Kocide® WDG.
A evolução do cobre.
A importância do cobre na produção cafeeira.
Informe técnico
ÍNDICE
Introdução............................................................03
Fungicidas cúpricos.............................................. 04
Benefícios do cobre para o cafeeiro...................... 04
Kocide® wdg........................................................ 08
Kocide® wdg – Eficiência da conversão em Cu++.... 08
Kocide® wdg – Bioatividade................................. 08
Cobre no solo........................................................05
Kocide® wdg – Por que escolher?......................... 09
Cobre na planta.....................................................05
Kocide® wdg – Recomendação..............................10
Absorção, transporte e redistribuição de cobre..... 06
Deficiências de cobre na planta............................ 06
Modo de ação do cobre sobre patógenos.............. 06
Propriedades químicas do cobre............................07
02
Kocide® wdg x inimigos naturais...........................10
Kocide® wdg – Resultados.................................... 11
Kocide® wdg – Conclusões................................... 11
INTRODUÇÃO
A produção de café foi um fator
Os prejuízos de produtividade, que variam
determinante para o processo de formação
entre 20 a 50%, ocorrem devido à redução da
e desenvolvimento da economia brasileira.
área foliar das plantas e da seca dos ramos.
Hoje, as principais áreas produtoras de café
O período de maior ocorrência é durante os
no Brasil estão localizadas nos Estados
meses de novembro a junho, sendo que a
de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia,
disseminação dos esporos a longas distâncias
São Paulo e Paraná.
pode ser feita pelo vento ou homem. O agente
A produção, industrialização e comércio
interno e externo geram grandes receitas e
milhões de empregos, direta e indiretamente.
Segundo informações da EMBRAPA/CONAB,
em 2008, o Brasil chegará a 2,3 milhões de
hectares em área plantada com café.
disseminador de maior eficiência são as gotas
de chuva (Calegaro, 2000).
O controle da doença é realizado entre
dezembro e abril, correspondendo à
época de condições mais favoráveis ao
desenvolvimento e infecção de folhas novas.
Com a expansão da cultura cafeeira, vários
Recomendam-se fungicidas sistêmicos de
fatores de produção devem ser considerados,
ação curativa e erradicativa, ou fungicidas de
como, por exemplo, adubação equilibrada
contato com ação protetiva (Almeida, 1986).
e controle mais efetivo de patógenos. Dentre
esses, a ferrugem-do-cafeeiro (Hemileia
Produtos à base de cobre foram, por muito
vastatrix) é talvez o que mais afeta a cultura.
tempo, praticamente a única solução no
Quando isso ocorre, as folhas novas, mais
controle da ferrugem, e até hoje ainda são
suscetíveis ao fungo, são afetadas por
os mais utilizados. Além desse uso, eles são
manchas amareladas cobertas por uma massa
eficientes também na prevenção e controle
pulverulenta, que se tornam lesões com
de outras doenças, como a Cercosporiose,
centro necrótico marrom-escuro.
Phoma e Mancha de Ascochyta.
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FUNGICIDAS CÚPRICOS
O controle com fungicidas cúpricos
deve ser iniciado antes que os índices
da doença se elevem, o que irá depender
das condições de clima (umidade relativa
e temperatura) e da planta (enfolhamento
e carga pendente) e, a partir daí, a cada 30 dias,
de modo que a última aplicação seja efetuada
em março ou abril.
Diversos fungicidas à base de cobre
encontram-se disponíveis no mercado,
tais como: hidróxido de cobre, oxicloreto
de cobre, sulfato de cobre e óxido cuproso.
Muitos trabalhos foram e ainda são realizados
com fungicidas cúpricos, isoladamente ou em
associação com fungicidas sistêmicos,
no controle das principais doenças do cafeeiro.
Segundo Chalfoun (1997), a associação de
fungicidas sistêmicos e cúpricos no controle
de ferrugem é desejável, pois, além da
eficiência no controle, possibilita um intervalo
maior entre as aplicações.
Os fungicidas cúpricos também
funcionam como nutrientes para as plantas.
Sua utilização pode promover, além do
controle da ferrugem e outras doenças,
o fornecimento do íon Cu+ ou Cu++ para
as plantas, que funciona como co-fator
de dezenas de enzimas nas células.
Portanto, além de ser um fungicida,
o cobre é um componente indispensável
ao desenvolvimento normal de processos
fisiológicos e químicos nas plantas,
envolvendo as fases de crescimento
e reprodução.
BENEFÍCIOS DO COBRE PARA O CAFEEIRO
Além do controle de doenças e da função
nutricional com reflexos significativos
no aumento de produtividade,
outro efeito benéfico do cobre para
o cafeeiro é o chamado “efeito tônico”,
que oferece às folhas uma coloração
verde intensa e melhora a aparência
geral das plantas.
Aliada a isso, a retenção de folhas e frutos
que os fungicidas cúpricos promovem nos
cafeeiros deve ser destacada, não somente
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em produtividade, mas também na melhoria
da qualidade final do café.
Essa retenção, associada à proteção
oferecida pelos fungicidas cúpricos, melhora
as condições fisiológicas do cafeeiro, para
que as folhas suportem a incidência direta
dos raios solares no período de frutificação,
evitando injúrias que serão aberturas para
fungos e bactérias.
COBRE NO SOLO
O cobre participa de inúmeros processos
enzimáticos, atuando no metabolismo de
carboidratos, do nitrogênio, na síntese de
lignina e clorofila. É absorvido na forma Cu++,
e adsorvido em minerais de argila, hidróxidos
de ferro e matéria orgânica. As carências de
cobre no solo são decorrentes de:
• Baixo teor no solo;
• Alto pH;
• Alto teor de matéria orgânica;
• Excessos de N, P e Zn na adubação;
• Falta de aeração do solo.
Tanto na solução do solo como nas raízes e
no xilema, mais de 98 – 99% do cobre estão
presentes na forma complexada, o que mostra
uma baixa concentração de Cu+ e Cu++ livres
no citoplasma ou em organelas.
COBRE NA PLANTA
O cobre é um ativador de enzimas e atua em
processos fisiológicos como: fotossíntese,
respiração, distribuição de carboidratos,
redução e fixação de N, metabolismo de
proteínas, metabolismo de parede celular,
regulação hormonal, precursor de molécula
de clorofila e envolvimento no mecanismo
de resistência a doenças.
Os cristais dos fungicidas cúpricos
em contato com a água dissolvem lentamente
e liberam ppm de íons de Cu++,
que constituem a forma bioativa do cobre.
Nesta forma, o Cu++ é absorvido pela planta
e irá participar dos processos fisiológicos.
05
ABSORÇÃO, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE COBRE
Segundo Grassi Filho, por via foliar,
o cobre é absorvido como Cu-Quelato e Cu++
e redistribuído para órgãos em crescimento,
como folhas e frutos. Na presença de Zn,
os dois elementos competem pelo mesmo sítio
de absorção, prevalecendo aquele que possuir
a maior concentração.
Por via radicular, o cobre também é absorvido
via Cu-Quelato e Cu++, quando em contato com
íons e raiz, nos quais ocorrem interceptação
radicular (70%), fluxo de massa (20%), difusão
(10%) e presença de cobre no sistema radicular,
que inibe a absorção do Zn e vice-versa.
O cobre é transportado via xilema na forma
de complexos com o grupo amino.
No floema, possui pouca mobilidade,
sendo redistribuído na forma de complexos
com o grupo amino. O Cu++ tem alta afinidade
com o átomo do N do grupo amino, que são
compostos nitrogenados – como aminoácidos –
atuando como carregador de Cu tanto no xilema
como no floema.
DEFICIÊNCIAS DE COBRE NA PLANTA
Os principais sintomas de deficiência
de cobre nas plantas de cafeeiro são:
folhas verde-escuras – tornando-se
cloróticas –, e as nervuras, que podem
ficar muito salientes.
Segundo Malavolta (1995), os teores
foliares adequados de cobre para a planta
do cafeeiro são 8 a 16 ppm,
níveis deficientes são menores 5 ppm
e excessivos maiores 25 ppm.
Esses teores são extraídos dos 30 e 4o
pares de folhas dos ramos reprodutivos
amostrados no verão.
Cafeeiro
• nível adequado de cobre: 10 ppm
• nível deficiente de cobre : 5 ppm
MODO DE AÇÃO DO COBRE SOBRE PATÓGENOS
Em contato com os esporos – ou tubo germinativo
dos fungos –, os íons de cobre (Cu++) acumulamse na membrana, penetrando no interior do
esporo ou do micélio, causando inibição das
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enzimas essenciais do patógeno. Portanto,
o modo de ação não é específico, reduzindo
drasticamente a probabilidade de surgimento
de resistência do patógeno às fontes de cobre.
PROPRIEDADES QUÍMICAS DO COBRE
O símbolo químico do cobre é Cu; o número
atômico, 29; é encontrado na forma de Cu0
(sem carga, neutro) e em estados de ganho
de elétrons (oxidação do cobre), tornando-se
cobre cúprico (Cu++) e cobre cuproso (Cu+).
encontrado na natureza – a cuprita, que não
possui carga. Já o cobre iônico parte de uma
base (OH), ioniza e origina o Cu+ e Cu++, que
possui carga positiva.
O cobre metálico é diferente do cobre iônico,
pois o primeiro (Cu0) parte de um mineral
Cu(OH)2 + H2O
Cu++ + 2OH-
REAÇÃO QUÍMICA:
Hidróxido de Cobre
Cu(OH)2 + H2O
Cu++ + 2OH-
O hidróxido de cobre, em contato
com a água, vai liberar cobre iônico
ou bioativo e mais duas hidroxilas,
que não são fitotóxicas às plantas.
Oxicloreto de Cobre
Cu2Cl(OH)3 + H2O
2Cu++ + CI- + 3OH-
O oxicloreto de cobre, em contato com a
água, vai liberar cobre iônico ou bioativo e
mais uma molécula de cloro (que pode ser
fitotóxica às plantas) e mais três hidroxilas.
Sulfato de Cobre
[3Cu(OH)2 CuSO4]
Sem neutralização, o sulfato de cobre não pode ser aplicado às folhagens vegetais
por ser um inibidor enzimático inespecífico, prontamente solúvel em água, absorvido
e translocado e, portanto, altamente fitotóxico (Kimati, 1996).
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Kocide® wdg
É o fungicida bactericida da DuPont à
base de cobre, produzido através de uma
tecnologia revolucionária que fornece maior
quantidade de cobre bioativo, proporcionando
alta eficácia de controle de patógenos,
seletividade à cultura e menor impacto
ambiental. Kocide® WDG possui partículas
de formato e tamanho diferenciados que
protegem melhor as folhas e liberam mais
cobre bioativo às plantas.
Kocide® wdg – EFICIÊNCIA DA CONVERSÃO EM Cu++
Característica
Kocide® WDG
Princípio Ativo
Outro hidróxido de cobre
hidróxido
de cobre
Formulação WDG - grânulos
hidróxido
de cobre
SC - solução
concentrada
Concentração g/kg
538,00
537,44
Equivalente de cobre g/kg
350,00
350,00
BIOATIVIDADE (%) 2,95
0,15
Dose* g/ha
2.000
3.000
Dose de equivalente
Cobre Metálico (g/ha)
700,00
1.050,00
Cobre Bioativo g/ha
59,00
4,50
* Dose Kocide® WDG média para cultura do café.
Kocide® wdg – BIOATIVIDADE
A bioatividade é a ação de um elemento
químico sobre uma forma de vida, ou seja,
a bioatividade do cobre é a capacidade de
impedir que diversos agentes fitopatogênicos
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(fungos, vírus e bactérias) causem danos
às plantas.
O cobre metálico não é biologicamente ativo,
mas funciona como reservatório para controle
de doenças. O que é biologicamente ativo
são os íons de Cu++ disponíveis em fungicidas
cúpricos, tais como Kocide® Wdg.
Portanto, o desempenho de um fungicida
cúprico é determinado pelo nível de cobre
bioativo disponível para as plantas, e não pelo
nível de cobre metálico.
Kocide® wdg – POR QUE ESCOLHER?
Descrição do produto:
• Grupo químico: inorgânico
• Composição: hidróxido de cobre 538 g/kg
(350 g/kg equivalente de cobre metálico)
• Classe: fungicida e bactericida
• Modo de ação: contato
• Tipo de formulação: Wdg - Grânulos
• Embalagens: sacos de 1 e 10 kg
FORMULAÇÃO Wdg
Tamanho e formato das partículas
•Partículas
semelhantes a
grãos de areia
(mais facilmente
arrastados pela
chuva)
• Partículas
polimerizadas de 1.8
microns
•Maior superfície
específica
•Maior liberação de
cobre Bioativo
•Grande acúmulo
de produto
Oxicloreto de cobre
Kocide® Wdg
Retenção dos produtos
Chuva de 22 mm
4h após aplicação
Hidróxido de Kocide® WDG
Oxicloreto de Cobre
42%
80%
Óxido Cuproso
54%
Forma correta de preparo da calda
1º Passo:
Colocar água
até a metade
do tanque
2º Passo:
Adicionar o
produto com o
agitador ligado
3º Passo:
Completar o
tanque
com água
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Kocide® wdg – RECOMENDAÇÃO
Recomendação de uso:
• Ferrugem: 1,70 a 2,25 kg/ha*
• Cercosporiose: 1,75 a 2,0 kg/ha*
Aplicar preventivamente a partir dos primeiros sintomas e repetir a intervalos de 30 dias.
Fazer, se necessário, até 5 aplicações durante o período crítico da cultura, obedecendo-se a carência.
O uso de Kocide logo após a colheita do café protege a planta contra a entrada de patógenos como
a Cercosporiose, auxiliando na condução de lavouras produtivas.
Kocide® wdg x INIMIGOS NATURAIS
Kocide® WDG não afeta os inimigos naturais que
controlam o bicho mineiro do cafeeiro.
Veja no gráfico abaixo que a população
“testemunha” do tratamento é semelhante
aos demais tratamentos com Kocide® WDG.
TOXICIDADE DE Kocide® Wdg CONTRA INIMIGOS
NATURAIS E INFLUÊNCIA SOBRE O BICHO MINEIRO
(Leucoptera coffeella) NA CULTURA DO CAFEEIRO
Fonte: S.Gravena; S.R.Benvenga; A.C.Caetano; J.L.Silva; N.Araújo Júnior;
M.S.Linardi - Gravena ManEcol Ltda.
* Restrição temporária de uso no Estado do Paraná.
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Kocide® wdg – RESULTADOS
Incidência de Cercosporiose em cafeeiro, Lavras 2007
Incidência de Cercosporiose em cafeeiro e frutos do cafeeiro (%)
• Aplicações de cobre foram realizadas em intervalos de 15 a 30 dias (5 aplicações)
• Aplicações de estrobirulina foram realizadas em intervalos de 45 dias (2 aplicações)
Kocide® wdg – CONCLUSÕES
•
•
•
•
•
•
•
•
É mais ativo na liberação de íons de cobre (cobre bioativo);
Possui formato e partículas ideais;
Formulação mais prática e fácil no manuseio e aplicação;
Seletividade aos inimigos naturais;
Partículas polimerizadas, com maior disponibilidade de cobre para a planta;
É menos lavável pela água da chuva ou irrigação, e apresenta maior retenção e cobertura foliar;
Apresenta maior dissolução e resuspensibilidade na calda;
Apresenta menor impacto ambiental, devido a sua dose menor de cobre metálico.
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advertências
proteção à saúde humana, animal e meio ambiente
• Não permita que menores de idade trabalhem na aplicação.
• Mantenha afastadas das
áreas de aplicação, crianças,
animais domésticos e pessoas desprotegidas.
• Use Equipamentos de Proteção Individual
(EPI’s),vide rótulo ou bula.
• Não coma, não beba e não fume durante o manuseio do produto.
• Não desentupa bicos, orifícios ou válvulas com a boca.
• Primeiros socorros e demais informações vide o rótulo, bula e receita.
• Evite a contaminação ambiental, preserve a natureza.
• Não utilize equipamentos de aplicação com vazamentos.
• Não lave embalagens ou equipamentos em lagos, fontes, rios e demais corpos d’água.
• Aplique somente as doses recomendadas.
• As embalagens vazias deverão ser enxaguadas três vezes e a calda resultante acrescentada à preparação a ser pulverizada (tríplice lavagem).
• Descarte corretamente as embalagens e restos de produto. Não reutilize as embalagens vazias.
• Periculosidade ambiental e demais informações vide rótulo, bula e receitas.
Leia atentamente o rótulo,
a bula e o Receituário
Agronômico, ou faça-o
a quem não souber ler.
Consulte sempre um engenheiro agrônomo.
Produto de uso agrícola. Venda sob receituário agronômico.
Siga atentamente as informações do rótulo e bula.
Ao aplicar Kocide® WDG, tome as seguintes precauções:
• evite aspirar o produto.
• evite o contato do produto com a pele, olhos ou roupa.
• use o equipamento de proteção tanto para preparar como para aplicar o produto.
• tome banho e mude de roupa imediatamente após aplicar o produto.
• não beba, nem fume durante o preparo e aplicação.
Em caso de intoxicação, chame imediatamente o médico, mostrando
ao mesmo o rótulo, bula ou receituário agronômico do produto.
Acondicione as embalagens vazias deste produto no recipiente apropriado e devolva-as
na Unidade de Recebimento indicada na nota fiscal de compra. A natureza agradece.
Entre em contato com nosso Representante Comercial
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