Didática aplicada à Enfermagem
Didática aplicada à
Enfermagem: Educação em
Serviço, Educação Continuada
e Educação Permanente
Prof. Bruno Silva
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Contexto educacional do Enfermeiro
• Apesar de historicamente estar permeando os programas
voltados para a área da saúde, a Educação Permanente
só recentemente alçou o ‘status’ de política pública.
• Esta nova perspectiva vem gerando um movimento
inovador de construção de conhecimento visando apoiar
sua implementação e consolidação.
• Um aspecto que chama a atenção, nos documentos
legais, é a ênfase em se estabelecer diferenciação entre
Educação Permanente e Educação Continuada.
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Mudanças conceituais
• Percebe-se que a educação na área da saúde
vem passando por muitas mudanças em suas
concepções e conceitos, paralelamente à
evolução que vem ocorrendo em todas as
ciências, sofrendo influência direta do
momento sócio-econômico-político do país
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Educação Permanente e Educação
Continuada não é a mesma coisa!
• Vamos estabelecer essa afirmativa do título como condição fundamental
para que possamos prosseguir na discussão. Não é a mesma coisa!
Muitas pessoas insistem em realizar e classificar as atividades educativas
equivocadamente, até como sinônimos. Uns chamam de continuada,
outros de permanente, outros até inventam novas modalidades de
classificação das atividades, mas, na prática, poucos utilizam a
terminologia correta, e o mais importante, poucos atendem realmente
ao que a perspectiva educacional de cada situação preconiza.
• Isso acontece muito no ambiente dos serviços públicos de saúde e
instituições hospitalares que desejam instituir um processo educativo
contínuo, na maioria das vezes visando a atualização contínua do seu
quadro de seus profissionais.
• Outros implementam os processos educativos em saúde na perspectiva
de identificar e resolver problemas do espaço em que estão inseridos.
Agora então, vamos nos situar para entender o contexto.
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Recordando...
Desde que foi criado, o SUS já provocou
profundas mudanças nas práticas
de saúde do país.
Para que novas mudanças ocorram é preciso haver
também profundas transformações na formação e no
desenvolvimento dos profissionais da área.
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A Origem
• A regulamentação do SUS pela Lei 8080/90 tornou
imprescindível e premente a organização de
processos educativos para a sua implantação,
implementação e formação do quadro de
profissionais, tarefa essa árdua e destinada à
responsabilidade dos municípios.
• Essa construção deriva dos movimentos reformistas
onde os planejadores e estudiosos da época
vislumbravam a necessidade de formar profissionais
orientados na busca de soluções para os problemas
de saúde do país coletivamente.
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Educação em Serviço
• Da organização das práticas educativas logo
surgiu o formato de Educação em Serviço,
modalidade muito utilizada para capacitação
de profissionais atendendo a interesses
diretos da instituição, com o interesse dos
profissionais em segundo plano.
• Verdadeiros treinamentos com privilégio do
aspecto técnico e das habilidades.
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Educação Continuada
• Surge em seguida essa para capacitação dos profissionais já
inseridos nos serviços. Não quer dizer que é algo perene,
contínuo como sugere o nome, mas algo que continua a
acontecer após a formação dos sujeitos.
• Difere da Educação em Serviço no aspecto de privilegiar o
profissional e não apenas interesses institucionais. A
Educação continuada deve promover oportunidades de
desenvolvimento do profissional e de suas capacidades para
atuação de forma individual e/ou coletiva. A idéia é que
benefícios gerados de forma individual tornam essas pessoas
mais satisfeitas, motivadas e com mais conhecimentos que
retornam também para instituição na qual ele está inserido.
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Educação Permanente em Saúde
• Uma modalidade que emana do seio dos processos de
trabalho e objetiva resolver problemas identificados de
dentro desse processo com o propósito de melhorar a
qualidade de vida em todas as dimensões.
• É algo dinâmico e que surge não para preencher lacunas do
processo de formação dos profissionais mas para ocupar os
espaços.
• A Educação permanente permite o encontro do mundo em
formação com o mundo do trabalho e a qualificação técnicocientífica é apenas um dos aspectos das transformações das
práticas e não o seu foco central.
• Não há espaço nessa perspectiva para ações educativas
verticalizadas e fora de contexto. As demandas emanam do
processo de trabalho e do espaço em que os profissionais e
membros das comunidades estão inseridos.
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São perceptíveis as diferenças entre
as propostas
• A educação em saúde é algo muito mais global e
interessado na mudança e transformação de
práticas.
• É claro que ela engloba atividades de cunho
técnico-científico como acontece na educação
continuada, mas há o compromisso de mudança
com o mundo e não apenas a transmissão de
saberes
e
conhecimentos
de
forma
individualizada. Aqui impera os interesses do
individual e do coletivo.
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Educação Continuada
X
Educação Permanente
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Diferenças existentes
• As diferenças de suas concepções são fáceis
de sentir, porém a formatação disso causa
muita confusão na prática.
• Matematicamente falando, podemos dizer
que a Educação continuada está contida na
Educação permanente, assim como a
Educação em serviço por sua vez está contida
na Educação Continuada.
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Educação Permanente nos dias de
hoje
• A Educação Permanente hoje no Brasil já
figura com uma política bem definida
(Portaria Nº 198/GM/MS de 13 de fevereiro
de 2004) e a sua gestão e deverá ser feita
pelos Pólos de Educação Permanente em
Saúde que funcionarão como dispositivos do
SUS para a promoção de mudanças e fará as
articulações interinstitucionais necessárias
para sua viabilização.
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Educação Continuada... O que é?
Atividades de ensino após o curso de graduação
com finalidade de atualização, aquisições de
novas informações e/ou de duração definida,
mais centrada no desenvolvimento de grupos
profissionais específicos.
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Educação Permanente em saúde... O que é?
O trabalho é destacado como eixo do processo
educativo, fonte de conhecimento e objeto de
transformação.
Na saúde por exemplo, toma o processo de
trabalho como gerador e configurador de
processos educacionais nos serviços.
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Pode-se dizer que os processos baseados na
Educação Permanente em Saúde:
• São destinados a públicos multiprofissionais e são
contínuos.
• Inserem-se de forma institucionalizada no processo de
trabalho.
• Possuem enfoque nos problemas cotidianos das práticas
das equipes de saúde.
• Objetivam as transformações das práticas técnicas e
sociais.
• Utilizam-se de pedagogias centradas na resolução de
problemas, geralmente através de supervisão dialogada,
oficinas de trabalho, realizadas, de preferência, no
próprio ambiente de trabalho.
• Envolvem mudanças nas relações, nos processos, nos atos
de saúde e principalmente nas pessoas.
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Só conseguiremos mudar realmente
a forma de cuidar, tratar e acompanhar
a saúde dos brasileiros se
conseguirmos mudar também os
modos de ENSINAR e APRENDER.
A população é o alvo central da
política de educação e
desenvolvimento dos trabalhadores
para o SUS.
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