Primeiro cuidado: só atravessar a rua na faixa de pedestres! Segundo cuidado: olhar para os dois lados antes de atravessar a rua! Terceiro cuidado: só atravessar se não vier carro de nenhum dos lados! Essas frases você já deve ter ouvido muito. Trânsito é mesmo uma coisa perigosa. Quando você estiver caminhando pela cidade, atenção máxima! O mundo está cheio de motoristas loucos e selvagens, que acham que as ruas são pistas de fórmula 1. O Brasil é o país onde morre mais gente na selva do trânsito. Todo ano são mais de 1 milhão de acidentes. Não dá para brincar: trânsito não é autorama nem videogame! Para que tudo fique bem e ninguém se machuque, o negócio é ficar ligado nas leis de trânsito. O Brasil tem um conjunto de leis de trânsito, que foi revisto e ampliado há pouco tempo, em 1998, e leva o nome de Código de Trânsito Brasileiro. É bom você ir se acostumando com essas leis para quando crescer e for dirigir. E também para lembrar aos adultos do que fazer e do que não fazer quando eles estiverem dirigindo. Vamos ver a lista dos passos mais importantes na hora de pôr os pés e o carro na rua. Voltamos ao velho assunto: atravessar a rua. A gente sabe que no Brasil pouca gente respeita isso, mas lugar de pedestre cruzar a rua é na faixa. A faixa de pedestres é uma área reservada às pessoas que andam a pé. Afinal o trânsito não é feito só de carros. Os pedestres são os que mais sofrem com a bagunça do trânsito, pois os motoristas não costumam se importar muito com quem está a pé. Quando o motorista pára o carro no sinal, ele não pode invadir a faixa de pedestres e ficar como um cachorrão deitado na área. A faixa tem que estar sempre livre, por isso é proibido estacionar sobre ela. Cinto de segurança não é enfeite de carro, é? A utilidade do cinto de segurança é fixar a gente no banco do carro. Se acontecer uma batida, quem estiver usando o cinto não sai voando pelo vidro. Depois que a gente se acostuma, até sente falta do cinto de segurança e se sente desprotegida quando não está com ele engatado. O uso do cinto é obrigatório em todo o Brasil, seja na cidade ou nas estradas. O cinto é uma das melhores maneiras de evitar que as pessoas se machuquem quando acontece uma batida. E também tem cinto no banco de trás, o lugar onde as crianças devem andar no carro. As leis do trânsito são muitas e não dá para lembrar sempre de todas. Mas as placas de trânsito ajudam a gente a saber o que fazer: qual o limite de velocidade, em quais lugares é permitido estacionar, se uma rua é contramão ou sem saída. As placas de sinalização são também a salvação dos perdidos. Às vezes a gente está num lugar, pega uma rua que não conhece e pronto: fica sem rumo. Como sair dessa enrascada? Se a gente encontrar uma placa, beleza. As placas apontam para os lugares mais conhecidos da cidade, onde todo mundo vai saber se localizar. Outras placas, que normalmente ficam nas estradas, indicam se vem uma curva perigosa pela frente, se é permitido fazer ultrapassagens, se é um trecho sem acostamento ou a distância que falta para chegar ao destino. Correr de carro é legal: com videogame, autorama ou em pista de corrida. Mas na rua é a maior roubada. Andar muito rápido é dar sopa para o azar: fica mais difícil de controlar o carro e é perigoso atropelar alguém. Corre-se o risco de bater em outros carros também. O excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes no trânsito. Nas cidades a velocidade máxima permitida normalmente é de 60 quilômetros por hora. Só em algumas avenidas maiores pode-se andar a 80 quilômetros por hora. Nas estradas o limite de velocidade também varia, de 80 a 120 quilômetros por hora. Para saber os limites de velocidade o melhor a fazer é prestar atenção nas placas de sinalização. Elas normalmente são brancas e têm um número, com um círculo vermelho em volta. Andar devagar tem lá suas vantagens: gasta menos gasolina, sacode menos e a gente pode ver melhor a cidade ou a paisagem na estrada PARAR EM LOCAL PROIBIDO PODE DAR BODE (OU GUINCHO!) É como na casa da gente: não dá para abrir a porta depois de voltar da escola e ir largando em qualquer lugar as roupas, o boné, o tênis, a mochila do colégio. Na rua é a mesma coisa. Não dá para largar o carro e sair andando. Tem lugares em que é proibido estacionar. Nas esquinas, por exemplo. Estranho? É que quando os outros carros (e principalmente os ônibus) fazem as curvas, eles precisam de espaço. Em frente às farmácias também não é permitido estacionar porque alguém pode precisar de um atendimento com urgência. Onde mais? Na frente dos hospitais, nos pontos de táxi e nas entradas das garagens. Deixar o carro em qualquer lugar pode dar bode: o guincho vem e leva o carango embora! Veja só se os semáforos não são uma invenção genial: sem eles como é que a gente ia decidir quem passava primeiro? As ruas seriam uma confusão de carros e pessoas, todo mundo se atropelando. Quando o semáforo está verde pode passar; no amarelo atenção; e no vermelho, parado aí. Ah, essa história é velha, todo mundo está careca de saber! Não é o que parece. Muitos acidentes acontecem porque os motoristas não respeitam o sinal. Quando o sinal está vermelho, não se pode dar um jeitinho, passar rapidinho, fingir que não viu. Tem que esperar o sinal abrir.