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CIÊNCIA MODERNA
E MEIO AMBIENTE
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
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CIÊNCIA MODERNA E MEIO AMBIENTE
Iniciando nosso diálogo
Prezado aluno,
Chegamos finalmente ao tema 4 “Ciência Moderna e Meio Ambiente” certos de que apresentamos um razoável conjunto de fatos e pensamentos que impulsionaram o desenvolvimento da
Ciência tal como a entendemos e dela fazemos uso no Ocidente.
A história nos revela que a busca por uma interpretação mais confiável dos fenômenos que
envolvem a natureza e nossa própria vida, inicia-se com explicações míticas misturadas em parte
com afirmações do senso comum e, passando pelo pensar filosófico alcançamos as explicações
científicas e as conseqüências dessa elaboração para com o Meio Ambiente.
Veremos como a confiança na razão e a relação entre ciência e economia desenharam nova
visão de mundo, novas relações sociais e a forma como nos relacionamos, considerando todas as
conseqüências que esses processos trouxeram para a realidade humana e natural.
OBJETIVOS
Os objetivos com o estudo do tema 4 são entender as grandezas e os problemas que a ciência propiciou para o homem e para a natureza:
• Compreender as realizações da Ciência Moderna;
• Entender os novos princípios orientadores na produção de conhecimento seguro;
• Compreender ideias, fatos e consequências da ciência positiva;
• Refletir sobre os questionamentos e consequências do saber científico.
Vamos iniciar nosso aprendizado!
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CIÊNCIA MODERNA E MEIO AMBIENTE
SAIBA MAIS
• David Lyon: Para
maiores informações,
consulte o livro: LYON,
David. Pós-modernidade. São Paulo: Paulus,
1988.
4.1 - AS REALIZAÇÕES AMBÍGUAS DA CIÊNCIA MODERNA
Iniciamos este tema oferecendo a possibilidade de uma contemplação ambígua da paisagem cultural e social que hoje desfrutamos a
partir dos objetos construídos pela ciência moderna e que fazem parte
do cotidiano de nossas vidas.
David Lyon afirma que as relações entre ciência e capitalismo
promoveram grandes realizações na modernidade. Diz ele que “Num
período de poucas décadas, começou na Europa uma transformação
que alteraria o mundo de forma inédita e irreversível. Muitas coisas que
hoje consideramos como aspectos “normais” da vida diária eram impensáveis para minha bisavó, o que não dizer para a bisavó dela. Enquanto
minha avó andava num carro — um Morris Cowley, para ser preciso
— e usava o telefonema, a mãe dela tinha mais familiaridade com os
trens a vapor e com o telégrafo. A mãe dela, por sua vez, usava cavalos para deslocar-se, embora fosse testemunha do aparecimento do
selo postal para a comunicação por carta. Para todas essas mulheres
as viagens espaciais eram ficção científica à La Júlio Verne ou H. G.
Wells, e as comunicações via satélite estavam simplesmente fora de
cogitação. Para que o leitor não pense que estou entrando em algum
tipo de determinismo tecnológico, digo imediatamente que cada uma
dessas inovações, envolve mudanças sociais profundas. As rotinas da
vida diária alteram-se, por exemplo, quando não precisamos mais de
relacionamentos face a face para nos comunicar. Nossas relações sociais se estendem no tempo e no espaço, ligadas por redes de sinais
de TV e cabos de fibra óptica. Cada vez mais, fazemos coisas a distância. Os poucos caminhos que percorremos entre o nascer e o pôr-do-sol são bem diferentes de horários, relógios e computadores, em
vez de estações, amanhecer e anoitecer, regulam nosso ir e vir. Mesmo
“amanhecer e o anoitecer” são conceitos menos significativos quando
as atividades podem continuar sem interrupção mesmo com a perda da
luz natural. A luz elétrica artificial simplesmente assume o comando.
Mas não são somente as consequências desses desenvolvimentos técnicos que são profundamente sociais; as causas também
o são. O motor mais evidente que as move é o capitalismo com sua
busca incessante de novas matérias-primas, de novas fontes de força
de trabalho e, mais recentemente, de novas tecnologias para suplementar ou substituir aquela força de trabalho, e de novas aplicações que
possam atrair novos consumidores.
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As mudanças ocorridas na concepção de homem, sua forma de produzir conhecimentos e
de se organizar em sociedade no período moderno são enormes como se pode constatar por meio
do texto de Lyon. Esta ciência transforma a matéria-prima numa infinidade de máquinas, objetos e
produtos cuja modernidade capitalista é profundamente dependente.
REFLITA
Mas, qual o preço que pagamos como civilização para chegar ao período mais
avançado da civilização humana?
Contrapondo a essa visão otimista, fruto da aplicação da razão humana no domínio da natureza, transformando a matéria-prima em diferentes objetos, verdadeiras maravilhas modernas que
aliviam o peso da vida humana, há um preço a pagar na medida em que a maioria das pessoas não
desfruta dos benefícios que tais produtos promovem. Há um débito ambiental para o qual ainda não
empreendemos esforços satisfatórios. Para entender de qual preço estamos falando precisamos
desconfiar que nem tudo o que vivemos é sinônimo de progresso.
As relações questionáveis entre ciência, desenvolvimento capitalista e meio ambiente sempre estiveram no horizonte dos europeus conquistadores a partir do século XV e XVIII. Havia sim
uma indiferença política frente à sujeição de povos diferentes dos costumes da europa civilizada.
Um sacerdote aqui, um índio ali faziam parte de vozes diminutas, frente à multidão contrária à conquista e dominação. A indiferença frente às modificações de diferentes ecossistemas para abertura
de estradas, estabelecimento de povoados, cidades, fábricas (sinônimo de desenvolvimento e progresso), invenção de produtos pela exploração e transformação de matérias primas minerais ou
vegetais, estava longe de ser questão debatida com seriedade.
Contudo, em 1855 temos o testemunho da carta de um cacique Seattle da tribo Suquamish,
endereçada ao presidente americano Francis Pierci quando este desejava comprar o território ocupado por índios que diz o seguinte:
“Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A ideia
não tem sentido para nós. Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta
terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer
praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto,
tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva
que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem
vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento,
quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esque-
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cem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho.
Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são
nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos
irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital
do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.
Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande
Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver
confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre
a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta é
sagrada para nós.
A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água,
mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis
de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo
espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida
do meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas
canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós,
deveis vos lembrar e ensinar a nossas crianças que os rios são nossos
irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar
aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão.
Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo
de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de
que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a
submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova
de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua
mãe, a terra, e seus irmãos, o céu como coisas a serem comprados
ou roubados, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas
sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente
diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do
homem vermelho.
Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal,
nada possa compreender. Nas cidades do homem branco não há um
só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das
folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque
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sou um selvagem e não possa compreender.
O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa
onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das
rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar
do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da
brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume
dos pinhos.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar.
O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como
um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas
se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar que o ar é precioso
para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo
que lhes recebeu o último suspiro.
Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver
a brisa aromatizada pelas flores dos bosques.
Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se
nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: O homem branco terá
que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem
branco que neles atira de um trem em movimento. Sou um selvagem
e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais
importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.
Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode
cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado.
Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza as
cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai
a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe.
Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo.
De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem
branco; O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos
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certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une
uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos
filhos da terra.
O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer
que faça a essa teia, faz a si próprio.
Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez,
apesar de tudo, sejamos todos irmãos. Nós o veremos. De uma coisa
sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia:
Nosso Deus é o mesmo deus. Podeis pensar hoje que somente vós o
possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus
do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho.
Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os
brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras
tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio
de vossos próprios excrementos.
Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminado pela força do Deus
que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério
para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último
búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos
recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens
e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes.
Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver.”
O conteúdo desta carta testemunha que toda cultura possui a sua sabedoria. A cultura rotulada de mítica possui uma consciência não só de pura submissão, mas também de comunhão com
tudo que a natureza dispõe para a vida em geral. Esta sabedoria que preza a manutenção do meio
ambiente contrasta com a compreensão da necessidade de domínio da natureza atrofiando a noção
de bem, que fixa a racionalidade naquilo que é útil, caso da cultura ocidental. A evidência dessa postura está nas transformações sociais, políticas, econômicas (posteriormente ambientais) entre o final
do período medieval, renascimento e período moderno que veremos a seguir.
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4.2 - CIÊNCIA MODERNA E OS NOVOS PRINCÍPIOS PARA
A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO
A Ciência Medieval que se estabelece por meio da escolástica,
afirma verdades por meio de argumentos lógicos sobre os objetos abordados. Sem dúvida este saber, em parte, ajuda a explicar a forma piramidal de esta sociedade se organizar. Porém, o gradativo aumento da
importância das cidades no final do período medieval traz como consequências a busca por novos mercados de matéria-prima para produzir
produtos e suprir as novas necessidades. Essa transição do medievalismo para o período moderno se faz
por meio do período denominado Renascimento, momento histórico no
qual ocorrem profundas mudanças econômicas, políticas, sociais, religiosas, culturais na Europa. Temos por exemplo a mudança do feudalismo para o capitalismo, a reforma protestante e católica, a formação
dos estados nacionais que viriam a ser mais tarde os países europeus
e a mudança do paradigma político cristão para a visão moderna com
Maquiavel.
A ciência moderna vai estabelecer uma nova verdade científica
que se afirma, não mais pela pura lógica argumentativa, mas, agora
sim, por meio da aplicação da razão sobre o que nos informa exaustivas
observações, coleta de dados, experimentação, verificação e conceituação.
Um pensador ofereceu novas diretrizes para procedimentos
seguros na produção de conhecimento científico foi Francis Bacon
(1561-1626) que propôs o método indutivo. Influenciado pelo espírito de
seu tempo, este pensador defendia a aplicação da ciência à indústria a
serviço do progresso.
Na obra Novum organum Bacon afirma que o bem-estar do homem depende do controle científico obtido por ele sobre a natureza, o
que levaria à facilitação da sua vida. Sentenciou que “saber é poder”,
pois julgava imprescindível o domínio do homem sobre a natureza, a
partir do conhecimento de suas leis.
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SAIBA MAIS
• Francis Bacon:
Bacon foi um jurista e
ocupou altos cargos
públicos,
desempenhando atividade política. Foi um defensor
da monarquia absoluta, embora contrário
à censura de opinião.
Apesar de ter estado
sempre no centro da
vida pública, dedicou
grande parte de seu
tempo a refletir sobre
o conhecimento e sobre a melhor forma de
colocá-lo a serviço do
homem. Não descobriu qualquer nova lei,
não elaborou uma teoria própria em qualquer
ramo de investigação,
em vez disso, propôs
uma forma para se
chegar a novas teorias, um método que,
a seu ver, possibilitaria
a construção de um
conhecimento correto
dos fenômenos.
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IMPORTANTE
Bacon afirma: “aqueles dentre os mortais, mais animados e interessados, não
no uso presente das descobertas já feitas, mas em ir mais além; que estejam
preocupados, não com a vitória sobre os adversários por meio de argumentos,
mas na vitória sobre a natureza, pela ação; não em emitir opiniões elegantes e
prováveis, mas em conhecer a verdade de forma clara e manifesta; esses, como
verdadeiros filhos da ciência, que se juntem a nós, para, deixando para trás os
vestíbulos das ciências, por tantos palmilhados sem resultado, penetrarmos em
seus recônditos domínios”.
Assim, a verdadeira finalidade da ciência é contribuir para a melhoria das condições de vida
do homem. O conhecimento não teria valor em si, mas sim pelos resultados práticos que possa gerar. Para que o conhecimento cumpra sua finalidade de se colocar a serviço do homem, ele tem que
estar fundado em fatos, numa ampla base de observação. O homem tem que entrar em contato com
a natureza, se deseja conhecê-la.
Após defender a utilidade do conhecimento, Bacon preocupou-se com as noções falsas que,
segundo ele, impediam os espíritos esclarecidos de alcançar a verdade e, conseqüentemente, de
produzir um conhecimento que servisse verdadeiramente ao homem, e afirmou a necessidade de
um instrumento para corrigir essas falsas noções. Para Bacon, são de quatro tipos os erros que o
homem pode cometer ao produzir conhecimento, se seguir seu impulso natural. A esses erros Bacon
chamou de ídolos e, a menos que os homens os compreendam e tomem precauções contra eles,
podem constituir-se em sérios obstáculos à ciência.
Os primeiros são os ídolos da tribo, que são falhas inerentes à própria natureza humana,
falhas, tanto dos sentidos quanto do intelecto, comuns a todos os homens. Segundo Bacon, as
percepções são parciais, portanto não se pode confiar nas informações fornecidas pelos sentidos,
senão quando corrigidas pela experimentação. De acordo com Bacon, “os sentidos julgam somente
o experimento e o experimento julga a natureza e apropria coisa” (Novum organum, I, afor. 50). Da
mesma forma como os sentidos, também o intelecto humano está sujeito a falhas, uma das quais a
tendência a generalizar a partir de casos favoráveis, sem atentar para as instâncias negativas.
Os segundos erros são os ídolos da caverna, que são distorções que se podem interpor no
caminho da verdade, em função de características individuais do estudioso. Essas distorções são
decorrentes de sua história de vida, de seu ambiente, de sua formação, de seus hábitos, das leituras
que faz, de seu estado de espírito no momento em que se põe a buscar um determinado conhecimento, e o farão abordar seu objeto de estudo a partir de um prisma determinado.
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O terceiro tipo de ídolos são os ídolos do foro, que são falhas provenientes do uso da linguagem e da comunicação entre os homens. As palavras que usamos limitam nossa concepção
das coisas, porque pensamos sobre as coisas a partir das palavras que temos para exprimi-las. As
palavras assumem o significado que o uso corrente da linguagem acaba por lhes imprimir e que
é, geralmente, muito vago, impreciso ou parcial. Quando se tenta precisá-las para fazer com que
correspondam mais fielmente ao que se encontra na natureza, esbarra-se numa grande resistência
imposta pelo uso que vulgarmente se fez delas ao longo do tempo. Como as palavras constituem o
meio pelo qual se trocam as ideias, o uso de palavras vagas, de palavras sem correspondência com
qualquer aspecto do real, acaba por gerar inúmeras controvérsias em torno de nomes. Para garantir
uma comunicação eficiente em ciência, seria necessário dotar as palavras de resultados de experiências, porque as próprias definições não fornecem uma solução satisfatória, uma vez que também
elas são compostas de palavras.
Por último, há os ídolos do teatro, que são distorções introduzidas no pensamento advindo
da aceitação de falsas teorias, de falsos sistemas filosóficos. Aqui, Bacon faz severas críticas a várias escolas filosóficas, particularmente à de Aristóteles e aos escolásticos seus seguidores. Entre
as críticas que faz estão as de dogmatismo, infecundidade e esterilidade para a produção de resultados práticos, que beneficiem a vida do homem. Critica também o fato de esses filósofos elaborarem
teorias sobre a natureza que saem de suas cabeças, em vez de relacionarem-se com a natureza por
meio da experimentação antes de concluírem algo sobre ela.
Segundo Bacon, a razão da estagnação das ciências está na utilização de métodos que
barram o seu progresso: não partem dos sentidos ou da experiência, mas da tradição, de ideias preconcebidas e se abandonam aos argumentos. O caminho correto para o avanço das ciências estaria
na realização de grande número de experiências ordenadas, das quais seriam retirados os axiomas
e, a partir destes, propor-se-iam novos experimentos.
O método proposto por Bacon para fazer avançar os conhecimentos científicos é a indução,
um processo de eliminação, que nos permite separar o fenômeno que buscamos conhecer — e que
se apresenta misturado com outros fenômenos na natureza — de tudo o que não faz parte dele.
Esse processo de eliminação envolve não só a observação, a contemplação do fluxo natural dos
fenômenos, como também a execução de experiências em larga escala, isto é, a interferência intencional na natureza e a avaliação dos resultados dessa interferência.
Caberia ainda ao processo indutivo multiplicar e diversificar as experiências, alterando as
condições de sua realização, repeti-las, ampliá-las, aplicar os resultados; verificar as circunstâncias
em que o fenômeno está presente, circunstâncias em que está ausente e as possíveis variações do
fenômeno.
Um cientista importante para a ciência moderna neste contexto do século XVII é “Galileu
(1564-1642), que precisou (...) derrubar a visão de mundo proposta por Aristóteles, reinterpretada
pelos teólogos medievais e oficialmente em vigor”.
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Tal como os pré-socráticos, Galileu buscou entender o universo físico. Teve contato com a
teoria Heliocêntrica de Copérnico que se contrapunha à astronomia de Ptolomeu e a física de Aristóteles. Quando questionado pelas autoridades de Igreja Católica sobre suas novas ideias, comentou
(Galileu) que a Bíblia, em se tratando de temas científicos, não era um manual a ser obedecido
cegamente. A consequência deste comentário foi sua condenação pelo Tribunal da Inquisição a
retratar-se publicamente negando suas concepções científicas que passaremos a descrever.
Seguindo a tradição grega, aristotélica, para se entender uma coisa não era preciso estudá-la experimentalmente. Bastava esforçar-se por compreender como essa coisa existe e funciona e, depois, elaborar uma teoria sobre isso. Para muitos pensadores antigos e medievais,
“observar as coisas, agir sobre a natureza e pensar como matemático” eram atividades que não se
combinavam. Mas Galileu, enquanto professor de matemática inovou e aplicou a matemática ao
estudo experimental da natureza.
IMPORTANTE
Galileu alcançou grandes realizações como:
• a elaboração da lei da queda livre dos corpos, segundo a qual a aceleração
de um corpo em queda é constante, independentemente de o corpo ser leve ou
pesado, grande ou pequeno. A demonstração dessa lei exige condições ideais
(vácuo).
• a construção e o aperfeiçoamento de um telescópio permitiu efetuar observações astronômicas que o levaram a descobrir o relevo montanhoso da Lua,
quatro satélites de Júpiter, as formas diferentes de Saturno, as fases de Vênus
e a existência das manchas solares.
A mais destacada de suas contribuições foi ter assumido uma nova postura de investigação
científica, cuja metodologia se baseava:
• na observação paciente e minuciosa dos fenômenos naturais;
• na realização de experimentações para comprovar uma tese;
• na valorização da matemática como instrumento capaz de enunciar as regularidades observadas nos fenômenos.
Neste texto, não vamos tratar de outras ideias filosóficas que acabaram sendo fecundas no
comportamento científico moderno. Apenas para informação e posterior aprofundamento citamos o
inatismo racionalista representada pelas ideias de Descartes (1596-1650), e também o empirismo
(experiência) representada pelas ideias de Locke 1632-1704. Este conjunto de ideias filosóficos
científicas produziu um conjunto de saberes especializados e separados em ciências exatas e bioló-
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gicas, sendo a mais famosa a teoria da evolução de Charles Darwin. Mas também este procedimento racional produziu as ciências humanas (Sociologia, Antropologia, Psicologia etc).
4.3 - CIÊNCIA: ORDEM E PROGRESSO
Trilhando este ideal de explicação racional e experimental da vida natural, Auguste Comte
constrói a doutrina do Positivismo, fundada na extrema valorização do método científico das ciências positivas (baseadas nos fatos e na experiência) e na recusa das discussões metafísicas.
IMPORTANTE
O termo POSITIVO conforme extraído na obra “Discurso sobre o espírito positivo” significa o pensamento ocupar-se tão somente com o que é:
• Real — pesquisa de fatos concretos, acessíveis à nossa inteligência, deixando
de lado a preocupação com mistérios impenetráveis referentes às causas primeiras e últimas dos seres;
• Útil — busca de conhecimentos destinados ao aperfeiçoamento individual e
coletivo do homem, desprezando as especulações ociosas, vazias e estéreis;
• Certo — obtenção de conhecimentos capazes de estabelecer a harmonia lógica na mente do próprio indivíduo e a comunhão em toda a espécie humana,
abandonando as dúvidas indefinidas e os intermináveis debates metafísicos;
• Preciso — estabelecimento de conhecimentos que se opõem ao vago, baseados em enunciados rigorosos, sem ambigüidades;
• Organizado — tendência a organizar, construir metodicamente, sistematizar o
conhecimento humano;
• Relativo - aceitação de conhecimentos científicos relativos. Se não fossem
relativos, não poderia ser admitida a continuidade de novas pesquisas, capazes
de trazer teorias com teses opostas ao conhecimento estabelecido. Assim, a
ciência positiva é relativa porque admite o aperfeiçoamento e a ampliação dos
conhecimentos humanos.
O positivismo se caracteriza por uma confiança nos benefícios da industrialização, bem
como por um otimismo em relação ao progresso capitalista, guiado pela técnica e pela ciência.
A partir da segunda metade do século XIX, o positivismo reflete, no plano filosófico, o entusiasmo
burguês pelo progresso capitalista e pelo desenvolvimento técnico-industrial. Embora criticado no
plano teórico, é uma doutrina muito influente no plano prático até nossos dias.
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A lei dos três estados resume o pensamento de Comte sobre a evolução histórica e cultural
da humanidade. Conforme escreveu em seu Curso de filosofia positiva, “essa lei consiste em que
cada uma de nossas concepções principais, cada ramo de nossos conhecimentos, passa sucessivamente por três estados históricos diferentes:
• estado teológico ou fictício — estágio que representaria o ponto de partida da
inteligência humana, no qual os fenômenos do mundo são vistos como produzidos
por seres sobrenaturais. O ponto culminante deste estado foi quando o ser humano
substituiu o politeísmo (numerosas divindades independentes) pelo monoteísmo
(ação providencial de um Deus único);
• estado metafísico ou abstrato — estágio em que a influência dos seres sobrenaturais do estágio teológico foi substituída pela ação de forças abstratas consideradas
como representantes dos seres do mundo;
• estado científico ou positivo — estágio definitivo da evolução racional da humanidade em que, pelo uso combinado do raciocínio e da observação, o ser humano
passou a entender os fenômenos do mundo.
O positivismo é um ideal científico e político. Científico porque se diferencia do empirismo
puro ao não reduzir o conhecimento científico somente aos fatos observados. Ver para prever é o
lema da ciência positiva. É o conhecimento científico um instrumento de transformação da realidade,
de domínio do homem sobre a natureza. As transformações impulsionadas pelas ciências visam ao
progresso. Traduzindo, só haverá progresso se houver ordem. Assim: ORDEM E PROGRESSO
na bandeira indicam a inspiração positivista dos ideólogos da sociedade brasileira. Neste sentido,
essa ordem e progresso possuem consequências políticas.
Nos conflitos entre proletários e capitalistas, Comte assumiu uma posição conservadora ao
defender a legitimidade da exploração industrial. Concordava com a divisão das classes sociais e
considerava indispensável a existência dos empreendedores capitalistas e do proletariado. Para os
trabalhadores, defendia uma educação destinada a confirmar a necessidade dos trabalhos práticos e
mecânicos por eles realizados. Assim, entendia que se cada classe social faz a sua parte em ordem,
sem conflitos ou revoluções, greves etc, essa sociedade deve ter necessariamente progresso.
4.4 - CIÊNCIA: QUESTIONAMENTOS E CONSEQUÊNCIAS
REFLITA
Com a adoção da ciência positiva e evolucionista temos uma civilização ocidental sempre melhor que sua precedente? Podemos verificar um melhoramento
ambiental e progresso contínuo do ser humano nas suas mais diversas dimensões, política, econômica, social, espiritual? 71
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Segundo a filósofa Marilena Chauí, a reflexão da Filosofia das Ciências considerando os
resultados práticos desse comportamento científico no século XVIII e XIV constatou ambiguidades
nos resultados desse ideal científico. Por um lado temos o Conhecimento Científico que impulsiona
continuamente diferentes etapas do capitalismo. Indústria, transportes, comunicações, medicina são
áreas onde as inovações tecnológicas facilitam e aliviam a vida humana do trabalho pesado, dor
e sofrimento. Por outro o Modelo das ciências naturais (física, química e biológica) influenciou as
ciências humanas tal como expresso no pensamento de Comte e na Sociologia posterior. A submissão das pesquisas cientificas aos interesses de poderes diversos como a indústria capitalista em
geral (petrolíferas, farmacêuticas, moda, bens de consumo), política, guerra, coloca em perigo a vida
no planeta seja pelas conseqüências de uma guerra para os seres humanos e para o meio ambiente, pela introdução de novos hábitos alimentares nocivos à saúde humana, poluição da atmosfera,
contaminação de oceanos, destruição de matas, plantas e animais.
Podemos falar em mitologia cientificista. A ideia de conhecimento real, útil, certo, preciso,
organizado e relativo desenvolveu a crença de uma ciência pura, neutra, desinteressada ou com
interesse apenas no saber, e de uma ciência aplicada entendida enquanto conhecimento para utilidade imediata na construção de objetos tecnológicos, instrumentos variados e máquinas diversas.
É o interesse na ciência aplicada (tecnologia) que interfere na tal ciência pura.
Essa razão instrumental vai gerar o cientificismo (senso comum cientificista, ou ideologia, ou ainda o mito da neutralidade da ciência). Esta crença cientificista pensa que a ciência
pode conhecer tudo e possui a explicação das causas das leis que governam a realidade. A ideologia se mostra na ideia de que progresso e evolução dos conhecimentos científicos permitirão uma
ação humana sem limites. O mito se mostra na crença da ciência como magia e poder ilimitado.
A reflexão sobre a atuação das ciências desmente a noção de evolução e progresso, mas
também não fala em regresso científico. A visão crítica constata que a história registra diferentes
e descontínuos ideais científicos. Assim não poderíamos falar de uma ciência moderna mais evoluída que a medieval uma vez que se trata de épocas diferentes e com noções diferentes sobre o
que seja a natureza a ser estudada. A hipótese de que a terra não se move gera uma metodologia
científica. A hipótese de que a terra se move gera outra metodologia científica.
A objetividade (separação entre sujeito e objeto) ou neutralidade das teorias científicas seria ilusória. A escolha da definição de objeto e do método de pesquisa é feita por uma pessoa
e isso interfere nos resultados da pesquisa.
IMPORTANTE
Vários exemplos históricos negam a crença da neutralidade científica:
1. O racismo enquanto ideologia social e política foi amparada por teorias científicas (Biologia, Psicologia e Sociologia) resultando nas teses das diferenças
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étnicas e biológicas (costumes de um mesmo grupo iguais geneticamente). Posteriormente tais classificações foram utilizadas para indicar grupos humanos inferiores e superiores.
2. Copérnico teve que esconder os resultados de suas pesquisas. Galileu teve
que se apresentar a um tribunal da Inquisição para retratar-se de suas afirmações.
3. Antropologia. Suas afirmações indicavam a realidade de uma humanidade dividida entre um homem civilizado, possuidor de pensamento lógico-racional e outro inferior, o não civilizado, possuidor de pensamento pré-lógico e pré-racional.
4. A ciência numa dimensão ainda não medida com exatidão está a serviço da
economia impulsionada pela informatização, telecomunicações, poderosos grupos industriais, interesses militares e políticos.
Concluindo esta disciplina afirmamos que os desafios que o tema da preservação do meio
ambiente e a busca por novos processos de sustentabilidade, nos coloca novamente na condição de
continuadores da reflexão pré-socrática; o que é a vida?
A visão grega de mundo gerou a confiança na razão, nos métodos científicos para transformar a natureza e na possibilidade de organizar a vida em sociedade. Estamos vivendo, nos dias
atuais, o melhor e o pior de todas essas legítimas ambições quando nos relacionamos com outros
nossos iguais, conosco mesmo e com a natureza.
Mas precisamos buscar uma interpretação mais integrada com outras pessoas e com a natureza. A idéia de um homem, absoluto por sua crença na libertação que a razão pode proporcionar
já caiu por terra. Fato é que sem a razão também não poderemos desenhar uma nova humanidade
com novas relações, se possível, sem dominação de uns poucos sobre uma multidão, e mais integrada com os processos da natureza.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
CIÊNCIA MODERNA E MEIO AMBIENTE
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TEMA 4
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CIÊNCIA MODERNA E MEIO AMBIENTE
RECAPITULANDO
Você pode constatar a importância da ciência moderna na produção de uma infinidade de
objetos que facilitam a vida humana, objetos que seriam invenções proibidas ou impensáveis no
período medieval.
As invenções ou descobertas só obtiveram êxito devido a uma nova postura intelectual frente
aos fenômenos estudados e à forma de produzir conhecimentos sobre os mesmos. Estamos falando
da metodologia científica que adota a observação, experimentação, verificação e conceituação.
Vimos também que o saber científico propiciou não só inventos e descobertas, mas também
passou a ser um princípio que deveria reger a organização social e política das sociedades capitalistas. Em geral esse ideal cientificista político defendia a doutrina da ordem e progresso.
Por fim buscamos mostrar a crítica possível sobre as consequências que a ciência moderna
trouxe para as relações humanas e para o meio ambiente.
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
ANDERY, Maria Amália, MICHELETTO, Nilza. Para Compreender a Ciência: uma perspectiva
histórica. RJ: Garamond Editora, 2006.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Ed. Moderna, 2006.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Ed. Moderna, 2003.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2003.
COLTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Ed. Saraiva, 2006.
CORDI, Cassiano, outros. Para Filosofar. São Paulo: Scipione, 2000.
RAEPER, Willian. SMITH, Linda. Introdução ao Estudos das Idéias: Religião e Filosofia no passado e no presente. São Paulo: Edições Loyola, 1997.
SÁTIRO, Angélica, WUENSCH, Ana Miriam. Pensando Melhor: iniciação ao filosofar. São Paulo:
Ed. Saraiva, 2000.
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Anotações
ANOTAÇÕES
Chegou a sua vez!
Aproveite o momento para sintetizar o que foi abordado neste tema, identificando as ideias
principais. Lembre-se de que essa é uma atividade de sistematização dos conceitos compreendidos, por isso você pode desenvolvê-la aqui em Anotações, ou se preferir, em seu
Diário Reflexivo, disponível no Ambiente Virtual da Disciplina.
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Anotações
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