Os sacos aéreos são importantes durante o vôo porque refrigera o corpo do
animal, diminui um pouco o peso da ave devido ao ar quente e propicia um
continuo arejamento através dos pulmões.
Aparelho respiratório do pombo.
Voz – produzida pela caixa vocal - siringe - na base da traquéia.
A maioria das aves pode emitir gritos e cantos.
Algumas espécies emitem apenas gritos fixos, mas a maioria das “aves
canoras” (Ordem Passeriformes, sub-ordem Passeres) apresenta cantos
definidos.
As notas das aves servem para:
-reunir espécies gregárias,
- marcar territórios de nidificação e atrair o companheiro;
- cantos direcionais entre pais e filhotes;
- avisar em caso de perigo
Os gritos e cantos servem para a identificação das espécies de aves pelo
homem, uma vez que ele tenha aprendido a reconhecê-los, já que a voz de
cada uma é usualmente distinta.
Aparelhos urogenitais do galo doméstico, em vista ventral.
A cloaca está aberta para mostrar as saídas dos ductos.
Reprodução
A fecundação é sempre interna e todas as aves botam ovos com muito
vitelo e uma casca calcária dura, que precisam ser aquecidos ou
incubados para o crescimento do embrião.
Em todas as aves com exceção de uma família de aves da Austrália, cada
um, ou ambos os pais sentam sobre os ovos para fornecer o calor
necessário.
Os filhotes de galinhas, codornizes, patos, aves litorâneas e outras são
nidífugos, sendo bem formados, totalmente coberto de plumas e capazes
de perambular logo após a eclosão.
Os de aves canoras, pica-paus, pombos e outros são cegos, nus e
desprotegidos quando eclodem e precisam ser alimentados e cuidados no
ninho, estes são chamados nidícolas.
Reprodução – Filhotes nidícolas e nidífugos
O período de incubação em muitas aves terrestres pequenas ocorre em torno de
14 dias, na galinha doméstica 21 dias, nos faisões 21 a 26 dias, em muitos 28 dias
e no avestruz 42 a 60 dias.
Cada espécie tem uma estação característica de reprodução usualmente
algumas semanas na primavera ou no verão.
As atividades reprodutoras seguem-se ao aumento do tamanho e do
funcionamento das gônadas e são controladas por secreções endócrinas
A luz afeta indiretamente as atividades reprodutoras.
Exposição experimental de aves no inverno a um “comprimento do dia”
aumentado, mesmo com uma lâmpada elétrica de 40 watts, causará
aumento das gônadas, canto, comportamento sexual e mesmo produção de
ovos bem antes da estação normal de reprodução.
A época da reprodução para muitas espécies se inicia com os machos
emitindo cantos característicos e na presença das fêmeas realizam rituais
nupciais.
Em muitas aves terrestres o macho delimita um território e o defende contra
machos da mesma espécie e inimigos predadores.
Quando a fêmea encontra o macho, o casal segue a construção do ninho,
acasalamento, ovipostura, incubação e cuidado com os filhotes
A maioria das espécies constrói um ninho para conter os ovos e abrigar os
filhotes, porém algumas aves aquáticas e poucas terrestres põem os ovos no
solo ou em rochas.
As gaivotas fazem seu ninho com alguns pedaços de vegetação
Muitas das aves canoras constroem uma estrutura caliciforme com capim e
outros materiais de plantas.
Algumas andorinhas cavam túneis para o ninho em barrancos de rios e outras
constroem ninhos de barro.
O número de ovos postos por uma fêmea em uma ninhada é menor nas aves
que nidificam em lugares seguros e maior em aves que nidificam no chão,
podendo variar de 1 a mais de uma dezena de ovos.
Sistema nervoso e órgãos do sentido
O encéfalo nas aves é proporcionalmente maior que o de um réptil e é
curto e largo.
Os lobos olfativos são pequenos (sentido do olfato pobre);
Os lobos ópticos são visivelmente desenvolvidos, o que permite uma
visão aguçada da ave.
O sentido da audição é altamente desenvolvido.
Evidência de quimiorrecepção (olfato e gustação) nas aves não é
conclusiva.
A escolha do alimento depende certamente da visão, provavelmente
também de receptores de pressão no bico e na língua em várias aves.
Classificação (STORER E USINGER, 1979)
As aves estão divididas em duas sub-classes:
a - Subclasse Archaeornithes - Aves ancestrais
b - Subclasse Neornithes - Aves verdadeiras, com duas superordens extintas e
3 viventes.
b.1 - Superordem Impennes
Ordem Sphenisciformes - Pinguins. Sem dentes; não voam; membros
anteriores (“asas”) semelhantes a remos; 4 artelhos; penas pequenas,
semelhantes a escamas; panículo adiposo espesso, ficam em posição ereta
sobre os metatarsos; mergulham rapidamente e nadam por impulso do corpo
b.2 - Superordem Palaeognathae - Aves corredoras; terrestres (emas, emus,
moas, quivis, inhambus, avestruzes); sem dentes, asas reduzidas, geralmente
sem capacidade de vôo.
b.3 - Superordem Neognathae - Aves modernas. Sem dentes, esterno com
quilha, asas desenvolvidas; 5 ou 6 vértebras caudais, pigóstilo desenvolvido,
membros anteriores, com metacarpiais fundidos e dedos incluídos na asa.
Esta superordem encontra-se dividida em 22 ordens:
Ordem Gaviiformes (Gavia immer)
Ordem Podicipediformes - Mergulhões
Ordem Procellariiformes - Albatrozes
Ordem Pelecaniformes - Pelicanos
Ordem Ciconiiformes - Garças, cegonhas, flamingos
Ordem Anseriformes - Patos, gansos e cisnes
Ordem Falconiformes - urubus, abutres, gaviões, falcões, águias.
Ordem Galliformes - Codornizes, faisões, perus, galo doméstico.
Ordem Gruiformes - Saracuras, galinhas d’água
Ordem Diatrymiformes - Extinta
Ordem Charadriiformes - Aves ribeirinhas e aquáticas, gaivotas, etc.
Ordem Columbiformes - Pombos
Ordem Psittaciformes - Papagaios
Ordem Cuculiformes - Anus, cucos
Ordem Strigiformes - Corujas
Ordem Caprimulgiformes - Curiangos
Ordem Apodiformes - Beija-flores
Ordem Coliiformes - Colius (África)
Ordem Trogoniformes - Surucuás
Ordem Coraciiformes - Arirambas (América do Norte)
Ordem Piciformes - Pica-paus, tucanos
Ordem Passeriformes - Passarinhos.
As
maiores
aves
viventes
incluem o avestruz da África que
tem 2,1 metros de altura e pesa
136 kg e grandes condores das
Américas com envergadura de
até 3 metros; a menor é o beijaflor-de-helena, de Cuba, com 5,7
cm de comprimento e com cerca
de 3g de peso.
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