Sociologia das Organizações
A Teoria das Relações Humanas
Rui Carvalho / Pedro Silveira
A Teoria das Relações Humanas
George Elton Mayo
– cientista social
australiano chefiou uma experiência numa
fábrica da Western Eletric Company, situada
em Chicago, no bairro de Hawthorne. Foi um
movimento de resposta contrária à Abordagem
Clássica da Gestão, considerada pelos
trabalhadores e sindicatos como uma forma
elegante de explorar o trabalho dos operários
para benefício do patronato. Essa alta
necessidade de se humanizar e democratizar
a gestão nas frentes de trabalho das indústrias
aliado ao desenvolvimento das ciências
humanas – psicologia e sociologia, entre outros
– e as conclusões da
Experiência de
Hawthorne
fez nascer a Teoria das
Relações Humanas
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Rui Carvalho / Pedro Silveira
A Teoria das Relações Humanas
As principais
origens da Teoria das Relações Humanas são as seguintes:
1. A necessidade de se humanizar e democratizar a Gestão, libertando-a dos conceitos
rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do
povo americano.
2.
O desenvolvimento das chamadas ciências humanas,
principalmente a psicologia e a sociologia, bem como a sua
crescente influência intelectual e suas primeiras tentativas de
aplicação à organização industrial. Realmente, as ciências
humanas, gradativamente, vieram demonstrar a inadequação
dos princípios da Teoria Clássica.
3. As ideias da filosofia pragmática de John
Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin
foram capitais para o humanismo na Gestão.
Elton Mayo é considerado o fundador da escola.
4. As conclusões da Experiência de Dewey, indirectamente, e Lewin, mais
directamente,
também
contribuíram
Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e
enormemente
para
a
sua
concepção.
1932, sob a coordenação de Elton Mayo,
pondo em xeque os principais postulados
da Teoria Clássica da Gestão.
3
Rui Carvalho / Pedro Silveira
A EXPERIÊNCIA DE
HAWTHORNE
1. Primeira Fase da Experiência de Hawthorne
2. Segunda Fase da Experiência de
3. Terceira Fase da Experiência de
Hawthorne
(Programa de Entrevistas)
Hawthorne
(Sala de Experiência de Montagem de Relés)
4. Quarta Fase da Experiência de Hawthorne
(Sala de Observações de Montagem de Terminais)
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Rui Carvalho / Pedro Silveira
A Teoria das Relações Humanas
A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
Conclusões da Experiência:
a) Nível de Produção é Resultante da Integração
b) Comportamento
c) As
Social
Social dos Empregados
Recompensas e Sanções Sociais
d) Grupos Informais
e) As Relações Humanas
f) A Importância do Conteúdo
do Cargo
g) Ênfase nos aspectos Emocionais
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Rui Carvalho / Pedro Silveira
A Teoria das Relações Humanas
Nível de produção é resultante de Integração Social: é a capacidade social do trabalhador que
nível de competência e eficiência;
no grupo de trabalho, tanto maior será a disposição de produzir
estabelece o seu
quanto mais integrado socialmente
Comportamento Social dos empregados: verifica-se que o comportamento do indivíduo apoia –se
grupo. Os trabalhadores não agem ou reagem individualmente, mas como membros de um
grupo. Amizade e agrupamento social devem ser considerados aspectos relevantes para a gestão
totalmente no
Recompensas e Sanções sociais: são simbólicas e não materiais, porém influenciam decisivamente a
motivação e a felicidade do trabalhador. As pessoas são motivadas pela necessidade
de “reconhecimento”, de “aprovação social” e “participação”. A motivação
económica é secundária na determinação da produção do empregado
Grupos Informais: definem as
regras de comportamento,
sanções sociais, punições, objectivos,
participante
vai
assimilando
comportamentos
e
escala de valores sociais,
integrando
as formas de recompensa ou
as crenças e expectativas, que cada
nas
suas
atitudes6 e
Rui Carvalho / Pedro Silveira
A Teoria das Relações Humanas
As Relações Humanas: são as acções e atitudes desenvolvidas pelos contactos entre as pessoas
e
o grupo, permitindo uma atmosfera onde cada pessoa é encorajada a exprimir-se livre e sadiamente. Cada
pessoa procurar se ajustar às demais pessoas do grupo para que seja compreendida e tenha participação activa,
a fim de atender seus
interesses e aspirações;
A Importância do Conteúdo do Cargo: o conteúdo e a natureza do trabalho têm enorme influência sobre
o moral do trabalhador, tornando-o produtivo ou desmotivado. trabalhos repetitivos tendem a se
tornar monótonos afectando negativamente as atitudes do trabalhador e reduzindo sua eficiência;
Ênfase nos aspectos emocionais: é a preocupação com as emoções
e sentimentos dos
funcionários. Elementos emocionais, não planeados e até mesmo irracionais do comportamento humano devem
ser considerados dentro da
organização.
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Rui Carvalho / Pedro Silveira
A Teoria das Relações Humanas
A Civilização Industrializada e o Homem
Preocupações
“A Teoria das Relações Humanas preocupou-se intensamente com o
esmagamento do homem pelo impetuoso desenvolvimento da
civilização industrializada.
Mayo salienta que, enquanto a eficiência material aumentou poderosamente
capacidade humana
nos últimos duzentos anos, a
trabalho colectivo não manteve o mesmo ritmo de desenvolvimento.
para o
nova concepção das
relações humanas no trabalho. Como resultado da
O
que
deve
haver
é
uma
Experiência de Hawthorne, verificou-se que a colaboração na sociedade
industrializada não pode ser entregue ao acaso, enquanto se cuida apenas
dos
aspectos
materiais
e
tecnológicos
do
progresso
humano.
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Rui Carvalho / Pedro Silveira
A Teoria das Relações Humanas
A Civilização Industrializada e o Homem
Preocupações
eficiência,
cooperação…surge o conflito
“Os métodos de trabalho tendem todos para a
nenhum para a
social
nessa sociedade industrial: a incompatibilidade entre os
objectivos organizacionais da empresa e os objectivos pessoais dos
empregados…As
relações
cooperação constituem
conflito social.”
conflito
humanas
a
"O
é uma chaga social, a
bem-estar social.“
chave
para
e
evitar
o
cooperação é o
Elton Mayo
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Rui Carvalho / Pedro Silveira
A Teoria das Relações Humanas
Depois da Experiência de Hawthorne,
Elton Mayo defende:
l. O trabalho é uma actividade tipicamente grupal
2. O operário não reage como individuo isolado mas como membro de um grupo social
3. A tarefa básica da Gestão é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar,
dotada de chefes democráticos, persuasivos e simpáticos a todo o pessoal
4. A pessoa é motivada essencialmente pela necessidade de "estar junto", de "ser
reconhecida", de receber adequada comunicação
5 . A civilização industrializada trata como consequência a desintegração dos grupos
primários da sociedade, como a família, os grupos informais e a religião, enquanto a fábrica
surgirá como uma nova unidade social que proporcionará um novo lar, um local de
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compreensão e de segurança emocional para os indivíduos
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
FUNÇÕES BÁSICAS DA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL
Funções Económica:
Produzir bens ou serviços
Equilíbrio
Externo
Organização
Industrial
Função Social:
Dar satisfação aos
participantes
Equilíbrio
Interno
11 E
Quadro - AS FUNÇÕES BÁSICAS DA ORGANIZAÇÃO SEGUNDO ROETHLISBERGER
DICKSON
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo.
Homo economicus
homem social
Homem social, nova concepção sobre a natureza do homem:
Os trabalhadores são criaturas sociais completas, com desejos,
sentimentos e temores.
O comportamento no trabalho é consequência de muitos
factores
motivacionais.
São motivados por necessidades e alcançam as suas satisfações
primárias por meio dos grupos com os quais interagem
O comportamento dos grupos pode ser manipulado por meio
de um adequado estilo de
liderança e supervisão
As normas do grupo funcionam como mecanismos
dos membros
reguladores do comportamento
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo.
Influencia da motivação
humana
O pagamento ou recompensa salarial, mesmo quando efectuado em bases justas
e generosas, não é o único factor decisivo na satisfação do trabalhador dentro da
situação de trabalho.
O homem é motivado, não por estímulos económicos ou salariais (homo economicus)
,mas por recompensas sociais, simbólicas e não materiais.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Teoria de Campo de Lewin
o comportamento humano é derivado da
totalidade de factos coexistentes
esses factos coexistentes têm um carácter
de um campo dinâmico, no qual cada parte do
campo depende de uma
demais partes
inter-relação
com as
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Teoria de Campo de Lewin
O
comportamento humano
não depende só do passado ou do futuro, mas do
campo dinâmico actual e presente. Esse campo dinâmico é o “espaço
contém a pessoa e o seu ambiente psicológico”
de vida
que
C = f (P,M)
Onde comportamento (C) é função (f) ou resultado da interacção entre a
pessoa (P) e o meio ambiente (M) que a rodeia.
O meio ambiente (psicológico/comportamental) é relacionado com as actuais necessidades do individuo.
Alguns objectos, pessoas ou situações podem adquirir valências no ambiente psicológico, determinado
um campo dinâmico de forças psicológicas. Estas valências podem ser positivas ou negativas.
As necessidades criam um estado de tensão no indivíduo, uma predisposição à acção, sem nenhuma
direcção específica. Contudo, quando o objecto é encontrado, adquire-se uma valência positiva, e um
vector é despertado como meio de locomoção ao objecto.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
As necessidades humanas básicas
Necessidades ou motivos
forças conscientes ou inconscientes que levam um indivíduo a um
determinado comportamento. No caso da motivação, é o comportamento que é causado por
necessidades dentro do individuo e que é dirigido aos objectivos que podem satisfazer
São
essas necessidades.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
As necessidades humanas básicas
Ao longo da vida o homem evolui por
3 níveis ou estágios do motivação:
fisiológicas
Necessidades
– necessidades vitais ou vegetativas relacionadas com a sobrevivência
do individuo, inatas e instintivas, comuns aos animais. Exigem satisfação periódica e cíclica.
psicológicas
Necessidades
– exclusivas do homem, aprendidas e adquiridas no decorrer da vida.
São raramente satisfeitas na sua plenitude e com o passar do tempo vão desenvolvendo-se e sofisticando-se
(segurança intima, autoconfiança, afeição).
auto realização
Necessidades de
– são produto da educação e da cultura. São a síntese de todas
as outras necessidades, é o impulso de cada um realizar o seu próprio potencial, continuo auto-desenvolvimento
no sentido mais elevado.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Ciclo motivacional
Equilíbrio
Estimulo ou
Incentivo
Satisfação
Necessidades
Tensão
Comportamento
Ou acção
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Frustração e compensação
Equilíbrio
A
frustração pode levar a reacções generalizadas:
Desorganização do comportamento, agressividade,
reacções emocionais, alienação e apatia.
Satisfação
Estimulo ou
Incentivo
Necessidades
Tensão
Comportamento
Ou acção
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Moral elevado
Moral e atitude
O moral é uma consequência do grau de
Satisfação das necessidades individuais.
É um conceito abstracto, porém perceptível.
Uma atitude mental provocada pela satisfação ou não das necessidades dos indivíduos.
Moral elevado
Fanatismo
Euforia
Atitudes positivas
Satisfação
Optimismo
cooperação
Coesão
Aceitação dos objectivos
Boa vontade
Identificação
Atitudes negativas
Insatisfação
Pessimismo
Oposição negação
Rejeição dos objectivos
Má vontade resistência
Dispersão
Agressão
Moral baixo
Moral baixo
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Liderança
liderança é a influência interpessoal exercida numa situação, e dirigida através de processos da
comunicação humana à consecução de um ou de diversos objectivos específicos. É um
fenómeno social. É considerada em função dos relacionamentos existentes entre pessoas
numa determinada estrutura social.
A
Como relação funcional, a liderança é uma função das necessidades existentes numa determinada situação,
um indivíduo
um grupo
que consiste numa relação entre
(líder) e
(liderados).
È uma influência interpessoal (influência = força psicológica), na qual uma pessoa age de forma a modificar o
comportamento de outra, de
modo intencional.Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Teorias sobre a Liderança
Teorias de
Traços de personalidade
São as mais antigas, os traços são características
Distintivas de personalidade,
sendo que
o líder é aquele que possui traços específicos que o
distingue dos restantes (traços físicos, intelectuais, sociais, relacionados com a tarefa).
O que o
líder é.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Teorias sobre a Liderança
Teorias sobre estilos
de Liderança
Estudam os estilos de comportamento do líder
em relação aos seus subordinados, ou seja ,
orientação de conduta. O que o líder faz.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Teorias sobre estilos
Autocrática
Apenas o líder fixa as
directrizes, sem qualquer
participação do grupo.
O líder determina as
providencias e as técnicas
para a execução das tarefas,
uma da cada vez, á medida
que se tornam necessárias e
de modo imprevisível
para o grupo.
O líder determina qual a tarefa
que cada um deve executar.
O líder é dominador e é “pessoal”
nos elogios e criticas ao trabalho
de cada membro.
de Liderança
Democrática
As directrizes são debatidas e
decididas pelo grupo, estimulado
e assistido pelo líder.
O grupo esboça as providencias
e as técnicas para atingir o alvo,
solicitando aconselhamento técnico
ao líder se necessário, este sugere
duas alternativas para o grupo escolher.
A divisão das tarefas fica ao critério
do grupo.
O líder procura ser membro formal
do grupo, em espírito, sem encarregar-se
muito de tarefas. É objectivo e limita-se a
factos nas suas criticas ou elogios.
Liberal
Há liberdade completa para as
decisões do grupo ou individuais,
com a participação mínima do líder.
A sua participação no debate é
limitada, apresentando materiais
variados ao grupo, esclarecendo
que pode fornecer mais informações,
desde que sejam solicitadas.
A divisão das tarefas fica a
Cargo do grupo.
O líder não faz nenhuma tentativa de
avaliar ou de regular o curso dos
acontecimentos. Faz comentários
irregulares sobre as actividades
quando lhe é perguntado.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Teorias sobre estilos
Estilo autocrático
Líder
Subordinados
Ênfase no Líder
de Liderança
Estilo democrático
Líder
Subordinados
Ênfase no Líder e
nos subordinados
Estilo liberal
Líder
Subordinados
Ênfase nos subordinados
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Teorias sobre a Liderança
Teorias situacionais
de Liderança
Procuram explicar a liderança dentro de um contexto
mais amplo.
Partem do principio que não existe
um único estilo ou características de liderança válida para
todas e qualquer situação. Cada tipo de situação requer um
tipo de liderança diferente. São mais atractivas
para o gerente , uma vez que possibilitam a constante
mudança
da situação e a sua adequação
a
modelo, ou até mesmo á criação de novos modelos
um
de
liderança.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Motivação no comportamento humano
Teorias situacionais de Liderança
Liderança centralizada
nos subordinados
Liderança centralizada no chefe
Uso da autoridade pelo gestor
Área de liberdade dos subordinados
a
O gestor
toma a
decisão e
comunica
b
O gestor
vende a
sua
decisão
Rui Carvalho / Pedro Silveira
c
O gestor
apresenta
ideias e
pede
perguntas
d
O gestor
apresenta a
decisão,
sujeita a
modificação
e
O gestor
apresenta o
problema,
recebe
sugestões
toma decisão
f
O gestor
define limites
pede ao
grupo que
tome uma
decisão
g
O
gestor
permite que os
subordinados
funcionem dentro
dos limites
definidos por
superiores
Teoria das relações humanas
Comunicações
Neste sentido, o enfoque das relações humanas criou um efeito que foi conferir aos
gestores:
Assegurar a participação dos escalões inferiores na solução dos problemas da empresa;
Incentivar maior franqueza e confiança entre os indivíduos e os grupos nas empresas.
A comunicação é uma actividade administrativa que tem
dois propósitos principais:
Proporcionar informação
e compreensão necessárias para
que as pessoas possam conduzir as suas tarefas;
Proporcionar atitudes necessárias que promovam a
cooperação e satisfação
motivação,
nos cargos.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Comunicações
Proporcionar informação e
compreensão necessárias ao
esforço das pessoas
Habilidade de trabalhar
+
Proporcionar as atitudes necessárias
para a motivação, cooperação e
satisfação no cargo.
Vontade de trabalhar
=
Melhor comunicação conduz a
um melhor desempenho nos
cargos
Trabalho de equipa
A comunicação é importante no relacionamento entre as posições. Os subordinados devem
Receber continuamente dos superiores um fluxo de comunicação capaz de suprimir as suas
Necessidades. Os superiores devem receber dos subordinados um fluxo de comunicações
Capaz de lhes fornecer uma ideia adequada dos acontecimentos.
O homem trabalha
melhor, quando conhece os padrões do seu trabalho.
A organização é mais eficiente quando um homem e a sua chefia têm um entendimento
comum das suas responsabilidades e desempenhos que a empresa espera deles.
Cada homem pode ser auxiliado a dar a máxima
máximo das suas capacidades e habilidades.
contribuição á empresa e a utilizar o
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Comunicações
Redes
de
comunicações
roda
cadeia
circulo
Rapidez de
influencia
rápida
rápida
lenta
Ênfase do líder
Muito pronunciada
marcada
nenhuma
Moral
Muito pobre
pobre
Muito boa
Flexibilidade para
mudança no cargo
lenta
lenta
Muito rápida
características
A forma mais eficaz de comunicar mensagens depende de factores situacionais.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Organização Informal
Existem padrões de relações nas empresas que não aparecem no organigrama.
Estes desenvolvem-se a partir da interacção imposta e determinada pela organização
Formal, e são relações de uma grande variedade (de trabalho, amizade, identificação,
Antagonismo…) e constituem a Organização
Informal.
Numa empresa os comportamentos dos grupos sociais está condicionado a dois tipos
de organização: a formal ou racional, e a informal ou natural.
Na sua origem encontram-se factores como:
Os interesses comuns que se desenvolvem entre as pessoas e que as fazem relacionar mais
intimamente.
A interacção provocada pela própria organização formal, através dos contactos e de relações
que se têm que estabelecer no ambiente formal de trabalho.
A flutuação do pessoal dentro da empresa provoca a alteração dos grupos sociais informais.
Os períodos de lazer permitem uma intensa interacção entre as pessoas permitindo vínculos
Sociais.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Organização
Informal
A Organização Informal apresenta
as seguintes características:
Relações de coesão ou de antagonismo.
Status.
Colaboração espontânea.
A possibilidade da oposição à organização
Informal.
Padrões de relações e atitudes.
Mudanças de níveis e alterações dos grupos
informais.
A organização informal transcende a organização Formal.
Padrões de desempenho nos grupos formais.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Dinâmica de grupo
Características dos grupos
O que caracteriza um grupo humano, é o facto de os seus membros terem um
alvo comum, objectivo comum e apresenta-se como:
Uma finalidade, objectivo
comum.
Uma estrutura.
Uma organização
Uma coesão
dinâmica.
interna.
A dinâmica de um grupo é a “soma de interesses”dos componentes do grupo, que é activada por
estímulos e motivações, no sentido de maior harmonia e aumento do relacionamento.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Dinâmica de grupo
Dinâmica de Grupo
e Mudanças
O comportamento, as atitudes, as crenças e os valores dos indivíduos baseiam-se
nos grupos aos quais pertencem.
Os grupos podem participar num processo de mudança em
três perspectivas:
instrumento de mudança, ou
O grupo como
seus membros.
seja, como fonte de influência sobre os
meta de mudança
O grupo como
, para mudar o comportamento dos indivíduos, pode tornar-se
necessário mudar os padrões do grupo , estilo de liderança , padrões emotivos…
agente de mudança
O grupo como
, de comportamentos que podem ser provocadas por
meio de esforços de organização do grupo. A resistência á mudança é um fenómeno geral dos organismos
sociais.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Dinâmica de grupo
Características dos grupos
“praticar relações humanas, significa estarmos condicionados nessas nossas relações
por uma atitude, estado de espírito, ou maneira de ver as coisas, que nos permita
compreender as outras pessoas, respeitando a sua personalidade, cuja estrutura é,
sem duvida diferente da nossa”.
Laerte Leite Cordeiro
É no trabalho que se reúne um certo número de pessoas
carentes de ajustamentos, de compreensão, de
Orientação e de estímulo actuando em áreas, níveis e actividades
heterogéneas.
Um programa de relações humanas tem por objecto fomentar
a
cooperação
entre todos os membros de uma comunidade
de trabalho. Assim consegue-se, não só, uma maior satisfação
das necessidades
espirituais e materiais
do homem, como um
substancial aumento da produtividade.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Criticas
Empirismo radical
Ambiente de pesquisa: fábrica (administração
Cientifica), ficando de parte os ambientes
como os bancos, hospitais, universidades…
Manipulação
Apresenta uma
tendência de
favorecer a
Gestão em
detrimento dos
trabalhadores
Investigou a
indústria
com a exclusão
quase completa do
seu background
social.
Enfatizou os aspectos
informais da organização
passando os aspectos
formais para um nível
bastante inferior.
Ignora a
teoria e
exalta o
empirismo, a
observação e
a descoberta
de dados.
Parcialidade nas conclusões
Restringe-se á fábrica, deixando
de lado as outras áreas da empresa.
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Características
Abordagem básica
Teoria Clássica
Engenharia Humana
Adaptação do homem à máquina e
Vice-versa
Teoria das Relações Humanas
Ciência social Aplicada
Adaptação do homem à organização
Modelo homem
Económico-Racional
Maximizador de vantagens financeiras
Racional-emocional
Motivado por sentimentos e critérios
“não racionais”
Comportamento organizacional do indivíduo
Animal Isolado
Atomismo Tayloriano
Reage como um indivíduo
Animal Social; Carente de apoio e de
participação grupal; reage como
membro grupal
Comportamento funcional do indivíduo
Padronizável
The one best way para todos
Não Padronizável
Diferencias individuais justificaram
métodos diferentes
Motivação
Financeira (Material)
Maior remuneração com maior
produção
Psicológica
Apoio; Elogio e consideração
Fadiga
Fisiológica
Estudo de tempos, movimentos e
pausas adequadas
Psicológica
Unidade de análise
Cargo
Tarefa, tempos e movimentos
Avaliação de cargos e salários
Grupo
A equipa; avaliação da moral do
grupo; enfase nas relações intercargos e
enfâse nas relações entre pessoas no
Trabalho
Conceito de Organização
Estrutura Formal
Conjunto de órgãos, cargos e tarefas
Sistema Social
Conjunto de papéis
Representação Gráfica
Organograma e fluxograma
Relações entre órgãos e funções
Sociograma
Relações percebidas, desejadas,
rejeitadas e reais entre pessoas
Rui Carvalho / Pedro Silveira
Teoria das relações humanas
Após o domínio da Teoria das Relações humanas por cerca de mais de uma década, ao final
dos anos 50, entrou em declínio, passando a ser intensamente criticada, a tal ponto que
suas concepções passaram a ser profundamente revistas e alteradas. Citamos a seguir as
principais críticas à teoria:
• Oposição cerrada à Teoria Clássica
• Inadequada visualização dos problemas das relações industriais
• Concepção ingénua e romântica do operário
• Limitação do campo experimental
• Parcialidade das conclusões
• Ênfase nos grupos informais
• Enfoque manipulativo das relações humanas
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Rui Carvalho / Pedro Silveira
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Teoria das relações humanas - Universidade Nova de Lisboa