Teorias pedagógicas e a prática em
Design Instrucional
Vani Moreira Kenski
USP/SITE Educacional
Teorias pedagógicas e a prática
em Design Instrucional
Apresentação
 Designers Instrucionais precisam possuir
conhecimentos em várias áreas: tecnológicas,
pedagógicas, comunicacionais, gerenciais etc.
 Neste minicurso o foco será para o conhecimento de
teorias de ensino-aprendizagem e a importância que
possuem na prática em Design Instrucional.
 Existem inúmeras teorias e abordagens de ensinoaprendizagem válidas.
 Definir qual a melhor para cada tipo diferenciado de
curso é uma das funções do DI.
Teorias pedagógicas e a prática
em Design Instrucional
Conteúdo:
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Design Instrucional
Entre teorias, modelos, estratégias e
abordagens pedagógicas;
Caracterização das teorias pedagógicas:
positivistas, interpretativas e críticas;
A urgência de novos horizontes teóricos
em Educação;
A importância das teorias e abordagens na
prática em DI.
Programa/Atividades
 Apresentação pessoal, do minicurso
 Design Instrucional
 DI entre teorias, modelos, estratégias e
abordagens pedagógicas
 DI e a caracterização das teorias pedagógicas:
positivistas, interpretativas e críticas;
Intervalo
 A urgência de novos horizontes teóricos
 A importância das teorias na prática em DI.
Bases da profissão de Designer
Instrucional

Implementa, avalia, coordena e planeja o desenvolvimento de
projetos pedagógicos/ instrucionais nas modalidades de
ensino presencial e/ou a distância, aplicando metodologias e
técnicas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem.

Atua em cursos acadêmicos e/ou corporativos em todos os
níveis de ensino para atender as necessidades dos alunos,
acompanhando e avaliando os processos educacionais.

Viabiliza o trabalho coletivo, criando e organizando
mecanismos de participação em programas e projetos
educacionais, facilitando o processo comunicativo entre a
comunidade escolar e as associações a ela vinculadas.
(MET/CBO, 2009)
Níveis de atuação de um DI
MACRO
 Responsável pela definição de diretrizes gerais do processo
educacional a ser desenvolvido pela instituição, sistema de ensino,
organização...
MESO
 Estruturação de programas, cursos e disciplinas.
 Adequação de ações educacionais de acordo com o contexto.
MICRO
Desenvolvimento de unidades de estudo, compreendendo:
 Design de cursos para a modalidade on-line;
 Desenvolvimento de storyboard/roteiro, conforme especificidades de
cada projeto;
 Adaptação de conteúdos para diferentes mídias.
Designer Instrucional e Teorias
Pedagógicas
 Para o Designer Instrucional a compreensão das diferentes
teorias pedagógicas é fundamental.
 O foco da sua atuação está na convergência que consegue
realizar entre as tecnologias, os conteúdos e o contexto em
que ocorrerá a ação educativa com uma finalidade única e
exclusiva: garantir a melhor qualidade de aprendizagem aos
estudantes.
 A compreensão das diferenciadas teorias e de
posicionamentos de teóricos sobre como ocorre a
aprendizagem vai lhe garantir condições de encaminhar o
processo educativo que está construindo em caminhos mais
orientados e seguros.
O que é uma teoria pedagógica?
A teoria fornece uma explicação geral das observações
científicas feitas em um determinado campo do
conhecimento.
As teorias pedagógicas refletem sobre as relações
ocorridas nos atos de ensinar e aprender de forma
ampla e generalizada, de acordo com uma
determinada visão de mundo, em um momento
específico da evolução da humanidade.
Englobam os papeis de professores e dos aprendizes;
as especificidades dos conteúdos e dos espaços
educacionais; as finalidades das aprendizagens, as
interações e mediações tecnológicas e pessoais que
se entrelaçam no ato educativo.
Teorias e a ação do DI
Gus Prestera, 2002
DI entre teorias, modelos, estratégias e
abordagens pedagógicas
 Ambigüidade da terminologia;
 As abordagens pedagógicas definem as
condições estruturais em que uma ou mais teoria
é apropriada para o desenvolvimento de projetos
específicos de acordo com o contexto
educacional.
 Um modelo é uma imagem mental que nos ajuda
a entender as coisas que não podemos ver ou
explicar diretamente.
 Estratégias são os caminhos escolhidos para
que a ação educativa ocorra em um determinado
contexto.
• Todas as atividades e relações que envolvem ensinoaprendizagem refletem a visão de mundo de quem a
propõe.
• Envolvem também a compreensão pessoal sobre:
▫ Educação
▫ Relação ensino-aprendizagem
▫ Papéis dos alunos, professores
▫ Espaços, tempos e ambientes de aprendizagem
▫ Importância dos conteúdos
▫ Objetivos e formas de avaliação
• Enfim, definem uma “teoria pedagógica’ que permeia
todo o processo de formação dos estudantes.
Vejamos...
• Exemplo 1
▫ “Você não pode compreender o Google, diz sua vicepresidente Marisa Mayer, se não souber que seus
criadores - Larry Page e Sergey Brin – foram ‘crianças
Montessori’.
▫ Em uma escola Montessori você vai pintar se tiver
algo para transmitir ou porque você quer fazer isto
neste momento, não porque a professora manda.
▫ Esta é a maneira como Larry e Sergey lidam com os
problemas. Eles estão sempre questionando: ‘porque
isto tem que ser assim?’ esta é a maneira como o
cérebro deles foram programados desde cedo.
 (Wired, abril/2011).
• Exemplo 2
▫ Os meninos de garagem dos anos 70 surgiram em
grande número na costa oeste dos Estados Unidos,
na California. Não é por acaso que todos vivenciaram
estratégias pedagógicas baseadas no pensamento de
Roger, que pregava a “liberdade para aprender”, o
foco nos interesses do aluno, a experimentação, a
flexibilização extrema dos currículos.
▫ Ah... Hare Crishna e outras seitas também
floresceram entre jovens, na California, na mesma
época...
▫ Os jovens da costa leste aprenderam orientados pelas
teorias de Jerome Bruner (NY) e Ausubel (Florida)...
Videos
Escala Pentatônica
(link para
http://www.youtube.com/watch?v=ne6tB2KiZuk)
Tecnologia ou metodologia?
http://www.youtube.com/watch?v=xLRt0mvvpBk
Continuum das teorias pedagógicas
Lysle, 1997
Positivista: Abordagem orientada pela determinação da lei
de causa e efeito.
Interpretativa: Abordagem que tenta descobrir as escolhas
envolvidas na ação humana.
Crítica: Abordagem que busca analisar como a estrutura
social condiciona a ação humana.
Os fundamentos das teorias clássicas
Behaviorismo:
Alterações observadas no comportamento do sujeito.
Princípio - repetir padrões de comportamento até que eles
sejam “incorporados”, feitos automaticamente.
Cognitivismo:
Baseia-se em processos que ocorrem por trás das
mudanças de comportamento.
Essas mudanças são observadas na busca para entender
o que acontece na mente do aluno.
Construtivismo
Cada pessoa constrói sua visão do mundo que o rodeia
por meio das suas próprias experiências e compreensões.
Formação do aluno para resolver problemas complexos.
As bases do behaviorismo
 Aristóteles conduziu experimentos em "Memória", voltado
para as associações feitas entre eventos, tais como
relâmpagos e trovões.
 Outros filósofos que seguiram o pensamento de
Aristóteles são Hobbs (1650), Hume (1740), Brown
(1820), Bain (1855) e Ebbinghaus (1885) (Black, 1995).
 Estudo dos comportamentos que podem ser observados
e medidos (Good e Brophy, 1990).
 As respostas podem ser observadas quantitativamente,
ignorando totalmente a possibilidade de qualquer
processo que pode ocorrer dentro da mente.
 Considera a mente como uma "caixa preta“.
 Teóricos : Pavlov, Watson, Thorndike e Skinner.
A importância do Behaviorismo para
o Design Instrucional
• O movimento de objetivos comportamentais
▫ Taxonomia da aprendizagem
• As máquinas de ensinar
• A instrução programada
• Os auto-instrucionais;
• A aprendizagem assistida pelo computador
• Os sistemas instrucionais como um todo.
Shirt S. Sciffman, Instructional Systems Design, Instructional Technology: Past, Present and Future, Anglin, 1995
Os fundamentos do cognitivismo
• O cognitivismo remonta ao tempo de Platão e
Aristóteles.
• Aprendizagem envolve associações criadas pela
proximidade com outras pessoas e repetição.
• Importância do reforço na retroalimentação e na
motivação.
• “Mesmo aceitando tais conceitos comportamentais,
os teóricos do cognitivismo vêem o processo de
aprendizagem como a aquisição ou reorganização
das estruturas cognitivas através das quais as
pessoas processam e armazenam informações.”
(Good e Brophy, 1990).
• Teóricos: Jean Piaget, Brunner, Ausubel, Gagné...
Principais conceitos do Cognitivismo
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Esquema
Modelo de processamento de informações em três fases :
Registro sensorial;
Memória de curto prazo;
Memória de longo prazo.
Recuperação
Efeitos:
Amplificação; Posição Serial; Prática; Transferência;
Interferência;
Organização: Contexto, Mnemônicos, Esquemas Pessoais.
Organizadores avançados: Prepara o aluno para novas
informações
Importância do Cognitivismo para o DI
A proposta de West, Farmer e Wolff
1. “Chunking” – ordenação em pequenas unidades de informação,
coordenadas entre si.
2. “Frames” – matrizes para estruturar conceitos, categorias e
relações.
3. Mapas conceituais
4. Organizadores avançados
5. Metáforas/ Analogias/Comparações
6. “Rehearsal” – revisões, perguntas-respostas, diversas atividades
práticas em que os estudantes respondem e discutem os temas
estudados.
7. “Imagery” - uso de imagens mentais que auxiliem na
aprendizagem.
8. Memorização – uso de estratégias para memorizar nomes,
conceitos, regras..
Importância do Cognitivismo para o DI
A teoria de elaboração de Reigeluth
1.Identificação dos objetivos de aprendizagem;
2. Apresentação do cenário;
3. Exemplos;
4. Demonstração;
5. Elos entre os novos conceitos com os conhecimentos
prévios;
6. Estabelecimento de relações entre os novos
procedimentos e os que já são familiares aos estudantes;
7. Garantia de infraestrutura para o desenvolvimento das
atividades de aprendizagem
Importância do Cognitivismo para o DI
“Eventos de instrução” de Gagné
1. Promover a atenção para o tema (recepção)
2. Informar sobre os objetivos da aprendizagem para os aprendizes (expectativa)
3. Estimular a lembrança de aprendizagens anteriores (recuperação)
4. Apresentar o conteúdo (percepção seletiva do conteúdo)
5. Fornecer apoios para o aprendizado (uso de exemplos, casos, esquemas...)
6. Estimular o desempenho (uso de atividades práticas, exercícios,...)
7. Fornecer feedback imediato para as atividades dos alunos (reforço)
8. Avaliar o desempenho (recuperação)
9. Aumentar a retenção e a transferência (generalização).
Fundamentos do Construtivismo
1. Construção ativa a partir dos conhecimentos pré-existentes.
Movimento permanente que engloba pelo menos dois movimentos
(assimilação e acomodação) produzindo um processo de equilíbrio
contínuo (equilibração)..
1. Adaptação. Todo o conhecimento apropriado de forma personalizada
pelo aprendiz altera todo o arcabouço mental já existente. O indivíduo
modifica o meio e é também modificado por ele. A adaptação intelectual
constitui-se então em um "equilíbrio progressivo entre um mecanismo
assimilador e uma acomodação complementar" (Piaget, 1982).
2. Viabilidade. Os aprendizes precisam compreender a utilidade e
finalidade dessas aprendizagens para que possam participar ativamente
do processo e aprender..
3. Construção social. Embora cada pessoa construa o conhecimento de
forma individual e personalizada, o processo de construção é definido
pelos componentes socialmente envolvidos.
A construção dos conhecimentos é diretamente
influenciada pelo ambiente de aprendizagem que
deve:
• Oferecer desafios baseados no mundo real que
sejam compreendidos pelos alunos.
• Facilitar a construção coletiva dos conhecimentos
por meio de atividades em equipe e outras formas
de interação que estimulem a troca entre todos os
participantes.
Conceitos básicos no Construtivismo de Vygotsky
(sócio-interacionismo)
1. Mediação – O conhecimento é sempre mediado.
2. A linguagem (a fala) é fundamental. Trocas e interações entre todas as pessoas
3. Níveis de desenvolvimento
- Desenvolvimento real: o que a pessoa consegue fazer sozinha, sem a
necessidade de novas aprendizagens.
-Desenvolvimento potencial - o aprendiz realiza tarefas mais complexas, após
a ajuda e orientação de um professor ou por meio de trocas com outros
aprendizes.
4. Zona do desenvolvimento proximal - Caracterizada pelas interações do aprendiz
com os demais participantes do processo de aprendizagem.
5. Tomada de consciência - A medida que o homem aprende, ele vai tomando
consciência sobre seus atos e relações.
6. Relação desenvolvimento e aprendizagem.
A aprendizagem como processo de internalização de novas informações, de
acordo com as interações do sujeito com o meio.
O desenvolvimento é uma relação dialética e caótica que ocorre internamente
nas infinitas interrelações entre os conhecimentos, em permanente construção.
Bases de um DI Construtivista
1. Análise do conteúdo.
O conteúdo não deve ser totalmente especificado, pois os aprendizes precisam
construir suas próprias compreensões. Um corpo de informações básicas pode
ser oferecido, mas o estudante deve se encorajado a pesquisar e aprofundar
seus conhecimentos e posicionamentos.
O conhecimento deve ser aplicado em contextos reais, ajudando os estudantes
a refletir como especialistas para resolver problemas e superar desafios. Para o
DI isto significa que não devem ser utilizadas estratégias de simples
memorização de conteúdos descontextualizados e isolados.
2. Analise dos estudantes.
Os estudantes possuem perspectivas individuais e únicas de aprendizagem. O
foco deve estar em suas capacidades mentais de acomodação e assimilação de
informações por meio de atividades ativas e contextualizadas. Estímulos à
reflexão, tomada de decisões, manifestação de opiniões e interações com os
demais participantes são estratégias a serem perseguidas pelos DIs nesse
contexto.
Bases de um DI Construtivista
3. Especificação dos objetivos
Na perspectiva construtivista, ao se pensar nas taxionomias de objetivos
educacionais, a função de análise é o principal objetivo de aprendizagem em
cada domínio. As estratégias de DI devem orientar os estudantes a refletir e
saber analisar o que está sendo proposto, como objetivos de aprendizagem.
4. Design
Construção de ambientes em que os aprendizes explorem diferenciadas
possibilidades de manipulação das informações e que possa facilitar a
construção de significados em múltiplas perspectivas. O uso de estratégias com
muitas interações entre os participantes e atividades em equipes para a
resolução de questões contextualizadas e significativas .
5. Avaliação
Aprendizes interpretam diferentemente os mesmos conteúdos, portanto a
avaliação da aprendizagem deve ser flexível, nada rígida, para acomodar essas
diferenças de percepção. A avaliação deve também incluir a auto-avaliação feita
pelos alunos.
Vídeos
Rafinha
http://www.youtube.com/watch?v=IUhxH
c27mmM&feature=related
Teorias Críticas Pós-Modernas
1.
Relativização do conhecimento sistematizado, destacando o
caráter instável de todo conhecimento.
2.
Os sujeitos são produtores de conhecimento dentro de sua
cultura, capazes de desejo e imaginação, de assumir seu papel
de protagonistas na construção da sociedade e do
conhecimento.
3.
Mais do que aprender e aplicar o conhecimento objetivo, os
indivíduos e a sociedade progridem à medida que se
empenham em alcançar seus próprios objetivos.
4.
Não há cultura dominante, todas as culturas têm valor igual.
Rejeição às formas de homogeneização e dominação cultural.
5.
Pela convergência e pelo principio da integração, deve-se
eliminar as fronteiras entre os saberes e promover a
articulação entre eles.
Bases de um DI pós-moderno
Metodologia
1. Teorias são dedicadas às necessidades humanas e não o contrário.
2. Modelos processuais de DI são flexíveis e mutáveis.
3. Mesmo os princípios fundamentais devem ser continuamente testados de
acordo com as necessidades das pessoas envolvidas no projeto.
4. Incorpore técnicas de projeto participativo, como atividades de campo fora
do ambiente ou do "laboratório".
5. Inclua professores e alunos, como parte da equipe do projeto.
6. Certifique-se de que todos têm contribuições para o bom resultado do
projeto.
7. Embora certas palavras “chavões” sejam necessárias, utilize-as com
moderação.
8. Palavras como "prerequisitos", "seleção", "feedback", "ambientes", etc.
possuem significados já tão arraigados no pensamento educacional que
podem limitar nossas alternativas de pensar diferente.
Bases de um DI pós-moderno
Análise das Necessidades.
1. Use o consenso para analisar as estratégias.
2. Nem sempre as estratégias corretas, definidas pelo modelo teórico
utilizado, são as mais adequadas para a situação de aprendizagem.
3. Procure definir consensualmente as melhores estratégias para o
projeto educacional em questão.
4.
Faça a análise do “impacto ambiental” do projeto e das estratégias
propostas. Questione, depois de abordar as necessidades específicas,
que tipos de resultados inesperados podem ser antecipados?
5. Resista à tentação de ser conduzido por conteúdos que podem ser
facilmente medidos e manipulados. Muitos resultados de
aprendizagem importantes não podem ser facilmente medidos.
6. Pergunte: Quem faz as regras sobre o que constitui uma necessidade?
Existem outras perspectivas a considerar? Que (e quem)
necessidades estão sendo negligenciadas?
Bases de um DI pós-moderno
Objetivo / Análise de Tarefas
1. Objetivos e metas de aprendizagem surgem durante o processo. Metas de
aprendizagem não podem ser totalmente pré-especificadas.
2. Fique atento para as metas educacionais que fortaleçam a compreensão
conceitual e o desenvolvimento de habilidades para resolver problemas nos
mais diferenciados espaços e situações.
3. Evite descrições operacionais dos resultados de aprendizagem. Elas se
destinam a obrigar os alunos a explicitar resultados que não tem sentido
para eles.
4. Considere múltiplos modelos de experiência e inteligência. Não siga uma
progressão linear de fases, mas assuma formas diferentes para diferentes
pessoas. O importante é que o design do curso possa responder às
necessidades do aluno como ele "é" e apoiar o seu crescimento..
5. Há diferenciadas maneiras de se definir o conteúdo por meio de ações que
sejam realmente significativas para os alunos.
Bases de um DI pós-moderno
Objetivo / Análise de Tarefas
8. Pergunte:
 Quem faz as regras sobre o que constitui um objetivo legítimo de
aprendizagem?
 Que metas de aprendizagem não estão sendo analisadas?
 Vinte e cinco anos atrás, um designer que usasse o verbo
"compreender" em um objetivo de aprendizagem, seria expulso. Ainda
hoje há outras expressões de resultados de aprendizagem que
permanecem como tabus?
 Existem outras dimensões do desempenho humano que continuam a
ser desvalorizadas no discurso ID? O cultural? O espiritual? O
estético? O emocional?
O bom DI pós-moderno deve buscar respostas para essas
perguntas e não ter medo de reexaminar suas práticas.
Bases de um DI pós-moderno
Desenvolvimento de estratégias instrucionais
1. Considere as diferenças entre os objetivos instrucionais e os
objetivos dos alunos. Ajude os alunos a perseguir os seus
próprios objetivos.
2. Aprecie a interdependência entre conteúdo e método. As
teorias tradicionais separam os conteúdos dos métodos de
ensino, como se fossem fatores independentes. O pensamento
pós-moderno diz que é impossível separar esses dois fatores.
3. Esteja aberto a novas formas de pensar a educação e a
instrução. O designer pós-moderno deve sempre sentir malestar quando "aplicar" um modelo teórico-pedagógico particular.
Ao contrário, ele deve sempre estar jogando com modelos,
tentando coisas novas, a modificação ou adaptação de
métodos para se adequar às mais novas circunstâncias.
Bases de um DI pós-moderno
Desenvolvimento de estratégias instrucionais
4. Pense em termos de concepção de ambientes de aprendizagem e
experiências ao invés de "seleção" estratégias instrucionais.
5. Será que o designer "seleciona " uma estratégia ou "arranja" uma
experiência de aprendizagem? Designers pós-modernos pensam
geralmente em aprendizagens interativas, estratégias experimentais
e não no desenvolvimento de um simples produto educacional
6. Considere estratégias que apresentem múltiplas perspectivas e que
estimulem os alunos a assumir responsabilidades.
7. Resista a tentação dos pacotes prontos.
8. Deixe os alunos definirem suas próprias perguntas e metas, buscarem
informações e experiências para resolver e superar desafios de
aprendizagem.
9. O designer precisa encontrar meios de apoio aos alunos sem diminuir
sua autoconfiança.
Bases de um DI pós-moderno
Avaliação dos estudantes
1.
Incorpore na avaliação as experiências cotidianas de aprendizagem
dos alunos, sempre que possível. A avaliação deve ser integrada,
considerando essas experiências significativas de aprendizagem.
2.
Inclua todas as ações e desempenhos críticos na avaliação.
3.
Incorpore os resultados e desempenhos em diferenciados contextos
e situações.
4.
Agregue diferentes perspectivas críticas no processo avaliativo: a
auto-avaliação, a avaliação pelos pares, a avaliação coletiva, etc.
5.
Use avaliações informais. Avaliações informais referem-se
principalmente às observações relacionadas à linguagem corporal,
expressões faciais, e o comportamento em espaços diferenciados de
aprendizagem.
Abordagens teóricas contemporâneas.
 Aprendizagem baseada em problemas (PBL)
 Pedagogia de projetos
 Aprendizagem Significativa e Mapas
Conceituais
 Aprendizado Experimental de Rogers
 Inteligências Múltiplas de Gardner
 Andragogia
 Heutagogia
 Abordagens Colaborativas
O que diz a teoria pedagógica...
1890
.
1940
.
.
1960
.
.
1980
.
.
2000
.
•John Dewey
•Jean Piaget
•Lev Vygotsky
•Jerome Brunner
•David Ausubel
•Paulo Freire
•Seymour Papert
•Lauren Resnick
•John Seely Brown
•Ference Marton
•Roger Säljö
•John Biggs
•Jean Lave …
Partilham uma
concepção
comum de
ensinoaprendizagem
O aprendiz
precisa ser um
participante
ativo para que
ocorra a
aprendizagem.
Round 1 project proposals for TLRP/TEL, apud Laurillard
Teoria atômica e Teoria da aprendizagem
Behaviorismo
“mente como uma caixa preta”
•+
•. –
Cognitivismo
Processos ocorrem dentro da mente.
Construtivismo
Processos na mente são influenciados
pela interação com ambientes ....
Pós-moderna
Fluxo permanente de
relações diferenciadas
Continuum das teorias sobre o processo de aprendizagem (Willys)
DI e as teorias e abordagens pedagógicas
“Cada situação de aprendizagem, cada projeto
educacional é único e especial. Deve ser
contextualizado, relativizado e definido de acordo
com as condições específicas dos alunos, dos
recursos envolvidos, do conteúdo, do tempo
disponível e outras especificidades de cada
situação pedagógica” (Kenski, 2010).
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Teorias pedagógicas e a Prática em Design Instrucional por