bandeirante ÓRGÃO INFORMATIVO DOS EMPREGADOS DA EMBRAER - PUBLICAÇÃO INTERNA DEZEMBRO 1983 ANO XII - N.° 160 ■ RADIOAMADORISMO Acima, um cartão internacional do radioamador. Veja reportagem na página 11. Sueli conta sua viagem à Bahia. Na página 6. "O que eu faço na EMBRAER." Maria Helena explica na página 3. TREMEMBÉ Lourdes Cristina mostra a sua cidade na página 13. Cinto de segurança: uso obrigatório. uso do cinto de segurança nos automóveis agora é obrio gatório, conforme resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN. Para cada motorista ou passageiro apanhado sem cinto, nas estradas ou vias urbanas, o proprietário do veículo será multado em 5% do maior valor de referência - sempre baseado no salário mínimo da região - o que atualmente equivale a Cr$ 2.560,00. Na reincidência, a multa será dobrada. Apenas os menores de 7 anos escapam da obrigatoriedade. As multas serão aplicadas a partir de janeiro de 1984 para as infrações nas estradas e após janeiro de 1985 nas vias urbanas. Até lá, serão divulgadas campanhas educativas, recomendando o uso do cinto, e os veículos fabricados a partir de 1985 já virão com cintos de três pontos, com retrator, os mais seguros. o bandeiran t e Editado pela Assessoria de Comunicações da EMBRAER - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. Redator-Responsável Mário Leme Gaivão (reg. 6,8821 Editor Antônio Augusto de Oliveira (reg. 19.8841 Coordenador Renato Lobo Del Campo (Ramal 3901 Supervisão Gráfica Departamento de Comunicação Social da MPM Propaganda São Paulo Rua General Jardim, 633 Fone 255-3111 - São Paulo - SP Diagramação L&W Comunicação S.C. Ltda. Fotografia Valdemir S. Amaral Composição, Fotolitos e Impressão DCI - Indústria Gráfica S.A. Cartas, colaborações e sugestões podem ser enviadas ao posto do correio interno 007. Reprodução autorizada, citando-se a fonte. Filiado à nje Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresas. 2 Gaivão recebe o Troféu ABERJE, representando a EMBRAER EMBRAER é agraciada com um troféu ABERJE Em uma cerimônia realizada no último dia 25 de outubro nas dependências do Hilton Hotel em São Paulo, a ABERJE - Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresa - promoveu, com a presença de mais de 300 convidados, a entrega dos Troféus ABERJE, que anualmente premiam as melhores publicações empresariais em todo o Brasil. Em sua sexta edição, o prêmio ABERJE foi outorgado ao melhor boletim, melhor revista interna e externa, melhor jornal interno e externo, e melhor publicação técnica. Como novidade, foi criado um prêmio especial com o título "Inovação", para agraciar a empresa que apresentou, em 1982, um trabalho realmente inovador nos meios de comunicação empresariais. Também foi criado um prêmio especial para homenagear o editor mais antigo entre todos aqueles que são responsáveis por jornais de empresa. EMBRAER RECEBE O TROFEU "INOVAÇÃO" O último troféu ABERJE a ser outorgado foi para a nos- A equipe do "Jornal Acontece" presente à entrega dos troféus sa empresa. O suspense para a entrega do prêmio "Inovação" foi aumentando à medida que a cerimônia chegava ao seu clímax. Ao serem ligados os monitores de televisão para que a platéia pudesse assistir ao nosso JORNAL ACONTECE, a expectativa chegou ao seu ponto máximo, pois o meio de comunicação visual era realmente uma inovação na imprensa empresarial. O vídeo-tape apresentado focalizou cenas da fábrica e do dia-a-dia dos companheiros da EMBRAER. Uma grande salva de palmas explodiu na platéia quando o apresentador anunciou que a EMBRAER, pelo pioneirismo em lançar um jornal eletrônico, recebia troféu ABERJE, na categoria "INOVACÃO". Em nome da EMBRAER recebeu o troféu o nosso companheiro Mário Leme Gaivão, estando presente à cerimônia quase toda a equipe responsável pela produção e execução do Jornal Acontece. Seguem para a Itália as asas do AMX ^om a presença de Diretores, Gerentes, Chefes de Seção e Supervisores e numa cerimônia simples e emocionante para todos aqueles que trabalham na área, a EMBRAER despachou para a Itália, no último dia 5 de outubro, o par de asas do primeiro protótipo do avião de combate "AMX". Essa operação se antecipou em 15 dias ao prazo previsto no cronograma oficial de fabricação do complexo conjunto, onde foram empregadas as mais modernas técnicas de construção aeronáutica. As asas, com todos os seus sistemas, foram fabricadas dentro de rigorosos padrões de qualidade e irão na Itália se ajustar a uma fuselagem, que está sendo concluída nas unidades industriais da Aeritalia e da Aermacchi. O jato subsônico "AMX", cujo vôo inaugural do primeiro protótipo está previsto para o primeiro semestre do próximo ano, está sendo construído por um consórcio formado pelas duas empresas italianas e pela EMBRAER, cabendo para nós a responsabilidade de fabricar as asas, tomadas de ar e empenagem horizontal. Seis protótipos deverão ser fabricados para o Diretores e empregados da EMBRAER se confraternizam junto à asa do "AMX" programa de desenvolvimento e testes da nova aeronave, sendo que dois deles serão de responsabilidade de nossa empresa. Aliás, o desenvolvimento conjunto do avião militar está exigindo uma perfeita integração das atividades de engenharia das três indústrias, inclusive com o intercâmbio de técnicos e engenheiros e que exigiu a for- mação de um comitê integrado por brasileiros e italianos para o acompanhamento dos cronogramas. Para cumprir sua parte de atribuições previstas no consórcio, a EMBRAER empregou processos avançados na fabricação do primeiro par de asas, entre os quais usinagem profunda de grandes elementos estruturais. em que foi utilizada uma fresadora de cinco eixos, controlada por computador. As asas embarcadas para a Itália têm uma envergadura de 10 metros e uma área alar de 21 metros quadrados. O 5 de outubro de 1983 entra assim na galeria de datas muito gratas para a empresa e para todos os seus colaboradores. O que eu faço na EMBRAER ai este número vamos focalizar Maria Helena Faccio Mendes, a "Leninha", como é carinhosamente chamada por seus colegas, nesta seção "O que eu faço na EMBRAER". Maria Helena entrou para a EMBRAER em setembro de 1980. Nasceu em Taubaté e trabalha no DTE/TEC/ CCA/CAC. Fomos ouvir "Leninha" sobre o seu trabalho na empresa. "Eu e mais uma colega emitimos "NDE" (Notificação de Entrada) e esse processamento é feito pelo computador. O trâmite do nosso trabalho, que considero de muita responsabilidade, vai desde o recebimento das notas fiscais, que são passadas para o computador, conferido o material e expedidas as "N DE". Por que você considera um trabalho de muita responsabilidade? "Olha, tudo o que se faz numa fábrica de aviões envolve muita responsabilidade e nós não fugimos dessa regra. Em nosso tra- balho que é feito 15 dias no terminal e 15 dias no "guichet", um simples erro deve ser corrigido por outro documento que exige várias assinaturas, provoca um novo processamento e a burocracia aumenta, o que devemos evitar, trabalhando com cui- dado." E nos fins de semana, o que mais você gosta de fazer? - Eu sou casada há 19 meses, ainda não tenho filhos, mas nos fins de semana é a minha casa que exige toda a minha atenção. Veja que durante os outros dias da semana eu estou na EMBRAER e só chego à noite para o jantar, sem tempo de tomar outras providências. Além dos meus afazeres em casa, que considero obrigação e não lazer, existem duas coisas que gosto muito de fazer: viajar, conhecer outras cidades e ouvir música, principalmente do Roberto Carlos. Ouvir música, isso eu posso fazer todos os fins de semana, mas viajar depende muito de outros fatores. Mas a gente faz o que pode." 3 Em dezembro estará pronto o simulador de vôo do Tucano O protótipo do primeiro simulador de vôo inteiramente de fabricação nacional — que será usado para instrução do avião de treinamento militar EMB-312 Tucano — estará concluído em dezembro próximo no Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento do Centro Técnico Aeroespacial. O projeto e fabricação desse primeiro protótipo transformará o Brasil no 5.° país do mundo com capacidade tecnológica para fabricar esse tipo de equipamento, cujo custo unitário está em torno de 1 milhão de dólares. simulador do Tucano, avião já produzido em série pela EMBRAER, foi realizado pela Divisão de Eletrônica do 1PD do CTA, com o concurso de cerca de 30 engenheiros e técnicos especializados em eletrônica e aeronáutica. O programa já envolveu recursos da ordem de 250 milhões de cruzeiros. Segundo o Diretor da Divisão de Eletrônica do IPD, a partir desse modelo básico outros simuladores poderão ser desenvolvidos, em menor espaço de tempo e com menor custo, pois o "know-how" de fabricação é o mesmo para quaisquer outras aeronaves. O simulador brasileiro levou 30 meses para ser desenvolvido, com tecnologia inteiramente nacional e recebeu apoio financeiro do Fipec (Fundo de Incentivo TécnicoCientífico), do Banco do Brasil e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) da Secretaria do Planejamento. A partir do começo do próximo ano, a tecnologia empregada para a construção do simulador será transferida para indústrias nacionais. O projeto para desenvolvimento de um protótipo industrial para o O simulador de vôo do Tucano O simulador do Tucano terá 2 eixos e será controlado por um minicomputador "Cobra" 700 fabricado no Brasil, o que vem lançar o Brasil num mercado até agora restrito apenas a 4 outros países: Estados Unidos, Canadá, França e Inglaterra. A própria Força Aérea Brasileira já está interessada na compra de dez unidades desse simulador, para treinamento dos cadetes da Academia da Força Aérea. Implantada mais uma sugestão do Programa Participação O Programa Participação continua a receber um número elevado de sugestões e idéias. Todas elas têm sido cuidadosamente estudadas e analisadas pelas Divisões envolvidas, cabendo à Diretoria da empresa a palavra final. Essa tem sido a norma geral seguida pela empresa que já aprovou e determinou a implantação de inúmeras sugestões de interesse geral. Vamos focalizar mais uma das sugestões aprovadas, a de n.° 344/83 enviada em 30 de setembro deste ano, por Dílson Paulo Alves do DPR/PRP/PMO. Ponderando haver muitos toques de sirene durante os horários de almoço, sugeriu que fosse colocado um relógio de parede na área de recreação do F-91, para que os próprios empregados controlassem seus horários de saída e volta ao trabalho. Sua sugestão não só foi aceita, como provocou uma determinação adicional da Diretoria: foram abolidos os toques de sirene durante os horários do almoço, desde o dia 24 de outubro, permanecendo apenas os sinais indicativos de início e término do expediente. A instalação do relógio, providência que será tomada no prazo de 60 dias; período 4 Dilson esse destinado à compra do equipamento, permitirá aos próprios empregados controlarem seu tempo de almoço e de lazer, evitando os eventuais atrasos na volta ao trabalho. Continuem escrevendo para o Programa Participação. Não se esqueçam de que todos nós podemos produzir idéias válidas e aproveitáveis para ajudar a nossa comunidade. Dr. Jorge, durante a conferência 10kin Dr. Jorge, o conferencista; dr. Araújo, gerente do Pessoal, e dr. Ivan, chefe do RIP/RMS XI Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho pregados exibição de filmes alusivos à semana, em "VT", de maneira que tais projeções cobrissem todos os turnos de trabalho na fábrica. ^ orno tem ocorrido em %. anos anteriores, a EMBRAER fez realizar no período de 31 de outubro a 4 de novembro a sua XI Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho. Finalmente no dia 4 de novembro, sexta-feira, foi realizada a cerimônia de encerramento da XI Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho, no horário das 14 horas, ocasião em que o dr. Jorge da Rocha Gomes* proferiu no Auditório do F-51 uma palestra sobre o tema "Atualização em Higiene e Medicina do Trabalho". Encerrada a palestra, os convidados da EMBRAER realizaram uma visita à fábrica, oportunidade em que puderam constatar o cuidado que a empresa dispensa ao seu principal patrimônio: você. A abertura da XI Semana ocorreu às 8h30 do dia 31 de outubro, nas dependências do F-91, onde, com a presença de diretores, gerentes, assessores, supervisores, membros do Serviço Médico-Social e da CIFA . EMBRAER, foi inaugurada uma Exposição de Equipamentos de Segurança, exposição essa que não só mostra aos empregados os modernos equipamentos de proteção e socorro usados pelas fábricas, mas também os conscientiza quanto às normas que devem ser seguidas para que sejam evitados acidentes de trabalho. Na terça-feira, dia 1.° de novembro, e na quinta-feira, dia 3, nos horários de almoço e jantar, foi propiciada aos em- * Médico-chefe da Seção de Saúde Ocupacional da Volkswagen, diretor da Associação Médica Brasileira e consultor da Organização Internacional do Trabalho (01T). Dr. Ivan abre a XI Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho Na praia da Barra No Farol da Barra No Dia da Secretária, uma surpresa para Sueli. C orno tem feito tradicionalmente, a EMBRAER - contando com o apoio e a cortesia da Mirrage Turismo e do Novotel - prestou merecida homenagem às secretárias da empresa, no último dia 30 de setembro, o "Dia da Secretária". O Novotel gentilmente ofereceu um coquetel de confraternização ao qual compareceram 22 secretárias da empresa e na ocasião a Mirrage Turismo, de São José dos Campos, sorteou duas passagens da Transbrasil para o trecho São Paulo/Salvador/São Paulo. A felizarda foi a nossa colega Sueli Cristina Penelupe Lourenço, secretária do DPR/ PRP, na EMBRAER desde julho de 1974, quando foi admitida como auxiliar de escritório e promovida a secretária de Gerente em fevereiro de 1982. Sueli e seu marido viajaram para a Bahia no sábado 29 de outubro, pelo Boeing 727 da Transbrasil, com escala em Brasília (conheceram assim duas capitais) e voltaram dia 2 de novembro, chegando a Congonhas às 14 horas, após um vôo de 3 horas e meia. Sueli falou ao "O Bandeirante": "Eu e meu marido desejamos agradecer á EMBRAER, Novotel e Mirrage Turismo que nos proporcionaram essa oportunidade de conhecer a Bahia e sua linda Capital, Salvador, cidade que adoramos. Passamos quatro dias em Salvador, achamos suas praias lindas e limpas, suas igrejas fantásticas e seu povo bom e acolhedor. Tivemos também a sorte de ficar hospedados no Ondina Praia Hotel, um estabelecimento da orla marítima, com excelente atendimento. Visitamos as praias de Itapoâ, Ondina e Pal- meiras, o Farol da Barra, as cidades alta e baixa, passeamos pelo comércio local e na véspera de viajarmos de volta alugamos um carro e pudemos conhecer toda a Capital." — E a alimentação baiana? "Não sou muito chegada a pratos diferentes dos quais estOu acostumada, mas achei muito cheiroso o acarajé. Agua de coco gelada, essa sim, eu tomei muito. Outra coisa que nos chamou a atenção é o valor que o baiano em geral dá para os exercícios físicos ao ar livre. Muita ginástica e muito "cooper" nas praias é uma rotina que o baiano segue à risca. Olha, eu e o meu marido passamos 4 dias maravilhosos na Bahia e esse presente devemos à gentileza da EMBRAER, Mirrage Turismo e também um pouco à minha sorte. Valeu a pena..." chae COM o dêltábté- 0rWtoçiá.'it:fábikzx•;:...vóitairc.$ a oi dista b nos fizemos .urna re ortar, em fo- toda a sua futura::Qxrste'ria fera.::. urna lemk.ranoa espetacular, to.. •daS'. at' :.vezes érTi.:.0e...torneffidràt ••• • •••••• ••••• ••••• • •••• seu.artiyot5ano 1 oreis da Silva e de D.. Dal . fale...... Iena da Silva e que por uma corrt • ' ve a.: certid ãi de do • rto:.:..:.kern ffie:qhété- de cor eg n; scimento do .. mós comptóvâi.:.0o.e...Osírn ........ . neSSO:••••:ormotor....tern•:•:•:ew›iuido..."orn. Hospital Sarça Izabel de :;: Taul té apenas algumas horas o Brasil , viera ao afundo o rimeitambém felizes #Rije, três meses d Dardos da pelo desenuc {ur rrentd•:00..geirote,i:••••r400::.seroub:ret lista e Mich8el já torhjk......urh...... • :.s4M4OIO p .a .r-0:.:anOSSa EM Dir: eng.° Geraldo F. Silva, chefe da Divisão Assist. Técnica EAI; à esq.: eng.° Orlando Ferro Filho, COT-EMBRAER. E m 1977 a EMBRAER descabriu o caminho da exportação, ao participar pela primeira vez do Salão Aeroespacial de Le Bourget, em Paris. Neste ano, confirmando a sua fama internacional conquistada por suas aeronaves já vendidas nos cinco continentes, a empresa inaugurou justamente no Aeroporto de Le Bourget a sua segunda filial no Exterior, a EMBRAER Aviation Internationale. Um passo de capital importância para firmar ainda mais a presença dos aviões brasileiros nos mercados europeu, africano e do Oriente Médio. A inauguração aconteceu justamente durante o 33.° Salão de Le Bourget, com as presenças do ministro da Defesa da França, Charles Hernu, e do ministro da Aeronáutica do Brasil, ten.-brig. Délio Jardim de Mattos. CASA BRASILEIRA No novo prédio da "EAI" — uma moderna instalação de 3800m2 de edifícios de escritórios e hangar de manutenção — não são apenas os nossos aviões que criam uma atmosfera brasileira. Muitos técnicos nossos patrícios enviados pela EMBRAER estão hoje trabalhando na nova filial e não se esquecem de colocar o dia inteiro músicas brasileiras no sistema de som. A área total da EMBRAER em Le Bourget é de 7800m2, computando-se nesse total um pátio com 4000m2 para estacionamento de aviões. As instalações da "EAI" são modernas e práticas. Um grande hangar de manutenção de aeronaves com oficinas de serviços (revisões, sistemas hidráulico e elétrico, motores, instrumentação e baterias) e anexo a ele um prédio com centro de treinamento de pessoal, sala de conferência, sala de recepção de passageiros, sala de operações e escritórios administrativos, todas essas dependências decoradas com motivos brasileiros. Esq.: téc. César Lopes; dir.: téc. Irajá Roosevelt; abaixo: Esmeralda, Divisão Administrativa Gilberto B. S. Gil, chefe Div. Peças Reposição Oficina da EAI Trabalham na "EAI", hoje, 12 funcionários, contando com o diretor Irajá Buch Ribas; mas quando a filial estiver operando com sua capacidade plena serão 25 os técnicos e pessoal da administração que estarão trabalhando naquele pedaço do Brasil na França. Atualmente, Geraldo da Silva Júnior é o chefe da Divisão Técnica; Gilberto Gil é o chefe da Divisão de Peças de Reposição e Batista Purcini chefia a Divisão Administrativa. O restante da equipe é formado por Jean François Gelly, do Controle de Qualidade e Serviço de Garantias e pelos técnicos César Augusto Lopes, João Carlos Ribeiro, Irajá Roosevelt, Jean Michel Bourdarias e Michel André Pessemard, todos assessorados por uma simpática secretária, a Esmeralda Francisco. O eng.° Irajá Ribas explica: "A principal motivação da presença da EMBRAER na Europa é a necessidade de se manter uma assistência técnica eficiente junto aos clientes e a França tornou-se um dos mais importantes clientes da EMBRAER ao adquirir 41 aviões Xingu e 10 Bandeirante. Outro fator que muito influiu na abertura desta filial foi a preocupação da empresa com a distância entre o Brasil e a Europa, que dificultava a manutenção de um esquema ágil de assistência técnica. Apresentar um serviço de pósvencias eficiente e rápido com fornecimento de peças e assistência técnica é de fundamental importância para a EMBRAER." Hoje a "EAI" tem condições de oferecer a todos os clientes da Europa, Africa e Oriente Médio serviços e peças de reposição em tempo recorde, garantias de fabricação, além da formação de técnicos e pilotos. Os vôos de demonstração também ficaram mais fáceis. O eng.° Irajá finaliza explicando que hoje a "EAI" já tem programada uma série de visitas a clientes e operadores e com isso certamente aumentará o rol de empresas e governos interessados em adquirir aviões "Made in Brazil". Adindo Daibert, 1. ° colocado, recebe o prêmio Pratt Whitney A :V: Mary Yoshimoto recebe seu prêmio das mãos do eng. ° Ozires Silva O 1.° Salão Nacional de Arte Contemporânea EMBRAER foi um sucesso artista plástico mineiro Arlindo Dai- O bert foi o vencedor do 1.° Salão Nacional de Arte Contemporãnea EMBRAER, que foi patrocinado pela nossa empresa e aberto à visitação pública dia 20 de outubro, como parte das comemorações do "Dia da Indústria Aeronáutica" e da "Semana da Asa". O júri, formado pelos críticos de arte Walmir Ayala, do Rio de Janeiro; Joseph Luyten, de São Paulo, e Maristela Tristão, de Belo Horizonte, fez uma pré-seleção de 220 obras do total das inscritas por artistas de todo o Brasil. A PREMIAÇÃO FINAL Após o trabalho da seleção prévia, a Co- missão Julgadora examinou detalhadamente as obras concorrentes e proclamou os vencedores: O prêmio maior, oferecido pela indústria canadense Pratt & Whitney, no valor de Cr$ 300 000,00, foi ganho por Arlindo Daibcrt. Mary Yoshimoto, de São Paulo, ficou com o prêmio Hamilton Standart, no valor de Cr$ 200 000,00. Aderbal Moura, também de São Paulo, ganhou o prêmio Powerpack, de Cr$ 200 000,00. O outro prêmio, no valor de Cr$ 200 000,00, oferecido pela União Táxi Aéreo, ficou para Luiz Beltrame, de São José dos Campos. Os dois prêmios EMBRAER, no valor de Cr$ 160 000,00 cada um, ficaram respectivamente para Adão Silvério, dc Taubaté, e Hélio Martins, de Ribeirão Preto. Inácio Rodrigues, de Recife, ganhou o prêmio VARIG (2 passagens para Manaus) e Leão Leonino, de São José dos Campos, recebeu o prêmio Transbrasil, constante de 2 passagens para Salvador. Finalmente, Elisa Mello, de São Paulo, ganhou o prêmio C:ollins, no valor de Cr$ 100 000,00. O júri também concedeu três menções honrosas para os artistas plásticos Walter Miranda, Afonso Rodrigues e Waldir Saruhi, todos de São Paulo. Conheça o trabalho da "FADE" FADE — Fundação de Apoio ao De- A sempregado — é uma entidade civil, sem fins lucrativos, nascida de um movi- mento da comunidade de São José dos Campos e destinada a diminuir os efeitos e as consequências do desemprego em nossa cidade. São seus objetivos principais e imediatos: 1. Prestar apoio aos desempregados de São José dos Campos, mediante a obtenção de recursos advindos de doações, rendas de patrimônio, operações de crédito e poupança e campanhas de ajuda promovidas pela comunidade; 2. Incentivar a geração e criação de novos empregos no município; 3. Buscar colocação para os desempregados de São José dos Campos; 4. Motivar os empregados a evitar novas demissões tanto quanto possível; 5. Oferecer auxilio de emergência ás famílias dos desempregados mais carentes. A FADE possui uma Diretoria e um Conselho. Nenhum dos componentes dos dois órgãos recebe qualquer tipo de remuneração ou ajuda de custo. A Fundação de Apoio ao Desempregado funciona na Associação Comercial de São José dos Campos, na Rua Francisco Paes n.° 56, 1.° andar, com telefone 21-2129. O telefone e a secretária da fundação são pagos pela Prefeitura Municipal. O posto de distribuição de sacolas de alimentos para atendimento de emergência tem sua sede na Rua Humaitá, em imóvel cedido pela Associarão Comercial de São José e os funcionários que lá trabalham são pagos pela Prefeitura. Isso significa que, sendo todas as despesas operacionais da FADE pagas por terceiros, todos os recursos arrecadados vão diretamente para os desempregados. O dinheiro e cheques doados são depositados diretamente na conta n.° 260510-4 do Bradesco e todas as compras são feitas mediante recibo. O QUE A FADE JÃ REALIZOU ATÉ AGORA Criada em 13 de maio deste ano, em apenas cinco meses de trabalho a FADE já contribuiu de maneira vigorosa e atuante para minorar o problema do desemprego em nossa cidade: atende às necessidades mais urgentes de 4 000 famílias por mês; — distribuiu, nesses cinco meses, 18 500 sacolas de alimentos a famílias de desempregados; — já conseguiu empregar mais de 4 000 trabalhadores anteriormente desempregados. Para ampliar suas atividades e continuar trabalhando em prol dos desempregados, a FADE precisa receber continuadamente o apoio e o incentivo de toda a comunidade de São José dos Campos. A PARTICIPACÃO DA EMBRAER Tal como outras indústrias, empresas e entidades públicas e privadas da cidade, tal como muitas pessoas físicas e profissionais liberais da comunidade, a EMBRAER vem prestando significativo apoio à FADE, garantindo-lhe uma ajuda mensal de Cr$ 5 000 000,00 (cinco milhões de cruzeiros). A empresa oferece também assistência jurídica gratuita e a produção e impressão de folhetos. Os nossos colegas estrangeiros A EMBRAER, como toda grande indústria, tem em seu efetivo de mão-de-obra, um certo número de trabalhadores especializados de outras nacionalidades. Esses homens, que procuraram no Brasil sua realização profissional, geralmente são técnicos já com larga experiência em suas especialidades. Passado o período de adaptação no país que escolheram como segunda pátria, integraram-se à vida e aos costumes do Brasil. Nós aqui na EMBRAER estamos com vários estrangeiros trabalhando conosco e ¡á integrados à rotina da fábrica. "O Bandeirante" foi ouvir alguns desses nossos colegas que não nasceram no Brasil, mas aqui trabalham, trouxeram suas famílias e fazem parte da nossa comunidade. Alejandro Pereira Larossa, por exemplo, é uruguaio, nascido em Montevidéu em 1949. Como mecânico de aviões, serviu na Força Aérea Uruguaia, como militar do II Grupo de Aviação, sediado em Carrasco. Em novembro de 1978 veio para o Brasil e em junho de 1979 já estava na EMBRAER. O próprio Larossa nos explica: "Eu já gostava do Brasil antes de vir para cá, principalmente do Carnaval, que eu sempre brinquei no Clube Brasileiro de Montevidéu. Quando entrei para a EMBRAER em 79 comecei trabalhando no DTE/TEC/CAL, como Inspetor de Qualidade da linha do Navajo. Em janeiro de 1980 passei a prestar serviço como Instrutor Técnico no DCO/COT/TCT (Seção de Atendimento de Clientes), onde permaneço até hoje. — E a família? — "Tenho dois filhos de 7 e 10 anos, que estudam e adoram o Brasil. Eu só não me naturalizei ainda porque o trâmite dessa ação é muito dispendioso. Mas somos todos brasileiros de coração. Isso é o que importa." Conversamos depois com Cláudio Feitor da Costa, que nasceu em Moçambique em 1942. Em Moçambique serviu na Força Aérea Portuguesa de 1969 a 1976, ano em que passou a fazer parte da Aeronáutica Civil Moçambicana. Em março de 1977, chegava ao Brasil. trutor. Sou casado com uma portuguesa, tenho duas filhas, uma de 7 anos nascida na Rodésia e uma brasileira de 3 anos. Se eu gosto do Brasil? Claro, gosto tanto que minha naturalização deve sair dentro de um mês aproximadamente, apesar de esse documento não mudar em nada a estima e o respeito que eu e minha família temos por este pais e pela EMBRAER." Finalmente batemos um "papo" com um paraguaio. Luís Rigoberto Baranda Ferreira é o seu nome, nascido em Assuncion, no bairro da Ricoletta. — "Fui 1.° Sargento da Força, Aérea Paraguaia e ainda como militar fiz um curso na Academia de Albor no Panamá. Ao dar baixa da FAP em 1970, pensei muito em escolher um país onde pudesse desenvolver meus conhecimentos e continuar minha vida. Pensei inclusive em ir para os Estados Unidos, mas através de amigos comuns apareceu a chance de eu vir para a EMBRAER, onde fui admitido em novembro de 1971, como Técnico de Motores a Reação na área de aviação militar. Meus primeiros contatos no Brasil ainda foram feitos no PAR /CTA e como me faltavam alguns documentos, minha admissão na empresa atrasou um pouco." — E a família? — "Comecei na EMBRAER em 25 de abril de 1977, menos de um mês após minha chegada, como Supervisor de Publicações Técnicas e hoje estou no DCO/COT/TCT/TEN, como ins- — "Tenho meus pais e cinco irmãos em Assunção. Nós nos visitamos frequentemente, porque o Paraguai está ali mesmo. Tenho minha esposa, formada no Brasil, e uma filha de 8 anos que nasceu aqui. Falando francamente, nunca pensei seriamente em voltar. Estamos muito bem aqui." 9 César, o homem do trator César onde entrei como zelador, função essa que exerci por seis meses. Dali passei para a inspeção e até hoje estou no DPR/ PRP/TGD. Veja que com meu trator e minha carreta eu faço uma média de 100 quilômetros por dia, se forem contadas as viagens que faço também ao F-106." uem não conhece, na fábrica, César Gonçalves da Silva, o homem que o dia todo anda de um lado para outro da fábrica, sempre pilotando o seu trator, com um sorriso permanente e atendendo todo mundo com solicitude e boa vontade? César é talvez a pessoa mais conhecida entre os hangares da produção, onde é o responsável peio transporte de gabaritos, geralmente entre o F-30 e o F-69. César pode ser identificado por duas características que já fazem parte de sua vida na EMBRAER: sempre está pilotando um trator Agrale 4 100 Diesel e permanentemente está com um sorriso no rosto. "Eu tenho realmente ciúmes do meu trator. Só eu lido com ele, o entendo e o mantenho sempre em forma, mesmo parque meu serviço não pode parar. Estou na EMBRAER desde fevereiro de 1971, Já vimos no número passado de "Or Bandeirante" tudo que se pode saber sobre ações. Mas as Bolsas de Valores negociam também outro tipo de papel: as debêntures. Estes são os mais antigos papéis de empréstimos existentes no País. Sua regulamentação data do ano de 1897 e antes que o processo inflacionário envolvesse nossa economia eram os papéis mais negociados entre nós. "Sou casado há 14 anos, nasci em Itatiaia no Estado do Rio, já trabalhei na Mercedes-Benz e Chevrolet como mecânico e nos fins de semana meus passeios são para ir a Guaratinguetá, onde tenho meus pais. Pode dizer ai que a fábrica toda é muito gentil comigo e eu apenas retribuo a bondade com a qual o pessoal me trata. Gosto de ajudar, sou otimista por vocação e me dou muito bem nesse trabalho que faço há tantos anos." Conheça o mercado de capitais: debêntures. O interesse das empresas ao emitir debêntures é justificado como uma maneira de escapar dos empréstimos bancários, cada vez mais limitados e caros. Para o investidor, ao contrário, o investimento em debêntures é uma forma de poupança, como as ações, cadernetas, letras de câmbio ou depósitos a prazo fixo. Trata-se de um titulo emitido por uma companhia, mediante aprovação de uma assembléia geral extraordinária de seus acionistas, representando um empréstimo que eia contrai. Ao emitir debêntures a empresa se compromete a pagar aos investidores o valor aplicado acrescido - de acordo com o prazo - da correção monetária, juros e outros benefícios, tais como deságios, prêmios e participação nos eventuais lucros. Os juros das debêntures variam de 9 a 13% e são pagos trimestral ou semestralmente. Conceitualmente as debêntures são papéis mais indicados para empréstimos a longo prazo, como acontece na Europa e nos Estados Unidos, onde eles geralmente são emitidos por prazos de 10. 15 ou 20 anos, o que não acontece no Brasil, por ra-. zões óbvias. Aqui o prazo desses empréstimos tem sido reduzido até para seis meses, a fim de competir com as letras de câmbio, outra alternativa para investimentos de renda fixa. A debênture é emitida com um valor expresso em cruzeiros: o valor nominal. Em geral esse valor é um múltiplo de uma "ORTN", na data da emissão. Mas o preço pago para aquisição de uma debênture, em determinada época, pode ser igual, menor ou maior que o valor nominal. A diferença que eventualmente existir é o ágio ou deságuo da operação e a sua função é ajustar a remuneração efetiva do papel às taxas do mercado. Mas o que é debênture? 111 Fale mais de você, já que sabemos quanto você é querido na fabricação. Radioamadorismo, um lazer de utilidade pública P medicamento raro e não encontrável no País. São esses serviços que nos deixam felizes." raticar o radioamadorismo é ao mesmo tempo um "hobby" e uma atividade de muita responsabilidade, que exige disciplina e atenção. Outro dos radioamadores da EMBRAER é José Benedito Leite, do DPR/FMF/FCA-02, admitido na empresa em agosto de 1972, nascido em São José. Antes de entrar na fábrica trabalhava na Magnata Transportes. José explica: Ao contrário do que muita gente pensa, o radioamador não usa seus equipamentos de transmissão e recepção apenas para se divertir, fazer novas amizades ou estabelecer novos contatos nacionais e internacionais. Esses contatos entre os radioamadores seguem normas rígidas; cada radioamador possui seu prefixo oficial e catalogado, todas as comunicações ou contatos são registrados em um diário. Todo radioamador faz exames e paga taxa anual, sendo tudo isso controlado e fiscalizado pelo Dentel - Departamento Nacional de Telecomunicações. "Comecei como radioamador em novembro de 1978 e meu prefixo é PY2-LCM, da classe "C". Atualmente eu opero com um equipamento "PY Deita 310" de 100 watts e os melhores horários para os contatos são entre 17 e 20 horas. No Exterior já mantive contatos com a Africa, Itália, Argentina, Paraguai e Portugal, e no Brasil mantenho comunicações com todos os Estados, com exceção do Rio, que é "zona de silêncio",. e Santa Catarina." 5 de novembro foi o Dia Mundial do Radioamador. Hoje no Brasil estão registrados no Dentel e liberados para operar mais de 35000 radioamadores e aqui mesmo na fábrica nós temos muitos praticantes dessa atividade ao mesmo tempo de lazer e de utilidade pública. Abel Ribeiro Magalhães, do DPR/PRP/PFF/TFO, na EMBRAER desde novembro de 1971, é um deles. Abel nasceu em Machado, MG, mora em Taubaté desde 1945, trabalhou na General Motors até 1970 e é radioamador desde 1976: "Comecei no radioamadorismo há sete anos, é o meu "hobby" favorito, estou oficialmente credenciado e em dia com o Dentel, meu prefixo é PY2-PAE, da classe "C", e meu equipamento é um "Yaejo" FT-101. Já fiz contatos com colegas situados em todos os Estados brasileiros e no Exterior já mantive "QS0" (sigla que no código "O" significa contato) com radioamadores dos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Irlanda, França, Bélgica, Itália, Portugal, Espanha, Kuwait e todos os países das três Américas. Acho, inclusive, que a parte de utilidade pública é que credencia a classe ao respeito e admiração. Quantas vezes o radioamador tem que intervir para avisar um acidente, comunicar à família de um enfermo que ele está passando mal, auxiliar nos contatos entre um desaparecido e sua família e até solicitar a outros países o envio de um - O que você acha do radioamadorismo. Lazer ou utilidade pública? "Ambas as coisas. Aliás, já tive oportunidade de ajudar muita gente através das comunicações em ondas médias e faixa do cidadão. Vale a pena citar várias situações em que eu pude ajudar. Uma vez, um colega de Manaus pediu para eu fazer um telefonema para Campo Grande para avisar os pais de um moço que tinha sofrido um grave acidente no Amazonas. A visita do Papa e as campanhas antipólio também provocaram grande atividade dos radioamadores." Conversamos também com Idelbrando Souza Rocha, na EMBRAER desde abril de 1975 e que trabalha no DPR /PRP/ PPF/GCP: José Benedito e Abel (fotos no alto) e Idelbrando (acima). todos com um "hobby" em comum: o radioamadorismo. "Nasci no Rio de Janeiro e antes de trabalhar na EMBRAER eu era empregado da Neiva. Como radioamador comecei em novembro de 1979 e meu prefixo operacional é PY2-E 0754. Meu equipamento opera com 21 watts de potência." - E o que você acha do Dia Mundial do Radioamador, 5 de novembro? "É uma data muito cara para nós, radioamadores, mas precisa ser mais divulgada, porque o radioamador presta relevantes serviços à sociedade." 11 O D•a. A 22 de novembro foi comemorado Qm todo o País o Dia da Música. A música, em suas formas clássica e popular, é muito difundida aqui na EMBRAER. Nós temos amantes e praticantes de música clássica e de corais e a fábrica já revelou inúmeros compositores e duplas sertanejas, inclusive através de discos gravados e comercializados. Músicos da empresa falam o que pensam sobre o Dia da Música: Um deles é Paulo Roberto Na poleone, na EMBRAER desde maio de 1975, trabalhando no DTE/TEA/ATR: "A importância da música é evidente em qualquer quadrante da terra. A música está presente em todos os grandes feitos da humanidade, eleva o espirito e ajuda o desenvolvimento dos povos. Eu, particularmente, adoro a música. Toco saxofone alto mi bemol e levei aproximadamente dois anos para manejar razoavelmente o instrumento. Por outro lado, o Dia da Música permite que nós músicos não sejamos esquecidos e por isso mesmo é uma data de relevo no calendário dos eventos permanentes do Brasil." Outro dos músicos ouvidos pelo "O Bandeirante" foi João Dimas dos Santos, na EMBRAER desde março de 1981 e que presta serviço no DTE/TEX/XIS: "Comecei minha carreira de músico com 15 anos. O Dia da Música é importante para nós músicos porque assinala uma data que deve ser reverenciada como meio de trabalho, diversão e entretenimento. Além disso, a música é um linimento para aliviar tristezas e acalmar os nervos. É também um meio para proporcionar alegria e tranqüilidade. Como já disse anteriormente, comecei com 15 anos de idade na Corporacão Musical Santa Cecilia, da cidade de Santa Branca, e até hoje ainda toco no mesmo conjunto. Gosto muito de música, e também dou minha colaboração à Banda da EMBRAER." Deixamos para o fim a entrevista com Geraldo Hélio da Silva, o "Hélio da Banda", regente da Banda da EMBRAER: "O Dia da Música, 22 de novembro, é para nós músicos urna data de relevo e acredito que muito justa. Reverenciar a música, atividade que dá emprego a milhares de profissionais, é uma maneira de se reconhecer o valor de uma arte que através de excelentes compositores já projetou inúmeros brasileiros internacionalmente. Nós, que fazemos parte de uma pequena mas coesa banda e que profissionalmente é apenas uma atividade paralela não remunerada, temos pela música - de que tipo for - o maior respeito e dedicação." 2 Acima (à esquerda), Hélio, o regente da Banda da EMBRAER; acima, à direita, João Dimas; ao lado, Paulo Roberto. Notícias da ADCE Torneio de Tênis de Campo Com a inscrição de 51 participantes, a ADCE promoveu em novembro último o Torneio Interno de Tênis de Campo. O início do Torneio foi no dia 5 de novembro com duração de 13 dias, pelo sistema de jogos eliminatórios simples. Torneio Interno de Futebol de Salão Outro dos torneios tradicionais da ADC, o de Futebol de Salão, foi iniciado no último dia 19 de novembro, com a inscrição de 55 equipes participantes, com jogos realizados pelo sistema eliminatório, nas quadras do Clube de Campo. Torneio de Pesca da Primavera A ADC EMBRAER fez realizar nos dias 8 e 9 de outubro últimos o seu concorrido Torneio de Pesca da Primavera, promoção que ocorreu na Praia de Massaguaçu, entre Caraguatatuba e Ubatuba. Nesse torneio se inscreveram 29 equipes; teve duração de 2 dias, ao final dos quais foram proclamados vencedores: Campeão, com 159 pontos, equipe "OS TUBAROES"; Vice-Campeão, com 93 pontos, equipe "MOITA PC" e 3.° colocado, com 91 pontos, equipe "PES CATIVA" . Novo visual das instalações da ADCE no F-91 Desde o mês de outubro último, a ADCE promoveu profunda remodelação em suas instalações de atendimento aos associados no F-91. Foram confeccionados novos balcões, com vitrinas e prateleiras de vidro para exposição de artigos à venda e confecção de fotografias. O ambiente, antes atravancado com mesas e balcões rudimentares de madeira, ficou mais funcional, dando uma ótima impressão não só aos companheiros da empresa, mas também aos visitantes. Av. Bom Jesus N o meio de tantas agitações, correria e poluição, nada melhor do que procurarmos um local calmo, tranqüilo e onde a vida transcorra mansa e gostosa. Pois bem, Tremembé, minha cidade, é essa opção." Quem fala assim de sua cidade é Lourdes Cristina Pena do DTE/PEE/EEM, nossa colega da EMBRAER desde junho de 1982. Apesar de morar há muitos anos em Taubaté, ela nasceu em Tremembé em 1960. "Minha cidade situa-se no Vale do Paraíba, a 48 quilômetros de São José dos Campos. Embora se situe a apenas 8 quilômetros de Taubaté, não possui agitação nem um parque industrial. Tremembé é muito conhecida pela sua tradicional festa do "Bom Jesus", realizada a 6 de agosto. Tratando-se de cidade pequena, não oferece muita variedade de diversões, mas é muito procurada por todos aqueles que "curtem" a paz e a tranqüilidade. Um fator de destaque em minha cidade é a lavoura, mas ela se destaca também pelo artesanato, feito na "Casa de Recuperação Feminina". "São trabalhos em papel vegetal - cartões de festas em geral - cerâmicas, crochês e tricôs." E o que dá o "toque" de tranqüilidade que o repórter notou em sua cidade? Filmes, blusões, camisetas, maquetes, chaveiros e outros brindes agora têm mostruário moderno "Tremembé é privilegiada pela sua localização geográfica, pois além de ser banhada pelo Rio Paraíba é rodeada por fazendas, chácaras e sítios com grandes montanhas ao fundo, o que proporciona vistas belas e alegres ao seu redor, criando um palco ideal para piqueniques e pescarias. Quando vocês visitarem minha cidade, e aqui fica o convite, não deixem de ir conhecer a Igreja do Bom Jesus e admirar sua arte interior. São altares e púlpitos construídos em estilo gótico. Nossas praças são verdadeiros recantos de paz e tranqüilidade e quando, em setembro, começam a florescer os ipês, Tremembé ganha um toque especial de alegria e beleza." A matriz de Bom Jesus 13 CANTINHO FEMININO Um momento de Poesia Duas receitas de canjica Ouro Preto MIRA Ouro Preto, verde, dourado, dourado preto, Pirado, gazeado, luado, bronzeado. Do bêbado que some na sombra, do homem que desce quebrado, do bandolim que chora suave, do boêmio que canta magoado... Da menina faceira na janela, da outra de riso vermelho, naquela. Do padre que reza com a bata amarela, das igrejas, escadas, sinos e andores, das escolas, pensões e repúblicas. Da beleza do céu, da serra, imitando aquarela, copiando o belo. E de você que espero. Ora bolas... porque quero... CANJICA A MODA DE GOIÁS Rendimento: 10 porções. ingredientes: 200g de milho branco para canjica; 4 xícaras de chá de leite; 1 xícara de chá de Karo Dourado; 1 xícara de chá de açúcar; 2 xícaras de chá de coco ralado. Modo de Fazer: De véspera, deixe a canjica de molho em 8 xícaras de água; cozinhe a canjica em panela de pressão, por uma hora e meia; destampe a panela, misture o Karo, o leite e o açúcar e deixe ferver por mais dez minutos. Acrescente o coco ralado e ferva por mais 5 minutos. Sirva quente, com queijo fresco. CANJICA DE AMENDOIM Rendimento: 6 porções. Ingredientes: 250g de milho branco para canjica; canela em pau; 1 xícara de chá de Karo; 3 xícaras de chá de leite; 1/2 xícara de chá de açúcar; 200g de amendoim torrado e triturado. Modo de Fazer: De véspera, deixe a canjica de molho em 8 xícaras de água; cozinhe a canjica em panela de pressão, por 1 hora e meia. Depois de cozida, misture metade da canjica com o leite e bata no liquidificador. Volte essa mistura à panela, já com o açúcar e o Karo, junte o amendoim e torne a ferver por 20 minutos. Sirva quente com requeijão. NOTICIAS DA COOPERATIVA Em virtude da alteração ocorrida nos níveis do salário mínimo, há pouco decretada pelo Governo e que estabeleceu para o Estado de São Paulo, a partir de 1.° de novembro, o mínimo de Cr$ 57 200,00, foram alterados os valores de desconto em folha para a Cooperativa, o que veio aumentar também o teto para empréstimo da CECMEE. Os descontos mensais em folha para aumento do capital são feitos em percentagens do salário mínimo vigente. O desconto mínimo é de 5% do salário estabelecido, que corresponde a Cr$ 2 856,00 e o máximo é de 200% do salário mínimo, atualmente Cr$ 114 240,00, sempre dentro dos seguintes critérios de carência: TEMPO DE EMPRESA PERCENTAGEM DO SALÁRIO MiNIMO Até 3 meses De 4 a 12 meses De 13 a 24 meses Mais de 25 meses 10% 20% 50% Até 200% O teto do empréstimo corresponde a 30 vezes o salário mínimo e, portanto, passou para Cr$ 1 713 600,00. Isso significa que o cooperado poderá solicitar empréstimo até esse valor, desde que possua capital suficiente e as prestações mensais referentes ao pagamento do empréstimo não ultrapassem 20% do seu salário-base. Nossa Cooperativa de Crédito, em função do empenho dos seus cooperados, tornou-se uma das maiores do Pais, sendo hoje, em número de associados, a maior do Estado de São Paulo. E continua a crescer. OS NÚMEROS DESSE CRESCIMENTO Número de cooperados em 30.9.83 Número de empréstimos concedidos entre Jan/ Set-83 6 302 3 281 Valor emprestado de Jan a Set-83 Cr$ 523 160 000,00 Capital da CECMEE em 30.9.83 Cr$ 376 960 143,69 14 Casamentos realizados em Outubro de 1983 Aldo Mazzoni Júnior e Sônia Aparecida lanes Mazzoni; Antônio Donizete Moreira e Maria Tereza de Paula Moreira; Aurélio Osses e Eliana Sousa da Silva Osses; Benedito Marcondes e Suely Aparecida Campos de Souza Marcondes; Carlos Eduardo Müller Pereira e Carmelita Aguiar Aquino; Celito da Silva Alves e Terezinha Martins de Carvalho Floriano Alves; Edison Naressi Júnior e Cármen Lúcia Mendes da Silva Naressi; Eliel Santos de Carvalho e Neusa de Fátima Ferreira Carvalho; Emílio Carlos Pereira de Gouvea e Maria Filomena Arantes Monteiro Pereira de Gouvea; Ferenc Fabian Filho e Roseane Cury Murad Fabian; Francisco Raimundo de Mendonça e Maria Terezinha Moreira da Silva Mendonça; Jair da Silva e Maria Clara de Fátima Pereira Silva; João Paulo de Souza e Solange Dias de Souza; José Francisco de Moraes e lise Ferreira da Silva Moraes; Lairton José Gasetta e Nildéia de Fátima Almeida Gasetta; Manoel Lopes Giraud e Margaret Justo Perez; Maria Aparecida de Matos Câmara e Glaucinei Câmara; Pedro Paulo Sendrete e Isabel Cristina Fernandes Sendrete; Salvador Barbosa de Oliveira e Marilene Pinto Barbosa de Oliveira; Tadeu Pimentel Cordeiro e Margarete da Costa Pimentel; Ulisses da Silva Abreu e Maria Lúcia Bessa de Abreu. TESTE Mostre que você está por dentro Por lrênio de Faro pretende reduzir drasticamente, com um novo e revolucionário conceito aerodinâmico de asa (veja a foto), o peso estrutural na construção de aviões e, com isso, reduzir também o consumo de combustível. Esse tipo de asa, atualmente, em ensaios no túnel de vento, nos Estados Unidos, recebeu o nome de: a) ANELAR b) CIRCULAR c) ELÍPTICA do Brasília, três já estão voando: SF340 (SAAB FAIRCHILD), DASH-8 (DE HAVILLAND) e CN-235 (CASA NURTÃNIO). O quarto é: 1. O "OMAC-1" (foto acima) é um monomotor executivo americano, em fase de homologação, com uma concepção que começa a virar moda: motor na cauda, hélice empurradora e estabilizador horizontal na frente. Você sabe como é o nome desse tipo de estabilizador? a) CANARD b) SPOILER c) WINGLET 2. A Empresa Transportes Aéreos da Bacia Amazônica (TABA) será a pri-. meira regional brasileira a empregar (ato puro em suas linhas. Você sabe qual o avião que a TABA escolheu para operar a partir de dezembro deste ano? a) DOR NlER DO-228 b) NDN-1T FIRECRACKER c) ATR-42 4. Desenvolvido pela Nipon Aeroplane Manufacturing Co. do Japão, o turboélice YS-11, para 60 passageiros, voou pela primeira vez em 30 de agosto de 1962 e sua produção chegou a 182 aeronaves. No Brasil, onde operou na Cruzeiro e na Vasp, o YS-11 recebeu um carinhoso apelido. Qual foi? a) AIR BUS A-320 b) BAE-146 c) FOKKER F-28 a) MIKADO b) SAMURAI cl BANZAI 3. Dos quatro concorrentes diretos 5. A fábrica americana Lockheed COLUNA DO ACÁCIO HUM_ ./ 999 are 9(./..kwo éu V/ 4<puz.4 .4,k2 )voe ;°4eece: Msfj4eM/1421, cofrl if.i/v77.<7.4 IV40 UM .P0' 7/e0 ? E' AltSMóT QC/6"" 45~Na .„,..=—... ._. .. ... .... Ir ,- ,,, 5L/ 77t/E ...L,"' CON/Z4:' .2-73- VCzES "Wal 'e qy ,} 0, "IMF ? ■=-1, , ' 111 / 4 N74f .1'6" VOC2' 7-/Vc'35 CCI.e4.40 .!`3W1,1 /1,..51%,10 VoC5 A40 7EP/4 4C,V4i)0 1114 41. 041 P44'4 „„‘„,7---/<2.4,e (+.2/L .2 ■,.._,------- - 1 .., , „ .o ,,, 1i. I '1 (2 (-. • ff Cfe - 7E?"4 /Vis 992 2 1 f 11' , It í ,.., ,',/£/ e7 C4NO .4.4 • _*-51)/A/64.et,4. R.4P4J, C4/U 74/Y1-6, ,P4E-4,(:)./4//loS 0".., ddill'h - a/ 77/2C.r./71 .M: 7)1,1:144/i~, CO« '&74. L1'7 UM ,%74L- CMICO341- I .-•. a ,,- r, - / Ara. • f' '. E VOCg ÁCH4 PC/E r UM4 Eu MEA/77R21 C(7/1/7-4? FOR /)?/4 7E d' _....CAUSA,06 - UAI .__ ---' PASSARINHO 2 ----0 '— .Nil ::-.\ ç IMF , _6\ k"-N-..--'"--15 A onça e o Jaú por Luiz Achilies Piccinini O • fato que passo a expor aqui me foi contado por um amigo portador de muito boas qualidades: sério, bom matemático, bom caçador, excelente pescador, apreciador de "mé" e não "chutador". Aqui vão suas palavras textuais: — "Estava eu em Mato Grosso, pelas alturas do Pantanal, aguardando apenas que o dia clareasse para efetuar uma pequena caçada, com o objetivo de reabastecer o acampamento. Queria também experimentar uma "44" nova que comprei de ocasião. Por medida de economia levei pouca munição. Penetrei no banhado e tendo achado um lugar bom, improvisei um alvo e gastei algumas balas testando minha pontaria. Entusiasmado com a precisão da arma, acabei ficando com apenas uma bala. Em face do inesperado do fato, fiquei perambulando pelo banhado, vendo se aparecia qualquer animal que justificasse o gasto dessa última bala... Anda pra cá, anda pra lá, cheguei à margem de um braço de lagoa, onde tive uma grata surpresa. Próximo à margem oposta, aproximadamente a uns trinta e um metros, aparecia o dorso de um enorme exemplar de jaú, tomando seu banho de sol. h Raciocinando rápido, observei uma pedra providencial situada bem na bissetriz do ângulo de quarenta e dois graus, do qual eu era o vértice. \, Ótimo alvo pensei comigo. Teremos comida para uma semana. Para não haver erro subi em uma elevação de onde podia fazer uma mira mais perfeita. Esta subida porém me proporcionou mais uma surpresa, que me deixou sem saber o que fazer. A mais ou menos uns quarenta e dois graus à esquerda do jaú, na margem, encontrava-se uma enorme onça pintada bebendo água. (Confirmei com o relógio que era hora de a onça beber água.) Aí veio a dúvida cruel. Ou eu matava a onça, que além de comestível seria também um belo troféu, ou matava o peixe, cuja carne é mais saborosa. Se pelo menos ambos estivessem na mesma reta, poderia tentar matá-los com a única bala que me sobrara... A pedra apresentava dois planos formando um ângulo diedro, cuja aresta estava voltada para mim, em situação quase perpendicular ao plano da água. A inclinação da aresta era de dois graus e meio. Fiz mira na aresta da pedra, dei o desconto da inclinação e disparei... O projétil de chumbo atingiu a aresta da pedra, bem no centro, partiu-se em dois, tendo uma metade atingido a testa da onça e a outra metade o dorso do jaú. Pulei de satisfação, agitei o braço no ar, dando um murro pela vitória matemática, sendo que ao fechar o punho agarrei uma juriti, que passava em vôo baixo, assustada pelo tiro... Foi meio difícil transportar os três bichos para o acampamento. Foi relativamente fácil explicar o negócio do tiro, pois em cada uma das vitimas havia meia bala... O que me enrolou mesmo foi aparecer no acampamento trazendo uma juriti viva, sem ter levado uma arapuca... Ufa!!!