DIAGNÓSTICO DA REDE DE PROTEÇÃO À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-ACRE Projeto Circulando pela Rede MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE 13ª Promotoria de Justiça Criminal de Rio Branco-Acre Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Julho de 2012 i ESTADO DO ACRE MINISTÉRIO PÚBLICO 13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA CRIMINAL DE RIO BRANCO-ACRE ESPECIALIZADA NO COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DIAGNÓSTICO DA REDE DE PROTEÇÃO À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCOACRE RELATÓRIO FINAL 1ª Versão Julho de 2012 ii Procuradora-Geral de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo Procuradora-Geral Adjunta para Assuntos Jurídicos, Administrativos e Institucionais Kátia Rejane de Araújo Rodrigues Corregedor-Geral Ubirajara Braga de Albuquerque Subcorregedor-Geral Álvaro Luís Araújo Pereira Membros do Conselho Superior Patrícia de Amorim Rêgo Ubirajara Braga de Albuquerque Edmar Azevedo Monteiro Filho Kátia Rejane de Araújo Rodrigues Gilcely Evangelista de Araújo Souza Colégio de Procuradores Patrícia de Amorim Rêgo Kátia Rejane de Araújo Rodrigues Ubirajara Braga de Albuquerque Giselle Mubarac Detoni Vanda Denir Milani Nogueira Williams João Silva Edmar Azevedo Monteiro Filho Cosmo Lima de Souza Oswaldo D´Albuquerque Lima Neto Flávio Augusto Siqueira de Oliveira Sammy Barbosa Lopes Carlos Roberto da Silva Maia Gilcely Evangelista de Araújo Souza Álvaro Luiz Araújo Pereira iii Coordenação da Pesquisa Promotora de Justiça Marcela Cristina Ozório Equipe Técnica Luciana de Carvalho Rocha Gadelha Antonia Francisca de Oliveira Ângela Maria Fernandes Fontes Michele Mauri Ruth Lucimar Gomes Pesquisadores – Servidores Agenaira Francielly Mariano Catherine Lamar de Azevedo Juliane Guedes Corrêa Karoliny Rosas de Oliveira Nair Braga Nathan Moreira Vidal Raphael Augusto de Lima Torres Colaboração Adelaide Maria Araújo Vieira Risoleide Martins de Oliveira Maria Helena Pedroza de Carvalho Pesquisadores - Alunos de Psicologia da UNINORTE Elizângela Santana Rodrigues Gislay Cirino Fernandes Hanna Izabel Ferreira Marçal Irene Smangoszevski Jaqueline Frota Pinheiro Larissa Moreira Santana Luzia Litiane Matos Lima Silene da Silva Lima Talita Carvalho Pinheiro Tamires da Costa Honório Colaboração Econ. Msc. Orlando Sabino da Costa Filho iv AGRADECIMENTOS O desenvolvimento dessa pesquisa contou com a colaboração da União Educacional do Norte UNINORTE, através do Curso de Psicologia, por meio da Professora Kariny Costa Gonçalves que considerou como parte de sua disciplina a atividade prática dos alunos como pesquisadores. O número de questionários aplicados só foi possível graças à dedicação dos alunos voluntários, que o fizeram com motivação e profissionalismo. Aos servidores do Ministério Público que foram designados e cedidos pelos seus chefes imediatos a participar como pesquisadores. Ao Professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Acre MS Orlando Sabino que colaborou com a definição da metodologia da pesquisa e revisou os instrumentos de coleta de dados. A Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres, por meio da técnica Amanda Schoenmaker, que revisou os questionários e fez sugestões qualificadas quanto ao conteúdo e a forma de apresentação. A todos os gestores da Rede REVIVA que participaram da validação dos instrumentos da pesquisa e colaboraram com a indicação dos profissionais a serem pesquisados nas suas instituições. As mulheres que gentilmente responderam as perguntas após serem vitimadas e estarem emocionalmente frágeis. v Sumário LISTA DE TABELAS .................................................................................................. VII APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 12 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13 2. METODOLOGIA ................................................................................................... 15 3. RESULTADOS ....................................................................................................... 20 3.1 Informações Gerais dos Profissionais ....................................................................................... 20 3.2 Informações Gerais das Vítimas ........................................................................................................... 77 4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................. 119 ANEXOS ...................................................................................................................... 121 vi LISTA DE TABELAS 3.1 INFORMAÇÕES GERAIS DOS PROFISSIONAIS 22 3.1.1 Característica do profissional segundo sexo e grupos de idade em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão 22 3.1.2 Característica do profissional segundo a escolaridade em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão. 24 3.1.3 Características do profissional segundo religião e estado civil valores absolutos em relativos da Rede e por Órgão. 26 3.1.4 Características do profissional segundo o seu vínculo empregatício e o tempo de atuação no órgão em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão. 28 3.1.5 Outra atividade remunerada fora o seu órgão de origem 29 3.1.6 Carga horária de trabalho e faixa de salário do profissional em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão 30 3.1 MOTIVAÇÃO DOS SERVIDORES 3.1.7 Motivação dos profissionais em valores absolutos e relativos por órgão da Rede 31 31 3.1 QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS 33 3.1.8 Qualificação dos profissionais da Rede, por órgão 33 3.1.9 Grupo de anos em que o profissional realizou a sua última capacitação sobre o tema Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão 34 3.1 CONHECIMENTO DA LEI MARIA DA PENHA 3.1.10 Avaliação do profissional sobre o seu conhecimento da Lei Maria da Penha, tipos de violência e medidas protetivas 3.1 ATUAÇÃO PROFISSIONAL 3.1.11 Percepção do profissional sobre sua capacitação voltada para administrar um diálogo e orientar uma mulher vítima de violência doméstica e familiar 3.1 ATUAÇÃO PROFISSIONAL 36 36 38 38 40 3.1.12 Conhecimento do profissional sobre o documento "Enfrentamento à violência contra a mulher orientação para profissionais e voluntários (as) de autoria de Bárbara Soares”. Pacto de vii enfrentamento à Violência contra a mulher da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres e necessidade em aprender mais sobre o tema 40 3.1.13 Conhecimento do profissional sobre a Rede, quais são os serviços e onde estão localizados os serviços de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar. 42 3.1 ATUAÇÃO PROFISSIONAL 3.1.14 Conhecimento do profissional sobre os procedimentos a serem adotados em cada caso de violência contra a mulher 3.1 CONHECIMENTO DA REDE 44 44 47 3.1.15 Órgãos da Rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar que o profissional conhece 47 3.1.16 Esclarecimento feito pelo profissional a mulher vítima de violência a respeito da rede de atendimento e seus serviços às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar 49 3.1 CONHECIMENTO DA VÍTIMA SOBRE A LEI MARIA DA PENHA NA PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS 51 3.1.17 Percepção dos profissionais sobre o conhecimento das mulheres que procuram atendimento nos seus Órgãos sobre a Lei Maria da Penha e suas medidas protetivas 51 3.1.18 Explicação do profissional sobre as medidas protetivas e uso dessas medidas pelas mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que são atendidas 53 3.1 INSTRUMENTOS DE GESTÃO 3.1.19 Existência de documento orientativo a seus profissionais sobre a forma adequada de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar 3.1 INSTRUMENTOS DE GESTÃO 55 55 57 3.1.20 Existência no órgão de instrumento de controle a avaliação do atendimento e instrumento de registro e cadastro de atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar 57 3.1.21 Locais mais frequentes que os profissionais encaminham as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar 59 3.1 ARTICULAÇÃO DA REDE 61 3.1.22 Acompanhamento pelo profissional das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que foram encaminhadas a outros órgãos 61 3.1 CONDIÇÕES DE TRABALHO 3.1.23 Condições das instalações físicas dos órgãos da Rede 63 63 viii 3.1.24 Disponibilidade de equipamentos de trabalho, por órgão 64 3.1.25 Disponibilidade colaboradores por órgão 65 3.1 FINANCIAMENTO DO ÓRGÃO 66 3.1.26 Financiamento dos serviços do Órgão 66 3.1 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 67 3.1.27 Participação do Profissional na elaboração do Planejamento do Órgão 67 3.1 PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA SERVIDORES 68 3.1.28 Existência de Programa de Capacitação de Profissionais no Órgão 3.1 CLIMA ORGANIZACIONAL 3.1.29 Relação pessoal da equipe no setor de trabalho do órgão da Rede 3.1 INTEGRAÇÃO DA REDE 68 70 70 71 3.1.30 Integração dos serviços de atendimento do Órgão 71 3.1.31 Integração dos serviços de atendimento do Órgão com os demais Órgãos da Rede 72 3.1 QUALIDADE DO ATENDIMENTO 73 3.1.32 Qualidade do atendimento às mulheres vítimas no setor de trabalho na percepção do profissional 73 3.2 Informações Gerais das Vítimas 77 3.2 INFORMAÇÕES GERAIS 78 3.2.1 Informantes segundo grupo de idade, cor/raça, estado civil e religião, valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. 78 3.2.2 Informantes segundo a escolaridade, valores absolutos e relativos por Regional 80 3.2.3 Informantes segundo grupo ocupação, vínculo empregatício, faixa de renda familiar, beneficiária de programas de transferência de renda ou outros benefícios, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. 82 3.2.4 Informantes segundo existência de filhos, quantidade de filhos, faixa de idade dos filhos e quantidade de filhos do atual companheiro em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. 84 ix 3.2.5 Informantes segundo consumo e frequência de substância psicoativa, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional 86 3.2 VÍNCULO ENTRE VÍTIMA E O AUTOR DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 88 3.2.6 Informantes segundo grau de proximidade com o autor de violência, tempo de relacionamento e sexo do autor de violência em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. 88 3.2.7 Informante segundo a dependência financeira da vítima com o autor da violência em valores absolutos e relativos, por Regional e Rio Branco 89 3.2 CARACTERIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA SOFRIDA E VITIMIZAÇÃO 90 3.2.8 Informantes segundo o tipo e gravidade da violência sofrida, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. 90 3.2.9 Informantes segundo o local de ocorrência, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional 92 3.2.10 Informantes segundo quantidade de vezes que foi vítima de violência e tempo em que sofreu a primeira violência em dias/anos e em relação ao tempo de relacionamento com o autor da violência em valores absolutos e relativos Em Rio Branco por Regional 94 3.2 CARACTERIZAÇÃO DO AUTOR DA VIOLÊNCIA E SITUAÇÃO DA DENÚNCIA 97 3.2.11Informantes segundo o estado em que se encontrava o autor e sua condição de sanidade mental, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional 97 3.2.12 Informantes segundo a quantidade de denúncias e procedimentos adotados em relação ao autor referente a última violência praticada, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional 99 3.2.13 Informantes segundo a situação do autor em relação à prática de outras violências, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional 101 3.2.14 Informantes segundo medo de ser assassinada pelo autor que praticou a violência por Regional 102 3.2.15 Informantes segundo a procura de ajuda para solucionar a situação de violência doméstica e familiar em valores absolutos e relativos, por Regional e Rio Branco. 103 3.2.16 Informantes segundo o estímulo à vítima a não realização da denúncia/desistência ou retirada da denúncia por profissionais dos órgãos da Rede no momento em que houve a procura por ajuda 106 3.2 CONHECIMENTO DA LEI MARIA DA PENHA 108 x 3.2.17 Informantes segundo o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha valores absolutos e relativos por Regional e Rio Branco 108 3.2 CONHECIMENTO DA REDE DE ATENÇÃO À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 109 3.2.18 Informantes segundo a forma com que souberam dos serviços de atendimento à mulher vítima de violência 109 3.2.19 Informantes segundo a busca pelos serviços e encaminhamento de instituição e profissional à mulher vítima de violência doméstica e familiar 110 3.2 QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELOS ÓRGÃOS DA REDE DE ATENDIMENTO À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 112 3.2.20 Informantes segundo os profissionais da Rede que atenderam a vítima, o interesse e o preparo desses profissionais para a realização do atendimento em valores absolutos e relativos por Regional e Rio Branco. 112 3.2.21 Informantes segundo a solução do problema relacionado a ocorrência atual e Instituições que a vítima recorreu mais de uma vez para solucionar o mesmo problema 115 3.2.22 Informantes segundo a qualidade do atendimento nas instituições da Rede 116 3.2.23 Informantes segundo a satisfação do atendimento realizado pelos profissionais da rede que prestaram o atendimento 117 3.2.24 Sugestões para melhorar na rede de atendimento à mulher vítima de violência na percepção das mulheres vítimas. 117 xi APRESENTAÇÃO O Ministério Público do Acre, por meio da 13ª Promotoria de Justiça Criminal de Rio Branco Especializada no combate à Violência Doméstica e Familiar contra a mulher tomou a iniciativa de verificar o funcionamento dos órgãos que compõem a rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar, em função de inúmeras reclamações relacionadas à ineficácia, mau atendimento e muitas vezes revitimização dessas mulheres. A Rede de Cuidados no Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Rio Branco REVIVA começa a se formar no ano de 2002 e em 2009 define o seu fluxo de atendimento para as mulheres, sob a orientação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres: atuação articulada entre instituições/serviços governamentais, não governamentais e comunidade, visando à ampliação e a melhoria da qualidade do atendimento; à identificação e encaminhamento adequado das mulheres em situação de violência; e o desenvolvimento de estratégias efetivas de prevenção. A constituição da rede de atendimento busca dar conta da complexidade da violência contra as mulheres e do caráter multidimensional do problema, que perpassa nas áreas, tais como: saúde, educação, segurança pública, justiça, assistência social, cultura, entre outras1. Esta pesquisa é dedicada a identificar os nós críticos na articulação dos órgãos públicos executores das políticas públicas de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar a partir da perspectiva dos profissionais e das vítimas, bem como o grau de satisfação das mulheres que procuram os serviços públicos nos órgãos que formam a Rede. As análises dos dados servirão como arcabouço pragmático para aperfeiçoar a eficácia e a eficiência dos investimentos públicos diante dos serviços direcionados a estes fins, sob dois aspectos. O primeiro diz respeito à estruturação dos órgãos da Rede REVIVA e o segundo como forma da sociedade civil entender o que de fato se configura como de interesse comum entre os órgãos da Rede e quais os fatores mais requisitados ao Estado. 1 Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres. 12 1. INTRODUÇÃO A violência contra as mulheres é um fenômeno que atinge indiscriminadamente pessoas de todas as classes sociais, cor, idade e etnia. Pela ausência de dados e informações que atestem essa afirmativa, historicamente é discutida sob a ótica da discriminação, da desigualdade na posição social e de poder entre homens e mulheres. A sutileza e a barbárie com que são praticados os crimes contra a mulher caminham juntas. O conceito de violência adotado no âmbito das políticas públicas para as mulheres foi construído na Convenção de Belém do Pará no ano de 1994. Classifica como qualquer ação ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado. Em 2002 a Secretaria de Estado de Assistência Social, Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres e Ministério Público, em parceria com Centro de Direitos Humanos e Educação Popular - CDDHEP iniciam a formação da Rede de Cuidados no Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Rio Branco REVIVA. Em 2004 foi assinado um termo de compromisso entre esses órgãos. No ano de 2009, a Rede define o fluxo de atendimento e compõe o Comitê Gestor da Rede, coordenado pela Assessoria da Mulher, do Gabinete do Governador. Nesse mesmo ano, o Governo do Estado assina Decreto nº 4.148 de 20 de maio de 2009, instituindo O Pacto de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, cria a Câmara Técnica de Gestão Estadual e formaliza a Rede. Embora os órgãos da Rede de Atendimento às mulheres em situação de violência estejam estruturados no município de Rio Branco, a articulação entre os serviços prestados ainda não funcionam enquanto fluxo contínuo; os atendimentos são fragmentados, fazendo com que as mulheres percorram o mesmo circulo várias vezes sem uma resposta efetiva ao seu problema. A pesquisa tem como objetivo identificar os nós críticos da rede, os problemas relacionados à efetivação dos serviços e conhecer o nível de satisfação das mulheres atendidas pelos órgãos que compõem a Rede. Os entrevistados foram servidores dos órgãos públicos que fazem parte da Rede, que responderam a quatro séries de perguntas. A primeira série diz respeito ao seu perfil profissional, seu local de atuação, tipo de vínculo de trabalho, tempo de serviço, valor de remuneração e carga horária de trabalho semanal. A segunda série trata da sua capacitação para atuar no atendimento às mulheres vítimas de violência, onde o profissional respondeu se conhece os principais instrumentos de defesa da mulher vítima de violência e se o mesmo se sente capacitado para atuar na área. A terceira série de perguntas está relacionada ao atendimento prestado à mulher vítima e quais os procedimentos adotados. Por fim, o profissional discorre sobre a caracterização da 13 instituição que atua, onde responderam questões relacionadas à integração da rede, trabalho em equipe, condições de trabalho e financiamento dos serviços. Do lado da vítima, que foram entrevistadas após serem atendidas na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher DEAM, na Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e na Casa Abrigo Mãe da Mata, as respostas foram estruturadas em cinco séries. A primeira série tratou da identificação da vítima, onde informaram sua idade, opção religiosa, estado civil, escolaridade, ocupação profissional, faixa de renda familiar e quantidade de filhos. A segunda série de respostas foi relacionada à caracterização da violência sofrida, destacando o perfil do autor, local da violência, tempo de vitimização, procedimentos em relação ao autor e tipo e frequência de violência sofrida. A terceira série de respostas foi sobre a busca pelo serviço e amparo do Estado. As mulheres expressaram nessa série a qualidade do atendimento e satisfação pelos serviços. Na quarta série da pesquisa as vítimas informaram sobre o interesse dos profissionais em resolverem o problema e expressaram sobre o preparo do profissional no ato do atendimento. Por fim, as mulheres informaram sobre o seu conhecimento em relação aos seus direitos expressados na Lei Maria da Penha. A identificação do tamanho da amostra dos profissionais foi feita com base em informações prestadas pelos gestores dos órgãos da Rede sobre a quantidade de servidores nos setores de atendimento à mulher vítima de violência. Para o grupo de profissionais foram excluídos os estagiários, excetuando a Defensoria Pública, onde o atendimento às vítimas é realizado preferencialmente por estagiários. Quanto às vítimas, a pesquisa foi realizada no período de 18 de junho a 18 de julho, no horário das 08:00 horas às 18:00 horas durante a semana e em alguns horários dos finais de semana na DEAM, nos dias e horários de audiência na Vara da Violência Doméstica e com 100% das mulheres que estavam em regime de proteção temporária na Casa Abrigo Mãe da Mata. ÓRGÃOS DA REDE Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher Centro Integrado de Operações de Segurança Pública CIOSP - 190 Instituto Médico Legal IML Maternidade Barbara Heliodora Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco - HUERB Casa Rosa Mulher Casa Abrigo Mãe da Mata Centro de Referência Especializado em Assistência Social - CREAS Centro de Referência da Assistência Social CRAS PROFISSIONAIS QUE ATENDEM DIRETAMENTE A VÍTIMA ABS % AMOSTRA (erro de 5%) 28 5% 26 50 6 21 9% 1% 4% 44 6 20 11 4 13 2% 1% 2% 11 4 13 3 1% 3 28 5% 26 14 Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos Defensoria Pública do Estado Vara da Violência Doméstica Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres Ministério Público do Estado do Acre UPAs Polícia Militar TOTAL 2 6 10 0% 1% 2% 2 6 10 2 6 10 386 586 0% 1% 2% 66% 100% 2 6 10 196 385 Foram realizadas 381 entrevistas com os profissionais. Contudo, em órgãos de fundamental importância para atendimento pleno das mulheres houve recusa de servidores, com destaque para a Maternidade Bárbara Heliodora e a Polícia Militar. Alguns profissionais não foram encontrados e outros informaram que não prestavam atendimento a mulheres vítimas de violência. Destacamos que no decorrer da pesquisa, as UPAS foram incluídas, por serem as unidades de primeiro atendimento da Rede de Atenção Básica de Saúde. No caso da Polícia Militar, os questionários foram respondidos pelos policiais, com o acompanhamento de seus respectivos Comandantes em horários de troca de plantão. No processo de análise dos resultados dos profissionais ter-se-á atenção quanto aos desvios que porventura a Policia Militar possa ocasionar em função da elevada quantidade de profissionais pesquisados. Faz-se necessário mencionar que a Polícia Militar é o órgão que dispõe do maior número de profissionais que atendem diretamente a mulher em situação de violência doméstica e familiar. Nos 5 (cinco) Batalhões Regionais da PM estão lotados 770 policiais, inclusive exercendo funções administrativas. A presente pesquisa considerou somente os profissionais que estão atuando no atendimento de ocorrências, preferencialmente aqueles (as) que realizam visitas solidárias às vítimas de crimes violentos contra a vida e reincidentes de violência doméstica e familiar, sobretudo aquelas que estão sob medidas protetivas. 2. METODOLOGIA Técnica Amostral A técnica amostral utilizada para os profissionais foi à amostra estratificada. Foram entrevistados somente profissionais que atendem diretamente à vítima seja no primeiro atendimento ou recepção, na realização do serviço finalístico do órgão, voltado para o atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar ou encaminhamento da vítima a outro órgão da Rede. 2.1 Recusas e Desvio dos questionários aplicados aos Profissionais em relação ao tamanho da amostra 15 ÓRGÃOS DA REDE Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher Centro Integrado de Operações de Segurança Pública CIOSP - 190 Instituto Médico Legal IML Maternidade Barbara Heliodora Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco HUERB Casa Rosa Mulher Casa Abrigo Mãe da Mata Centro de Referência Especializado em Assistência Social - CREAS Centro de Referência da Assistência Social - CRAS Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos Defensoria Pública do Estado Vara da Violência Doméstica Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres Ministério Público do Estado do Acre UPAS Polícia Militar TOTAL AMOSTRA (erro de 5%) REALIZADO DESVIO 26 33 7 44 6 20 43 6 9 -1 0 -11 11 4 13 11 3 12 0 -1 -1 3 26 2 6 10 2 6 10 196 384 3 30 3 6 10 1 6 10 195 381 0 4 1 0 0 -1 0 0 -1 -3 No caso das vítimas adotou-se a técnica amostral intencional não probabilística, escolhidas intencionalmente as mulheres a serem entrevistadas. A amostra corresponde àquelas mulheres que foram vítimas de violência doméstica e familiar no período de 18 de junho a 18 de julho de 2012, que registraram boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher DEAM; as que foram ouvidas em audiência na Vara da Violência Doméstica e aquelas que estavam em proteção temporária na Casa Abrigo Mãe da Mata. Excetuando mulheres que não estavam dispostas a responder as perguntas, todas foram entrevistadas. No total foram entrevistadas 123 vítimas na DEAM, 48 mulheres na Vara da Violência Doméstica e 5 mulheres da Casa Abrigo Mãe da Mata, totalizando 176 mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no período. O Horário das entrevistas na DEAM foi das 8h às 18h durante os dias da semana, de forma que os horários de maior frequência de registro, que foi a partir das 18h às 24h ficou descoberto. Nos finais de semana não foi possível fazer a cobertura total dos 4 finais de semana. Foram registradas 270 ocorrências de violência doméstica e familiar contra a mulher na DEAM no período da pesquisa, totalizando 46% (123 vítimas) das mulheres entrevistadas na DEAM. Destaque-se que na Regional II, 34% das mulheres residem na área rural, sendo 12 vítimas do Belo Jardim I e II e 2 do Assentamento Benfica. Cabe destacar que a DEAM não é uma unidade que atende exclusivamente os 16 casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, mas todas as naturezas de ocorrências, sendo esta uma porta de entrada da policia judiciária. Número de Mulheres Pesquisadas na DEAM Regionais Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades 4 41 15 29 32 2 QUESTIONÁRIOS APLICADOS E QUANTIDADE DE OCORRÊNCIAS POR DIA DE 18/6 A 18/7 16 16 14 13 13 12 QUANTIDADE 11 11 11 11 10 9 9 8 10 10 9 8 8 5 5 8 7 6 6 4 10 10 8 9 9 8 8 7 6 5 4 3 3 4 3 3 3 2 5 5 4 3 3 2 1 0 7 5 4 3 3 8 7 0 0 18/jun 19/jun 20/jun 21/jun 22/jun 23/jun 24/jun 25/jun 26/jun 27/jun 28/jun 29/jun 30/jun 01/jul 02/jul 03/jul 04/jul 05/jul 06/jul 07/jul 08/jul 09/jul 10/jul 11/jul 12/jul 13/jul 14/jul 15/jul 16/jul 17/jul 18/jul 0 0 2 1 DATA OCORRÊNCIAS QUESTIONÁRIOS APLICADOS Margem de erro A técnica de amostragem estratificada (para profissionais) consistiu em dimensionar o tamanho da amostra, de modo a garantir um nível de confiança de 95%, com margem de erro por cada órgão de 5%. Órgãos Pesquisados Centros de Referência – Casa Rosa Mulher: é um espaço de acolhimento/atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento Jurídico. A casa Rosa Mulher desenvolve ainda cursos profissionalizantes. 17 Casa Abrigo Mãe da Mata: é um local seguro que oferece moradia protegida transitória e atendimento integral às mulheres em situação de risco eminente em razão da violência doméstica. Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher – DEAM: unidade especializada de Polícia Civil. Tem caráter preventivo e repressivo. Defensoria Pública: tem a finalidade de dar assistência jurídica, orientar e encaminhar as mulheres em situação de violência. Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher: são órgãos de justiça Ordinária com competência cível e criminal. Central de Atendimento à Mulher – CIOSP 190: é um serviço do Governo Federal que auxilia e orienta as mulheres em situação de violência, através de discagem telefônica direta. Centros de Referência da Assistência Social – CRAS: em Rio Branco são 7 unidades, sendo um em cada regional urbana do município. Fazem parte do Programa de Atenção Integral à Família e desenvolvem serviços básicos continuados e ações de caráter preventivo para famílias em situação de vulnerabilidade social (proteção básica). Centro de Referência Especializado de Assistência Social –CREAS: localizado no centro da cidade de Rio Branco, a instituição oferece serviços de proteção social especial de média complexidade, especializados e continuados a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos como violência física e psicológica. Os serviços ofertados no CREAS devem ser desenvolvidos de modo articulado com a rede de serviços da assistência social, órgãos de defesa de direitos e das demais políticas públicas. Centro de Reabilitação do Agressor: será implantado na Secretaria de Estado de Direitos Humanos, por meio do Projeto Ser Homem. Será um espaço de atendimento e acompanhamento de homens autores de violência contra a mulher, que deverão ser encaminhados dos Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar e demais juizados e varas. Polícia Militar: é responsável pelo registro de qualquer ocorrência de violência e por ações de prevenção e repressão à violência. Geralmente é o policial militar que realiza o primeiro atendimento, na maioria das vezes na residência da vítima em situação de flagrante. Instituto Médico Legal: atende as mulheres que sofrem violência física, seja ela sexual ou não. Coleta de provas que serão necessárias ao processo judicial e condenação do agressor. 18 Serviços de Saúde em casos de violência sexual - Maternidade Heliodora: responsável pelo acolhimento, prevenção e tratamento de resultantes de violência sexual. Presta serviços de assistência enfermagem, psicológica e social, inclusive a interrupção de gravidez em Lei em caso de estupro. Serviço de Saúde em caso de violência física – Serviço de Urgência e Emergência Pronto Socorro HUERB e Unidade de Pronto Atendimento 24 horas - UPA Tucumã e UPA Segundo Distrito: responsáveis pelo atendimento médico e ambulatorial às mulheres vítimas de qualquer violência física. É obrigatório o preenchimento da ficha de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação para os casos de violência doméstica, sexual e/ou outras violências, do Ministério da Saúde. Secretaria de Estado de Política para as Mulheres – responsável pela articulação e execução de políticas para as mulheres. Barbara agravos médica, prevista Acesso ao Entrevistado As entrevistas foram realizadas com pessoas físicas no seu local de trabalho para o caso dos profissionais. Já as vítimas foram entrevistadas na saída do atendimento na DEAM e Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e as mulheres em situação de proteção provisória, as entrevistas foram realizadas na Casa Abrigo Mãe da Mata. Instrumentos de Coleta As informações foram colhidas a partir de dados primários, por meio de dois questionários, sendo um para profissionais, composto por 66 questões e uma para vítimas, composto por 72 questões. As perguntas em relação a vitimização das mulheres foram referentes à última ocorrência, a que as motivou a registrar o fato. Tratamento dos Dados Coletados Coletados os dados, foi dado um tratamento de tabulação na ferramenta Google Doc , on line, para a construção do banco de dados. Essa ferramenta permite a importação de dados e a formação em tabelas Access e Excel para a saída de resultados, que balizam o presente relatório. 19 3. RESULTADOS 3.1 Informações Gerais dos Profissionais Foram entrevistados 382 profissionais que atuam na Rede de Atendimento à mulher vítima de violência doméstica e família. Desse total dos profissionais, 71,20% está na área da segurança pública, o que é possível supor que esse tema, no “jargão policial”, é caso de polícia. A Polícia Militar responde expressivamente por 51,05% do total dos profissionais; o Centro de Operações Integradas de Segurança Pública CIOSP, responsável pela gestão das chamadas e encaminhamento de emergência policial 190, possuem 11,52% dos profissionais da Rede, entre policiais civis, militares e bombeiros militares; já a DEAM possui em seus quadros 8,64% dos profissionais da Rede. Quanto às políticas de assistência social promovidas no âmbito da Rede pelos CREAS, CRAS e Casa Abrigo Mãe da Mata, a participação dos profissionais correspondeu a 11,78%, sendo o CRAS com 7,85% do total dos profissionais proporcionalmente em seus quadros; a Casa Abrigo Mãe da Mata com 3,14% proporcionalmente dos profissionais da Rede e o CREAS, com a menor participação na Rede, respondendo por 0,79% dos profissionais entrevistados. Já a área de justiça, formada pela Defensoria Pública do Estado, Ministério Público do Estado do Acre e Vara da Violência Doméstica possuem 5,76% proporcionalmente dos profissionais da Rede que atendem diretamente a mulher vítima de violência doméstica e familiar, nas funções de recepção, atendimento específico na sua área de atuação e/ou encaminhamento a outros órgãos da Rede. A Vara de Violência Doméstica possui proporcionalmente o maior quadro entre os órgãos dessa área, com 10 profissionais, respondendo por 2,62% dos profissionais da Rede. Já na Defensoria Pública e a Promotoria Especializada de Violência Doméstica do Ministério Público do Ministério Público foram entrevistados igualmente 6 (1,57%) profissionais, sendo que esse total corresponde, no caso da Promotoria MP ao total de seus servidores. Já na área da saúde foram entrevistados 36 profissionais, considerados insuficiente tendo em vista o universo deles nos quatro órgãos de atendimento à mulher – HUERB, Maternidade, UPAs Tucumã e Segundo Distrito e IML. Particularmente nessa área as profissionais do MP que circularam pela rede fazendo o levantamento quantitativo e qualitativos dos profissionais para a definição do tamanho da amostra tiveram dificuldade em identifica-los, por dois motivos: (1) os profissionais não se identificaram como sujeitos integrantes da Rede, por isso rejeitaram ser entrevistados; (2) a rede de atendimento de saúde não possui um protocolo ou rotinas que permitam identificar os caminhos que a paciente deve percorrer, nem tampouco conhecem os protocolos obrigatórios do Ministério da Saúde- SINAN, como é o caso do preenchimento da ficha de notificação/investigação individual de violência doméstica, sexual e/ou outras violências, por essa razão não foi possível identificar pontualmente os profissionais. Nesse caso específico, com o auxílio do setor de Vigilância Epidemiológica do HUERB e da Maternidade, que faz busca ativa dos pacientes e conhece os profissionais com 20 maior sensibilidade para conversar sobre o tema, foi possível identificar nesses locais os profissionais, entre médicos, assistentes sociais, enfermeiros e auxiliar de enfermagem que se dispuserem a responder o questionário. Os 36 profissionais correspondem a 9,4% do total dos profissionais da Rede entrevistados, sendo 2,62% das duas UPA; 2,88% correspondem aos profissionais do HUERB, 2,36% dos profissionais do Maternidade e 1,57 do IML. Com relação aos profissionais dos órgãos executores de políticas públicas, como a Casa Rosa Mulher, vinculada a Coordenadoria Municipal da Mulher, Secretaria de Estado de Polícias para as Mulheres e Secretaria de Estado de Direitos Humanos, o total de profissionais entrevistados que realiza o atendimento direto a mulher vítima de violência doméstica representa 1,83%, são coordenadores de projetos e equipes executoras. Os profissionais do sexo masculino são maioria na Rede, com 53,66% do total. Há que se destacar que 80% deles estão concentrados na Polícia Militar, o restante (20%) está distribuído entre os demais órgãos da Rede. Excetuando os órgãos de segurança pública, o CREAS é o órgão que possui o maior percentual de homens (2,44%) entre os demais serviços da Rede. Ainda em relação ao sexo do profissional, a Casa Abrigo Mãe da Mata, Casa Rosa Mulher e SepMulheres não possuem nenhum profissional de atendimento do sexo masculino. Nas instituições de saúde, os profissionais do sexo masculino, principalmente os médios, não se sentiram habilitados a responder ao questionário. Os profissionais do sexo feminino representam 46,07% do total das 381 pessoas entrevistadas. Pelo tamanho da amostra, a Polícia Militar responde pela maior parcela, com 17,61% dos profissionais, seguida pelo CIOSP, com 17,05% do total de mulheres da Rede; o CRAS, aparece com 14,20% do total de mulheres da Rede. A faixa etária predominante dos profissionais da Rede é de 25 a 34 anos de idade, totalizando 42,93% do total dos profissionais entrevistados. A faixa etária entre 35 e 44 anos de idade também é expressiva, correspondendo a 24,61%. A equipe que é responsável pelo atendimento, de uma maneira geral, é jovem, sobretudo os profissionais da Policia Militar, que apresentou um percentual significativo, talvez sejam os policiais contratados no último concurso da instituição. Chama a atenção ainda na Tabela abaixo da faixa etária, os profissionais com idade igual ou superior a 55 anos de idade. A DEAM apresentou 50% dos seus profissionais nesse extrato. Por ser a porta de entrada das mulheres em condição de violência doméstica e familiar, há que se repensar a sobre uma renovação dessa equipe. 21 3.1.1 3.1 Informações Gerais dos Profissionais Característica do profissional segundo sexo e grupos de idade em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão sexo Rede e Órgãos Total Abs. REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher CIOSP CRAS CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 382 Masculino % - Abs. % 205 53,66% Faixa Etária Feminino Abs. 176 % 46,07% 25 a 34 anos de idade 35 a 44 anos de 45 a 54 anos de idade idade 55 ou mais anos de idade Abs. Abs. Abs. Abs. 35 % 9,16% 42,93% 3,14% 0 0,00% 3 0,79% 0 0,00% 44 11,52% 13 6,34% 30 17,05% 13 37,14% 21 12,80% 5 2,44% 25 14,20% 1 2,86% 12 7,32% 2 1,14% 0 0,00% 2 21 11,93% 3 8,57% 16 30 7,85% 3 0,79% 1 0,49% 33 8,64% 12 5,85% 6 1,57% 2 0,98% 3 1,70% 1 0 2,27% 4 2,86% 164 % 12 12 6,82% 18 a 24 anos de idade 0,00% 2 0 8,57% 3 1,22% 0,00% % 94 24,61% 0 2 0,00% 2,13% % 46 12,04% 8 1 17,39% 2,17% 12 1 0 % 3,14% 8,33% 0,00% Abs. 30 0 0 % 7,85% 0,00% 0,00% 6,52% 0 0,00% 3 10,00% 6 13,04% 1 2,17% 1 8,33% 0 0,00% 1,22% 10 10,64% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 9,76% 4,26% 4,35% 6 50,00% 2 6,67% 3 4 1,22% 2 3,19% Abs. NÃO INFORMOU 3 2 1,06% 1 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 11 2,88% 2 0,98% 9 5,11% 0 0,00% 6 3,66% 4 4,26% 0 0,00% 0 0,00% 1 3,33% IML 6 1,57% 1 0,49% 5 2,84% 1 2,86% 1 0,61% 1 1,06% 1 2,17% 1 8,33% 1 3,33% Maternidade 9 2,36% 1 0,49% 8 4,55% 0 0,00% 3 1,83% 3 3,19% 1 2,17% 0 0,00% 2 6,67% 195 51,05% 164 80,00% 31 17,61% 10 28,57% 84 51,22% 2 16,67% 20 66,67% 1 0,49% Polícia Militar Promotoria de Violência Doméstica SEJUDH SEPMulheres UPA Vara de Violência Doméstica 6 1,57% 2,84% 5 0,00% 0 58 61,70% 3,05% 5 21 45,65% 1,06% 1 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 3 0,79% 1 0,49% 2 1,14% 1 2,86% 1 0,61% 1 1,06% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,26% 0 0,00% 1 0,57% 0 0,00% 1 0,61% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 10 2,62% 0 0,00% 10 5,68% 0 0,00% 5 3,05% 4 4,26% 1 2,17% 0 0,00% 0 0,00% 10 2,62% 2 0,98% 4,55% 8 5,71% 2 1,83% 3 2,13% 2 2,17% 1 8,33% 1 3,33% 1 22 Quanto à escolaridade dos profissionais, 50,79% dos entrevistados possuem curso superior completo; 24,08% possuem curso superior incompleto. Do total dos servidores por órgão entrevistado, a Promotoria de Violência Doméstica e o HUERB possuem o maior percentual dos profissionais do seu quadro com graduação completa, 83% e 82% respectivamente. Dos 6 profissionais com ensino fundamental incompleto, 50% deles estão na PM e os demais estão na Casa Abrigo Mãe da Mata (2 profissionais) e Casa Rosa Mulher (1 profissional da recepção).Os profissionais com ensino fundamental completo é quase inexistente, constando somente 2 policiais da PM. Já os profissionais com ensino médio incompleto foram entrevistados 1 policial na DEAM e 7 policiais na PM. Os profissionais com ensino médio completo possui participação levemente expressiva, pois responde por 20,68% dos profissionais entrevistados. Os órgãos que inexistem profissionais nesse extrato são a Casa Rosa Mulher, a Defensoria Pública do Estado, o Instituto Médico Legal IML, a SEJUD e a SEPMulheres. 23 3.1 Informações Gerais dos Profissionais 3.1.2 Característica do profissional segundo a escolaridade em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão. Ensino Fundamental Incompleto Total Rede e Órgãos Abs. REDE 382 % - Abs. 6 % Ensino Fundamental Completo Abs. 2 % Ensino Médio Incompleto Abs. 8 % Ensino Médio Completo Abs. 79 % Ensino Superior Incompleto Abs. 92 % Ensino Superior Completo Abs. 194 % 12 3,14% 2 1,57% 33,33% 0 0,52% 0,00% 0 2,09% 0,00% 2 20,68% 2,53% 4 24,08% 4,35% 4 50,79% 2,06% 3 0,79% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 1,03% CIOSP 44 11,52% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 8 10,13% 16 17,39% 19 9,79% CRAS 30 7,85% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 3,80% 4 4,35% 23 11,86% CREAS 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,27% 1 1,09% 1 0,52% DEAM 33 8,64% 0 0,00% 0 0,00% 1 12,50% 6 7,59% 8 8,70% 18 9,28% CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 4 4,35% 2 1,03% 11 2,88% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 2,53% 0 0,00% 9 4,64% IML 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 3,26% 3 1,55% Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,27% 1 1,09% 7 3,61% HUERB Polícia Militar 195 51,05% 3 50,00% 2 100,00% 7 87,50% 52 65,82% 48 52,17% 83 42,78% Promotoria de Violência doméstica 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,27% 0 0,00% 5 2,58% SEJUDH 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,09% 2 1,03% SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,52% UPA 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 2,53% 0 0,00% 8 4,12% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,27% 2 2,17% 7 3,61% 24 Em relação opção religiosa dos profissionais predominou a religião evangélica, representando 48,43% dos profissionais entrevistados. A Polícia Militar possui a maior representação entre os órgãos da Rede, com 54,59% do total. Os católicos representaram 35,86% dos profissionais da Rede, outras religiões representaram 5,73% dos informantes e os que se declararam sem religião foram 9,69% dos profissionais da Rede. A maior representação de servidores evangélicos no âmbito de suas instituições, considerando o total de profissionais entrevistados foi a Casa Rosa Mulher (67% dos profissionais do órgão entrevistado); seguida do HUERB (64% dos profissionais do órgão entrevistado). Quanto aos católicos, entre os servidores entrevistados em cada instituição, o CREAS é o órgão que mais apresentou profissionais dessa religião. Quanto ao estado civil dos servidores entrevistados, 57,33% se declararam casados ou vivendo em união estável com seus (as) companheiros (as). 25 3.1 Informações Gerais dos Profissionais 3.1.3 Características do profissional segundo religião e estado civil valores absolutos em relativos da Rede e por Órgão. Religião Total Rede e Órgãos Abs. REDE 382 Católico % - Abs. 137 % Evangélico Abs. 185 % Outras religiões Não tem religião Abs. Abs. 22 % 37 % Solteiro Abs. 125 % Estado Civil Casado + União Separado + Estável Divorciado Abs. % 219 Abs. 35 % Viúvo Abs. 3 % 12 3,14% 5 35,86% 3,65% 5 48,43% 2,70% 1 5,76% 4,55% 1 9,69% 2,70% 3 32,72% 2,40% 6 57,33% 2,74% 2 9,16% 5,71% 1 0,79% 33,33% 3 0,79% 1 0,73% 2 1,08% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,80% 2 0,91% 0 0,00% 0 0,00% CIOSP 44 11,52% 14 10,22% 27 14,59% 0 0,00% 2 5,41% 16 12,80% 26 11,87% 2 5,71% 0 0,00% CRAS 30 7,85% 12 8,76% 14 7,57% 3 13,64% 1 2,70% 10 8,00% 15 6,85% 5 14,29% 0 0,00% 3 0,79% 2 1,46% 0 0,00% 1 4,55% 0 0,00% 2 1,60% 1 0,46% 0 0,00% 0 0,00% 33 8,64% 10 7,30% 12 6,49% 3 13,64% 8 21,62% 12 9,60% 16 7,31% 5 14,29% 0 0,00% 6 1,57% 3 2,19% CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 1 0,54% 1 4,55% 1 2,70% 4 3,20% 2 0,91% 0 0,00% 0,00% 0 11 2,88% 4 2,92% 7 3,78% 0 0,00% 0 0,00% 2 1,60% 6 2,74% 3 8,57% 0 0,00% IML 6 1,57% 3 2,19% 2 1,08% 1 4,55% 0 0,00% 3 2,40% 3 1,37% 0 0,00% 0 0,00% Maternidade 9 2,36% 2 1,46% 3 1,62% 3 13,64% 1 2,70% 2 1,60% 7 3,20% 0 0,00% 0 0,00% 195 51,05% 65 47,45% 101 54,59% 7 31,82% 22 59,46% 61 48,80% 115 52,51% 17 48,57% 2 66,67% 6 1,57% 3 2,19% 3 0,79% 2 1,46% 0 0,00% 1 4,55% 0 0,00% 0 0,00% 3 1,37% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,46% 0 0,00% 0 0,00% 5 2,70% 0 0,00% 0 0,00% 3 2,40% 7 3,20% 0 0,00% 0 0,00% Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SEPMulheres UPA Vara de Violência Doméstica 1 0,26% 1 0,73% 10 2,62% 5 3,65% 10 2,62% 5 3,65% 3 3 1,62% 1,62% 0 1 0,00% 4,55% 0 1 0,00% 2,70% 1 5 0,80% 4,00% 5 4 2,28% 1,83% 0 1 0,00% 2,86% 0,00% 0 0,00% 0 26 Quanto ao vínculo empregatício dos profissionais entrevistados, 80,63% são servidores concursados. As instituições que apresentaram 100% dos seus profissionais concursados entre os entrevistados no órgão são o CREAS, A Polícia Militar e as UPAs Tucumã e Segundo Distrito. Não foram entrevistados profissionais concursados na SEJUDH e SEPMulheres. Nos CRAS, a pesquisa revelou que 80% do total dos profissionais pesquisados no órgão são efetivos, contratados por meio de concursos; 13% dos profissionais são contratados em regime provisório e 7% são terceirizados. Os profissionais contratados provisoriamente responderam 8,90% do total dos profissionais entrevistados. Dos entrevistados, não houve declaração de profissional provisório no CREAS, Polícia Militar e UPAs. Nos quadros funcionais dos órgãos, os que se destacaram por possuir a maior quantidade de contratos provisórios entre os servidores entrevistados foram: SEPMulheres (100% provisório); Promotoria de Violência Doméstica (83% provisório); Vara da Violência Doméstica (80% provisório), Casa Rosa Mulher (67% provisório); SEJUDH (67% provisório), Defensoria Pública do Estado (33% provisório) e IML (33% provisório). Quanto aos profissionais terceirizados, a pesquisa revelou que 9,16% dos profissionais atuantes na Rede estão contratados nesse regime. O CIOSP praticamente funciona sob essas condições, com 59% do total dos profissionais entrevistados no órgão; seguido da SEJUDH, com 33% do total dos profissionais do órgão entrevistados; e DEAM com 18% do total dos profissionais entrevistados vinculados por meio de contratos terceirizados. Como é possível perceber, excetuando a Polícia Militar e a área de Saúde, os demais órgãos da Rede são instáveis, quando observa o seu quadro funcional: ou funcionam enquanto projeto ou os profissionais que atendem diretamente as mulheres vítimas de violência atuam rotativamente, sob algum tipo de supervisão, pontualmente. Quanto ao tempo de serviço, e considerando as formas de contratação dos profissionais, o tempo de serviço mais expressivo foi entre 1 e 5 anos, respondendo por 46,34% entre os extratos. Dos profissionais entrevistados, 26,98% prestam serviço há mais de 10 anos na instituição. Em relação aos profissionais com menos de 1 ano de atuação no órgão, do total dos informantes, 10,73% estão nesse extrato e 15,71% estão na casa dos 6 e 10 anos de atuação no órgão. 27 3.1 Vínculo, tempo de serviço e remuneração dos servidores 3.1.4 Características do profissional segundo o seu vínculo empregatício e o tempo de atuação no órgão em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão. Vínculo Empregatício Total Rede e Órgãos Abs. REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher 382 12 Concursado % 3,14% Abs. 308 9 % 80,63% 2,92% Provisório Abs. 34 2 % 8,90% 5,88% Tempo de Atuação no Órgão Terceirizado +Projeto Abs. 35 0 % 9,16% 0,00% Outros Abs. 5 1 % 1,31% 20,00% Menos de 1 ano Entre 1 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Abs. Abs. Abs. 41 3 % 10,73% 7,32% % 177 8 46,34% 4,52% 60 0 % 15,71% 0,00% Acima de 10 anos Abs. 103 1 % 26,96% 0,97% 3 0,79% 1 0,32% 2 5,88% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 1,13% 0 0,00% 1 0,97% CIOSP 44 11,52% 18 5,84% 0 0,00% 26 74,29% 0 0,00% 9 21,95% 21 11,86% 7 11,67% 6 5,83% CRAS 30 7,85% 24 7,79% 4 11,76% 2 5,71% 0 0,00% 5 12,20% 23 12,99% 2 3,33% 0 0,00% 3 0,79% 3 0,97% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,44% 2 1,13% 0 0,00% 0 0,00% 33 8,64% 23 7,47% 4 11,76% 6 17,14% 0 0,00% 3 7,32% 19 10,73% 5 8,33% 6 5,83% 6 1,57% CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 2 0,65% 2 5,88% 0 0,00% 2 40,00% 3 7,32% 1 0,56% 1 1,67% 1 0,97% 11 2,88% 10 3,25% 1 2,94% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,44% 6 3,39% 3 5,00% 1 0,97% IML 6 1,57% 2 0,65% 2 5,88% 0 0,00% 2 40,00% 3 7,32% 2 1,13% 0 0,00% 1 0,97% Maternidade 9 2,36% 8 2,60% 1 2,94% 0 0,00% 0 0,00% 3 7,32% 5 2,82% 1 1,67% 0 0,00% 195 51,05% 195 63,31% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 73 41,24% 39 65,00% 83 80,58% 6 1,57% 3 0,79% 0 0,00% 2 5,88% 1 2,86% 0 0,00% 2 4,88% 1 0,56% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,94% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,56% 0 0,00% 0 0,00% 10 3,25% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 4,88% 5 2,82% 1 1,67% 2 1,94% Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SEPMulheres UPA Vara de Violência Doméstica 1 0,26% 10 2,62% 10 2,62% 1 2 0,32% 0,65% 5 8 14,71% 23,53% 0 0 0,00% 0,00% 0 0 0,00% 0,00% 2 4 4,88% 9,76% 3 5 1,69% 2,82% 1 0 1,67% 0,00% 0 1 28 0,00% 0,97% Com relação a carga horária de trabalho, a predominância é 40 horas semanais, com 45,55% dos profissionais da Rede; a carga horária de trabalho acima de 40 horas semanais representou 29,84% e a carga horária inferior a 40 horas semanais foi de 24,61% dos profissionais da Rede entrevistados (TABELA 3.1.6). Do total dos informantes, quando perguntados se possui outra atividade profissional remunerada, 15,97% revelou possuir uma “segunda” atividade remunerada extra ao seu órgão de origem (TABELA 3.1.5). A faixa de remuneração mais expressiva está entre 3 e 4 salários mínimos (valor monetário atual), respondendo por 32,46% dos salários percebidos pelos servidores entrevistados. As remunerações entre 4 e 5 salários mínimos representou 19,9% da renda dos profissionais entrevistados; os vencimentos acima de 5 salários mínimo, ou seja, superior a R$3.110,00 (três mil cento e dez reais) representou 15,97% dos profissionais entrevistados da Rede (TABELA 3.1.6). Destaca-se que, pouco expressivo mas não menos importante, foi declarado pelos informantes da Casa Mãe da Mata, CREAS, DEAM, Defensoria Pública do Estado, IML e Vara da Violência Doméstica receber até 1 salário mínimo (TABELA 3.1.6). 3.1 Vínculo, tempo de serviço e remuneração dos servidores 3.1.5 Outra atividade remunerada fora o seu órgão de origem Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher CIOSP CRAS CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SEPMulheres UPA Vara de Violência Doméstica Total Abs. % 382 12 3,14% 3 0,79% 44 11,52% 30 7,85% 3 0,79% 33 8,64% 6 1,57% 11 2,88% 6 1,57% 9 2,36% 195 51,05% 6 1,57% 3 0,79% 1 0,26% 10 2,62% 10 2,62% Possui outra atividade Remunerada Abs. % 61 15,97% 5 41,67% 0 0,00% 6 13,64% 12 40,00% 1 33,33% 5 15,15% 1 16,67% 3 27,27% 2 33,33% 4 44,44% 12 6,15% 1 16,67% 1 33,33% 1 100,00% 3 30,00% 4 40,00% 29 3.1 Vínculo, tempo de serviço e remuneração dos servidores 3.1.6 Carga horária de trabalho e faixa de salário do profissional em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão Carga Horária de Trabalho Semanal Total entre 20 e 35 horas Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Abs. % Abs. 382 - 94 % 24,61% Acima de 40 horas 1 Salário Mínimo Abs. % Abs. % Abs. 174 45,55% 114 29,84% 10 Acima de 4 e até 5 Salários Mínimos Acima de 5 Salários Mínimos Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. 57 14,92% 50 13,09% 124 32,46% 76 19,90% 64 0,00% 3 1,72% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,75% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,32% 1 1,56% CIOSP 44 11,52% 26 27,66% 17 9,77% 1 0,88% 0 0,00% 25 43,86% 3 6,00% 3 2,42% 7 9,21% 5 7,81% CRAS 30 7,85% 17 18,09% 12 6,90% 1 0,88% 1 10,00% 7 12,28% 13 26,00% 7 5,65% 0 0,00% 2 3,13% CREAS 3 0,79% 2 2,13% 1 0,57% 0 0,00% 0 0,00% 2 3,51% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,56% DEAM 33 8,64% 4 4,26% 15 8,62% 14 12,28% 1 10,00% 6 10,53% 2 4,00% 7 5,65% 10 13,16% 7 10,94% 6 1,57% Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 4 4,26% 0 0,00% 2 1,75% 4 40,00% 0 0,00% 0 0 0,00% 0,00% 2 0 1,61% 0,00% 2 0 2,63% 16,75% 0 6 10,53% % 0,79% 2 20,00% Entre acima de 3 e até 4 Salários Mínimos 3 Casa Rosa Mulher 2 1,75% 2,62% Acima de 2 e até 3 Salários Mínimos 3,14% 4 2,30% % Entre 1 e 2 Salários Mínimos 12 6 6,38% 40 horas Faixa de Salário 0,00% 0,00% 0 3,13% 2 11 2,88% 3 3,19% 7 4,02% 1 0,88% 0 0,00% 1 1,75% 2 4,00% 0 0,00% 5 6,58% 3 4,69% IML 6 1,57% 4 4,26% 2 1,15% 0 0,00% 1 10,00% 3 5,26% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 3,13% Maternidade 9 2,36% 3 3,19% 6 3,45% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,75% 3 6,00% 0 0,00% 1 1,32% 4 6,25% 195 51,05% 14 14,89% 90 51,72% 91 79,82% 0 0,00% 1 1,75% 24 48,00% 102 82,26% 46 60,53% 22 34,38% Polícia Militar Promotoria de violência doméstica 6 1,57% SEJUDH 3 0,79% 1 1,06% 2 1,15% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,32% 2 3,13% SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 1 0,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 10 2,62% 2 2,13% 8 4,60% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,75% 1 2,00% 1 0,81% 1 1,32% 6 9,38% 10 2,62% UPA Vara de Violência Doméstica 0 8 0,00% 8,51% 5 1 2,87% 0,57% 1 1 0,88% 0,88% 0 1 0,00% 10,00% 2 1 3,51% 1,75% 0 1 0,00% 2,00% 0 2 0,00% 1,61% 0 2 0,00% 2,63% 6,25% 4 4,69% 3 30 De acordo com a tabela 3.1.7 dos profissionais entrevistados 87,96% sentem-se motivados para o trabalho, sendo que desse percentual, 30,37% sentem-se muito motivado. Destaca-se que do total dos profissionais entrevistados na Promotoria de Violência Doméstica, 100% dos entrevistados sentem-se muito motivados e 83% dos policiais entrevistados declararam o mesmo sentimento. Os profissionais que declararam desmotivação ou pouca motivação representaram 12,04% dos entrevistados, sendo que 5,24% estão no extrato desmotivado e 6,61% no extrato pouco motivado. Entre os profissionais dos órgãos que declararam estarem desmotivados destacam-se o CREAS, com 33% dos profissionais em relação ao total dos entrevistados do órgão; 17% do total dos profissionais do IML sentem-se desmotivados; 8% do total dos policiais militares igualmente se sentem desmotivados e 10% do total dos profissionais entrevistados nas UPAs. 3.1 Motivação dos Servidores 3.1.7 Motivação dos profissionais em valores absolutos e relativos por órgão da Rede Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Motivação do Profissional Total Desmotivado Pouco Motivado Motivado Muito Motivado (5) Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 382 - 20 5,24% 26 6,81% 220 57,59% 116 30,37% 12 3,14% 0 0,00% 0 0,00% 7 3,18% 5 4,31% 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 2 0,91% 1 0,86% CIOSP 44 11,52% 0 0,00% 2 7,69% 31 14,09% 11 9,48% CRAS 30 7,85% 1 5,00% 2 7,69% 21 9,55% 6 5,17% 3 0,79% 1 5,00% 0 0,00% 1 0,45% 1 0,86% 33 8,64% 1 5,00% 1 3,85% 20 9,09% 11 9,48% 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 3 1,36% 3 2,59% Casa Rosa Mulher CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 11 2,88% 0 0,00% 0 0,00% 6 2,73% 5 4,31% IML 6 1,57% 1 5,00% 0 0,00% 2 0,91% 3 2,59% Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 0 0,00% 6 2,73% 3 2,59% 195 51,05% 15 75,00% 20 76,92% 110 50,00% 50 43,10% 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,45% 5 4,31% 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 2,59% Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SEPMulheres UPA Vara de Violência Doméstica 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,86% 10 2,62% 1 5,00% 1 3,85% 5 2,27% 3 2,59% 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00% 5 2,27% 5 4,31% 31 Os profissionais ainda declararam-se qualificados para atuar na área. Do total dos entrevistados, 87% afirmou considerar-se qualificado e muito qualificado, sendo 63,61% as declarações sobre sentir-se qualificado e 23,82% do total dos profissionais declararam sentir-se muito qualificado. Do total dos profissionais entrevistados em cada órgão merecem destaque os profissionais da Vara da Violência Doméstica, onde 70% se declararam muito qualificados; 63,67% dos profissionais da Casa Rosa Mulher declararam essa mesma conceituação; e na DEAM, do total de profissionais entrevistados 51,52 afirmaram ser muito qualificados. No outro extremo, entre os que se declararam desqualificados ou pouco qualificado o percentual referente ao total dos entrevistados da Rede foi de 12,57%. Nessa condição, do total dos profissionais entrevistados no CREAS 66,67% de declararam desqualificados para atuar com mulheres vítimas de violência doméstica e familiar , nessa mesma condição, 10% do total dos profissionais entrevistados nas UPAs. Quando perguntados sobre a participação em cursos com a temática violência doméstica, somente 40% dos entrevistados da Rede informaram ter participado de algum curso. Chama a atenção nessa Tabela 3.1.8 os profissionais da Defensoria Pública, onde nenhum dos entrevistados participou de qualquer curso na área. Do total dos servidores que foram entrevistados na Casa Rosa Mulher, SEJUDH e SEPMulheres, 100% foram capacitados. Na Polícia Militar, do total dos policiais entrevistados, somente 37,44% participaram de cursos específicos na área e da DEAM o percentual foi de 57,58%. Chama ainda a atenção os profissionais de saúde, que em princípio informaram não fazer parte da rede, um parcela considerável dos profissionais entrevistados já participaram de cursos específicos na área de violência doméstica e familiar contra a mulher. Quanto ao tempo em que o profissional realizou sua capacitação, 46,15% do total dos entrevistados declarou ter realizado os cursos entre os anos de 2005 e 2010 e, entre 2011 e 2012, 44,87% declarou ter realizado alguma capacitação sobre violência doméstica e familiar contra a mulher (TABELA 3.1.9) 32 3.1 Qualificação dos Profissionais 3.1.8 Qualificação dos profissionais da Rede, por órgão Total Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher CIOSP CRAS CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SepMulheres UPA Vara de Violência Doméstica Abs. 382 12 3 44 30 3 33 6 11 6 9 195 6 3 1 10 10 % 3,14% 0,79% 11,52% 7,85% 0,79% 8,64% 1,57% 2,88% 1,57% 2,36% 51,05% 1,57% 0,79% 0,26% 2,62% 2,62% Como avalia a sua qualificação para atuar com mulheres vítimas de violência doméstica e familiar Desqualificado Pouco Qualificado Qualificado Muito Qualificado Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 17 4,45% 31 8,12% 243 63,61% 91 23,82% 1 8,33% 1 8,33% 10 83,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 3 6,82% 36 81,82% 5 11,36% 4 13,33% 5 16,67% 19 63,33% 2 6,67% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 6,06% 14 42,42% 17 51,52% 0 0 0 0 9 0 0 0 1 0 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,62% 0,00% 0,00% 0,00% 10,00% 0,00% 1 1 0 1 13 0 0 0 3 0 16,67% 9,09% 0,00% 11,11% 6,67% 0,00% 0,00% 0,00% 30,00% 0,00% 3 8 4 4 128 3 3 1 6 3 50,00% 72,73% 66,67% 44,44% 65,64% 50,00% 100,00% 100,00% 60,00% 30,00% 2 2 2 4 45 3 0 0 0 7 33,33% 18,18% 33,33% 44,44% 23,08% 50,00% 0,00% 0,00% 0,00% 70,00% Participação em Cursos Abs. 155 10 3 12 15 1 19 % 41% 83,33% 100,00% 27,27% 50,00% 33,33% 57,58% 0 4 1 4 73 1 3 1 3 5 0,00% 36,36% 16,67% 44,44% 37,44% 16,67% 100,00% 100,00% 30,00% 50,00% 33 3.1 Qualificação Profissional 3.1.9 Grupo de anos em que o profissional realizou a sua última capacitação sobre o tema Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão Total Rede e Órgãos Abs. REDE 156 Antes do ano de 2005 % Abs. % Abs. - 7 72 10 2,62% 1 4,49% 14,29% 3 0,79% 0 CIOSP 13 3,40% CRAS CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher Posterior ao ano de 2005 até o ano de 2010 % 1 46,15% 1,39% 0,00% 0 1 14,29% 1 14,29% 2011 e 2012 Abs. % 70 Não lembra Abs. % 7 8 44,87% 11,43% 0 4,49% 0,00% 0,00% 2 2,86% 1 14,29% 6 8,33% 5 7,14% 1 14,29% 4 5,56% 10 14,29% 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 42,86% 15 3,93% CREAS 1 0,26% DEAM 19 4,97% 2 28,57% 5 6,94% 9 12,86% 3 Defensoria Pública do Estado do Acre 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% HUERB 4 1,05% 1 14,29% 1 1,39% 1 1,43% 1 14,29% IML 1 0,26% 0,00% 0 0,00% Maternidade 4 1,05% 0 0,00% 1 1,39% 3 4,29% 0 0,00% 73 19,11% 1 14,29% 49 68,06% 22 31,43% 1 14,29% Promotoria de violência doméstica 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,43% 0 0,00% SEJUDH 3 0,79% 4,29% 0 0,00% SepMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,43% 0 0,00% UPA 3 0,79% 0 0,00% 2 2,78% 1 1,43% 0 0,00% Vara de Violência Doméstica 5 1,31% 0 0,00% 1 1,39% 4 5,71% 0 0,00% Polícia Militar 0 0 0 0,00% 0,00% 0,00% 1 1 0 1,39% 1,39% 0,00% 0 0 3 34 Quando abordados sobre os seus conhecimentos em relação a Lei Maria da Penha, do total dos profissionais da Rede, 81,15% declararam conhecer, sendo que 10,99% declararam conhecer muito a Lei. Do total dos profissionais entrevistados nos órgãos da Rede, 33,33% dos profissionais do CREAS declararam não conhecer a Lei; no outro extremo, 66,67% dos profissionais da Casa Rosa Mulher declararam conhecer muito a Lei. Quanto ao conhecimento sobre os tipos de violência que a Lei Maria da Penha estabelece, 72,51% do total dos entrevistados da Rede afirmaram conhecer, onde a Defensoria Publica do Estado, SEJUD e SEPMulheres 100% são conhecedores. Em relação as medidas protetivas asseguradas pela lei Maria da Penha, 75,39% dos entrevistados da Rede informaram conhecer e 24,35% desconhecem esse direito assegurado às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. 35 3.1 Conhecimento da Lei Maria da Penha 3.1.10 Avaliação do profissional sobre o seu conhecimento da Lei Maria da Penha, tipos de violência e medidas protetivas REDE CASA MÃE DA MATA Como avalia o seu conhecimento sobre a Lei Maria da Penha Total Rede e Órgãos Desconhece Conhece Pouco Conhece Conhece Muito Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 382 - 13 3,40% 58 15,18% 268 70,16% 42 10,99% 277 72,51% 105 27,49% 288 75,39% 93 24,35% CIOSP 44 11,52% CRAS 30 7,85% 0 0,00% 7 23,33% 19 63,33% 4 13,33% 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 33 8,64% 6 1,57% 11 2,88% IML 6 1,57% 0 0,00% 1 16,67% 5 83,33% 0 0,00% Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 2 22,22% 7 77,78% 0 0,00% 195 51,05% 12 6,15% 27 13,85% 139 71,28% 17 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 4 66,67% 3 0,79% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 1 0,26% UPA 10 2,62% 0 0,00% 5 50,00% 5 50,00% 0 0,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 0 0,00% 1 10,00% 6 60,00% 3 30,00% SEPMulheres Desconhece % 0,79% Polícia Militar Promotoria de Violência Doméstica SEJUDH Conhece Abs. 3,14% DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB Desconhece % 3 CREAS Conhece Conhecimento sobre as medidas protetivas que a Lei Maria da Penha estabelece Abs. 12 Casa Rosa Mulher Conhecimento sobre os tipos de Violência que a Lei Maria da Penha estabelece 0 0 0 0,00% 0,00% 0,00% 1 0 10 8,33% 0,00% 22,73% 11 1 29 91,67% 33,33% 65,91% 0 2 4 0,00% 66,67% 9,09% 66,67% 4 33,33% 7 58,33% 5 41,67% 66,67% 1 33,33% 2 66,67% 1 33,33% 65,91% 15 34,09% 26 59,09% 17 38,64% 26 86,67% 4 13,33% 20 66,67% 10 33,33% 1 33,33% 2 66,67% 2 66,67% 1 33,33% 6 18,18% 30 90,91% 3 9,09% 8 2 29 0 0,00% 1 3,03% 25 75,76% 7 21,21% 27 81,82% 0 0,00% 0 0,00% 4 66,67% 2 33,33% 6 100,00% 0 0 0,00% 0,00% 1 0 9,09% 0,00% 9 1 81,82% 100,00% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00% 81,82% 2 18,18% 6 54,55% 5 45,45% 5 83,33% 1 16,67% 2 33,33% 4 66,67% 6 66,67% 3 33,33% 2 22,22% 7 77,78% 8,72% 138 70,77% 57 29,23% 166 85,13% 29 14,87% 2 33,33% 5 83,33% 16,67% 5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% 3 100,00% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 100,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 2 20,00% 8 80,00% 2 20,00% 8 80,00% 9 90,00% 1 10,00% 9 90,00% 1 10,00% 1 0 9,09% 0,00% 9 1 1 36 A pesquisa abordou o profissional sobre a sua capacidade em administrar um diálogo com a vítima, fazendo com que ela se sentisse segura e protegida. Do total dos informantes, 88,48% declararam sentir-se qualificado, sendo que 29,06% dos profissionais afirmaram se sentir muito qualificado. Excetuando a SEPMulheres, os profissionais da Vara de Violência Doméstica teve o maior percentual de respostas positivas, considerando o total de profissionais do órgão que foram entrevistados (80%). De outro lado, 11,52% dos entrevistados da Rede informaram não sentirem-se preparados. Do total dos profissionais entrevistados por órgão, declararam não estarem preparados o CREAS (33%); a Defensoria Pública (16%); CRAS (13,335); UPAs (10%); Policia Militar (4,62%). Quando abordados sobre a sua capacidade em orientar uma vítima após elas terem sofrido violência, adotando os procedimentos corretos e mais adequados para cada caso, os profissionais da Rede declararam ser qualificados, representando 86,39% entre os que se sentem qualificados e muito qualificados. Na categoria muito qualificado, 100% dos profissionais da Promotoria de Violência Doméstica declararam sentir-se muito qualificados. Os profissionais da Rede que não se sentem qualificados para atender e adotar os corretos procedimentos junto às vítimas representam 13,35% do total. O CREAS, UPAs, Vara de Violência Doméstica, Polícia Militar, Maternidade e Casa Abrigo Mãe da Mata apresentaram informantes declarando-se desqualificados para tal atendimento. 37 3.1 Atuação Profissional 3.1.11 Percepção do profissional sobre sua capacitação voltada para administrar um diálogo e orientar uma mulher vítima de violência doméstica e familiar Total Rede e Órgãos REDE Capacitado (a) para administrar um diálogo com a vítima fazendo com que ela se sinta compreendida e respeitada Desqualificado Pouco Qualificado Qualificado Capacitado (a) para orientar uma mulher vítima sobre os procedimentos a serem adotados após sofrer a violência Muito Qualificado Desqualificado Pouco Qualificado Qualificado Muito Qualificado Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 382 - 16 4,19% 28 7,33% 227 59,42% 111 29,06% 18 4,71% 33 8,64% 223 58,38% 107 28,01% Casa Mãe da Mata 12 3,14% 0 0,00% 3 25,00% 5 41,67% 4 33,33% 1 8,33% 0 0,00% 9 75,00% 2 16,67% Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 2 66,67% CIOSP 44 11,52% 0 0,00% 1 2,27% 34 77,27% 9 20,45% 0 0,00% 0 0,00% 37 84,09% 6 13,64% CRAS 30 7,85% 4 13,33% 2 6,67% 15 50,00% 9 30,00% 2 6,67% 6 20,00% 17 56,67% 5 16,67% 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 2 66,67% 0 0,00% 33 8,64% 0 0,00% 1 3,03% 15 45,45% 17 51,52% 0 0,00% 1 3,03% 12 36,36% 20 60,61% 6 1,57% 1 16,67% 0 0,00% 1 16,67% 4 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 3 50,00% 3 50,00% 11 2,88% 0 0,00% 0 0,00% 9 81,82% 2 18,18% 0 0,00% 2 18,18% 7 63,64% 2 18,18% IML 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% 1 16,67% 4 66,67% 1 16,67% Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 1 11,11% 5 55,56% 3 33,33% 1 11,11% 0 0,00% 4 44,44% 4 44,44% 195 51,05% 9 4,62% 17 8,72% 123 63,08% 46 23,59% 10 5,13% 17 8,72% 120 61,54% 48 24,62% 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 4 66,67% 2 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 6 100,00% 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB Polícia Militar Promotoria de Violência Doméstica SEJUDH SEPMulheres UPA Vara de Violência Doméstica 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 10 2,62% 1 10,00% 1 10,00% 6 60,00% 2 20,00% 2 20,00% 5 50,00% 3 30,00% 0 0,00% 10 2,62% 0 0,00% 1 10,00% 1 10,00% 8 80,00% 1 10,00% 0 0,00% 3 30,00% 6 60,00% 38 Num nível maior de detalhe, a pesquisa abordou pontualmente se os informantes conheciam o documento intitulado "Enfrentamento à violência contra a mulher orientação para profissionais e voluntários (as) de autoria de Bárbara Soares. Do total de profissionais da Rede 86,91% afirmou desconhecer o documento. Essa informação, de certa forma contraria o percentual positivo de profissionais declararam se sentir qualificados para atuar no atendimento das mulheres vítimas de violência. Já do ponto de vista do total dos profissionais dos órgãos que compõem a Rede, um percentual expressivo de profissionais que não conhecem o documento aparecem no CREAS (100%); CIOSP (97,73%); Defensoria Pública (100%); HUERB (100%); IML (100%); Polícia Militar (95,90%); UPAs (90%). Quando se perguntou sobre o conhecimento que o profissional da Rede possui em relação ao documento intitulado Pacto de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Secretaria Nacional de Política para as Mulheres, o percentual de desconhecimento reduziu para 73,04%, contudo ainda elevado, pois se trata de um documento que orienta as políticas públicas nessa área, inclusive com metas estabelecidas. Dos profissionais das instituições que desconhecem o documento o CREAS aparece com 100% de desconhecimento, assim como o IML e as UPAs. Ao serem abordados sobre a necessidade de conhecer mais sobre o tema para melhor atuar, a resposta foi afirmativa, onde quase 80% sente necessidade de aprender mais sobre violência doméstica e familiar contra as mulheres. 39 3.1 Atuação Profissional 3.1.12 Conhecimento do profissional sobre o documento "Enfrentamento à violência contra a mulher orientação para profissionais e voluntários (as) de autoria de Bárbara Soares”. Pacto de enfrentamento à Violência contra a mulher da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres e necessidade em aprender mais sobre o tema Total Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Abs. % 382 - Conhecimento sobre o documento "Enfrentamento à violência contra a mulher orientação para profissionais e voluntários (as) de autoria de Bárbara Soares Conhece Desconhece Abs. % Abs. % 50 13,09% 332 86,91% Conhecimento sobre o documento Pacto de enfrentamento à Violência contra a mulher da Secretaria Nacional de Pol. Para as Mulheres Conhece Desconhece Abs. % Abs. % Abs. 102 304 26,70% 279 12 3,14% 3 0,79% CIOSP 44 11,52% 1 2,27% 43 97,73% 11 25,00% CRAS 30 7,85% 10 33,33% 20 66,67% 12 40,00% 3 0,79% 33 8,64% 6 1,57% 11 2,88% 0 0,00% 11 100,00% 4 36,36% 7 6 1,57% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00% 6 2 22,22% 7 77,78% 3 33,33% 6 Casa Rosa Mulher CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade 4 2 0 33,33% 66,67% 0,00% 8 1 3 66,67% 33,33% 100,00% 6 2 0 50,00% 66,67% 0,00% 100,00% 32 72,73% 84,09% 6 13,64% 18 60,00% 29 96,67% 1 3,33% 100,00% 3 100,00% 0 0,00% 28 84,85% 5 15,15% 3 13 39,39% 20 60,61% 0 0,00% 6 100,00% 2 33,33% 4 66,67% 2,36% 51,05% 6 1,57% 3 0,79% 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% UPA 10 2,62% 1 10,00% 9 90,00% 0 0,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 7 70,00% 3 30,00% 8 80,00% 2 63,64% 100,00% 5 66,67% 9 137 4,10% 187 95,90% 37 18,97% 158 81,03% 2 33,33% 4 66,67% 1 16,67% 5 83,33% 66,67% 1 100,00% 6 11 8 2 20,16% 37 66,67% 33,33% 77 33,33% 1 22 1 % 0 33,33% 66,67% 79,58% Abs. 3 11 2 Não % 50,00% 6 9 SepMulheres Sim 10 195 Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH 73,04% Necessidade de aprender mais sobre o tema 5 83,33% 2 16,67% 0,00% 100,00% 0 0,00% 100,00% 0 0,00% 83,33% 1 16,67% 100,00% 0 0,00% 70,26% 58 29,74% 83,33% 1 16,67% 33,33% 3 100,00% 0 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 10 100,00% 10 100,00% 0 0,00% 20,00% 7 70,00% 3 30,00% 1 0,00% 40 Em relação ao conhecimento que o profissional possui sobre a Rede, do total dos entrevistados 76,44% já haviam ouvido falar na Rede. O maior número de profissionais que desconhece a Rede está nas UPAs (50%) e CIOSP (62,79%). Quando abordados sobre o conhecimento que os profissionais possuem sobre quais são e onde estão localizados os órgãos que compõem a Rede, 9,16% do total dos profissionais da Rede entrevistados desconhecem. Quem menos conhece são os profissionais das UPAs (20%), IML (16,67%), CRAS (33,33%) e Policia Militar (13,33%). Os profissionais que conhecem quais são e onde estão localizados os órgãos da Rede correspondem a 70,16% do total dos informantes pesquisados. 41 3.1 Atuação Profissional 3.1.13 Conhecimento do profissional sobre a Rede, quais são os serviços e onde estão localizados os serviços de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar. Total Rede e Órgãos Ouviu falar da Rede Abs. % Abs. 3,14% 292 Casa Mãe da Mata 382 12 Casa Rosa Mulher 3 0,79% CIOSP 43 11,26% CRAS 30 7,85% CREAS 3 0,79% DEAM 33 8,64% REDE Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 11 2,88% IML 6 1,57% Maternidade 9 2,36% HUERB Polícia Civil 1 0,26% 195 51,05% Promotoria de violência doméstica 6 1,57% SEJUDH 3 0,79% Polícia Militar SepMulheres 1 0,26% UPA 10 2,62% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% % 76,44% 12 100,00% 3 100,00% 27 27 2 30 6 10 6 7 1 139 5 3 1 5 8 62,79% 90,00% 66,67% 90,91% 100,00% 90,91% 100,00% 77,78% 100,00% 71,28% 83,33% 100,00% 100,00% 50,00% 80,00% Grau de conhecimento sobre quais e onde estão os serviços da Rede Desconhece Abs. 35 0 0 3 0 1 0 0 1 1 1 0 26 0 0 0 2 0 % 9,16% 0,00% 0,00% 6,98% 0,00% 33,33% 0,00% 0,00% 9,09% 16,67% 11,11% 0,00% 13,33% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 0,00% Conhece Pouco Abs. 79 1 0 4 6 0 5 1 0 2 2 0 53 0 0 0 4 1 % 20,68% 8,33% 0,00% 9,30% 20,00% 0,00% 15,15% 16,67% 0,00% 33,33% 22,22% 0,00% 27,18% 0,00% 0,00% 0,00% 40,00% 10,00% Conhece Abs. 213 9 1 32 19 2 21 2 10 3 3 1 95 5 1 0 4 5 % 55,76% 75,00% 33,33% 74,42% 63,33% 66,67% 63,64% 33,33% 90,91% 50,00% 33,33% 100,00% 48,72% 83,33% 33,33% 0,00% 40,00% 50,00% Conhece Muito Abs. 55 2 2 4 5 0 7 3 0 0 3 0 21 1 2 1 0 4 % 14,40% 16,67% 66,67% 9,30% 16,67% 0,00% 21,21% 50,00% 0,00% 0,00% 33,33% 0,00% 10,77% 16,67% 66,67% 100,00% 0,00% 40,00% 42 Quando os profissionais foram abordados sobre os procedimentos a serem adotados nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, 48,43% dos entrevistados declaram conhecer e saber fazer os procedimentos, um percentual pouco significativo, considerando todas as informações referentes a sua qualificação e ação, demonstradas nas tabelas anteriores. Ademais, esse percentual representa menos da metade do total dos profissionais que foram entrevistados. Aqui, aparece uma lacuna entre a reflexão e a ação. Os que conhecem parcialmente e às vezes tem dúvidas representou 44,24% do total dos entrevistados, também se apresenta relativamente expressivo, indicando um comprometimento na qualidade do atendimento. Os que dizem não conhecer e não saber proceder diante de uma vítima à procura de atendimento representam 7,33%, destacando-se os profissionais das UPAs, CREAS e Vara de Violência Doméstica. 43 3.1 Atuação Profissional 3.1.14 Conhecimento do profissional sobre os procedimentos a serem adotados em cada caso de violência contra a mulher Rede e Órgãos REDE Conhece e sabe fazer os procedimentos Total Conhece parcialmente, ás vezes tem dúvidas Abs. % Abs. % Abs. % 382 12 - 185 169 Não conhece/não sabe Abs. % 28 3,14% 6 48,43% 50,00% 5 44,24% 41,67% 1 7,33% 8,33% 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% CIOSP 43 11,26% 24 55,81% 15 34,88% 4 9,30% CRAS 30 7,85% 8 26,67% 19 63,33% 3 10,00% CREAS 3 0,79% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% DEAM 33 8,64% 25 75,76% 8 24,24% 0 0,00% CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 11 2,88% 1 9,09% 8 72,73% 2 18,18% IML 6 1,57% 3 50,00% 2 33,33% 1 16,67% Maternidade 9 2,36% 7 77,78% 1 11,11% 1 11,11% HUERB Polícia Civil 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 195 51,05% 89 45,64% 99 50,77% 7 3,59% Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 4 66,67% 1 16,67% 1 16,67% SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% Polícia Militar SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% UPA 10 2,62% 3 30,00% 2 20,00% 5 50,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 4 40,00% 4 40,00% 2 20,00% 44 Os órgãos da Rede mais conhecidos pelos profissionais Em relação aos órgãos da Rede que o profissional conhece 95,81% do total dos entrevistados afirmaram conhecer a DEAM; 42,15% afirmaram conhecer o IML; 47,12% informou conhecer a Maternidade como órgão que compõe a Rede; 41,36% dos profissionais da Rede indicou ter conhecimento do Hospital de Urgência HUERB como órgão da estrutura da Rede; 70,16% afirmou conhecer a Casa Rosa Mulher; 51,83% afirmou conhecer a Casa abrigo Mãe da Mata; 14% declarou conhecer o CREAS como órgão que faz parte da Rede; 23,82% tem conhecimento do CRAS como órgão da Rede; 15,71% dos profissionais entrevistados declararam conhecer a SEJUDH no âmbito da Rede; a Defensoria Pública é conhecida como órgão da Rede por 48,17% dos profissionais; a Vara de Violência Doméstica é conhecida por 55,76% dos total dos profissionais entrevistados da Rede; já a SEPMulheres foi mencionada por 16,23% dos entrevistados como órgão o qual conhecem no âmbito da rede; O Ministério Público, através da Promotoria de Violência Doméstica é conhecida por 16,23% dos profissionais da Rede e a Policia Militar é conhecida por 48,69 dos profissionais da Rede. Portanto os órgãos mais conhecidos pelos Profissionais da Rede são a DEAM e a Casa Rosa Mulher e os menos conhecidos são o CREAS e a SEJUDH. Declaração de conhecimento dos profissionais dos órgãos O Órgão da Rede que os profissionais mais conhecem é a DEAM (100%); A Casa Rosa Mulher conhece mais a DEAM (100%) e o CRAS (100%); o CIOSP tem mais conhecimento da DEAM como órgão da estrutura da Rede e parte de seus profissionais desconhecem a Polícia Militar como um órgão integrante da Rede (somente 56,82% reconheceu a PM como órgão da Rede); O CREAS reconheceu mais a DEAM (66,67%); o CRAS igualmente reconheceu a DEAM (90%); Já a DEAM se reconheceu como órgão da Rede, por 90,91% de seus profissionais e também a Casa Abrigo Mãe da Mata (81,82%); a Defensoria reconheceu a Casa Rosa Mulher (100%), a própria Defensoria como parte integrante da Rede (100%) e a Vara de Violência Doméstica (100%); os profissionais do HUERB afirmaram reconhecer a DEAM (81,82%); o IML reconheceu a DEAM (100%); a Maternidade reconheceu a si como órgão da Rede (88,89%) e a DEAM (77,78%); a Polícia Militar reconheceu a DEAM (100%); a Promotoria de Violência Doméstica reconheceu a DEAM (100%), a Casa Rosa Mulher 45 (100%), a Casa Abrigo Mãe da Mata (100%); a SEJUDH reconheceu a DEAM (100%), a Maternidade (100%), Casa Rosa Mulher (100%), Casa Abrigo Mãe da Mata (100%), CREAS (100%), CRAS (100%), Vara da Violência Doméstica (100%); a SEPMulheres reconheceu todos os órgãos que compõe da Rede; as UPAs reconheceram a DEAM (60%); a Vara de Violência Doméstica reconheceu a si (100%) e a DEAM (100%). O que é possível perceber nesse cenário é que os profissionais da Rede conhecem parcialmente os órgãos que integram essa Rede e suas inter-relações, confirmando uma das hipóteses levantadas, de que a Rede está desarticulada e não possui um fluxo contínuo de atendimento. 46 3.1 Conhecimento da Rede 3.1.15 Órgãos da Rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar que o profissional conhece Total Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher DEAM Abs. % Abs. 382 - 366 12 3,14% 3 0,79% CIOSP 44 11,52% CRAS 30 7,85% CREAS 3 0,79% DEAM 33 8,64% 6 1,57% Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB Maternidade Barbara Heliodora IML 12 3 44 27 2 30 % 95,81% 100,00% 100,00% 100,00% 90,00% 66,67% 90,91% 2,88% IML 6 1,57% Maternidade 9 2,36% Polícia Militar 195 51,05% Promotoria de Violência Doméstica 6 1,57% SEJUDH 3 0,79% SEPMulheres 1 0,26% UPA 10 2,62% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 161 5 2 26 4 0 15 83,33% 5 11 Abs. 9 6 7 195 6 81,82% 100,00% 77,78% 100,00% 2 5 5 84 66,67% 59,09% 13,33% 0,00% 45,45% 100,00% 100,00% 60,00% 180 7 2 22 6 0 16 1 1 18,18% 83,33% 55,56% 43,08% 4 2 8 97 58,33% 66,67% 50,00% 20,00% 0,00% 48,48% 66,67% 100,00% 10,00% 158 6 2 20 5 0 8 1 2 36,36% 33,33% 88,89% 49,74% 5 0 4 94 50,00% 66,67% 45,45% 16,67% 0,00% 24,24% 100,00% 100,00% 20,00% Abs. % 268 70,16% 10 2 38 23 1 22 1 2 45,45% 0,00% 44,44% 48,21% 7 2 6 134 86,36% 76,67% 33,33% 66,67% 66,67% 100,00% 20,00% Abs. 198 10 3 23 15 2 27 1 0 63,64% 33,33% 66,67% 68,72% 7 2 5 81 83,33% 100,00% 52,27% 50,00% 66,67% 81,82% 100,00% 100,00% 0,00% Abs. 55 14,40% 4 1 5 6 1 5 1 1 63,64% 33,33% 55,56% 41,54% 2 1 1 20 33,33% 11,36% 20,00% 33,33% 15,15% 100,00% 100,00% 10,00% Abs. 91 23,82% 6 3 11 8 0 4 1 0 18,18% 16,67% 11,11% 10,26% 1 2 2 42 100,00% 25,00% 26,67% 0,00% 12,12% 100,00% 100,00% 0,00% Abs. 60 15,71% 2 1 7 5 0 6 1 1 9,09% 33,33% 22,22% 21,54% 0 1 0 31 33,33% 15,91% 16,67% 0,00% 18,18% 100,00% 100,00% 10,00% Abs. 184 7 1 24 4 0 19 1 0 0,00% 16,67% 0,00% 15,90% 2 0 0 110 58,33% 33,33% 54,55% 13,33% 0,00% 57,58% 66,67% 100,00% 0,00% Abs. 213 8 2 25 12 0 25 1 0 18,18% 0,00% 0,00% 56,41% 3 0 0 111 66,67% 66,67% 56,82% 40,00% 0,00% 75,76% 33,33% 100,00% 0,00% Abs. 62 16,23% 6 2 8 0 0 11 1 2 27,27% 0,00% 0,00% 56,92% 1 0 0 21 66,67% 18,18% 0,00% 0,00% 33,33% 100,00% 100,00% 20,00% Abs. 144 9 2 15 9 0 16 1 0 9,09% 0,00% 0,00% 10,77% 4 0 4 69 75,00% 66,67% 34,09% 30,00% 0,00% 48,48% 33,33% 100,00% 0,00% 186 5 0 25 1 0 9 1 0 48,69% 41,67% 0,00% 56,82% 3,33% 0,00% 27,27% 16,67% 36,36% 0,00% 44,44% 35,38% 1 0 2 135 83,33% 2 % 1 5 60,00% 6 37,70% Abs. 33,33% 66,67% 1 % 2 4 100,00% 10 50,00% MP 16,67% 83,33% 3 % 1 5 70,00% 7 55,76% Polícia Militar SepMulheres 100,00% 33,33% 1 % 6 2 30,00% 3 48,17% Vara da Violência Doméstica 100,00% 16,67% 2 % 6 1 60,00% 6 16,67% Defensoria Pública do Estado 0,00% 0,00% 3 % 0 0 50,00% 5 50,00% SEJUDH 16,67% 0,00% 3 % 1 0 80,00% 8 33,33% CRAS 0,00% 100,00% 3 % 0 6 70,00% 7 51,83% CREAS 66,67% 100,00% 3 % 4 6 50,00% 5 66,67% Casa Abrigo Mãe da Mata 100,00% 33,33% 2 83,33% 6 2 60,00% 6 41,36% Casa Rosa Mulher 33,33% 33,33% 3 % 2 2 60,00% 6 47,12% Abs. 33,33% 33,33% 2 % 2 2 100,00% 10 41,67% Abs. 16,67% 100,00% 1 42,15% 1 6 3 % HUERB 9,09% 0,00% 22,22% 69,23% 16,67% 1 66,67% 100,00% 0,00% 1 1 0 60,00% 6 100,00% 0,00% 40,00% 4 47 33,33% Em relação aos esclarecimentos que o profissionais prestam à vítima sobre a Rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar, 38,74% declararam informar e esclarecer sempre; 19,37% do total dos informantes declarou que frequentemente presta informações sobre os serviços e órgãos da Rede; 19,11% afirmou que às vezes informa à vitima sobre a Rede; 13,09% declarou que raramente presta esse tipo de informação ou esclarecimento e 9,69% declarou que nunca prestou esse tipo de informação ou esclarecimento. Talvez esses que nunca prestam esses esclarecimentos sejam os mesmo que desconhecem a Rede e também não conhecem e não sabem realizar os procedimentos necessários à mulher agredida. 48 3.1 Conhecimento da Rede 3.1.16 Esclarecimento feito pelo profissional a mulher vítima de violência a respeito da rede de atendimento e seus serviços às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar Rede e Órgãos REDE Sempre Rede Abs. % 382 12 100,00% 3,14% 3 0,79% CIOSP 43 11,26% CRAS CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher 30 7,85% CREAS 3 0,79% DEAM 33 8,64% 6 1,57% Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 11 2,88% IML 6 1,57% Maternidade 9 2,36% Polícia Civil 1 0,26% Polícia Militar 195 51,05% Promotoria de violência doméstica 6 1,57% SEJUDH 3 0,79% SEPMulheres 1 0,26% UPA 10 2,62% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% Abs. % 148 38,74% 75,00% 100,00% 11,63% 60,00% 66,67% 63,64% 50,00% 63,64% 50,00% 66,67% 0,00% 29,74% 33,33% 66,67% 100,00% 20,00% 60,00% 9 3 5 18 2 21 3 7 3 6 0 58 2 2 1 2 6 Frequentemente Abs. % 74 0 0 13 3 0 4 1 0 1 0 0 48 2 0 0 0 2 19,37% 0,00% 0,00% 30,23% 10,00% 0,00% 12,12% 16,67% 0,00% 16,67% 0,00% 0,00% 24,62% 33,33% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% às vezes Abs. % 73 0 0 9 3 0 2 2 2 1 1 1 46 1 1 0 2 2 19,11% 0,00% 0,00% 20,93% 10,00% 0,00% 6,06% 33,33% 18,18% 16,67% 11,11% 100,00% 23,59% 16,67% 33,33% 0,00% 20,00% 20,00% Raramente Abs. % 50 1 0 7 6 1 4 0 0 1 0 0 30 0 0 0 0 0 13,09% 8,33% 0,00% 16,28% 20,00% 33,33% 12,12% 0,00% 0,00% 16,67% 0,00% 0,00% 15,38% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Nunca Abs. % 37 2 0 9 0 0 2 0 2 0 2 0 13 1 0 0 6 0 9,69% 16,67% 0,00% 20,93% 0,00% 0,00% 6,06% 0,00% 18,18% 0,00% 22,22% 0,00% 6,67% 16,67% 0,00% 0,00% 60,00% 0,00% 49 Quanto à percepção que os profissionais da Rede têm em relação ao conhecimento que as mulheres vítimas de violência possuem sobre a Lei Maria da Penha, 39,95% dos profissionais entrevistados afirmaram que a maioria das mulheres conhece a Lei, contra 25,39% que na visão dos profissionais desconhecem a Lei. A maioria dos profissionais (51,57%) afirmou que as mulheres as quais atenderam desconhecem as medidas protetivas asseguradas pela Lei Maria da Penha. 50 3.1 Conhecimento da vítima sobre a Lei Maria da Penha na percepção dos profissionais 3.1.17 Percepção dos profissionais sobre o conhecimento das mulheres que procuram atendimento nos seus Órgãos sobre a Lei Maria da Penha e suas medidas protetivas Total Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher Abs. % 382 12 3,14% Conhecimento das mulheres sobre Lei Maria da Penha na visão dos profissionais A maioria conhece Abs. % Poucas conhecem Abs. % 152 133 39,79% 34,82% A maioria desconhece Abs. % 97 25,39% Conhecimento das mulheres que procuram os serviços pela 1ª vez sobre medidas protetivas Conhecem e já usaram Abs. % 83 21,73% Conhecem mas nunca usaram Abs. % Desconhecem Abs. % 102 197 26,70% 51,57% 3 25,00% 5 41,67% 4 33,33% 5 41,67% 0 0,00% 7 58,33% 3 0,79% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 3 100,00% CIOSP 44 11,52% 16 36,36% 21 47,73% 7 15,91% 20 45,45% 13 29,55% 11 25,00% CRAS 30 7,85% 18 60,00% 5 16,67% 7 23,33% 9 30,00% 8 26,67% 13 43,33% 3 0,79% 1 33,33% 0 0,00% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 3 100,00% 33 8,64% 7 21,21% 11 33,33% 15 45,45% 7 21,21% 4 12,12% 22 66,67% 6 1,57% 4 66,67% 2 33,33% 0 0,00% 4 66,67% 0 0,00% 2 33,33% 11 2,88% 5 45,45% 3 27,27% 3 27,27% 0 0,00% 5 45,45% 6 54,55% 6 1,57% 4 66,67% 1 16,67% 1 16,67% 1 16,67% 3 50,00% 2 33,33% CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SEPMulheres 9 2,36% 4 44,44% 3 33,33% 2 22,22% 1 11,11% 3 33,33% 5 55,56% 195 51,05% 84 43,08% 66 33,85% 45 23,08% 27 13,85% 60 30,77% 108 55,38% 6 1,57% 0 0,00% 3 50,00% 3 50,00% 2 33,33% 3 50,00% 1 16,67% 3 0,79% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 2 66,67% 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% UPA 10 2,62% 2 20,00% 3 30,00% 5 50,00% 0 0,00% 2 20,00% 8 80,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 2 20,00% 6 60,00% 2 20,00% 5 50,00% 1 10,00% 4 40,00% 51 Quando os profissionais foram abordados sobre o atendimento que fazem às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, em relação aos esclarecimento sobre as medidas protetivas, onde a mulher pode utilizar, quando for o caso, 56,28% dos profissionais afirmaram que sempre prestam esses esclarecimentos; os órgãos onde os profissionais declararam nunca prestar esse esclarecimento foram: IML (50%), UPAs (30%), Casa Rosa Mulher (33,33%), CREAS (33,33%), CIOSP (18,60%), Casa Mãe da Mata (16,67%), HUERB (9,09%), Maternidade (11%), CRAS (3%), DEAM (3%) e Polícia Militar (3,08%). Em relação a percepção dos profissionais sobre o uso pelas mulheres vítimas de violência doméstica e familiar das medidas protetivas, 14,40% do total dos profissionais entrevistado acreditam que as vítimas fazem uso desse direito e 4,45% do total dos profissionais entrevistados afirmaram que as mulheres nunca fazem uso das medidas protetivas. 52 3.1 Conhecimento da vítima sobre o uso da Lei Maria da Penha na percepção dos profissionais 3.1.18 Explicação do profissional sobre as medidas protetivas e uso dessas medidas pelas mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que são atendidas Quando realiza um atendimento o profissional explica que a mulher pode, se precisar, solicitar medidas protetivas Total Rede e Órgãos Sempre Abs. REDE 382 - 215 % 56,28% Frequentemente Abs. 60 % 15,71% CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 7 58,33% Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% CIOSP 44 11,52% 9 20,45% 10 22,73% CRAS 30 7,85% 19 63,33% 4 13,33% 3 0,79% 1 33,33% 0 DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre 33 8,64% 28 84,85% 6 1,57% 5 HUERB 11 2,88% IML 6 1,57% Maternidade 9 2,36% CREAS Polícia Militar 1 8,33% Às vezes Raramente Abs. % Abs. 53 13,87% 26 0 % 6,81% 0,00% 2 0 0,00% 11 25,00% 3 0,00% 3 83,33% 7 Uso das medidas protetivas pelas mulheres que procuram atendimento no seu órgão Nunca Abs. 28 Sempre % 7,33% Frequentemente Abs. % Abs. 55 14,40% 36 % 9,42% Às vezes Raramente Nunca Abs. % Abs. % Abs. 180 47,12% 94 24,61% 18 16,67% 2 16,67% 4 33,33% 0 0,00% 4 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 6 13,64% 8 18,18% 3 6,82% 3 6,82% 27 10,00% 3 10,00% 1 3,33% 3 10,00% 1 3,33% 12 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 9,09% 1 3,03% 0 0,00% 1 3,03% 14 42,42% 6 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 33,33% 63,64% 1 9,09% 1 9,09% 1 9,09% 1 9,09% 1 2 33,33% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% 3 50,00% 6 66,67% 0 0,00% 1 11,11% 1 11,11% 1 11,11% 110 56,41% 37 18,97% 30 15,38% 12 6,15% 6 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 33,33% % 4,71% 3 25,00% 1 8,33% 0,00% 2 66,67% 0 0,00% 61,36% 11 25,00% 1 2,27% 40,00% 13 43,33% 1 3,33% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 18,18% 11 33,33% 2 6,06% 0 0,00% 4 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 9,09% 0 0,00% 6 54,55% 3 27,27% 1 9,09% 0 0,00% 3 50,00% 1 16,67% 2 33,33% 0 0,00% 2 22,22% 0 0,00% 5 55,56% 1 11,11% 1 11,11% 3,08% 18 9,23% 10 5,13% 105 53,85% 54 27,69% 8 4,10% 0 0,00% 2 33,33% 3 50,00% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 195 51,05% Promotoria de Violência Doméstica 6 1,57% SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% SepMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% UPA 10 2,62% 2 20,00% 2 20,00% 2 20,00% 1 10,00% 3 30,00% 0 0,00% 1 10,00% 4 40,00% 1 10,00% 4 40,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 8 80,00% 1 10,00% 1 10,00% 0 0,00% 0 0,00% 4 40,00% 4 40,00% 2 20,00% 0 0,00% 0 0,00% 53 A pesquisa também abordou questões relacionadas à gestão do órgão componente da Rede. Foi levantado se os órgãos possuem algum documento orientativo para o atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar. Do total dos profissionais entrevistados, 24,84% afirmou que seu órgão possui algum tipo de documento para subsidiar o profissional na forma mais qualificada de prestar o seu atendimento. A Casa Mãe da Mata possui o Regimento Interno, a ficha de acolhimento, panfletos e livros; A Casa Rosa Mulher possui uma Norma Técnica; O CIOSP possui uma mensagem explicativa, adota a lei Maria da Penha, Regimento e protocolos interno e o Código Civil; DEAM possui folheto explicativo, Normativo do Delegado, Lei Maria da Penha, Portaria da Juíza da Vara, outras portarias. HUERB possui o fluxo de atendimento; Maternidade possui portarias e protocolos, fluxo de atendimento; Polícia Militar adota a Lei Maria da Penha, Caderneta do Policial, diretrizes do projeto Policia Comunitária; Livro de Procedimentos; Instruções Normativas da Visita Solidária e Ficha de Atendimento da Visita Solidária; SEJUDH possui protocolos internos; UPAS utilizam a ficha de notificação do Ministério da Saúde; Vara de Violência Doméstica adota a ficha de atendimento e a cartilha da Vara. 54 3.1 Instrumentos de Gestão 3.1.19 Existência de documento orientativo a seus profissionais sobre a forma adequada de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar Rede e Órgãos Total Abs. REDE Casa Mãe da Mata Casa Rosa Mulher % 12 3 3,14% 0,79% CIOSP 43 11,26% CRAS 30 7,85% 3 33 6 11 6 9 1 195 6 3 1 10 10 0,79% 8,64% 1,57% 2,88% 1,57% 2,36% 0,26% 51,05% 1,57% 0,79% 0,26% 2,62% 2,62% CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade Polícia Civil Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SepMulheres UPA Vara de Violência Doméstica 382 Existência de documento orientativa Abs. % 95 6 1 24,87% 50,00% 33,33% 11 1 0 14 1 1 0 5 0 44 0 3 0 4 4 25,58% 3,33% 0,00% 42,42% 16,67% 9,09% 0,00% 55,56% 0,00% 22,56% 0,00% 100,00% 0,00% 40,00% 40,00% 55 Quanto a existência de instrumento e rotinas para controle a avaliação do atendimento, bem como a existência de instrumentos de registro e cadastro de atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, 40% dos entrevistados informaram que em seus órgãos de atuação há instrumentos de controle do atendimento, onde recorrem regularmente para avaliar a eficácia do atendimento. Quanto a existência de instrumentos para o registro do atendimento, 59,16% informaram existir em seus órgãos de trabalho e 28,27% informaram não ter conhecimento. Talvez por esse motivo, a maioria da população de Rio Branco desconheça informações mais detalhadas e confiáveis sobre violência doméstica e familiar. 56 3.1 Instrumentos de Gestão 3.1.20 Existência no órgão de instrumento de controle a avaliação do atendimento e instrumento de registro e cadastro de atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar Total Existência de instrumento de controle e avaliação do atendimento Rede e Órgãos Abs. Existe % Abs. REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher 382 12 3,14% Não tem conhecimento % 153 11 40,05% 91,67% 3 0,79% 2 66,67% CIOSP 43 11,26% 17 CRAS 30 7,85% 17 CREAS 3 0,79% DEAM 33 6 Abs. % 135 35,34% 8,33% 1 Existência de instrumento de registro e cadastro de atendimento Não tem Existe conhecimento Abs. % Abs. % 226 12 59,16% 100,00% 0,00% 2 66,67% 39,53% 0 15 34,88% 25 56,67% 2 6,67% 24 0 0,00% 1 33,33% 8,64% 13 39,39% 16 1,57% 4 66,67% 11 2,88% 5 45,45% IML 6 1,57% 3 50,00% Maternidade 9 2,36% 5 Polícia Civil 1 0,26% 195 51,05% Promotoria de violência doméstica 6 1,57% SEJUDH 3 SEPMulheres 1 UPA Vara de Violência Doméstica Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB Polícia Militar 108 0 28,27% 0,00% 58,14% 0 13 0,00% 30,23% 80,00% 1 3,33% 0 0,00% 1 33,33% 48,48% 28 84,85% 4 12,12% 0 1 0,00% 6 100,00% 0 0,00% 9,09% 9 81,82% 0 0,00% 0,00% 4 66,67% 0 0,00% 55,56% 0 1 11,11% 9 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 1 100,00% 67 34,36% 94 48,21% 84 43,08% 0 89 45,64% 0 0,00% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00% 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 3 100,00% 0 0,00% 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 10 2,62% 2 20,00% 4 40,00% 0 0,00% 2,62% 4 40,00% 0 3 0,00% 10 30,00% 8 80,00% 0 0,00% 0,00% 57 Quando os profissionais foram abordados sobre os locais que eles frequentemente encaminham uma mulher vítima de violência, 76,89% afirmaram encaminhar para a DEAM; 11,97% declararam encaminhar para o IML; 11,19% afirmaram encaminhar tanto para a Maternidade quanto para o HUERB; os encaminhamentos para a Casa Rosa Mulher responderam por 17,27% dos encaminhamentos; 17,52% dos profissionais encaminham as mulheres para a Defensoria Pública e 16,30% afirmaram encaminhar as mulheres vítimas para a Vara de Violência Doméstica. O órgão que mais afirmaram encaminhar as mulheres vítimas de violência doméstica para a DEAM foram o CREAS; HUERB; Promotoria de Violência Doméstica; SEPMulheres e Promotoria de Violência Doméstica. 58 3.1 Atuação Profissional X Conhecimento da Rede 3.1.21 Locais mais frequentes que os profissionais encaminham as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar Total DEAM Rede e Órgãos Maternidade Barbara Heliodora IML REDE CASA MÃE DA MATA Abs. % Abs. 411 - 316 10 2,62% 3 0,79% CIOSP 52 13,61% CRAS 27 7,07% CREAS 2 0,52% DEAM 25 6,54% 5 1,31% 10 2,62% 10 6 1,57% 3 14 3,66% 238 62,30% Promotoria de Violência Doméstica 2 0,52% SEJUDH 4 1,05% SEPMulheres 1 0,26% UPA 6 1,57% Vara de Violência Doméstica 6 1,57% Casa Rosa Mulher Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade Polícia Militar % 76,89% Abs. % Abs. 49 11,92% 46 % 11,19% HUERB 40,00% 2 66,67% 0,00% 1 33,33% 0 44 84,62% 5 9,62% 3 5,77% 3 96,30% 1 3,70% 0 100,00% 0 0,00% 0 12,00% 13 52,00% 9 4 8 194 2 80,00% 100,00% 0 50,00% 0 57,14% 6 81,51% 19 100,00% 0 75,00% 1 100,00% 0 5 83,33% 0 6 100,00% 0 3 1 20,00% 0,00% 0 0,00% 3 42,86% 0 7,98% 25 0,00% 0 Abs. 71 30,00% 0 Abs. 11,19% 0 1 Abs. 46 30,00% 3 Vara da Violência Doméstica Abs. 4 2 Defensoria Pública do Estado % 4 26 Casa Abrigo Mãe da Mata Abs. 3 3 Casa Rosa Mulher 17,27% 60 % 14,60% 3 30,00% 2 20,00% 0,00% 1 33,33% 1 5,77% 13 25,00% 9 0,00% 1 3,70% 13 48,15% 0,00% 0 0,00% 1 36,00% 3 12,00% 0,00% 0 40,00% % 72 % 17,52% 67 % 16,30% 3 30,00% 3 33,33% 1 33,33% 17,31% 10 19,23% 1 3,70% 1 50,00% 0 0,00% 6 24,00% 23 MP Abs. % 24 5,84% 30,00% 2 20,00% 0 0,00% 0 0,00% 8 15,38% 2 3,85% 3,70% 5 18,52% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 92,00% 17 68,00% 9 36,00% 1 4,00% 0,00% 2 40,00% 0 0,00% 0 0,00% 4 80,00% 1 20,00% 0,00% 0 0,00% 3 30,00% 2 20,00% 0 0,00% 2 20,00% 2 20,00% 50,00% 0 0,00% 1 16,67% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 14,29% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 10,50% 35 14,71% 17 7,14% 16 6,72% 28 11,76% 32 13,45% 14 5,88% 0,00% 0 0,00% 1 50,00% 0 0,00% 5 250,00% 1 50,00% 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 3 75,00% 1 25,00% 2 50,00% 1 25,00% 0 0,00% 100,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 25,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,00% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 6 100,00% 2 33,33% 4 66,67% 1 16,67% 2 33,33% 59 A pesquisa abordou a questão da integração dos órgãos por meio do acompanhamento das vítimas. Do total dos profissionais entrevistados da Rede, 12,30% afirmam que ao encaminhar uma mulher vítimas de violência doméstica e familiar a outro órgão da Rede sempre realiza o acompanhamento para certificar-se de que o problema da vítima foi resolvido. Em contraposição, 42,67% declararam não realizar esse acompanhamento, o que atesta falta de articulação entre os profissionais da Rede. Ainda informaram (60%) que nunca receberam um retorno do órgão ao qual a mulher foi encaminhada para informar sobre a situação da vítima recebida pelo órgão parceiro. Somente 5,5% do total dos entrevistados informou que sempre dá feedback ao órgão que procedeu o encaminhamento. 60 3.1 Articulação da Rede 3.1.22 Acompanhamento pelo profissional das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que foram encaminhadas a outros órgãos Total Acompanhamento do atendimento realizado junto ao órgão que a mulher foi encaminhada Rede e Órgãos Abs. sempre % Abs. REDE CASA MÃE DA MATA 382 - 47 % 12,30% frequentemente Abs. 34 % 8,90% às vezes raramente Feedback do órgão o qual a mulher foi encaminhada nunca sempre Abs. % Abs. % Abs. % Abs. 63 16,49% 75 19,63% 163 42,67% 21 % 5,50% frequentemente Abs. 16 % 4,19% às vezes raramente nunca Abs. % Abs. % Abs. % 45 11,78% 69 18,06% 231 60,47% 12 3,14% 4 33,33% 0 0,00% 3 25,00% 0 0,00% 5 41,67% 2 16,67% 0 0,00% 5 41,67% 0 0,00% 5 41,67% 3 0,79% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% CIOSP 44 11,52% 6 13,64% 1 2,27% 4 9,09% 4 9,09% 29 65,91% 2 4,55% 1 2,27% 2 4,55% 6 13,64% 33 75,00% CRAS 30 7,85% 11 36,67% 2 6,67% 7 23,33% 4 13,33% 6 20,00% 4 13,33% 1 3,33% 5 16,67% 9 30,00% 11 36,67% 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre 33 8,64% 2 6,06% 3 9,09% 6 18,18% 3 9,09% 19 57,58% 2 6,06% 4 12,12% 10 30,30% 5 15,15% 12 36,36% 6 1,57% 2 33,33% 2 33,33% 0 0,00% 1 16,67% 1 16,67% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 2 33,33% 3 50,00% HUERB 11 2,88% 0 0,00% 1 9,09% 2 18,18% 0 0,00% 8 72,73% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 11 100,00% IML 6 1,57% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 5 83,33% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 5 83,33% Maternidade 9 2,36% 4 44,44% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 5 55,56% 3 33,33% 0 0,00% 1 11,11% 1 11,11% 4 44,44% 195 51,05% 14 7,18% 19 9,74% 34 17,44% 60 30,77% 68 34,87% 4 2,05% 8 4,10% 19 9,74% 39 20,00% 125 64,10% Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 0 0,00% 1 16,67% 2 33,33% 1 16,67% 2 33,33% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 1 16,67% 4 66,67% SEJUDH 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% UPA 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00% 2 20,00% 0 0,00% 8 80,00% 1 10,00% 0 0,00% 1 10,00% 0 0,00% 8 80,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 1 10,00% 1 10,00% 2 20,00% 1 10,00% 5 50,00% 1 10,00% 0 0,00% 1 10,00% 2 20,00% 6 60,00% Casa Rosa Mulher CREAS Polícia Militar 61 Com relação às condições físicas dos órgãos da Rede, 31% do total dos profissionais declararam que aos prédios estão adequados ao trabalho realizando pelos profissionais; 34,29% dos profissionais informaram que as instalações físicas estão parcialmente adequadas e quase na mesma proporção do quesito anterior, os informantes declararam que as instalações físicas estão inadequadas. Os órgãos que mais estão inadequados, na opinião dos informantes são o IML (66,67% do total dos profissionais); CREAS (66,67% do total dos profissionais); Casa Mãe da Mata (58,33% do total dos profissionais) e Maternidade (55,56% do total dos profissionais) (TABELA 2.1.22) Quanto a disponibilidade de equipamentos de trabalho em quantidade e qualidade, do total dos profissionais entrevistados, 34,29% informou que o que o órgão dispõe atende as necessidades; 41,62% declarou que atende parcialmente e 24,08% informou que não atende a necessidade dos trabalho. Os que estão mais prejudicados quanto a disponibilidade de equipamentos é o IML, onde 66,66% dos profissionais entrevistados declararam que os equipamentos que o órgão possui atualmente não atende a necessidade de trabalho, bem como o HUERB, onde 54,55% dos profissionais entrevistaram afirmaram que os equipamentos são insuficientes para a atender a demanda. Quanto a satisfação dos servidores em relação aos equipamentos de trabalho do órgão, estão plenamente satisfeitos a Promotoria de Violência Doméstica (100%); a SEJUDH (100%); a SEPMulheres (100%) e a Vara de Violência Doméstica (90%) (TABELA 3.1.23). Em relação ao número de colaboradores, 43,98% dos profissionais declararam que a quantidade de profissionais são insuficientes. O órgão que mais foi enfático em afirmar a sua insuficiência foi a SEPMulheres (TABELA 3.1.24). 62 3.1 Condições de Trabalho 3.1.23 Condições das instalações físicas dos órgãos da Rede Total Adequada Abs. % Instalações físicas Parcialmente Adequada Abs. % Inadequada Abs. % 121 131 130 Rede e Órgãos Abs. % CASA MÃE DA MATA 382 12 3,14% 2 31,68% 16,67% 3 34,29% 25,00% 7 34,03% 58,33% 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% CIOSP 44 11,52% 10 22,73% 23 52,27% 11 25,00% CRAS 30 7,85% 13 43,33% 9 30,00% 8 26,67% 3 0,79% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 33 8,64% 22 66,67% 11 33,33% 0 0,00% 6 1,57% 1 16,67% 2 33,33% 3 50,00% 18,18% 4 36,36% 5 45,45% REDE Casa Rosa Mulher CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 11 2,88% 2 IML 6 1,57% 0 0,00% 2 33,33% 4 66,67% Maternidade 9 2,36% 1 11,11% 3 33,33% 5 55,56% 195 51,05% 49 25,13% 68 34,87% 78 40,00% 6 1,57% 5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33% 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% UPA 10 2,62% 6 60,00% 1 10,00% 3 30,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 6 60,00% 1 10,00% 3 30,00% Polícia Militar Promotoria de Violência doméstica SEJUDH SEPMulheres 63 3.1 Condições de Trabalho 3.1.24 Disponibilidade de equipamentos de trabalho, por órgão Total Rede e Órgãos Abs. Equipamentos % Atende Abs. REDE CASA MÃE DA MATA 382 - % Atende parcialmente Abs. % Não atende Abs. % 131 34,29% 159 41,62% 92 24,08% 12 3,14% 3 25,00% 5 41,67% 4 33,33% 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% CIOSP 44 11,52% 21 47,73% 18 40,91% 5 11,36% CRAS 30 7,85% 10 33,33% 5 16,67% 15 50,00% Casa Rosa Mulher CREAS 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre 33 8,64% 17 51,52% 14 42,42% 2 6,06% 6 1,57% 5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% HUERB 11 2,88% 2 18,18% 3 27,27% 6 54,55% IML 6 1,57% 2 33,33% 0 0,00% 4 66,67% Maternidade 9 2,36% 3 33,33% 4 44,44% 2 22,22% 195 51,05% 43 22,05% 103 52,82% 49 25,13% 6 1,57% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00% SEJUDH 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% UPA 10 2,62% 9 90,00% 1 10,00% 0 0,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 3 30,00% 3 30,00% 4 40,00% Polícia Militar Promotoria de Violência doméstica 64 3.1 Condições de Trabalho 3.1.25 Disponibilidade colaboradores por órgão Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher CIOSP CRAS CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade Polícia Militar Promotoria de Violência doméstica SEJUDH SEPMulheres UPA Vara de Violência Doméstica Abs. Total % 382 12 3,14% 3 0,79% 44 11,52% 30 7,85% 3 0,79% 33 8,64% Colaboradores Suficiente Insuficiente Não sabe Abs. % Abs. % Abs. % 113 29,58% 168 43,98% 101 26,44% 8 66,67% 3 25,00% 1 8,33% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 25 56,82% 8 18,18% 11 25,00% 9 30,00% 21 70,00% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 5 15,15% 28 84,85% 0 0,00% 6 11 6 9 195 1,57% 2,88% 1,57% 2,36% 51,05% 3 4 3 4 34 50,00% 36,36% 50,00% 44,44% 17,44% 3 7 3 5 74 50,00% 63,64% 50,00% 55,56% 37,95% 0 0 0 0 87 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 44,62% 6 3 1 10 10 1,57% 0,79% 0,26% 2,62% 2,62% 4 2 0 4 4 66,67% 66,67% 0,00% 40,00% 40,00% 2 0 1 6 5 33,33% 0,00% 100,00% 60,00% 50,00% 0 1 0 0 1 0,00% 33,33% 0,00% 0,00% 10,00% 65 Em relação aos recursos que financiam o órgão, do total dos profissionais, 64,92% declarou que os recursos são de origem do tesouro do Estado (Estado e Prefeitura) e 1,83% declarou que o órgão também recebe aporte de recursos externos. 3.1 Financiamento do órgão 3.1.26 Financiamento dos serviços do Órgão Total Recursos Próprios Recursos Externos Abs. Não sabe informar Outros Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher Abs. % Abs. % 382 - 247 64,66% 7 % 1,83% Abs. 126 % 32,98% Abs. % 2 0,52% 12 3,14% 11 91,67% 0 0,00% 1 8,33% 0 0,00% 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% CIOSP 44 11,26% 25 56,82% 0 0,00% 19 43,18% 0 0,00% CRAS 30 7,85% 29 96,67% 1 3,33% 0 0,00% 0 0,00% 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 33 8,64% 21 63,64% 1 3,03% 10 30,30% 1 3,03% 6 1,57% 5 83,33% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 11 2,88% 8 72,73% 1 9,09% 2 18,18% 0 0,00% IML 6 1,57% 5 83,33% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% Maternidade 9 2,36% 9 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 195 51,05% 101 51,79% 3 1,54% 91 46,67% 0 0,00% 6 1,57% 5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SepMulheres UPA Vara de Violência Doméstica 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 10 2,62% 10 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 10 2,62% 9 90,00% 0 0,00% 1 10,00% 0 0,00% 66 Em relação a gestão participativa do órgão, quando abordados sobre a sua participação em alguma atividade de planejamento, apenas 28% dos profissionais entrevistados afirmou já ter participado da elaboração da proposta de atuação do órgão aonde atua. 3.1 Instrumentos de Planejamento 3.1.27 Participação do Profissional na elaboração do Planejamento do Órgão Participa Total Rede e Órgãos REDE Abs. 382 % Abs. % - 107 Casa Mãe da Mata 12 3,14% 10 28,01% 83,33% Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% CIOSP 44 11,52% 9 20,45% CRAS 30 7,85% 27 90,00% CREAS 3 0,79% 2 66,67% DEAM 33 8,64% 7 21,21% 6 1,57% 0 0,00% Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 11 2,88% 4 36,36% IML 6 1,57% 1 16,67% Maternidade 9 2,36% 1 11,11% 195 51,05% 32 16,41% Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 2 33,33% SEJUDH 3 0,79% 3 100,00% SepMulheres 1 0,26% 1 100,00% UPA 10 2,62% 2 20,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 4 40,00% Polícia Militar 67 Os informantes responderam sobre a existência de programa de capacitação em seu órgão e 11,78% dos profissionais afirmaram que o órgão dispõe de programa de capacitação de seus servidores e 32,98% não souberam informar. É possível perceber que os órgãos da Rede não preparam seus servidores para atuarem de forma qualificada. 3.1 Programa de Qualificação para Servidores 3.1.28 Existência de Programa de Capacitação de Profissionais no Órgão Existe Rede e Órgãos REDE Abs. % Abs. 45 % Não sabe informar Abs. % 126 32,98% 16,67% Casa Mãe da Mata 382 12 3,14% 7 11,78% 58,33% Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% CIOSP 44 11,52% 3 6,82% 11 25,00% CRAS 2 30 7,85% 2 6,67% 4 13,33% CREAS 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% DEAM 33 8,64% 3 9,09% 9 27,27% 6 1,57% 0 0,00% 1 16,67% Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB 11 2,88% 1 9,09% 0 0,00% IML 6 1,57% 1 16,67% 1 16,67% Maternidade 9 2,36% 1 11,11% 1 11,11% 195 51,05% 22 11,28% 97 49,74% Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% SepMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% UPA 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 1 10,00% 0 0,00% Polícia Militar 68 Os entrevistados também responderam sobre o clima organizacional no local em que atuam. Quando perguntados sobre a relação pessoal da equipe de trabalho no setor de atuação, 24,87% informaram ser excelente; 63,87% responderam que o relacionamento entre os colegas do setor é bom e somente 1,57 dos entrevistados estavam insatisfeitos com o clima entre a equipe do setor (TABELA 3.1.29). Em relação a integração dos serviço no âmbito do órgão aonde atuam, 9,69 dos profissionais responderam ser excelente; 50,50% considera bom; 32,98% considera razoável e somente 6,54% considera ruim (TABELA 3.1.30). Quanto a integração dos serviços de atendimento do seu órgão com os demais órgãos da Rede, 4,45% consideraram excelente; 39% consideraram bom; 41,10% dos profissionais responderam que a integração é razoável; e 14,4% consideraram ruim, um percentual expressivo (tabela 3.1.31). Já quando foram abordados sobre a sua percepção em relação a qualidade do atendimento à mulher vítima de violência pelo seu setor de atuação, 16,23% dos profissionais consideraram excelente; 62% consideraram bom e somente 2,8% consideraram ruim (TABELA 3.1.32). 69 3.1 Clima Organizacional 3.1.29 Relação pessoal da equipe no setor de trabalho do órgão da Rede Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher Relação Pessoal da equipe de Trabalho no setor de atuação Total Abs. % 382 12 3,14% Excelente Abs. 95 % 4 24,87% 33,33% Bom Abs. 244 Razoável % 8 63,87% 66,67% Abs. 35 % 0 9,16% 0,00% Ruim Abs. Não sabe % 6 0 1,57% 0,00% Abs. % 2 0 0,52% 0,00% 3 0,79% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% CIOSP 44 11,52% 13 29,55% 30 68,18% 1 2,27% 0 0,00% 0 0,00% CRAS 30 7,85% 13 43,33% 17 56,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% CREAS 3 0,79% 0 0,00% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% DEAM 33 8,64% 15 45,45% 15 45,45% 3 9,09% 0 0,00% 0 0,00% 6 1,57% 2 33,33% 4 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 11 2,88% 2 18,18% 6 54,55% 1 9,09% 0 0,00% 2 18,18% 6 1,57% 5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade 9 2,36% 3 33,33% 6 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 195 51,05% 25 12,82% 135 69,23% 29 14,87% 6 3,08% 0 0,00% Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 3 50,00% 3 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% SEJUDH 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% Polícia Militar SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% UPA 10 2,62% 3 30,00% 6 60,00% 1 10,00% 0 0,00% 0 0,00% Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 2 20,00% 8 80,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 70 3.1 Integração da Rede 3.1.30 Integração dos serviços de atendimento do Órgão Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher CIOSP CRAS CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SepMulheres UPA Vara de Violência Doméstica Total Abs. % 382 12 3,14% 3 0,79% 44 11,52% 30 7,85% 3 0,79% 33 8,64% 6 1,57% 11 2,88% 6 1,57% 9 2,36% 195 51,05% 6 1,57% 3 0,79% 1 0,26% 10 2,62% 10 2,62% Integração dos serviços de atendimento no Órgão Excelente Bom Razoável Ruim Não sabe Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 37 9,69% 193 50,52% 127 33,25% 25 6,54% 1 0,26% 3 25,00% 7 58,33% 1 8,33% 1 8,33% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 7 15,91% 27 61,36% 11 25,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 10,00% 18 60,00% 6 20,00% 3 10,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 3 9,09% 18 54,55% 12 36,36% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 9,09% 3 27,27% 4 36,36% 3 27,27% 0 0,00% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 22,22% 4 44,44% 3 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 8 4,10% 92 47,18% 81 41,54% 14 7,18% 0 0,00% 4 66,67% 2 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 20,00% 2 20,00% 3 30,00% 3 30,00% 0 0,00% 1 10,00% 6 60,00% 3 30,00% 0 0,00% 0 0,00% 71 3.1 Integração da Rede 3.1.31 Integração dos serviços de atendimento do Órgão com os demais Órgãos da Rede Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher CIOSP CRAS CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SepMulheres UPA Vara de Violência Doméstica Total Abs. 382 12 3 44 30 3 33 6 11 6 9 195 6 3 1 10 10 % 3,14% 0,79% 11,52% 7,85% 0,79% 8,64% 1,57% 2,88% 1,57% 2,36% 51,05% 1,57% 0,79% 0,26% 2,62% 2,62% Integração dos serviços de atendimento do Órgão com os demais Órgãos da Rede Excelente Bom Razoável Ruim Não sabe Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 17 4,45% 149 39,01% 157 41,10% 55 14,40% 4 1,05% 2 16,67% 6 50,00% 4 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 4 9,09% 23 52,27% 12 27,27% 3 6,82% 2 4,55% 2 6,67% 15 50,00% 10 33,33% 3 10,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 2 6,06% 15 45,45% 13 39,39% 3 9,09% 0 0,00% 0 0,00% 2 33,33% 4 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 9,09% 6 54,55% 4 36,36% 0 0,00% 0 0,00% 2 33,33% 3 50,00% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 5 55,56% 4 44,44% 0 0,00% 0 0,00% 5 2,56% 70 35,90% 92 47,18% 27 13,85% 1 0,51% 1 16,67% 2 33,33% 0 0,00% 3 50,00% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 10,00% 2 20,00% 7 70,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 30,00% 3 30,00% 3 30,00% 1 10,00% 72 3.1 Qualidade do Atendimento 3.1.32 Qualidade do atendimento às mulheres vítimas no setor de trabalho na percepção do profissional Rede e Órgãos REDE CASA MÃE DA MATA Casa Rosa Mulher CIOSP CRAS CREAS DEAM Defensoria Pública do Estado do Acre HUERB IML Maternidade Polícia Militar Promotoria de violência doméstica SEJUDH SEPMulheres UPA Vara de Violência Doméstica Total Abs. 382 12 3 44 30 3 33 6 11 6 9 195 6 3 1 10 10 % 3,14% 0,79% 11,52% 7,85% 0,79% 8,64% 1,57% 2,88% 1,57% 2,36% 51,05% 1,57% 0,79% 0,26% 2,62% 2,62% Qualidade do atendimento às mulheres vítimas no setor de trabalho Excelente Bom Razoável Ruim Não sabe Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 62 16,23% 237 62,04% 68 17,80% 11 2,88% 4 1,05% 4 33,33% 7 58,33% 1 8,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 7 15,91% 27 61,36% 8 18,18% 0 0,00% 2 4,55% 5 16,67% 17 56,67% 5 16,67% 1 3,33% 2 6,67% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 8 24,24% 20 60,61% 5 15,15% 0 0,00% 0 0,00% 1 16,67% 5 83,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 10 90,91% 1 9,09% 0 0,00% 0 0,00% 1 16,67% 3 50,00% 1 16,67% 1 16,67% 0 0,00% 2 22,22% 7 77,78% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 22 11,28% 122 62,56% 43 22,05% 8 4,10% 0 0,00% 3 50,00% 3 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 4 40,00% 3 30,00% 2 20,00% 1 10,00% 0 0,00% 3 30,00% 6 60,00% 1 10,00% 0 0,00% 0 0,00% 73 3.1 Condições de Trabalho 3.1.33 Problemas identificados Espaço físico inadequado (pequeno); materiais insuficientes Falta de privacidade e segurança no atendimento no HUERB; Falta de segurança no atendimento a vítimas nas UPA’S Falta de segurança nos CRAS; Insuficiência de computadores, falta de telefone nos CRAS; Falta de Médicos e outros servidores com perfil no IML; Estrutura física inadequada para o atendimento a vítimas de violência sexual no IML; Estrutura física comprometida com rachaduras na Casa Mãe da Mata, bem como necessitando de reparos e pinturas; Alojamentos da Casa Mãe da Mata inadequado, pois não existe climatização e/ou ventilação; Espaço físico dos Batalhões da Polícia Militar estão deteriorados; Espaços insuficientes para realizar os cursos profissionalizantes na Casa Rosa Mulher; Cadeiras desconfortáveis no CIOSP; Insuficiência de material educativo para distribuir para as mulheres; Poucos computadores na Vara de Violência Doméstica; Insuficiência de mobiliários Insuficiência de rádios comunicação nas policias; Poucos veículos/viaturas e armamentos na DEAM; Insuficiência de servidores com perfil adequado para atuar na DEAM; Insuficiência de material de informática na Maternidade (falta tonner); Poucos policiais na DEAM; 3.1.34 Sugestões de melhorias Adicionar outra sala para atendimento com as crianças do IML; Criar um espaço adequado na maternidade para atendimento de crianças vítimas de violência sexual; 74 Melhorar as instalações físicas dos Batalhões da Policia Militar e dos CRAS; Contratar policiais para a DEAM; Melhorar a estrutura de veículos para os órgãos da Rede; Disponibilizar em quantidade suficiente materiais e equipamentos médicos para as UPAs e HUERB; Adequar os leitos do HUERB; Construir alojamento nos Batalhões e adquirir armamentos não letais para a PM. Preparar os profissionais da Segurança Pública para compreender a dimensão psicológica e social da vítima e do autor de violência doméstica e familiar; Capacitar os profissionais da Rede para conhecer a Lei Maria da Penha; Articular a Rede de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar; Capacitar os profissionais em qualidade no atendimento à vitima e autor de crimes contra a mulher; Criar um programa unificado para ter acesso ao histórico da mulher – Prontuário eletrônico com banco de dados informatizados; Ampliar os programas de prevenção à violência doméstica e familiar contra a mulher; Capacitar e sensibilizar os médicos e enfermeiros para a causa, bem como de todos os profissionais de saúde; Divulgar e veicular os serviços da rede; Reduzir a demora nos processos; Realizar concurso público para servidores efetivos, no sentido de ter continuidade nos serviços; Acompanhamento dos procedimentos realizados nos órgãos da rede as mulheres vítimas; Reduzir a violência; Redesenhar o fluxo de todas as instituições que compõe a rede; Necessidade de humanização e respeito no atendimento às mulheres; Melhorar o atendimento na Delegacia, prestando informações dos procedimentos adotados para resolutividade do problema, além de reduzir o tempo de espera da vítima; Criar grupo de estudo; 75 Criar um sistema de comunicação eficaz da Rede. 76 3.2 Informações Gerais das Vítimas As mulheres vítimas de violência doméstica e familiar são eminentemente jovens. Das 176 informantes, 51,7% encontram-se na faixa etária entre 25 e 39 anos de idade. A Regional que possui o maior número de mulheres nessa faixa etária é a Regional II, com 32,97%. Destacam-se ainda as mulheres na faixa etária de 15 a 24 anos, com 27,27%, parcialmente distribuídas na Regional V, com 33,33%, seguida da Regional II, com 29,17% das vítimas e a Regional I, com 27,27% das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Somando-se essas duas faixas etárias, o percentual salta para 78,98%. As faixas etárias extremas também chamam a atenção: houve um registro de uma menor de 15 anos de idade, residente na Regional V e as mulheres acima de 60 anos representaram 1,7% do total de informantes, sendo essas moradoras da Regional V (66,67%) e da Regional I (33,33%). Com relação à cor/raça, 78,98% das informantes se declararam pardas, concentradas na Regional II, com 33,09%, seguido da Regional V, com 23,74% das mulheres residentes. As mulheres brancas representaram 10,80% e concentram-se na Regional IV. A Regional IV tem uma característica particular, pois concentra o maior numero de conjuntos habitacionais. As mulheres pretas responderam por 9,09% do total das informantes, concentrando-se nas Regionais II e V, ambas com 31,25% das mulheres. As mulheres indígenas representaram 1,14%, igualmente residentes nas regionais das mulheres pretas, Regionais II e V. Quanto ao estado civil, predominantemente as informantes se declararam solteiras, totalizando 47,73% das mulheres. Talvez esse número elevado seja em função da ausência do registro formal de casamento e pela relação instável com os parceiros. Foi possível perceber durante as entrevistas um sentimento de “insegurança” quando se referiam ao relacionamento conjugal, sobretudo por ser uma relação conflituosa e pela mulher se considerar, a partir do momento da denúncia uma pessoa “livre”. A Regional com o maior número de mulheres que se declararam solteiras foi a II, com 26,19% das vítimas. As mulheres que se declararam com união estável responderam por 29,55% do total, sendo que 42,3% delas residem na Regional II e as casadas somaram 13,65%, concentradas na Regional IV, totalizando 29,17%. As mulheres que se declararam separadas e viúvas foram à minoria, com 5,58% e 3,41% respectivamente, sendo que as separadas estão concentradas na Regional II, com 40% delas e as viúvas igualmente distribuídas nas Regionais IV e V, respondendo por 33,33 ambas, conforme tabela 3.2.1 abaixo. Quase a metade das informantes se declararam adeptas da religião evangélica, totalizando 47,16% das 176 mulheres, onde 32,53% estão na Regional II. As católicas respondem por 35,8% do total. As mulheres que não possuem religião totalizaram 14,77% e estão concentradas na Regional V, com 38,45%. Uma mulher de outra localidade se declarou budista e os de religião espírita representaram 1,70% do total das informantes. Nenhuma mulher se declarou de religião de matriz africana, como candomblé (tabela3.2.1). 77 3.2 Informações Gerais 3.2.1 Informantes segundo grupo de idade, cor/raça, estado civil e religião, valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. Grupo de Idades, Cor/Raça, Estado Civil e Religião Grupo de Idades Menor de 15 anos De 15 até 24 anos De 25 até 39 anos De 40 até 59 anos Maior de 60 anos Cor/Raça Branca Indígena Parda Preta Estado Civil Casada Separada Solteira União Estável Viúva Religião Budista Católico Espírita Evangélico Não tem religião Rio Branco Abs 176 1 48 91 33 3 176 19 2 139 16 176 24 10 84 52 6 176 1 63 3 83 26 Regional I % Abs 12 0,57% 0 27,27% 3 51,70% 5 18,75% 3 1,70% 1 12 10,80% 2 1,14% 0 78,98% 9 9,09% 1 12 13,64% 2 5,68% 1 47,73% 5 29,55% 3 3,41% 1 12 0 0,57% 6 35,80% 0 1,70% 4 47,16% 2 14,77% Regional II % Abs 54 6,82% 0,00% 0 14 6,25% 30 5,49% 10 9,09% 33,33% 0 54 6,82% 10,53% 2 0,00% 1 6,47% 46 6,25% 5 6,82% 54 8,33% 5 10,00% 4 5,95% 22 5,77% 22 16,67% 1 6,82% 54 0 0,00% 19 9,52% 1 0,00% 27 4,82% 7 7,69% Regional III % Abs 25 30,68% 0,00% 0 3 29,17% 16 32,97% 6 30,30% 0,00% 0 25 30,68% 10,53% 4 50,00% 0 33,09% 19 31,25% 2 30,68% 25 20,83% 3 40,00% 1 26,19% 14 42,31% 7 16,67% 0 30,68% 25 0 0,00% 12 30,16% 0 33,33% 12 32,53% 1 26,92% Regional IV % Abs 40 14,20% 0,00% 0 10 6,25% 23 17,58% 7 18,18% 0,00% 0 40 14,20% 21,05% 7 0,00% 0 13,67% 30 12,50% 3 14,20% 40 12,50% 7 10,00% 1 16,67% 21 13,46% 9 0,00% 2 14,20% 40 0 0,00% 13 19,05% 1 0,00% 20 14,46% 6 3,85% Regional V % Abs 41 22,73% 0,00% 1 16 20,83% 16 25,27% 6 21,21% 2 0,00% 41 22,73% 36,84% 2 0,00% 1 21,58% 33 18,75% 5 22,73% 41 29,17% 6 10,00% 3 25,00% 19 17,31% 11 33,33% 2 22,73% 41 0 0,00% 11 20,63% 1 33,33% 19 24,10% 10 23,08% Outras Localidades % Abs 4 23,30% 0 100,00% 2 33,33% 1 17,58% 18,18% 1 66,67% 0 4 23,30% 10,53% 2 50,00% 0 23,74% 2 31,25% 0 23,30% 4 25,00% 1 30,00% 0 22,62% 3 21,15% 0 33,33% 0 23,30% 4 1 0,00% 2 17,46% 0 33,33% 1 22,89% 0 38,46% % 2,27% 0,00% 4,17% 1,10% 3,03% 0,00% 2,27% 10,53% 0,00% 1,44% 0,00% 2,27% 4,17% 0,00% 3,57% 0,00% 0,00% 2,27% 100,00% 3,17% 0,00% 1,20% 0,00% 78 A tabela abaixo (3.2.2) apresenta a situação das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar quanto à escolaridade. Do total, 33,39% se declararam ter ensino fundamental incompleto. Nesse nível de escolaridade, a Regional V apresentou a maior participação percentual, com 31,58% das mulheres, seguida da Regional II nesse mesmo nível de escolaridade, com 29,82% das informantes. A segunda posição em relação a escolaridade estão as informantes que se declararam com ensino médio completo, respondendo por 23,30% do total. Nesse nível de escolaridade, o maior percentual de mulheres está na Regional II, com 39,02% delas, seguida da Regional IV, com 29,27% e, posteriormente a Regional V, com 14,63% das mulheres com ensino médio completo. Ainda em relação a escolaridade, as que se declararam não alfabetizadas e alfabetizadas juntas respondem por 5,68% do total das informantes. A minoria correspondem as mulheres com ensino superior completo, igualmente distribuídas nas Regionais I, II e IV. Das 25 mulheres entrevistadas da Regional III, nenhuma se declarou com curso superior completo, a predominância nessa Regional são mulheres com ensino fundamental incompleto (44%). 79 3.2 Informações Gerais 3.2.2 Informantes segundo a escolaridade, valores absolutos e relativos por Regional Regionais Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades Rio Branco Não alfabetizada Abs 176 12 54 25 40 41 % 6,82% 30,68% 14,20% 22,73% 23,30% Abs 6 0 2 2 1 0 % 3,41% 0,00% 33,33% 33,33% 16,67% 0,00% 4 2,27% 1 16,67% Alfabetizada Abs Ensino Fundamental Incompleto Ensino Fundamental Completo 4 1 0 1 1 1 % 2,27% 25,00% 0,00% 25,00% 25,00% 25,00% Abs 57 2 17 11 8 18 % 32,39% 3,51% 29,82% 19,30% 14,04% 31,58% Abs 20 3 8 0 5 4 0 0,00% 1 1,75% 0 Ensino Médio Incompleto % Abs 11,36% 29 15,00% 1 40,00% 7 0,00% 4 25,00% 9 20,00% 8 0,00% 0 Ensino Médio Completo % Abs 16,48% 41 3,45% 1 24,14% 16 13,79% 5 31,03% 12 27,59% 6 0,00% 1 Ensino Superior Incompleto % Abs 23,30% 12 2,44% 2 39,02% 2 12,20% 2 29,27% 2 14,63% 3 2,44% 1 Ensino Superior Completo % Abs 6,82% 7 16,67% 2 16,67% 2 16,67% 0 16,67% 2 25,00% 1 8,33% % 3,98% 28,57% 28,57% 0,00% 28,57% 14,29% 0 0,00% 80 Com relação a ocupação, 41,48% das mulheres se declararam donas de casa, onde 38,35% desse percentual reside na Regional II; 14,48% das entrevistadas são trabalhadoras autônomas, sendo que a maior representação está na Regional V, com 37,93% das delas. As vendedoras se destacaram entre as ocupações, com 6,25% das informantes, concentrando-se também na Regional V, assim como as empregadas domésticas, que representam 7,95% do total das mulheres ocupadas, distribuídas nas Regionais IV, com 28,57% e Regionais I e V, igualmente responderam por 21,43% das empregadas domésticas. Um destaque para as ocupações é que somente 15,34% das mulheres ocupadas possuem carteira assinada. A maioria das mulheres possuem renda de até 1 salário mínimo, totalizando 53,41%, cuja concentração estão nas Regionais II e V, respectivamente respondem por 28,72% e 27,66% nessa faixa de renda. Já a faixa de renda entre 1 e 2 salários mínimos corresponde a 30,11% do total das informantes. Nessa faixa de renda, a concentração de mulheres está na Regional II, com 37,74% e na Regional IV, com 28,30% das mulheres. Somando as faixas de renda entre menor de 1 e 2 salários mínimos, o percentual de mulheres é superiormente significativo, respondendo por 83,52% do total das informantes. As mulheres com renda acima de 5 salários mínimos respondeu por 1,70% igualmente residentes nas Regionais III e V e em outras localidades fora de Rio Branco. Com relação ao recebimento de algum benefício, 27,93% das informantes declararam ser beneficiária do Programa Bolsa Família. A Regional III possui o maior percentual de mulheres com esse benefício, respondendo por 28% das mulheres, seguida da Regional II, com 26% e da Regional V, com 24% das mulheres que recebem esse beneficio de transferência de renda. Destaca-se que mais da metade das mulheres informantes (53,07%) não possuem nenhum beneficio financeiro. As mulheres que possuem pensão alimentícia correspondem a 8,38% do total, sendo que a grande maioria (60%) delas está na Regional II. Ainda que não apareça na pesquisa, as mulheres que declararam renda, não beneficiárias de programas de transferência de renda ou outros benefícios previdenciários e se enquadraram na categoria de dona de casa, na maioria das vezes se diziam ser dependentes financeiramente de algum membro da família. 81 3.2 Informações Gerais 3.2.3 Informantes segundo grupo ocupação, vínculo empregatício, faixa de renda familiar, beneficiária de programas de transferência de renda ou outros benefícios, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. Ocupação, vínculo empregatício e faixa de renda familiar, beneficiária de programas de transferência de renda ou outros benefícios. Ocupação Funcionária Pública Autônoma Empregada Doméstica Vendedora Dona de Casa Outras Vinculo Empregatício Carteira assinada Faixa de renda familiar Até 1 salário mínimo Entre 1 e 2 salários Mínimos Entre 2 e 3 salários Mínimos Entre 3 e 4 salários Mínimos Entre 4 e 5 salários Mínimos Acima de 5 salários Mínimos Programas de transferências de renda e/ou outros benefícios* Aposentadoria Auxilio Doença Bolsa Família Pensão Alimentícia Não possui benefício Rio Branco Abs % Regional I Abs % Regional II Abs % Regional III Abs % Regional IV Abs % Regional V Abs % Outras Localidades Abs % 176 12 29 14 11 73 37 176 27 176 94 53 14 8 4 3 6,82% 16,48% 7,95% 6,25% 41,48% 21,02% 15,34% 53,41% 30,11% 7,95% 4,55% 2,27% 1,70% 12 1 1 3 0 2 5 12 2 12 7 2 1 2 0 0 6,82% 8,33% 3,45% 21,43% 0,00% 2,74% 13,51% 6,82% 7,41% 6,82% 7,45% 3,77% 7,14% 25,00% 0,00% 0,00% 54 4 8 2 3 28 9 54 12 54 27 20 4 2 1 0 30,68% 33,33% 27,59% 14,29% 27,27% 38,36% 24,32% 30,68% 44,44% 30,68% 28,72% 37,74% 28,57% 25,00% 25,00% 0,00% 25 1 3 2 1 13 5 25 4 25 16 4 3 0 1 1 14,20% 8,33% 10,34% 14,29% 9,09% 17,81% 13,51% 14,20% 14,81% 14,20% 17,02% 7,55% 21,43% 0,00% 25,00% 33,33% 40 5 5 4 3 16 7 40 6 40 16 15 5 2 2 0 22,73% 41,67% 17,24% 28,57% 27,27% 21,92% 18,92% 22,73% 22,22% 22,73% 17,02% 28,30% 35,71% 25,00% 50,00% 0,00% 41 1 11 3 4 13 9 41 3 41 26 12 0 2 0 1 23,30% 8,33% 37,93% 21,43% 36,36% 17,81% 24,32% 23,30% 11,11% 23,30% 27,66% 22,64% 0,00% 25,00% 0,00% 33,33% 4 0 1 0 0 1 2 4 0 4 2 0 1 0 0 1 2,27% 0,00% 3,45% 0,00% 0,00% 1,37% 5,41% 2,27% 0,00% 2,27% 2,13% 0,00% 7,14% 0,00% 0,00% 33,33% 179 9 10 50 15 95 5,03% 5,59% 27,93% 8,38% 53,07% 12 2 0 2 1 7 6,70% 22,22% 0,00% 4,00% 6,67% 7,37% 54 1 3 13 9 28 30,17% 11,11% 30,00% 26,00% 60,00% 29,47% 27 2 2 14 1 8 15,08% 22,22% 20,00% 28,00% 6,67% 8,42% 41 2 2 9 2 26 22,91% 22,22% 20,00% 18,00% 13,33% 27,37% 41 2 3 12 2 22 22,91% 22,22% 30,00% 24,00% 13,33% 23,16% 4 0 0 0 0 4 2,23% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,21% 82 Do total das mulheres informantes, 87,5% possuem filhos. A concentração das mães está na Regional II, com 38,2% das mulheres. As Regionais V e IV respondem por 24,03% e 22,73% respectivamente. A Regional que apresenta o menor percentual de mulheres com filhos é a Regional I, do centro da cidade. A média de filhos por mulher é de 2,5 e a maior representação está no extrato de 2 filhos, com 27,92%. A Regional V possui a maior concentração de mulheres com 2 filhos, respondendo por 30,23% das informantes. Com relação à idade dos filhos, uma parcela significativa está na faixa etária entre 5 e 14 anos de idade, correspondendo a 46,32%, sendo 24,94% na faixa de 5 a 9 anos de idade e 21,38% na faixa etária de 10 a 14 anos. Somente 9,98% possuem idade acima de 25 anos, estando uma parcela significativa na Regional IV, com 40,48% dos filhos nessa faixa etária. Do total das mulheres que declararam ter filhos, 59% possuem filhos com o atual companheiro e as demais os filhos são de relacionamentos anteriores. As informantes estão igualmente concentradas nas Regionais III, IV e V, com 21,98% do total das que possuem filhos do atual relacionamento em cada uma das Regionais. 83 3.2 Informações Gerais 3.2.4 Informantes segundo existência de filhos, quantidade de filhos, faixa de idade dos filhos e quantidade de filhos do atual companheiro em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. Outras Existência de filhos, Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Localidades quantidade de filhos, faixa de idade dos filhos e quantidade Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % de filhos do atual companheiro Existência de filhos 12 54 30,68% 25 40 41 4 176 6,82% 14,20% 22,73% 23,30% 2,27% Possui filhos 8 49 31,82% 22 35 37 3 154 87,50% 5,19% 14,29% 22,73% 24,03% 1,95% 154 Quantidade de Filhos 8 5,19% 49 31,82% 22 14,29% 35 22,73% 37 24,03% 3 1,95% 34 22,08% 1 filho 3 8,82% 13 38,24% 2 5,88% 6 17,65% 9 26,47% 1 2,94% 43 27,92% 2 filhos 2 4,65% 11 25,58% 6 13,95% 11 25,58% 13 30,23% 0 0,00% 35 22,73% 3 filhos 0 0,00% 13 37,14% 5 14,29% 10 28,57% 7 20,00% 0 0,00% 21 13,64% 4 filhos 2 9,52% 4 19,05% 4 19,05% 6 28,57% 4 19,05% 1 4,76% 14 9,09% 5 filhos 1 7,14% 7 50,00% 2 14,29% 1 7,14% 2 14,29% 1 7,14% 7 4,55% Acima de 5 filhos 0 0,00% 1 14,29% 3 42,86% 1 14,29% 2 28,57% 0 0,00% Faixa de idade dos filhos 421 19 4,51% 127 30,17% 73 17,34% 94 22,33% 98 23,28% 10 2,38% 0 8 47,06% 1 4 4 0 Até 1 ano 17 4,04% 0,00% 5,88% 23,53% 23,53% 0,00% 1 18 27,69% 8 16 19 3 1 – 4 anos de idade 65 15,44% 1,54% 12,31% 24,62% 29,23% 4,62% 4 32 13 27 27 2 5 – 9 anos de idade 105 24,94% 3,81% 30,48% 12,38% 25,71% 25,71% 1,90% 4 34 37,78% 16 15 21 0 10 14 anos de idade 90 21,38% 4,44% 17,78% 16,67% 23,33% 0,00% 5 15 27,78% 17 6 9 2 15 – 19 anos de idade 54 12,83% 9,26% 31,48% 11,11% 16,67% 3,70% 1 18 37,50% 10 9 8 2 20 – 24 anos de idade 48 11,40% 2,08% 20,83% 18,75% 16,67% 4,17% 4 2 8 17 10 1 25 anos de idade ou mais 42 9,98% 9,52% 4,76% 19,05% 40,48% 23,81% 2,38% Quantidade de Filhos com o atual companheiro 91 59% 7 7,69% 14 15,38% 20 21,98% 20 21,98% 20 21,98% 2 2,20% 1 filho 42 46,15% 4 9,52% 11 26,19% 6 14,29% 11 26,19% 9 21,43% 1 2,38% 2 filhos 30 32,97% 3 10,00% 10 33,33% 1 3,33% 8 26,67% 8 26,67% 0 0,00% 3 filhos 11 12,09% 0 0,00% 5 45,45% 2 18,18% 1 9,09% 2 18,18% 1 9,09% 4 filhos 4 4,40% 0 0,00% 0 0,00% 3 75,00% 1 25,00% 0 0,00% 0 0,00% 5 filhos 3 3,30% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% Acima de 5 filhos 1 1,10% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 84 É comum ouvir que a violência doméstica e familiar possui um fator de risco iminente, que é o uso de alguma substância psicoativa, tal como álcool e outras drogas. A particularidade desse tipo de violência é possuir qualquer tipo vínculo afetivo, mesmo que se trate de algo momentâneo e passageiro, envolvendo as duas partes. Diante da hipótese de que o uso de qualquer substância psicoativa potencializa a violência, 22,73% das informantes se declararam consumidoras de bebida alcoólica, concentrando-se na Regional II, com 42,50% das consumidoras. As que fazem uso de remédio controlado somam 17,05% das mulheres e 57,39% declararam que não fazem uso de nenhuma substância psicoativa. Com relação à regularidade desse consumo, 41,67% das informantes dizem fazer uso diário, que provavelmente trata-se do uso de remédios controlados e as que consomem bebida alcoólica socialmente, que representam 27,78%. A grande maioria reside na Regional II e as que consomem regularmente bebida alcoólica nos finais de semana concentram-se na Regional IV. 85 3.2 Informações Gerais 3.2.5 Informantes segundo consumo e frequência de substância psicoativa, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional Rio Branco Consumo e frequência de substância psicoativa da vítima de violência doméstica e familiar Consumo de substância psicoativa Bebida Alcoólica Cigarro Remédio Controlado Não consome Frequência do Consumo de substância psicoativa Diariamente Final de Semana Socialmente Outras Abs % Regional I Abs % Regional II Abs % Regional III Abs % Regional IV Abs % Regional V Abs % Outras Localidades Abs % 176 40 5 30 101 22,73% 2,84% 17,05% 57,39% 12 1 0 2 9 6,82% 2,50% 0,00% 6,67% 8,91% 54 17 1 9 27 30,68% 42,50% 20,00% 30,00% 26,73% 25 6 1 7 11 14,20% 15,00% 20,00% 23,33% 10,89% 40 7 0 6 27 22,73% 17,50% 0,00% 20,00% 26,73% 41 6 3 6 26 23,30% 15,00% 60,00% 20,00% 25,74% 4 3 0 0 1 2,27% 7,50% 0,00% 0,00% 0,99% 72 - 3 4,17% 26 36,11% 14 19,44% 12 16,67% 15 20,83% 2 2,78% 30 16 20 6 41,67% 22,22% 27,78% 8,33% 2 1 0 0 6,67% 6,25% 0,00% 0,00% 8 3 11 4 26,67% 18,75% 55,00% 66,67% 7 3 3 1 23,33% 18,75% 15,00% 16,67% 5 5 2 0 16,67% 31,25% 10,00% 0,00% 8 3 3 1 26,67% 18,75% 15,00% 16,67% 0 1 1 0 0,00% 6,25% 5,00% 0,00% 86 A singularidade da violência doméstica e familiar é a relação de vínculo entre a vítima e o autor da violência. Quando perguntada à vítima qual a relação de proximidade com o autor da violência, 75% dos agressores são companheiros (38,07%) ou ex-companheiros (36,93%). Os parentes foram responsáveis por 9,96% das agressões registradas no período; ainda 7,95% são amigos das vítimas e 6,82% são namorados das vítimas. Foram considerados na pesquisa a categoria amigo e desconhecido pela particularidade da ocorrência da violência. Outra variável que chama a atenção é com relação ao tempo de relacionamento entre a vítima e o agressor. A maioria das mulheres vitimadas ultrapassam o tempo de 5 anos de relacionamento, totalizando 52.32%. Os relacionamentos mais duradouros, acima de 10 anos de convivência, estão na Regional II, com 41,19%. Já os relacionamento entre 5 e 10 anos se concentram na regional V, com 31,11%,s seguida da Regional IV, com 28,89%. Já os relacionamento com menos de 1 ano de duração representam o menor percentual, respondem por 5,30% do total e a metade desse percentual está na Regional V. Igualmente importante são os relacionamento com duração entre 1 e 2 anos, que totalizam 14,57%, onde a Regional II responde pela metade dos casos. Com relação ao sexo do autor da violência, 95,45% são do sexo masculino e 4,45% são do sexo feminino. Dos 8 autores de violência do sexo feminino, 2 deles são relacionamentos homoafetivos. 87 3.2 Vínculo entre vítima e o autor da violência doméstica e familiar contra a mulher 3.2.6 Informantes segundo grau de proximidade com o autor de violência, tempo de relacionamento e sexo do autor de violência em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. Proximidade da vítima com o autor, tempo de relacionamento e sexo do autor da violência Proximidade da vítima com o autor da violência sofrida Companheiro Ex-companheiro Namorado Amigo/conhecido Parente Desconhecido Tempo de relacionamento entre a vítima e o autor, para o caso de relacionamento afetivo Menos de 1 ano 1 ano e menos de 2 anos 2 anos e menos de 3 anos 3 anos e menos de 4 anos 4 anos e menos de 5 anos Entre 5 e 10 anos Acima de 10 anos Sexo do autor da violência Feminino Masculino Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27% 67 65 12 14 17 1 38,07% 36,93% 6,82% 7,95% 9,66% 0,57% 6 4 0 0 2 0 8,96% 6,15% 0,00% 0,00% 11,76% 0,00% 22 17 6 3 6 0 32,84% 26,15% 50,00% 21,43% 35,29% 0,00% 7 12 1 3 2 0 10,45% 18,46% 8,33% 21,43% 11,76% 0,00% 18 16 2 3 1 0 26,87% 24,62% 16,67% 21,43% 5,88% 0,00% 13 16 2 4 5 1 19,40% 24,62% 16,67% 28,57% 29,41% 100,00% 1 0 1 1 1 0 1,49% 0,00% 8,33% 7,14% 5,88% 0,00% 151 - 10 6,62% 46 30,46% 20 13,25% 38 25,17% 34 22,52% 3 1,99% 8 22 10 20 12 45 34 176 8 168 5,30% 14,57% 6,62% 13,25% 7,95% 29,80% 22,52% 4,55% 95,45% 0 0 2 1 1 4 2 12 0 12 0,00% 0,00% 20,00% 5,00% 8,33% 8,89% 5,88% 1 11 3 5 3 9 14 54 4 50 12,50% 50,00% 30,00% 25,00% 25,00% 20,00% 41,18% 2 3 25,00% 13,64% 0,00% 10,00% 25,00% 8,89% 17,65% 1 6 2 6 2 13 8 40 1 39 12,50% 27,27% 20,00% 30,00% 16,67% 28,89% 23,53% 4 2 2 5 3 14 4 41 2 39 50,00% 9,09% 20,00% 25,00% 25,00% 31,11% 11,76% 0 0 1 1 0 1 0 4 0 4 0,00% 0,00% 10,00% 5,00% 0,00% 2,22% 0,00% 0,00% 7,14% 50,00% 29,76% 2 3 4 6 25 1 24 12,50% 14,29% 12,50% 23,21% 25,00% 23,21% 0,00% 2,38% 88 Outro paradigma associado aos fatores da violência doméstica é de que a vítima é dependente financeiramente do autor. Quando perguntado sobre o sustento das famílias, 56,25% das mulheres declararam que o autor da violência não contribui com o sustento da família, sendo 26,29% dessas vítimas residentes na Regional II, 26,26% das mulheres residem na Regional V e 19,19% das informantes moram na Regional III. Quanto à garantia integral do sustento da família, 16,48% declararam que a vítima é único responsável, tendo a Regional II com o maior percentual nessa condição, reforçando as informações anteriores referentes à renda da família, onde essa Regional II apresenta o maior número de mulheres com renda inferior a 1 salário mínimo e são donas de casa. Já os agressores que garantem parte do sustento da família responderam por 27,27% e a Regional V concentra o maior percentual nessa condição. 3.2 Vínculo entre vítima e o autor da violência doméstica e familiar contra a mulher 3.2.7 Informante segundo a dependência financeira da vítima com o autor da violência em valores absolutos e relativos, por Regional e Rio Branco Regionais Total Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades Rio Branco Abs 176 12 54 25 40 41 4 % 6,82% 30,68% 14,20% 22,73% 23,30% 2,27% Garante parte do sustento da família Abs 48 5 13 3 16 11 0 Garante totalmente o sustento da família % Abs 27,27% 29 10,42% 1 27,08% 12 6,25% 3 33,33% 9 22,92% 4 0,00% 0 Não contribui com o sustento da família % Abs 16,48% 99 3,45% 6 41,38% 29 10,34% 19 31,03% 15 13,79% 26 0,00% 4 % 56,25% 6,06% 29,29% 19,19% 15,15% 26,26% 4,04% A Lei Maria da Penha considera cinco tipos de violência contra a mulher, a física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. Quando perguntadas sobre o tipo de violência sofrida, das 176 mulheres entrevistadas, 30,41% sofreram violência física, 27,62% sofreram violência psicológica, 5,14% sofreram violência sexual, 22,48% sofreram violência moral e 14,35% sofreram violência patrimonial. É bom destacar que das mulheres que sofreram violência sexual, 33,33% residem na Regional IV. Quanto ao risco de danos à integridade física causada pela agressão às vítimas, 88,1% das mulheres afirmou ter sofrido riscos, sendo que 29,55% foram considerados riscos moderados; 28,41% considerados riscos graves; 19,89% foram riscos leves e 15,34% foram considerados riscos gravíssimos, essa última categoria em particular concentrouse na Regional V, e ao que tudo indica, foram classificados como lesão corporal grave ou homicídio tentado. 89 3.2 Caracterização da violência sofrida e vitimização 3.2.8 Informantes segundo o tipo e gravidade da violência sofrida, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. Tipo de violência sofrida e risco causa à integridade física da vítima Tipo de violência sofrida* Física Psicológica Sexual Moral Patrimonial Risco a integridade física A violência causou risco a integridade física da vítima Classificação do risco causado à vítima Não Sabe Leve Moderado Grave Gravíssimo Rio Branco Abs % Regional I Abs % Regional II Abs % Regional III Abs % Regional IV Abs % Regional V Abs % Outras Localidades Abs % 467 142 129 24 105 67 30,41% 27,62% 5,14% 22,48% 14,35% 34 11 6 3 8 6 7,28% 7,75% 4,65% 12,50% 7,62% 8,96% 140 41 40 6 34 19 29,98% 28,87% 31,01% 25,00% 32,38% 28,36% 63 19 18 4 12 10 13,49% 13,38% 13,95% 16,67% 11,43% 14,93% 115 34 30 8 26 17 24,63% 23,94% 23,26% 33,33% 24,76% 25,37% 102 34 31 2 22 13 21,84% 23,94% 24,03% 8,33% 20,95% 19,40% 13 3 4 1 3 2 2,78% 2,11% 3,10% 4,17% 2,86% 2,99% 144 81,8% 8 5,56% 45 31,25% 17 11,81% 36 25,00% 35 24,31% 3 2,08% 176 12 35 52 50 27 6,82% 19,89% 29,55% 28,41% 15,34% 12 2 1 3 6 0 6,82% 16,67% 2,86% 5,77% 12,00% 0,00% 54 3 14 14 16 7 30,68% 25,00% 40,00% 26,92% 32,00% 25,93% 25 3 4 6 8 4 14,20% 25,00% 11,43% 11,54% 16,00% 14,81% 40 2 6 13 13 6 22,73% 16,67% 17,14% 25,00% 26,00% 22,22% 41 2 9 15 5 10 23,30% 16,67% 25,71% 28,85% 10,00% 37,04% 4 0 1 1 2 0 2,27% 0,00% 2,86% 1,92% 4,00% 0,00% 90 Quanto ao local de ocorrência da violência, 78,98% do total aconteceram em residência; 14,77% ocorreram em via pública; 1,44% das agressões ocorreram no local de trabalho da vítima e 0,57% em estabelecimento comercial (bar). 91 3.2 Caracterização da violência sofrida e vitimização 3.2.9 Informantes segundo o local de ocorrência, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional Local da ocorrência da violência Local da ocorrência da violência Residência Trabalho Via Pública Estabeleciment os Comerciais Outros Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27% 139 2 26 78,98% 1,44% 14,77% 10 0 2 7,19% 0,00% 7,69% 42 1 9 30,22% 50,00% 34,62% 19 1 3 13,67% 50,00% 11,54% 33 0 5 23,74% 0,00% 19,23% 31 0 7 22,30% 0,00% 26,92% 4 0 0 2,88% 0,00% 0,00% 1 8 0,57% 4,55% 0 0 0,00% 0,00% 0 2 0,00% 25,00% 0 2 0,00% 25,00% 0 2 0,00% 25,00% 1 2 100,00% 25,00% 0 0 0,00% 0,00% 92 A quantidade de vezes que a vítima sofreu violência é um indicativo da gravidade dessa natureza de crime. Do total de mulheres informantes, 47,16% declararam ter sofrido violência mais de 10 vezes; 20,45% afirmaram ter sido a primeira vez que sofreram violência, predominantemente nas Regionais IV e V, com 27,78 em ambas as Regionais. Em contraposição a quantidade de agressões sofridas, o tempo em que as mulheres sofreram essas agressões indicam a intensidade e regularidade da violência. As mulheres que declararam ter sofrido violência há menos de 1 ano representou 28,41% do total, seguido do percentual de 25,57% para os casos em que as vítimas sofreram violência há mais de 1 ano e até de 2 anos. Já as mulheres que declararam sofrer violência há mais de 5 anos totalizam 17,05% das entrevistadas. Para dimensionar melhor, esse tipo de violência teve início logo após um tempo de relacionamento, totalizando 55,68% das mulheres. Essa informação evidencia o que foi dito anteriormente, onde predominam relacionamentos acima de 5 anos, destarte, é possível supor que o tempo médio de tolerância na convivência conjugal é de 2,5 anos, o que representa o tempo histórico suposto pelas mulheres quando declaram sofrer violência “depois de algum tempo de relacionamento”. 93 3.2 Caracterização da violência sofrida e vitimização 3.2.10 Informantes segundo quantidade de vezes que foi vítima de violência e tempo em que sofreu a primeira violência em dias/anos e em relação ao tempo de relacionamento com o autor da violência em valores absolutos e relativos Em Rio Branco por Regional Tipo de violência sofrida, quantidade de vezes que foi vitimada e o tempo e tempo em que sofre violência. Quantidade de vezes que foi vítima de violência doméstica e familiar 1 vez 2 vezes 3 vezes 4 vezes 5 vezes Entre 6 e 10 vezes Acima de 10 vezes Faixa de tempo em que foi vítima de violência Menos de 1 ano 1 ano e menos de 2 anos 2 anos e menos de 3 anos 3 anos e menos de 4 anos 4 anos e menos de 5 anos Entre 5 anos e 10 anos Acima de 10 anos Não lembra Rio Branco Abs % Regional I Abs % Regional II Abs % Regional III Abs % Regional IV Abs % Regional V Abs % Outras Localidades Abs % 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27% 36 24 16 6 4 7 83 20,45% 13,64% 9,09% 3,41% 2,27% 3,98% 47,16% 3 1 2 0 1 0 5 8,33% 4,17% 12,50% 0,00% 25,00% 0,00% 6,02% 9 8 7 1 0 2 27 25,00% 33,33% 43,75% 16,67% 0,00% 28,57% 32,53% 4 4 1 2 0 2 12 11,11% 16,67% 6,25% 33,33% 0,00% 28,57% 14,46% 10 5 2 0 3 1 19 27,78% 20,83% 12,50% 0,00% 75,00% 14,29% 22,89% 10 6 4 2 0 2 17 27,78% 25,00% 25,00% 33,33% 0,00% 28,57% 20,48% 0 0 0 1 0 0 3 0,00% 0,00% 0,00% 16,67% 0,00% 0,00% 3,61% 176 50 45 15 11 9 23 7 16 28,41% 25,57% 8,52% 6,25% 5,11% 13,07% 3,98% 9,09% 12 2 3 1 1 1 1 1 2 6,82% 4,00% 6,67% 6,67% 9,09% 11,11% 4,35% 14,29% 12,50% 54 16 12 4 1 1 12 2 6 30,68% 32,00% 26,67% 26,67% 9,09% 11,11% 52,17% 28,57% 37,50% 25 6 10 2 2 1 1 1 2 14,20% 12,00% 22,22% 13,33% 18,18% 11,11% 4,35% 14,29% 12,50% 40 14 7 5 5 2 4 3 0 22,73% 28,00% 15,56% 33,33% 45,45% 22,22% 17,39% 42,86% 0,00% 41 10 13 3 1 4 4 0 6 23,30% 20,00% 28,89% 20,00% 9,09% 44,44% 17,39% 0,00% 37,50% 4 2 0 0 1 0 1 0 0 2,27% 4,00% 0,00% 0,00% 9,09% 0,00% 4,35% 0,00% 0,00% 94 Tempo da violência sofrida em relação ao período de relacionamento entre a vítima e autor No início do relacionamento Depois de algum tempo de relacionamento Não sabe informar 176 48 27,27% 12 4 6,82% 8,33% 54 13 30,68% 27,08% 25 5 14,20% 10,42% 40 16 22,73% 33,33% 41 9 23,30% 18,75% 4 1 2,27% 2,08% 98 30 55,68% 17,05% 6 2 6,12% 6,67% 33 8 33,67% 26,67% 17 3 17,35% 10,00% 21 3 21,43% 10,00% 20 12 20,41% 40,00% 1 2 1,02% 6,67% 95 Do lado do autor de violência, outra afirmativa recorrente a respeito dos fatores que explicam a prática da violência contra a mulher são os potenciais fatores de risco pelo uso de álcool e outras drogas. Sempre que a violência é praticada, o infrator está sob o efeito de alguma substância psicoativa. A pesquisa confirma essa afirmativa, quando predomina com 66,16% dos agressores em estado de embriaguez, sob efeito de remédio controlado ou outras drogas. Destaca-se entre esses o consumo de outras drogas, que representa 32,23% do estado em que se encontrava o autor quando praticou a violência. Outra informação importante refere-se ao comportamento agressivo do infrator. Foi declarado pelas informantes que 13,64% dos agressores possuem transtornos mentais e 48,86% deles costumam ser agressivos com outras pessoas. 96 3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia 3.2.11Informantes segundo o estado em que se encontrava o autor e sua condição de sanidade mental, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades Estado em que se encontrava o autor e sua condição de sanidade mental Abs Estado em que se encontrava o autor quando praticou a violência* Lúcido Embriagado Sob efeito de remédio controlado Sob efeito de outras drogas Não sabe 242 89 65 5 78 5 36,78% 26,86% 2,07% 32,23% 2,07% 19 3 7 0 9 0 7,85% 3,37% 10,77% 0,00% 11,54% 0,00% 73 30 19 3 21 0 30,17% 33,71% 29,23% 60,00% 26,92% 0,00% 31 15 6 0 8 2 12,81% 16,85% 9,23% 0,00% 10,26% 40,00% 57 22 16 1 17 1 23,55% 24,72% 24,62% 20,00% 21,79% 20,00% 58 18 17 0 22 1 23,97% 20,22% 26,15% 0,00% 28,21% 20,00% 4 1 0 1 1 1 1,65% 1,12% 0,00% 20,00% 1,28% 20,00% 176 24 13,64% 12 3 25,00% 54 8 14,81% 25 2 8,00% 40 5 12,50% 41 4 9,76% 4 2 50,00% 86 48,86% 7 58,33% 24 44,44% 13 52,00% 20 50,00% 19 46,34% 3 75,00% Condição de sanidade mental do autor da violência Possui transtorno mental Costuma ser agressivo com outras pessoas % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % 97 Das mulheres que sofreram violência doméstica e familiar, 52,84% fizerem denúncia pela primeira vez, sendo a Regional V a com a maior representação de mulheres nessa condição, respondendo por 31,18% do total das denúncias. O procedimento mais adotado pelas DEAM foi a aplicação das medidas protetivas, respondendo por 30,68% dos procedimentos adotados. Os agressores que foram presos responderam por 16,48% dos casos. Os acordos entre as partes foram firmados por 13,07% das mulheres que registraram boletim de ocorrência. 14,20% declararam que os procedimentos relacionados a solução do problema estão em andamento. Ressalta-se que 9,66% das mulheres declararam que nada foi feito em relação ao problema que, embora sendo a minoria dos casos, é suficiente para determinar a sensação de descaso do Estado e sentimento de insegurança da vítima. 98 3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia 3.2.12 Informantes segundo a quantidade de denúncias e procedimentos adotados em relação ao autor referente a última violência praticada, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional Quantidade de denúncias e procedimentos adotados em relação ao autor referente a última violência praticada Quantidade de denúncias 1 vez 2 vezes 3 vezes 4 vezes 5 vezes Entre 6 e 10 vezes Acima de 10 vezes Procedimentos adotados em relação ao autor da violência Agressor foi preso Houve acordo entre as partes Foi aplicada medidas protetivas Nada foi feito no momento Em andamento Outros Rio Branco Abs % Regional I Abs % Regional II Abs % Regional III Abs % Regional IV Abs % Regional V Abs % Outras Localidades Abs % 176 93 40 19 1 11 9 3 52,84% 22,73% 10,80% 0,57% 6,25% 5,11% 1,70% 12 5 3 1 0 2 1 0 6,82% 5,38% 7,50% 5,26% 0,00% 18,18% 11,11% 0,00% 54 25 12 7 1 4 4 1 30,68% 26,88% 30,00% 36,84% 100,00% 36,36% 44,44% 33,33% 25 11 7 4 0 1 2 0 14,20% 11,83% 17,50% 21,05% 0,00% 9,09% 22,22% 0,00% 40 21 11 4 0 1 2 1 22,73% 22,58% 27,50% 21,05% 0,00% 9,09% 22,22% 33,33% 41 29 6 3 0 2 0 1 23,30% 31,18% 15,00% 15,79% 0,00% 18,18% 0,00% 33,33% 4 2 1 0 0 1 0 0 2,27% 2,15% 2,50% 0,00% 0,00% 9,09% 0,00% 0,00% 176 29 23 16,48% 13,07% 12 1 1 6,82% 3,45% 4,35% 54 13 8 30,68% 44,83% 34,78% 25 4 3 14,20% 13,79% 13,04% 40 5 4 22,73% 17,24% 17,39% 41 5 7 23,30% 17,24% 30,43% 4 1 0 2,27% 3,45% 0,00% 54 17 25 28 30,68% 9,66% 14,20% 15,91% 5 2 1 2 9,26% 11,76% 4,00% 7,14% 18 5 4 6 33,33% 29,41% 16,00% 21,43% 9 0 2 7 16,67% 0,00% 8,00% 25,00% 12 5 7 7 22,22% 29,41% 28,00% 25,00% 10 3 10 6 18,52% 17,65% 40,00% 21,43% 0 2 1 0 0,00% 11,76% 4,00% 0,00% 99 Em relação à reincidência, 79,55% dos autores praticaram novamente o mesmo ato, ou seja, são reincidentes naquele mesmo tipo de crime. O maior número de autores reincidentes está na Regional II. Do total das denúncias, 51,70% dos autores de violência foram denunciados por agressões anteriores, nesse caso incluem-se outras naturezas de crime e 23% deles foram presos anteriormente. Essas informações evidenciam o ciclo da violência doméstica e familiar contra as mulheres. 100 3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia 3.2.13 Informantes segundo a situação do autor em relação à prática de outras violências, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional Situação do autor em relação a prática de outras violências É reincidente na prática de violência doméstica e familiar contra a mulher Foi denunciado por agressões anteriores Foi preso por agressões anteriores Foi preso pela agressão atual Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 - 140 79,55% 10 7,14% 44 31,43% 21 15,00% 29 20,71% 33 23,57% 3 2,14% 91 51,70% 9 9,89% 29 31,87% 15 16,48% 22 24,18% 15 16,48% 1 1,10% 41 23,30% 4 9,76% 12 29,27% 5 12,20% 7 17,07% 12 29,27% 1 2,44% 23 13,07% 2 8,70% 11 47,83% 3 13,04% 4 17,39% 3 13,04% 0 0,00% 101 Quanto à percepção de insegurança, 75% das mulheres declararam ter medo de ser assassinada pela pessoa que praticou a violência. A Regional III apresentou a maior parcela de mulheres que se sentem inseguras, representando 84% das entrevistadas que residem na Regional. A Regional apresentou o menor percentual mulheres com medo de ser assassinada (66,67% das entrevistadas). 3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia 3.2.14 Informantes segundo medo de ser assassinada pelo autor que praticou a violência por Regional Regionais Total Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades Aplicados 176 12 54 25 40 41 4 Abs 132 8 39 21 31 30 3 % 75% 66,67% 72,22% 84,00% 77,50% 73,17% 75,00% As informantes foram questionadas se já haviam procurado ajuda para solucionar o problema de violência. Das 176 entrevistadas 92,61 já haviam buscado algum tipo de ajuda. As mulheres da regional V foram as que menos procuraram ajuda para resolver o seu problema, totalizando 87,80% das entrevistadas da Regional. O principal órgão que as mulheres recorreram à procura de ajuda foi a DEAM, com 64,02% daquelas que procuraram ajuda, seguido da Polícia Militar, diretamente nos seus Batalhões nas Regionais, que correspondeu a 6,35%; o CIOSP, por meio da ligação 190 também é um órgão onde as mulheres procuram ajuda. Elas ainda recorrem à família, amigos, outros órgãos públicos e a igrejas a que pertencem. Ao recorrerem à ajuda, 69,32% delas declararam que tiveram o apoio que procuravam e esse apoio foi principalmente de familiares, que respondeu por 33,33% das pessoas que ajudaram seguido da Polícia Militar. Contudo, 32,28% não responderam a pergunta. Ao que tudo indica, o Batalhão da Polícia Militar da Regional V é o mais receptivo, pois 19,05 das mulheres declararam ter o apoio desses profissionais; o Batalhão da Regional I não foi mencionado pelas mulheres, talvez por ser a região central da cidade. Do lado dos familiares, a Regional III foi a que teve a maior representação desse tipo de apoio, pois 42,50% das informantes declararam ter o apoio desse segmento. Outro dado importante é que dessas mulheres que procuraram apoio na DEAM, 56,25% foram acompanhadas, sendo 31,82% acompanhadas por pessoa da família e 13,64% por policial, onde na maioria das vezes foram em condição de flagrante. 102 3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia 3.2.15 Informantes segundo a procura de ajuda para solucionar a situação de violência doméstica e familiar em valores absolutos e relativos, por Regional e Rio Branco. Situação do autor em relação a prática de outras violências Procura de ajuda para resolver o problema Vítima procurou ajuda Locais onde procurou ajuda DEAM CIOSP 190 Polícia Militar Família Vizinho/amigo Outros órgãos públicos Igreja Não respondeu Apoio da vítima ao procurar a ajuda Vítima teve apoio ao procurar ajuda Quem ajudou a vítima Amigo/vizinho Familiar Outros Funcionários Públicos Policial Civil Policial Militar Rio Branco Abs % Regional I Abs % Regional II Abs % Regional III Abs % Regional IV Abs % Regional V Abs % Outras Localidades Abs % 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 - 163 189 121 10 12 7 2 15 1 21 92,61% 64,02% 5,29% 6,35% 3,70% 1,06% 7,94% 0,53% 11,11% 12 12 9 0 1 0 0 2 0 0 100,00% 6,35% 7,44% 0,00% 8,33% 0,00% 0,00% 13,33% 0,00% 0,00% 51 62 42 4 4 3 1 5 0 3 94,44% 32,80% 34,71% 40,00% 33,33% 42,86% 50,00% 33,33% 0,00% 14,29% 23 25 14 1 3 1 1 2 0 3 92,00% 13,23% 11,57% 10,00% 25,00% 14,29% 50,00% 13,33% 0,00% 14,29% 37 45 26 5 3 2 0 2 1 6 92,50% 23,81% 21,49% 50,00% 25,00% 28,57% 0,00% 13,33% 100,00% 28,57% 36 41 27 0 1 1 0 4 0 8 87,80% 21,69% 22,31% 0,00% 8,33% 14,29% 0,00% 26,67% 0,00% 38,10% 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 122 189 11 63 69,32% 5,82% 33,33% 7 12 2 3 58,33% 6,35% 16,67% 25,00% 42 62 6 20 77,78% 32,80% 9,68% 32,26% 18 29 0 11 72,00% 15,34% 0,00% 37,93% 28 40 2 17 70,00% 21,16% 5,00% 42,50% 27 42 1 12 65,85% 22,22% 2,38% 28,57% 0 4 0 0 0,00% 2,12% 0,00% 0,00% 10 16 24 5,29% 8,47% 12,70% 2 0 0 16,67% 0,00% 0,00% 4 4 10 6,45% 6,45% 16,13% 3 3 3 10,34% 10,34% 10,34% 1 4 3 2,50% 10,00% 7,50% 0 5 8 0,00% 11,90% 19,05% 0 0 0 0,00% 0,00% 0,00% 4 100,00% 4 2,12% 3 2,48% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 4,76% - 103 Outros Não respondeu Vítima foi acompanhada ao local da denúncia Mulher foi acompanhada por alguém até o local da denúncia Pessoa que acompanhou até o local da denúncia Pessoa da família Policial Amigo/vizinho Outros Profissionais do Serviço Público Sem resposta 4 61 2,12% 32,28% 0 5 176 - 12 99 56,25% 176 56 24 16 1 79 - 6 31,82% 13,64% 9,09% 12 5 0 1 0,57% 44,89% 0 6 0,00% 41,67% 50,00% - 2 16 54 33 41,67% 0,00% 8,33% 54 21 7 5 0,00% 50,00% 1 20 3,23% 25,81% 61,11% - 1 8 25 11 38,89% 12,96% 9,26% 25 6 3 2 1,85% 37,04% 0 14 3,45% 27,59% 44,00% - 0 13 40 24 24,00% 12,00% 8,00% 40 12 6 5 0,00% 56,00% 0 17 0,00% 32,50% 60,00% - 1 15 41 24 30,00% 15,00% 12,50% 41 11 8 3 0,00% 42,50% 0 19 2,38% 35,71% 58,54% - 0 0,00% 4 100,00% 4 1 25,00% - 26,83% 19,51% 7,32% 4 1 0 0 25,00% 0,00% 0,00% 0,00% 46,34% 0 3 0,00% 75,00% 104 Com relação ao incentivo para desistir da denúncia, a grande maioria (93,18%) das informantes declararam que em nenhum momento foram incentivadas a desistir quando procuraram os órgãos da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, porém são mencionadas declarações de incentivo à desistência da denúncia por parte dos profissionais da Polícia Civil, onde 5 pessoas afirmam terem sido incentivadas, 2 mulheres declararam ser incentivadas por profissionais da Polícia Militar e 1 mulher incentivada por profissional de Saúde. 105 3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia 3.2.16 Informantes segundo o estímulo à vítima a não realização da denúncia/desistência ou retirada da denúncia por profissionais dos órgãos da Rede no momento em que houve a procura por ajuda Categoria profissional que estimulou a vítima Profissional que estimulou a vítima Profissional da área social Profissional de Saúde Policial Militar Policial Civil Promotor Juiz Defensor Público Conselheiro Tutelar Outros Não Rio Branco Abs % Regional I Abs % Regional II Abs % Regional III Abs % Regional IV Abs % Regional V Abs % Outras Localidades Abs 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 0 1 2 5 0 0 0 0 4 164 0,00% 0,57% 1,14% 2,84% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,27% 93,18% 0 0 0 1 0 0 0 0 0 11 0,00% 0,00% 0,00% 8,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 91,67% 0 1 0 1 0 0 0 0 2 50 0,00% 1,85% 0,00% 1,85% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 3,70% 92,59% 0 0 0 1 0 0 0 0 0 24 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 96,00% 0 0 1 2 0 0 0 0 1 36 0,00% 0,00% 2,50% 5,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,50% 90,00% 0 0 1 0 0 0 0 0 0 40 0,00% 0,00% 2,44% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 97,56% 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3 % 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 25,00% 75,00% 106 Com relação ao conhecimento dessas mulheres sobre a Lei Maria da Penha, 85,80% delas dizem ser conhecedoras da lei. As que mais conhecem são as mulheres da Regional I, cujo percentual foi de 91,67% do total. As que menos conhecem são as mulheres da Regional V, onde 80,49% delas afirma ser conhecedoras da Lei, ou pelo menos já ouviram falar na Lei (TABELA 3.2.16). De outro lado, quando perguntadas se já haviam recebido alguma orientação ou esclarecimento sobre a Lei, 53,41% informaram que nunca receberam nenhuma orientação ou informação. A Regional III teve o maior percentual de mulheres que nunca receberam informação ou orientação sobre a Lei, com 64% delas. A Regional que apresentou o menor percentual relacionado a pergunta anterior foi a Regional I, pois declararam conhecer a Lei, e destacam ainda conhecer informalmente a Lei, pois 41% das mulheres informaram ter buscado informações em fontes não oficiais. Com relação as que declararam ter recebido alguma informação ou orientação sobre a Lei Maria da Penha, o percentual foi de 29,55%, onde a Regional IV se destaca com o maior percentual, seguido da Regional I (TABELA 3.2.16). 107 3.2 Conhecimento da Lei Maria da Penha 3.2.17 Informantes segundo o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha valores absolutos e relativos por Regional e Rio Branco Regionais Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades Aplicados 176 12 54 25 40 41 4 Conhece a Lei Abs 151 11 49 22 34 33 2 % 85,80% 91,67% 90,74% 88,00% 85,00% 80,49% 50,00% Recebeu orientação ou esclarecimento sobre a Lei Conhece os direitos assegurados pela Lei Não conhece Nunca Informalmente Sim Conhece Conhece Pouco Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % 94 53,41% 30 52 29,55% 22 12,50% 56 31,82% 98 55,68% 17,05% 2 16,67% 5 41,67% 5 41,67% 3 25,00% 3 25,00% 6 50,00% 30 55,56% 10 18,52% 14 25,93% 6 11,11% 23 42,59% 25 46,30% 16 64,00% 4 16,00% 5 20,00% 2 8,00% 8 32,00% 15 60,00% 19 47,50% 2 5,00% 19 47,50% 9 22,50% 11 27,50% 20 50,00% 24 58,54% 9 21,95% 8 19,51% 2 4,88% 11 26,83% 28 68,29% 3 75,00% 0 0,00% 1 25,00% 0 0,00% 0 0,00% 4 100,00% 108 Quando as informantes foram perguntadas de que forma elas souberam onde procurar atendimento à mulher vítima, 51,14% delas souberam através dos meios de comunicação; 36,93% ficaram sabendo através de um amigo ou familiar e o menor percentual ficou por conta das políticas públicas, excetuando as campanhas publicitárias. Cabe destacar que na maioria das vezes o atendimento é pontual e o atendente não explica para as vítimas a plenitude de seu atendimento e raramente as mulheres são esclarecidas sobre os seus direitos (TABELA 3.2.17). Quase a totalidade das mulheres buscaram os serviços de forma espontânea (90,91%) e somente 12,55 delas foram encaminhadas por órgãos públicos da Rede. Os órgãos que mais contribuíram com o encaminhamento das mulheres à Rede de Atendimento foram a DEAM, onde 50% dos encaminhamentos, seguida da Polícia Militar, que foi responsável por 22,73% das vítimas encaminhadas ao atendimento aos órgãos da Rede. Aparecem ainda atuantes na inserção dessas mulheres ao atendimento integral a Casa Rosa Mulher (9,09%), Promotoria de Violência Doméstica (4,5%), CIOSP (4,5%), Casa Abrigo Mãe da Mata (4,5%) e Defensoria Pública (4,5%) (TABELA 3,2,18). Os profissionais que se destacaram nos encaminhamentos foram os policiais, que contribuíram com 60,71% dos encaminhamentos das mulheres à rede de atendimento (TABELA). 3.2 Conhecimento da Rede de Atenção à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar 3.2.18 Informantes segundo a forma com que souberam dos serviços de atendimento à mulher vítima de violência Meio em que a vítima soube dos serviços de atendimento á vítima de violência Regionais Aplicados Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades 176 12 54 25 40 41 4 Familiar ou amigo Abs % 65 36,93% 7 58,33% 18 33,33% 9 36,00% 14 35,00% 15 36,59% 2 50,00% Instituições/ Meios de Programas de Comunicação Governo Abs % Abs % 90 51,14% 21 11,93% 2 16,67% 3 25,00% 28 51,85% 8 14,81% 15 60,00% 1 4,00% 20 50,00% 6 15,00% 25 60,98% 1 2,44% 0 0,00% 2 50,00% 109 3.2 Conhecimento da Rede de Atenção à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar 3.2.19 Informantes segundo a busca pelos serviços e encaminhamento de instituição e profissional à mulher vítima de violência doméstica e familiar Busca pelos serviços, instituição Rio Branco que encaminhou e profissional que procedeu o encaminhamento Abs % da vítima Busca pelos serviços Espontânea Instituição que encaminhou DEAM MP/Promotoria CIOSP Polícia Militar Casa Rosa Mulher Casa abrigo Mãe da Mata Defensoria Pública Profissional que procedeu o encaminhamento Assistente Social Advogado Psicólogo Agente de Saúde Comunitário Policial Juiz Defensor Público Recepcionista 176 160 90,91% 22 12,50% 11 50,00% 1 4,55% 1 4,55% 5 22,73% 2 9,09% 1 4,55% 1 4,55% 28 1 2 2 1 17 2 1 2 3,57% 7,14% 7,14% 3,57% 60,71% 7,14% 3,57% 7,14% Regional I Abs % Regional II Abs % Regional III Abs % Regional IV Abs % Regional V Abs % Outras Localidades Abs % 12 9 2 1 0 0 0 1 0 0 75,00% 9,09% 9,09% 0,00% 0,00% 0,00% 50,00% 0,00% 0,00% 54 49 5 2 0 1 1 0 1 0 90,74% 22,73% 18,18% 0,00% 100,00% 20,00% 0,00% 100,00% 0,00% 25 23 2 2 0 0 0 0 0 0 92,00% 9,09% 18,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 40 36 8 4 1 0 3 0 0 0 90,00% 36,36% 36,36% 100,00% 0,00% 60,00% 0,00% 0,00% 0,00% 41 40 3 1 0 0 1 1 0 0 97,56% 13,64% 9,09% 0,00% 0,00% 20,00% 50,00% 0,00% 0,00% 4 3 75,00% 2 9,09% 1 9,09% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 3 1 0 0 0 2 0 0 0 10,71% 33,33% 0,00% 0,00% 0,00% 66,67% 0,00% 0,00% 0,00% 8 0 0 0 1 5 0 0 2 28,57% 0,00% 0,00% 0,00% 12,50% 62,50% 0,00% 0,00% 25,00% 2 0 1 0 0 0 1 0 0 7,14% 0,00% 50,00% 0,00% 0,00% 0,00% 50,00% 0,00% 0,00% 7 0 1 0 0 6 0 0 0 25,00% 0,00% 14,29% 0,00% 0,00% 85,71% 0,00% 0,00% 0,00% 6 0 0 2 0 3 1 0 0 21,43% 0,00% 0,00% 33,33% 0,00% 50,00% 16,67% 0,00% 0,00% 2 0 0 0 0 1 0 1 0 7,14% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 50,00% 0,00% 50,00% 0,00% 110 Dos profissionais que realizam o primeiro atendimento à vítima seja no registro do boletim de ocorrência, na audiência ou na Casa Abrigo Mãe da Mata, os policiais são os mais representativos, com 28,69% de participação no total dos atendimentos. A Regional que mais foi atendida por policial foi a Regional II, com 31,82% dos atendimentos. A segunda categoria de profissionais que mais atendeu diretamente as mulheres foram os profissionais de recepção, que responderam por 41,41% do total dos atendimentos, correspondendo quase proporcionalmente ao percentual de atendimentos em todas as Regionais. Cabe destacar aqui que alguns dos casos a vítima foi atendida tão somente por recepcionista do órgão e encaminhado a outro órgão da Rede, o que não é recomendável, pois a mulher acaba sendo revitimada (TABELA 2.3.19). As informantes declararam que 70,45% dos profissionais que realizaram o atendimento no órgão que foi atendida são preparados para tal. A Regional que melhor avaliou o atendimento foi a Regional I, com 81,43% de respostas positivas e a que pior avaliou foi a Regional V, com 60,98% de respostas positivas, contrariamente essa mesma Regional possui o percentual mais elevado de respostas em relação a opinião sobre o pouco preparo dos profissionais dos órgãos que o atenderam. A avaliação quanto ao despreparo dos profissionais para atuarem no atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar recebeu uma avaliação pouco expressiva, onde somente 5,68% declararam que esses profissionais são despreparados. A Regional I foi a que teve a mais expressiva avaliação sobre o despreparo dos profissionais que as atenderam (TABELA 3.2.19). Ao serem atendidas, 72,73% das vítimas informaram que os profissionais que as atenderam demonstraram interesse em resolver o problema da vítima, no âmbito de sua competência institucional. Informaram ainda que alguns demonstraram interesse, onde 21,02 das mulheres atendidas declararam essa situação e somente 6,25% das informantes declararam que os profissionais não demonstraram nenhum interesse (TABELA 3.2.19). 111 3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar 3.2.20 Informantes segundo os profissionais da Rede que atenderam a vítima, o interesse e o preparo desses profissionais para a realização do atendimento em valores absolutos e relativos por Regional e Rio Branco. Profissionais da Rede que atenderam a vítima, o interesse e o preparo desses profissionais para a realização do atendimento Profissional que atenderam a vítima Recepcionista Escrivão Delegado Policial Advogado Defensor Público Psicólogo Médico Conselheiro Tutelar Juiz Promotor Assistente Social Plantonista Rio Branco Abs % Regional I Abs % Regional II Abs % Regional III Abs % Regional IV Abs % Regional V Abs % Outras Localidades Abs 495 106 52 51 142 13 8 25 14 10 31 12 24 7 21,41% 10,51% 10,30% 28,69% 2,63% 1,62% 5,05% 2,83% 2,02% 6,26% 2,42% 4,85% 1,41% 39 8 4 4 9 0 2 2 1 1 4 1 3 0 7,88% 20,51% 10,26% 10,26% 23,08% 0,00% 5,13% 5,13% 2,56% 2,56% 10,26% 2,56% 7,69% 0,00% 154 32 15 13 49 5 3 8 5 4 8 3 6 3 31,11% 20,78% 9,74% 8,44% 31,82% 3,25% 1,95% 5,19% 3,25% 2,60% 5,19% 1,95% 3,90% 1,95% 74 16 9 8 19 4 1 2 2 2 5 3 3 0 14,95% 21,62% 12,16% 10,81% 25,68% 5,41% 1,35% 2,70% 2,70% 2,70% 6,76% 4,05% 4,05% 0,00% 111 28 11 8 31 1 1 8 3 1 8 3 7 1 22,42% 25,23% 9,91% 7,21% 27,93% 0,90% 0,90% 7,21% 2,70% 0,90% 7,21% 2,70% 6,31% 0,90% 109 22 13 18 30 3 1 4 2 2 6 2 4 2 22,02% 20,18% 11,93% 16,51% 27,52% 2,75% 0,92% 3,67% 1,83% 1,83% 5,50% 1,83% 3,67% 1,83% 8 0 0 0 4 0 0 1 1 0 0 0 1 1 Preparo dos Profissionais para realizar o atendimento 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 Preparado 124 70,45% 10 83,33% 44 81,48% 17 68,00% 25 62,50% 25 60,98% 3 % 1,62% 0,00% 0,00% 0,00% 50,00% 0,00% 0,00% 12,50% 12,50% 0,00% 0,00% 0,00% 12,50% 12,50% 75,00% 112 Pouco preparado Despreparado Profissionais demonstraram interesse em resolver o problema da vítima Todos demonstraram interesse Alguns demonstraram interesse Não demonstraram interesse 42 10 23,86% 5,68% 1 1 8,33% 8,33% 7 3 176 - 12 - 54 128 37 11 72,73% 21,02% 6,25% 9 1 2 75,00% 8,33% 16,67% 43 8 3 12,96% 5,56% 79,63% 14,81% 5,56% 7 1 25 16 9 0 28,00% 4,00% 64,00% 36,00% 0,00% 13 2 40 30 9 1 32,50% 5,00% 75,00% 22,50% 2,50% 14 2 41 28 9 4 34,15% 4,88% 68,29% 21,95% 9,76% 0 1 0,00% 25,00% 4 2 1 1 50,00% 25,00% 25,00% 113 A efetividade dos serviços é sentida quando o problema ao qual o cidadão buscou foi solucionado e ele ficou satisfeito com o processo de atendimento. Quando as informantes foram perguntadas sobre a solução do seu problema efetivada pelo órgão que a atendeu, 49,43% informou que teve o seu problema solucionado. Dos casos solucionados a Regional I foi a mais efetiva, na opinião das mulheres, onde 66,67% afirmaram que o seu problema teve solução. As que afirmaram que seu problema foi parcialmente resolvido correspondeu a 34,66% das respostas e as que não tiveram seu problema solucionado no órgão que foi atendido correspondeu a 15,91%. A Regional que apresentou o maior percentual de casos não solucionados foi a Regional III, com 24%daquelas atendidas com problemas sem solução. A instituição em que a vítima que recorreu mais de uma vez para solucionar o mesmo problema e que deu origem a uma nova procura pelos serviços foi expressivamente a DEAM, com 68,10% das mulheres retornando a procura do mesmo serviço. Essa situação é patente quando analisado o índice de reincidência de violência doméstica, onde a vítimas recorrem à Delegacia Especializada quantas vezes o ciclo de violência ocorra. A Vara de Violência Doméstica corresponde à segunda instituição onde as mulheres retornam mais de uma vez para resolver o mesmo problema, seguida da Defensoria Pública, ambos os órgãos ligados à justiça e defesa dos direitos. O IML aparece com relativa importância no rol dos órgãos da rede de atendimento, o que chama a atenção por ser um órgão de apoio à DEAM sem o qual o processo fica frágil pela ausência da prova pericial. 114 3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar 3.2.21 Informantes segundo a solução do problema relacionado a ocorrência atual e Instituições que a vítima recorreu mais de uma vez para solucionar o mesmo problema Outras Solução do problema e órgão Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Localidades que a vítima recorreu mais de uma vez Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Solução para o problema do atual registro da ocorrência Solucionado Solucionado parcialmente Não solucionado Instituições que a vítima recorreu mais de uma vez para solucionar o mesmo problema DEAM Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Promotoria Especializada de Combate á Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Casa Rosa Mulher Casa Abrigo Mãe da mata Hospital ou Unidades de Saúde Maternidade Defensoria Pública IML CRAS Outros 176 - 12 - 54 - 25 87 61 28 49,43% 34,66% 15,91% 8 3 1 66,67% 25,00% 8,33% 31 15 8 57,41% 27,78% 14,81% 11 8 6 163 - 14 - 52 - 26 111 68,10% 10 71,43% 37 71,15% 17 16 9,82% 1 7,14% 0 1 6 2 3 1 11 8 2 2 0,61% 3,68% 1,23% 1,84% 0,61% 6,75% 4,91% 1,23% 1,23% 1 0 0 0 1 1 0 0 5 9,62% 1 0,00% 7,14% 0,00% 0,00% 0,00% 7,14% 7,14% 0,00% 0,00% 2 0 1 0 3 2 1 0 3 44,00% 32,00% 24,00% 65,38% 11,54% 0 1,92% 3,85% 0,00% 1,92% 0,00% 5,77% 3,85% 1,92% 0,00% 0 0 1 0 2 2 1 0 40 - 41 - 4 22 13 5 55,00% 32,50% 12,50% 15 20 6 36,59% 48,78% 14,63% 0 2 2 39 - 30 - 2 26 66,67% 19 63,33% 3 7,69% 0 0,00% 0,00% 0,00% 3,85% 0,00% 7,69% 7,69% 3,85% 0,00% 2 2 0 1 2 2 0 1 4 13,33% 0 0,00% 5,13% 5,13% 0,00% 2,56% 5,13% 5,13% 0,00% 2,56% 1 0 1 0 3 1 0 1 0,00% 50,00% 50,00% - 2 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 3,33% 0,00% 3,33% 0,00% 10,00% 3,33% 0,00% 3,33% 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 115 Quanto à qualidade do atendimento, das 176 mulheres entrevistadas 98% foram atendidas pela DEAM, onde 22,67% consideraram o atendimento excelente, 47,67% avaliaram que o atendimento é bom, portanto com um expressivo índice de aprovação, mais de 70%, na opinião das mulheres. As que consideraram o atendimento ruim foram somente 6,4% das informantes. Considerando os conceitos razoável e ruim, a reprovação em relação a qualidade do atendimento é de quase 30% (TABELA 3.2.21). O índice de aprovação em relação ao atendimento na Vara é expressivo, entre excelente e bom, a avaliação fica próximo a 90% (TABELA 3.2.21). Aos índices mais expressivos quanto à avaliação parcialmente negativa e negativa quanto à qualidade do atendimento, somando os conceitos razoável e ruim, a maternidade praticamente atinge 60%; o HUERB, UPAs e o CREAS somam 50% respectivamente, seguido do CRAS, com 40% de avaliação negativa (TABELA 3.2.21). Em relação a satisfação dos serviços/atendimento, 67,05% das informantes se declararam satisfeitas, 25% ficaram parcialmente satisfeitas e 7,95% ficaram insatisfeitas. Note-se que o grau de satisfação não implica necessariamente na solução do problema, mas guarda uma forte relação com a qualidade do atendimento, que se mostrou bastante significante (TABELA 3.2.22). 3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar 3.2.22 Informantes segundo a qualidade do atendimento nas instituições da Rede Qualidade do Atendimento nas Instituições da Rede DEAM Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher MP/Promotoria Casa Rosa Mulher Casa Abrigo Mãe da Mata Hospital ou Unidades de Saúde Maternidade Defensoria Pública IML CRAS CREAS Excelente Total Abs % Bom Abs % Razoável Abs % Ruim Abs % 172 39 22,67% 82 47,67% 40 23,26% 11 6,40% 52 5 6 16 1 1 30,77% 20,00% 16,67% 30 3 3 57,69% 60,00% 50,00% 5 1 2 9,62% 20,00% 33,33% 1 0 0 1,92% 0,00% 0,00% 7 4 57,14% 2 28,57% 1 14,29% 0 0,00% 6 7 16 17 5 2 0 1 5 6 1 1 0,00% 14,29% 31,25% 35,29% 20,00% 50,00% 3 2 9 8 2 0 50,00% 28,57% 56,25% 47,06% 40,00% 0,00% 2 2 1 1 1 1 33,33% 28,57% 6,25% 5,88% 20,00% 50,00% 1 2 1 2 1 0 16,67% 28,57% 6,25% 11,76% 20,00% 0,00% 116 3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar 3.2.23 Informantes segundo a satisfação do atendimento realizado pelos profissionais da rede que prestaram o atendimento Regionais Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades Total 176 12 54 25 40 41 4 Satisfeito Abs. % 118 67,05% 10 83,33% 38 70,37% 17 68,00% 24 60,00% 26 63,41% 3 75,00% Satisfação Parcialmente Insatisfeito satisfeito Abs. % Abs % 44 25,00% 14 7,95% 1 1 8,33% 8,33% 14 2 25,93% 3,70% 3 5 12,00% 20,00% 14 2 35,00% 5,00% 12 3 29,27% 7,32% 0 1 0,00% 25,00% As mulheres ainda deram sugestões para melhorar a qualidade do atendimento dos órgãos da Rede, que estão organizadas na TABELA 3.2.23. 3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar 3.2.24 Sugestões para melhorar na rede de atendimento à mulher vítima de violência na percepção das mulheres vítimas. Propostas Ter um atendimento mais humanizado, principalmente na maternidade e na DEAM. Melhorar o acolhimento e o atendimento psicológico na DEAM. Criar uma casa de apoio para que as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar possam se reunir, se ajudarem mutuamente, com o apoio de profissionais de saúde e assistência social. Atender plenamente a mulher, até verificar que o problema foi solucionado totalmente. Maior agilidade/rapidez no atendimento. Reduzir o tempo de resposta do atendimento. Melhorar e adequar as instalações físicas dos órgãos. Preparar os profissionais para o atendimento e, se possível substituir os homens por mulheres nas unidades de saúde e IML para prestarem o atendimento à mulher vítima de violência, principalmente para os casos de violência sexual. Monitorar os casos de mulheres em situação de risco de morte. Reduzir o número de processos que estão tramitando - fazer mutirões na DEAM e Vara de Violência Doméstica 117 Intensificar e ampliar as ações preventivas de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. Fazer cumprir o rigor da Lei Maria da Penha, pois ainda há muita injustiça e impunidade. Divulgar mais os serviços dos órgãos que compõem da Rede. Promover mais ações estimulando as mulheres a denunciarem. Ampla divulgação da Lei Maria da Penha. Capacitação dos profissionais da Rede. Mais intervenções propondo acordo com os agressores. Melhorar os serviços da Casa Abrigo Mãe da Mata. Fazer com que a polícia faça o flagrante do agressor. Maior rapidez e celeridade nos procedimentos de atendimento à mulher vítima de violência e maior atuação do MP Melhorar e qualificar o atendimento nos CRAS - Não fazem as visitas domiciliares. Celeridade nas instituições para resolver a questão da autonomia econômica das mulheres, promovendo cursos de capacitação e formação profissional para as mulheres que não possuem renda. Criar um Núcleo onde se concentre todos os serviços em um único local. Para evitar o deslocamento e o processo de revitimização. Garantia de segurança a mulher vítima de crimes violentos contra a vida. Mais vigor nas Delegacias. Atendimento à vítima pelo Ministério Público. Mais fiscalização por parte do MP. Fiscalização na DEAM. Reduzir o tempo de resposta do atendimento. 118 4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Compreender melhor o funcionamento da Rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar, enquanto um conjunto de serviços articulados pelos órgãos de segurança pública, justiça, saúde, assistência social e outros que viabilizam políticas públicas de autonomia da mulher, e sua efetividade coletiva é um desafio por dois motivos: primeiro pela complexidade do tema e segundo pela “cultura” mecanicista e setorial dos órgãos público. A pesquisa demonstrou que mais de 20% dos servidores nunca ouviram falar da Rede; 30% não conhecem os órgãos da Rede e nem onde eles estão localizados. As referências institucionais para a mulher vitimada, na opinião dos profissionais é a DEAM, com 96% de reconhecimento e a Casa Rosa Mulher com 70,16%. O que chamou a atenção também é que alguns órgãos não se reconhecem como parte integrante da Rede. Para além do conhecimento dos órgãos, 87,7% dos profissionais informaram que nunca fizeram nenhum encaminhamento de uma mulher vítima a outro órgão da Rede e dos que fizeram algum encaminhamento, quase 60% afirmam que nunca procuraram saber junto ao órgão ao qual a vítima foi encaminhada, quais foram os desdobramentos para solucionar o problema da vítima. Fato ainda mais comprometedor para a funcionamento enquanto Rede é o fato de apenas 5% dos entrevistados praticarem feedback tanto nas suas instituições quanto com os demais órgãos da Rede. Desta forma, quando foi avaliada a qualidade da integração, 55% dos entrevistados afirma que a integração da rede é ruim. O que atesta a efetividade do atendimento e, nesse caso em particular afeta diretamente a vítima é que mais de 10% dos profissionais da rede declararam não conhecer o principal instrumento de proteção da mulher vítima de violência doméstica e familiar, que é a Lei Maria da Penha. Essa mesma proporção resultou na declaração dos que se sentem despreparados para atuar na área e, até mesmo para administrar um diálogo com a vitima. Uma parcela expressiva (27%) declarou não conhecer os tipos de violência e (24%) desconhecem as medidas protetivas. Outro ponto importante é o despreparo das instituições em proporcionar o mínimo subsídio aos seus colaboradores. Quase 90% desconhecem qualquer documento do órgão que oriente-os quanto aos procedimentos que devem ser adotados para realizar um atendimento à mulher vítima de violência, isso traduz a total incapacidade de ofertar o mínimo de conhecimento a respeito da própria razão de existir de alguns órgãos da Rede. Ao que tudo indica, a gestão ainda é a moldada no modelo tradicional e autoritário, pois 70% dos informantes nunca participaram de qualquer atividade de planejamento do seu órgão para tomar decisão juntos. 119 A pesquisa evidencia que as vítimas conhecem muito mais a Rede do que os profissionais. Quase 90% das informantes afirmaram que conhecem a Rede e mais de 50% tiveram conhecimento pelos meios de comunicação. Dos órgãos que compõem a Rede, a maior proporção dos profissionais que atendem diretamente as mulheres vítimas de violência são os policiais. Das entrevistadas quase 30% afirmou ter sido atendidas por esses profissionais. Contudo, nessa mesma proporção, as vítimas afirma que os profissionais que as atenderam não estão preparados para lidar com o problema e demonstraram pouco interesse em solucionar o problema. A DEAM é confirmada como a principal porta de entrada e 68% das entrevistadas já recorreram mais de uma vez à esse órgão em busca de solução para o seu problema. Destarte, a avaliação é bastante positiva em relação ao acolhimento dessas mulheres pelos órgãos da Rede, excetuando a rede de saúde. A aprovação pela realização dos serviços foi de aproximadamente 70% e dessas 32% ficaram satisfeitas com o resultado, mesmo que 50% delas o problema não foi solucionado ou ainda aguardam solução. O presente relatório é apenas uma pequena reflexão frente a imensidão de informações que ainda podem ser exploradas. Vários indicadores mostram graves limitações e deficiências no sistema de atendimento, o que deve ser discutido e encaminhadas algumas soluções, dentre elas, destacamos: um novo redesenho da Rede e a repactuação de um fluxo mais operacional; a capacitação dos profissionais, pois foi unânime a necessidade de conhecer a Lei Maria da Penha e os instrumentos de gestão; mudanças nos processos internos de cada órgão e buscar a sensibilização dos servidores para melhorar o atendimento; pactuar metas de redução da violência, sobretudo evitar a reincidência que é alta; promover ações de repressão qualificada e reforçar a sensação de justiça, pois quase a totalidade das vítimas informaram ter medo de ser assassinadas pelos seus agressores; atuar fortemente na prevenção e criar um efetivo banco de informações integradas. 120 ANEXOS 1. Relatório dos pesquisadores sobre as suas percepções dos órgãos da Rede que foram visitados 2. Mapa das Regionais 3. Ralação de Bairros por Regional 4. Questionários 121 RELATÓRIO SÍNTESE DAS IMPRESSÕES E OBSERVAÇÕES FEITAS PELOS PESQUISADORES DE CAMPO A execução deste Projeto contou com a participação de 17 pesquisadores, 7 (sete) servidores do Ministério Público e 10 (dez) alunos do Curso de Psicologia da UNINORTE, que dedicaram tempo e esforço para alcançar a meta de entrevistas com profissionais e com vítimas. Durante os trinta dias de realização da pesquisa de campo esses pesquisadores circularam pela rede e, além da aplicação dos questionários, puderam também observar e perceber as características de funcionamento desses órgãos. A partir dessas percepções, produziram relatos que trazem informações importantes para contextualizar os resultados apontados pela pesquisa. Alguns pontos desses relatos foram separados por área de atenção e estão destacados a seguir: I - SAÚDE Resistência dos entrevistados: houve resistência por parte de alguns servidores da saúde em se dispor a responder o questionário da pesquisa, com a justificativa de que não fazem parte da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica. Abordagem do paciente: percebemos que os profissionais da saúde não possuem uma abordagem biopsicossocial do paciente, utilizando-se ainda de um modelo médico ultrapassado, onde consideram apenas o sintoma e não o paciente como um todo. Segundo relato de um Médico entrevistado: “não é papel do Médico parar seu trabalho para investigar as causas da violência sofrida pela vítima, bem como orientá-la sobre as medidas necessárias para resolução do problema”. Fichas de notificação: de uma forma geral os profissionais não estão sensibilizados quanto à obrigatoriedade do preenchimento da ficha de notificação que faz parte do protocolo estipulado pelo Ministério da Saúde. As fichas são preenchidas pelo setor de vigilância epidemiológica, o qual faz busca ativa dentro das unidades de saúde para preencher e identificar os casos de violência doméstica contra a mulher. Integração setorial: Percebeu-se que não há um plano eficiente de comunicação entre os setores, pois os casos de violência doméstica só são registrados se o setor de epidemiologia fizer a busca ativa, ou as Assistentes Sociais descobrirem através das visitas aos leitos, ou se o caso for muito grave e tenha repercussão dentro da unidade de saúde. Desta forma, os Médicos, Enfermeiros e Auxiliares não tem a preocupação e 122 nem estão sensibilizados a perguntar e/ou investigar a causa e o porquê, ficando a maioria dos casos fora dos registros oficiais e das estatísticas. Integração interinstitucional: não há uma integração das instituições de saúde com outras instituições que compõem a rede. Nos poucos casos em que é constatada violência doméstica, os profissionais de saúde que realizam o atendimento orientam e/ou encaminham a paciente a procurar a Delegacia de Atendimento a Mulher para fazer a denúncia contra o agressor (a), algumas vezes essas mulheres são conduzidas para DEAM pela Policia Militar. Entendimento da problemática da violência doméstica: vale ressaltar que a partir dos relatos dos pesquisadores, verificou-se que na Saúde não existe ainda um atendimento humanizado para com as mulheres vítimas de violência doméstica. Houve um relato de uma servidora que em muito nos chamou a atenção e que nos deixa preocupados com o tipo de atendimento hora existente dentro do sistema de saúde de nossa cidade: “se for preciso disponibilizar um leito para internação e atendimento, caso exista no banco de espera uma mulher vítima de violência doméstica ou um alcoolista ou uma pessoa que “realmente precise”, o meu critério de escolha vai ser a terceira pessoa”. Outro relato de profissional foi que: “existem mulheres que gostam de apanhar”. II – SEGURANÇA Polícia Civil - Delegacia de Atendimento a Mulher – DEAM: a) Houve um consenso nas observações dos pesquisadores que aplicaram questionário às vitimas, que o atendimento é demorado e que os profissionais não conseguem realizar uma abordagem humanizada, que muitas das vítimas nem sequer são atendidas pelo Delegado(a). A queixa maior das vítimas foi com relação ao tempo de espera, pois normalmente essas mulheres saem de suas casas apenas com a roupa do corpo e ficam horas aguardando a conclusão do atendimento, na maioria das vezes deixam os filhos em casa e/ou os levam junto para a delegacia, tornando o momento mais difícil, uma vez que não tem dinheiro nem mesmo para comer; b) O maior número de vítimas entrevistadas foi nos horários da manhã e tarde dos finais de semana; c) A maioria dos servidores que trabalham na DEAM, não foram capacitados para atuar na área, muitos deles puderam aprender e entender melhor sobre a Lei Maria da Penha na prática de trabalho; 123 d) Constatou-se que existe um percentual considerado de servidores que estão em fim de carreira, ou seja, estão atuando na polícia há muitos anos e não estão motivados em entender e/ou compreender sobre essa temática da violência doméstica, muitas vezes banalizam os casos que chegam à Delegacia. Polícia Militar a) Segundo relatos das vítimas entrevistadas, a polícia militar é sempre a primeira instituição a ser chamada através do CIOSP – 190 para prestar socorro e proteger a vítima. Entretanto, muitas vezes a chamada é feita, mas há um tempo de espera em que o agressor foge e/ou pode acontecer uma violência ainda mais grave. Instituto Médico Legal – IML Observou-se que a estrutura física é inadequada para a realização dos atendimentos a mulheres vítimas de violência sexual, e os profissionais Médicos não dispensam um tratamento humanizado para as vitimas que chegam fragilizadas em função da crueldade do crime sofrido. III – ASSISTENCIA SOCIAL O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS: Como a principal porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social. Observou-se que a maioria dos profissionais que atuam nos CRAS não conhece a rede e nem a lei Maria da Penha. Foi unanime as reclamações com relação à quantidade de técnicos atuando, pois para dar conta de parte das demandas, a quantidade existente é insuficiente, que o ideal seria dois profissionais de cada área trabalhando de forma integral. Falta de equipamentos para a efetivação dos trabalhos, como internet, telefone e transporte, bem como capacitação sobre a violência doméstica e familiar contra mulher para melhor atender e identificar as vítimas. Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS: O número de recusas de profissionais do CREAS foi significativo, pois o mesmo, apesar de possuir em seu plano de ação o atendimento a mulheres vítimas de violência, ainda não o faz, somente atendem crianças e adolescentes. 124 IV - JUSTIÇA Vara Especializada de Violência Doméstica: a) Quanto ao ambiente: considerou-se a sala de recepção da Vara inadequada, pois a vítima e o agressor ficam no mesmo espaço/ambiente aguardando a audiência e atendimento, uma situação constrangedora e desagradável para ambas às partes; b) Quanto às recusas: foi possível perceber que as recusas das vítimas em serem entrevistadas, na maioria das vezes, estavam associadas à reconciliação do casal. Defensoria Pública: a) Os atendimentos as mulheres vítimas de violência e aos agressores são realizados por estagiários de Direito, de segunda a quinta feira, pois as Defensoras estão na Defensoria apenas na sexta pela manhã para corrigir os atendimentos realizados pelos estagiários, nos outros dias da semana estão em audiência na Vara de Violência Doméstica; b) Observou-se uma placa na porta da sala de atendimento a violência doméstica, indicando um núcleo de atendimento psicossocial, com Psicólogo e Assistente Social, o que não se comprova na prática. O que existe há pouco tempo, é uma Assistente Social que está cedida pela SEDSS, a disposição do órgão, e que ainda estava organizando o setor para realizar atendimento da demanda de toda a Defensoria. 13ª Promotoria de Justiça Criminal Especializa no Combate a Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher: a) Observou-se que os servidores entrevistados não passaram por uma capacitação sobre o tema violência doméstica, que a demanda de atendimento a vítimas é exclusivamente para orientação jurídica e que o trabalho é efetivamente processual. 125 MAPA DAS REGIONAIS BAIRROS POR REGIONAL Regional I Adalberto Aragão Aviário Baixa da Cadeia Velha Baixa da Colina Baixa da Habitasa Baixo São Francisco Base Bosque Cadeia Velha Capoeira Casa Nova Centro Cerâmica Cj: Guiomard Santos Conj: Eletra Conjunto Jardim Tropical Dom Giocondo Habitasa Ipase José Augusto Lot. São José Morada do Sol Papoco São Francisco V. Waldemar Maciel Vila Ivonete/Conj: Procon/Solar 126 Regional II 06 de Agosto 10 de Junho Albert Sampaio Amapá Areial Belo Jardim I Belo Jardim II Cidade Nova Comara Corrente Dom Moacir Lot. Alzira Cruz Lot. e Res. Bom Jesus Lot. Praia do Amapá Lot. Saad Lot. Santa Helena Lot. Santo Afonso M.Mendonça Lima Mauri Sérgio Quinze Resid. Rosa Linda Residencial Vilacre Santa Cecília Santa Inês Santa Maria Santa Terezinha Taquari Triangulo Novo Triangulo Velho Vila Acre Vila Benfica Vila da Amizade VILA DNER Regional III Aeroporto Velho Ayrton Sena Bahia Nova Bahia Velha Glória Boa União Boa Vista Floresta Sul Invasão Sanacre João Eduardo I João Eduardo II João Paulo II Lot. São Sebastião Palheiral Pista Plácido de Castro Preventório Sobral Volta Seca 127 Regional IV Abraão Alab 7o BEC Barro Vermelho Boa Esperança Chácara Ipê Conj: Bela Vista Conj: Castelo Branco Conj: Esperança I e II Conj: Esperança III Conj: Laelia Alcântara Conj: Mariana Mascarenhas de Moraes Mauro Bitar/LBA/Vola Betel Nova Esperança Novo Horizonte Campus da Universidade Federal do Acre Conj: P. César Oliveira Conj: Rui Lino Conj. Universitário Jardim de Alah Village Tiradentes Conjunto Habitar Brasil Conquista Custódio Freire Distrito Industrial Doca Furtado Estação Experimental Flor de Maio Floresta Norte Geraldo Fleming Conjunto Habitar Brasil Hélio Melo Horto Florestal Ilson Alves Ribeiro Isaura Parente Ivete Vargas Jardim América Jardim Europa Jardim Nazle Jardim Primavera Jardim Brasil Conj. Jardim Universitário Jardim Manoel Julião Lot. dos Engenheiros Lot. Flora Lot. Isaura Parente Lot. Joafra Portal da Amazônia Lot. Vila Maria Conjunto Manoel Julião Mocinha Magalhães Monte Alto Nova Estação Nova Esperança - Fragmento Novo Calafate Novo Horizonte Parque das Palmeiras Paz Resid. Iolanda Resid. José Furtado Resid. Maria Iris Resid. Petrópolis Santa Quitéria Santa Terezinha Conjunto Tangará Conj. Tucumã Calafate Pedro Roseno Vila São Miguel Waldemar Maciel 128 Regional V Conj. Adalberto Sena Alto Alegre Apolônio Sales Chacaras Murilo Ramalho Chico Mendes Conj. Ouricuri Defesa Civil Edson Cadaxo Invasão das Placas Irineu Serra Jarbas Passarinho Eldorado Jorge Lavocat Juarez Távora Lot. Jaguar Lot. Novo Horizonte Lot. Popular Lot. Santo Antonio Lot. Vila Mariana Loteamento Medeiros & Elshaday Loteamento Santa Luzia Loteamento Jardim São Francisco Montanhês Conjunto Oscar Passos Parque dos Sabiás Placas Raimundo Melo Res. Santa Cruz São Francisco Tancredo Neves Vila Nova Vitória Wanderlei Dantas Conj. Xavier Maia 129 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE Pesquisa Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar no Município de Rio Branco – AC Coordenadora Geral: Promotora de Justiça Marcela Cristina Ozório Pesquisador (a):_________________________________________________________ Participante:____________________________________________________________ Confirmo a minha livre participação nesta pesquisa e que me foi garantido que meu nome não será utilizado em qualquer fase e/ou em qualquer outro lugar, preservando meu anonimato. Li e compreendi o conteúdo deste termo e dou meu consentimento para participar desta pesquisa. Rio Branco ______ de _______________ de 2012 ______________________________________________ Assinatura do Participante 130 QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DOS PROFISSIONAIS 131 132 133 134 135 136 QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DAS VÍTIMAS 137 138 139 140 141 142 143