X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 ENSINO DAS CÔNICAS MEDIADO POR SUA HISTÓRIA E PELO USO DA GEOMETRIA DINÂMICA Agnaldo da Conceição Esquincalha Fundação CECIERJ/UERJ/UAB [email protected] Diogo Tavares Robaina UniLaSalle/UAB [email protected] Marcelo Gomes Rodrigues UERJ/UAB [email protected] Resumo: Neste trabalho, busca-se dar sentido ao termo "fazer matemática", ou seja, tornar concreto e mais simples, para estudantes e docentes, o caminho: explorar-conjecturardemonstrar; alicerce da construção do conhecimento científico. A partir de uma situaçãoproblema - a forma ausente e extremamente restrita que os livros de ensino médio apresentam o assunto dos entes cônicos – procura-se um autêntico aprofundamento do assunto, a fim de fornecer o desenvolvimento de conceitos e novos saberes para docentes e estudantes. Para a verificação de tais propostas, será apresentada uma metodologia adequada à prática na sala de informática, utilizando o software Régua e Compasso, bem como a história das descobertas das cônicas, suas propriedades, fórmulas cartesianas e as equações correspondentes a essas em coordenadas polares, explorando o vínculo entre os recursos digitais e o seu uso para o benefício da educação matemática. O intuito é o de evidenciar as cônicas como lugar geométrico, articulando tal procedimento ao aprofundamento das particularidades de seus elementos principais, suas propriedades refletoras e de que maneira elas são aproveitadas pela sociedade, com exemplos em diversas áreas. Palavras-chave: Cônicas; Geometria Dinâmica; História da Matemática. As cônicas e a Ciência Ao percorrer a história dos avanços científicos, comprova-se de maneira inequívoca a grande contribuição que os estudos das propriedades das cônicas lhes forneceram. Os tratados e livros escritos a respeito destacam sua acentuada importância científica. De tudo o que já foi produzido, é importante destacar que uma das principais características destes entes são suas propriedades refletoras. Sato (2004) fala sobre as ondas de rádio, que ao encontrarem uma antena receptora parabólica, numa direção paralela ao seu eixo, refletirão na direção do foco da parábola. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Minicurso 1 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Tal fato justifica o porquê das antenas que captam sinais do espaço terem este formato, pois é necessário, após a captação dos sinais, concentrá-los em único ponto, com a finalidade de serem tratados adequadamente. O mesmo procedimento se aplica aos raios luminosos, nos coletores solares. Já nos faróis dos veículos automotivos, o princípio é o mesmo, mas inversamente. Dessa vez, os raios irradiam do foco e refletem no espelho parabólico, sendo paralelos entre si, o que possibilita iluminar o espaço a frente do veículo. No caso das elipses, a onda sonora ou luminosa que irradia do foco refletir-se-á no outro foco. Sato (2004) explica, ainda, que o domínio desta singularidade da cônica permitiu a montagem dos refletores que os dentistas utilizam, os quais possuem como objetivo concentrar o máximo de luz onde se está trabalhando e, ao mesmo tempo, impedir que a iluminação ofusque a visão do paciente. Os aparelhos usados na radioterapia, que visam destruir tecidos doentes sem comprometer os tecidos adjacentes a esses, são formados por espelhos elípticos, que permitem a concentração dos raios em um ponto determinado. Outra aplicação da elipse, agora na Construção Civil, são as chamadas salas de sussurros, que são ambientes projetados num formato de parte de um elipsoide, de modo que existam dois pontos, no qual duas pessoas, uma em cada um destes pontos (focos da elipse), podem se comunicar em voz sussurrada, inaudível ao restante da sala. As órbitas dos planetas do sistema solar em torno do Sol são elípticas e a elucidação destas leis do universo se deve a Kepler. Como exemplo de aplicação da hipérbole, pode se considerar um espelho refletor da forma de uma folha do hiperboloide, gerado pela rotação de uma hipérbole em torno de seu eixo focal, sendo que a parte refletora está do lado externo (parte côncava). Alguns telescópios, denominados refletores, usam um espelho hiperbólico secundário, além do refletor parabólico principal, para redirecionar a luz do foco principal para um ponto mais conveniente. Sua construção foi proposta por Cassegrain, em 1672. Ela utiliza um segundo espelho refletor hiperbólico, com seu “foco” coincidindo com o foco do espelho principal, de formato parabólico, conforme mostra a figura. Seu objetivo é fazer com que a imagem, após ser refletida, seja formada na posição do foco da outra folha do hiperboloide. Existem algumas vantagens na montagem desse tipo de telescópio. O famoso telescópio ótico, do observatório de Monte Palomar, que fica a 80 Km a noroeste de San Diego, na Califórnia, utiliza várias montagens do tipo de Cassegrain. (SATO, 2004, p. 29) Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Minicurso 2 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Como existem muitas aplicações das cônicas no cotidiano comum e científico, torna-se mais simples para os professores operar exemplos concretos e práticos em sala de aula, demonstrando para seus alunos as propriedades das cônicas. O tratamento dos livros didáticos Os livros didáticos tratam o assunto „cônicas‟ somente na parte de Geometria Analítica, limitando-se ao uso de fórmulas algébricas. O ente mais conhecido dos estudantes é a parábola com eixo focal nos x, graças à equação de grau dois. Em relação à elipse e à hipérbole, o ensino médio limita-se à sua equação canônica. Apenas a circunferência tem um tratamento maior, e, ainda assim, não como um ente cônico. Esta incrível ausência de aprofundamento sobre as cônicas torna-se ainda mais grave pela ausência da disciplina Desenho Geométrico na grade escolar. Na verdade, estes assuntos que são potencialmente geométricos, são vistos tão somente pela ótica algébrica. Aspectos como o das propriedades refletoras das cônicas não são estudados e nem abordados no ensino médio. Neste trabalho, se propõe uma nova abordagem do tema, aprofundando-o, unindo-o e desenvolvendo novos saberes e conceitos. Um breve histórico sobre as secções cônicas Segundo Afonso (2007), atribui-se a Menaecmus (cerca de 350 a.C.) a descoberta das seções cônicas, ocorrida quando procurava encontrar o valor da aresta de um cubo, cujo volume fosse o dobro do volume de um cubo dado. Ele elaborou duas soluções para a questão: uma envolvendo a intersecção de duas parábolas, e a outra, a intersecção de uma hipérbole e uma parábola. Assim, tanto a hipérbole quanto a parábola surgem no cenário matemático como descobertas oriundas dos cálculos de Menaecmus. Conforme Youssef e Fernandes (1993), a elipse aparece como um subproduto desta descoberta inicial. De acordo com Bowsher (1992), Menaecmus teria descoberto essas curvas seccionando cones com planos perpendiculares a uma seção meridiana, cujo ângulo era, respectivamente, agudo, reto ou obtuso. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Minicurso 3 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Os nomes das secções cônicas, logo após seu descobrimento, não eram os que hoje conhecemos. Segundo Boyer (2001), a elipse era chamada de oxytome (uma referência às secções do cone acutângulo); a hipérbole, amblytome (referência às seções do cone obtusângulo) e a parábola, orthotome (referência às seções do cone retângulo). Apesar de todo o avanço efetuado por Menaecmus, é Apolônio de Perga (262-200 a.C.) que registra o maior compêndio explicativo (oito volumes) sobre a geometria das cônicas. Em seu trabalho, Apolônio obteve todas as secções a partir de uma superfície cônica reta dupla (com duas folhas) fazendo variar o ângulo segundo o qual o plano cortaria a secção meridiana. Ele também provou que o cone não precisaria ser reto, podendo ser oblíquo ou mesmo escaleno. Seus escritos possuíam somente as notações da geometria regular, sem nenhum uso das notações da geometria analítica. O uso educacional do computador e a Geometria Dinâmica Um ambiente devidamente informatizado, e com professores preparados, constituise em uma desejável ferramenta colaborativa para a superação de diversos problemas ligados ao processo de aprendizagem. Existe a possibilidade de se operar ações sobre os objetos concretos como também de se fazer a transposição destes para os ambientes que implementam a informática como recurso tecnológico principal. De maneira diversa da manipulação concreta (por exemplo, com poliedros planificados, no qual os alunos recortam e colam), a digital (usando um software de geometria dinâmica 3D) poderá, em um tempo menor, fornecer aos estudantes resultados mais precisos e rápidos, incluindo ainda o testar propriedades e condições dos entes digitalmente montados. Deve o docente estar apto a extrair o máximo dos recursos computacionais, para que, de forma equilibrada, atue como mediador deste conhecimento e o promova junto à turma de alunos, observando com cuidado seu avanço, pois nem todos os alunos estarão no mesmo nível de entendimento quanto aos meios digitais de ensino. Dentre as diferentes situações em que a Informática pode contribuir para o cenário de ensino, sua utilização no contexto de ensino de Matemática é particularmente motivada por algumas facilidades que a Informática pode trazer: capacidade computacional, visualização gráfica, cálculos Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Minicurso 4 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 algébricos, descoberta e confirmação de propriedades, possibilidades de executar experimentos com coleta de dados e modelagem de problemas, especulações, etc. (BALDIN, 2002, p. 30) Explicando o que é a Geometria Dinâmica (GD), Bellemain (2001, p. 1314) afirma que esta “permite considerar e conceber uma representação de objetos matemáticos abstratos em várias configurações, podendo modificar suas posições relativas”. Desta forma, destacam-se algumas vantagens de um programa que trabalha com GD: verificar o provérbio de Confúcio: “o aluno ouve e esquece, vê e se lembra, mas só compreende quando faz”; as propriedades da figura após sua construção se mantêm inalteradas. Este detalhe possibilita que o aluno perceba a diferença entre os elementos que se alteram e os que não sofrem alterações. Isto é um facilitador para a compreensão das propriedades da figura; é um campo de testes para os alunos. A classe pode operar investigações sobre a construção, testar teoremas e fazer conjecturas sobre seus elementos e suas propriedades. O docente pode utilizar-se desses recursos para introduzir o processo de argumentação e dedução; é possível manter o histórico dos procedimentos efetuados naquela construção, disponível para ser consultado por outros alunos e professores. O software Régua e Compasso como ambiente de investigação para estudo de cônicas O Régua e Compasso (ReC) é um software livre, dedicado ao estudo de Geometria, que proporciona ferramentas eficientes e amigáveis para o estudo adequado das cônicas. O ambiente é permeado de recursos e ajudas, que facilitam seu manuseio, e possui ferramentas que permitem a construção de quaisquer cônicas de maneira rápida e precisa. Por meio do Princípio da Propriedade Mantida (PPM), que permite a manipulação das construções, de modo que suas propriedades não se alterem, é possível explorar questões básicas sobre as cônicas, definindo-as, testando suas propriedades e também explorar as ferramentas do software, variando as formas dos entes estudados, degenerandoas, além de estabelecer relações destas mudanças com a excentricidade. Somando-se a isto, Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Minicurso 5 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 o PPM ainda permitirá o encontro dos lugares geométricos de cada cônica, bem como o manuseio com as equações particulares de cada uma e a produção de uma geral para todas elas. Justificativa e objetivos da abordagem de cônicas por meio do ReC Mesmo que um aluno do terceiro ano do ensino médio já tenha alguma bagagem matemática e experiências cotidianas, por meio das quais consegue dar sentido ao conhecimento formal adquirido na escola, pode ser que não exista um aspecto relevante com o qual relacione uma nova informação que se pretende apresentar. Por isso, os primeiros momentos investigativos devem favorecer o despertar desses conhecimentos prévios, onde a nova informação possa ancorar. O almejado „querer saber‟ do aluno será muito bem-vindo. Um aluno intrigado com uma situação-problema, não convencido da regularidade de alguns dados, curioso e ansioso para chegar às conclusões finais, é um elemento de primordial importância numa investigação em sala de aula/laboratório. Para que haja sobrevivência e credibilidade no sistema educacional contemporâneo frente à nova realidade tecnológica, devem ser observadas as novidades que mostram caminhos na mudança do como ensinar, sendo a flexibilidade do professor de suma importância. Além disso, a integração/interação entre estudantes e professores, em todos os níveis, que busquem a motivação e, por consequência, a participação de todos para um ensino de qualidade, também é fator que deve ser perseguido. Não estagnando no tempo e alijando-se do moderno, temendo quebrar paradigmas de uma educação sustentada em tradições, é que se parte para estudar a aplicabilidade do Régua e Compasso para o ensino de Geometria. A mudança do modelo de ensinar Geometria exige, antes de tudo, uma avaliação dos novos métodos para a certeza da obtenção dos resultados almejados. Um detalhe relevante nesta apresentação das cônicas é a questão do movimento. Uma vez que o software permite a movimentação e o trilhar dos pontos, a turma poderá fazer uso dessas possibilidades para comprovar realidades dos entes em estudo, fato este que não seria possível utilizando páginas de livro, giz e lousa. Para proceder às avaliações, que além de serem efetuadas durante todo o processo de investigação, também serão feitas no fim dos trabalhos, aplicar-se-á uma interessante ferramenta do software, que é a gravação de exercícios. Depois de gravados, os mesmos Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Minicurso 6 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 poderão ser exportados no formato html e disponibilizados na Internet, servindo como objetos virtuais de aprendizagem. Com base em Ponte, Brocardo e Oliveira (2003, p. 21), serão considerados quatro momentos na realização do mini-curso, por meio de atividades de investigação: I. Exploração e formulação de questões a) Despertar no aprendiz conhecimentos prévios relevantes ao estudo investigado; b) Reconhecer a situação-problema; c) Familiarizar-se com a situação-problema; d) Formular questões referentes à situação-problema. II. Organização de dados e) Organizar os dados obtidos na atividade; f) Formular conjecturas com base nos dados obtidos. III. Testes e reformulação g) Testar a conjectura mais provável (usando o PPM no ReC); h) Eventualmente, reformular a conjectura para novo teste. IV. Justificação, exposição e conclusão i) Justificar uma conjectura de consenso num grupo de participantes; j) Expor aos colegas de outros grupos o resultado obtido; k) Construir o resultado final em consenso com todos os grupos. V. Avaliação l) Preenchimento de guias de atividades; m) Exposição dos resultados do grupo, em cada etapa do trabalho; n) Procedimentos desenvolvidos durante as atividades em grupo. E os objetivos a serem alcançados são: Mostrar que todas as cônicas podem ser obtidas a partir de uma equação geral; Relacionar as variações das formas e dos focos com a excentricidade; Estudar os valores das excentricidades e as degenerações das cônicas; Trabalhar a noção de distância e as propriedades dos lugares geométricos; Fazer a introdução de coordenadas polares para o estudo no ReC (por parametrizações); Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Minicurso 7 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Investigar as propriedades das cônicas em produtos e construções usando a Geometria Dinâmica como laboratório para os testes; Associar o estudo das cônicas ao uso de elementos do cotidiano dos estudantes; Descobrir por meio de testes, utilizando o Princípio da Propriedade Mantida, relações no uso das propriedades do binômio foco-diretriz dos entes cônicos. Considerações finais Através da abordagem dos conceitos relacionados às cônicas por meio de sua história e do uso do ReC, acredita-se que será possível despertar maior interesse do participante para este tema, possibilitando, inclusive, uma aprendizagem mais significativa. Além disso, será possível uma abordagem muito mais dinâmica e meticulosa daquela que é apresentada normalmente nos livros didáticos e em sala de aula. Trabalhando com o software Régua e Compasso, espera-se concluir que a apresentação das cônicas mediante a execução de movimentos e o uso de rastreio com pontos trilháveis fornece ao participante novos saberes, e pode desenvolver excelentes potencialidades de exploração. Com o aprofundamento das atividades, espera-se igualmente concluir que a Geometria Dinâmica é uma poderosa ferramenta para investigações em Geometria, permitindo que a construção do conhecimento se dê de maneira mais rápida e interativa. Referências AFONSO, F. F. Estudando Elipse com Auxílio do Software Wingeom. 2007. 106 f. Monografia (Graduação – Licenciatura em Matemática) – Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos, Campos, 2007. BALDIN, Y. Y. Utilizações Diferenciadas de Recursos Computacionais no Ensino de Matemática (CAS, DGS e Calculadoras gráficas). In: CARVALHO, L. M.; GUIMARÃES, L. C. (Org.). História e Tecnologia no Ensino da Matemática. Rio de Janeiro: IMEUERJ, 2002. p. 29-38. BELLEMAIN F. Geometria dinâmica: diferentes implementações, papel da manipulação direta e usos na aprendizagem. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON GRAPHICS ENGINEERING FOR ARTS AND DESIGN, 4., 2001, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2001. p. 1314-1329. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Minicurso 8 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 BOWSHER, L. E. História dos Termos Elipse, Hipérbole e Parábola. In: EVES, H. História da Geometria. 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