Finanças Corporativas G e s t ã o PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DA PRODUÇÃO d a P r o d u ç ã “ o conhecimento que leva à decisões que visam maximizar o valor da empresa ” o Finanças Corporativas Prof. Dr. Ualison R. de Oliveira Engenharia de Produção – Custos Industriais – Prof. Dr. Ualison R. de Oliveira 1/127 1 1/125 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Professor Ualison Rébula de Oliveira E-mail [email protected] 2/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Currículo Resumido do Professor Ualison R. de Oliveira é Doutor em Engenharia (ênfase em Engenharia de Produção) pela Universidade Estadual Paulista, Mestre em Sistemas de Gestão da Qualidade pela Universidade Federal Fluminense, Especialista em Gestão Empresarial (MBA) pela Fundação Getúlio Vargas, Especialista em Controladoria e Finanças Empresariais pela Universidade Federal de Lavras, Especialista em Administração Estratégica de Empresas pela Universidade Estácio de Sá, Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Cândido Mendes, Graduado em Engenharia Mecânica e Graduado em Administração de Empresas. Atua como consultor nas áreas de FINANÇAS, GESTÃO DE PROCESSOS e QUALIDADE. É professor em disciplinas com foco em Finanças e Custos em cursos de Pós-Graduação e professor em disciplinas com foco em Gestão de Processos e Qualidade em cursos de Graduação. No ano de 2009 teve sua Tese de Doutorado premiada pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção como uma das melhores Teses de Doutorado em Engenharia de Produção de todo o Brasil. Em 2010 lançou seu primeiro livro, pela Editora Edgard Blucher, cujo tema versa sobre Gerenciamento de Riscos em empresas do setor industrial. 3/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Presença – 25% da Nota Final da Disciplina, sendo que cada encontro equivalerá 5%; Entrega em Dupla dos Exercícios Resolvidos em Sala de Aula – 25% da Nota Final (5% por encontro x 5 encontros); Entrega de Trabalho em Grupo (4 ou 5 alunos) através do e-mail [email protected] até as 23:59 de 02/04/2012, valendo 50% da nota Final. Nesse momento ressalta-se que cada dia de atraso implicará na perda de 2 décimos na nota do trabalho; cada aluno a mais no grupo (máximo de 4 ou 5) implicará em uma perda de 20% na nota do trabalho; A aprovação dependerá da presença do aluno, onde é exigido uma participação mínima de 75%, ou seja, o aluno poderá faltar somente um único encontro das aulas que ocorrerão nos dias 16/2, 23/2, 25/2, 28/2 e 01/3. 4/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Bibliografia recomendada para aprofundamento sobre o tema d a P r o d u ç ã o Obs.: as citações utilizadas ao longo dos slides foram numeradas com texto sobrescrito e em vermelho, sendo suas fontes referenciadas no slide 127. 5/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Ementa da disciplina segmentada em tópicos (Sumário Geral) Conceitos e objetivos de Finanças Corporativas. Modalidades de organização. Sociedades por ações. Mercados Financeiros. Demonstrações Financeiras; Avaliação de Obrigações e ações. Teoria do Mercado de Capitais. Estatística de Retornos; Retorno e Risco: modelo de precificação de ativos; Risco, Retorno e Orçamento de capital. Decisões de financiamento e mercado eficientes de capitais; Administração de capital de giro e gestão de caixa. 6/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Grandes vitórias exigem grandes esforços !!!!! d a P r o d u ç ã o 7/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a AULA 1 P r o d u ç ã o 8/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Aspectos Introdutórios: Conceitos e Objetivos de Finanças Corporativas Para a Administração Financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado a longo prazo, pois dessa forma estará sendo aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedades por ações ou sócios de outros tipos de sociedades); Os proprietários de empresas privadas esperam que seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido, por meio de geração de resultados econômicos e financeiros (lucro e caixa) adequados por longo prazo. A geração de lucro e caixa é importante também em empresas públicas, pois com o reinvestimento desses resultados, é possível executar a melhoria e a expansão dos serviços oferecidos à comunidade. Assim uma empresa pode ser visualizada como um sistema que aumenta os recursos nela investidos; Com esse objetivo em mente, não importa se a empresa é uma firma individual, sociedade por quotas ou sociedade por ações. Para cada uma dessas, as boas decisões financeiras aumentarão o valor de mercado do capital próprio dos donos, e as decisões ruins o diminuirão. 9/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Aspectos Introdutórios: Funções Básicas do Administrador Financeiro Coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa, por meio de dados financeiros, bem como determinar o volume de capital necessário. Essas funções envolvem todo o balanço patrimonial, assim como a demonstração do resultado do exercício e outros demonstrativos contábeis. Tomar decisões de investimentos que dizem respeito à destinação dos recursos financeiros para aplicação em ativos correntes (circulantes) e não correntes (realizáveis a longo prazo e permanentes), considerandose a relação adequada de risco e de retorno dos capitais investidos. Essa atividade diz respeito ao lado esquerdo do balanço patrimonial da empresa. Tomar decisões de financiamentos, que são tomadas para captação de recursos financeiros para o financiamento das atividades empresariais, considerando-se a combinação adequada dos financiamentos a curto e a longo prazo e a estrutura de capital. Esses financiamentos podem ser onerosos e não onerosos e o administrador financeiro deve sempre que possível utilizar-se das vias não onerosas. 10/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Aspectos Introdutórios: Tipos de Empresas Instituições Financeiras; Empresas privadas, comerciais, industriais e prestadoras de serviços; Empresas e órgãos públicos; Organizações sem fins lucrativos, por exemplo, as ONGs. Esses diversos tipos podem se organizar em diversas modalidades, conforme aborda o próximo slide. 11/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Aspectos Introdutórios: Modalidades de Organização Empresas Individuais: Normalmente registradas como microempresas, de simples constituição, cuja propriedade é de uma única pessoa, que opera visando o seu próprio lucro. Geralmente são pequenos negócios, como mercearias, oficinas mecânicas e sapatarias. A responsabilidade do proprietário da empresa individual é ilimitada, ou seja, seus bens pessoais respondem por todas as dívidas da empresa, no caso de inadimplência; Sociedade por Cotas de Responsabilidade Limitada: Nas empresas limitadas, como são usualmente conhecidas, os sócios estabelecem um contrato social. Esse contrato social define a participação de cada um dos sócios. No caso de inadimplência, as dívidas poderão ser pagas com os bens dos sócios até o limite de participação no capital da empresa; Sociedades por Ações: As Sociedades por Ações ou sociedades anônimas são grandes empresas com capital diluído entre milhares e até milhões de acionistas, que possuem participações em seu capital, por meio de ações. As sociedades anônimas podem ser de capital aberto ou fechado. As de capital fechado são aquelas cujas ações estão nas mãos de pessoas físicas e/ou jurídicas determinadas e não são comercializadas em bolsas de valores. As de capital aberto são aquelas cujas ações são comercializadas em bolsas de valores. 12/127 Finanças Corporativas P r o d u ç ã o PONTOS FORTES E FRACOS DAS FORMAS BÁSICAS LEGAIS DE CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL Firma Individual Sociedade Limitada Sociedade Anônima PONTOS FORTES d a Aspectos Introdutórios: Modalidades de Organização PONTOS FRACOS G e s t ã o - O proprietário recebe todo o lucro (assim arca com todas as perdas); - Baixos custos organizacionais; - O imposto de renda recai apenas sobre os rendimentos do proprietário; - Sigilo; - Facilidade de dissolução. - O proprietário tem responsabilidade ilimitada; - Todos os seus bens podem ser reclamados para saldar dívidas; - A limitada capacidade de obtenção de fundos tende a inibir seu crescimento; - O proprietário deve ser capaz de realizar qualquer atividade; - Dificuldades para oferecer aos empregados oportunidades de careira a longo prazo; - Perda de continuidade quando morre o proprietário. - Pode levantar mais fundos que as firmas individuais; - Maior capacidade de obter empréstimos, devido ao maior número de proprietários; - Maior disponibilidade de pessoas pensantes e capacidade administrativa; - Consegue reter os bons empregados. - Os proprietários poderão ter de cobrir dívidas de outros sócios com menos capacidade financeira; - Quando morre um sócio, a sociedade se dissolve; - Dificuldades para liquidar ou transferir a sociedade; Dificuldades para alcançar operações de grande escala. - Os proprietários têm responsabilidade limitada, o que lhes garante não perder mais do que investem; - Pode alcançar grandes dimensões devido à possibilidade de venda das ações (direitos de propriedade) - Os direitos de propriedade são facilmente transferíveis; - Vida longa da empresa, pois não se dissolve em caso de morte dos proprietários; - Possibilidade de contratar administradores profissionais; - Maior capacidade de expansão, devido ao acesso ao mercado de capitais; - Tem certas vantagens tributárias. - Os impostos são geralmente mais altos, uma vez que os lucros são tributados na empresa e os dividendos pagos aos proprietários, também; - Exige maiores gastos organizacionais do que outras formas de empresa; - Sujeita-se a maior controle governamental; - Os empregados freqüentemente não possuem interesse pessoal na empresa; - Ausência de sigilo, pois os acionistas devem receber as demonstrações financeiras. 13/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Aspectos Introdutórios: Exemplo de Contrato Social CONTRATO SOCIAL Sr.SILVA, Brasileiro, solteiro, maior, Comerciante, Portador da cédula de identidade RG: 0.000.000o o SSP/MG, e CPF n 000.000.000-00; residente e domiciliado na Rua São Salvador, n 000 - Vila Brasil, CEP: 00.000-000 e Sra.SILVA, Brasileira, casada, Comerciante, portadora da cédula de identidade RG: o o 00.000.000-SSP/MG e CPF n 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua São Salvador, n 000 - Vila Brasil - CEP;- 00.000-000, ambos nesta cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, tem entre si justo e contratado a constituição de uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada nesta cidade e foro de Ribeirão Preto, estado de São Paulo que se regerá de acordo com o que estabelecem as cláusulas e condições seguintes:I.- DO TIPO DE SOCIEDADE VI.- DA DURAÇÃO DA SOCIEDADE A sociedade terá sua duração por tempo indeterminado, podendo entretanto ser dissolvida a qualquer época, uma vez observada a Legislação em vigor, considerando-se como inicio das atividades, a data do registro do contrato social na Junta Comercial do Estado de São Paulo.VII.- DA GERÊNCIA DA SOCIEDADE A gerência da sociedade será exercida por ambos os sócios que ficam dispensados de caução, os quais entretanto agirão sempre de modo a objetivar o maior incremento dos negócios sociais.VIII.- DA RETIRADA "PRO-LABORE" A sociedade ora constituída será uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada, regendo-se pelas cláusulas deste instrumento e nos casos omissos pela Legislação vigente. II.- DA DENOMINAÇÃO SOCIAL E SEU USO A sociedade girará sob a denominação social de "XPTO LTDA", podendo fazer uso da mesma ambos os sócios isoladamente, porém, única e exclusivamente em negócios que digam respeito aos interesses da sociedade, ficando vedado seu uso em fianças, avais, ou abonos, quer em favor deles sócios, quer em favor de terceiros, salvo quando tratar-se de fianças garantidoras de instancia administrativa Federal, Estadual ou Municipal, e também quando tratar-se de negócios de interesse ou mediação da sociedade.- Ambos os sócios terão direito a uma retirada mensal à título de "Pro-Labore", que será levada à débito da conta de despesas gerais da sociedade, cujos níveis deverão ser fixados de comum acordo dentro dos limites estabelecidos pela Legislação do Imposto de Renda. IX.- DO BALANÇO GERAL, SEUS LUCROS OU PREJUÍZOS A trinta e um de dezembro de cada ano será levantado um balanço geral da sociedade e os lucros acumulados terão o destino que melhor convier aos sócios.- No caso de verificar-se prejuízos, serão eles mantidos em conta especial para serem cobertos com lucros futuros.- III.- DO OBJETO SOCIAL X.- DO FALECIMENTO A sociedade terá como objetivo social a exploração do ramo de "Transporte de Cargas em geral, Municipal, Estadual, Interestadual e Internacional".- Dando-se o falecimento de qualquer um dos sócios, a sociedade não se dissolverá, ficando o sócio sobrevivente obrigado a levantar um balanço geral da sociedade dentro de trinta dias após o falecimento e reunir em uma só conta os haveres apurados do sócio falecido, que ficarão à disposição do inventariante para serem entregues mediante Alvará Judicial ou depois de passada em julgado a sentença de partilha, lavrada nos autos do inventário.- Caso haja conveniência e mediante o cumprimento das formalidades legais, os herdeiros, se maiores, poderão ser admitidos na sociedade em substituição ao sócio falecido, os quais designarão um de seus membros para representá-los perante a sociedade.- IV.- DA SEDE SOCIAL o A sociedade terá sua sede social instalada na Rua São Salvador, n 0000 - Vila Brasil, CEP:- 00.000000, nesta cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, podendo entretanto abrir e fechar filiais em qualquer parte do território nacional, com ou sem capitais autônomos para os devidos fins.V.- DO CAPITAL SOCIAL XI.- DA DECLARAÇÃO DE DESIMPEDIMENTO A sociedade terá o capital social de R$ 10.000,00 (Dez mil reais), dividido 10.000 (Dez mil) quotas no valor de R$ 1,00 (hum real) cada quota, totalmente integralizado neste ato em moeda corrente do país, subscrito pelos sócios na seguinte proporção.- Os sócios declaram que não estão incursos em nenhum dos crimes previstos em Lei, que os impeçam de exercerem atividades mercantis.- Sr.SILVA As divergências que se verificarem entre os sócios, inclusive no caso de falecimento de um deles, entre os herdeiros e remanescentes, serão resolvidos mediante Juízo Arbitral.- Seu capital na sociedade 5.000 qts.R$ 5.000,00 Fica eleito o foro de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo para dirimir qualquer dúvida oriunda do presente contrato social.- Sra.SILVA Seu capital na sociedade 5.000 qts.R$ 5.000,00 TOTAL DO CAPITAL SOCIAL 10.000 qts.R$ 10.000,00 o o o § - 1 . - A responsabilidade dos sócios é de conformidade com o artigo 2 . "In Fine" do decreto n . 3.708 de l0 de janeiro de 1919, limitada à importância total do capital social.o XII.- DAS DIVERGÊNCIAS SOCIAIS § - 2 . - A nenhum dos sócios é permitido vender, ceder, transferir ou alienar sob qualquer título as quotas de capital que possuir na sociedade, sem o consentimento por escrito do outro sócio, que terá sempre preferência à sua aquisição. E assim por estarem justos e contratados, obrigam-se livremente a cumprir e assinar o presente instrumento de CONTRATO SOCIAL , lavrado em 03 (três) vias de igual teor e para o mesmo fim, assinado pelos sócios na presença de 02 (duas) testemunhas.Ribeirão Preto, de de 2000. 14/127 Finanças Corporativas G e s t ã As empresas operam em um ambiente econômico onde o existem agentes com recursos financeiros com excesso Aspectos Introdutórios: Mercado Financeiro e outros com falta de recursos; d Quando o hiato de recebimentos e pagamentos ocorre em determinado espaço de tempo, especialmente na a situação de falta de dinheiro, os intermediários financeiros procuram canalizar os recursos dos agentes superavitários para os agentes deficitários; P r O Mercado Financeiro é a reunião das instituições financeiras capazes de intermediar recursos. Sua o principal atividade é captar recursos dos agentes d superavitários, a quem remuneram, e aplicar os recursos, por meio de empréstimos, aos agentes u deficitários, dos quais recebem juros; ç O Mercado Financeiro pode assumir diversas formas, ã conforme o tipo de intermediação de recursos utilizados, o tais como mercado monetário, mercado de capitais, mercado de derivativos, mercado de câmbio, entre outros. 15/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Demonstrativos Financeiros Demonstrações Financeiras (Contábeis) Dados Coletados Dados Coletados (Obrigatórios pela legislação brasileira) Dados Coletados Contabilizados Usuários Relatórios Relatórios Relatórios Contábeis 16/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Principais Demonstrativos Financeiros Balanço Patrimonial (BP) Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) Demonstrações de Fluxo de Caixa (DFC) Notas Explicativas Relatório da Administração Parecer dos Auditores Independentes 17/127 Finanças Corporativas d a P r o d u ç ã o Notas Explicativas G e s t ã o 18/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Relatório da Administração Informações aos acionistas, desempenho, perspectivas relativas a estratégias de vendas, compras, produtos, expansão, efeitos conjunturais, legislação, política financeira, de recursos humanos, resultados alcançados, planos, previsões etc..Relata-se livremente aquilo que for julgado importante. 19/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Relatório da Administração d a P r o d u ç ã o 20/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Notas Explicativas São dados e informações que ora complementam as demonstrações financeiras; taxas de juros, vencimentos e garantias de obrigações, critérios contábeis (avaliação de estoques, depreciações, provisões) Garantias prestadas a terceiros, espécies de ações do capital social, eventos relevante subsequentes à data do balanço. Auxiliam a fazer avaliação mais ampla da empresa. 21/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Notas Explicativas d a P r o d u ç ã o 22/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Parecer dos Auditores Independentes Obrigatório para as companhias abertas. Os auditores são contadores que, sem manter vínculo empregatício, são contratados para emitir opiniões sobre a correção e veracidade das demonstrações financeiras 23/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Parecer dos Auditores Independentes d a P r o d u ç ã o 24/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Demonstrações Financeiras Padronizadas As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A análise destas demonstrações visa transformar esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir. Fatos ou eventos econômicofinanceiros Demonstrações financeiras (dados) Processo contábil Técnicas de análise de demonstrativos Informações financeiras para a tomada de decisões 25/127 Balanço Patrimonial – Ativo e Passivo Demonstrativo de Resultado de Exercício Finanças Corporativas G e s t ã o Balanço Patrimonial - Ativo d a P r o d u ç ã o Balanço Patrimonial – Como era antes! 28/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Ligação entre o D.R.E e o B.P. Balanço Patrimonial d PASSIVO E PL aATIVO Circulante Início Final P. Líquido Início Final PCaixa 900 1.200 Capital 900 900 r Lucros Ac. 300 o 900 1.200 Total 900 1.200 dTotal DRE Receita a vista $ 800 (-) Despesas $ 500 Lucro $ 300 u ç ã o 29/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Indicadores Financeiros a partir da análise das Demonstrações Financeiras d a P r o d u ç ã o 30/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Análises Vertical e Horizontal A análise vertical mostra a participação percentual de cada item das demonstrações financeiras em relação ao somatório de seu grupo. Essa análise permite avaliar a composição de itens e sua evolução no tempo. A análise horizontal toma por base dois ou mais exercícios sociais para verificar a evolução ou involução de seus componentes. Observando o comportamento dos diversos itens do patrimônio e, principalmente, dos índices, pode-se fazer uma análise de tendência. d a P r o d u ç ã o 31/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Análise Vertical BALANÇO PATRIMONIAL Ano I R$ Análise Vertical Ano II R$ Análise Vertical Ano III R$ Análise Vertical ATIVO 478.320 100,0% 927.506 100,0% 1.151.080 100,0% Circulante Disponível Estoques Clientes Outros 296.394 27.640 124.638 28.754 115.362 62,0% 5,8% 26,1% 6,0% 24,1% 644.559 44.422 331.053 94.256 174.828 69,5% 4,8% 35,7% 10,2% 18,8% 761.510 21.853 340.428 99.439 299.790 66,2% 1,9% 29,6% 8,6% 26,0% 36.702 36.702 7,7% 7,7% 29.680 29.680 3,2% 3,2% 31.705 31.705 2,8% 2,8% Permanente Investimentos Imobilizado Diferido 145.224 75.113 60.781 9.330 30,4% 15,7% 12,7% 2,0% 253.267 130.028 62.652 60.587 27,3% 14,0% 6,8% 6,5% 357.865 224.656 107.540 25.669 31,1% 19,5% 9,3% 2,2% PASSIVO 478.320 100,0% 927.506 100,0% 1.151.080 100,0% 72.021 50.415 21.606 15,1% 10,5% 4,5% 456.209 320.004 136.205 49,2% 34,5% 14,7% 565.751 360.201 205.550 49,1% 31,3% 17,9% Exigível a LP Financiamentos 226.273 226.273 47,3% 47,3% 161.293 161.293 17,4% 17,4% 130.776 130.776 11,4% 11,4% Patrimônio Líquido Capital Social Reservas 180.026 70.000 110.026 37,6% 14,6% 23,0% 310.004 87.500 222.504 33,4% 9,4% 24,0% 454.553 131.250 323.303 39,5% 11,4% 28,1% Realizável a LP Clientes Circulante Contas a pagar Impostos a recolher 32/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Análise Vertical DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Ano I R$ Análise Vertical Ano II R$ Análise Vertical Análise Vertical VENDAS Custos das Vendas 921.995 100,0% (640.676) 69,5% LUCRO BRUTO 281.319 30,5% 702.520 47,6% 1.015.219 47,4% Despesas Operacionais Despesas de Vendas Despesas Administrativas Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Outras Despesas 221.214 158.144 42.781 24,0% 17,2% 4,6% 568.876 487.482 74.255 38,5% 33,0% 5,0% 798.123 602.786 182.907 37,3% 28,2% 8,5% 17.936 2.353 1,9% 0,3% 4.452 2.687 0,3% 0,2% 9.352 3.078 0,4% 0,1% LUCRO OPERACIONAL 60.105 6,5% 133.644 9,1% 217.096 10,1% Resultado não operacional Receitas não operacionais Despesas não operacionais 29.023 43.545 (14.522) LUCRO ANTES DO IR 89.128 Provisão para o IR LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 3,1% 4,7% 1,6% 9,7% (2.333) 86.795 1.476.551 100,0% (774.031) 52,4% Ano III R$ 17.450 34.719 (17.269) 151.094 1,2% 2,4% 1,2% 10,2% (6.930) 9,4% 144.164 2.140.999 100,0% (1.125.780) 52,6% 14.247 45.203 (30.956) 231.343 0,7% 2,1% 1,4% 10,8% (15.649) 9,8% 215.694 10,1% 33/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Análise Horizontal BALANÇO PATRIMONIAL Ano I R$ Análise Horizontal Ano II R$ Análise Horizontal Ano III R$ Análise Horizontal ATIVO 478.320 100,0% 927.506 193,9% 1.151.080 240,7% Circulante Disponível Estoques Clientes Outros 296.394 27.640 124.638 28.754 115.362 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 644.559 44.422 331.053 94.256 174.828 217,5% 160,7% 265,6% 327,8% 151,5% 761.510 21.853 340.428 99.439 299.790 256,9% 79,1% 273,1% 345,8% 259,9% 36.702 36.702 100,0% 100,0% 29.680 29.680 80,9% 80,9% 31.705 31.705 86,4% 86,4% Permanente Investimentos Imobilizado Diferido 145.224 75.113 60.781 9.330 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 253.267 130.028 62.652 60.587 174,4% 173,1% 103,1% 649,4% 357.865 224.656 107.540 25.669 246,4% 299,1% 176,9% 275,1% PASSIVO 478.320 100,0% 927.506 193,9% 1.151.080 240,7% 72.021 50.415 21.606 100,0% 100,0% 100,0% 456.209 320.004 136.205 633,4% 634,7% 630,4% 565.751 360.201 205.550 785,5% 714,5% 951,4% Exigível a LP Financiamentos 226.273 226.273 100,0% 100,0% 161.293 161.293 71,3% 71,3% 130.776 130.776 57,8% 57,8% Patrimônio Líquido Capital Social Reservas 180.026 70.000 110.026 100,0% 100,0% 100,0% 310.004 87.500 222.504 172,2% 125,0% 202,2% 454.553 131.250 323.303 252,5% 187,5% 293,8% Realizável a LP Clientes Circulante Contas a pagar Impostos a recolher 34/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Análise Horizontal DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Ano I R$ Análise Horizontal Ano II R$ Análise Horizontal Ano III R$ Análise Horizontal VENDAS Custos das Vendas 921.995 (640.676) 100,0% 100,0% 1.476.551 (774.031) 160,1% 120,8% 2.140.999 (1.125.780) 232,2% 175,7% LUCRO BRUTO 281.319 100,0% 702.520 249,7% 1.015.219 360,9% Despesas Operacionais Despesas de Vendas Despesas Administrativas Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Outras Despesas 221.214 158.144 42.781 100,0% 100,0% 100,0% 568.876 487.482 74.255 257,2% 308,3% 173,6% 798.123 602.786 182.907 360,8% 381,2% 427,5% 17.936 2.353 100,0% 100,0% 4.452 2.687 24,8% 114,2% 9.352 3.078 52,1% 130,8% LUCRO OPERACIONAL 60.105 100,0% 133.644 222,4% 217.096 361,2% Resultado não operacional Receitas não operacionais Despesas não operacionais 29.023 43.545 (14.522) 100,0% 100,0% 100,0% LUCRO ANTES DO IR 89.128 100,0% Provisão para o IR LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (2.333) 86.795 100,0% 100,0% 17.450 34.719 (17.269) 151.094 (6.930) 144.164 60,1% 79,7% 118,9% 169,5% 297,0% 166,1% 14.247 45.203 (30.956) 231.343 (15.649) 215.694 49,1% 103,8% 213,2% 259,6% 670,8% 248,5% 35/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Análises através de Índices A avaliação da empresa através de índices exige obrigatoriamente a comparação com padrões e a fixação da importância relativa de cada índice. Índice é a relação entre contas ou grupos de contas das demonstrações financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa !!! Estrutura Situação Financeira Liquidez Situação Econômica Prazos médios Rentabilidade 36/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Índices de Liquidez Liquidez Geral Ativo Circulante + Realizável a longo prazo Passivo Circulante + Exigível a longo prazo Liquidez Corrente . Ativo Circulante . Passivo Circulante Liquidez Seca (Ativo Circulante – Estoques) Passivo Circulante 37/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Índices de Estrutura de Capital Endividamento Geral (Passivo Total – Patrimônio Líquido) Passivo Total Cobertura de Juros Lucro Operacional Juros Índice de composição do endividamento . Passivo Circulante . Capitais de Terceiros 38/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Índices de Medidas de Giro Giro de estoque CMV ÷ Estoque Giro de contas a receber Vendas Líquidas ÷ Contas a receber Giro de contas a pagar CMV ÷ Contas a pagar Giro do ativo total Vendas Líquidas ÷ Ativo Total 39/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Cálculo de Períodos Período de Estoque = 365 dias ÷ Giro de Estoque Período de Contas a Receber = 365 dias ÷ Giro de Contas a Receber Período de Contas a Pagar = 365 dias ÷ Giro de Contas a Pagar Esses períodos comporão o Ciclo Operacional da empresa e facultarão a provisão de Capital de Giro necessário (Tópico de grande relevância que foi abordado na disciplina de Viabilidade Empresarial e Sistemas de Custos). 40/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Ciclo operacional X Ciclo de Caixa 60 dias 45 dias Período de estoque Período de contas a receber d a P r o d u ç ã o Recebe pela venda Vende o produto acabado tempo Compra a Matéria-prima Ciclo de Caixa Paga a matéria-prima Ao fornecedor Período de contas a pagar 30 dias Ciclo operacional = Período de estoque + período de contas a receber (60 + 45 = 105 dias) Ciclo de caixa = Ciclo operacional – Período de contas à pagar (105 – 30 = 75 dias) 41/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Administração de Capital de Giro e Gestão de Caixa O capital de giro de uma empresa está diretamente relacionado ao seu ciclo de caixa; Para reduzirmos o ciclo de caixa, devemos reduzir o ciclo operacional e/ou aumentar o prazo de pagamento de fornecedores; Para reduzirmos o ciclo operacional, temos que: - Reduzir estoques; - Reduzir o lead time do processo produtivo; - Trabalhar com produtos acabados de acordo com a necessidade dos clientes; - Reduzir o período de contas a receber, estabelecendo políticas de, por exemplo, 50% + 50%; 42/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Administração de Capital de Giro e Gestão de Caixa Outras estratégias de gestão de capital de giro incluem: - Casamento de prazos; - Gerenciamento de Float; - Aplicações de fundos ociosos OBSERVAÇÃO: Geralmente, quanto maior o capital circulante líquido de uma empresa (ativos circulantes menos passivos circulantes), menor será sua lucratividade e conseqüentemente menor será sua exposição ao risco de ela não poder pagar suas obrigações no vencimento; por outro lado, quanto menor o capital circulante líquido, maior será a lucratividade da empresa, e maior o risco de ela não poder pagar suas obrigações no vencimento. 43/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Índices de Rentabilidade Margem de Lucro Lucro Líquido ÷ Vendas Líquidas Retorno do Ativo Lucro Líquido ÷ Ativo Total Retorno do Capital Próprio Lucro Líquido ÷ Patrimônio Líquido 44/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Como Avaliar os Índices Avaliação intrínseca do índice: Importa em tirar conclusões a partir da intuição do analista, de sua experiência anterior, etc. Aconselha-se somente em situações em que não há índicespadrão para comparar; Comparação dos índices no tempo: Mostra as tendências seguidas pela empresa no decorrer do tempo. É muito importante; Comparação com padrões: Consiste em comparar um índice em relação a um universo de índices, e, a partir daí, tirar conclusões a partir de parâmetros bem definidos. 45/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Como Avaliar os Índices O nível de segurança que se obtém de um parecer técnico sobre a situação econômica financeira de uma empresa está diretamente relacionado ao período escolhido para a avaliação. Os índices servem como um termômetro da saúde financeira da empresa. Porém, para fornecer um parecer conclusivo é necessário analisar outros aspectos da estrutura financeira e econômica da empresa. Os índices não devem ser considerados isoladamente, e sim num contexto mais amplo, onde cabe interpretar também outros indicadores e variáveis. O analista deve sempre ponderar sobre o ramo de atividade e as peculiaridades do negócio da empresa, comparar os índices aos das empresas concorrentes. 46/127 Finanças Corporativas Como Avaliar os Índices Estrutura de Capital 2000 Composição do Endividamento Cobertura de Juros d a P r o d u ç ã o LH O R ANÁLISE FINANCEIRA 49% 2001 44% 2002 60% 482% 345% 210% M E G e s t ã o < > 68% 59% 87% < Liquidez Geral 0,97 0,98 1,01 Liquidez Corrente 1,39 1,59 1,12 Liquidez Seca 0,95 1,15 0,88 > > > Giro do Ativo 61% 72% 120% Margem Líquida 1,3% 1,2% 2,8% Rentabilidade do Ativo 0,8% 0,9% 3,4% Endividamento Geral Liquidez Rentabilidade > > > 47/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Exercícios para aprendizagem, fixação e AVALIAÇÃO 1/5 d a P r o d u ç ã o a) b) c) d) e) f) No próximo slide são fornecidas as demonstrações financeiras BALANÇO PATRIMONIAL e DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DE EXERCÍCIO, que deverão ser utilizadas de base para o cálculo dos seguintes índices: Índices de Liquidez (LG, LC, LS) Índices de Estrutura (EG, CJ, ICE) Índices de Rentabilidade (ML, RAT, RPL) Medidas de Giro (GE, GCR, GCP, GAT) Períodos de contas a receber, contas a pagar e estoque Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa. 48/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Exercícios para aprendizagem, fixação e AVALIAÇÃO 1/5 ATIVO PORTO REAL ENGR. – 2006 (valores x 1.000) Ativo circulante Caixa 47 Contas a receber (clientes) 389 Estoques 503 Total 939 Ativo permanente Instalações e equipamentos (líquido) 2.061 Total do ativo 3.000 PASSIVO PORTO REAL ENGR. – 2006 ( x 1.000) Passivo circulante Contas a pagar (Fornecedores) 380 Títulos a pagar 105 Total 485 Passivo Exigível a Longo Prazo Dívidas a longo prazo 515 Patrimônio líquido Capital social e reservas 1.200 Lucros retidos de Exercícios Anteriores 310 Lucro do Exercício Atual 490 Total 2.000 Total do passivo 3.000 DRE PORTO REAL ENGR. 2006 (valores x 1.000) Vendas 2.780 Custo da mercadoria 1.112 vendida Depreciação 500 Lucro antes de juros 1.168 e imposto de renda Juros pagos 168 Lucro tributável 1.000 Imposto de renda 300 (30%) Lucro líquido 700 Dividendos 210 Acréscimo a lucros 490 retidos 49/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a AULA 2 P r o d u ç ã o 50/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Avaliação de Obrigações Obrigações são instrumentos de dívida de longo prazo usados por empresas e governos para levantar somas elevadas de dinheiro, geralmente entre um grupo numeroso de investidores; Cupom refere-se aos juros pagos em uma obrigação; Valor de Face é o valor do principal em uma obrigação e é devolvido ao final do prazo, também denominado valor nominal; Taxa de Cupom refere-se ao Cupom dividido pelo valor de face da obrigação; EXEMPLO DE OBRIGAÇÃO: A XTPO S/A deseja tomar R$ 10.000.000,00 por 10 anos. A taxa de juros de obrigações emitidas por empresas semelhantes é de 15% ao ano. Portanto, a XTPO pagará de juros R$ 1.500.000,00 a cada ano, durante 10 anos. Ao final de 10 anos, a XTPO devolverá os R$ 10.000.000,00. 51/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Avaliação de Obrigações EXEMPLO DE OBRIGAÇÃO: A XTPO S/A deseja tomar R$ 10.000.000,00 por 10 anos. A taxa de juros de obrigações emitidas por empresas semelhantes é de 15% ao ano. Portanto, a XTPO pagará de juros R$ 1.500.000,00 a cada ano, durante 10 anos. Ao final de 10 anos, a XTPO devolverá os R$ 10.000.000,00. d a P r o d u ç ã o 0 1 1,5MM 2 1,5MM 3 1,5MM 4 1,5MM 5 1,5MM 6 1,5MM 7 1,5MM 8 1,5MM 9 1,5MM 10 11,5MM Suponha que tenha se passado um ano e que a taxa de juros diminuiu para 10% ao ano. Suponha, também, que a XTPO deseje liquidar essa operação. Qual seria o valor PRESENTE dessa obrigação? 52/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Exemplo de uma Obrigação d a P r o d u ç ã o 53/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Exemplo de uma Obrigação d a P r o d u ç ã o 54/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Exemplo de uma Obrigação d a P r o d u ç ã o 55/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Noções Básicas sobre Ações Ação é um título mobiliário que corresponde ao direito de uma fração de uma empresa, representando uma parte do capital social dela. Quem possui ações detém efetivamente uma parte da empresa, e por isso recebe parte proporcional dos lucros. De forma genérica, podemos dizer que se uma empresa vale 100 mil reais e tem 100 mil ações, cada ação tem um valor de um real (R$ 1,00). Este raciocínio vale genericamente para as várias formas de medir o valor da empresa e das ações; As empresas emitem ações e vendem estes papéis para investidores para levantar capital para investimentos e capital de giro. A empresa também poderia tomar empréstimos no mercado, mas neste caso teria que devolver o dinheiro ao banco ou investidores. No caso da emissão de ações, os investidores ficam sócios do negócio, assumindo os riscos. 56/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Noções Básicas sobre Ações Existem várias formas de classificar as ações. A cartilha de investimentos explica as mais usuais. É possível dividir as ações pelo tipo de direito que dão ao investidor (ordinárias e preferenciais), pela liquidez do papel (primeira ou segunda linha) ou pelo tipo de mercado em que são vendidas (lote padrão e mercado fracionário); Normalmente, os preços das ações refletem as expectativas dos agentes econômicos com relação as expectativas do país e ao desempenho das empresas. As mudanças que ocorrem no país aumentam ou diminuem a confiança nas empresas abertas e influenciam no preço de suas ações; De forma geral, quanto maior o risco de um papel (ação) maior será seu retorno esperado. 57/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a Retornos de Ações: Dividendos +/ganho/perda de capital no mercado Suposição de aquisição de 100 ações à R$ 37,00, cada uma Entradas P r o d u ç ã o $ 4.218 Total $ Dividendos 185 Valor final de mercado $ 4.033 Tempo 0 Investimento inicial Saídas - $3.700 1 58/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Histórico das Taxas de Retornos: ganho/perda de capital no mercado Ibbotson e Sinquefield (2003)1 realizaram vários estudos sobre as taxas de retorno nos mercados financeiros dos Estados Unidos. Eles apresentam taxas históricas anuais de retorno de cinco tipos importantes de ativos financeiros: 1. ações ordinárias. A carteira de ações ordinárias é composta por ações das 500 maiores empresas dos Estados Unidos; 2. Ações de empresas pequenas. Essa carteira é composta por ações de empresas menores, ou seja, pelo menos 20% das empresas de menor porte negociadas na Bolsa de valores de New York; 3. Obrigações a longo prazo emitidas por empresas. É uma carteira formada por obrigações de baixo risco, com prazo de vencimento de 20 anos; 4. Letras do tesouro americano. É uma carteira formada por letras do tesouro americano com prazo de vencimento de três meses; 5. Inflação. Esses retornos não foram ajustados por inflação ou impostos; portanto, são retornos brutos e nominais. 59/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Histórico das Taxas de Retornos: ganho/perda de capital no mercado d a P r o d u ç ã o 60/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Histórico das Taxas de Retornos: ganho/perda de capital no mercado d a P r o d u ç ã o 61/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Histórico das Taxas de Retornos: Vale d a P r o d u ç ã o 62/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Distribuição de freqüências dos RETORNOS de ações ordinárias d a P r o d u ç ã o 63/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco e Retorno de Ações QUESTIONAMENTOS: 1. Porque as ações, ora estão em baixa e ora estão em alta? 2. Existem ações melhores que outras para investir? 3. Qual é o Risco de uma ação? 4. Quais são os componentes do Risco de uma ação? 5. Existe alguma forma de minimizar o Risco? 6. Existe alguma forma de maximizar o Retorno? 7. Como funciona o IBOVESPA? Para que ele serve? 64/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco e Retorno de Ações O que precisamos fazer INICIALMENTE, para tentar responder aquelas perguntas, é compreender a dispersão efetiva entre os retornos. Em outras palavras, precisamos medir quão volátil o retorno é. A variância e sua raiz quadrada, o desvio-padrão, são as medidas mais utilizadas de volatilidade. Descrevemos a seguir como calculá-las. Variância: A média do quadrado da diferença entre o retorno verdadeiro e o retorno médio esperado; Desvio-padrão: A raiz quadrada positiva da variância; Retorno esperado: É a média ponderada das diferentes taxas de retorno em diferentes circunstâncias da economia. 65/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco e Retorno de uma única Ação Iniciamos com um caso simples. Considere um único período, digamos, um ano. Temos duas ações, X e Y, que possuem as seguintes características: a ação X tem uma expectativa de retorno de 25% no próximo ano e a ação Y tem uma expectativa de retorno de 20% no mesmo período. Em tal situação, se todos os investidores concordassem quanto as expectativas e retorno, por que alguém iria querer manter a ação Y? Afinal de contas, porque investir em uma ação quando a expectativa é que a outra tenha retorno melhor? Claramente, a resposta depende dos riscos dos dois investimentos. Embora o retorno esperado da ação X seja de 25%, ele efetivamente poderá ser maior ou menor do que isso. O quadro abaixo ilustra os retornos em cada estado possível da economia de duas outras ações, a saber, ações “L” e “U” (restrito aqui em apenas duas situações possíveis para simplificar a abordagem sobre esse assunto): Estado da Economia Recessão Crescimento Retorno do Titulo de Acordo com o Estado da Economia Probabilidade do Estado Ação L Ação U da Economia 80% (0,8) -20% 30% 20% (0,2) 70% 10% 66/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Retorno de uma única Ação E(RL) = 0,80 x -20% + 0,20 x 70% = -2% d a P r o d u ç ã o E(RU) = 0,80 x 30% + 0,20 x 10% = 26% O retorno esperado é uma expectativa futura de retorno de um ativo com risco Em outras palavras, você deveria esperar receber, em média, 26% na ação “U”. No caso da ação L, as probabilidades são as mesmas, mas os retornos possíveis são diferentes. Nesse caso, o retorno esperado de L, E(RL), é de 2%,seguindo o mesmo raciocínio do cálculo de E(RU). 67/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Prêmio por Risco e Ativo Livre de Risco O que é Taxa de Retorno do Ativo Livre de Risco? O que é Prêmio por Risco? d a P r o d u ç ã o Prêmio por risco da ação U: = E(RU) – Rf = 26% - 8% = 18% Prêmio por risco = Retorno esperado – Taxa de Retorno do Ativo Livre de Risco (Rf) 68/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Risco Total de uma única Ação: Variância e Desvio-Padrão Estado da Economia Recessão Crescimento d a P r o d u ç ã o Retorno do Titulo de Acordo com o Estado da Economia Probabilidade do Ação L Ação U Estado da Economia 80% (0,8) -20% 30% 20% (0,2) 70% 10% Retorno esperado de L = 0,80 x -0,20 + 0,20 x 0,70 = - 0,02 = - 2% Retorno esperado de U= 0,80 x 0,30 + 0,20 x 0,10 = 0,26 = 26% Variância de L = 0,8 x (-0,2 - (-0,02))2 + 0,2 x (0,7 - (-0,02))2 = 0,12960 Desvio-padrão de L = 0,12960 = 0,36 = 36% Variância de U = 0,8 x (0,3 - 0,26)2 + 0,2 x (0,1 - 0,26)2 = 0,00640 Desvio-padrão de U = 0,00640 = 0,08 = 8% VARIÂNCIA = P1 (R1 – Re)2 + P2 (R2 – Re)2 + Pn (Rn – Re)2 69/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Exercícios para aprendizagem, fixação e AVALIAÇÃO 2/5 d a Com base nas informações sobre as ações A, B e C e, também, sobre as probabilidades de ocorrência de cada estado da economia, constantes na tabela abaixo, resolva as Questões 1 e 2 (trabalhe com 4 casas decimais): P r o d u ç ã o Estado da Economia Recessão Estável Crescimento Probabilidade de cada estado da economia 60% 25% 15% Taxa de retorno Taxa de retorno da ação A da ação B -12% 0% 0% 5% 24% 10% Taxa de retorno da Ação C 18% 6% 0% Questão 1. Calcule o retorno esperado de cada ação; Questão 2. Calcule o desvio-padrão de cada ação; 70/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a AULA 3 P r o d u ç ã o 71/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Retorno de Carteira de Ações (várias ações aglutinadas) Voltemos ao caso das ações L e U. Suponha que você colocou metade de seu dinheiro em cada uma. Obviamente, os pesos da carteira são 50% para L e 50% para U. Qual é a distribuição de retorno dessa carteira? Qual é o retorno esperado? Para respondermos a essas perguntas, suponha que a economia tenha recentemente entrado em recessão. Nesse caso, metade de nosso dinheiro (a metade aplicada em L) perderia 20%. A outra metade (a metade em U) ganharia 30%. O retorno esperado de sua carteira no caso de recessão, seria: Rec = 0,50 x –20% + 0,50 x 30% = 5% Observe que se ocorresse crescimento, o retorno de sua carteira seria: Rec = 0,50 x 70% + 0,50 x 10% = 40% 72/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Retorno de Carteira de Ações (várias ações aglutinadas) Já o retorno esperado da carteira, E(Rc) seria a soma do resultado da multiplicação das probabilidades de estado da economia (recessão e crescimento) pelo retorno esperado em cada situação, conforme cálculo a seguir: Rec= 0,8 x 5% + 0,2 x 40% = 12% Poderíamos também calcular E(Rc) da carteira através da soma da multiplicação das quantidades de cada ativo pelo seu retorno seguinte modo: Rec= 0,5 x Rl + 0,5 x Ru = 0,5 x -2% + 0,5 x 26% = 12% 73/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco de Carteira de Ações (várias ações aglutinadas) Com base em nossas discussões anteriores, o retorno esperado de uma carteira que contém investimentos iguais nas ações U e L é 12%. Qual seria, então o risco (desvio padrão) dessa carteira? A simples intuição poderia sugerir que a metade do dinheiro tem um desvio padrão de 36% e a outra metade, um desvio padrão de 8%: portanto o desvio padrão da carteira deveria ser calculado da seguinte maneira: Desvio Padrão = 0,50 x 36% + 0,50 x 8% = 22%. Entretanto essa abordagem está completamente errada, pois o Desvio-Padrão da Carteira de Ações é igual a 14%, ou seja, quase 40% menor do que, sugestivamente, “deveria ser”. 74/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco de Carteira de Ações (várias ações aglutinadas) Entretanto essa abordagem está completamente errada, pois o Desvio-Padrão da Carteira de Ações é igual a 14%, ou seja, quase 40% menor do que, sugestivamente, “deveria ser”. Memorial de cálculo: Variância = 0,8 (5 – 12)2 + 0,2 (40 – 12)2 Variância = 196 Desvio Padrão = √196 = 14% 75/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Risco de Carteira de Ações (várias ações aglutinadas) Memorial de cálculo: Variância = 0,8 (5 – 12)2 + 0,2 (40 – 12)2 Variância = 196 Desvio Padrão = √196 = 14% d a P r o d u ç ã o Princípios para o Cálculo do Desviopadrão de uma carteira de ações: a) b) c) d) Calcula-se o retorno esperado da carteira em cada estado da economia (em cada probabilidade dada); Calcula-se o Retorno Esperado da Carteira de Ações; Calcula-se a Variância da Carteira de Ações, utilizando a seguinte fórmula: P1 (R1 – Re)2 + P2 (R2 – Re)2 + Pn (Rn – Re)2 Calcula-se a Raiz Quadrada da Variância, achando o Desvio Padrão 76/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco de Carteira de Ações: Porque o Risco é minimizado em Carteiras? Na maior parte dos investimentos, um indivíduo ou empresa faz aplicações de recursos financeiros na expectativa de um resultado futuro, esperando sempre um maior nível de retorno e um menor nível de risco (ROSS; WESTERFIELD; JORDAN, 2002)2. O risco decorre da probabilidade dos retornos efetivos serem menores do que o retorno esperado – quanto maior a chance de um retorno baixo ou negativo, mais arriscado é o investimento (BRIGHAM; GAPENSKI; EHRTARDT, 2001)3; Para a minimização dos riscos, Treynor & Black (1973)4 recomendam a diversificação dos ativos por meio de uma seleção de carteira de ações, de forma a compor o que Markowitz (1952)5 chamou de ‘carteira de ações’. Markowitz (1952) descobriu que a combinação de ativos minimamente correlacionados em uma carteira de ações diminuía o risco total do investidor, sem afetar seu retorno esperado. 77/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco de Carteira de Ações: Porque o Risco é minimizado em Carteiras? Segundo Ross, Westerfield, Jordan (2002) e Brigham, Gapenski e Ehrtardt (2001), uma carteira é uma combinação de ativos, em que o retorno esperado é simplesmente uma média ponderada dos retornos esperados dos títulos que a compõem; Entretanto, diferentemente dos retornos, o risco de uma carteira σp, geralmente não é a média ponderada dos desvios padrão dos ativos individuais; o risco da carteira, em princípio, pode ser bastante diferente dos riscos dos ativos que a compõem. Isso pode ser observado no Quadro do próximo slide, que ilustra médias típicas de desvios padrão de carteiras que contêm diferentes quantidades de títulos negociados na New York Stock Exchange (NYSE), selecionadas aleatoriamente. 78/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco de Carteira de Ações: Porque o Risco é minimizado em Carteiras? Número de ações da carteira 1 2 4 6 8 10 20 30 40 50 100 200 300 400 500 1000 Desvio-padrão médio dos retornos anuais da carteira 49,24% 37,76% 29,69% 26,64% 24,98% 23,93% 21,68% 20,87% 20,46% 20,20% 19,69% 19,42% 19,34% 19,29% 19,27% 19,21% Razão entre o desvio-padrão da carteira e o desvio padrão de uma única ação 1,00 0,76 0,60 0,54 0,51 0,49 0,44 0,42 0,42 0,41 0,40 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 O próximo slide complementa essa abordagem, de forma a facilitar a compreensão do assunto, por meio de uma figura. Desvio-padrão anual médio (%) 49,2 Risco diversificável (não-sistemático) 23,9 19,2 Risco não-diversificável (sistemático) 1 10 20 30 40 1.000 Número de ativos na carteira(%) 79/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Risco de Carteira de Ações: Porque o Risco é minimizado em Carteiras? Desvio-padrão anual médio (%) 49,2 d a P r o d u ç ã o Risco diversificável (não-sistemático) 23,9 19,2 Risco não-diversificável (sistemático) 1 10 20 30 40 1.000 Número de ativos na carteira(%) 80/127 Finanças Corporativas G e s t ã Outra constatação importante é a de que o risco de uma carteira depende não o somente do risco de cada elemento que a compõe e/ou de sua participação no Risco de Carteira de Ações: Porque o Risco é minimizado em Carteiras? investimento total, mas também da forma com que seus componentes se d relacionam entre si (CORRELAÇÃO). a O conceito de correlação é essencial para desenvolver a carteira eficiente. Para reduzir o risco geral, é melhor combinar – ou acrescentar à carteira – ativos que tenham uma correlação negativa (ou positiva baixa) P Correlação negativamente Perfeita N N Retorno Correlação positivamente Perfeita Retorno r o d u ç ã o M M Tempo Tempo 81/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco de Carteira de Ações: Porque o Risco é minimizado em Carteiras? Exemplificando como as diferentes correlações entre os ativos resultam em riscos distintos, Gitman e Madura (2003)6 fornecem uma ilustração dessa sistemática por meio do Quadro abaixo, que apresenta duas carteiras combinadas de formas diferentes. Uma carteira possui ativos correlacionados de forma perfeitamente positiva; outra carteira possui ativos correlacionados de forma perfeitamente negativa. Retornos, valores esperados e desvios-padrão previstos para ativos X, Y e Z e para as carteiras XY e XZ Ativos Carteiras Ano X Y Z (50%X+50%Y) (50%X+50%Z) 2002 8% 16% 8% 12% 8% 2003 10 14 10 12 10 2004 12 12 12 12 12 2005 14 10 14 12 14 2006 16 8 16 12 16 Dados estatísticos: Valor esperado Desvio-padrão 12% 3,16% 12% 3,16% 12% 3,16% 12% 0% 12% 3,16% 82/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Exercícios para aprendizagem, fixação e AVALIAÇÃO 3/5 Com base nas informações sobre as ações A, B e C e, também, sobre as probabilidades de ocorrência de cada estado da economia, constantes na tabela abaixo, resolva as Questões 1, 2, 3 e 4 (trabalhe com 4 casas decimais): Estado da Economia Recessão Estável Crescimento Probabilidade de cada estado da economia 60% 25% 15% Taxa de retorno Taxa de retorno Taxa de retorno da ação A da ação B da Ação C -12% 0% 18% 0% 5% 6% 24% 10% 0% Questão 1. Calcule o retorno esperado de uma carteira de ações formadas pela aglutinação das três ações, nos seguintes montantes: R$ 30.000,00 na ação A; R$ 50.000,00 na ação B; R$ 70.000,00 na ação C; Questão 2. Calcule o desvio-padrão da carteira acima, oriunda das informações da questão 1. 83/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a AULA 4 P r o d u ç ã o 84/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o IBOVESPA Na Bovespa, os investidores podem negociar ações de aproximadamente 500 empresas diferentes. Para se ter um indicador que represente de forma fiel e eficiente o comportamento do mercado, foi criado o Ibovespa. Trata-se da formação de uma suposta carteira de investimentos que, retrata a movimentação dos principais papéis negociados na Bovespa, representando não só o comportamento médio dos preços mas também o perfil das negociações; Para que sua representatividade se mantenha ao longo do tempo, a composição da carteira teórica é reavaliada a cada quatro meses. Essa reavaliação é feita com base nos últimos 12 meses onde são verificadas alterações na participação de cada ação; As ações que fazem parte do índice representam mais de 80% do número de negócios e do volume financeiro negociados no mercado à vista. 85/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Risco e Retorno: Modelo de Precificação de Ativos Risco Sistemático (risco de mercado) x Risco Não Sistemático (risco específico); Prêmio por Risco Sistemático; Beta de ações (mensuração do risco); Desvio-padrão anual médio (%) 49,2 Empresa Exxon Wal-Mart General Motors Microsoft IBM Harley-Davidson Dell Computer America Online Coeficiente Beta (ßi) 0,80 0,95 1,05 1,10 1,15 1,20 1,35 1,65 Risco diversificável (não-sistemático) 23,9 19,2 Risco não-diversificável (sistemático) 1 10 20 30 40 1.000 86/127 Número de ativos na carteira(%) Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Como funciona o índice Beta? Como interpretá-lo? Como usá-lo? Este índice mede a variação de uma ação em relação a uma carteira de mercado, perfeitamente diversificada. No caso brasileiro, o IBOVESPA é utilizado; O beta da carteira de ações padrão, IBOVESPA, é sempre igual a 1, uma vez que ela é a base para o cálculo comparativo. O beta desta carteira é o beta médio de todos os títulos disponíveis; Desta forma, concluímos que o β=1 tende a variar perfeitamente com o mercado, acompanhando-o. Quando o IBOVESPA valoriza 5%, o ativo valoriza na mesma proporção; Outras situações para o Beta: β<1 Ativo defensivo: Possui oscilações inferiores ao mercado e no mesmo sentido. Quando o IBOVESPA valoriza 5%, o ativo tende a valorizar menos do que 5%. β>1 Ativo agressivo: Possui oscilações maiores do que o mercado e no mesmo sentido. Por exemplo, uma ação com β=2,0 tende a valorizar/desvalorizar o dobro do mercado (IBOVESPA). 87/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Como funciona o índice Beta? Como interpretá-lo? Como usá-lo? Vamos supor que é necessário fazer a escolha entre três ações que farão parte de um portfólio agressivo de médio prazo (até 1 ano). As ações são: VALE5, TNLP4 e ELPL5. Iremos determinar o risco do ativo a partir do índice beta, conforme dados abaixo: PRAZO DO BETA β - 60m β - 12m VALE5 0,43 1,27 AÇÕES DISPONÍVEIS PARA ESCOLHA TNLP4 ELPL4 ELPL5 IBOV 0,91 n/d 1,38 1 1,12 0,69 n/d 1 Vamos considerar, para este exemplo, que o mercado encontra-se em alta, com boas perspectivas para o próximo ano. Qual ação você escolheria para compor a carteira, e porquê? No próximo slide, mostra-se um site especializado para coleta do β. 88/127 Finanças Corporativas www.infomoney.com.br G e s t ã o d a P r o d u ç ã o 89/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Como calcular o Beta? Cotações do Fechamento DATA VALE5 IBOVESPA 24/9/2008 33,17 49.842 25/9/2008 34,79 51.828 26/9/2008 33,50 50.782 29/9/2008 29,43 46.028 1/10/2008 31,76 49.798 2/10/2008 28,56 46.145 6/10/2008 26,22 42.100 7/10/2008 25,25 40.139 8/10/2008 25,06 38.593 9/10/2008 23,85 37.080 10/10/2008 23,60 35.609 13/10/2008 26,67 40.784 14/10/2008 26,91 41.569 15/10/2008 22,83 35.679 16/10/2008 22,34 36.441 17/10/2008 23,15 36.399 20/10/2008 26,09 39.441 21/10/2008 26,39 39.043 22/10/2008 24,10 35.064 23/10/2008 23,30 33.818 24/10/2008 22,40 31.613 Retornos do Ativo e da Carteira VALE5 IBOVESPA 4,88% -3,71% -12,15% 7,92% -10,08% -8,19% -3,70% -0,75% -4,83% -1,05% 13,01% 0,90% -15,16% -2,15% 3,63% 12,70% 1,15% -8,68% -3,32% -3,86% 3,98% -2,02% -9,36% 8,19% -7,34% -8,77% -4,66% -3,85% -3,92% -3,97% 14,53% 1,92% -14,17% 2,14% -0,12% 8,36% -1,01% -10,19% -3,55% -6,52% Variância Ibovespa de 21 dias = 0,004957 Covariância da VALE5 em relação ao Ibovespa = 0,004790 Beta da VALE5 = 0,97 90/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o O BETA e sua relação com o CAPM Sabendo-se o valor do Beta de uma ação qualquer, o Retorno de Mercado (IBOVESPA, por exemplo) e o retorno do ativo livre de risco (um título público federal, por exemplo), é possível estimar o retorno esperado daquela ação, a partir do CAPM; O CAPM (Capital Asset Pricing Model), que pode ser traduzido como “Remuneração pela espera mais Remuneração pelo risco”, utiliza uma fórmula Re = Rf + βi (Rm-Rf) capaz de calcular o retorno esperado de uma ação qualquer (desde que se saiba seu índice Beta). O exemplo abaixo avalia o comportamento das ações da Vale do Rio Doce (VALE5), Eletropaulo (ELPL4) e Telemar (TNLP4) no mercado, a partir do índice beta, por meio do CAPM: VALE5: Re= 0,1325 + 1,27(0,2658 - 0,135) Re = 29,86% TNLP4: Re = 0,1325 + 1,12(0,2658 - 0,135) Re = 27,90% ELPL4: Re = 0,1325 + 0,69(0,2658 - 0,135) Re = 22,28% 91/127 Finanças Corporativas d a P r o d u ç ã o CAPM e Linha de Mercado de Títulos Qual é a inclinação da reta no gráfico ao lado? Como sempre, a inclinação de uma linha reta é igual ao quociente entre a variação no eixo vertical e a variação correspondente no eixo horizontal. Retornos esperados X Beta de carteira Retorno esperado da carteira G e s t ã o 26% 23% 20% 17% 14% 11% 8% 0 0,4 0,8 1,2 1,6 2 2,4 Beta de Carteira Inclinação = E(Ra) – Rf = 20% - 8% = 7,50% ßa 1,6 Isso nos diz que o ativo oferece um quociente recompensa/risco de 7,50%. Em outras palavras, o ativo tem um premio de 7,50% por unidade de risco sistemático. 92/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o CAPM e Linha de Mercado de Títulos Essa é a relação fundamental entre risco e retorno. Nosso argumento básico pode ser estendido a mais de dois ativos. Na verdade, não importa quantos ativos tenhamos, pois precisamos chegar sempre a mesma conclusão: O quociente entre recompensa e risco precisa ser o mesmo para todos os ativos existentes no mercado; Este resultado afirma, por exemplo, que se um ativo tem o dobro do risco sistemático de outro, seu prêmio por risco precisa simplesmente ser duas vezes maior. Como todos os ativos precisam ter o mesmo quociente entre risco e retorno, devem estar situados na mesma linha (LINHA DE MERCADO DE TÍTULOS ou, simplesmente, SML) O argumento que apresentamos se aplica a mercados ativos, competitivos e com bom funcionamento. 93/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Alavancagem Financeira A alavancagem financeira ocorre quando o capital de terceiros (de longo prazo) produz efeitos sobre o patrimônio líquido. O processo é como se o capital de terceiros, utilizando-se de uma “alavanca”, produzisse efeitos (positivos ou negativos) sobre o patrimônio líquido. As riquezas de uma empresa são geradas pelos ativos, que são financiados pelo capital próprio e de terceiros. Portanto, para aumentar a riqueza dos acionistas ou sócios, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RPL) deve ser superior ao Retorno sobre o Ativo Total (RAT). Analise a demonstração de resultado (D.R.E.) do próximo slide sob duas hipóteses: a) Ativo total no valor de R$ 500.000 financiado integralmente pelo capital próprio; b) 60% do ativo total (R$ 300.000) financiado pelo capital de terceiros, com uma taxa de juros de 35% ao ano. 94/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Alavancagem Financeira D. R. E. Hipótese A Hipótese B (sem empréstimo) (com empréstimo) Vendas Custo dos produtos vendidos Lucro Bruto Despesas administrativas e de vendas LAJIR Juros LAIR Imposto de renda (25%) Lucro Líquido Economia no IR devido aos juros 1.000.000 (300.000) 700.000 (500.000) 200.000 0,00 200.000 50.000 150.000 0,00 1.000.000 (300.000) 700.000 (500.000) 200.000 (105.000) 95.000 23.750 71.250 26.250 95/127 Finanças Corporativas G e s t Hipótese A Hipótese B ã o Nessa hipótese, o PL é de R$ Nessa hipótese, o capital de terceiros é de 500.000. As rentabilidades são as R$ 300.000 e o patrimônio líquido é de R$ seguintes: 200.000. As rentabilidades são as d seguintes: a RAT = 150.000 / 500.000 = 30% RAT = 150.000 / 500.000 = 0,30 OU 30% P RPL = 150.000 / 500.000 = 30% r RPL = 71.250 / 200.000 = 35,625% o d Na hipótese A, o RAT é igual ao RPL (30%), pois não existe alavancagem financeira, por não utilizar capital de terceiros para financiar o ativo; u Já na hipótese B, o RAT é 30% (o mesmo da hipótese A), porém o RPL é de ç 35,625, o que significa que existe alavancagem financeira favorável, pois o RPL ã é maior do que o RAT. Isso ocorre porque a empresa está financiando o ativo, utilizando o capital de terceiros que custa nominalmente (105.000 / 300.000 = o Alavancagem Financeira 35%), mas em termos efetivos custa 26,25% (78.750 / 300.000 = 26,25%), em conseqüência do benefício do Imposto de renda, pois as despesas de juros são deduzidas da base de cálculo do imposto de renda. 96/127 Finanças Corporativas G e s t ã o A próxima demonstração de resultado, desdobrada em lucro líquido Alavancagem Financeira d a P r o d u ç ã o gerado pelo capital próprio e pelo capital de terceiros, vai facilitar a compreensão do efeito da alavancagem financeira. Pode-se verificar que a utilização do capital de terceiros gerou um lucro líquido adicional de R$ 11.250,00. D. R. E. Lucro antes do IR e juros Imposto de Renda – 25% Lucro após IR e antes de Juros Juros Economia do IR sobre Juros Lucro Líquido Capital Capital de próprio (40%) terceiros (60%) 80.000 120.000 (20.000) (30.000) 60.000 90.000 0 (105.000) 0 26.250 60.000 11.250 Total (100%) 200.000 (50.000) 150.000 (105.000) 26.250 71.250 97/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Grau de Alavancagem Financeira Existe uma medida (na realidade um índice), denominado GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA. Esse índice mede o quanto uma empresa está ganhando (ou perdendo) por conta da utilização de CAPITAL DE TERCEIROS; No caso do exemplo anterior, o proprietário da empresa deveria ter um lucro de apenas R$ 60.000,00. Entretanto, por conta da Alavancagem Financeira, a lucratividade da empresa é 18,75% maior (R$ 11.250,00 em relação à R$ 60.000,00 equivale a 18,75%). Nesse caso, o Grau de Alavancagem Financeira é igual a 1,1875 (R$ 71.250,00 ÷ R$ 60.000,00 = 1,1875), e como a empresa está ganhando dinheiro (R$ 11.250,00 a mais do que deveria), ela conseguiu uma Alavancagem Financeira POSITIVA. 98/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Grau de Alavancagem Financeira Para se calcular o Grau de Alavancagem Financeira (GAF) podemos utilizar outra metodologia bem mais simples do que aquela utilizada nos slides anteriores. Para calcular a GAF, podemos utilizar o RPL (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) e o RAT (Retorno sobre o Ativo Total), simplificando a metodologia de cálculo, conforme ilustra a fórmula a seguir: GAF = RPL / RAT Com base no exemplo anterior, o RPL = 71.250 / 200.000 = 35,625%. Já o RAT = 150.000 / 500.000 = 30%; GAF = RPL / RAT = 35,625 / 30 = 1,1875 vezes Recapitulando, RPL = LL / PL e RAT = LAJIR (1 – IR) / ATIVO TOTAL 99/127 Finanças Corporativas G e s t ã o GAF = 1 d a GAF > 1 P r o GAF < 1 d u ç ã o Interpretação do GAF Alavancagem financeira nula Alavancagem financeira favorável Alavancagem financeira desfavorável 100/127 Finanças Corporativas G e s t ã 1 – Suponha que você observe a seguinte situação: o Exercícios para aprendizagem, fixação e AVALIAÇÃO 4/5 (nº 1) d a P r o d u ç ã o Titulo Fazendas Cordeiro Pesqueiro Tubarão Beta 1,6 1,2 Retorno Esperado 19% 16% Sendo a taxa livre de risco de 8%, esses títulos estão precificados corretamente? Qual seria a taxa livre de risco para que eles estivessem corretamente precificados? 2 – Suponha que a taxa livre de risco seja de 8%. O retorno esperado do mercado é 14%. Se determinada ação tem beta igual a 0,60, qual é seu retorno esperado com base no CAPM ? Se outra ação tem retorno esperado de 20%, qual deve ser seu beta? 3 – Uma ação tem beta de 1,2, o retorno esperado do mercado é de 17% e a taxa livre de risco é de 8%. Qual deve ser o retorno esperado da ação? 4 – Uma ação tem retorno esperado de 15%, seu beta é igual a 0,9 e a taxa do ativo 101/127 livre de risco é de 6%. Qual deve ser o retorno esperado do mercado? Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Exercícios para aprendizagem, fixação e AVALIAÇÃO 4/5 (nº 2) 5 - A partir das demonstrações financeiras (D.R.E. & B.P.) da empresa Sapatos Grandes, a seguir, calcule o GAF (GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA). Para tanto, utilize como alíquota de imposto de renda o percentual de 50%. Ressalta-se, também, que os juros pagos no exercício de 2009 são oriundos dos empréstimos bancários de curto e longo prazo. ATIVO SAPATOS GRANDES S/A. – 2009 (valores x 1.000) Ativo circulante Caixa 93 Contas a receber 8.589 Estoques 5.128 Total 13.810 Ativo permanente Instalações e equipamentos (líquido) 11.190 Total do ativo 25.000 PASSIVO SAPATOS 752 S/A. – 2009 ( x 1.000) Passivo circulante Fornecedores 2.877 Títulos a pagar 2.723 Total 5.600 Passivo Exigível a Longo Prazo Dívidas a longo prazo 9.400 Patrimônio líquido Capital social e reservas 7.000 Lucros retidos 3.000 Total 10.000 Total do passivo 25.000 DRE SAPATOS GRANDES S/A. – 2009 (valores x 1.000) Vendas 25.000 Custo da mercadoria 12.000 vendida Depreciação 5.000 Lucro antes de juros e 8.000 imposto de renda Juros pagos 3.000 Lucro tributável 5.000 Imposto de renda (50%) 2.500 Lucro líquido 2.500 Dividendos 1.000 Acréscimo a lucros retidos 1.500 102/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a AULA 5 P r o d u ç ã o 103/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Custo de Capital Custo de Capital Próprio Custo de Capital de Terceiros Custo Médio Ponderado de Capital PASSIVO CIRCULANTE Capital de terceiros ATIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital próprio 104/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Custo de Capital Próprio Começamos com a questão mais difícil do tema custo de capital: Qual é o custo de capital próprio de um empresa, em geral? O motivo pelo qual essa é uma questão difícil é que não existe maneira de observar diretamente o retorno exigido pelos investidores em ações. Em vez disso, precisamos estimá-lo de algum modo. Há duas metodologias para o cálculo do Custo de Capital Próprio de uma empresa, a saber: Modelo de crescimento de dividendos Po = Do x (1+g) Re – g Modelo do CAPM Re = Rf + βi (Rm - Rf) 105/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Custo de Capital Próprio No caso do “modelo de crescimento de dividendos”, como Re é o retorno que os acionista exigem para aquela ação, pode ser interpretado como o custo de capital próprio da empresa; Rearranjando a fórmula, a mesma ficaria assim: Re = D1/Po + g Para estimar Re por meio do modelo de crescimento de dividendos, precisamos de três dados: Po, Do e g. No caso de empresas com ações negociadas publicamente e que pagam dividendos, os dois primeiros dados podem ser observados diretamente, e portanto são facilmente obtidos. Precisaremos estimar apenas o terceiro dado, ou seja, a taxa de crescimento esperado dos dividendos. O próximo slide ilustra o cálculo de “g”; Já para utilizarmos a abordagem da SML, precisamos de uma taxa livre de risco, Rf, uma estimativa do prêmio por risco de mercado, Rm – Rf, e uma estimativa do beta relevante, ße. 106/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Custo de Capital Próprio: Estimação de “g” Para usarmos o modelo de crescimento de dividendos, precisamos determinar g, a taxa de crescimento. Existem basicamente duas maneiras para isso: (1) utilizar taxas históricas de crescimento, ou (2) utilizar a projeção de crescimento futuro feita através de pesquisas. Outra alternativa menos complicada seria observar os dividendos dos últimos cinco anos, por exemplo, e calcular as taxas de crescimento ano a ano, e então tirar uma média. Suponha que observemos os seguintes dados para determinada empresa: Ano 1994 1995 1996 1997 1998 Dividendo Valores em Reais Variação Percentual R$ 1,10 R$ 1,20 R$ 0,10 9,09% R$ 1,35 R$ 0,15 12,50% R$ 1,40 R$ 0,05 3,70% R$ 1,55 R$ 0,15 10,71% (9,09 + 12,50 + 3,70 + 10,71)/4 = 9%. 107/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Custo de Capital de Terceiros Receita Custos LAJIR Juros LAIR I.R. (40%) Lucro Líquido 1. Sem dívidas 10.000,00 6.000,00 4.000,00 0,00 4.000,00 1.600,00 2.400,00 2. Com dívidas 10.000,00 6.000,00 4.000,00 2.000,00* 2.000,00 800,00 1.200,00 * Empréstimo de R$ 20.000,00 com taxa de juros de 10% ao ano. Taxa de Juros Nominal (Custo Bruto) = 10% ao ano Taxa de Juros Real (Custo Líquido) = 6% ao ano O que se deixa de pagar de imposto de renda, em função dos juros pagos, reduz o custo de capital de terceiros, conforme ilustração acima. 108/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Custo Médio Ponderado de Capital Agora que conhecemos os custos associados às principais fontes de capital utilizados pela empresa, precisamos nos preocupar com a composição específica, ou seja, quanto de capital próprio e quanto de capital de terceiros deve ser a estrutura de capital da empresa. A isso, conforme visto anteriormente, dá-se o nome de Estrutura de Capital; Com base na Estrutura de Capital de uma empresa, é possível calcular seu Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC); O CMPC tem uma interpretação bastante simples. È o retorno total que a empresa precisa gerar sobre seus ativos atuais para manter o valor de suas ações. É a média ponderada entre o custo de capital próprio e o custo de capital de terceiros após o imposto de renda. Utilizaremos o símbolo E (equity – capital próprio) para denotar o valor de mercado do capital próprio da empresa. Analogamente, usaremos o símbolo D (dívida) para denotar o valor de mercado do capital de terceiros da empresa. Por último, utilizaremos o símbolo V (valor) para denotar o valor de mercado composto do capital de terceiros e do capital total. Dessa forma, o custo médio ponderado de capital poderia ser encontrado com base na seguinte fórmula:CMPC = (E/V) x Re + (D/V) x Rd x (1-IR) 109/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Estrutura de Capital Estrutura de Capital é a composição do financiamento de uma empresa. Relacionada do lado direito do balanço patrimonial, ela indica as principais fontes de fundos externos obtidos por meio de financiamento próprio e de terceiros; A Estrutura de Capital de uma empresa deve manter um certo equilíbrio entre as dívidas (capital de terceiros) e o patrimônio líquido (capital próprio). PASSIVO CIRCULANTE Capital de terceiros ATIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital próprio 110/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Qual a melhor Estrutura de Capital d a P r o d u ç ã o Capital de Terceiros (50%) ATIVO Capital Próprio (50%) Capital de Terceiros (10%) ATIVO Capital Próprio (90%) Capital de Terceiros (70%) ATIVO Capital Próprio (30%) 111/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Estrutura Ótima de Capital Muito capital de terceiros na estrutura de capital aumenta, significativamente, o custo desse tipo de capital, além de aumentar o risco e elevar o perigo potencial de inadimplência. Por outro lado, financiar-se com muito capital próprio também não é uma boa política, pois prejudica a ALAVANCAGEM FINANCEIRA e, também, aumenta o custo médio ponderado de capital (CMPC), tornando-o excessivamente alto; Não existem regras específicas que os gerentes possam usar para determinar a estrutura ótima de capital de uma empresa. Em grande medida ela depende do grau de rapidez de crescimento dos lucros e da forma como os investidores avaliam a saúde financeira da empresa. Essa avaliação pode mudar de empresa para empresa devido à variedade de atitudes dos investidores diante de diferentes empresas em vista da qualidade de suas administrações e de suas habilidades de enfrentar crescentes riscos financeiros; 112/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Estrutura Ótima de Capital: Exemplo hipotético para sua mensuração Estrutura de capital Valor da Ação Imposto Renda 20,00 40% Valor do Capital 500.000,00 SIMULAÇÕES DE LAJIR Probabilidade de vendas Receita de Vendas Custos Operacionais Fixos Custos Operacionais Variáveis (50% das vendas) Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda 25% 400.000,00 200.000,00 200.000,00 0,00 50% 600.000,00 200.000,00 300.000,00 100.000,00 25% 800.000,00 200.000,00 400.000,00 200.000,00 SIMULAÇÕES DE JUROS X ENDIVIDAMENTO X AÇÕES ORDINÁRIAS Índice de Capital de Taxa de Juros Endividamento Terceiros sobre toda dívida 0% 0,00 0,00% 10% 50000,00 9,00% 20% 100000,00 9,50% 30% 150000,00 10,00% 40% 200000,00 11,00% 50% 250000,00 13,50% 60% 300000,00 16,50% Juros (R$) 0,00 4500,00 9500,00 15000,00 22000,00 33750,00 49500,00 Capital Próprio 500.000,00 450.000,00 400.000,00 350.000,00 300.000,00 250.000,00 200.000,00 Quantidade de ações ordinárias 25000 22500 20000 17500 15000 12500 10000 113/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Estrutura Ótima de Capital: Exemplo hipotético para sua mensuração SIMULAÇÃO DO LPA PARA DIFERENTES PROBABILIDADES DO LAJIR Índice de Endividamento igual a 0% Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda Juros Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda Imposto de Reenda (Aliquota de 40%) Lucro Líquido Depois do Imposto de Renda Lucro por Ação (LPA) LPA esperado Desvio Padrão do LPA Coeficiente de Variação do LPA 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0 100.000,00 0,00 100.000,00 40000 60.000,00 2,40 2,40 1,70 0,71 200.000,00 0,00 200.000,00 80000 120.000,00 4,8 100.000,00 4.500,00 95.500,00 38.200,00 57.300,00 2,55 2,55 1,89 0,74 200.000,00 4.500,00 195.500,00 78.200,00 117.300,00 5,21 Índice de Endividamento igual a 10% Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda Juros Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda Imposto de Reenda (Aliquota de 40%) Lucro Líquido Depois do Imposto de Renda Lucro por Ação (LPA) LPA esperado Desvio Padrão do LPA Coeficiente de Variação do LPA 0,00 4.500,00 -4.500,00 -1.800,00 -2.700,00 -0,12 114/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Estrutura Ótima de Capital: Exemplo hipotético para sua mensuração Índice de Endividamento igual a 20% Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda Juros Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda Imposto de Reenda (Aliquota de 40%) Lucro Líquido Depois do Imposto de Renda Lucro por Ação (LPA) LPA esperado Desvio Padrão do LPA Coeficiente de Variação do LPA 0,00 9.500,00 -9.500,00 -3.800,00 -5.700,00 -0,29 100.000,00 9.500,00 90.500,00 36.200,00 54.300,00 2,72 2,72 2,12 0,78 200.000,00 9.500,00 190.500,00 76.200,00 114.300,00 5,72 100.000,00 15.000,00 85.000,00 34.000,00 51.000,00 2,91 2,91 2,42 0,83 200.000,00 15.000,00 185.000,00 74.000,00 111.000,00 6,34 Índice de Endividamento igual a 30% Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda Juros Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda Imposto de Reenda (Aliquota de 40%) Lucro Líquido Depois do Imposto de Renda Lucro por Ação (LPA) LPA esperado Desvio Padrão do LPA Coeficiente de Variação do LPA 0,00 15.000,00 -15.000,00 -6.000,00 -9.000,00 -0,51 115/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Estrutura Ótima de Capital: Exemplo hipotético para sua mensuração Índice de Endividamento igual a 40% Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda Juros Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda Imposto de Reenda (Aliquota de 40%) Lucro Líquido Depois do Imposto de Renda Lucro por Ação (LPA) LPA esperado Desvio Padrão do LPA Coeficiente de Variação do LPA 0,00 22.000,00 -22.000,00 -8.800,00 -13.200,00 -0,88 100.000,00 22.000,00 78.000,00 31.200,00 46.800,00 3,12 3,12 2,83 0,91 200.000,00 22.000,00 178.000,00 71.200,00 106.800,00 7,12 100.000,00 33.750,00 66.250,00 26.500,00 39.750,00 3,18 3,18 3,39 1,07 200.000,00 33.750,00 166.250,00 66.500,00 99.750,00 7,98 Índice de Endividamento igual a 50% Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda Juros Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda Imposto de Reenda (Aliquota de 40%) Lucro Líquido Depois do Imposto de Renda Lucro por Ação (LPA) LPA esperado Desvio Padrão do LPA Coeficiente de Variação do LPA 0,00 33.750,00 -33.750,00 -13.500,00 -20.250,00 -1,62 116/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Estrutura Ótima de Capital: Exemplo hipotético para sua mensuração Índice de Endividamento igual a 60% Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda Juros Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda Imposto de Reenda (Aliquota de 40%) Lucro Líquido Depois do Imposto de Renda Lucro por Ação (LPA) LPA esperado Desvio Padrão do LPA Coeficiente de Variação do LPA LPA - 0% dívida LPA - 10% dívida LPA - 20% dívida LPA - 30% dívida LPA - 40% dívida LPA - 50% dívida LPA - 60% dívida 2,40 2,55 2,72 2,91 3,12 3,18 3,03 0,00 49.500,00 -49.500,00 -19.800,00 -29.700,00 -2,97 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 100.000,00 49.500,00 50.500,00 20.200,00 30.300,00 3,03 3,03 4,24 1,40 Coef. Variação LPA - 0% dívida Coef. Variação LPA - 10% dívida Coef. Variação LPA - 20% dívida Coef. Variação LPA - 30% dívida Coef. Variação LPA - 40% dívida Coef. Variação LPA - 50% dívida Coef. Variação LPA - 60% dívida 200.000,00 49.500,00 150.500,00 60.200,00 90.300,00 9,03 0,71 0,74 0,78 0,83 0,91 1,07 1,40 117/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Estrutura Ótima de Capital: Exemplo hipotético para sua mensuração Nível de endividamento 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Custo da Dívida 0,00% 9,00% 9,50% 10,00% 11,00% 13,50% 16,50% Custo do Capital Próprio 11,50% 11,70% 12,10% 12,50% 14,00% 16,50% 19,00% CMPC 11,50% 11,07% 10,82% 10,55% 11,04% 12,30% 13,54% Valor Estimado da ação 20,87 21,77 22,44 23,31 22,29 19,27 15,95 Valor Estimado da Empresa 521.739,13 542.005,42 554.528,65 568.720,38 543.478,26 487.804,88 443.131,46 Observações: 1. Custo da dívida e custo de capital próprio são valores fornecidos, previamente, sem necessidade de cálculo; 2. CMPC é calculado com a seguinte fórmula: RexE/V + RdxD/Vx(1-Al.IR) 3. Valor estimado da ação é calculado com a seguinte fórmula: Re = D1/Po (fórmula do custo de capital do modelo de crescimento de dividendos, onde adota-se que D1 = LPA; 4. Valor estimado da empresa é calculado com a seguinte fórmula: V = LAJIRx(1-Al.IR)/CMPC 118/127 Finanças Corporativas d a P r o d u ç ã o Estrutura Ótima de Capital: Análise Gráfica do exemplo hipotético anterior Estrutura de Capital - LPA 3,20 Valor do LPA correspondente G e s t ã o 3,18 3,12 3,03 3,00 2,91 2,80 2,72 2,60 2,40 2,55 2,40 2,20 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Percentual de Dívidas 119/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Estrutura Ótima de Capital: Análise Gráfica do exemplo hipotético anterior Estrutura de Capital - Coeficiente Variação LPA d a 1,20 Coeficiente Variação LPA P r o d u ç ã o 1,40 1,40 1,07 1,00 0,91 0,80 0,71 0,74 0,78 0,83 0,60 0,40 0,20 0,00 0% 10% 20% 30% 40% Percentual de Dívidas 50% 60% 120/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Estrutura Ótima de Capital: Análise Gráfica do exemplo hipotético anterior Estrutura Ótima de Capital d a P r o d u ç ã o Valor Estimado da Empresa 600.000,00 568.720,38 554.528,65 550.000,00 543.478,26 542.005,42 521.739,13 500.000,00 487.804,88 450.000,00 443.131,46 400.000,00 0% 10% 20% 30% 40% Nível de Endividamento 50% 60% 121/127 Finanças Corporativas G e s t ã o Estrutura Ótima de Capital: Análise Gráfica do exemplo hipotético anterior ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL LPA d a 25,00 Valor AÇÃO/Valor LPA 20,00 P r o d u ç ã o Valor da Ação 20,87 21,77 22,44 23,31 22,29 19,27 15,95 15,00 10,00 5,00 2,40 2,55 2,72 3,12 2,91 3,18 3,03 0,00 0% 10% 20% 30% 40% Nível de Endividamento 50% 60% 122/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Exercícios para aprendizagem, fixação e AVALIAÇÃO 5/5 (nº1) QUESTÃO 1 – Uma empresa contraiu em empréstimo de R$ 300.000,00 e paga ao banco credor juros de R$ 30.000,00 ao ano. Sabendo-se que a alíquota de imposto de renda é igual a 40%, qual é o verdadeiro custo de capital de terceiros (CUSTO FINAL) para essa empresa? QUESTÃO 2 – Empresa XTPO deseja determinar o custo do capital próprio através dos dois modelos disponíveis, ou seja, pelo modelo de crescimento de dividendos e pelo CAPM. As informações necessárias para esses cálculos são informadas a seguir: O preço vigente de mercado de cada ação ordinária da empresa é R$106,30. Os dividendos pagos de 2005 à 2008 encontram-se assim distribuídos: R$ 7,00 em 2005; R$ 8,40 em 2006; R$ 9,66 em 2007 e R$ 10,63 em 2008, sendo que o dividendo de R$ 10,63 refere-se ao último dividendo pago. Além disso, sabe-se que o prêmio de mercado é igual a 12%, que o retorno do ativo livre de risco é igual a 10,75%, que o Beta da ação XTPO é igual a 1,2. Assim, de posse dessas informações, calcule o custo de capital próprio da empresa. QUESTÃO 3 – A empresa ABCdoD possui uma estrutura de capital em que o quociente entre dívidas e capital próprio é equivalente a 25%. Sabendo-se que o custo de capital de terceiros APÓS o efeito de imposto de renda é igual 18%, que a alíquota de imposto de renda é igual a 34% e que o custo de capital próprio é igual a 26%, calcule o WACC (custo médio ponderado de capital) 123/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Exercícios para aprendizagem, fixação e AVALIAÇÃO 5/5 (nº2) QUESTÃO 4 – A partir das informações abaixo, calcule o LPA esperado, o Desvio Padrão do LPA e o Coeficiente de variação do LPA para uma estrutura de capital que contém 30% de dívidas. Estrutura de capital Valor da Ação Imposto Renda 25,00 SIMULAÇÕES DE LAJIR Probabilidade de vendas 25% Receita de Vendas 300.000,00 Custos Operacionais Fixos 150.000,00 Custos Operacionais Variáveis (50% das vendas) 150.000,00 Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda 0,00 30% 50% 600.000,00 150.000,00 300.000,00 150.000,00 Valor do Capital 500.000,00 25% 900.000,00 150.000,00 450.000,00 300.000,00 SIMULAÇÕES DE JUROS X ENDIVIDAMENTO X AÇÕES ORDINÁRIAS Índice de Capital de Taxa de Juros Endividamento Terceiros sobre toda dívida 0% 0,00 0,00% 10% 50000,00 11,00% 20% 100000,00 12,00% 30% 150000,00 13,00% 40% 200000,00 15,00% 50% 250000,00 18,00% 60% 300000,00 22,00% Juros (R$) Capital Próprio 0,00 500.000,00 5500,00 450.000,00 12000,00 400.000,00 19500,00 350.000,00 30000,00 300.000,00 45000,00 250.000,00 66000,00 200.000,00 Quantidade de ações ordinárias 20000 18000 16000 14000 12000 10000 124/127 8000 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Observações sobre o trabalho final Data de entrega: até às 23:59 de 02/04/12 Enviar pelo e-mail: [email protected] De antemão informa-se que para cada dia de atraso serão descontados 2 décimos (exemplo: 10 dias de atraso é igual a 2,0 pontos de desconto da nota final do trabalho). EQUIPE COM ATÉ CINCO COMPONENTES Entregar os trabalhos em documento extensão .doc (arquivo do Word) O trabalho deverá seguir as normas da ABNT, com capa, contracapa, sumário, resumo, introdução, escopo do trabalho, conclusão e referências bibliográficas. A descrição do trabalho faremos no último dia de aula 125/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a ACABOU e espero que tenham aproveitado todo o conteúdo!!! Não se esqueçam do trabalho final para o dia 10/04 Desejo a vocês todo o sucesso do mundo! Para tanto, não podemos ficar de braços cruzados. Devemos sonhar grande e lutar para que nossos sonhos se realizem. Lembre-se de que o sol nasce para todos, mas a sombra, cada um conquista a sua! Fraternalmente Prof. Ualison R. de Oliveira P r o d u ç ã o 126/127 Finanças Corporativas G e s t ã o d a P r o d u ç ã o Referências Bibliográficas 1-a) Ibbotson, Roger G & Sinquefield, Rex A, 1976, "Stocks, Bonds, Bills, and Inflation: Year-by-Year Historical Returns (1926-1974)," Journal of Business, University of Chicago Press, vol. 49(1), 2003. 1-b) Ibbotson, Roger G & Sinquefield Rex A, 1976 "Stocks, Bonds, Bills and Inflation: Simulations of the Future 1976-2000," Journal of Business, University of Chicago Vol.49(3), 2003. 2) ROSS, Stephen A; Westerfield, Randolph W; Jordan, Bradford D. Princípios de administração financeira. 2ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2002. 3) BRIGHAM, Eugene; Gapenski C.; Ehrhardt, Michael C. Administração Financeira Teoria e Prática. São Paulo: Editora Atlas, 2001. 4) Treynor, Jack. L. & Black, Fischer 1973, How to Use Security Analysis to Improve Portfolio Selection, Journal of Business, January, pages 66–88, 1973. 5) Markowitz, Harry. "Portfolio Selection," The Journal of Finance Vol.7 No. 1, 1952. 6) GITMAN, Lawrence & MADURA, Jeff. Administração Financeira, uma abordagem gerencial. São Paulo: Editora Pearson, 2003. 127/127