Capítulo 15 A Teoria das Contingências Cap. 15 – A Teoria das Contingências Origens da Teoria das Contingências • Interesse pelo papel da tecnologia na estrutura das organizações. • Comprometimento com relação às variações tecnológicas como uma variável contingencial. • O modo como os administradores trabalham é uma contingência das características do ambiente organizacional. Os estudos de Woodward – tecnologia e estrutura: • Considerou a tecnologia como responsável por um papel tão ou mais importante que aquele da estrutura e dos processos na organização interna. • A hipótese básica da Teoria Tecnológica de Woodward é que as empresas que mais se aproximam da estrutura adequada para suas tecnologias deveriam ser as de maior sucesso. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 2 Cap. 15 – A Teoria das Contingências Origens da Teoria das Contingências O trabalho de Perrow – tecnologia e estrutura: • Chamou a atenção para duas dimensões importantes da tecnologia: 1: se a tarefa do trabalho é previsível ou variável (exceções). 2: se a tecnologia pode ser analisada (análise tecnológica). • Usando o conceito cognitivo de tecnologia, Perrow coloca as organizações em várias posições de um espaço criado pelas duas variáveis (número de exceções e habilidade de análise da tecnologia). • As duas dimensões tendem a estar relativamente correlacionadas de forma positiva. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 3 Cap. 15 – A Teoria das Contingências Origens da Teoria das Contingências Os sistemas de Burns e Stalker – ambiente e estrutura: • Analisaram os efeitos do ambiente externo sobre o padrão de administração e de desempenho econômico das empresas. • Diferenciaram cinco tipos ambientais, variando desde estável até menos previsível. • Definiram também dois opostos de prática e estrutura administrativa: o sistema mecanístico e o sistema orgânico. Estruturas mecanísticas e orgânicas: • O grau de incerteza afeta a intensidade com a qual as atividades das tarefas em si podem ser pré-planejadas ou estruturadas. • A característica mais evidente da organização mecanística é sua previsibilidade. • A estrutura orgânica se estabelece como oposição à estrutura mecanística. A organização orgânica é flexível às demandas da mudança ambiental. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 4 Cap. 15 – A Teoria das Contingências Origens da Teoria das Contingências Os estudos de Lawrence e Lorsch – ambiente e estrutura: • Investigaram a relação entre as características estruturais das organizações complexas e as condições do ambiente que essas organizações enfrentam. • Questão básica: “O que a organização faz para lidar com as diversas condições econômicas e de mercado?” • Fizeram um estudo comparativo de organizações concorrentes. • As estruturas internas das empresas foram analisadas em termos de diferenciação e de integração. • As duas empresas de maior sucesso foram aquelas com o mais alto grau de integração e estavam também dentre as mais altamente diferenciadas. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 5 Cap. 15 – A Teoria das Contingências Origens da Teoria das Contingências O estudo de Chandler – estratégia e estrutura: • O objetivo de seu estudo era testar a tese de que a estrutura da organização segue a estratégia gerencial. Ele fez uma análise profunda de apenas quatro grandes empresas norte-americanas de negócios: DuPont, General Motors, Standard Oil (Nova Jersey) e Sears-Roebuck. • Segundo Chandler, o relacionamento de contingência seria se– então: se a organização opera em um ambiente relativamente dinâmico e específico (concorrência, clientes e fornecedores), então uma estrutura flexível de organização seria mais eficaz. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 6 Cap. 15 – A Teoria das Contingências Origens da Teoria das Contingências Os estudos da Universidade de Aston – estrutura e tamanho: • • Os teóricos, ao longo dos anos, têm estabelecido ligação entre tamanho e algumas características das organizações. Inspirados na burocracia ideal de Max Weber, apoiaram a influência do tamanho nas características burocráticas: - Formalização. - Especialização. - Padronização. - Centralização. • Concluiu-se que a tecnologia é somente um dos fatores que influencia a estrutura administrativa. • Em organizações pequenas, a estrutura geral será mais influenciada pela tecnologia; em organizações grandes, o tamanho se torna fator crítico na determinação do nível de burocracia. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 7 Cap. 15 – A Teoria das Contingências Desenho organizacional O desenho organizacional é fundamentalmente uma consideração sobre a determinação da estrutura da organização. Há quatro elementos principais da estrutura da organização: • • • • Alocação de responsabilidades e de tarefas. Relacionamento de subordinação. Agrupamento dos indivíduos em departamentos. Mecanismos de coordenação e de integração. Tipos de organizações: • Organizações funcionais. • Organizações divisionais. • Organizações matriciais. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 8 Cap. 15 – A Teoria das Contingências O processo do desenho organizacional • Alfred Chandler propiciou o primeiro conjunto de respostas à questão referente ao que conduz uma organização ao redesenho de sua estrutura. Ele observou que, diante das mudanças tecnológicas, demográficas e de mercados, as organizações reformularam suas estratégias para desdobrar seus recursos mais lucrativamente. • Chandler observou um estágio inteligente de desenvolvimento de estratégias. Além disso, ele postulou as estruturas que viriam com cada estágio de desenvolvimento da estratégia. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 9 Cap. 15 – A Teoria das Contingências O processo do desenho organizacional • O ponto de partida da empresa era um empreendedor, e daí adviriam quatro estágios de crescimento: 1: expansão de volume. 2: expansão geográfica. 3: integração vertical. 4: diversificação. Nos anos posteriores aos estudos de Chandler, duas grandes expansões de suas idéias foram desenvolvidas: • Forma de conglomerado. • Expansão multinacional. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 10 Cap. 15 – A Teoria das Contingências Visões contingenciais versus visões de sistemas A Teoria de Sistemas, especialmente a ‘Teoria de Sistemas Abertos’, que enfatiza os insumos do ambiente, está muito próxima da abordagem contingencial. • Tanto a Teoria de Sistemas quanto a Teoria das Contingências reconhecem a importância do ambiente externo e tentam olhar para as relações das partes com o todo. • A abordagem contingencial é mais pragmática e aplicável à Teoria da Administração e à prática. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 11 Cap. 15 – A Teoria das Contingências Limitações e críticas referentes à Teoria de Contingências As críticas, dificuldades e limitações relativas à Teoria das Contingências geralmente se relacionam a sete aspectos principais: • • • • • • • Relacionamento casual. Desempenho organizacional. Variáveis independentes. Contingências múltiplas. Mudança planejada. Fatores de poder. Velocidade da mudança organizacional. © 2008 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. 12