Mudanças, visão i diálogo político
Ana Benavente© - Maputo 2006
Três exigências para realizar
mudanças educativas consolidadas
e positivas:
• Compreender a natureza das mudanças
educativas
• Construir uma visão partilhada da
educação
• Praticar o diálogo político como estratégia
de mobilização de toda a sociedade
Porque são as mudanças educativas tão
difíceis?
1. Os níveis de realidade: as pessoas,
os grupos, as organizações, as
instituições
2. Os poderes e os conflitos
3. Das decisões políticas às práticas
reais: papel dos actores
Um simples exercício dá-nos conta das
dificuldades … inesperadas
Teoria de Palo Alto
Querer, saber e poder,
A todos os níveis da realidade
Precisamos uns dos outros; ninguém muda
sozinho e ninguém é, nunca,
absolutamente determinado: as margens
de liberdade
Para debate:
Quem são «os outros», ou seja, quem são
os actores das mudanças educativas?
Quais são os obstáculos à sua mobilização e
à sua participação? O que dificulta? O que
pode ajudar a resolver?
T. G.
CONSTRUIR UMA VISÃO DA
EDUCAÇÃO ARTICULANDO
OBJECTIVOS, PROCESSOS E
RESULTADOS
Um objectivo, uma acção, uma iniciativa
só têm sentido em relação a uma visão
de conjunto que os justifica, orienta e
avalia (como as peças de um puzzle que
não significam nada sem o conjunto)
Construir uma visão exige que se saiba
onde queremos chegar (os objectivos);
para isso, temos que saber de que
realidade partimos (os diagnósticos)
e através de que processos e de que
passos
faremos
o
caminho
(as
estratégias)
Temos que conhecer e que avaliar os
recursos disponíveis (com quê)
Temos que identificar os actores com os
quais vamos construir as mudanças (com
quem)
Temos que definir os compromissos e as
acções imediatas (como)
É necessário criar dispositivos de
acompanhamento
dos processos que nos permitem avaliálos e regulá-los (avanços e dificuldades,
acordos e conflitos, resultados) para
que, em cada etapa se redefina a etapa
seguinte.
Muitas vezes sabemos o que
queremos mas não sabemos como
lá chegar.
Obstáculos partilhados por muitos países
africanos:
Falta de coordenação dos serviços oficiais
Burocracia e centralização da organização e da
gestão
Falta de participação da sociedade na vida
educativa
Ausência de formação para conduzir , apoiar e
avaliar estratégias partilhadas
Para debate:
Quais dos obstáculos referidos vos parecem
ter consequências “mais pesadas” no vosso
trabalho?
Porquê?
Como pensam que esses obstáculos podem
ser ultrapassados?
Dos projectos aos planos:
Os projectos: múltiplos, paralelos, sem
continuidade nem mudanças estruturais
consolidadas.
A integração dos projectos em planos
permite explicitar etapas e a sua articulação,
sempre em função dos objectivos a
médio/longo prazo.
O diálogo político
Dimensões internacionais :
Conferências
Negociações com as agências de
financiamento
Dimensões nacionais:
Uma dimensão interna (dentro do próprio
governo entre educação e finanças, p. ex.)
Uma dimensão externa: os parceiros e os
actores educativos
Os instrumentos do diálogo político
Estes instrumentos visam a mobilização,
a informação e a comunicação, visam
a construção de consensos e a
organização da participação na
continuidade, assim como a formação
de todos os parceiros.
Os Estados Gerais da Educação, os dias
de reflexão, os dias “D”, os dias da
concórdia, as semanas de portas abertas
são
instrumentos
que
visam
a
comunicação e a mobilização dos actores.
Os pactos educativos, os ateliers de
diálogo, as mesas de concertação e de
negociação, são instrumentos para a
construção de consensos, ou seja, para a
construção de uma visão partilhada.
Para debate:
Que iniciativas deste tipo têm tido lugar no
vosso país?
Com que resultados?
Ana Benavente© - Maputo 2006
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