Capítulo 9 A Escola Comportamentalista Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A dinâmica de grupo e suas características Estudo dos pequenos grupos. Os fatores que determinam a formação de grupos se apóiam na idéia de consenso interpessoal e solidariedade grupal. Partindo-se desse consenso, encontram-se os seguintes determinantes: • • • • • Interação. Localização. Interesses comuns. Tamanho. Comunicação. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 2 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A administração comportamentalista, de Simon Duas linhas dentro do comportamento: • 1: ênfase no aspecto sociológico (Chester Bernard, Herbert Simon e Philip Selznick). • 2: ênfase no aspecto psicológico (Elton Mayo, Chris Argyris e Amitai Etzioni). O nome de maior destaque na corrente comportamentalista é Herbert Alexander Simon. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 3 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A motivação humana Quatro características específicas que servem de base para o conceito de motivação: • • • • A motivação é definida como um fenômeno individual. A motivação é descrita, geralmente, como intencional. A motivação é multifacetada. O propósito das teorias de motivação é predizer o comportamento. Motivação: ”O grau para o qual um indivíduo quer e escolhe adotar determinado comportamento”. Desempenho = f (habilidades x motivação). © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 4 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A motivação humana Ciclo da motivação: © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 5 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Teorias de motivação Podem ser divididas em três principais grupos: • Teorias de conteúdo: o que motiva o comportamento. • Teorias de processo: como o comportamento é motivado. • Teorias de reforço: tentam ajudar os administradores a entender como o comportamento dos indivíduos é influenciado pelas conseqüências do ambiente. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 6 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Teorias de conteúdo Teoria da hierarquia das necessidades, de Maslow: © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 7 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Teorias de conteúdo Teoria ERC, de Alderfer: Variação da teria de Maslow, apresentando apenas três níveis de necessidades: • Necessidades de existência (E): desejo de bemestar fisiológico e material. • Necessidades de relacionamento (R): desejo de satisfação das relações interpessoais. • Necessidades de crescimento (C): desejo de crescimento continuado e desenvolvimento pessoal. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 8 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Teorias de conteúdo Teoria dos fatores, de Hezberg: Fatores de higiene São ambientais, externos ao ambiente de trabalho. Previnem insatisfação. Produzem nível zero de motivação se mantidos. Nunca são completamente satisfeitos. Dinheiro é o mais importante deles. Fatores de motivação Deixam o indivíduo satisfeito. Afetam a satisfação no trabalho. Incitam os indivíduos a um desempenho superior. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 9 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Teorias de conteúdo Teoria da realização (ou das necessidades atendidas), de McClelland: Existem certas necessidades que são aprendidas e socialmente adquiridas. São classificadas em três categorias: • Necessidades de realização: desejo de alcançar algo difícil exige um padrão de sucesso, domínio de tarefas complexas e superação de outras; é uma necessidade de desafio para realização pessoal. • Necessidades de afiliação: desejo de estabelecer relacionamentos pessoais próximos, de evitar conflitos e estabelecer fortes amizades; é uma necessidade social. • Necessidades de poder: desejo de influenciar ou controlar outros, ser responsável por outros e ter autoridade sobre eles. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 10 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Teorias de conteúdo Comparação das quatro teorias de conteúdo de motivação: © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 11 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Teorias de processo Teoria da expectativa, de Vroom: A teoria da expectativa foi elaborada com base em três conceitos: • Valência. • Expectativa. • Instrumentalidade. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 12 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Teorias de processo Teoria da eqüidade, de Stacy Adams: Toda a vez que alguém acredita que as recompensas recebidas pela contribuição de seu trabalho são menores do que as recompensas recebidas pelos esforços dos outros, o indivíduo se motiva a atuar no sentido de remover o desconforto e restabelecer um senso de equilíbrio percebido. A teoria da eqüidade na prática: Compar ação Resultado: eqüidade Motivação para o desempenho Resultado: iniqüidade Motivação para racionalização; brigas; desistência © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 13 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Teoria do reforço, de Skinner A teoria de Skinner propõe que, por meio das conseqüências do comportamento, os funcionários serão motivados a se comportar de maneiras predeterminadas. Reforço positivo Dar algo agradável Reforço negativo Eliminar algo incômodo Punição positiva Acrescentar algo ruim Punição negativa Tirar algo bom © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. Aumento da freqüência do comportamento Diminuição (ou redução) da freqüência do comportamento 14 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Integração das teorias de motivação Da tentativa de junção das teorias de conteúdo com as de processo, resultaria um modelo de desempenho e de satisfação do indivíduo. No modelo, o desempenho no trabalho e a satisfação estão separados, mas potencialmente interdependentes dos resultados do trabalho. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 15 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Integração das teorias de motivação Na verdade, toda e qualquer teoria procura explicar o que acontece com o comportamento humano, como alterá-lo da maneira mais adequada e para os melhores resultados possíveis em toda condição ou circunstância. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 16 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A liderança nas organizações • Liderança formal: exercida por pessoas escolhidas para posições de autoridade formal nas organizações. • Liderança informal: exercida por pessoas que se tornam influentes por usar habilidades especiais, que servem às necessidades de outros. O estudo da liderança aqui apresentado refere-se à liderança formal e, principalmente, à liderança gerencial. Liderança é o processo de dirigir e influenciar as atividades de grupos no sentido de alcançar os objetivos em uma dada situação. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 17 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A liderança nas organizações Cinco tipos de poder que servem de base para o desenvolvimento de liderança: • 1: poder de recompensa. • 2: poder coercitivo. • 3: poder de especialização. • 4: poder de referência. • 5: poder legítimo. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 18 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A liderança nas organizações Teoria X e Y, de Mcgregor: “Toda decisão administrativa tem conseqüências sobre o comportamento dos indivíduos. A administração bem-sucedida depende – não só, mas bastante – da capacidade para predizer e controlar o comportamento humano.” [The human side of enterprises (1960)] • Teoria X: suposição de que o homem é, por natureza, indolente, evita o trabalho, não tem ambição, desgosta da responsabilidade e prefere ser dirigido. • Teoria Y: suposição de que o indivíduo não é, por natureza, preguiçoso e não confiável. Essa visão propõe que as pessoas podem se autodirigir e ser criativas no trabalho, desde que adequadamente motivadas. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 19 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A liderança nas organizações Sistemas de administração, de Likert: O objetivo era determinar os princípios básicos e os métodos de liderança eficaz, necessários para alcançar um desempenho e níveis de satisfação almejados. Dois tipos de comportamento de liderança foram identificados: • Comportamento centrado no trabalho: é o comportamento de liderança centrado nas tarefas. • Comportamento centrado no empregado: é o comportamento de liderança voltado para a pessoa. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 20 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A liderança nas organizações Conclusões dos estudos de Likert: • Nas unidades com líderes centrados no trabalho, a produção era maior, mas a satisfação dos empregados era baixa, e a rotatividade e o absenteísmo eram altos. • Líderes de sucesso tinham padrões de comportamento de apoio orientados para as relações humanas e para o empregado. Clima organizacional. Quatro tipos básicos de estilos de liderança: • Autoritário coercitivo. • Autoritário benevolente. • Consultivo. • Participativo. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 21 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A liderança nas organizações Estudos da Universidade de Ohio: Inicialmente, identificar dez categorias nas quais o comportamento do líder poderia ser diferenciado. Por fim, duas dimensões de liderança foram isoladas: • Relacionadas com a consideração. • Relacionadas com a estrutura de iniciação (ou estrutura de tarefa). © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 22 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A liderança nas organizações © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 23 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A liderança nas organizações O grid de liderança, de Blake e Mouton: • Se originou de uma forte dúvida intelectual de estudos anteriores da Universidade de Ohio. • É uma classificação de estilos de gerenciamento baseada em duas variáveis: • Relacionadas às pessoas. • Relacionadas à produção. • Existem nove graus de referência para cada uma das duas dimensões, o que resulta em uma matriz de 81 células. Cada célula representa um possível estilo de gerenciamento. • Cinco estilos são especialmente considerados e denominados. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 24 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A liderança nas organizações © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 25 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Liderança gerencial • Não é fácil separar liderança e gerenciamento como atividades distintas. • Para ser um gerente eficaz é necessário exercitar papéis de liderança. • Uma visão comum é que o trabalho do gerente requer a habilidade da liderança. Gerenciamento Liderança Ainda que a liderança seja um atributo especial que pode ser diferenciado dos outros elementos do gerenciamento. Lembre-se que você pode ser considerado um gerente, mas não será um líder até que sua situação não seja ratificada nos corações e nas mentes daqueles que trabalham para você. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 26 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Abordagens contingenciais de liderança O continuum de liderança, de Tannenbaum e Schhmidt: Sugerem um continuum de comportamentos de liderança possíveis para um gerente, dentro do qual diversas posturas de liderança podem ser adotadas. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 27 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Abordagens contingenciais de liderança Modelo contingencial, de Fiedler: • É baseado na noção de que a liderança de sucesso depende da combinação entre líder, situação e subordinados. • A fim de medir as atitudes do líder, Fiedler desenvolveu uma escala de menor preferência como colega de trabalho (mpct). • O líder com alto mpct é originado de mais satisfação nos relacionamentos interpessoais e motivação para agir em uma maneira de apoio aos funcionários. • Os resultados altos do mpct estariam associados com o desempenho eficaz do grupo. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 28 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Abordagens contingenciais de liderança Modelo caminho-meta, de House e Mitchell: • Propõe que os líderes influenciam os subordinados pela clarificação do que deve ser feito (caminho) para obter recompensas que eles desejam (metas). • Os líderes podem adotar diferentes estilos de liderança: • • • • Liderança diretiva. Liderança de apoio. Liderança participativa. Liderança orientadas para a realização. • Os líderes deveriam selecionar o estilo que melhor se adapta às características da situação, dos subordinados e da demanda por seus trabalhos. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 29 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Abordagens contingenciais de liderança Modelo da liderança situacional, de Hersey e Blachard: • Modelo de liderança contingencial baseado no ciclo de vida, cuja proposta de estilo eficaz é baseada na maturidade dos subordinados. • A maturidade deve ser considerada somente em relação a uma tarefa específica e não ao indivíduo. • O conceito de maturidade inclui duas dimensões: maturidade de trabalho (capacidade) e maturidade psicológica (disposição). • O líder passa de um comportamento de tarefa (com um subordinado imaturo) para um comportamento de relacionamento à medida que o funcionário amadurece em sua função. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 30 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista Abordagens contingenciais de liderança © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 31 Cap. 9 – A Escola Comportamentalista A qualidade de vida no trabalho • O crescente interesse no projeto do trabalho tem sido associado ao desenvolvimento de um conceito social mais amplo, relativo à qualidade de vida no trabalho. • Os estudiosos, em consideração à experiência de trabalho dos trabalhadores, concluíram: Se alguém acredita que o sistema econômico existe para servir a população, mais do que o povo existe para servir ao sistema, então deve ser dada atenção crescente em direção a dois problemas humanos básicos no local de trabalho: 1. satisfação das pessoas com retornos econômicos e tangíveis pelos seus esforços. 2. auto-realização dos indivíduos por meio de seu trabalho. Embora algum progresso tenha ocorrido na solução do primeiro problema, a importância de segundo raramente é reconhecida. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 32