentados pelos cientistas na elaboração de suas teorias, mostrando a abrangência e praticidade do conhecimento científico. É por tudo isso, e cumprindo o meu dever, que resolvi chamar a sra. Tatiana Nahas para dar uma palestra a vocês. Espero que, assim, possamos resolver e superar os problemas do ensino de ciências aqui. Muito obrigado e aproveitem-na. Caros professores e colegas: Talvez já seja de conhecimento geral as reclamações que tenho recebido a respeito dos problemas com o ensino de ciências de nossa escola. São queixas de alunos, colegas, preocupados com seus bons desempenhos nesta disciplina que, sabemos, é de suma importância no processo educativo no qual todos aqui estamos inseridos e pelo qual todos somos responsáveis. Enquanto líder do Grêmio Estudantil, vejo minha função com seriedade e empenho-me para não torná-la uma simples caixa de reclamações infundadas. É por isso que hoje, nesse evento, apresento a vocês, caríssimos colegas e mestres, a professora Tatiana Nahas. Alguns de vocês devem ter se perguntado: quais, especificamente, seriam esses problemas? De tudo que chegou até a mim, considerei três como sendo os mais recorrentes: os alunos estão extremamente desinteressados pela disciplina, as aulas são essencialmente teóricas, conteudistas e não há recursos interessantes disponíveis para utilização em sala-de-aula. Bióloga, a Professora Tatiana é dona do blog “Ciência na mídia”, onde dá, na rede mundial de computadores, uma especial atenção ao ensino de ciências, à educação. Com vasta experiência na área, a professora que dentro em breve nos brindará com sua fala, transformou suas aulas de ciências aliando novas e velhas tecnologias: jogos e Internet resgatam o interesse pela aprendizagem ao lado de microscópio, o que refletiu na melhoria da qualidade de suas aulas e no posterior maior interesse de seus alunos. Antenada, a professora vê dois como os principais problemas de sua profissão: para ela, falta ensinar a história da ciência e falta instigar a pesquisa, o método científico. Perceberam, meus amigos? As ideias da professora, junto ao nosso empenho e desejo de apreender, certamente nos ajudarão a superar nossos problemas, uma vez que desinteresse, conteudismo e falta de recursos parecem não existir na sua prática de ensino. Com a palavra, Professora Tatiana. Tenhamos todos uma ótima palestra! Muito obrigado. É um gênero diretamente ligado com o direito que cada cidadão tem de se manifestar diante dos problemas que o afligem. Remetente: grupos de pessoas, entidades. Destinatário: população, grupos políticos, representantes. Propósito: alertar, persuadir, protestar. Tema: problema que motivou a escrita da carta. Meio: rádio, tv, internet, reuniões, distribuição de folhetos. Introdução ( que situa o problema); Desenvolvimento ( análise do problema e apresentação dos argumentos que fundamentam o ponto de vista dos autores); Conclusão ( em que geralmente se solicita uma mudança, atitude ou resolução do problema). Pessoa e tempo verbal: na 1ª do plural (nós) e predominantemente no presente. Intenção: ampliar o alcance das informações e ganhar o apoio da população envolvida na questão. Carta Aberta ao Presidente da República Sr. Presidente Luís Inácio Lula da Silva, Vivemos ontem um dia histórico para o país e um marco para a Amazônia, com aprovação final, pelo Senado Federal, da Medida Provisória 458/09, que trata sobre a regularização fundiária da região. Os objetivos de estabelecer direitos, promover justiça e inclusão social, aumentar a governança pública e combater a criminalidade, que sei terem sido sua motivação, foram distorcidos e acabaram servindo para reafirmar privilégios e o execrável viés patrimonialista que não perde ocasião de tomar de assalto o bem público, de maneira abusiva e incompatível com as necessidades do País e os interesses da maioria de sua população. Os especialistas que acompanham a questão fundiária na Amazônia afirmam categoricamente que a MP 458, tal como foi aprovada ontem, configura grave retrocesso, como aponta o Procurador Federal do Estado do Pará, Dr. Felício Pontes. Sendo assim, Senhor Presidente, está em suas mãos evitar um erro de grandes proporções, não condizente com o resgate social promovido pelo seu governo e com o respeito devido a tantos companheiros que deram a vida pela floresta e pelo povo da Amazônia. Permita-me também, Senhor Presidente, e com a mesma ênfase, lhe pedir cuidados especiais na regulamentação da Medida Provisória. Por tudo isso, Sr. Presidente, peço que Vossa Excelência vete os incisos II e IV do artigo 2º; o artigo 7º e o artigo 13. Com respeito e a fraternidade que tem nos unido, atenciosamente, Senadora Marina Silva (Texto adaptado. http://www.greenpeace.org/brasil/amazonia/noticias/carta-aberta-dasenadora-marin. In Uemg 2010) É um gênero essencialmente ESCRITO cuja função é exercer a cidadania, voltada a um público SOCIALMENTE e COLETIVAMENTE dotado de poder político para transformações sociais emergentes. Locutor: grupos de pessoas, entidades. Interlocutor: sociedade em geral ou grupo determinado. Propósito: persuadir sobre um assunto ou fazer denúncia pública de um problema que está ocorrendo; Linguagem: Uso de verbos no imperativo (exaltação) Voz coletiva (1ª pessoa do plural: nós) Título: Mostrar a autoria do manifesto Introdução: apresentação do assunto que gerou o manifesto; Desenvolvimento: Análise do problema, sempre chamando o leitor a participar (vocativo) Conclusão: Convite ao leitor para apoiar a causa defendida. Coloque-se no lugar dos estudantes de uma escola que passou a monitorar as páginas de seus alunos em redes sociais da internet (como o Orkut, o Facebook e o Twitter), após um evento similar aos relatados na matéria reproduzida. Em função da polêmica provocada pelo monitoramento, você resolve escrever um manifesto e recebe o apoio de vários colegas. Juntos, decidem lê-lo na próxima reunião de pais e professores com a direção da escola. Nesse manifesto, a ser redigido na modalidade oral formal, você deverá necessariamente: •Explicitar o evento que motivou a direção da escola a fazer o monitoramento; •declarar e sustentar o que você e seus colegas defendem, convocando pais, professores e alunos a agir em conformidade com o proposto no documento. Escolas monitoram o que aluno faz em rede social Durante uma aula vaga em uma escola da Grande São Paulo, os alunos decidiram tirar fotos deitados em colchonetes deixados no pátio para a aula de educação física. Um deles colocou uma imagem no Facebook com uma legenda irônica, em que dizia: vejam as aulas que temos na escola. Uma professora viu a foto e avisou a diretora. Resultado: o aluno teve de apagá-la e todos levaram uma bronca. O caso é um exemplo da luta que as escolas têm travado com os alunos por conta do uso das redes sociais. Assuntos relativos à imagem do colégio, casos de bullying virtual e até mensagens em que, para a escola, os alunos se expõem demais, estão tendo de ser apagados e podem acabar em punição. Em outra instituição, contam os alunos, um casal foi suspenso depois de a menina pôr no Orkut uma foto deles se beijando nas dependências da escola. As escolas não comentaram os casos. Uma delas diz que só pediu para apagar a foto porque houve um "tom ofensivo". Como outras escolas consultadas, nega que monitore o que os alunos publicam nos sites. Exercícios – Como professores e alunos são "amigos“ nas redes sociais, a escola tem acesso imediato às publicações. Foi o que aconteceu com um aluno do ABC paulista. Um professor soube da página que esse aluno criou com amigos no Orkut. Nela, resolviam exercícios de geografia – cujas respostas acabaram copiadas por colegas. O aluno teve de tirá-la do ar. O caso é parecido com o de uma aluna de 15 anos do Rio de Janeiro obrigada a apagar uma comunidade criada por ela no Facebook para a troca de respostas de exercícios. Ela foi suspensa. Já o aluno do ABC paulista não sofreu punição e o assunto ética na internet passou a ser debatido em aula. Transformar o roblema em tema de discussão para as aulas é considerado o ideal por educadores. "A atitude da escola não pode ser policialesca, tem que ser preventiva e negociadora no sentido de formar consciência crítica", diz Sílvia Colello, professora de pedagogia da USP. Manifesto à favor da sociedade virtual Nós, estudantes da escola Hélio Cerqueira Leite, estamos aqui, perante pais, professores e também direção, para reivindicarmos nossos direitos em redes sociais! O monitoramento feito pela escola, desde que comentários feitos através do Facebook em relação à baixa produtividade das aulas de matemática foram publicados, não justifica esse controle sobre nossas postagens, que são reflexos de nossa opinião. Por isso, manifestamos para garantir a nossa liberdade virtual. Ou a escola tem poder sobre nós até mesmo quando estamos fora dela? Também temos nossa vida pessoal, e esta inclui nossas opiniões e pensamentos. Alunos, pais e até mesmo vocês, professores, juntem-se a nós por esta causa! Não podemos negar a sociedade virtual tão presente em nosso dia a dia. E quando eu digo “nosso”, é porque sei que não importa a qual grupo você faça parte, certamente está envolvido em redes sociais. Todos nós temos sim, o direito de publicar nossas opiniões virtualmente, sem que alguém nos controle! Os comentários sobre as aulas foram apenas uma maneira que utilizamos para expor algo que pensamos sem dirigir-se diretamente à direção, ou seja, não cometemos nenhum erro a ponto de sermos vigiados virtualmente. Pensem nisso, e logo juntem-se à nós estudantes! Prezados senhores, Em meio a tanto conhecimento nos vemos vítimas de injustiça, o castigo que nos foi dado é inadmissível, passaram a nos monitorar dentro da instituição escolar e também fora dela. Há alguns dias a direção tem notado uma certa estranheza no nosso comportamento é o que dizem, afim de saber o porque disto eles decidiram pesquisar mais afundo o que nos deixa irritados e com baixo rendimento escolar. Os professores e alunos integram-se muito bem aqui, acontece que estamos num momento de descobertas, e a fonte de conhecimento não se faz só no ambiente escolar, o mundo que nos é oferecido portões afora também ensina, e nos mostra cada vez mais que estamos inseridos numa sociedade onde devemos procurar nosso grupo. Então, prezados senhores, nós pedimos que nos deixem tomar algumas decisões sozinhos, o monitoramento ao qual somos submetidos nos deixará ainda mais desafiadores, quanto ao poder que desejam exercer sobre nós. Não nos imponha uma série de restrições estamos num momento em que precisamos de liberdade, precisamos de compreensão para que possamos compreender os senhores esse poder de hierarquia que se cria. Atenciosamente.