XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão. Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 MODELAGEM E SIMULAÇÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO EM UMA CLÍNICA MÉDICA Malton Wolff Juhasz (PUCPR) [email protected] Fernando Deschamps (PUCPR) [email protected] Eduardo Alves Portela Santos (PUCPR) [email protected] Eduardo de Freitas Rocha Loures (PUCPR) [email protected] A concorrência globalizada, a evolução das estruturas de mercado, a complexidade em seus processos, a responsabilidade social e governança corporativa são alguns dos fatores que levam as organizações a buscarem maior flexibilidade e habiliddade para alterar seus processos. As mudanças ocorrem constantemente nas organizações e com elas surgem problemas que dificultam o gerenciamento dos processos de negócios. O objetivo geral do presente trabalho é identificar melhorias nos principais processos de negócio de uma clínica médica. Busca-se identificar os possíveis problemas nos processos da organização, reduzir os custos diretamente relacionados aos processos, aumentar a capacidade de atendimento, satisfação e qualidade percebida pelos clientes. Para redução de custos, serão eliminadas aquelas atividades que estão sendo executadas e não agregam valor caso existam e/ou executá-las de maneira mais eficaz. O aumento da capacidade será possível através da alteração de layouts, seqüência de atividades, substituição ou adição de recursos e utilização de novas tecnologias. Já o aumento da satisfação dos clientes será obtido através da redução dos tempos de espera e maior eficácia nos processos executados. O desenvolvimento do projeto se baseia na aplicação das etapas de planejamento e modelagem e otimização de processos, que são as duas primeiras etapas do ciclo BPM proposto por Baldam (2007). Palavras-chaves: gerenciamento de processos de negócio; modelagem e simulação de processos de negócios; BPM XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 1. Introdução A concorrência globalizada, a evolução das estruturas de mercado, a complexidade em seus processos, a responsabilidade social e governança corporativa são alguns dos fatores que levam as organizações a buscarem maior flexibilidade e habilidade para alterar seus processos. As mudanças ocorrem constantemente nas organizações e com elas surgem problemas que dificultam o gerenciamento dos processos de negócios. Segundo Zanon (2000), os serviços de assistência de saúde consomem recursos que variam de 4% a 14% do PIB de uma nação. Se os serviços de saúde são tão caros, temos consciência que sua qualidade deve ser à melhor possível. A busca pela redução do tempo de espera no atendimento e a eliminação de atividades que não agregam valor, aumentam a percepção de qualidade do cliente e reduz os custos da organização. Buscamos identificar, caso existam, os gargalos dos processos e redimensionálos para que os níveis de desempenho desejados pela organização sejam atingidos com o menor custo possível. Pode-se identificar claramente os processos de negócio em diversas organizações, mas ao tratar de serviços médicos, surge a pergunta “como padronizar uma área em que cada paciente é único, e cada quadro clínico é absolutamente peculiar” (TORRES, 2006, p. 22)? Padronizamos os processos que são realizados ou não, em função de cada paciente (TORRES, 2006, p. 22), assim o processo continua flexível e atende a necessidade individual de cada paciente. A falta de padronização nos processos realizados diariamente na clínica médica, foco de nosso estudo, dificultam o conhecimento da capacidade real do sistema. Os recursos existentes atendem a demanda atual devido à baixa taxa de utilização do sistema, porém percebe-se que o número de atendimentos realizados está crescendo a uma taxa acelerada e em pouco tempo serão necessárias alterações para aumentar a capacidade de atendimento. Os constantes atrasos nos processos de atendimento aos pacientes ressaltam a importância desse estudo de caso. Para identificar os motivos de atraso e propor soluções adequadas, percebeuse a necessidade de conhecer os processos realizados na empresa. O objetivo geral do presente trabalho é identificar melhorias nos principais processos de negócio de uma clínica médica. Busca-se identificar os possíveis problemas nos processos da organização, reduzir os custos diretamente relacionados aos processos, aumentar a capacidade de atendimento, satisfação e qualidade percebida pelos clientes. Para redução de custos, iremos eliminar aquelas atividades que estão sendo executadas e não agregam valor caso existam e/ou executá-las de maneira mais eficaz. O aumento da capacidade será possível através da alteração de layouts, seqüência de atividades, substituição ou adição de recursos e utilização de novas tecnologias. Já o aumento da satisfação dos clientes será obtido através da redução dos tempos de espera e maior eficácia nos processos executados. 2. Metodologia O presente trabalho está dividido em duas partes principais, a revisão da literatura e a etapa de desenvolvimento experimental do projeto. A revisão de literatura aborda temas que buscam encontrar fatores relevantes que possam orientar o desenvolvimento do ciclo de Business Process Management – BPM para melhoria dos processos realizados em uma clínica de Chiropatia. A segunda parte é composta pelo desenvolvimento experimental do projeto, onde 2 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 serão aplicadas as etapas de planejamento e modelagem e otimização de processos, que são as duas primeiras etapas do ciclo BPM proposto por Baldam et al (2007, p. 56). Todos os tempos dos processos realizados no estudo foram coletados através de acompanhamentos durante o período de janeiro de 2006 a maio de 2008. 3. Fundamentação Teórica A redução do tempo de processamento, a redução dos custos, a exigência dos clientes pela melhora da qualidade, a maior rapidez de produção e o menor prazo de entrega são fatores que nos fazem buscar melhoria dos processos segundo Davenport (1994, p. 3 e 4). A organização que possui uma visão por processos, primeiramente identifica as atividades que agregam valor sem se preocupar com quem as executará. Isso significa que diferentes departamentos podem fazer parte de um único processo. Alguns autores classificam os processos em categorias distintas. Para Garvin (1998, apud DE LIMA 2001, p. 118) os processos podem ser classificados inicialmente em processos organizacionais e gerenciais. Já Baldam et al (2007, p. 22) classifica os processos em três categorias. A primeira categoria se refere aos processos de governança, estes envolvem processos de nível estratégico. A segunda categoria se destina aos processos de gerenciamento, que envolvem as atividades diárias e mais comuns do gerenciamento da organização. A terceira categoria adotada pelo autor se destina aos processos operacionais, estes são desenvolvem a atividade fim da empresa. Conforme a visão por processos se propaga, existe uma tendência em enxergar as organizações como um feixe de processos (BALDAM et al, 2007, p. 24). Busca-se atualmente esclarecer como cada processo contribui para a agregação de valor, para geração de saídas indesejadas, para o controle do desempenho e para a responsabilidade social da empresa (BALDAM et al, 2007, p. 25). Além de significar empenho em melhorar os processos, quando uma organização adota a visão por processos significa que ela adota o ponto de vista do cliente, pois é através dos processos é produzido valor para os clientes. 3.1. O Business Process Management (BPM) O Business Process Management (BPM) é uma ferramenta que nos auxilia a gerenciar os processos de negócio através de uma visão por processos. Através das etapas de planejamento, modelagem e otimização de processos pertencentes ao Ciclo BPM, é possível estruturar as informações dos processos, seguindo um modelo que “pode ser aplicado a um processo em particular, tanto quanto a uma gestão integrada de todo feixe de processos da organização, existentes ou futuros” (BALDAM et al, 2007, p. 56). Havey (2005, p. 20) cita alguns benefícios que incentivam as organizações utilizarem o BPM como uma ferramenta para auxiliar em suas decisões. A seguir, serão apresentados estes benefícios: formalizar processos existentes e lugares que precisam de melhorias; facilitar a automação e eficiência no fluxo de processos; aumentar a produtividade e reduzir imperfeições nos processos; permitir pessoas a solucionarem problemas difíceis; simplificar regras 3.2. O Ciclo BPM Para auxiliar o gerenciamento de processos de negócio, vários modelos propõem ações que se repetem em diversas fases do processo. Isso permite a criação de ciclos durante o processo de gerenciamento. Deve-se a este fato a adoção do termo de Ciclos de BPM. 3 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 Existem diversos modelos de Ciclos de BPM frutos de estudos de diversos autores. Baldam et al (2007, p. 55) destaca os principais modelos de Ciclo de BPM, entre eles o Modelo de Burlton (2001), o Modelo de Havey, o Modelo de Khan (2004), o Modelo de Harrington, Esseling & Nimwegen (1997), o Modelo de Smith & Fingar (2003), o Modelo de Muehlen & Ho (2005), o Modelo de Schurter (2006), o Modelo de Jeston & Nelis (2006), o Modelo de Jost e Scheer (2002) e o Modelo de Kirchmer (2006). A Figura 2 apresenta o modelo proposto por Baldam et al(2007, p.55) para o Ciclo de BPM. Figura 2: Ciclo de BPM adotado por Baldam et al. FONTE: Baldam et al, p. 56, 2007. 3.4. As Etapas do Ciclo BPM A etapa de planejamento inicia o ciclo BPM e é fundamental para o sucesso do projeto, pois nesse momento serão selecionados os processos críticos da organização e será realizado o alinhamento dos processos à estratégia da organização. A seleção dos processos críticos vem de resultados provenientes de BSC, SWOT, Gráfico de Pareto, Custeio ABC, dados coletados de processos, etc. Nesse momento, é fundamental a participação e o apoio da alta administração ao BPM, pois são executadas “ações que cruzam os diversos departamentos, gerando atritos, conflitos de interesses, falta de comprometimento das metas propostas” e caso o apoio da alta administração seja falho ou não exista, sua continuidade pode ser comprometida. A segunda etapa é a Modelagem e Otimização de Processos, nela são realizadas a modelagem do estado atual do processo (As Is) e a otimização e modelagem do estado desejado do processo (To Be), quando aplicável. São utilizadas nesta etapa diversas ferramentas baseadas na teoria das Redes de Petri que teve origem nos anos 30 com C. A. Petri que iniciou em sua dissertação o estudo de teoria de redes. A partir dos estudos de Petri, a teoria de redes tem sido aplicada em diversas áreas e vem despertando cada vez mais o interesse dos profissionais de computação. 4 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 A terceira etapa é a Execução de Processos, é o momento onde os usuários do sistema entrarão em contato com o projeto de BPM. Nesta etapa é realizada a implantação dos novos processos de acordo com as especificações previamente obtidas através da etapa de planejamento. Esta fase muitas vezes é considerada um projeto separado e exclusivo devido sua importância. A execução dos processos é uma etapa decisiva e crítica, pois nesse momento serão percebidas as implicações da gestão de mudanças. A quarta e última etapa é a de Controle e Análise de Dados, onde é possível obter informações sobre os processos implementados para utilizá-las na elaboração de indicadores de comparação com os antigos processos, possibilitando a compreensão e avaliação dos cenários propostos. Custos, qualidade, produção, riscos, aspectos ambientais são exemplos de indicadores utilizados pelas organizações. 4. Aplicação das Etapas de Planejamento, Modelagem e Otimização de Processos do Ciclo BPM em uma Clínica Médica O sistema de estudo escolhido foi uma clínica médica que oferece o tratamento do sistema biomecânico, beneficiando o funcionamento harmônico e o sistema natural de defesa do corpo humano. Ela fica localizada em Curitiba e iniciou suas atividades em janeiro de 2006. A equipe é constituída por duas estagiárias de enfermagem, uma gerente, uma auxiliar de limpeza, um estagiário de engenharia de produção e um médico que é o proprietário da empresa. A empresa está em fase de crescimento e expansão no mercado e não possui concorrentes diretos. Seus principais concorrentes indiretos são chiropraxistas, osteopatas, massagistas e médicos ortopedistas. Devido à taxa de crescimento favorável, a empresa está estudando soluções para problemas futuros em seus processos, buscando melhorá-los para aumentar sua capacidade atual de atendimento garantindo a mesma qualidade para seus clientes. Os clientes da empresa predominantemente possuem um padrão econômico alto, classe A e B+. Os homens representam 45% e as mulheres 55% dos atendimentos realizados. De acordo com o plano de tratamento de cada paciente, o médico utiliza conforme a disponibilidade dos equipamentos, tratamentos que complementam trabalho do médico. Chamaremos esses tratamentos de tratamentos complementares a partir desse memento. Os tratamentos complementares realizados são o ultrassom, a tração lombar, a tração cervical e o mobilizar. O médico determina o tempo de permanência e qual equipamento o paciente deve ser tratado. Segundo o médico, os atendimentos possuem a seguinte duração: primeira consulta e reconsulta, 40 minutos; tratamento: 10 minutos; tratamento complementar, 5 a 10 minutos; avaliaçnao de fisioterapia: 30 minutos; e fisioterapia: 30 minutos. 4.1 Aplicação da Etapa de Planejamento do Ciclo BPM Realizou-se uma pesquisa documental na clínica médica e foram identificados os principais processos e seus responsáveis. Os principais processos de negócio da clínica médica foram divididos em cinco categorias, os processos operacionais, processos de suporte, processos de análise e desempenho operacional, processos de gestão financeira e processos gerenciais com o intuito de auxiliar a visualização global dos processos da empresa. Integrando cada conjunto de processos acima mencionados, existem subprocesso que serão explicados a seguir. 4.1.1 Sub-Processos Operacionais Os processos operacionais são aqueles que estão diretamente ligados ao core business da empresa. Compõem os subprocessos os tratamentos realizados pelo médico, pela 5 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 fisioterapeuta e pelos aparelhos. O médico realiza as consultas, re-consultas e os tratamentos de Chiropatia. A fisioterapeuta realiza as fisioterapias e as estagiárias de enfermagem colocam os pacientes nos equipamentos que realizam o que chamaremos neste estudo de “tratamentos complementares”. O médico Chiropata realiza a primeira consulta, re-consulta e os tratamentos de Chiropatia. Já a fisioterapeuta realiza as avaliações de fisioterapia e fisioterapias. As estagiárias de Enfermagem fazem encaminham e preparam o paciente para realizar a eletroterapia, a tração lombar, a tração cervical, o ultrassom e o mobilizar. 4.1.2 Sub-Processos de Suporte Os sub-processos de suporte são os processos que estão diretamente relacionados com os processos operacionais, são necessários para sua execução, porém não fazem parte do core business da empresa. A seguir estão os sub-processos de suporte da clínica e seus respectivos responsáveis: todos os funcionários são responsáveis por abrir e fechar a clínica; as estagiárias de enfermagem são responsáveis por recepcionar pacientes, encaminhar pacientes para atendimento de Chiropatia, encaminhar pacientes para tratamentos complementares, preparar pacientes para eletroterapia, preparar pacientes para tração lombar, preparar pacientes para tração cervical, preparar pacientes para ultrassom, preparar pacientes para mobilizar, preparar fichas de pacientes do próximo dia e organizar a recepção; a auxiliar de limpeza é responsável por limpar a clínica; o gerente ou as estagiárias de enfermagem são responsáveis por agendar ou confirmar próximo atendimento do paciente, ligar para confirmar atendimentos do dia seguinte e ligar para aniversariantes do dia. 4.1.3 Sub-Processos de Análise de Desempenho Operacional Os subprocessos de análise de desempenho operacional servem para acompanhamento e avaliação do sistema. Os registros e indicadores servem para elaboração de estudos para visualização do rumo que a empresa está tomando, quais os fatores que influenciam o desempenho do sistema e quais os caminhos necessários para se atingir os objetivos da organização. Abaixo seguem os sub-processos e seus responsáveis: o gerente deve registrar a quantidade de atendimentos realizados (Chiropatia e Fisioterapia); o engenheiro de produção deve fazer análises de indicadores de qualidade (fichas de sugestões) e desenvolver relatórios de desempenho operacional. 4.1.4 Sub-Processos de Gestão Financeira Os subprocessos de gestão financeira são realizados para efetuar pagamentos, acompanhar a evolução das despesas, controlá-las e planejar os investimentos futuros. Participam dos processos o proprietário da clínica, o engenheiro de produção e a gerente. A seguir estão os subprocessos de gestão financeira e seus respectivos responsáveis: cabe ao gerente negociar descontos para pacotes de tratamentos e enviar as planilhas para o engenheiro de produção; o engenheiro de produção deve elaborar e analisar relatórios financeiros, preparar e efetuar o pagamento da franquia, preparar o pagamento dos funcionários, realizarem previsões de faturamento, realizar operações bancárias e negociar planos de pagamento com clientes em casos especiais; é de responsabilidade do proprietário e do engenheiro de produção analisar relatórios financeiros; cabe ao proprietário, engenheiro de produção e a gerente realizarem pagamentos. 4.1.5 Sub-Processos Gerenciais Os sub-processos gerenciais são realizados para organizar e direcionar a organização de acordo com seu planejamento estratégico. Posteriormente estão relacionados os sub-processos gerenciais e seus responsáveis: todos os funcionários realizam a reunião mensal de assuntos 6 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 gerais; cabe ao proprietário, engenheiro de produção e a gerente fazerem reuniões de análise estratégica e solicitar prestações de serviços em geral; é de responsabilidade do proprietário e do engenheiro de produção analisar os processos realizados na organização e acompanhar atividades contábeis junto ao contador; o engenheiro de produção deve padronizar processos, registrar documentação de novos funcionários e realizar previsões de demanda; o proprietário deve realizar recrutamento e seleção de novos funcionários, decidir sobre a realização de novos projetos e definir campanhas de divulgação. 4.2. Ocupação dos Recursos A taxa de ocupação dos recursos é determinada de acordo com a necessidade de ocupação existente. Todos os recursos participam de reuniões mensais onde são trocadas informações e tomadas decisões de nível gerencial. O médico/proprietário acumula duas funções conforme a própria nomenclatura adotada nos indica e juntamente com a gerente, são os únicos a fazerem parte de todos os processos existentes na clínica. As estagiárias de enfermagem e a fisioterapeuta fazem parte dos processos operacionais e suporte, processos de suporte e processos gerenciais. A auxiliar de limpeza participa dos processos de suporte e dos processos gerenciais. Finalmente o engenheiro de produção participa dos processos de suporte, dos processos de análise de desempenho operacional, dos processos financeiros e dos processos gerenciais. A seguir será apresentada uma tabela com o percentual de ocupação de cada recurso (auxiliar de limpeza, enfermeiras, engenheiro de produção, fisioterapeuta, gerente e o médico) nos respectivos processos. Auxiliar de Limpeza Enfermeiras Engenheiro de Produção Fisioterapeuta Gerente Médico/Proprietário P.O.S. 0% 70% 0% 97% 50% 80% P.S. 96% 28% 1% 1% 10% 1% P.A.D.O. 0% 0% 30% 0% 12% 3% P.F. 0% 0% 45% 0% 15% 6% P.G. 4% 2% 24% 2% 13% 10% P.O.S. Processos Operacionais e de Suporte, P.S. Processos de Suporte, P.A.D.O. Processos de Análise de Desempenho Operacional, P.F. Processos Financeiros e P.G. Processo Gerenciais. Tabela 1: Ocupação dos recursos nos processos de negócio. 4.3. Modelagem do Sistema Para criação e modelagem do modelo atual, foram utilizados conhecimentos adquiridos durante a experiência vivenciada na clínica médica durante dois anos e seis meses. Neste período foram realizados diversos estudos como análises de tempos, análises de desempenho operacional e análises de desempenho financeiro, que em conjunto colaboraram para o desenvolvimento deste trabalho. O modelo é dividido em processos operacionais, suporte e financeiro, análise de desempenho operacional, gestão financeira, suporte e processos gerenciais, conforme anteriormente descritos. O modelo dos processos operacionais, suporte e financeiro representa o core business da empresa e nele estão representados os principais processos deste estudo. 4.4. Processos Operacionais, Suporte e Financeiro O modelo dos processos operacionais, suporte e financeiro está dividido em cinco áreas principais. Os processos de suporte se resumem em recepcionar os pacientes e encaminhá-los 7 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 para os atendimentos. O atendimento dos pacientes foi dividido em três áreas, a Chiropatia, os tratamentos complementares e a fisioterapia. Já a área de suporte e financeira compreende na marcação dos próximos atendimentos do paciente e cobrança. Este é o principal conjunto de processos da empresa, pois ele representa o fluxo de atendimento dos pacientes da clínica e por isso é base deste estudo. Figura 5: Processos operacionais, suporte e financeiro. 4.4.1 Processos de Gestão Financeira Os processos de gestão financeira são realizados para o gerenciamento dos processos financeiros existentes no contexto da empresa. A figura 7 apresenta os processos de gestão financeira modelados no software Income Process Designer. 4.4.2. Processos de Análise de Desempenho Operacional Os processos de análise de desempenho operacional são realizados conforme o próprio nome indica, para acompanhar o desempenho operacional da empresa. Abaixo estão os tempos registrados: PROCESSOS Registrar atendimentos Analisar indicadores qualidade Desenvolver relatório QUEM? Gerente Eng. Produção Eng. Produção MÍNIMO(min.) 3 2 10 MÉDIA(min.) 5 5 25 MÁXIMO(min.) 8 10 40 8 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 Figura 7: Processos de gestão financeira 4.4.3. Processos de Suporte Os processos de suporte são realizados para tornar possível o atendimento principal da empresa. Processos como abrir a clínica, limpar a clínica, ligar para pacientes confirmando os atendimentos, separar as fichas dos pacientes do próximo dia, organizar a recepção e fechar a clínica são realizadas. PROCESSOS Abrir a clínica Limpar Ligar para confirmar Separar fichas de pacientes Organizar recepção Fechar a clínica QUEM? Todos Aux. Limpeza Gerente Enfermeiras Aux. Limpeza Todos MÍNIMO(min.) 1 180 3 2 20 4 MÉDIA(min.) 3 240 6 3 30 5 MÁXIMO(min.) 4 300 8 4 40 6 4.4.4. Processos Gerenciais Os processos gerenciais envolvem processos de nível estratégico e contém em seus processos uma reunião mensal, reunião de análise estratégica, solicitar serviços gerais, analisar processos realizados na clínica, acompanhar atividades contábeis, padronizar processos, registrar novos funcionários e realizar previsão de demanda. A figura nos apresenta os processos gerenciais modelados no software Income Process Designer. PROCESSOS Realizar reunião mensal Realizar reunião estratégica Solicitar serviços gerais Analisar processos Acompanhar atividades Contábeis Realizar padronização novos processos Registrar funcionários QUEM? Todos Proprietário, eng. produção e gerente Gerente Eng. Produção Eng. Produção MÍNIMO(min.) 30 MÉDIA(min.) 40 MÁXIMO(min.) 60 20 30 40 1 20 10 5 30 15 10 40 20 Eng. Produção 60 90 120 Eng. Produção 10 15 20 9 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 Realizar previsão de demanda Eng. Produção 5 10 20 4.5. Simulação e Análise do Modelo O modelo anteriormente apresentado foi simulado durante o período de cinco dias (uma semana), das oito horas e trinta minutos às doze horas e das treze horas e trinta minutos às dezenove horas e trinta minutos. Serão considerados na análise do sistema atual os seguintes parâmetros de desempenho: quantidade de pacientes atendidos; custo total x potencial de faturamento do processo; número médio e máximo de pacientes em espera no processo de tratamento de chiropatia; quantidade de pacientes atendidos no tratamento de chiropatia; número médio e máximo de pacientes em espera no processo de fisioterapia; quantidade de pacientes atendidos na fisioterapia. Foi considerado neste estudo 20 dias de trabalho em um mês e 240 dias de trabalho em um ano. A média de faturamento por visitante é de $1,48 baseada no histórico da empresa desde janeiro de 2006. Durante a simulação do processo atual, 191 pacientes foram atendidos na clínica e saíram do sistema. 4.5.1. Custo Total x Potencial de Faturamento do Processo Atual A tabela XX apresenta um resumo do custo total do processo atual executado na clínica. Para preservar o sigilo das informações financeiras e dos funcionários da empresa, será utilizada uma proporção dos salários de cada recurso humano, portanto utilizaremos o símbolo “$” para indicar unidades monetárias. RECURSO QUANTIDADE $ (UNIDADES MONETÁRIAS) Auxiliar de Limpeza 1 $ 9,01 Gerente 1 $ 27,03 Engenheiro de Produção 1 $ 30,63 Enfermeira Manhã 1 $ 6,85 Enfermeira Tarde Médico 1 1 $ $ 7,75 180,18 Fisioterapeuta 1 $ 36,04 7 $ 297,48 TOTAL Tabela: Custo total do processo atual O custo total do processo atual é de 297,48 unidades monetárias. Considerando a média de faturamento por visitante e o número de atendimentos realizados durante os cinco dias de simulação, podemos saber que em um mês a clínica terá um faturamento de $1.130,72 e o custo total de recursos humanos de $297,48. No ano, o faturamento será de $13.568,64 e o custo total de recursos humanos é de $3.569,73. O lucro da empresa será de $833,24 em um mês e $9.998,91 em um ano, representando 73,69% de lucro. A tabela abaixo nos apresenta os resultados da simulação do cenário atual. DESCRIÇÃO MÉDIA MÁXIMO Processo Tratamento Chiropatia 1,48 15,57 Processo Tratamento Fisioterapia 8,55 19,93 Tabela: Resultados do cenário atual TOTAL 161 73 4.6. Proposta do Novo Modelo Durante a simulação do processo atual foi identificado que o processo de tratamento de fisioterapia e o processo de atendimento de fisioterapia são os processos críticos do sistema de estudo. A primeira proposta para o novo cenário é retirar do proprietário (médico) os 10 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 processos de abrir a clínica, fechar a clínica, realizar o pagamento de funcionários e acompanhar atividades contábeis já que o tratamento de Chiropatia é o segundo processo que mais acumula pacientes em fila (11 pacientes) durante a simulação do processo atual. O processo de abrir a clínica será atribuído a auxiliar de limpeza, já o processo de fechar a clínica será atribuído as enfermeiras, o pagamento e o acompanhamento das atividades contábeis serão realizados somente pelo engenheiro de produção. A segunda proposta é a contratação de uma estagiária de fisioterapia a um custo de $20,18 já que a fisioterapia é o processo que acumulou o maior número de pacientes (12) em espera durante a simulação do sistema atual. DESCRIÇÃO Processo Tratamento Chiropatia Processo Tratamento Fisioterapia MÉDIA 1,86 0,62 MÁXIMO 16,35 14,76 TOTAL 202 106 A tabela abaixo apresenta um resumo do custo total do processo atual executado na clínica. Para preservar o sigilo das informações financeiras e dos funcionários da empresa, será utilizada uma proporção dos salários de cada recurso humano, portanto utilizaremos o símbolo “$” para indicar unidades monetárias. RECURSO QUANTIDADE $ (UNIDADES MONETÁRIAS) Auxiliar de Limpeza 1 $ 9,01 Gerente 1 $ 27,03 Engenheiro de Produção 1 $ 30,63 Enfermeira Manhã 1 $ 6,85 Enfermeira Tarde 1 $ 7,75 Médico 1 $ 180,18 Fisioterapeuta 1 $ 36,04 Estagiária Fisioterapia 1 $ 20,18 TOTAL 8 $ 317,66 Tabela : Custo de mão de obra do processo proposto O custo total do processo atual é de $317,66 unidades monetárias. Considerando a média de faturamento por visitante e o número de atendimentos realizados durante os cinco dias de simulação, podemos saber que em um mês a clínica terá um faturamento de $1.195,84 e o custo total de recursos humanos de $317,66. No ano, o faturamento será de $14.350,08 e o custo total de recursos humanos é de $3.811.89. O lucro da empresa será de $878,18 em um mês e $10.538,19 em um ano, representando 73,44% de lucro. 11 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 PARÂMETROS Quantidade total de pacientes atendidos Custo total de recursos humanos Faturamento mensal Faturamento anual Lucro ( %) Número médio de pacientes de tratamento de chiropatia em espera Número máximo de pacientes de tratamento de chiropatia em espera Número médio de pacientes de tratamento de fisioterapia em espera Número máximo de pacientes de tratamento de fisioterapiaia em espera Quantidade de pacientes atendidos na chiropatia Quantidade de pacientes atendidos na fisioterapia CENÁRIO ATUAL 191 $ 297,48 $ 1.130,72 $ 13.568,64 73,69% CENÁRIO PROPOSTO 202 $ 317,66 $ 1.195,84 $ 14.350,08 73,43% 1,48 1,86 15,57 16,35 8,55 0,62 19,93 161 73 14,76 158,00 106,00 4.7. Apresentação dos Resultados A tabela abaixo contém um resumo do estudo realizado anteriormente entre o estado atual do sistema e o modelo proposto neste estudo. O cenário proposto aumentou a quantidade total de pacientes atendidos em 11 pessoas, isso resultou em conseqüências para o tratamento de Chiropatia, pois mesmo o médico tendo suas responsabilidades reduzidas, chegou mais paciente deixando-o sobrecarregado. O médico atendeu 158 pacientes, três a menos que no cenário atual. O número médio de pacientes na fila do tratamento de Chiropatia aumentou de 1,48 para 1,86 e o número máximo de pacientes na fila aumentou de 15,57 para 16,35, o aumento destes valores não é significativo para nosso estudo. Porém por outro lado, o atendimento de fisioterapia registrou um aumento de 33 pacientes e reduziu a média de pacientes em espera de 8,55 para 0,62 e o máximo de pacientes na fila caiu de 19,93 para 14,76. O cenário proposto também aumentou o faturamento bruto em 5,45%, ou seja, $781,44 ao ano, valor que poderia ser utilizado para pagar um pouco mais que 2 meses de custos de recursos humanos da empresa. 5. Conclusões Com uma revisão bibliográfica sobre melhoria de processos, verificou-se a importância da busca das organizações pela maior flexibilidade e habilidade para alterar seus processos visto que mudanças ocorrem constantemente nas organizações e com elas surgem problemas que dificultam o gerenciamento dos processos de negócios. Como ferramenta para auxiliar a melhoria e gerenciamento dos processos, o gerenciamento de processos de negócio através de uma visão por processos, as etapas de planejamento, modelagem e otimização de processos o ciclo do BPM mostraram-se uma metodologia prática e eficaz, permitindo a formalização dos processos existentes, aumentando a produtividade, reduzindo imperfeições nos processos, facilitando a automação e a eficiência no fluxo de processos e facilita a solução de problemas difíceis. A cada dia as organizações buscam novas oportunidades e tecnologias para melhorar seus processos. O software Income Process Designer, baseado nas redes de Petri, permite representar graficamente e possibilita simular e analisar os processos de negócios das 12 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 organizações, sendo essas as principais vantagens para a realização da modelagem formal dos processos de negócio. Observou-se também que modelar os processos formalmente facilita a visualização do estado real do processo e define de maneira objetiva as expectativas referentes às novas alternativas propostas de melhoria dos processos. Este estudo tornou possível analisar uma organização que não possui seus processos definidos ou modelados formalmente. Através das etapas de planejamento, modelagem e otimização de processos foi possível desenvolver os principais processos de negócio da clínica médica e com o auxílio do software Income Process Designer, foram realizadas a modelagem e a simulação dos processos da empresa obtendo-se excelentes resultados a custos muito baixos. A implementação das etapas de execução de processos e análise de dados do ciclo BPM fica como proposta para futuros trabalhos, assim como a simulação durante o período de um ano do modelo proposto por este trabalho. Referências Bibliográficas BALDAM, R. L. et al. Gerenciamento de Processos de Negócios: BPM – Business Process Management. São Paulo: Editora Érica LTDA, 1º Edição, 2007. CORRÊA, H. L., CORRÊA, C. A., Administração de Produção e de Operações, São Paulo: Editora Atlas, Edição Compacta, 2005. CRUZ, T., Workflow – A tecnologia que vai revolucionar processos, São Paulo: Editora Atlas, 1998. DA SILVA, E. L; MENEZES, E. M., Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC/ PPGEP/ LED, Florianópolis, 2001. DE MELLO, B. A., Modelagem e simulação de sistemas. Ciência da Computação / Sistemas de informação. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Departamento de Engenharias e Ciência da Computação, 2001. KOCK JUNIOR, N. F., Reengenharia de Processos PROI. Capítulo 3, Petrópolis: Editora Vozes, 1995. LIMA, Rodrigo Zago de; SOUZA, Alisson D. C. de; ARAÚJO, Luciane Calixto de. Avaliação de desempenho de sistemas. Engenharia de Controle e Automação. UFSC, Departamento de Automação de Sistemas, 2000. OKAYAMA B. K., et al. Modelagem e Análise dos Processos de Negócios em uma empresa do Ramo Automotivo Através do Formalismo das Redes de Petri. PUCPR, Programa de PósGraduação em Engenharia de Produção e Sistemas, 2007. REISING, W., Petri Nets. Berlin: Springer-Verlag, 1950. RICHARDT, N. F., LOPES, A. Normalização de Trabalhos Técnico-Científicos, Biblioteca Virtual PUCPR, Curitiba, agosto 2007. Disponível em: <http://www.biblioteca.pucpr.br/sibi/normas/index.htm>. Acesso em 04 mai. 2008. SLACK, N., CHAMBERS, S., JOHNSTON, R. Administração da Produção, São Paulo: Editora Atlas, 2º Edição, 2002. TACHIZAWA, T.; SCAICO, O., Organização Flexível – Qualidade na gestão por processos, São Paulo: Editora Atlas, 1997 13 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 TORRES, U. C. T. L., Gestão por Processos: o protocolo como ferramenta para melhoria da qualidade e de redução dos custos nos hospitais universitários, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, 2006. Disponível em: <http://www.bdtd.ufpe.br/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=324>. Acesso em 04 mai. 2008. VAN DER AALST, W. M. P., Business Process Management: A Personal View. Department of Technology Management Eindhoven University of Technology ZANON, U. Qualidade da assistência médico-hospitalar: conceitos e avaliação de indicadores. Revista de administração em saúde. 2(8) jul./set. 2000. 14