Análise Epistemológico e Evolutivo das Seções Cônicas César Saal Riqueros Rubén Panta Pazos Universidad Nacional de Ingeniería, FIEE, Av. Túpac Amaru 210, Pabellón A, Rimac, Lima 25, Perú. e-mail : [email protected] UNISC, Departamento de Matemática Av Independência, 2293, Bairro Universitário, CEP 96815-900, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil. e-mail : [email protected] , [email protected] Desenvolve-se uma análise epistemológica das seções cônicas, desde suas origens até a atualidade. A primeira álgebra empregada pelos gregos foi a “álgebra aritmética”, herdada dos babilônios, onde foram misturadas grandezas, e assim as somas incluiam áreas de retângulos e comprimentos. O problema para rejeitar esta álgebra aritmética elementar foi resolvido mediante o conceito do número e grandezas continuas, o que afetou sensivelmente aos pitagóricos. Figura 1: Seções cônicas, interseções de cone e plano. Cada etapa histórica possui diversos enfoques que dependem com freqüência das orientações da élite dominante. Neste trabalho são consideradas desde as idéias originais das cônicas como interseções de um plano com um cone circular dos gregos 1, passando pelas idéias das curvas dadas em forma paramétrica (pela necessidade do movimento, das trajetórias da mecânica celeste), até os conceitos básicos da geometria projetiva (uma única cônica generalizada), os novos aportes em relação às cônicas no plano complexo (teorema de Mardsen), e o estudo das equações diferenciais parciais, etc. Abordam-se os distintos enfoques epistemológicos: platônico, formalista, construtivista, empirista, humanista, principalmente. Além disso, o avanço das novas ferramentas computacionais tem permitido um desenvolvimento dos enfoques da matemática computacional, mediante o uso de sistemas de computação algébrica (MAPLE, MathCad ou Derive). Sua utilização no ensino das curvas cresceu em diversas universidades, mas existem algumas críticas em relação a sua eficiência, assim caso for mal administrada, em lugar de dar um apoio efetivo ao ensino da matemática, até pode distorcer as idéias matemáticas subjacentes. Nosso interesse é acompanhar o estudo evolutivo com o auxílio do enfoque da matemática computacional O trabalho está organizado como segue: primeiro se estabelecem as linhas principais do desenvolvimento histórico das cônicas, analisando a epistemologia envolvida no pensamento dos principais matemáticos que contribuíram no estudo das cônicas. Depois, damos uma síntese das principais ferramentas de tipo computacional que são empregadas no estudo de curvas de baixa ordem com variável real ou complexa e que podem contribuir com eficiência no ensino e na pesquisa das curvas de baixa ordem (hiper-cônicas, etc). Finalmente, uma seção de aplicações das cônicas é incluída 2, em algumas áreas fora da matemática. Figura 3: Catedral de Rio de Janeiro. Referências [1] Howard Eves, Introdução à História da Matemática, Editora da Unicamp, Campinas, (1997). Figura 2: Teorema. de Mardsen: As raízes da derivada de q(z) = (z – z1)(z – z2)(z – z3) são os focos da elipse tangente aos lados do triângulo de vértices z1, z2, e z3. [2] J. V.Martín Zorraquino, Francisco Granero Rodriguez, José Luis Cano Martín, Applications of a New Property of Conics to Architecture: An Alternative Design Project for Rio de Janeiro Metropolitan Cathedral, Nexus Network Journal, vol. 3, no. 2, (2001), www.nexusjournal.com/Mar-Gra-Can.html.