Meta e
Compromisso da
Autogestão
Promoção
da Saúde
Meta e Compromisso da Autogestão
São Paulo - Brasil - 2007
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
Publicação da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde – Unidas
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 2.608 – bloco B – 2º andar
01402-000 – Jardim Paulista – São Paulo / SP
Telefone: (11) 3289-0855 / e-mail: [email protected] / site: www.unidas.org.br
DIRETORIA UNIDAS – GESTÃO 2005/2007
Presidente:
Vice-presidente:
Diretor Administrativo-financeiro:
Diretora de Comunicação:
Diretor de Integração:
Diretor Técnico:
Diretor de Treinamento e Desenvolvimento:
Marilia Ehl Barbosa
Regina Ribeiro Parizi Carvalho
Sebastião Rabelo Generoso
Iolanda Ramos
Aníbal de Oliveira Valença
Walter Lyrio do Valle
Christian Vieira Castro
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: José Antonio Diniz de Oliveira
Carlos Magno Ramos, Danielita Pinto de Morais, Eduardo Paula Rodrigues, José Pereira da Costa Filho,
José Prado de Souza, Maria Beatriz Coacci Silva, Marialva Guimarães Motta, Maurício Mauro Martins e
Roberto Kupski
CONSELHO FISCAL
Presidente: Hugo Avelino dos Anjos Lima
Octacílio de Albuquerque Neto e José Lanhas Schmid
AGRADECIMENTO
Às filiadas da Unidas que contribuíram com informações e material fotográfico:
ABET, AFRERJ, AGROS, AMMP, ASSEFAZ, CABERGS, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, CAMED,
CAMEP (filiada GREMES/UNIDAS), CAPESESP, CASF, CASSI, CESAN, ECT, FASSINCRA,
FORLUZ, FUNASA-SAÚDE, FUNDAÇÃO CESP, FUNDAÇÃO PAMPULHA, GEAP, INB, IPREF/
IPFPMG, METRUS, PASA, PERDIGÃO, SABESPREV, SAM-BEMAT, SERPRO, SPA e SPTRANS
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Promoção da saúde : meta e compromisso da autogestão / [coordenador Mário Scheffer ; editor
Fernando Fulanetti] . – São Paulo : UNIDAS - União Nacional das Instituições de Autogestão
em Saúde, 2007.
Bibliografia.
1. Controle de qualidade 2. Saúde – Promoção 3. Serviços de saúde – Administração – Brasil
I. Scheffer, Mário. II. Fulanetti, Fernando.
07-2377
CDD-362.10680981
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Autogestão de saúde : Programas : Administração 362.10680981
2. Brasil : Saúde : Programação de autogestão : Administração 362.10680981
apresentação
UMA FORMA DIFERENTE DE CUIDAR
“Objetivo supremo da medicina, desgraçadamente nem
sequer projetado: tornar contagiosa a saúde.”
Walter Benevides (1908-1980), in “Visitas de Médico”
A publicação deste livro representa mais uma contribuição da Unidas no esforço
de mostrar experiências que possam aprimorar o sistema de saúde do país. Antes de
mais nada, é uma homenagem a todas as suas instituições filiadas que, por meio de
ações de promoção da saúde e prevenção da doença, demonstram que vale a pena
despender energia para cuidar da saúde e não apenas pagar para tratar a doença,
prática mais comum dos chamados planos de saúde no Brasil.
Somos convictos em afirmar que, na saúde suplementar, o modelo de autogestão
é o que apresenta a melhor relação custo/cobertura. Mas também não nos
acomodamos diante dessa constatação. Preocupa-nos o desafio econômicofinanceiro do sistema, aliás um dilema mundial. Mas conseguir direcionar recursos
para programas de promoção e prevenção tornou-se um compromisso prioritário
das entidades de autogestão.
As experiências aqui relatadas vão mostrar a determinação de, primeiro, buscar cuidar das pessoas antes que elas fiquem doentes. Depois, por meio de ações
primárias, secundárias e terciárias de prevenção das doenças, tomar iniciativas que
evitem agravar a condição das pessoas já acometidas por alguma patologia.
O mundo moderno se caracteriza, inegavelmente, por grandes avanços
tecnológicos voltados para o diagnóstico e para o tratamento das doenças. Mas
todo esse progresso não substitui algumas ações e práticas, muitas vezes simples e
pouco onerosas, que produzem resultados impressionantes, em especial na satisfação dos pacientes e na melhoria da sua condição de vida.
Vincular as pessoas acometidas por um agravo à saúde a protocolos que acompanhem a sua condição de viver, por exemplo, pode fazer muita diferença. E esta
publicação é rica em experiências que buscam demonstrar esse fenômeno.
Podemos citar algumas ações realizadas pelas filiadas da Unidas, como o
gerenciamento de doentes com problemas crônicos de saúde. Temos vários
exemplos de programas com o objetivo de oferecer educação em saúde, criando e mantendo um vínculo com os beneficiários, para que possam ser orientados em questões como alimentação adequada, atividades físicas e prevenção de
riscos.
Estima-se que aproximadamente 70% das doenças que geram despesas são
passíveis de prevenção. Uma das medidas que tem se mostrado promissora na
contenção das despesas assistenciais, decorrentes da maior demanda de serviços de
saúde pelos pacientes crônicos, é o gerenciamento de benefícios farmacêuticos e,
por isso, também apresentamos ações das nossas filiadas nesse sentido. Em uma
delas, o resultado de uma pesquisa de satisfação com os beneficiários demonstrou
que 91% afirmaram que houve melhora da saúde e da qualidade de vida, quando
ministrado o tratamento adequado.
Poderemos ainda ter uma idéia, com a leitura deste livro, das ações planejadas
pelas filiadas para os próximos anos, em que a maior preocupação continua sendo
a de conscientizar o beneficiário para cuidar melhor da sua saúde. Atenta a isso, a
Unidas reforçará o seu propósito de recolher as experiências bem-sucedidas e
disseminar o saber acumulado.
Talvez coubesse comentar que as autogestões não querem fazer um autoelogio, mas é difícil não dizer, como demonstra essa publicação, que somos diferentes. Temos a preocupação com a economia do setor, não há dúvida, mas buscamos proporcionar uma assistência centrada na condição de saúde das pessoas
assistidas que, menos doentes, vão onerar menos o sistema. E que, mais saudáveis,
serão mais felizes e viverão a vida mais intensamente.
Queremos que este livro alcance o objetivo de conciliar o melhor dos dois
mundos: aprimorar a qualidade da assistência a um custo compatível com a
capacidade de pagamento dos financiadores do sistema – os trabalhadores e suas
empresas e instituições. Acreditamos, enfim, que é possível lutar por condições
melhores, para cada um de nossos beneficiários e para a coletividade que assistimos.
Marilia Ehl Barbosa
Presidente da Unidas
sumário
A promoção da saúde e a prevenção de doenças
Mudanças na expectativa e no estilo de vida da população, associadas
aos principais fatores de risco e causas de morbi-mortalidade, trazem
novos desafios para a assistência à saúde, com a valorização das ações
8
de promoção da saúde e prevenção de doenças.
Autogestão em saúde: estrutura e diferenciais
Buscar a excelência na gestão da saúde, oferecendo melhores serviços
e qualidade de vida aos beneficiários, é um dos pilares das instituições
de autogestão no Brasil que, em conjunto, são responsáveis pela
assistência à saúde de mais de 5,4 milhões de vidas em todo o país.
15
Modalidades de gestão da promoção da saúde
Com diferentes estruturas organizacionais e de gerenciamento, e
muitas vezes apoiadas em parcerias, as autogestões filiadas à Unidas
são pioneiras e referência em termos de iniciativas e programas de
promoção da saúde e prevenção de doenças para seus beneficiários.
26
Perfil dos programas e intervenções
Realização de campanhas, distribuição de material educativo,
gerenciamento de risco, programas para doentes crônicos, assistência
farmacêutica e internação domiciliar são estratégias utilizadas nos
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programas e intervenções da maioria das autogestões.
Áreas temáticas e programas específicos
Saúde da mulher e materno-infantil, saúde do idoso, saúde mental,
dependência química, saúde bucal e qualidade de vida são as áreas
temáticas que reúnem os principais exemplos de iniciativas bemsucedidas implantadas pelas autogestões filiadas à Unidas.
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Expectativas e planos futuros das autogestões
Continuar oferecendo as melhores respostas às demandas de
assistência à saúde dos seus beneficiários move as autogestões de todo
o país em busca do constante aprimoramento e inovação na oferta de
benefícios e atividades que promovam a saúde e previnam as doenças.
94
CAPÍTULO 1
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
A promoção da saúde e
a prevenção de doenças
8
A promoção da saúde, que atualmente integra a agenda da autogestão e dos demais
segmentos que compõem a saúde suplementar no Brasil, é um conceito bastante
difundido, desde a Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde,
realizada em Ottawa, no Canadá, em 1986.
Antes disso, a Declaração de Alma-Ata para os Cuidados Primários em Saúde,
assim como o documento “Saúde Para Todos”, da Organização Mundial da Saúde
(OMS), já apontavam para a importância da promoção da saúde, que pode ser
definida como o processo de capacitação de determinada população para atuar na
melhoria de sua qualidade de vida e de saúde.
Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar suas necessidades e modificar favoravelmente o ambiente em que vivem. Assim, a saúde é um conceito positivo que vai
além de um estilo de vida saudável, pois enfatiza não só as capacidades físicas, mas
também os recursos sociais e pessoais.
A saúde é construída e sentida pelas pessoas naquilo que fazem no seu dia-adia: onde elas vivem, aprendem, trabalham, divertem-se, mantêm relações sexuais
e afetivas. É determinada pelo cuidado de cada um consigo mesmo e com os
outros, pela capacidade de tomar decisões, de ter controle sobre as circunstâncias
da sua própria vida, pela vontade dos governantes e pelos esforços da sociedade no
sentido de oferecer condições que permitam a obtenção da saúde para todos os
seus membros.
Durante muito tempo, em diversos países, inclusive no Brasil, as políticas e
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças foram consideradas tarefas
governamentais, responsabilidade única e exclusiva do setor público. O setor privado abdicou dessa função, apesar de sempre ter atuado na prestação da assistência,
em maior ou menor grau, dependendo do sistema de saúde adotado pelos países.
A partir da 4ª. Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde realizada
em Jacarta, Indonésia, em 1997, a OMS passou a difundir a necessidade de
mobilização de novos recursos para maximizar as ações e estratégias de promoção
da saúde, o que previa a participação mais ativa do setor privado.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado em 1988 com a obrigação constitucional de atuar na formulação, implementação e concretização de políticas de promoção, proteção e recuperação da saúde. A mesma Constituição
Federal definiu que é livre a atuação da iniciativa privada na saúde.
A promoção da saúde passou a ser mais incorporada pela saúde suplementar
principalmente após o marco regulatório do setor, a Lei dos Planos de Saúde (Lei
9.656, de 1998) e a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS
(Lei 9.961, de 2000).
Dentre as finalidades institucionais da ANS estão promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular a atuação das operadoras,
suas relações com os prestadores e usuários, e contribuir para o desenvolvimento
das ações de saúde no país. Também é de sua competência a fixação de normas
para a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscalização das operadoras,
incluindo os conteúdos e os modelos assistenciais.
Embora ainda prevaleçam iniciativas isoladas de algumas operadoras, sem vínculo ou articulação com uma política nacional de promoção da saúde, percebe-se
um crescente esforço da ANS e dos planos de saúde em construir um modelo de
atenção à saúde que consiga ir além do simples tratamento de doenças.
Muitas empresas, especialmente de autogestão, passaram a priorizar ações de
melhoria da qualidade de vida e de promoção da saúde. Dentre os motivadores
destacam-se a busca do bem-estar da população assistida, a resposta às novas recomendações e exigências do órgão regulador e a possível economia de recursos
assistenciais propiciada pela prevenção de doenças, agravos e incapacidades.
O SUS já obteve inúmeros êxitos no controle de doenças e problemas de
saúde que, se não fossem alvo de ações preventivas, iriam impor muito mais
adoecimento, sofrimento e mortes à população, além de consumir muito mais
recursos públicos com assistência ambulatorial e hospitalar. Com isso, o Brasil tem
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UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
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conhecimento acumulado a partir de experiências que demonstram a efetividade
de estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças em muitas áreas
como o combate a doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis, o controle de
doenças previníveis com imunizações e de doenças crônicas não-transmissíveis,
programas de saúde da mulher, saúde bucal, dentre outras.
As intervenções mais bem-sucedidas de promoção da saúde no âmbito do SUS
combinam destinação suficiente de recursos, vigilância epidemiológica, compreensão
e abordagem dos fatores de risco e de vulnerabilidade da população afetada, diagnóstico
precoce, difusão de informações, campanhas de massa e dirigidas que incentivam
medidas e hábitos de vida conducentes à prevenção. Também é fundamental o
compromisso compartilhado dos três níveis de governo (União, estados e municípios)
e a participação da sociedade civil na implementação das ações.
No sentido de iniciar a transformação do modelo assistencial vigente na saúde
suplementar no país, nos últimos anos a ANS passou a incentivar as operadoras de
planos de saúde a implementarem ações de promoção da saúde e prevenção de
riscos e doenças.
O SIP – Sistema de Informações de Produtos, da ANS – coleta dados dos
programas de promoção da saúde, que passaram a integrar os indicadores que
compõem os índices de desempenho e de qualificação das operadoras. Além disso,
em 2005, a ANS estabeleceu critérios a serem observados pelos planos de saúde
que mantêm linhas de cuidado e prevenção para os seus beneficiários.
Desde 2004 são realizados anualmente seminários nacionais de promoção da
saúde e prevenção de doenças, com destaque para a apresentação de casos selecionados entre as operadoras de planos de saúde.
Segundo avaliação da Agência, o modelo de atenção dos planos de saúde ainda
está centrado na visão de saúde como simples ausência de doenças e no conceito de
doença apenas como lesão ou alteração biológica do corpo. Ao desconsiderar outros
determinantes do processo saúde-doença as operadoras permaneceram focadas na
produção de procedimentos curativos, na fragmentação do cuidado, no atendimento da demanda espontânea com ênfase no atendimento médico especializado e na
atenção hospitalar. Além disso, na área da saúde suplementar, são incorporadas novas
tecnologias de forma descontrolada e há consumo excessivo de procedimentos de
alto custo, sem nenhuma avaliação sistemática de resultados.
São muito pouco difundidas as análises sobre racionalidade, custo-benefício e
custo-efetividade da incorporação de tecnologias e suas conseqüências econômicas
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
sobre o sistema de saúde. Nem mesmo são levados em conta, com freqüência, os
consensos terapêuticos, diretrizes clínicas ou guidelines. Contribuem para agravar a
situação, as dificuldades na relação entre operadoras e prestadores de serviços e o
comportamento dos beneficiários na condição de “consumidores” de saúde e não
de usuários com consciência sanitária.
É neste contexto que a ANS passou a divulgar a importância da promoção de
saúde, a compartilhar experiências de programas bem-sucedidos executados pelas
operadoras, e a promover pesquisas sobre o impacto econômico-financeiro das
ações de promoção e prevenção.
As operadoras têm sido orientadas a organizar programas segundo linhas de
cuidado: saúde da criança e do adolescente, saúde da mulher, saúde do adulto e do
idoso, saúde bucal, prevenção da obesidade, tabagismo, sedentarismo e fatores de
risco de inúmeras doenças.
Os programas de promoção devem buscar a melhoria do acesso e a humanização
do acolhimento; o resgate da boa relação médico-paciente; a atuação de equipe
multidisciplinar; as intervenções sobre fatores de risco seguidas de ações educativas,
que estimulem mudanças no estilo de vida; a prevenção secundária para evitar
complicações de doenças já instaladas, como diabetes e hipertensão; a correta adesão ao tratamento medicamentoso, dentre outras metas viáveis.
Voltados a diversos públicos e situações de saúde, os programas podem incluir
a prevenção primária (hábitos saudáveis de vida, nutrição, lazer, condições adequadas de trabalho, imunizações etc.); a prevenção secundária (diagnóstico e tratamento precoce que visam prevenir ou diminuir as conseqüências das doenças,
incentivo à adesão aos tratamentos, melhoria da qualidade de vida das pessoas
acometidas por alguma patologia ou agravo) e a prevenção terciária (práticas
assistenciais alternativas, reabilitação, terapia ocupacional, atenção domiciliar etc.)
No caso dos planos de autogestão, alguns programas de promoção, dirigidos
aos trabalhadores dos setores público e privado, podem ser desenvolvidos no próprio
ambiente de trabalho, com ênfase na saúde ocupacional.
Quanto aos temas mais abordados pela saúde suplementar, em um universo de
419 programas de promoção analisados pela ANS, implementados por 158 operadoras de todos os segmentos da saúde suplementar, as linhas de cuidado mais
comuns eram dirigidas a problemas cardiovasculares (37%), materno-neonatal (22%),
neoplasias (16%), saúde bucal (3%) e outros (22%).
A expectativa é de que as operadoras de planos de saúde se aproximem cada
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UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
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vez mais das metas da política nacional de promoção da saúde conduzida pelo
Ministério da Saúde, que tem dado destaque às imunizações, à promoção da atividade
física, aos hábitos saudáveis de alimentação e vida, ao controle do tabagismo, ao
controle do uso abusivo de bebida alcoólica, aos cuidados especiais voltados ao
aumento da expectativa de vida, e à prevenção das DSTs e Aids, dentre outros
programas prioritários.
As políticas de promoção da saúde, tanto dos planos privados quanto do poder
público, devem considerar que as duas últimas décadas foram marcadas por mudanças que passaram a moldar os valores, os estilos e as condições de vida da
população.
As novas tendências demográficas, a urbanização acelerada, o aumento da expectativa de vida, as mudanças nos hábitos alimentares, a prevalência de doenças
crônicas, o comportamento sedentário, a resistência a antibióticos e a outros medicamentos, o uso abusivo de drogas (incluindo álcool e cigarro), a violência civil e
doméstica, a degradação ambiental, as doenças infecciosas novas e reemergentes e os
problemas de saúde mental, ameaçam cada vez mais a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas. Essas e outras situações que passaram a liderar as causas de
adoecimento e morte exigem providências urgentes na área de promoção da saúde.
Assim, para definir o perfil e as características dos programas de promoção e
prevenção, devem ser considerados os estudos e dados de indicadores de saúde,
morbidade e mortalidade. É o caso do Suplemento de Saúde da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD 2003), do IBGE, que visitou mais de 133 mil
residências, entrevistou 384,8 mil pessoas e constatou que as doenças crônicas atingem
hoje quase um terço da população brasileira.
Diabetes, hipertensão, câncer, problemas de coluna e reumatismo estão entre as
enfermidades crônicas, diagnosticadas por profissionais de saúde, que acometiam
52,6 milhões de brasileiros – ou 29,9% da população –, em 2003, dos quais 22,1
milhões eram homens e 30,5 milhões, mulheres. No total, 9,7 milhões de pessoas
tinham três ou mais doenças crônicas.
A pesquisa também investigou como os brasileiros avaliam seu estado de saúde
– sendo que 78,6% o consideravam muito bom e bom – e constatou, ainda, que
62,8% da população havia consultado um médico nos 12 meses anteriores à
realização do estudo.
Mas em relação à prevenção o estudo do IBGE trouxe alguma preocupações,
ao investigar a realização de três exames preventivos: clínico de mamas, de câncer
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
de colo de útero e mamografia. Constatou-se que 34,4% das mulheres com mais
de 40 anos nunca haviam se submetido a um exame clínico de mamas e praticamente
a metade das brasileiras de 50 anos ou mais nunca havia se submetido a uma
mamografia. São números que dão a dimensão da pouca atenção dada à prevenção
e ao diagnóstico precoce no país.
Outro dado, este da ANS, revelou que as taxas de cesariana praticadas pelos
planos de saúde brasileiros são as mais elevadas do mundo – 79,7%, índice quatro
vezes acima do recomendado pela OMS. Apesar do risco acrescido, a cesárea é
preferida por médicos e gestantes, por ser um procedimento mais rápido e menos
doloroso do que o parto normal, em que pese ter custo semelhante. Portanto,
deviam existir programas patrocinados pelas operadoras voltados a incentivar o
parto normal e a reduzir a taxa de cesáreas, que passa pela conscientização das
parturientes e pela adesão dos médicos.
Um estudo também revelador foi apresentado na publicação “Saúde Brasil
2006 – uma análise da desigualdade em saúde”, da Secretaria de Vigilância em
Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, pois mostrou que há diferenças no perfil da
mortalidade entre beneficiários de planos de saúde e a população brasileira em
geral. De caráter exploratório, o levantamento utilizou dados do Sistema de
Informações de Beneficiários – SIB, da ANS, e do Sistema de Informações sobre
Mortalidade – SIM, do Ministério da Saúde.
Chegou-se à conclusão de que as doenças do aparelho circulatório e as neoplasias
são as causas de morte que têm mais impacto entre os beneficiários de planos de
saúde, o que difere um pouco da imensa maioria da população brasileira, que
depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde – SUS.
Além disso, beneficiários de planos morrem proporcionalmente mais tarde.
Ou seja, é um perfil de mortalidade próximo do verificado nos países desenvolvidos, onde predominam as doenças crônico-degenerativas, sobretudo em população com idade mais avançada.
Mas não é apenas o fato de ter acesso a plano de saúde que diferencia o perfil
de adoecimento e morte na população brasileira, mas principalmente as condições
de renda, condições de vida, escolaridade, inserção no mercado de trabalho, acesso
à moradia e à atenção sanitária, dentre outros fatores.
Por isso, a proporção de óbitos por grupos de causas varia entre as regiões e os
estados, entre as faixas etárias e de acordo com os indicadores socioeconômicos
individuais e municipais.
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UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
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Atualmente, as doenças não-transmissíveis representam mais de 60% dos óbitos na população brasileira como um todo, e são mais prevalentes entre as faixas
etárias mais elevadas, nas pessoas com maior escolaridade, nos indivíduos brancos
e nos municípios maiores e mais desenvolvidos economicamente.
Em 2004, as principais causas de morte no país, em todas as regiões e para
ambos os sexos, foram as doenças do aparelho circulatório. Em seguida, vieram as
causas externas (acidentes e violências), na região Centro-Oeste e as neoplasias no
Sul e no Sudeste. As causas mal-definidas (que têm vinculação com a qualidade da
notificação) ficaram em primeiro lugar nas regiões Norte e Nordeste.
O risco de morte por causas externas é a segunda causa para os homens na
maioria das regiões; enquanto o câncer é a segunda causa de morte entre as mulheres em todo o país. Além disso, os homens morrem mais precocemente que as
mulheres.
Já em relação à idade, a partir dos 50 anos, as doenças do aparelho circulatório
são as principais causas de morte dos brasileiros, seguidas das neoplasias e depois
das causas externas.
O fato é que os principais problemas de saúde que afetam a população podem
ser dimensionados e, na maioria das vezes, podem ser prevenidos. Por isso devem
ser cada vez mais incentivados e implementados programas, projetos, campanhas e
iniciativas de promoção da saúde, por parte do setor da saúde suplementar. Tratase de relevante contribuição capaz de melhorar a qualidade de vida das pessoas e de
evitar ou diminuir procedimentos, internações, mortes e incapacidades por
problemas de saúde que hoje representam alto custo social e geram grande impacto
econômico nos planos de saúde.
CAPÍTULO 2
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
A Autogestão é o modelo em que a própria organização administra o programa de
assistência à saúde dos seus empregados ou associados – nas categorias de ativos,
aposentados e pensionistas – e de seus dependentes. O objetivo é proteger e promover a saúde dos beneficiários, com recursos e serviços credenciados, mediante
contratos ou por meio do sistema de livre escolha, com o reembolso de algumas
despesas efetuadas pelos usuários. Vários estudos identificam a autogestão como a
modalidade de assistência à saúde que oferece melhor qualidade e maior abrangência,
com menores custos.
Englobam o universo da autogestão desde empresas privadas e organizações
públicas, até fundações, cooperativas de usuários e entidades associativas, beneficentes, assistenciais, previdenciárias ou sindicais, entre outras. Com um total de
257 operadoras de planos de saúde ativas, o segmento responde pelo atendimento
a 5.405.152 beneficiários em todo o país, segundo dados da ANS de setembro de
2006. A região Sudeste concentra cerca de 53% dos planos de autogestão, com 164
organizações instaladas na região, seguida da região Sul, onde estão 18% das
autogestoras, num total de 56 instituições.
De acordo com os dados da ANS, 57,7% dos planos de assistência à saúde de
autogestão – totalizando 179 organizações – atendem a um universo de até 10 mil
beneficiários. São 59 as autogestões que têm população assistida na faixa entre 10
mil e 50 mil beneficiários. Já as operadoras que atendem acima de 100 mil
beneficiários em suas carteiras totalizam 12 instituições em todo o país, sendo que
duas organizações ultrapassam os 500 mil usuários.
UNIDAS
Autogestão em saúde:
estrutura e diferenciais
15
Distribuição das autogestões por região do país*
(*) Inclui 53 autogestões sem beneficiários.
Fonte: Caderno de Informação da Saúde Suplementar (ANS, 2006)
Número de beneficiários por autogestões
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Faixa de beneficiários
16
Nº de Autogestoras
%
Sem beneficiários (inativas)
53
17,09%
De 1 a 1.000
48
15,48%
De 1.001 a 10.000
131
42,25%
De 10.001 a 50.000
59
19,03%
De 50.001 a 100.000
07
2,25%
Acima de 100.000
12
3,87%
Fonte: Caderno de Informação da Saúde Suplementar (ANS, 2006)
A Unidas e a organização do segmento
A criação da Unidas, em novembro de 2002, a partir da fusão entre a Abraspe
(Associação Brasileira das Autogestões em Saúde Patrocinadas pelas Empresas) e o
Ciefas (Comitê de Integração de Entidades Fechadas de Assistência à Saúde), fortaleceu e aumentou a representatividade do segmento da autogestão no país. A
nova instituição nasceu com a missão de “promover o fortalecimento do segmento de autogestão em todo o território nacional, fomentando a excelência em gestão de saúde e a democratização do acesso a uma melhor qualidade de vida, contribuindo para o aperfeiçoamento do sistema de saúde do país”. Os valores que
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
pautam a atuação da Unidas são a Ética, a Unidade, o Profissionalismo, a Responsabilidade Social e a Efetividade.
Entre os objetivos primordiais da instituição estão o aprimoramento da política de autogestão, com ênfase em ações de caráter preventivo; a expansão, fortalecimento e aperfeiçoamento dos programas de saúde de suas entidades filiadas, bem
como a defesa dos interesses dessas organizações nas diferentes instâncias de
relacionamento. São prioridades da Unidas, ainda, a construção de relações justas
com os prestadores de serviço de saúde e a colaboração com o governo e entidades
ligadas à saúde, principalmente em relação à regulamentação do setor.
A atuação da Unidas procura despertar na Agência Nacional de Saúde Suplementar, na sociedade, entre os beneficiários de suas filiadas, nas instituições
mantenedoras e patrocinadoras, e entre os prestadores de serviços, a consciência
quanto às vantagens do modelo de autogestão: a administração de planos corporativos
de saúde, sem fins lucrativos, com características próprias e benefícios reais em
comparação às demais modalidades de planos existentes na saúde suplementar.
Em termos de estrutura organizacional, a Unidas conta com o suporte dos
Conselhos Deliberativo e Fiscal, que orientam, apóiam e fiscalizam a atuação da
Diretoria Nacional, composta pela Presidência e Vice-presidência, além de cinco
diretorias: Administrativo-financeira, de Integração, Técnica, de Treinamento e
Desenvolvimento e de Comunicação. Com abrangência nacional, tem representação
nos 26 estados e no Distrito Federal, por meio das Superintendências Estaduais.
O suporte para a plena atuação das organizações filiadas está entre os objetivos
fundamentais que orientam as atividades da instituição. A relação com as autogestoras
ocorre, entre outras maneiras, por meio das seguintes ações:
▲ Coletar, organizar e divulgar informações que interessem às entidades filiadas;
▲ Realizar estudos, análises, pesquisas, cursos, congressos, simpósios e outros
eventos que possam esclarecer ainda mais o sistema de autogestão em saúde;
▲ Contribuir para o bom gerenciamento dos custos dos programas próprios
de assistência à saúde das filiadas;
▲ Promover o contato entre as filiadas, mediante assessoria técnica e operacional.
Entre os serviços oferecidos, merecem destaque: informativos eletrônicos;
assessoria parlamentar; assessoria jurídica; assessoria técnica (área médico-hospitalar);
calendário de datas e prazos junto à ANS; clipping diário de notícias sobre o mercado de saúde; jornal institucional; pesquisas de mercado; programas de treinamento
e desenvolvimento; realização de eventos de atualização.
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Perfil das autogestões filiadas
Em todo o Brasil, cerca de 150 autogestões de planos de saúde filiadas à Unidas
oferecem cobertura para aproximadamente 5 milhões de beneficiários, entre titulares
ativos e aposentados, e seus dependentes, além dos que compõem a categoria de
agregados. Com o intuito de conhecer melhor o perfil dessa população e o uso dos
principais benefícios concedidos pelos planos de autogestão, a Unidas realiza
periodicamente uma pesquisa junto às operadoras de todas as regiões do país.
O estudo mais recente promovido pela instituição – denominado Pesquisa
Nacional 2005 – foi realizado pelo Datafolha Instituto de Pesquisas, no período de
agosto a outubro de 2006 e os resultados foram divulgados em novembro. Os
dados e informações coletados nessa pesquisa referem-se ao exercício de 2005.
Participaram do levantamento autogestões que respondem juntas por mais de 2,4
milhões de beneficiários, universo que representa quase a metade do número de
vidas assistidas pelas filiadas da Unidas no país.
Ainda com relação à população de beneficiários das filiadas que compuseram a
amostra da pesquisa, houve uma predominância dos beneficiários ativos, que
correspoderam a 55% da população assistida, conforme revela o gráfico abaixo.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
População abrangida pela Pesquisa Nacional 2005
18
Fonte: Pesquisa Nacional Unidas 2005
Em termos da distribuição geográfica da população assistida, a representação
da amostra teve predominância das autogestões com cobertura nacional, conforme
demonstra o gráfico na página a seguir.
Distribuição da população por amplitude geográfica da cobertura
Fonte: Pesquisa Nacional Unidas 2005
A pesquisa revelou ainda os tipos de planos de saúde predominantes,
demonstrando ser maior a população atendida por planos médico-hospitalares, em
todas as categorias de beneficiários. Também é maior a população atendida por
planos de saúde coletivos por adesão.
CATEGORA DE BENEFICIÁRIO
TIPO DE PLANO
Ativos
Aposentados*
Agregados**
Médico-hospitalar
65%
60%
60%
Médico-hospitalar e odontológico
35%
25%
25%
Forma de adesão por categoria de beneficiário
CATEGORA DE BENEFICIÁRIO
TIPO DE ADESÃO
Ativos
Aposentados*
Agregados**
Coletivo empresarial
40%
20%
5%
Coletivo por adesão
55%
60%
75%
Ambos
5%
5%
5%
(*) Não oferecem plano para aposentados: 15%
Fonte: Pesquisa Nacional Unidas 2005
(**) Não oferecem plano para agregados: 15%
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Tipo de plano por categoria de beneficiário
19
Nos planos de autogestão, a assistência à saúde pode ser prestada por meio de
rede credenciada de profissionais e instituições de saúde, que atendem mediante
tabela de preços definida previamente; ou por meio de serviços próprios de atendimento mantidos pela organização. Uma terceira forma é o mecanismo de livre
escolha, quando o beneficiário utiliza serviços de profissionais ou instituições de
saúde disponíveis no mercado, com o posterior reembolso de parte dos gastos pelo
plano. Algumas autogestões operam com estas três formas combinadas.
Quanto às formas de custeio dos planos de saúde, algumas das autogestões
chegam a financiar totalmente a assistência médica oferecida aos seus beneficiários.
É bastante comum, no entanto, que o custeio dos planos seja dividido entre a
organização patrocinadora e a população de usuários. Esse rateio pode ocorrer de
diferentes formas: com base em valor pré-fixado, em percentual do salário, em função
da faixa etária do participante ou mesmo do número de dependentes.
A autogestão também disciplina o uso do plano pelos beneficiários com a cobrança
de um percentual sobre a utilização dos procedimentos. É um processo denominado
de co-participação. A pesquisa revela que, em geral, as organizações apresentam uma
maior participação no custeio dos planos de ativos.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Forma de custeio por categoria dos planos
20
CATEGORA DE BENEFICIÁRIO
FORMA DE CUSTEIO
Ativos
Aposentados
Agregados
Empresa
58%
65%
65%
Beneficiário
42%
35%
35%
Fonte: Pesquisa Nacional Unidas 2005
Principais indicadores de utilização
Quanto à utilização dos planos de saúde, a freqüência foi alta entre todas as
categorias de beneficiários, com uma média geral de 87% da população assistida
fazendo uso no período analisado. Entre os beneficiários ativos, a média foi de 84%,
inferior ao uso dos aposentados (94%) e agregados (98%). A média de consultas
médicas realizadas ficou em 5,87 por beneficiário/ano. Já a média de exames por
consulta foi de 2,07 e a de exames por beneficiário, ao longo de 12 meses, atingiu
12,15. O tempo médio de permanência em internação hospitalar foi de 3,81 dias.
A tabela a seguir demonstra o percentual de ocorrências ambulatoriais por
evento e categoria de beneficiários.
Ocorrências por categoria de beneficiário
CATEGORA DE BENEFICIÁRIO
OCORRÊNCIA
Ativos
Aposentados
Agregados
Consulta
30%
09%
36%
Exames e terapias
70%
91%
64%
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
Apesar do alto número de exames realizados pelos beneficiários dos planos
analisados pela pesquisa, os exames voltados para a prevenção de determinadas
patologias, tidas como de maior risco, mostraram uma prevalência inferior:
▲ 60% das mulheres entre 19 e 59 anos fizeram o exame Papanicolau, que
auxilia no diagnóstico precoce do câncer de cólo do útero;
▲ 35% das mulheres entre 30 e 59 anos realizaram mamografia, que auxilia no
diagnóstico precoce do câncer de mama;
▲ 43% dos homens com 40 anos ou mais fizeram o exame PSA, que auxilia
no diagnóstico precoce do câncer de próstata;
▲ 26% dos homens com 40 anos ou mais realizaram ultra-som de próstata,
que auxilia no diagnóstico precoce do câncer de próstata;
▲ 17% dos homens e mulheres com 18 anos ou mais fizeram o exame de
sangue oculto nas fezes, que auxilia no diagnóstico precoce do câncer de intestino
grosso (cólon).
A Pesquisa Nacional 2005 apresentou também uma comparação entre os tipos
de parto mais freqüentemente realizados pelos planos de saúde, com 85% ocorrendo
sob a forma de cesárea, percentual que é cinco vezes superior à realização do parto
normal e muito acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde – OMS.
O estudo verificou ainda como ocorreu a distribuição dos recursos
despendidos em serviços médico-hospitalares. Os resultados demonstraram um
perfil adequado dos gastos realizados conforme a categoria dos beneficiários assistidos. A média dos dispêndios ambulatoriais foi maior nos planos dos
beneficiários ativos e agregados, enquanto que as despesas com serviços hospitalares foram maiores nos planos que atendem os aposentados. Os percentuais
UNIDAS
Fonte: Pesquisa Nacional Unidas 2005
21
referentes aos dispêndios por modalidade de atendimento, para cada categoria de
beneficiário, estão demonstrados na tabela a seguir.
Custos por tipo de atendimento e categoria de beneficiário
CATEGORA DE BENEFICIÁRIO
ATENDIMENTO
Ativos
Aposentados
Agregados
Ambulatorial
53%
48%
52%
Internação hospitalar
46%
51%
47%
Internação domiciliar
1%
1%
1%
Fonte: Pesquisa Nacional Unidas 2005
Já o gasto per capita médio apurado para a população de beneficiários em geral
ficou em R$ 1.302,56 por usuário/ano, correspondendo a um valor mensal da
ordem de R$ 108,55.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
2.1 – DIFERENCIAIS DA AUTOGESTÃO
22
A autogestão em saúde constitui-se em um sistema que favorece, de maneira
equânime, os beneficiários, os profissionais e instituições de saúde e as próprias
organizações patrocinadoras. Além de não ter fins lucrativos, este segmento prima
pela transparência de suas ações e pela gestão responsável dos recursos disponíveis.
Na autogestão, a abrangência da assistência à saúde tem sido maior, a qualidade dos
serviços prestados, melhor, e geralmente com custos menores que os praticados
pelos demais segmentos da saúde supletiva.
Entre as vantagens observadas nos planos de saúde das autogestoras estão a
eliminação de intermediários entre o beneficiário e o prestador de serviços de
saúde; maior ou plena cobertura das patologias e respectivos tratamentos; ações
voltadas à implementação de programas de promoção da saúde e prevenção de
doenças; a gestão conjunta da assistência à saúde e da medicina ocupacional.
O sistema de autogestão demonstra ser um dos modelos mais adequados e
eficazes para as organizações preocupadas com a qualidade de vida dos seus colaboradores. A gestão da assistência à saúde dos colaboradores de uma empresa e seus
dependentes se traduz em uma importante ferramenta de Recursos Humanos:
permite a definição de programas de promoção da saúde e prevenção de doenças
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
voltados às características e necessidades da população assistida, servindo também
de instrumento de motivação e de melhoria do clima organizacional.
A flexibilidade no gerenciamento dos recursos é uma das principais vantagens da autogestão, possibilitando uma melhor relação custo/qualidade dos serviços contratados e o adequado controle dos gastos. Trata-se de um sistema que
prioriza os beneficiários em todas as suas decisões, até porque participam da
gestão da instituição, com atenção integral e preventiva à saúde, o que contribui
de forma decisiva para o bom atendimento ao usuário e para a significativa redução de custos.
A implementação de um sistema de autogestão em saúde numa organização
deve ser precedida de estudos que permitam melhor definir as suas características,
o modelo de participação e os sistemas de controle das ações implementadas, entre
outros aspectos.
Os sistemas de autogestão compreendem, geralmente, um maior número de
serviços, principalmente pela sua abrangência e atuação geográfica, e atendem
doenças e procedimentos que muitas vezes não têm cobertura pelos demais planos
de saúde que atuam no mercado. As organizações podem, ainda, desenvolver
parcerias com os prestadores de serviços, possibilitando que os beneficiários sejam
vistos pelos médicos e instituições de saúde como um usuário preferencial.
Observa-se entre as autogestões a cobertura de transplantes que não são
obrigatórios pela legislação, que só prevê os transplantes de rins e córnea . É
significativo o número de instituições que assumem a cobertura desses
procedimentos, que possuem peso significativo no contexto geral das despesas. Há
ainda uma importante parcela que disponibiliza serviços como atendimentos domiciliares de urgência e pós-internação. Boa parte dos planos também oferece
coberturas específicas – mesmo não regulamentadas –, como o atendimento de
acupuntura, homeopatia, psicoterapia e assistência farmacêutica.
O mapeamento de riscos e a definição de programas de promoção da saúde e
prevenção de doenças são ações que permitem, de maneira efetiva, envolver os
colaboradores e dependentes na defesa da instituição. Além disso, são as ferramentas
mais adequadas de suporte ao gerenciamento da saúde, visando à redução da
incidência de doenças e, conseqüentemente, dos gastos com assistência.
A atenção à saúde relacionada a grupos de beneficiários em condições de risco
ou a portadores de patologias específicas é uma das preocupações presentes na
assistência prestada pelas autogestões. As ações mais freqüentes são voltadas a
23
portadores de doenças crônicas não-degenerativas. Por vezes, são complementadas
pela distribuição de medicamentos.
Outra vantagem significativa é a integração da medicina assistencial com a
ocupacional, pois muitas vezes os beneficiários apresentam quadros clínicos
vinculados a sua atuação profissional. Com o adequado gerenciamento de informações, na autogestão torna-se possível trabalhar ações dirigidas às necessidades do
público assistido, definindo políticas de saúde integradas que incentivem a prevenção, ao mesmo tempo em que se asseguram benefícios amplos.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Promoção da saúde na autogestão
24
A prática da promoção da saúde integrada à prevenção de doenças busca a
diminuição dos fatores de risco que contribuem para a manifestação das patologias
ou a ocorrência de acidentes. Por meio de diagnósticos precoces, é possível
conhecer o estado de saúde da população assistida e estabelecer as prioridades e
ações mais adequadas para o público avaliado, uma das vantagens da abordagem
preventiva.
Entre medidas efetivas para aprimorar a administração dos planos de assistência estão o gerenciamento da demanda, a hierarquização do acesso, o controle
de autorizações prévias, a adequada orientação ao beneficiário e a eficaz gestão
da informação. Modelos alternativos de atenção à saúde como os médicos de
família, o atendimento pré-hospitalar e as internações domiciliares (home care)
são também opções para a melhoria dos serviços prestados, com resultados
positivos tanto para a saúde dos beneficiários quanto para o desempenho das
autogestões.
O acompanhamento das patologias de maior risco de agravo à saúde tem sido
uma estratégia cada vez mais considerada pelos planos de autogestão. Um dos
fatores que influenciam nessa direção é o aumento da expectativa de vida da população brasileira, que colabora para a maior incidência das doenças crônicas. Diante
desse cenário, as autogestões compreenderam a importância de investimentos em
ações preventivas dirigidas a usuários com mais de 60 anos ou à terceira idade, que
se tornaram mais evidentes nos últimos anos.
Com a autogestão, as organizações têm condições efetivas de desenvolver
ações próprias voltadas à melhoria da qualidade de vida dos seus beneficiários. Esse
sistema permite à área de Recursos Humanos das organizações a gestão conjunta
da assistência à saúde e da medicina ocupacional.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Essa integração permite que os beneficiários que apresentam quadros clínicos
relacionados à sua atuação profissional possam receber o atendimento correto.
Muitas vezes, o tratamento de um efeito clínico, sem eliminar ou minimizar a
causa, pode não obter o sucesso desejado e ainda agravar a situação de saúde do
funcionário.
Muitas autogestões têm investido em estudos sobre o perfil de cada grupo
assistido (doenças prevalentes, serviços especializados, exames e procedimentos
mais freqüentes etc.) que permitem, por exemplo, mapear a situação de saúde e as
causas ou fatores responsáveis pelas doenças. Esses estudos tornaram-se um
importante instrumento de gestão da assistência à saúde, que possibilita priorizar os
investimentos.
Nos capítulos seguintes, estão relacionadas as principais iniciativas e programas
desenvolvidos pelas instituições filiadas à Unidas, ilustrando com ações reais os
diferenciais e benefícios que o sistema de autogestão traz para a população de
beneficiários em termos de promoção da saúde e de prevenção de doenças.
25
CAPÍTULO 3
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Modalidades de gestão
da promoção da saúde
26
O levantamento realizado para a elaboração da presente publicação ocorreu entre os meses de dezembro de 2006 e janeiro de 2007, mediante a distribuição de
um questionário para as cerca de 150 instituições vinculadas à Unidas. Obtevese um retorno das principais autogestões que mantêm ações e programas de
promoção da saúde e prevenção de doenças, que, em conjunto, respondem por
aproximadamente 60% da população assistida pelos planos de saúde das filiadas
da Unidas, em todas as regiões do país.
O instrumento de coleta de informações buscou levantar dados sobre o perfil
das operadoras, tais como área de abrangência, número de beneficiários, setor da
economia, forma de custeio e tipo de organização. A consulta mais específica,
relacionada ao tema deste livro, procurou mapear as ações de promoção da saúde
e prevenção de doenças realizadas pelas autogestões.
Para a caracterização das iniciativas nessa área, foi solicitada uma descrição dos principais programas, com dados como data de início, estruturação, abrangência, população
assistida, principais resultados e opinião dos beneficiários. Outro campo de interesse foi o
impacto dos programas de promoção na gestão da assistência à saúde. Foram mapeados,
sempre que disponíveis, os indicadores tais como a redução do número de consultas, do
uso de serviços de urgência e emergência, das internações hospitalares, dos custos de
tratamento e dispensação de medicamentos e do absenteísmo ao trabalho.
Também foi solicitada a descrição da estrutura que as autogestões dispõem
para a gestão dos programas, se essas atividades estão integradas às ações de RH/
Gestão de Pessoas ou à área de medicina ocupacional, o número de colaboradores
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
envolvidos, a contratação de serviços de terceiros e as parcerias realizadas. Por fim,
buscou-se conhecer as expectativas dos dirigentes das instituições para os próximos
anos quanto à ampliação ou criação de novos programas.
O levantamento teve como amostra 30 autogestões filiadas à Unidas, que
conjuntamente, atendem 2.977.935 beneficiários, entre ativos, aposentados,
pensionistas, dependentes e agregados, universo próximo a 2/3 da população assistida
pelas filiadas da Unidas. Esse conjunto de instituições responde por 55% do total
de beneficiários dos planos de saúde da modalidade de autogestão do país, segundo
dados da ANS de setembro de 2006.
Entre as filiadas que responderam ao levantamento, nove dispõem de planos de
saúde que atendem até 10 mil beneficiários, nove estão na faixa de 10 mil a 50 mil
assistidos e seis compreendem de 50 mil a 100 mil vidas. São quatro as operadoras de
planos de saúde que atendem de 100 mil a 500 mil beneficiários. Na amostra, duas
filiadas da Unidas têm população assistida com mais de 500 mil pessoas.
Com relação à abrangência, 18 das filiadas têm uma atuação mais regionalizada
e dispõem de planos para atender beneficiários que se encontram em até 10 estados
do país. Duas filiadas estão presentes entre 11 e 15 estados e dez das autogestoras
têm população assistida em todo o território nacional.
Em relação ao tempo de existência, entre as filiadas que responderam à pesquisa,
14 foram constituídas há mais de 20 anos, 13 estão em operação entre dez e 20 anos
e apenas três têm menos de dez anos de atuação. Na amostra, há uma significativa
predominância das autogestões que atuam no setor privado, com 19 filiadas; seis
estão inseridas no setor público e cinco atuam em regime de economia mista.
Com relação à forma de custeio, entre os planos de saúde voltados para os
beneficiários ativos há predominância do pré-pagamento (14), seguida do póspagamento (7), sendo que em outras três o custeio é assumido integralmente pelo
beneficiário e em uma filiada, o custeio integral é de responsabilidade da
patrocinadora. Cinco autogestoras dispõem de outras formas de custeio para os
planos que atendem os beneficiários ativos, sendo que uma delas utiliza um sistema
misto de co-participação com pré e pós-pagamento.
Nos planos que atendem aposentados e pensionistas, a forma de custeio
predominante também é o pré-pagamento (12), seguida do custeio integral pelo
beneficiário (7) e pelo pós-pagamento (5). Entre os agregados, o pagamento integral
pelos usuários é a principal forma de custeio, com 12 planos que atuam dessa forma,
seguida da participação no custeio por pré-pagamento (7) e pós-pagamento (2).
27
Com relação ao tipo de organização das autogestões, sete atuam como Caixa
de Assistência e igual número tem a configuração de Departamento de Benefício/
RH. Seis estão organizadas como Associação, quatro atuam como Entidades Fechadas de Previdência Complementar, três adotam o modelo de Fundação e uma
delas é uma Autarquia Municipal. Duas filiadas declararam dispor de uma estrutura
híbrida, que funde o modelo de Fundação ao de Entidade Fechada de Previdência
Complementar.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Inserção institucional
28
A maior parte das operadoras de autogestão que responderam ao levantamento
conta com uma área específica que cuida da gestão dos programas de promoção da
saúde e prevenção de doenças, com diferentes conformações em termos de estrutura
organizacional e inserção no organograma da instituição.
A Fundação de Seguridade Social (GEAP), que atende aproximadamente 650
mil beneficiários em todo o país, dispõe de área específica denominada
Coordenadoria de Promoção da Saúde, que está vinculada à Diretoria de Serviços
a Clientes, da Diretoria Executiva da instituição. Dos cerca de 1,3 mil funcionários
da GEAP, 80 estão diretamente alocados na gestão das atividades de promoção da
saúde e prevenção de doenças oferecidas às patrocinadoras dos planos de saúde
gerenciados pela instituição.
Para o seu próprio quadro de pessoal, a GEAP dispõe de um consultório
médico em sua sede para a realização de exames admissionais e periódicos, onde
também são disponibilizados serviços de clínica médica, buscando atender a eventuais
intercorrências. São realizadas, ainda, duas sessões diárias de ginástica laboral, no
início de cada expediente. Essas iniciativas objetivam a promoção da medicina
preventiva e a valorização da auto-estima, com vistas à melhoria contínua da
qualidade de vida dos colaboradores da instituição.
Outro exemplo é a autogestão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
(ECT) que tem abrangência nacional e atende a uma população de 358 mil
beneficiários, entre ativos, aposentados, pensionistas e seus dependentes. A empresa possui em sua Administração Central dois departamentos responsáveis pelas
ações de saúde e qualidade de vida para os empregados e seus dependentes. Eles
fazem parte da estrutura da Diretoria de Recursos Humanos da ECT e possuem
representação nas 27 Diretorias Regionais da empresa, em todos os estados do país
e no Distrito Federal.
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
O Departamento de Saúde é responsável pela gestão dos benefícios relacionados à assistência à saúde (CorreiosSaúde) e pela gestão das ações e programas de
promoção da saúde, que envolvem todas as atividades legais de segurança, ergonomia
e saúde ocupacional além de outras atividades relacionadas à saúde integral do
quadro de pessoal próprio. Já o Departamento de Integração, Serviço Social e
Benefícios é responsável pela gestão dos programas de prevenção e tratamento de
DST/Aids, dependência química e educação alimentar.
A empresa possui, no seu Plano Estratégico, políticas, objetivos, indicadores e
metas relativas à saúde e qualidade de vida dos empregados e dependentes. Existe
total integração com as ações de medicina ocupacional, uma vez que essa área
também é coordenada pelo Departamento de Saúde da ECT. A administração da
área de saúde da empresa está informatizada, com prontuário eletrônico, o que
facilita a gestão das informações.
No Departamento de Saúde – responsável pela gestão nacional do
CorreiosSaúde – 15 colaboradores estão envolvidos com a administração do benefício. Além desses, mais cinco funcionários e dois estagiários estão alocados nas
atividades de promoção da saúde desenvolvidas pela área. Em todo o país, são mais
de 500 profissionais trabalhando nas áreas de saúde e de serviço social, entre médicos, dentistas, psicólogos, assistentes sociais, administradores, auxiliares de enfermagem, engenheiros de segurança do trabalho e médicos do trabalho.
Já a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) atende
686 mil beneficiários em todo o país, entre ativos, aposentados, pensionistas e
dependentes. A instituição, criada em 1944, também dispõe de uma área específica
para a gestão dos vários programas de promoção da saúde e prevenção de doenças
criados ao longo dos últimos anos. No entanto, essas atividades não estão integradas
às ações de gestão de pessoas nem às de medicina ocupacional da instituição
patrocinadora, o Banco do Brasil. A estimativa é que cerca de 40% do quadro de
funcionários da Cassi atue, de alguma forma, nas atividades de promoção da saúde
e prevenção de doenças.
Na Caixa Econômica Federal, a gestão de programas de prevenção de doenças
e promoção da saúde está vinculada à Vice-presidência de Logística e Gestão de
Pessoas, que atua com foco na melhoria da saúde, qualidade de vida, condições
adequadas de trabalho e bem-estar dos colaboradores da instituição. A Caixa possui a Gerência Nacional de Saúde e Ambiência Corporativa (Gesad) que administra o plano de assistência Saúde Caixa e as ações de promoção e prevenção, que
29
estão integradas às ações de gestão de pessoas e de medicina ocupacional da instituição. São 257 colaboradores envolvidos na gestão e operacionalização do Saúde
Caixa e 164 alocados nas ações de promoção da saúde e segurança no trabalho. A
população assistida, em todo o território nacional, atinge 231,5 mil beneficiários,
entre ativos, aposentados, pensionistas e dependentes.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Descentralização
30
Várias autogestões optaram por descentralizar para unidades estaduais e regionais
a gestão dos programas de promoção da saúde e prevenção de doenças. É o caso do
“Programa Serpro da Qualidade de Vida” – PSQV, cuja coordenação está vinculada
à Unidade de Alinhamento Estratégico, órgão de assessoria da Presidência da empresa.
A autogestão do Serpro atende cerca de 24,6 mil beneficiários em todo o país e está
organizada como Departamento de Benefício/RH. Na gestão do Plano de Assistência
à Saúde da instituição estão envolvidas 15 pessoas; já no Módulo de Promoção da
Saúde, que integra o PSQV, são 12 os colaboradores alocados.
Na implantação do PSQV, a Superintendência de Gestão de Pessoas criou
uma gerência para a coordenação executiva do programa, que atua como interface
com as comissões regionais nas unidades dos estados. Essa dinâmica visa respeitar
a cultura e os valores locais, dando autonomia para a análise das situações específicas e a busca de soluções que possam ser viabilizadas regionalmente. As atividades propostas pelo PSQV contam também com a colaboração da Divisão de
Benefícios da instituição.
A descentralização na execução dos programas também é a marca da autogestão da
Perdigão Agroindustrial S/A, que atende uma população de aproximadamente 91 mil
beneficiários. As iniciativas estão integradas às ações do RH e contam com o
envolvimento da área de medicina ocupacional da empresa. A extensa programação de
campanhas ocorre sob a coordenação do RH Corporativo, mas a execução nas unidades, distribuídas em 11 estados brasileiros, está a cargo do RH local, responsável também pelos ambulatórios de assistência à saúde, social e pelas atividades de medicina
ocupacional e ações voltadas à melhoria do clima organizacional da empresa.
Há estruturas mais flexíveis e matriciais, como é o caso da Fundação Pampulha,
que atende aproximadamente 94 mil beneficiários em cerca de 25 estados do
país. Nesta operadora, a gestão de programas de promoção da saúde e prevenção
de doenças acontece a partir de uma interação entre diversas áreas, tais como
serviço social, auditoria médica, apoio administrativo, credenciamento e até
Terceirização e parcerias
Há instituições que contratam serviços de terceiros para a execução dos
programas e das ações. A GEAP, por exemplo, terceiriza as áreas de assistência
médica, enfermagem, fisioterapia, nutrição, psicologia, terapia ocupacional e
odontologia. São profissionais contratados como pessoas físicas, que atuam nos
programas oferecendo mão-de-obra especializada. Com relação a empresas, são
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
mesmo entre as diretorias da instituição, para o planejamento e execução dos
programas. As atividades estão integradas às ações de gestão de pessoas e de
medicina ocupacional. A gestão do plano de assistência à saúde envolve 75 colaboradores, sendo que 15 profissionais estão alocados diretamente nas ações de
promoção da saúde e prevenção de doenças.
Com o objetivo de instituir ações de promoção da saúde dentro dos princípios
de qualidade, integralidade e resolubilidade, o Instituto UFV de Seguridade Social
(Agros) propôs em janeiro de 2004 a implementação do Plano de Ações Integradas
em Saúde (Pró-Saúde). Ele destina-se à população assistida pelo Plano de Assistência
à Saúde dos Participantes do Agros (PAS-UFV) e prestadores de serviço da rede
credenciada. Entre participantes ativos, aposentados, pensionistas e dependentes
são atendidos cerca de 14 mil beneficiários.
As estratégias do Pró-Saúde buscam colocar em prática o discurso de responsabilidade social em relação aos seus colaboradores, parceiros, clientes e usuários.
Seu objetivo é aumentar o “lucro social” e reduzir desperdícios de recursos,
compatibilizando o tratamento humanitário com o uso racional do plano de saúde.
A gestão do programa está alocada na Gerência de Assistência à Saúde, com
coordenação específica, e atua em conjunto com o Serviço Social da instituição.
Tem apoio da Divisão de Saúde da Universidade Federal de Viçosa (DSA/UFV) e
da rede credenciada do PAS-UFV.
O Pró-Saúde possui caráter dinâmico e se desenvolve sob duas vertentes: a
primeira de natureza continuada, proporciona cuidado permanente por meio dos
programas e projetos de acompanhamento de grupos específicos e a segunda, de
natureza pontual, configura-se sob a forma de campanhas preventivas e educativas.
As ações de cada programa, projeto ou campanha são dimensionadas e organizadas
de forma a atender as demandas dos beneficiários e priorizar a parceria com os seus
colaboradores (DSA/UFV e rede credenciada), associando a otimização de recursos
a uma boa qualidade de atendimento.
31
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
32
contratados prestadores de serviços que fornecem insumos para oxigenoterapia,
por exemplo.
Os programas de promoção da saúde desenvolvidos pela GEAP têm incentivado parcerias. Para as ações desenvolvidas com aos beneficiários idosos, a autogestão
dispõe de parcerias com o Ministério da Saúde, o Instituto de Traumato-Ortopedia
(INTO) e a Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI). Também com o
Ministério, há uma parceria que contempla o projeto destinado à redução de parto
cesáreo, dentro da “Política de Incentivo ao Parto Normal” da Fundação.
A possibilidade de implantação de novos projetos, maior eficiência nas estratégias
adotadas, avaliação mais acurada das necessidades, desenvolvimento técnicoprofissional dos envolvidos, racionalização de esforços e otimização dos programas
disponíveis são alguns dos benefícios gerados pelas parcerias realizadas, segundo
avaliação da GEAP.
Já na Cassi, a contratação de serviços de terceiros visa à execução dos programas
e das ações realizadas nas áreas de atenção domiciliar (empresas/serviços de home
care) e saúde mental (serviços que atuam como porta de entrada). A autogestora
também desenvolve parcerias com prestadores de serviços e aponta, como os
principais benefícios dessas iniciativas, o tratamento diferenciado oferecido à
população assistida, a qualidade da assistência, a organização da demanda de serviços
em função das necessidades de saúde e a integração dos prestadores de serviços
com as ações e programas realizados.
Na ECT, são terceirizadas ações como palestras, oficinas, exames preventivos, massagens, as atividades para o programa de ginástica laboral e para as
Feiras de Qualidade de Vida. Entre as parcerias, a empresa conta com o apoio
da Universidade Federal de São Carlos, na execução dos projetos de ergonomia,
além de apoio dos prestadores de serviços para a realização de exames preventivos de glicemia, colesterol, hipertensão arterial e osteoporose, que ajudam na
identificação de riscos potenciais da população assistida, para posterior tratamento e acompanhamento.
Palestras educativas e de orientação em diferentes níveis de prevenção de doenças
e a realização de exames preventivos no âmbito dos programas “Em Dia com a
Saúde” e “Viver com Saúde” são exemplos de ações para as quais a Fundação
Pampulha estabelece parcerias com prestadores de serviços. A autogestora também
conta com apoio para a realização de oficinas de yoga, coral, dança de salão,
informática, cinema comentado, ginástica laboral e cerebral e fisiodança.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
A contratação de serviços de terceiros na Fundação Assistencial dos Servidores
do Ministério da Fazenda (Assefaz) destina-se à execução de iniciativas como o
“Programa de Educação e Acompanhamento do Doente Crônico” e a “Campanha
de Vacinação contra Gripe”, além de atividades como terapia ocupacional, ginástica
laboral, sessões de massoterapia e coral, dentre outras ações.
São desenvolvidas parcerias com médicos de diversas especialidades para a
realização de palestras; com clínicas e laboratórios para realização de procedimentos e exames; com representantes de produtos ligados à promoção da saúde (saúde
bucal, podologia, limpeza de pele e produtos alimentares) e com instituições para
obtenção de patrocínios. A autogestão da Assefaz tem abrangência nacional e
cobertura para cerca de 93,5 mil beneficiários, entre participantes ativos, aposentados, pensionistas e dependentes.
33
CAPÍTULO 4
Perfil dos programas
e intervenções
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
4.1 – PREVENÇÃO DE DOENÇAS
34
A prática da prevenção integrada à promoção da saúde busca a diminuição dos fatores
de risco que contribuem para a manifestação das doenças. A prevenção primária é uma
das estratégias mais presentes nas operadoras de autogestão, com destaque para ações
como palestras, campanhas, produção e distribuição de material educativo.
Muitas vezes, algumas dessas ações estão integradas à realização de exames
diagnósticos preliminares com o público-alvo de uma determinada iniciativa, o
que possibilita conhecer a situação de saúde da população assistida e estabelecer
prioridades e ações subseqüentes mais adequadas ao público avaliado.
Uma das autogestões com inúmeras iniciativas no campo da prevenção primária, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) dispõe de ações que
datam mais de dez anos, tendo conquistado excelentes resultados. A empresa realiza sistematicamente, desde 2000, campanhas de prevenção de doenças e promoção
da saúde, com a definição de um calendário anual para a realização de campanhas
educativas, tratando temas relacionados à saúde física e mental. Com abrangência
nacional, essas campanhas são extensivas à totalidade da população assistida formada por funcionários e dependentes.
Dentre as temáticas abordadas, destaque para os seguintes assuntos: saúde da
mulher, saúde ocular, saúde bucal, saúde do coração (hipertensão e diabetes), alimentação saudável/obesidade, prevenção das doenças de inverno (com vacinação
antigripe), combate ao câncer e ao tabagismo, prevenção da dengue, combate à
hanseníase e à tuberculose.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
A ECT dispõe também de um programa de abrangência nacional voltado aos
beneficiários, seus dependentes e demais colaboradores externos, batizado de
“Educação para uma Vida Saudável”. Trata-se de uma ação que tem como objetivo
a mudança de atitudes e hábitos que contribuam para a melhoria da qualidade de
vida pessoal e do ambiente de trabalho. Entre 2004 e 2005, o público desse programa
cresceu 29,3%, passando de 118,9 mil para 153,6 mil pessoas.
O programa compreende ainda ações educativas com foco na educação alimentar, ações de prevenção à infecção pelo HIV/Aids, doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs) e à dependência de substâncias psico-ativas. Também faz
parte dessa ação a realização da “Feira de Qualidade de Vida” e a “Jornada de
Saúde”, cujo intuito é promover a reflexão sobre estilo de vida saudável. Nessas
ocasiões são desenvolvidas atividades que promovam a saúde integral, alimentação
saudável, gestão da renda familiar, cidadania e apresentações culturais e artísticas
valorizando os talentos internos da instituição.
Em paralelo, a ECT desenvolve outros programas em áreas específicas que
também têm caráter de prevenção primária: o “Programa Médico de Troca –
Troque o Fumo por Mais Saúde”, focado na prevenção ao tabagismo; o programa
“Preveniu, Sorriu”, destinado à área de saúde bucal e o programa “Ergonomia na
ECT”, com projetos voltados à busca de soluções ergonômicas para demandas
específicas em diversas áreas da empresa. Só em 2006 a instituição realizou 23
Feiras/Jornadas, em todo o país, beneficiando aproximadamente 47 mil pessoas.
Para a execução dos programas de promoção da saúde e prevenção de doenças
a Fundação de Seguridade Social (GEAP) utiliza-se de estratégias de comunicação
a partir da produção e distribuição sistemática de material educativo, direcionado
ao grupo de beneficiários. São cartilhas e folhetos com caráter informativo e
preventivo, abordando diversas morbidades. Anualmente essa fundação realiza duas
campanhas educativas: a primeira destinada ao grupo total de beneficiários que ela
possui; a segunda, dirigida apenas aos beneficiários pertencentes à terceira idade.
Neste caso, a campanha trabalha com temas específicos para essa faixa etária.
“Viver com Saúde” foi o nome dado pela Fundação Pampulha para um de seus
programas, criado em 2000, e que tem como público-alvo os assistidos pelos Planos
de Saúde oriundos das Fundações de Saúde do Banco Itaú S.A. e seus respectivos
dependentes. Dentre as prioridades propostas pelo “Viver com Saúde”, destaque
para a disseminação de informações de caráter educativo, o oferecimento de prevenção
UNIDAS
Mudança de hábitos para uma vida saudável
35
e tratamento dos beneficiários, o incentivo à adoção de hábitos saudáveis, o
estreitamento do relacionamento com a rede credenciada e as medidas que enfatizam
a preocupação da instituição com a saúde dos assistidos. A partir da adoção de hábitos
saudáveis e da prática de exames regulares para detecção precoce de doenças, a
Fundação Pampulha espera promover uma melhoria da qualidade de vida dos participantes, assim como otimizar a utilização dos recursos.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Gripe, diabetes e hipertensão
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Duas campanhas com abrangência nacional, voltadas à prevenção de doenças
e conseqüente promoção da saúde, têm beneficiado os usuários dos Planos de
Saúde atendidos pela Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (Assefaz). A “Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe” é a primeira delas e também a mais antiga: foi iniciada em 2001. Em sua quinta edição,
permitiu vacinar 23.474 pessoas, sem nenhum custo para os beneficiários. Há uma
parceria com as Secretarias de Saúde para vacinação dos idosos, no mesmo período
que ocorre a campanha nacional promovida pelo Ministério da Saúde. Aqueles
que não são imunizados nessa ocasião, têm a vacina disponibilizada pela Assefaz.
A vacina é aplicada nos postos de vacinação que são instalados em locais de
maior concentração de beneficiários, com melhor localização e acessibilidade, de
forma a atender satisfatoriamente o público-alvo. Algumas gerências da instituição
aproveitam a ocasião para promover outras ações de prevenção primária e de caráter
social, como controle da pressão arterial, teste de glicemia, arrecadação de alimentos
e agasalhos para doação às instituições que trabalham com populações carentes.
A “Campanha Nacional de Prevenção, Detecção e Orientação sobre Diabetes
e Hipertensão” é o outro programa de prevenção primária desenvolvido pela Assefaz.
Foi iniciado em 2006 e conta com parcerias firmadas com laboratórios, clínicas,
hospitais, universidades, que disponibilizam palestras, folhetos informativos, material
e aparelhos para a realização dos exames, além de pessoal especializado. Nas gerências
regionais que não firmaram parcerias, as despesas com divulgação e a realização da
campanha são custeadas pela Fundação.
Em 2006, foram examinadas 6.731 pessoas, sendo 3.549 beneficiários (52,7%)
ligados diretamente à Assefaz. Entre eles, 17,5% receberam diagnóstico com suspeita
de diabetes mellitus e 25,8%, com suspeita de hipertensão arterial. Nesses casos, os
assistidos foram encaminhados a profissionais especializados para que pudessem receber
melhor avaliação e orientação dos passos a serem seguidos em cada um dos casos.
Divulgação Fundação Pampulha
DIA DO CORAÇÃO Após realização de exames, beneficiários da Cabergs
que requerem maiores cuidados têm acompanhamento especializado
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
Divulgação Cabergs
VIVER COM SAÚDE Com foco na prevenção primária, campanha da
Fundação Pampulha oferece exames regulares para diagnóstico precoce de doenças
37
A divulgação das duas campanhas da instituição envolve a distribuição de cartazes, panfletos e folhetos informativos, nos locais de trabalho dos beneficiários
(Ministério da Fazenda e órgãos conveniados) e nas agências de atendimento, por
meio de correspondência enviada pelos correios e ligações telefônicas. Também
foram disponibilizados vídeos, mensagens transmitidas por e-mail e publicação de
notícias no site da Fundação.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Cuidando do ser integral
38
Já as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças desenvolvidas pela
Perdigão Agroindustrial S/A fazem parte de um calendário anual de eventos
organizados pela instituição. Nestas circunstâncias são realizadas campanhas de
sensibilização e valorização do funcionário. Há ainda uma série de programas,
como por exemplo, a “Prevenção à DST/Aids”, “A Hora da Mulher”, “Programa de Vacinação e Prevenção a Gripe”, “Antitabagismo” e “Novo Ser”.
Para cada uma dessas campanhas, o departamento de RH Corporativo da
empresa produz material específico sobre o tema e os distribui em todas a unidades da Perdigão. São confeccionados cartazes, folhetos e informativos que visam
despertar a atenção dos funcionários. Nas unidades também são realizadas palestras, com profissionais que pertencem à comunidade local aonde esses eventos
não ocorrem.
Em geral, as diversas campanhas coincidem com uma data comemorativa. Em
2006, a programação abrangeu:
▲ Carnaval – ações múltiplas destinadas à conscientização sobre a prevenção
de doenças sexualmente transmissíveis DST/Aids, antes e durante o período de
carnaval. A ocasião também serviu para que a empresa realizasse um trabalho de
conscientização e prevenção ao uso de drogas e ao abuso de bebidas alcoólicas;
▲ Dia Internacional da Mulher (8 de março) – atividades educativas e de
apoio à saúde da mulher com o intuito de valorizar a força feminina existente na
empresa;
▲ Dia Mundial da Saúde (7 de abril) – promoção de campanhas educativas e
de prevenção de doenças, especialmente aquelas relacionadas ao trato respiratório;
▲ Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio) – ações de reforço ao “Programa de
Combate ao Tabagismo”, incentivando o abandono do vício de fumar;
▲ Dia Nacional da Saúde (5 de junho) – ações direcionadas ao combate e
prevenção do diabetes mellitus e da hipertensão arterial, com realização de palestras,
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
teste de glicemia e verificação da pressão arterial. Trata-se de uma atividade
direcionada a todos os funcionários da empresa, nas diversas unidades;
▲ Dia Nacional de Prevenção ao HIV e Aids no Local de Trabalho (8 de
outubro) – ações de conscientização e prevenção do HIV/Aids no local de trabalho, com distribuição gratuita e incentivo à utilização de preservativos nas
relações sexuais;
▲ Campanha de Combate e Prevenção à Dengue (20 a 25 de novembro) –
trabalhando com o slogan “Sua atitude é o mellhor remédio para evitar a Dengue”,
a campanha foi direcionada, principalmente, à região Centro-Oeste e teve o objetivo de promover a compreensão e sensibilização dos funcionários para a adoção
de hábitos e atitudes voltados ao combate à dengue.
Há anos a Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio
Grande do Sul (Cabergs) tem investido na realização de ações em prol da saúde de
seus beneficiários. Caso, por exemplo, da implantação do “Dia do Coração”, em
2003. A campanha foi idealizada com o objetivo de informar e conscientizar os
beneficiários sobre os principais fatores de risco para as doenças cardíacas, bem
como proporcionar avaliações destes fatores cardíacos por meio do desenvolvimento dos módulos de hipertensão, dislipidemia, diabetes, hipertensão arterial
sistêmica, obesidade e sobrepeso.
Com duração de um dia, o evento compreende a verificação de pressão
arterial, peso, altura, circunferência da cintura e coleta de material para os testes
de glicose e colesterol. Os participantes recebem orientações clínicas e nutricionais,
o resultado da avaliação e, conforme o caso, recomendações médicas. Participam das atividades médicos, nutricionistas, estudantes da Escola Técnica de
Nutrição e Enfermagem do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul.
Entre 2003 e 2005, a instituição realizou seis eventos do gênero que atenderam
960 pessoas.
A instituição também investe na produção de material educativo – cartilha,
folhetos, cartazes – desde 2003. Essa iniciativa tem o intuito de informar os
beneficiários sobre ações de promoção da saúde. Já foram abordados os seguintes
temas: prevenção da dengue; colesterol, triglicerídeos e glicose; dermatoses de
verão; hipertensão arterial sistêmica; depressão e ciclo de vida; doenças venosas
– varizes nos membros inferiores; câncer de mama; uso de drogas na adolescência; saúde bucal; gripe; climatério; coluna saudável; próstata; hepatites e vacinas;
intoxicações alimentares; catarata; tabagismo e tratamento ortodôntico.
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Divulgação Cabergs
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Divulgação SPTrans
EDUCAÇÃO ALIMENTAR Orientação quanto à alimentação saudável,
realizada por nutricionistas, estão entre ações de prevenção da Cabergs
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GINÁSTICA LABORAL Prática tem se tornado realidade freqüente em
muitas das autogestões, como na campanha “Agita SPTrans” em São Paulo
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco da Amazônia (CASF) é
outro exemplo de autogestora preocupada com a prevenção primária de doenças e a
promoção da saúde de seus beneficiários. Já investiu na produção de material educativo
com orientações sobre prevenção ao câncer e, em novembro de 2006, realizou o
Dia Nacional de Combate ao Câncer, trabalhando o slogan “A Prevenção ainda é o
Melhor Remédio!”. Outro tema enfocado foi a doação voluntária de sangue, sendo
que no mesmo mês de novembro, promoveu o Dia Internacional do Doador Voluntário de Sangue, com ênfase no slogan “Quem tem sangue nas veias, doa!”.
No Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro) foram distribuídos folders
para todos os beneficiários da CASF, com o intuito de divulgar a idéia principal
da campanha “Ser diabético não significa perder a doçura da vida!”. Também
fez parte desta ação a realização de uma palestra destinada aos beneficiários/
empregados do Banco da Amazônia. A atividade foi transmitida através da TV
Digital, que é veiculada em todas as unidades da instituição localizadas no país.
Durante esta ação, os eventos presenciais contaram com cerca de 130 pessoas
que puderam medir a pressão arterial e a taxa de glicose. Os participantes ganharam um lanche “demonstrativo” com produtos adequados à alimentação de pessoas portadoras de diabetes.
Já os ex-empregados de outra instituição bancária, também são beneficiados
com programas de prevenção de doenças. Trata-se da Caixa de Assistência Médica
dos ex-Empregados do Banco do Estado de Mato Grosso (Sam-Bemat), que além
de programas de prevenção de doenças e promoção da saúde também investe no
monitoramento dos seus associados que são portadores de doenças crônicas.
Tanto o programa de “Promoção à Saúde” quanto o de “Prevenção de Doenças” foram implantados em janeiro de 2004. Nos dois casos, há participação de
profissionais ligados às áreas médica, de serviço social, além de psicólogos, fisioterapeutas e equipe de apoio composta por estagiários de serviço social. Uma das
atividades desse programa compreende a realização de palestras que abordam temas variados, entre eles, vida saudável, prevenção de diabetes e hipertensão,
dependências químicas, atividades físicas, prevenção de câncer e obesidade.
A exemplo das demais instituições de autogestão, a Sam-Bemat também faz
uso de materiais educativos – folhetos e cartilhas – para atingir seu público-alvo.
Conta ainda com um espaço no site destinado à divulgação de suas práticas de
prevenção primária. E, apesar de as ações abrangerem todos os associados da
UNIDAS
Prevenir é o melhor remédio
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Divulgação SPTrans
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Divulgação Cabergs
PALESTRAS São uma das principais estratégias de prevenção primária
utilizadas pelas autogestões, atingindo grande número de beneficiários
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DIABETES Exame de glicemia para detecção precoce do diabetes representa
importante ação de prevenção, pois evita agravos decorrentes da doença
O Gerenciamento de Riscos é uma das mais importantes estratégias de apoio às
iniciativas direcionadas à promoção da saúde e prevenção de doenças que as operadoras de planos de saúde podem utilizar. Trata-se de um instrumento que, a
partir do conhecimento do perfil epidemiológico dos beneficiários, permite traçar
ações voltadas à assistência preventiva, monitoramento e atenção continuada à
saúde e qualidade de vida da população assistida.
Ao conhecer melhor as condições de saúde dos beneficiários, torna-se possível
priorizar e planejar as ações a serem empreendidas, racionalizando o uso dos recursos
investidos. O inquérito epidemiológico é uma das maneiras empregadas para o
levantamento da situação de saúde, dos fatores de risco e da morbidade dos
beneficiários. Ele poderá se utilizar de diferentes metodologias e, se for bemexecutado, irá fornecer um perfil da população assistida facilitando a definição
de estratégias.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
4.2 – GERENCIAMENTO DE RISCOS
E PERFIL DOS BENEFICIÁRIOS
UNIDAS
instituição, há algumas que são direcionadas especialmente ao público formado
por pessoas idosas, com idade superior a 60 anos. Os resultados obtidos com essas
atividades são significativos: em 2006 houve uma redução de 15% nas internações
e 20% de aumento nas consultas preventivas.
As campanhas educativas também fazem parte da estratégia da São Paulo Transporte S/A (SPTrans) nas ações que dizem respeito à prevenção primária. Entre os
temas já debatidos destaque para saúde da mulher, saúde do homem, qualidade de
vida, drogas, álcool, Aids, saúde bucal e nutrição. Em 2006 a instituição realizou o
evento “Agita SPTrans”, com enfoque em atividades físicas (caminhada,
alongamento, relaxamento, orientação sobre os benefícios da atividade física), cuja
programação contou com a participação de 769 pessoas.
Estruturado em módulos de atuação conforme o número de beneficiários
vinculados aos planos de saúde do Sistema Paulista de Assistência (SPA), essa
instituição iniciou seu programa de promoção da saúde e prevenção de doenças
em julho de 2005. O objetivo é atingir 100% dos associados, com incentivo à
adesão espontânea. Entre as linhas de cuidado escolhidas estão contempladas a
“Saúde Materno-Infantil” e “Pacientes com risco ou portadores de Hipertensão
Arterial Sistêmica e Diabete Mellitus”.
43
O gerenciamento de risco possibilita também a definição de ações de prevenção primária, como a realização de campanhas e a elaboração de material educativo,
com o objetivo de orientar os beneficiários quanto à importância do autocuidado
na preservação da saúde. Por meio de iniciativas dessa natureza, pode-se monitorar
a situação de saúde dos assistidos e se antecipar à ocorrência de agravos que comprometam a saúde e qualidade de vida desses beneficiários.
No que tange a prevenção secundária, o gerenciamento de risco permite acompanhar, de forma pró-ativa, os possíveis riscos de agravamento de patologias como
diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemias, cardiopatias, insuficiência renal, doenças ocupacionais, entre outras. Nesse sentido, possibilita definir ações
voltadas ao acompanhamento dos portadores de doenças crônicas, dando suporte
às demandas geradas por essa população.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Raio-X detalhado da população assistida
44
Recentemente, a Caixa de Pecúlios, Assistência e Previdência dos Servidores
da Fundação Serviços de Saúde Pública (Capesesp) realizou um inquérito
epidemiológico sobre os fatores de risco e morbidade da população assistida pelo
Capesaúde, seu plano de assistência médico-hospitalar. A pesquisa foi feita mediante
a aplicação de um questionário individual distribuído por meio postal para todos
os associados com idade igual ou superior a 18 anos.
O questionário, encaminhado para cerca de 122,5 mil participantes, entre
beneficiários titulares e dependentes, representava 75% do total da população
assistida pelo plano, de 160,5 mil beneficiários. A abrangência da amostra contempla todo o território nacional e o retorno obtido pelo levantamento equivale
a 46,4 mil respostas (37,8%).
A população foi analisada segundo variáveis como sexo, idade, peso, altura,
uso de bebida alcoólica e tabaco, prática de atividade física, exposição ao sol,
acréscimo de sal na alimentação, cuidados com a saúde, sinais e sintomas de
doenças, morbidade referida e história patológica familiar pregressa, além das
despesas e utilização dos serviços e procedimentos médico-hospitalares no período dos últimos 12 meses.
Os dados primários obtidos foram inseridos em um sistema informatizado
próprio e processados utilizando uma ferramenta de análise de banco de dados,
sendo avaliados primeiramente fatores relativos às distribuições e proporções, bem
como o cálculo das prevalências das doenças referidas; segundo, as variáveis
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
especificadas. O estudo de fatores de risco, isolados ou combinados, permitiu estabelecer relações de causa-efeito entre eles e determinados tipos de doenças, merecendo destaque as chamadas doenças crônicas não-transmissíveis.
Entre os principais resultados relacionados aos fatores de risco, sinais e sintomas declarados, o levantamento detectou que 47,8% da amostra tem uma vida
sedentária e 29% dos entrevistados são tabagistas. Foram 21,8% os respondentes
que mencionaram sofrer de hipercolesterolemia, enquanto 14% foram identificados como obesos. Cerca de 49% da amostra queixou-se de ter dor de cabeça; igual
número mencionou ter dificuldade para enxergar.
Com relação aos hábitos de vida e cuidados com a saúde, merecem destaque o
consumo de bebida alcoólica, item mencionado por 29,8% da amostra; o acréscimo de sal na alimentação, informado por 10% dos respondentes, e a exposição ao
sol de forma prolongada, apontada por 23% das pessoas.
A realização de exames preventivos de ginecologia e o auto-exame de mama,
no último ano, foi mencionada por 70,3% e 63,4% das mulheres, respectivamente.
Já entre os homens, 48,7% informaram ter realizado exame clínico (toque retal) de
próstata, no último ano.
O trabalho procurou avaliar também referências quanto à presença de doenças em familiares diretos, pais ou irmãos, que têm sido apontadas como fator
predisponente em diversos levantamentos epidemiológicos e na opinião de especialistas, como uma hipótese de exposição dos componentes da família a uma
causa comum.
Entre a população entrevistada, 58,3% disseram ter casos de hipertensão arterial entre os familiares diretos; 27,1% mencionaram a ocorrência de diabetes mellitus;
20% fizeram referência a problemas como asma, bronquite e enfisema; 19,8%
apontaram casos de derrame e acidente vascular cerebral (AVC), enquanto 18,9%
indicaram agravos como angina e infarto agudo do miocárdio.
Os entrevistados relataram, por meio de pergunta direta, serem portadores das
doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT), entre as quais: hipertensão arterial
sistêmica (27,1%); diabetes mellitus (7,9%); asma, bronquite e enfisema (5,9%) e
insuficiência cardíaca (5,1%).
A maior parte dos pesquisados (24,1%) informou ser portadora de forma isolada de uma dessas doenças; enquanto 7,8% referiram a combinação de duas patologias, 2,4% mencionaram a ocorrência de três delas e cerca de 1% relatou ser
portador de quatro ou mais condições mórbidas.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Uso do plano e despesas assistenciais
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O estudo realizado pela Capesesp permitiu levantar ainda dados gerais relativos a despesas médico-hospitalares e à utilização do plano de saúde nos últimos 12
meses pelos 46,4 mil associados que responderam à pesquisa. Eles foram analisados
procurando estabelecer uma correlação com a prevalência dos fatores de risco e
doenças crônicas não-transmissíveis referidas pelos assistidos.
A utilização do plano de saúde e o custo per capita variaram de acordo com a
idade, a presença ou ausência de doenças crônicas e os fatores de risco envolvidos.
A busca por serviços médico-hospitalares cresceu com a evolução da idade dos
beneficiários. Além disso, verificou-se que os maiores custos ocorreram entre os
que informaram possuir uma ou mais patologias de caráter crônico.
A despesa média per capita mensal do grupo pesquisado foi de R$ 75,14
(masculino = R$ 70,70; feminino = R$ 78,88), aumentando de forma progressiva
em função da idade. Em comparação com a despesa média geral mensal per capita
da operadora no mesmo período – que foi de R$ 69,96 – o grupo entrevistado
registrou uma despesa aproximadamente 7,4% superior ao gasto médio de toda a
população assistida pelo plano.
Os dados referentes ao custo per capita de quem informou ser portador de
alguma DCNT ou de fatores de risco foram avaliados isoladamente. Quando comparado o custo médio per capita de DCNT referida versus custo médio geral,
observou-se uma diferença global de 61,65%. Quando estes associados foram avaliados por tipo de doença, o custo da utilização dos serviços superou de forma
considerável aquele verificado em associados que não têm esses problemas de saúde. Isso realça a importância da identificação dessas patologias e o seu tratamento
imediato, para uma melhor gestão financeira da instituição.
O estudo procura destacar que essa avaliação refere-se apenas aos chamados
custos diretos, ou seja, aqueles decorrentes da produção de serviços médico-hospitalares, não sendo avaliados os intangíveis ou indiretos. Conclui-se que os indivíduos portadores de DCNT, devido à sua condição de saúde, utilizam mais os
serviços médico-hospitalares do que o grupo como um todo, resultando em despesas também mais elevadas.
Os agravos à saúde proporcionados pelas doenças crônicas não-transmissíveis,
além de estarem entre as principais causas de morte no Brasil, representam, atualmente, para o plano de saúde da Capesesp, as maiores despesas em tratamento
ambulatorial, internações hospitalares e reabilitação.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
A Associação dos Fiscais de Rendas do Estado do Rio de Janeiro (AFRERJ)
desenvolveu o “Projeto de Prevenção em Saúde”, implantado em março de 2005
para os beneficiários do plano de saúde AMAFRERJ. Mesmo em se tratando de
uma instituição com uma carteira de apenas 1.250 associados, as vantagens obtidas
com ações de prevenção primária e secundária motivaram a adoção do projeto,
que procurou estratificar a população assistida mediante os níveis de risco.
Os principais objetivos definidos na concepção do programa foram: identificar populações de alto risco de morbi-mortalidade para patologias definidas pelo
programa; otimizar a qualidade de vida, com acompanhamento especializado feito
por profissionais médicos sob supervisão do projeto; criar a cultura de prevenção
nos usuários do programa; minimizar custos com internações evitáveis; e otimizar
o monitoramento de pacientes com patologias definidas.
Os pacientes elegíveis para o programa da AMAFRERJ são os que se enquadram
em três “grupos” de patologias: diabetes mellitus e dislipidemias; hipertensão arterial
sistêmica; e os pacientes com câncer, com atenção especial para os casos de pulmão,
próstata, mama, colo de útero e cólon-renal. São analisados e acompanhados pacientes
com idade superior a 30 anos, domiciliados na cidade do Rio de Janeiro e que concordem com o acompanhamento pela equipe multidisciplinar do projeto.
A equipe reúne dois médicos responsáveis pela supervisão e reavaliação do
programa; um médico oncologista responsável pela visita domiciliar programada
e pelo monitoramento dos pacientes; uma nutricionista; uma assistente social
responsável pelo monitoramento dos casos acompanhados no programa, avaliação dos casos de insatisfação e agendamentos, funcionando como um elemento
pró-ativo na adesão dos associados ao programa; uma psicóloga e um fisioterapeuta responsável pelo controle domiciliar de pacientes elegíveis para esse tipo
de acompanhamento.
Os 1.079 pacientes em acompanhamento são estratificados em grupos por gravidade da(s) patologia(s) de que são portadores. No grupo de nível vermelho, que apresentam alto risco em virtude de doença avançada ou descompensada, encontram-se
7,3% dos assistidos. Desses, 95% têm idade superior a 60 anos.
No nível amarelo, com médio risco, estão 13,4% dos pacientes. Dentre eles,
3,4% têm idade inferior a 40 anos, 27,5% estão na faixa entre 40 e 60 anos, e 68,9%
têm mais de 60 anos. No nível verde, que reúne os pacientes com baixo risco,
estão 79,2% dos assistidos.
UNIDAS
Carteira de assistidos estratificada
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Projeto piloto
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Em 2006, a Fundação CESP passou a desenvolver o “Programa de
Gerenciamento de Riscos” que envolve ações voltadas ao gerenciamento de doenças e de casos. Trata-se de um projeto piloto realizado em parceria com as
empresas patrocinadoras da instituição, a partir do estudo da base de dados dos
beneficiários para caracterização da situação de saúde da população assistida pelo
programa.
O projeto se fundamenta na realização de uma visita domiciliar por profissional de saúde e, quando necessário, por uma equipe multiprofissional para o
aprofundamento do diagnóstico e orientação pertinente para a redução dos fatores
de risco, especialmente nos casos das doenças mais prevalentes ou incapacitantes,
como os agravos cérebro-vasculares, cardiopatias, neoplasias, entre outras. As ações
são oferecidas de acordo com a complexidade dos casos, focadas na prevenção
primária e secundária. Os assistidos são contemplados também com atendimento
contínuo por uma central de orientação médica e pela assistência pré-hospitalar.
A avaliação das ações que integram o projeto piloto já está desenhada e irá
contemplar aspectos econômico-financeiros, impacto no nível de exposição aos
fatores de risco e, nos casos mais complexos, a otimização do aproveitamento dos
recursos disponibilizados e a melhoria na percepção da qualidade de vida. Após
essa avaliação, serão definidas as estratégias de continuidade das ações e a implantação em caráter definitivo.
Redução de custos
A Fundação Sabesp de Seguridade Social (Sabesprev) dispõe de um programa de
gerenciamento de doentes crônicos desde 2001, beneficiando mais de 500 assistidos
portadores de doenças crônicas, de diversos tipos. Nos anos de 2004 e 2005, a operadora realizou um mapeamento de risco e uma análise da carteira de assistidos que
serviram de base para identificar oportunidades de melhoria em termos de prevenção, além de apontar pacientes para os programas de gerenciamento de crônicos.
O acompanhamento das informações do programa tem demonstrado resultados muito satisfatórios: houve redução de 47% dos custos assistenciais na população assistida pelo programa, além da diminuição em 20,4% das consultas realizadas
por esses pacientes, queda de 60,5% nas internações hospitalares e de 69,2% nos
atendimentos de urgência e emergência realizados em pronto-socorros.
A Fundação de Seguridade Social (GEAP) implantou, no segundo semestre
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
de 2006, o “Programa de Promoção da Saúde e Gerenciamento de Riscos” –
PPGR, que se destina aos beneficiários dos Estados da Bahia, Minas Gerais, Rio
de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Rondônia e do Distrito
Federal. O programa objetiva oferecer assistência preventiva, monitoramento e
manutenção da atenção à saúde destinada aos portadores de doenças crônicas nãotransmissíveis (diabetes mellitus tipo I e II, hipertensão arterial, obesidade e
sobrepeso) e, ainda, aos tabagistas e portadores de doenças renais de caráter crônico
mas não-agudas (não exigem diálise) e de doenças infecto-parasitárias, e idosos
com idade igual ou superior a 60 anos.
Os beneficiários inseridos no PPGR são acompanhados por um médico, denominado Médico Vinculador Assistencial (MVA), que é o médico responsável
pelo monitoramento contínuo e integral da saúde do beneficiário. Conforme a
necessidade, o assistido é encaminhado ao atendimento especializado. Todos os
procedimentos realizados pelo MVA são registrados em um sistema informatizado,
que corresponde ao prontuário do paciente. Os médicos especialistas e os laboratórios credenciados, que fazem parte da equipe do MVA, sinalizam, por meio do
mesmo sistema, qual o procedimento realizado nos pacientes encaminhados. Nesse
sentido, o sistema de referência e contra-referência é garantido, o que possibilita
um maior controle das ações.
Embora se trate de um programa recém-implantado, a meta estabelecida pela
autogestão prevê uma redução de 3% dos casos de obesidade/sobrepeso, diabetes
mellitus e hipertensão arterial. Em termos dos serviços e assistência prestados, a
redução prevista é de 3% nas internações hospitalares, na realização de exames, nos
atendimentos ambulatoriais e de urgência dos assistidos idosos, diabéticos,
hipertensos e portadores de obesidade/sobrepeso. A economia estimada para os
casos de doente crônico e assistido idoso também está na faixa de 3% ao ano.
Outro programa da GEAP, denominado “Programa de Gerenciamento de
Casos” – PGC, teve início em 2002 com o objetivo de monitorar, no próprio
domicílio, os beneficiários que não estão deambulando e portam doenças específicas.
Ele é executado por equipes multidisciplinares que atuam como reabilitadoras,
educadoras e orientadoras de cuidados. O programa tem a finalidade de proporcionar
melhor adaptação às condições geradas pela doença e contribuir para a reinserção
do beneficiário no meio familiar e social. Só nos períodos entre agosto e novembro
de 2006 o programa foi responsável pela redução de 1,4% das internações dos
beneficiários integrantes.
49
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Cuidados específicos
50
A Caixa de Assistência aos Funcionários do Banco da Amazônia (CASF) conta com o “Programa de Gerenciamento de Cuidados de Pacientes com Patologias
Crônicas” que são identificados por: a) intercorrências seguidas de internações
hospitalares no mês ou a cada mês, b) permanência hospitalar prolongada, c) sinalização da família e d) pacientes de alto custo.
O gerenciamento de cuidados realizado pela instituição é composto por
visitas periódicas (semanal, quinzenal, mensal e intercorrente), dependendo do
caso; tratamentos terapêuticos domiciliares (fisioterapia, fonoaudiologia e
psicoterapia), aplicação de medicamentos, realização de curativos complexos e
orientação familiar. Esse gerenciamento permite traçar o perfil dos beneficiários
e mapear todas as atividades realizadas. Numa segunda etapa, é possível propor
melhorias dos serviços prestados e, conseqüentemente, mudanças do nível de
satisfação das pessoas atendidas. Para tanto, a CASF conta equipe multiprofissional:
clínica médica, geriatria, assistência social, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia
e enfermagem.
O “Programa Vida com Qualidade” foi idealizado em 2002 pela Fundação
Pampulha de Assistência à Saúde com o propósito de sensibilizar os beneficiários
sobre a importância do autocuidado; buscar maior qualidade de vida dos assistidos, estimular a maior participação do paciente no tratamento; treinar e integrar
a família/cuidador em todo o processo. Serve ainda para prevenir as complicações das patologias crônicas, evitar internações freqüentes; valorizar a parceria
médico-paciente; estabelecer o plano terapêutico; prevenir as complicações das
patologias crônicas e buscar possível redução de custos para o beneficiário e para
o Saúde Bemge.
O programa, destinado aos usuários do Plano de Saúde Itaú, portadores de
patologias crônicas (inicialmente residentes na Região Metropolitana de Belo
Horizonte) tem promovido, entre outras ações: a organização dos cuidados de
atenção integral à saúde com enfoque preventivo e curativo; maior integração
entre o paciente/família/cuidador e com os profissionais de saúde; melhor entendimento do paciente/família/cuidador sobre a doença e suas limitações. Essas iniciativas têm resultado em maior adesão aos cuidados e tratamentos definidos; melhor qualidade de vida para o paciente e sua família; maior tranqüilidade e segurança para o paciente/família/cuidador, levando-os a se sentirem acolhidos e assistidos; além de resultar na utilização mais adequada dos recursos disponíveis.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
O Plano de Assistência à Saúde do Aposentado (PASA) da Companhia Vale
do Rio Doce (CVRD) investe, desde 2002, no gerenciamento de doentes com
problemas crônicos de saúde. O plano foi criado com o objetivo de oferecer
educação em saúde; melhorar a qualidade de vida dos beneficiários; prevenir doenças
e agravos à saúde. Pretende ainda criar e manter vínculo com os beneficiários do
PASA e sua família; gerenciar os custos do plano de saúde e preservar o conceito
de saúde de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde.
São 2.113 pessoas atendidas pelo “Programa PASA Saúde” que trabalha em
prol da prevenção de doenças e da promoção da saúde de forma personalizada
oferecendo um acompanhamento sistemático. As ações e atividades são
desenvolvidas por cinco equipes interdisciplinares distribuídas nas cidades de Belo
Horizonte, Itabira, Governador Valadares, Rio de Janeiro e Vitória. Os profissionais
estão alocados em uma equipe básica, composta por médico, enfermeiro e assistente social, e outra equipe de apoio, que reúne nutricionista, fisioterapeuta,
terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.
As atividades envolvidas no PASA são diversas: contato telefônico, evolução
em prontuário, plano de acompanhamento, plano de tratamento, reunião de equipe, visita domiciliar, grupos operativos, palestras, reuniões, passeios, caminhadas,
festas e culinária.
Os beneficiários da Caixa de Assistência Médica dos ex-Empregados do Banco do Estado do Mato Grosso (Sam-Bemat) também contam com um “Programa
de Monitorização” destinado aos associados portadores de doenças crônicas. Iniciado
em 2005 e contando com 20 assistidos, residentes em Cuiabá, o monitoramento é
realizado mensalmente por meio de visitas domiciliares e contatos telefônicos feitos por uma assistente social e uma estagiária de serviço social.
Durante as visitas, os beneficiários atendidos por esse programa respondem a
um questionário, denominado Boletim de Visita Domiciliar, sobre seu histórico
clínico. As respostas fornecidas servirão para que os profissionais da Sam-Bemat
possam orientá-los, por exemplo, nas questões relacionadas à alimentação adequada, exercícios físicos, prevenção de doenças e de riscos.
A Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (Assefaz) é
outro exemplo de instituição que investe em programas de acompanhamento dos
beneficiários portadores de doenças crônicas. Denominado “Programa de Educação e Acompanhamento do Doente Crônico” – PEADC, ele teve início em 2006
UNIDAS
Monitoramento de doenças crônicas
51
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
52
e está estruturado com forte conteúdo educativo, que consiste na avaliação domiciliar por múltiplos profissionais, os quais devem equacionar os problemas e indicar as condutas viáveis.
Com este programa, a Assefaz objetiva manter um relacionamento diferenciado com portadores de doenças crônicas e degenerativas, proporcionando atenção
integrada ao paciente em seu próprio domicílio. A autogestora também utiliza as
atividades desse programa como instrumento de trabalho à orientação e
monitoramento, e promove o envolvimento da família e/ou cuidador.
Atualmente o programa beneficia 97 usuários nos estados de São Paulo,
Minas Gerais e Pernambuco, além do Distrito Federal. A instituição espera poder ampliar geograficamente esse tipo de atendimento, estendendo para todo o
país. Melhoria na qualidade de vida dos beneficiários/usuários; redução de 28,57%
dos gastos com atendimento médico, internações, pronto-socorros e reembolsos; e redução de 37,14% das internações, são os resultados que já foram
contabilizados pelo projeto.
Desde 2004, os beneficiários da Associação Beneficente dos Empregados em
Telecomunicações (ABET) contam com o “Programa de Gerenciamento de
Crônicos”, que atualmente atende cerca de 200 inscritos, sendo que um novo
grupo com aproximadamente 300 pessoas está em fase de avaliação para ingresso
no programa.
Após a aplicação de ferramentas de mapeamento do risco populacional e, de
acordo com os resultados, são indicados os novos casos de portadores de doenças
crônicas – entre elas hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemias, obesidade,
doenças respiratórias – com identificação dos diferentes níveis de evolução dos agravos.
Os pacientes que ingressam no programa são acompanhados por enfermeiras que
monitoram suas condições de saúde. Nos casos dos doentes crônicos acamados, além
do monitoramento feito por enfermeiras, há também o acompanhamento médico.
Os principais objetivos do programa são a melhoria da condição de saúde e da
qualidade de vida dos beneficiários assistidos, por meio da regressão de quadros
clínicos incipientes, ou estabilização de quadros mais avançados, visando a redução
dos agravos e intercorrências. Como resultados, a ABET contabiliza uma redução
do uso dos serviços de urgência e emergência, estimada em 18% no primeiro ano
de programa. Já nas internações hospitalares, a redução foi de cerca de 70% no
mesmo período. A autogestora estima em 32% a redução de custos na gestão da
assistência à saúde decorrente do programa, também em seu primeiro ano.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
Os custos da assistência médica supletiva têm aumentado de forma progressiva nos
últimos anos. As causas apontadas são multifatoriais e, em geral, bastante conhecidas
pelos gestores de saúde. Dentre esses fatores, destaca-se a dificuldade na adoção de
ações de promoção, prevenção e educação em saúde. Estima-se que aproximadamente
70% das doenças que acometem as pessoas e geram despesas são passíveis de prevenção.
A necessidade de aumentar os investimentos em medidas preventivas tornouse mais premente a partir do aumento da expectativa de vida do brasileiro, e conseqüente crescimento do número de idosos, população com maior possibilidade
de acometimento de patologias crônicas, que tipicamente requerem dietas, exercícios
e utilização de medicamentos.
Uma das medidas que tem se mostrado promissora na contenção do aumento
das despesas assistenciais, decorrentes da maior demanda de serviços de saúde pelos
pacientes crônicos, é o gerenciamento de benefícios farmacêuticos, principalmente quando associado a programas de gerenciamento de doenças.
Visando melhor atender seus beneficiados, a Caixa de Pecúlios, Assistência e
Previdência dos Servidores da Fundação Serviços de Saúde Pública (Capesesp)
criou o “Programa de Assistência Farmacêutica” para portadores de doenças crônicas
não-transmissíveis (DCNT) associado ao monitoramento médico à distância para
beneficiários do plano de assistência.
Numa primeira etapa, que antecedeu a implantação do projeto, foram realizados estudos sobre o perfil da morbidade e mortalidade da população assistida, a fim
de definir o foco do programa. A partir dessas informações, efetuou-se uma pesquisa
direta com os beneficiários da Capesesp sobre despesas com medicamentos para o
tratamento das DCNT. Uma empresa especializada em gerenciamento de benefícios
farmacêuticos foi contratada para negociar melhores condições de preço diretamente
com fabricantes, distribuidores e farmácias.
O uso de medicamentos genéricos, quando existentes, não só é incentivado,
como é compulsória. A substituição dos produtos de marca fica sob a supervisão
de um farmacêutico. Porém, não há troca por medicamentos similares, sendo
respeitada a prescrição médica.
Toda a população assistida pela instituição pode usufruir do benefício, independentemente do tipo de vínculo e modalidade de plano que possui, desde que
portadores de determinadas doenças crônicas não-transmissíveis identificadas como
de maior prevalência por meio de estudo de morbi-mortalidade. Caso das doenças
UNIDAS
4.3 – ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
coronarianas; asma brônquica; insuficiência cardíaca congestiva; acidente vascular
cerebral; diabetes mellitus; enfisema pulmonar (DPOC); hipertensão arterial
sistêmica.
Os critérios e parâmetros utilizados na avaliação do benefício referem-se aos
dados sobre produtos farmacêuticos prescritos, acompanhamento da utilização do
plano de saúde antes e após a implantação do programa, que é realizada
periodicamente por intermédio de ferramentas de gerenciamento de informações
(datawarehouse) assim como pesquisa de satisfação e de qualidade de vida.
Os resultados de uma análise retrospectiva da utilização do plano de saúde
por 5.025 beneficiários do Capesaúde, antes e depois do ingresso dos mesmos no
programa, ilustram o sucesso alcançado pela instituição. O estudo analisou o
período de 24 meses antes (1997 e 1998) e até 72 meses após a admissão no
programa (1999 a 2005). A média de idade do grupo é de 62 anos, sendo 54% do
sexo feminino.
Mais da metade dos participantes deste levantamento era portadora de uma ou
mais patologias que acometem um mesmo aparelho, segundo a classificação do
CID (10ª. revisão), destacando-se as doenças cardiovasculares. Em cerca de um
terço dos assistidos, houve duplo comprometimento, principalmente do aparelho
cardiovascular (hipertensão) e do metabolismo endócrino (diabetes).
54
Pesquisa de satisfação
A mensuração da qualidade de vida proporcionada por programas dessa natureza constitui tarefa das mais complexas. Nesse sentido, foi realizada pela
Capesesp um outro levantamento com os participantes do programa de assistência
farmacêutica, onde procurou-se avaliar, mediante a aplicação de questionários,
os seguintes critérios: capacidade laborativa, estabilidade clínica, freqüência de
episódios dos sintomas, satisfação terapêutica, percepção pessoal sobre a doença.
Os resultados observados na amostra de 1.345 beneficiários encontram-se
sintetizados a seguir:
▲ Com o tratamento adequado, mais de 90% dos pesquisados informaram que
a doença pouco ou nada interferiu nas atividades que exigem menores esforços;
▲ 80% responderam que têm se sentido felizes e satisfeitos com relação à sua
vida pessoal;
▲ Os sintomas relacionados à doença não ocorreram ou foram pouco freqüentes em grande parte dos associados (78%);
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
▲ Os participantes do programa sentem-se bem esclarecidos sobre o seu
problema de saúde e satisfeitos com o tratamento que vêm recebendo dos seus
médicos (98%);
▲ Em 82% dos casos, as medicações não causaram efeitos colaterais
significantes;
▲ Antes do programa, 65% das pessoas não conseguiam comprar a medicação
da forma adequada, devido à dificuldade em arcar com as despesas;
▲ 79% responderam que utilizaram menos o plano após receberem a medicação;
▲ 99% afirmaram que o programa de medicamento de uso contínuo é muito
importante;
▲ 91% afirmaram que houve melhora da saúde e da qualidade de vida com o
tratamento adequado.
Desde 2002, foi incorporado ao programa, o monitoramento médico por
telefone, voltado para um grupo selecionado que registra um maior consumo de
recursos assistenciais, o que aprimora ainda mais o benefício e os resultados. Para
estes beneficiários são fornecidas orientações sobre o curso natural da doença e
informações quanto à necessidade de intervenções oportunas, como medida eficaz
de redução da morbidade e da mortalidade. Em determinados casos, é oferecido
atendimento de forma personalizada e presencial.
O número de adesões ao benefício é progressivo, sendo que atualmente existem cerca de 8 mil pessoas vinculadas, recebendo tratamento medicamentoso adequado por intermédio do programa. O reconhecimento dos associados à iniciativa
do plano de saúde ficou demonstrado na última pesquisa de satisfação feita pela
Capesesp: a nota obtida para o benefício farmacêutico foi nove (numa escala de 0
a 10), sendo 78% de conceito ótimo e 13% bom.
À medida em que consiga maior disponibilidade de recursos financeiros, a
Capesesp pretende ampliar o leque de coberturas para outras patologias. Além
do benefício farmacêutico para doenças crônicas, a instituição também oferece
aos seus beneficiários o sistema de reembolso de medicamento, desconto em
farmácias credenciadas e um programa de acesso a medicamentos para tratamento
do câncer.
Os estudos preliminares sinalizam que o programa, além de importante do
ponto de vista da melhoria da qualidade de vida e da saúde dos associados, também
proporciona vantagens para o adequado gerenciamento dos custos, principalmente em médio e longo prazos.
55
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Facilitadores na aquisição de medicamentos
56
Desde 1992, a Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do
Rio Grande do Sul (Cabergs) conta com o “Programa de Assistência
Farmacêutica” – Profarm. Dirigido aos titulares dos planos de saúde e seus
respectivos cônjuges, o programa foi idealizado para permitir a aquisição de
produtos comercializados pelas farmácias e drogarias, a preços mais acessíveis e
com melhor prazo para pagamento.
A instituição possui uma rede de farmácias conveniadas que disponibiliza medicamentos e outros produtos aos beneficiários de seus planos de saúde. Além de
desconto, os usuários contam também com um prazo médio de pagamento de 40
dias e desconto em folha de pagamento. Até o momento, cerca de 20,5 mil pessoas
já se beneficiaram do programa.
Há ainda na Cabergs o “Programa de Auxílio-Medicamento”, também conhecido como Promed, disponibilizado em data anterior ao Plano de Saúde, mas
que foi reformulado em 1998. Nesse caso, o programa subsidia 50% dos medicamentos prescritos. Em determinadas situações, o beneficiário poderá solicitar reembolso da quantia equivalente a este percentual. Trata-se de um programa destinado aos titulares dos planos de saúde gerenciados pela Cabergs. Até o momento,
cerca de 12,5 mil pessoas já usufruíram deste benefício.
A Caixa de Assistência aos Funcionários do Banco da Amazônia (CASF) e
a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) são dois outros exemplos
de autogestoras que dispõem de programas voltados à assistência farmacêutica.
Atualmente, nos ambulatórios da CASF são oferecidos, de forma gratuita, medicamentos padronizados de acordo com a prescrição médica. E está em fase
de implantação o “Programa Farmácia CASF”, que irá disponibilizar outros
remédios a preços diferenciados e parcelados. A Cesan, por sua vez, oferece
desconto entre 20% e 25% em uma lista de medicamentos, além de possibilitar
que o valor gasto seja descontado diretamente na folha de pagamento do
beneficiário.
Há duas outras autogestoras que, apesar de não possuírem programas específicos para a promoção de assistência farmacêutica, firmaram parcerias que permitem
o oferecimento de descontos aos beneficiários de seus planos de saúde para a aquisição de remédios com prescrição médica. Uma delas é a Fundação CESP, que
subsidia em 40% as despesas com a aquisição de medicamentos. Sempre que necessário, ela também cuida da entrega do que for adquirido por seus beneficiários.
A outra instituição é a Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz). Nesse
caso as despesas com medicamentos são reembolsadas em até 80% do valor gasto pelo
beneficiário, limitado a um teto anual. Os usuários portadores de determinadas patologias têm direito a um teto anual adicional, para reembolso (equivalente a 80%) das
despesas com medicamentos destinados ao tratamento de suas doenças. Entre as patologias previstas para esse benefício estão a doença mental incapacitante, a cardiopatia, a
doença de Parkinson em estágios avançados, a nefropatia grave, entre outras.
A Perdigão Agroindustrial também mantém convênio farmácia, que permite à
empresa oferecer esta facilidade a todos os seus funcionários e dependentes. Os
valores dos remédios adquiridos são descontados integralmente na folha de pagamento do beneficiário. A empresa ainda disponibiliza, de forma gratuita,
medicamentos para as patologias mais freqüentes, por meio dos ambulatórios existentes em suas unidades, localizadas em vários estados.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
O trabalho de atendimento domiciliar requer, na maioria das vezes, uma equipe
multidisciplinar que possa oferecer apoio ao tratamento de pacientes que receberam alta de internação ou que são portadores de doenças crônicas, agudas ou
degenerativas. A prática possibilita prevenir o agravamento do quadro clínico desses pacientes ou mesmo contribuir para a promoção da saúde por meio de cuidados realizados no domicílio.
Como benefícios da adoção dessa prática, destacam-se a redução dos prazos de
internação hospitalar, a queda do índice de novas internações, a redução da exposição
a complicações e a diminuição dos custos dos tratamentos, além de uma melhor
qualidade de vida para os beneficiários no tocante à convivência familiar humanizada,
à integração e à responsabilidade compartilhada.
É o que acontece, por exemplo com o “Programa Saúde em Casa” da Caixa
de Assistência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Camed), iniciado
no final da década de 90 (abril de 1999). Podem ser beneficiar do programa todas
as pessoas inscritas nos planos de saúde da instituição, desde que sejam identificados
pela Camed com base nos seus critérios de elegibilidade para o serviço domiciliar,
cuja meta é atingir 3% dos 103,4 mil beneficiários.
Os objetivos do Saúde em Casa são os de melhorar a qualidade de vida dos
seus beneficiários; facilitar o acesso dos familiares aos seus pacientes, permitindo
UNIDAS
4.4 – INTERNAÇÃO DOMICILIAR
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UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
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assim um maior entendimento do seu quadro clínico versus meio em que vivem;
humanizar o tratamento; permitir assistência integral ao paciente, por intermédio
de uma equipe multiprofissional; minimizar os riscos de infecção; reduzir o estresse
do paciente e seus familiares.
O programa visa ainda oferecer um tratamento preventivo evitando assim possíveis agravamentos e internações hospitalares desnecessárias; otimizar os recursos
disponíveis; acelerar o processo de recuperação dos pacientes; orientar e preparar o
paciente – ensino do autocuidado; treinar o cuidador e a família para a atenção
necessária ao paciente; permitir segurança na assistência domiciliar e personalizar o
tratamento.
A inclusão no programa é feita a partir da solicitação de um médico assistente,
por parte do próprio paciente, dos familiares ou responsáveis ou por busca ativa
do plano de saúde, subordinado à avaliação da instituição. Quanto ao local de
desenvolvimento do Saúde em Casa, ele pode se estender a todas as cidades do
Brasil, sendo intensificado nas cidades onde a Cameb têm um maior número de
fornecedores de serviços domiciliares, como: Fortaleza, Recife, Salvador, Feira de
Santana, Natal, Maceió, João Pessoa e Aracaju. Esse programa é realizado por rede
credenciada terceirizada.
As atividades desenvolvidas/previstas pelo programa consistem em assistir o
beneficiário em seu domicílio em vários tipos de serviços dependendo das suas
necessidades clínicas do momento. Dentre elas, destacam-se internação; curativos;
visita médica; fisioterapia respiratória e/ou motora; fonoterapia; terapia ocupacional;
psicologia; visita de enfermeira; visita de assistente social; nutrição (enteral e
parenteral); aparelhos e objetos com finalidade médica; medicação venosa móvel
fora da internação.
A periodicidade de cada atividade é executada seguindo o plano terapêutico
traçado pelo médico responsável de cada paciente. A alta domiciliar e a suspensão
dos serviços ocorrem somente quando as condições do paciente permitem. A
permanência é vinculada à necessidade clínica do beneficiário e, mesmo após a alta
ou descontinuidade do serviço, o paciente continuará a ser monitorado pela equipe
da Camed envolvida no programa.
Equipes multidisciplinares e tratamento humanizado
A Caixa de Assistência aos Funcionários do Banco da Amazônia (CASF) também oferece internação domiciliar aos beneficiários do seu plano de saúde. A
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
concessão do benefício é avaliada de acordo com cada caso, e é oferecido principalmente aos pacientes com patologias crônicas e doenças terminais. A operadora
distribui os casos de acordo com sua complexidade. O serviço envolve a permanência de um auxiliar técnico de enfermagem; visita médica semanal, quinzenal e
mensal. Quando houver a finalização da internação domiciliar, o paciente será
visitado antes da alta hospitalar para não interromper o tratamento no domicílio,
podendo haver, se necessário, uma continuidade do tratamento e redefinição do
período de internação domiciliar.
Para garantir o êxito desse tipo de serviço, a família dos pacientes recebe
orientação sobre os cuidados envolvidos em cada tratamento. Ela deve assumir
responsabilidades e interagir com a equipe multidisciplinar, composta de médicos,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicoterapeutas, assistente social, entre outros. A
permanência dos profissionais durante a internação domiciliar ocorre de acordo
com a complexidade do caso do beneficiário, estando prevista a assistência de um
auxiliar técnico de enfermagem por seis horas para os casos de baixa complexidade,
de 12 horas para os de média complexidade e de até 24 horas nas situações de alta
complexidade.
Para cuidar do gerenciamento de cuidados e também da modalidade do programa home care, a CASF conta com o trabalho de um clínico médico, um geriatra,
dois assistentes sociais, um psicólogo, um fisioterapeuta, 11 técnicos de enfermagem e uma equipe de fonoaudiólogos.
O “Programa de Assistência Domiciliar” da Fundação Forluminas de Seguridade
Social (Forluz) foi regulamentado em abril de 2006 e nesse período já atendeu 119
beneficiários. O programa compreende duas modalidades: atendimento e internação
domiciliar. Há uma ampla cobertura de assistência médica, enfermagem, fisioterapia,
fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicólogos, nutricionista.
O plano engloba ainda o fornecimento dos medicamentos utilizados no tratamento da patologia que originou a assistência domiciliar, dos equipamentos necessários, suporte nutricional industrial e auxílio de um cuidador, de acordo com os
critérios estabelecidos pela autogestora. Quanto ao prazo de cobertura do
atendimento, ele gira em torno de 30 a 90 dias.
Já o benefício de internação domiciliar oferecido pela Fundação Sabesp de
Seguridade Social (Sabesprev) envolve as modalidades de home care, aids care, baby
care, patologias crônicas e/ou degenerativas. O tratamento home care, por exemplo,
é oferecido desde 1997 e tem beneficiado mais de 140 pacientes/ano.
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Divulgação Sabesprev
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
EM CASA Cuidados na residência dos beneficiários estão entre os serviços
oferecidos em prol da melhoria da qualidade de vida dos pacientes assistidos
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A instituição tem ainda o “Programa de Curativos Domiciliar”, iniciado em
2004, e que conta com uma equipe de enfermagem especializada em estomaterapia,
profissionais que atendem especificamente aos portadores de feridas complexas
com dificuldade de locomoção. O “Programa de Oxigenoterapia Domiciliar”,
outra modalidade oferecida pela Sabesprev, fornece gratuitamente, desde 2000,
oxigênio e aparelhos de assistência ventilatória aos pacientes portadores de doenças
pulmonares e neurológicas.
A Fundação de Seguridade Social (GEAP) também disponibiliza para os seus
associados um serviço de atendimento home care, cujo objetivo consiste na garantia
de mais qualidade de vida aos beneficiários, além de proporcionar vantagens como
o atendimento personalizado e humanizado, com a participação dos familiares, o
que diminui o tempo do tratamento, evita complicações do quadro clínico do
paciente e ainda acelera a recuperação.
O “Programa de Assistência Domiciliar” – PAD, oferecido desde 1989 aos
beneficiários da Associação Beneficente dos Empregados em Telecomunicações
(ABET), atende cerca de 70 usuários/mês. Ele prevê atenção aos pacientes acamados,
convalescentes, traumatizados ou com qualquer outra condição que caracterize a
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
necessidade de assistência especializada e que possa ser prestada no próprio domicílio, por tempo determinado. Estão indicados os casos de pós-operatórios recentes, acidente vascular cerebral, politraumatizados, pacientes portadores de doenças
respiratórias ou aqueles que tenham indicação para realização de curativos, uso de
sondas, medicações endovenosas ou atividades de reabilitação.
Segundo avaliação da ABET, as principais vantagens são as desospitalizações
mais precoces, com conseqüente redução dos riscos de infecção hospitalar e diminuição nos custos assistenciais, associadas ao conforto do paciente que recebe os
cuidados necessários em sua própria residência.
61
CAPÍTULO 5
Áreas temáticas e
programas específicos
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
5.1 – SAÚDE DA MULHER E MATERNO-INFANTIL
62
A preocupação com a saúde da mulher, principalmente nos períodos de gestação e
no climatério – fases da vida que requerem maior atenção e cuidados específicos –
tem sido o foco de muitos dos programas oferecidos atualmente pelas instituições
de autogestão em saúde. Os investimentos destinados a esse tipo de programa não
visam apenas minimizar as incertezas e os riscos aos quais as mulheres estão expostas.
Também contribuem para a prevenção de muitas doenças e conseqüente melhoria
na qualidade de vida das assistidas e de suas famílias.
O plano Funasa-Saúde, que pertence à Caixa de Assistência dos Empregados
da Saelpa, por exemplo, desde setembro de 2006 disponibiliza o “Programa Mulher de Corpo e Alma”. Trata-se de um projeto criado como parte de um modelo
de atenção à saúde, integrando ações de promoção, prevenção e assistência integral à saúde de seu público-alvo: mulheres desde a adolescência até a maturidade,
incluindo assistência à maternidade saudável.
Os trabalhos desse programa são realizados sob os cuidados de uma equipe
multiprofissional das áreas de educação física, nutrição, medicina, serviço social,
fisioterapia e psicologia, em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB),
por intermédio de programas de extensão, coordenados por professores com
titulação de mestre e de doutor.
Um dos destaques do Programa é o módulo denominado “Dinâmicas do
Climatério”. De caráter educativo-terapêutico, visa abordar as modificações
desencadeadas no processo da menopausa, de forma a estimular a adoção de hábitos
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
saudáveis, prevenir, retardar e também minimizar os efeitos decorrentes dessa fase
da vida. Oferece ainda dinâmicas de grupo para maior integração interpessoal desenvolvimento de autopercepção positiva, sociabilidade e ações que estimulam a
independência físico-emocional das participantes.
O módulo prevê a participação das mulheres em palestras interativas que discutem questões específicas do climatério, como síndrome do ninho vazio, sexualidade, depressão, timidez, perdas e relacionamentos familiares, afetivos e sociais.
Há, ainda, a prática de exercícios físicos e respiratórios para uma melhor consciência corporal, fortalecimento do assoalho pélvico; melhoria da postura e da resistência física. Técnicas de relaxamento, visando favorecer o equilíbrio emocional, e
terapia de grupo para trabalhar emoções, conflitos, motivações, resgate da autoestima, auto-imagem e autoconceito, também são empregadas.
Faz parte desse módulo atividades de atenção permanente destinadas a grupos
de até 15 mulheres, durante três meses consecutivos, com duas reuniões semanais.
Nos três meses seguintes, as reuniões de acompanhamento ocorrem a cada 15 dias
e, depois desse período, passam a ser mensais, quando vários grupos se reúnem
num mesmo encontro. As mulheres que se enquadram nos grupos de risco –
diabetes, doenças cardíacas, problemas psicológicos e obesidade – são acompanhadas de forma particular.
Durante todo o ano a Perdigão também promove outras ações educativas e de
apoio à saúde da mulher, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e o
bem-estar de suas funcionárias. Essas atividades fazem parte do programa “A Hora
da Mulher”, cujas ações estão relacionadas diretamente à saúde das participantes.
Em março de 2006, a instituição aproveitou a comemoração do Dia Internacional
da Mulher para destacar a importância da presença feminina, cada vez mais evidenciada, nos seus negócios. A atividade envolveu todas as unidades da instituição,
sendo que cada uma delas teve autonomia para realizar a sua própria programação.
Foram promovidas diversas ações valorizando a mulher, entre elas, palestras de
motivação ou relacionadas à saúde feminina (câncer de colo e de mama); mensagens
alusivas à data (divulgadas por e-mail, nos painéis eletrônicos da empresa, na intranet
ou entregues pessoalmente), além da distribuição de banners, faixas e folhetos
educativos nas várias unidades.
Também foram servidos cafés da manhã, almoços e jantares comemorativos
alguns deles com apresentações musicais. As comemorações incluíram ainda a entrega de brindes, exibição de filmes e realização de atividades sobre cuidados pessoais e
63
Divulgação Funasa-Saúde
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Divulgação Perdigão
DE CORPO E ALMA Programa da Funasa-Saúde, na Paraíba, integra
ações de promoção, prevenção e assistência integral à saúde da mulher
64
VALORIZAÇÃO Em 2006, unidades da Perdigão em todo o país
homenagearam as suas colaboradoras no Dia Internacional da Mulher
de beleza, além de homenagens especiais às funcionárias mais antigas. Estima-se que
as ações da campanha tenham atingido diretamente 17 mil funcionárias da empresa.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
Também pensando numa das mais importantes etapas da vida de uma mulher,
a Fundação Pampulha de Assistência à Saúde promove o “Programa Materno
Infantil”, criado em 1990 para proporcionar às participantes informações, orientações
e assistência social durante a gestação, o parto e o puerpério.
O programa atua de forma preventiva para promover a saúde e prevenir problemas e doenças que possam surgir na gravidez, no parto, no pós-parto ou durante o aleitamento materno. Permite também o esclarecimento de dúvidas e oferece
orientação para a organização das etapas envolvidas na vida da gestante, do casal e
da família. Serve ainda para diminuir a ansiedade causada pelas mudanças ocasionadas pela gestação, de forma a permitir que a futura mamãe vivencie esse momento da forma mais saudável possível, utilizando os recursos disponíveis do plano
de saúde de acordo com as necessidades que surjam.
Participa do programa uma equipe multiprofissional especializada e capacitada
a orientar sobre os temas relacionados à gestação, parto, pós-parto, aleitamento
materno. Também é oferecida assistência psicossocial em grupo e/ou individual,
quando necessário. O programa ajuda a evitar licenças médicas durante a fase
gestacional; procura diminuir o absenteísmo e oferece orientação sobre os benefícios
previdenciários e aqueles prestados pela entidade de autogestão.
Em quase 20 anos de existência do programa, a Fundação Pampulha tem
contabilizado resultados muito positivos: amadurecimento emocional; melhoria da
auto-estima; melhoria do relacionamento familiar e social; maior segurança quanto
ao parto, aleitamento e cuidados com o recém-nascido; diminuição da ansiedade
quanto à nova etapa de vida; ampliação dos conhecimentos de autocuidados e atenção à saúde física e mental das participantes.
Em 1990, a Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio
Grande do Sul (Cabergs) também criou o “Programa de Orientação à Gestante” –
POG, voltado para a orientação das mulheres grávidas sobre o desenvolvimento
da gestação, o parto e os cuidados com o recém-nascido. O programa é extensivo
também aos cônjuges e companheiros.
O POG reúne grupos de gestantes em oito encontros semanais. Nessas reuniões são abordados os seguintes temas: a nova constituição familiar; aspectos
UNIDAS
Enquanto a cegonha não vem
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Divulgação Cabergs
psicológicos do parto e puerpério; nutrição da gestante; aleitamento materno e
técnicas de amamentação; cuidados com o recém-nascido; parto normal e cesariana; orientação postural; vacinas; teste do pezinho; visita à maternidade; odontologia; além de orientações sobre o plano de assistência à saúde da Cabergs.
A equipe envolvida nesses encontros é composta por assistente social, educadora física, enfermeira, médico, nutricionista, odontopediatra e psicóloga. Desde a
implantação até dezembro de 2006 passaram pelo programa 563 gestantes
beneficiárias da Fundação Pampulha.
Outra experiência bastante promissora que tem como foco a saúde da mulher
ocorre na Perdigão Agroindustrial. Pensando nas mudanças ocorridas na vida da
mulher durante a fase em que ela está gerando um filho a empresa criou o “Programa
Novo Ser - Super Mãe em Ação”. Ele está estruturado em oito encontros mensais
com discussões de temas específicos em cada encontro. A começar pelo convite,
tudo é pensado para que as participantes se motivem a acompanhar as reuniões
mensais, enquanto aguardam a chegada de seus bebês.
Em 2006 participaram do programa 805 gestantes funcionárias da instituição.
Esta iniciativa compreende as seguintes ações e atividades:
66
MATERNIDADE Beneficiários da Cabergs têm programa de orientação sobre
desenvolvimento da gravidez, parto e cuidados com o recém-nascido
5.2 – SAÚDE DO IDOSO
Existente desde 2003, o “Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso – Plena
Idade” tem beneficiado um universo que corresponde a 12,45% da população de
686 mil assistidos pelos planos de saúde da Caixa de Assistência dos Funcionários
do Banco do Brasil (Cassi), autogestão com atuação nacional.
A implantação do Plena Idade se deu a partir de estudos que apontaram a
população idosa como responsável por 43% do gasto com internação e 36% da
despesa básica total da instituição. Com relação ao perfil epidemiológico, o estudo
realizado em 2002 a partir das senhas concedidas para internação, revelou que os
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
▲ Convite: impresso em uma fralda com um texto que chama a gestante para
participar do programa;
▲ Certificado, bolsa e cartão Super Mãe em Ação: no término do 8º encontro
é realizado um evento de confraternização com entrega do certificado, do cartão e
da bolsa mais um kit composto de termômetro, sabão de glicerina, pomada para
assaduras e folder explicativo;
▲ Cartão acompanhamento: o cartão é entregue à gestante no início do programa para que ela possa anotar a data e horário dos encontros;
▲ Folha de freqüência: usado para controle interno;
▲ Faixas de porta: o kit contém oito folhas, sendo uma para cada reunião;
▲ Móbile: colocado nas salas reservadas para os encontros;
▲ Porta-retrato: a empresa faz visita à família e entrega o porta-retrato;
▲ Folder: material explicativo com informações sobre os cuidados com o
recém-nascido.
Já o Sistema Paulista de Assistência (SPA) tem em seu programa de promoção
da saúde e prevenção de doenças um módulo específico para tratar a saúde da
mulher, dentro do SPA-Saúde que teve seu início em julho de 2005 e foi estruturado
em módulos de atuação, conforme o número de beneficiários que aderem aos
planos de assistência. O objetivo é alcançar 100% dos associados, porém, com
adesão espontânea.
As linhas de cuidado escolhidas são “Saúde Materno-Infantil”, “Pacientes com
Risco ou Portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabete Mellitus”. Por se
tratar de um programa abrangente e com grande número de adesões, a instituição
ainda não dispõe dos resultados alcançados pela iniciativa.
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UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
68
cinco principais agravos que causavam hospitalização, em ordem decrescente, eram:
doenças do aparelho circulatório – com destaque para a insuficiência coronariana
(infarto e angina) e acidente vascular cerebral (AVC) – neoplasias, doenças do
olho/anexos, doenças do aparelho digestivo e genito-urinário.
Quando considerados os dados consolidados de senhas de internações somados às prorrogações de internações, verificou-se que as patologias que apresentavam maior prevalência e tempo de permanência nos hospitais eram praticamente
as mesmas, acrescendo-se ainda as doenças do aparelho respiratório. Na avaliação
da Cassi, esses dados sinalizavam a necessidade de uma atenção integral à saúde do
idoso com base em ações de promoção, prevenção e reabilitação, ampliando assim
o foco da atenção à demanda espontânea para a oferta organizada de tecnologias e
recursos com base nas necessidades de saúde dessa população.
Com base nesses dados, a Cassi estruturou o programa para atender pessoas
com mais de 60 anos de idade. A abordagem dessa população leva em conta o
perfil resultante das dimensões demográfica, social e de saúde, buscando conhecer
a distribuição dos beneficiários por sexo, faixa etária, localização geográfica, inserção social, condição econômica, problemas de saúde e consumo de serviços.
A Cassi fechou o ano de 2006 acompanhando 13.053 participantes do Plena
Idade, o que corresponde a mais de 18% da população de idosos da instituição. O
propósito central do programa é elevar a qualidade de vida da população idosa, a
partir da manutenção da máxima capacidade funcional, pelo maior tempo possível. A operacionalização do Programa é efetuada nos serviços próprios da Cassi
pelas equipes de saúde da família, composta por médicos, enfermeiros, auxiliares
de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas.
Estratégia Saúde da Família
A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi a alternativa encontrada pela Cassi
para a gestão da saúde dos participantes do programa Plena Idade. Oferece atenção
centrada no indivíduo e na família, com foco na atenção primária. Diferencia-se
pelo estabelecimento de vínculos, a criação de laços de compromisso e de
responsabilidade entre os profissionais e os beneficiários. A família é considerada
o objeto de atenção, entendida a partir do ambiente onde vive. Esse enfoque
permite uma compreensão ampliada do processo saúde/doença, com necessidade
de intervenções de caráter interdisciplinar.
Objetivos específicos do programa Plena Idade estão focados nas seguintes
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
premissas: atender a população de forma integral, com coordenação de cuidados;
identificar os principais problemas de saúde da população com mais de 60 anos;
desenvolver atividades de prevenção, promoção e educação em saúde; buscar
integração em consonância com as políticas públicas de saúde; evitar a
institucionalização e promover a desinstitucionalização; articular recursos da rede
social de apoio; e desenvolver habilidades da família para o cuidado do idoso.
A estratégia de intervenção dirigida à população idosa atendida pela Cassi
prevê a realização de ações de prevenção de agravos, promoção e assistência à
saúde, tendo como pressuposto a abordagem dos principais problemas de saúde da
população atendida e a coordenação dos cuidados. Dessa forma, foi desenvolvido
um protocolo mínimo de atenção a essa população, devendo ser ampliado sempre
que necessário. O protocolo contempla as seguintes atividades:
▲ Um atendimento para Avaliação de Saúde e Qualidade de Vida (ASQV).
Trata-se de instrumento aplicado em toda a população com idade igual ou superior a 60 anos e cujo objetivo é colher informações sobre as necessidades individuais
para hierarquização, priorização do atendimento e coordenação de cuidados;
▲ Uma consulta médica por ano;
▲ Uma participação no Dia da Saúde, após o cadastramento. Trata-se de uma
atividade coletiva que incentiva o vínculo do participante ao serviço de saúde da
entidade;
▲ Uma participação, por ano, em atividade de prevenção de doenças e promoção da saúde, denominada Grupo de Vida Saudável (GVS). É também uma
atividade coletiva que busca reflexão sobre o processo saúde/doença com alternativas
para adoção de um projeto de vida saudável.
E para a população acima de 70 anos, acrescenta-se:
▲ Uma consulta/ano com a enfermeira do Saúde da Família;
▲ Uma visita ao local de moradia do participante para avaliação de risco de
quedas.
As ações de promoção da saúde desenvolvidas pela Cassi estão voltadas para a
conscientização do indivíduo e seus familiares sobre seu processo de envelhecimento e das repercussões em sua saúde, além de promover a co-responsabilidade
do paciente em seu bem-estar físico, social e mental.
O Grupo de Vida Saudável (GVS) é uma dessas ações, em que é explorada
uma diversidade de temas: mitos e realidades na alimentação, autocuidado, mudança e construção de um projeto de vida com caráter participativo, que permite
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Divulgação Cassi
a reflexão do indivíduo sobre a sua condição de saúde. O “Dia da Saúde” é a
atividade realizada imediatamente após o cadastramento do idoso, visando a
apresentação da Estratégia Saúde da Família e do programa Plena Idade.
Entre as ações de prevenção de agravos e promoção da saúde que norteiam o
programa incluem-se: ações de comunicação em saúde, com a produção e distribuição de material informativo como folhetos, cartazes, cartilhas etc.; o
envolvimento da família nas ações de cuidado ao idoso, incluindo o desenvolvimento de habilidades para o cuidado domiciliar e orientação às famílias; identificação de rede social de apoio ao idoso (família e amigos); ações de imunização em
parceria com o Ministério da Saúde; avaliação de moradia para prevenção de risco
de queda; realização de atividades coletivas organizadas a partir das necessidades de
saúde da população idosa, visando a educação em saúde e a socialização do indivíduo.
Em 2006, foram realizadas 304 atividades coletivas com foco na prevenção de
doenças e promoção da saúde, para 6.043 participantes do programa Plena Idade,
nos diferentes estados do país atendidos pela Cassi. No Paraná, a realização da
“Tarde do Talento” teve como objetivo divulgar a Estratégia Saúde da Família e o
programa Plena Idade; comemorar o “Dia do Idoso”; divulgar ações de lazer e
cultura para o público da “Melhor Idade”; fortalecer o vínculo da Cassi com a
população cadastrada.
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PLENA IDADE A ação Grupo de Vida Saudável permite a assistidos da Cassi
a reflexão sobre o processo de saúde/doença e a melhoria da qualidade de vida
Já no Estado de Pernambuco, o “Encontro do Plena Idade” discutiu o tema
“Sexualidade na Terceira Idade”, visando contribuir para a melhoria da qualidade
de vida dos participantes cadastrados no programa. Em Rondônia, o “Grupo Alegria
de Viver” teve por objetivo promover a confraternização e a elaboração da agenda
de atividades para 2007 com os participantes do programa. No Rio Grande do
Norte, o “Encontro Plena Idade” buscou orientar os participantes em relação aos
cuidados com a saúde e prevenção de enfermidades.
Ainda como ação de prevenção de agravos, destaca-se o conhecimento da
condição de moradia que visa avaliar os riscos físicos e psicossociais aos quais o
idoso, com idade igual ou acima de 70 anos, está exposto. A realização crescente
dessa avaliação permite a efetivação da gestão do cuidado dessa população. Em
2006, foram realizadas 701 visitas domiciliares a esses participantes.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
A redução de custos na gestão da assistência à saúde decorrente dos resultados
do programa Plena Idade, nos itens promoção da saúde e prevenção de doenças
ainda não foi estimada pela Cassi. A operadora espera que em 2007 seja possível
realizar uma análise quantitativa desse quesito. Outra intenção é realizar uma pesquisa de satisfação dirigida aos participantes do programa.
Embora não disponha de dados concretos, a Cassi estima ter ocorrido uma
diminuição de consultas na rede credenciada após o início do programa. Tal fato
pode estar relacionado à utilização racional da rede, uma vez estabelecida a coordenação de cuidados para esses participantes. As cinco especialidades mais consultadas em ordem decrescente foram: clínica geral, cardiologia, oftalmologia, ortopedia e dermatologia.
Em relação à dependência dos serviços de urgência e emergência, a Cassi
ainda não realizou pesquisa para mensurar os resultados do programa. Quanto às
internações hospitalares, a operadora realiza estudos para mensurar se houve
diminuição, por meio de indicadores de desempenho.
O acompanhamento dado aos idosos hospitalizados tem o objetivo de garantir a qualidade da assistência nas internações, bem como verificar a possibilidade de assistência domiciliar, conforme definição do “Programa de Atenção
Domiciliar” – PAD. O acompanhamento sistemático das hospitalizações prevê,
inclusive, visitas, sendo a redução de internações esperada como conseqüência
das ações desse programa.
UNIDAS
Retorno e ganhos auferidos
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Centro de vivência
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Divulgação Funasa-Saúde
A Caixa de Assistência dos Empregados da Saelpa, por meio do Plano FunasaSaúde, é responsável pelo Centro de Vivência da Melhor Idade (CVMI) que há
sete anos tem privilegiado a atenção integral à saúde, visando o cuidado humanizado
de um grupo formado por beneficiários acima de 60 anos de idade.
O espaço físico especialmente preparado para as dinâmicas do grupo proporciona
condições para conversas, exposição de idéias, liberação de emoções e sentimentos. O programa é composto por atividades multidisciplinares, diversificadas e
organizadas por profissionais das áreas de medicina, educação física, música, nutrição, serviço social, fisioterapia, psicologia e outras. Entre os propósitos estabelecidos pelo programa estão:
▲ Oferecer condições para um convívio sadio; aperfeiçoar e atualizar o nível
cultural; social, espiritual e intelectual; melhorar as condições físicas e emocionais
dos participantes;
▲ Desenvolver a compreensão do processo de envelhecimento, sem medo e
com boas perspectivas de qualidade de vida;
▲ Trabalhar as questões do envelhecimento de forma global, favorecendo a
percepção e o equilíbrio entre corpo e mente;
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MELHOR IDADE Além de integração, centro de vivência promove atividades
como palestras, trabalhos manuais, educação postural, ginástica, entre outras
▲ Promover saúde e melhor qualidade de vida, inicialmente, por meio de um
programa de conscientização para desenvolvimento de atividades físicas e intelectuais, manutenção de inter-relacionamentos, prática de cuidados básicos com saúde e higiene.
O CVMI inclui os assistidos com até 85 anos de idade; fazem parte das atividades realizadas pelos grupos participantes trabalhos manuais, palestras médicas,
estudo bíblico, educação postural, ginástica, danças, teatro, jogos, robótica, coral,
dinâmicas, terapias em grupo, comemoração de datas festivas e passeios. Esse programa apresenta comprovada redução das despesas médicas, com minimização do
número de atendimentos na rede credenciada, principalmente devido à atenção
por meio dos seus serviços próprios, após identificação dos participantes que compõem os grupos de risco das doenças crônicas.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
Com o “Programa Maturidade Saudável”, a Fundação Pampulha tem promovido
a valorização da experiência e do conhecimento adquirido pelas pessoas que se
encontram na terceira idade e que fazem parte do grupo que participa desse programa.
O projeto, criado em 1998, espera diminuir preconceitos com relação a essa etapa da
vida; atender às necessidades físicas, psíquicas, emocionais e sociais dos aposentados e
pensionistas; propiciar ao grupo atendido independência, incentivando os participantes a se posicionarem como sujeitos de suas próprias histórias de vida.
Graças ao convívio proporcionado pela iniciativa, há no grupo reintegração e
troca de experiências de vida; resgate da auto-estima; valorização do ser humano
como parte integrante e imprescindível da sociedade. Os participantes desenvolvem
potencialidades e talentos, bem como o interesse pela continuidade da produtividade, como forma de possibilitar a estabilidade socioeconômica e emocional.
Os resultados alcançados pelo grupo se estendem desde a descoberta de talentos da maturidade; maior integração entre os aposentados participantes; melhor
enfrentamento dos problemas sócio-familiares e das perdas decorrentes do
envelhecimento, até a melhoria dos cuidados com a saúde, da qualidade de vida e
dos conhecimentos sobre a prevenção de doenças.
A Fundação de Seguridade Social (GEAP) também tem seu programa
direcionado à população idosa. Igualmente denominado “Programa de Maturidade
Saudável”, compreende ações destinadas aos beneficiários com idade igual ou
superior a 60 anos. O programa tem como objetivo a promoção da saúde e a
UNIDAS
Valorização da vida
73
socialização do referido grupo, por meio do desenvolvimento de atividades culturais, esportivas, recreativas/lazer, além de projetos que possibilitam a participação da pessoa idosa nas atividades voltadas à qualidade de vida, doação, solidariedade, visita a asilos e creches, arte, meio ambiente, cultura, cidadania e
capacitação. Esta última, tem como propósito a reinserção no mercado de trabalho
da população que atingiu a terceira idade.
Com o mesmo nome dos anteriores, o “Programa Maturidade Saudável”
oferecido pela Fundação Sabesp de Seguridade Social (Sabesprev) foi desenvolvido em 2002 e destina-se às pessoas maiores de 50 anos de idade. É composto
por um sistema de ambulatórios médico referenciados e o beneficiário, além de
possuir isenção de co-participação, também recebe um atendimento diferenciado focado na prevenção.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
5.3 – SAÚDE MENTAL
74
Propiciar atendimento especializado aos usuários dos planos de saúde que sofrem
com problemas mentais – quer sejam eles leves, moderados ou graves – faz parte
das prioridades de algumas instituições de autogestão. Caso por exemplo da Caixa
de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e do Instituto UFV de
Seguridade Social (Agros).
A política de saúde mental da Cassi foi definida em 1995. A idéia partiu da
necessidade de se reestruturar o sistema de atenção vigente nessa área, mediante a
construção de um modelo assistencial diferenciado não só na lógica, em conceitos,
valores e estrutura da rede de atenção, como também na forma concreta de lidar com
as pessoas que apresentam transtornos mentais, a partir de seus direitos de cidadania.
Para a operacionalização dessa política foi desenvolvido o “Programa de Saúde
Mental”, atualmente em fase de reestruturação, cuja nova orientação preconiza o
desenvolvimento de ações em nível primário, tendo os serviços próprios da Cassi
como porta de entrada para o sistema e a rede referenciada como suporte para
assistência nos demais níveis de atenção. A reestruturação do programa visa melhorar as condições de saúde mental dos participantes mediante a construção de
um modelo assistencial de atenção em conformidade com os princípios e diretrizes
da Organização Mundial de Saúde – OMS.
Em decorrência dessa reestruturação, os serviços próprios da Cassi passarão a
se constituir como primeiro canal para onde os beneficiários deverão dirigir suas
Reintegração social
As ações de promoção e prevenção na área da saúde mental promovidas pela
Cassi visam reduzir a incidência de transtornos mentais, por intermédio do incentivo ao desenvolvimento de estilos de vida saudáveis e da redução de fatores de
risco de transtornos mentais e comportamentais. Para atender a esses objetivos, os
serviços próprios da autogestora, por meio das equipes de Saúde da Família, oferecem atividades individuais e coletivas, como grupos operativos, visitas domiciliares, grupos de orientação, abordagem familiar e individual.
As atividades coletivas desenvolvidas pelas equipes de técnicos da Estratégia de
Saúde da Família nos serviços próprios são organizadas com base nos princípios da
educação em saúde e na socialização do indivíduo, orientadas por protocolos de atenção.
Em 2006, a Cassi acompanhou 6.984 beneficiários pelo “Programa de Saúde Mental”.
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
demandas de saúde. Eles têm a função de interpretar e direcionar os atendimentos
das necessidades, segundo critérios técnicos pré-estabelecidos, considerando a disponibilidade e a complexidade dos serviços e recursos oferecidos pelo sistema de
saúde da autogestora.
O programa visa prestar atenção integral aos beneficiários que necessitam de
assistência na área de saúde mental, por meio de ações de promoção, prevenção,
proteção, diagnóstico precoce, tratamento e recuperação, no âmbito da atenção
primária, tendo a Estratégia da Saúde da Família como o meio estruturante da
assistência.
Fazem parte dos objetivos secundários desse programa: identificar perfil
demográfico e de morbidade da população atendida; desospitalizar e ressocializar
pacientes crônicos visando a reinserção social; reduzir o número de internações
psiquiátricas; garantir aos participantes a cobertura de medicamentos necessários
no tratamento; oferecer recursos assistenciais hospitalares e extra-hospitalares,
em consonância com as necessidades de saúde da população assistida; e identificar prestadores com vistas a constituir uma rede referenciada para atendimento
da população.
No rol dos objetivos secundários ainda se incluem: desenvolver ações de educação em saúde articuladas e integradas com as ações dos vários segmentos do
serviço, de acordo com o modelo de atenção integral; articular recursos da rede
social de apoio; e estabelecer parceria com centros de excelência na área de saúde
mental para o desenvolvimento profissional permanente da equipe técnica.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Tratamento humanizado
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Em janeiro de 2004, o Instituto UFV de Seguridade Social (Agros), visando
implementar uma nova política de saúde mental, implantou em caráter experimental
o “Projeto Piloto de Acompanhamento de Pacientes Psiquiátricos” pelo PAS-UFV
- Plano de Assistência à Saúde dos Participantes do Agros, vinculados à Universidade
Federal de Viçosa/MG. A Gerência de Assistência à Saúde da autogestão Agros
vinha observando, desde 2001, um grupo de pacientes cujo atendimento
convencional em clínicas psiquiátricas, com reincidência de internações e elevado
custo financeiro, não representava alternativa eficiente para o tratamento dos mesmos
e nem contribuía de maneira efetiva para a sua reintegração social.
Esse diagnóstico apontou para a necessidade de se programar um atendimento ambulatorial e interdisciplinar que pudesse resultar na estabilidade do
quadro clínico/psiquiátrico, no suporte familiar e na melhoria da qualidade de
vida dos pacientes. Os resultados do primeiro ano de funcionamento foram surpreendentes, tanto em termos de eficiência e humanização, como de otimização
de recursos aplicados, o que levou a ampliação e implantação definitiva do projeto a partir de janeiro de 2005.
No primeiro ano, o “Projeto Saúde Mental” foi dirigido a um grupo de 12
pacientes, com seus respectivos familiares, beneficiários do PAS-UFV. Posteriormente, o programa passou a atender a demanda de pessoas que se enquadravam nos
critérios de elegibilidade do projeto. São assistidos, atualmente, 21 pacientes e seus
familiares, num total de 34 pessoas, com possibilidade de adesão de novos casos.
O projeto funciona na cidade de Viçosa, local onde se concentram mais de
90% dos beneficiários do plano. Ele está composto por uma equipe que reúne uma
coordenadora, um médico psiquiatra, uma psicóloga e uma assistente social. Conta ainda com uma equipe de apoio formada por um agente de saúde e por estagiários de educação física e de economia doméstica/pedagogia.
O Projeto foi implementado com a colaboração da Divisão de Saúde da Universidade Federal de Viçosa (UFV) que disponibiliza uma ala própria para os atendimentos ambulatoriais, realizadas durante três dias da semana, no período da manhã. Os pacientes são encaminhados a consultas, grupos psicoterapêuticos e
terapêuticos, atividades de apoio – cognitivas lúdicas, motoras e psicossociais. Os
atendimentos psiquiátricos têm freqüência variável, os grupos têm encontros
semanais e as atividades de apoio são permanentes.
Uma particularidade do serviço é o seu diagnóstico processual que fundamenta
5.4 – DEPENDÊNCIA QUÍMICA
O uso, o abuso e a dependência causada pela ingestão de substâncias químicas –
caso do álcool, do tabaco e das drogas psicoativas – não podem ser explicados
somente como causa ou conseqüência de um fator específico. Isto ultrapassa os
limites simplistas do senso comum e, na maioria das vezes, demandam ajuda externa e tratamento especializado.
As conseqüências advindas desse comportamento, além de gerarem transtornos à vida do dependente e de sua família, também têm implicações sociais e
econômicas que exigem reflexão e respostas concretas. Para auxiliar os beneficiários
dos planos de saúde que enfrentam problemas dessa natureza, algumas autogestões
investem em programas de prevenção, no tratamento e no acompanhamento dos
casos de dependência química.
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
as diretrizes medicamentosas e psicoterapêuticas para cada indivíduo. A medicação
é custeada pelo plano de saúde e seu uso monitorado pela agente de saúde, resultando numa boa e correta utilização desse recurso para o paciente.
Além de não ocorrer nenhuma internação psiquiátrica dos pacientes acompanhados, constatou-se uma redução de 70% na relação custo/paciente/mês nesse
novo modelo, reforçando a idéia de que o tratamento ambulatorial é tão mais
eficaz em qualidade quanto mais viável economicamente em relação ao tratamento
com internação hospitalar.
Foi realizada uma avaliação, em março de 2006, para verificar se os assuntos
abordados na terapêutica familiar atendiam às expectativas dos pacientes e familiares. Os resultados revelaram uma melhoria inter-relacional no âmbito familiar e
social confirmados a partir da mudança de conduta dos participantes. Segundo o
levantamento, 37,5% consideraram que houve um aumento da autoconfiança,
enquanto 25% revelaram ter ampliado suas iniciativas para a vida concreta. O
desenvolvimento de uma maior tolerância para com o outro foi manifestado por
25% dos assistidos do programa, enquanto que 12,5% afirmaram ter ampliado a
compreensão dos transtornos psiquiátricos.
A experiência do projeto da autogestora Agros demonstra que a mudança de
paradigma no tratamento psiquiátrico, coloca o trabalho em equipe e a abordagem
de grupo e familiar como fundamentais para a construção de novas práticas e novas
representações sobre transtornos mentais.
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UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
78
A experiência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) com essa
temática começou em 1994, a partir da criação do “Programa Médico de Troca –
Troque o Fumo por Mais Saúde”, idealizado para sensibilizar os empregados da
instituição e seus dependentes sobre a gravidade do problema. O foco da campanha foi divulgar os ganhos à saúde que os participantes teriam se parassem de
fumar. Dentre as ações realizadas pela instituição, destaque para atividades sobre os
riscos do hábito de fumar; medição do nível de monóxido de carbono no organismo;
realização de exames para os beneficiários inscritos no programa; distribuição/
divulgação de material informativo e educativo sobre o tema.
A campanha tem caráter educativo e é desenvolvida em âmbito nacional,
abrangendo todas as unidades da empresa instaladas em diferentes cidades brasileiras, nas Diretorias Regionais e na Administração Central da ECT, no Distrito
Federal. A campanha de combate ao tabagismo é dirigida a toda população assistida
pela ECT, de 358 mil beneficiários entre empregados e seus dependentes.
Para que a empresa pudesse mensurar os ganhos alcançados com a iniciativa,
foi realizada uma pesquisa sobre o percentual de fumantes existente na Administração Central da ECT, no período entre 1994 e 2004. O resultado foi surpreendente: redução de 23% para 5% no número de fumantes, durante o período analisado. O sucesso desse esforço rendeu à empresa o prêmio INCA de Combate ao
Tabagismo, do Instituto Nacional do Câncer, do Ministério da Saúde.
Além do fumo, a empresa também conta com ações destinadas ao combate
do álcool e de outras drogas. Em todos os casos, a orientação dada aos gestores
e demais profissionais da empresa, quanto à identificação precoce dos
empregados com problemas decorrentes da dependência química, visa combater
o preconceito e a discriminação. A identificação objetiva somente a atuação
preventiva e o adequado acompanhamento ético dos casos possíveis de
intervenção.
Os casos identificados são acompanhados por equipe técnica, formada por
profissionais do Serviço Social e da Saúde. A ECT possui convênios e
credenciamento com clínicas especializadas para oferecer tratamento aos beneficiários
que enfrentam o problema em todo o país. Dados referentes ao período entre
janeiro de 2005 e junho de 2006 mostram o número de atendimentos destinados
aos dependentes químicos: 1.193 beneficiários estavam em acompanhamento, sendo
1.063 empregados e 133 dependentes. Nesse período, foram 316 internações e
296 empregados em situação de abstinência.
Divulgação Perdigão
FUMAR É UM RISCO Na Perdigão, ações de prevenção e combate ao
tabagismo integram programa voltado à reintegração dos dependentes
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
A Perdigão também conta com um programa específico de combate ao tabagismo voltado à reintegração dos dependentes. Trata-se de uma campanha de
conscientização e prevenção dos funcionários sobre os malefícios do cigarro, cujo
intuito é o de incentivá-los a parar de fumar. A última campanha ocorreu no
período entre 29 de maio a 3 de junho de 2006 e trabalhou o slogan “Fumar é um
risco”. A campanha integra ações de prevenção e combate ao tabagismo que compõem o “Programa Apagando o Cigarro Juntos”, iniciado na empresa em 1999.
A empresa estima terem sido abordadas na campanha de 2006, de forma direta,
25 mil funcionários, equivalente ao número de folhetos distribuídos, e outras milhares de pessoas que foram atingidas indiretamente por alguma das ações desenvolvidas.
Participaram desse evento 717 funcionários voluntários. A empresa contou ainda
com o apoio de instituições como a Polícia Militar e as Secretarias de Saúde e de
Educação nos diferentes municípios onde as atividades aconteceram. Todas as regionais
tiveram autonomia para elaborar um programa local específico.
A Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e a Fundação Sabesp
de Seguridade Social (Sabesprev), por sua vez, optaram por trabalhar com as dependências do álcool e das drogas psicoativas. A primeira oferece o “Programa de
UNIDAS
Reintegração dos dependentes
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Dependência Química” – Prodeq, pelo qual disponibiliza, já há alguns anos, tratamento ambulatorial, hospital dia e internação em instituição especializada além de
oferecer acompanhamento pós-tratamento para aqueles beneficiários que tenham
problemas com alcoolismo e drogas. A operadora relata que, entre os resultados
obtidos, está a redução do absenteísmo no trabalho.
Já a Sabesprev tem um programa, em atividade desde 1993, voltado à recuperação e reintegração dos dependentes de drogas, tanto no trabalho como no meio
social em que o beneficiário está inserido. O programa é desenvolvido em parceria
com o serviço social da patrocinadora e prevê atendimento ambulatorial especializado, bem como internação para os assistidos. Para os casos de reincidência, a
instituição desenvolveu um serviço de atendimento diferenciado.
5.5 – SAÚDE BUCAL
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Divulgação ECT
As ações de promoção da saúde e prevenção de doenças também envolvem
programas destinados os cuidados com a saúde bucal. Bastante sugestiva, a campanha “Preveniu, Sorriu” foi criada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) para promover seu programa corporativo voltado à saúde bucal.
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PREVINIU, SORRIU ECT usa teatro para sensibilizar seus beneficiários a
aderir ao programa que visa promover a saúde bucal dos participantes
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
A iniciativa não pretende apenas prevenir doenças, mas promover a saúde bucal
dos beneficiários assistidos. Isso é feito por meio da realização de procedimentos
curativos e preventivos, campanhas educativas sobre hábitos saudáveis de alimentação e de higiene.
As ações são desenvolvidas nos 67 ambulatórios próprios da ECT e também
pela rede credenciada, com periodicidade de atendimento que vigora pelo período de um ano. Durante a consulta, o público atendido pelo programa recebe
orientações sobre os procedimentos adequados para a garantia de uma escovação
correta. Recebe ainda um kit, acondicionado em um nécessaire, com escova,
creme e fio dental.
Com abrangência nacional, o projeto atinge todas as 27 Diretorias Regionais
e a Administração Central da ECT, e destina-se a toda a população assistida, que
corresponde a 358 mil beneficiários, entre empregados, aposentados e seus
dependentes, compreendendo todas as faixas etárias, inclusive crianças e idosos e
também gestantes. Só em 2005, ano em que foi implementado, o programa
atendeu mais de 19 mil pessoas, sendo que 22% desse grupo apresentaram um
perfil saudável, ou seja, ausência de cárie e doença periodontal.
Outro projeto de destaque na área de saúde bucal foi idealizado pela Caixa de
Assistência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Camed): o “Programa
de Prevenção Odontológica”. Desde 1984, quando foi criado, têm contribuído
para a promoção da saúde, a prevenção de doenças bucais e a qualidade de vida dos
beneficiários. Com esta ação a Camed, além de trabalhar na prevenção e redução
da incidência de doenças bucais, procura manter o índice de cárie zero e os custos
com assistência odontológica reduzidos. As atividades desenvolvidas, com periodicidade semestral, incluem a orientação individual, a fisioterapia oral; o exame
oral com preenchimento do odontograma, a profilaxia e/ou remoção de tártaro e
a aplicação tópica de flúor.
O programa da Camed atingiu, em 2005, 17.831 pessoas, o que corresponde
a 38% da população assistida pela autogestão. O local de desenvolvimento do
programa inclui as seguintes cidades: Aracaju, no Estado de Sergipe; Campina
Grande e João Pessoa, na Paraíba; Crato, Campina Grande, Fortaleza e Juazeiro
do Norte, no Ceará; Feira de Santana, Jequié e Salvador, na Bahia; Maceió, em
Alagoas; Montes Claros, em Minas Gerais; Natal, no Rio Grande do Norte; Olinda,
Petrolina, Recife, em Pernambuco; São Luis, no Maranhão e Teresina, no Piauí.
O projeto é desenvolvido em parceria com a rede credenciada.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
5.6 – QUALIDADE DE VIDA
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O estresse é um dos maiores vilões da baixa qualidade de vida de muitas pessoas.
Além de causar sofrimento físico e mental, ele ainda é responsável por crescentes
prejuízos financeiros às empresas e ao sistema de previdência e seguridade social.
Esta situação tem preocupado muitas empresas que atuam com planos de saúde e
essa preocupação está sendo convertida em programas e ações voltadas à qualidade
de vida do capital humano das organizações.
O “Programa Serpro da Qualidade de Vida” – PSQV, oferecido pelo Serviço
Federal de Processamento de Dados (Serpro), foi criado em 2004 para oferecer aos
empregados da instituição oportunidades de melhoria da qualidade de vida, com o
conseqüente aprimoramento do bem-estar organizacional e o aumento do desempenho profissional. Nesse sentido, o programa tem por objetivos:
▲ Desenvolver ações contínuas que propiciem a melhoria das condições de
vida das pessoas nas dimensões biológica, psicológica, social e organizacional;
▲ Estimular os empregados, por meio de orientações e práticas, à mudança de
atitudes, passando a atuar como co-responsáveis pela busca contínua de hábitos
saudáveis em suas vidas, dentro e fora da empresa;
▲ Desenvolver ações que favoreçam o alinhamento dos processos de Gestão
de Pessoas de forma que suas ações estejam em sintonia com a melhoria da qualidade de vida na organização;
▲ Identificar e sistematizar as ações de qualidade de vida já existentes no
Serpro, visando sua agregação ao Programa;
▲ Estabelecer ciclos de melhoria contínua do Programa por meio do diagnóstico das percepções e das expectativas dos empregados em relação aos fatores que
limitam e aos que podem melhorar sua qualidade de vida no trabalho.
O PSQV adotou como estratégia a implantação gradual de módulos, implantados de forma regionalizada: Módulo Sócio Cultural e Ambiental (MSCA); Módulo
de Preparação para Aposentadoria (MPPA); Módulo de Promoção da Saúde (MPS,
ainda em fase de projeto); e Módulo de Gerenciamento do Estresse (MGE). Alguns
deles já foram implantados como programas pilotos. Este é o caso do MGE criado
para identificar os possíveis fatores que causam o estresse dos funcionários no ambiente
de trabalho, analisar as alterações somáticas, psicológicas e endócrinas, avaliar o impacto
da adoção de técnicas específicas para prevenir ou minimizar o estresse.
Um projeto piloto foi realizado na regional de Porto Alegre, em 2005, sob a
coordenação de um médico do trabalho, uma assistente social e um educador
Divulgação Serpro
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
físico. Teve ainda a participação da comissão regional do programa e uma parceria
externa que cuidou da execução dos exames laboratoriais.
Trata-se de um trabalho pioneiro nessa área empresarial e que foi idealizado a
partir da utilização de três protocolos, aprovados e reconhecidos cientificamente,
para verificar, de forma fidedigna, se existia ou não estresse no grupo avaliado:
▲ Inventário de Sintomas do Stress para Adultos – ISSL, de Marilda Lipp,
avalia a condição do indivíduo, se está estressado ou não, se o estresse é físico ou
psicológico, e em que fase este se encontra;
▲ Dosagem Salivar do Cortisol – A dosagem do principal hormônio liberado
no organismo por ocasião do estresse é conseguida através da coleta salivar em três
horários (manhã, tarde e noite). Por meio dessa análise consegue-se identificar
qual a reação fisiológica do organismo em relação ao estresse submetido;
▲ Verificação da Freqüência Cardíaca de Repouso (FCR) que visa identificar
a relação dos batimentos cardíacos com o estresse.
Participaram deste projeto piloto 32 funcionários, com idade média de 45
anos, todos eles apresentando sintomas importantes de estresse. Destes, 16 funcionários foram selecionados aleatoriamente para formar o grupo que participaria da
aplicação das técnicas anti-estresse e os outros para compor o grupo controle.
UNIDAS
ESTRESSE Programa piloto do Serpro oferecia atividades como ginástica ao
ar livre aos participantes como estratégia para reduzir níveis de estresse.
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UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
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Todos foram recrutados pelo Serviço Médico do Serpro e apresentaram altos índices de estresse recebendo a classificação cientificamente entre a fase de resistência
e a de exaustão do estresse.
Entre os beneficiários analisados. 84,4% (27) apresentaram sintomas físicos, 9,4%
(3) sintomas psicológicos e 6,3% (2), os dois tipos de sintomas. Paralelamente, os funcionários apresentaram níveis aumentados de cortisol salivar à noite (p<0,05). Entre os
principais fatores estressores relatados pelo grupo estão os problemas relacionados à
família, a saúde e problemas financeiros. Dos estressores relacionados ao trabalho, destaque para o excesso de trabalho e o relacionamento com os colegas de trabalho.
O grupo que foi submetido por 30 dias a atividades específicas para prevenir ou
minimizar o estresse apresentou uma redução dos escores e sintomas de estresse, da
freqüência cardíaca de repouso e dos níveis de cortisol à noite, associados à melhora
da disposição, do humor e da recuperação do sono. No grupo controle, pelo contrário, foi observada uma tendência para o aumento dos indicadores e dos sintomas do
estresse, bem como da manutenção dos níveis aumentados de cortisol à noite.
Além da diminuição dos sintomas, foram coletados relatos e avaliações feitas pelos
funcionários participantes das atividades de gerenciamento do estresse sobre a melhora
na qualidade de vida, maior controle de suas emoções, sono mais confortável, menor
irritabilidade, maior tranqüilidade e disposição para as atividades profissionais.
Esse levantamento indica que as ações específicas dirigidas a trabalhadores
estressados, baseadas em atividades físicas orientadas de forma regular e em associação com técnicas de relaxamento, podem diminuir de forma significativa os
níveis de estresse psicológico. Também ajuda a atenuar e reverter o estresse
fisiológico, contribuindo para a promoção da qualidade de vida do ser humano.
Em função dos bons resultados do projeto piloto, e conforme planejado no
“Programa Serpro de Qualidade de Vida”, a empresa deliberou pela sua implantação corporativa, devendo o MGE ser implantado em todas as unidades regionais até o final de 2007.
A execução do projeto piloto do MGE foi desenvolvido com a participação
dos próprios colaboradores da área de saúde do Serpro, tais como médicos, educador físico e serviço social. A empresa também buscou parcerias para a realização do
projeto piloto com o Laboratório de Análises e Pesquisas Clinicas (LabVitrus), que
auxiliou na análise laboratorial do cortisol salivar, e com a Proximus Tecnologia Importadora e Distribuidora de Tecnologia para Auxílio na Qualidade de Vida,
que contribuiu com o empréstimo do monitor de freqüência cardíaca.
Terapia ocupacional
Para garantir que a qualidade de vida dos trabalhadores do Ministério da Fazenda seja preservada, a Assefaz dispõe de várias práticas. Duas dessas iniciativas são
desenvolvidas pela autogestão desde 2003: os projetos “Terapia Ocupacional” e
“Sexta Saúde”. No primeiro caso, os encontros ocorrem durante todos os dias da
semana (com exceção da quinta-feira), no prédio do Ministério da Fazenda. Atualmente 60 pessoas são beneficiadas com esta ação.
Os cinco terapeutas ocupacionais que coordenam as atividades trabalham para
elevar a auto-estima e favorecer o equilíbrio emocional dos beneficiários participantes. Os profissionais buscam ainda resgatar valores por meio da troca de experiências e vivências nos grupos; favorecer o relacionamento interpessoal; descobrir
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
O “Programa Ergonomia na ECT”, como o próprio nome sugere, está diretamente ligado às estratégias adotadas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários. Implantado em
2003, reúne projetos desenvolvidos por grupos de trabalho formado por profissionais de diversas áreas (saúde, engenharia, operacional, comercial, entre outras),
além do suporte de consultorias externas.
As ações são desenvolvidas a partir das demandas internas dos empregados ou
das áreas gestoras, do índice de absenteísmo ou da implementação de novas
tecnologias e atividades necessárias. A coordenação do programa fica a cargo do
Departamento de Saúde da empresa que, ao final de cada projeto, indica quais as
soluções ergonômicas para a atividade/cargo/área em estudo.
O projeto tem abrangência nacional e, no momento, atende uma população formada por 108 mil empregados. Entre as ações propostas pelo programa destacam-se a
criação, em caráter pioneiro, de um modelo de calçado ergonômico para os carteiros,
e o desenvolvimento de mobiliário e equipamentos adaptados ergonomicamente para
as atividades da área operacional e de atendimento, beneficiando carteiros, atendentes
comerciais, operadores de triagem e transbordo em todo o país.
Outras ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida no trabalho dos
empregados da ECT incluem o fornecimento de protetor solar e óculos de sol, em
todo o país, para 58 mil carteiros, e a adequação do uniforme destes profissionais,
dos atendentes comerciais e dos motociclistas, que correspondem a cerca de 80%
do efetivo da empresa.
UNIDAS
Ergonomia
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Divulgação Assefaz
e desenvolver alternativas de lazer, ampliando a independência e a satisfação de
suas necessidades e estimular a programação e organização do cotidiano. Essa atividade é oferecida, de forma exclusiva, no Estado do Maranhão e atende um
grupo de aposentados e pensionistas beneficiários e dependentes vinculados à Assefaz,
Unafisco Sindical, Unacom e SindReceita.
O projeto “Sexta Saúde”, por sua vez, tem as suas atividades realizadas às
sextas-feiras, no período da tarde. O programa contempla atividades como ginástica
laboral, hidroginástica, caminhadas, jogos de quadra e de campo (vôlei e futebol),
natação, dinâmicas de grupo, dança e ginástica rítmica. Esse projeto atende 50
beneficiários da Secretaria da Receita Federal no Estado de Rondônia.
Pensando nas questões da qualidade de vida, a Assefaz promoveu em 2006 a “I
Semana de Saúde e Qualidade de Vida”, com a participação de 8,5 mil pessoas.
Durante o evento foram desenvolvidas atividades de caráter preventivo, abordando
as complicações decorrentes do diabetes e outros riscos cardíacos, além de orientações
quanto à prática de hábitos saudáveis, tais como atividade física, alimentação, prevenção
do estresse, tabagismo, dependência química, prevenção das DSTs. A iniciativa teve
a colaboração de parceiros externos – laboratórios, clínicas, hospitais, universidades
– que disponibilizaram palestras, folhetos informativos, material e pessoal.
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TERAPIA OCUPACIONAL Assefaz promove atividades com objetivo de
elevar auto-estima e favorecer o equilíbrio emocional dos participantes
Qualidade de Vida no Trabalho
Combate à obesidade
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) tem um programa destinado
especificamente à educação alimentar de seus beneficiários. As primeiras atividades
educativas com esse foco ocorreram em 1994, exatamente no Dia Mundial da Alimentação. Com essa ação a instituição pretende sensibilizar o público interno quanto
à importância da adoção de hábitos alimentares saudáveis como fator de prevenção de
doenças, em especial, da obesidade e comorbidades associadas. O programa compreende a realização de cursos, palestras e oficinas, que contam a parceira do SESI.
Desde 2005, a Diretoria Regional do Rio Grande do Sul desenvolve o
“Projeto de Prevenção e Tratamento da Obesidade”. Suas ações visam
conscientizar os empregados e dependentes da importância da recuperação e
manutenção do peso saudável para a saúde e qualidade de vida, amenizando os
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
5.7 – OUTRAS INICIATIVAS RELEVANTES
UNIDAS
A Caixa Econômica Federal investe em ações e programas destinados à área da
saúde e ambiência corporativa, que ocorre por meio do “Programa Qualidade de
Vida Caixa”. O programa está estruturado em subprogramas e projetos eleitos,
anualmente, como prioritários para os empregados. A atuação em cada subprograma
ou projeto é definida com base em vários indicadores, tais como os resultados do
“Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional” – PCMSO, o índice de
utilização do Saúde Caixa por especialidades, os relatórios de concessão de licenças,
a consolidação do Perfil de Saúde do Empregado da Caixa, entre outros.
Dentre os subprogramas e campanhas implantados até 2006, destaque para a
introdução do módulo de saúde nos cursos de formação Caixa, com informações
sobre qualidade de vida, posturas, uso correto do mobiliário, dicas para evitar o
estresse e doenças do trabalho; a realização de campanha de vacinação; orientações
educativas via correio eletrônico; divulgação de matérias sobre saúde no jornal
eletrônico da instituição; módulo de treinamento na Escola de Cidadania e
Integração Corporativa, da Universidade Corporativa Caixa, sobre DORT/LER
e Dicas para Viver Melhor; ginástica laboral; convênio com entidades promotoras
de atividades físicas; a campanha “Ambiente Livre de Fumaça” e o “Programa de
Educação e Orientação Nutricional”.
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UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
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fatores de risco decorrentes da obesidade e reduzindo o número de cirurgias
bariátricas. O projeto é executado por uma equipe multidisciplinar: médico
clínico, psicólogo, assistente social, nutricionista e funcionário da área de
benefícios, além do apoio de profissionais credenciados. São realizados, entre
outras atividades, atendimentos individuais, visitas a instituições especializadas,
avaliação e acompanhamento pré e pós-cirúrgico. Mensalmente essa equipe se
reúne para socializar informações e definir ações.
Em 2006, o projeto da regional gaúcha foi agraciado com o prêmio concedido
pelo ISMA – BR Internacional Stress Management Association em reconhecimento às
ações bem-sucedidas e voltadas à qualidade de vida e educação alimentar. Os
resultados alcançados entre janeiro e setembro de daquele ano justificam o
reconhecimento internacional recebido pelo projeto:
▲ Realização de cinco ações de prevenção com a participação de 7.000 empregados;
▲ Acompanhamento de 63 empregados e dependentes pela equipe do projeto;
▲ 90% dos participantes do projeto já obtiveram alguma perda de peso, bem
como mudanças comportamentais e sociais proporcionando assim a melhoria da
sua qualidade de vida;
▲ Entre os empregados participantes do grupo de carteiros, registrou-se 6%
de redução de peso;
▲ 100% de melhora na produtividade e no relacionamento interpessoal dos
empregados participantes.
Desde o primeiro semestre de 2003, o Instituto de Seguridade Social Metrus,
que atende aos empregados ativos da Companhia do Metropolitano de São
Paulo, passou a oferecer aos beneficiários de seus planos de saúde o “Programa
Saúde & Equilíbrio”. Trata-se de um programa que promove a busca do peso
saudável e que está direcionado aos colaboradores nos quais se constatou um
índice de massa corpórea (IMC) maior que 25, segundo pesquisa interna feita
na instituição.
O Metrô, em parceira com o Metrus, disponibiliza os recursos necessários
para o tratamento, tais como: rede referenciada de nutricionistas; academias para
a prática de atividade física; rede conveniada de clínicas especializadas para o
tratamento da obesidade; rede referenciada de grupos de apoio e recursos internos,
já existentes, como os consultórios dietoterápicos e os metroclubes. Os empregados
que aderirem ao programa podem realizar gratuitamente os exames de colesterol,
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
triglicérides, hemograma, TSH, glicemia e hemoglobina glicosilada.
Em junho de 2006, teve início o “Programa de Apoio ao Paciente Incentivado”
– PAPI, destinado a todos os beneficiários dos planos administrados pelo Metrus
(Metrus Saúde Integral - MSI, Metrus Saúde Especial - MSE e Metrus Saúde
Básico - MSB). O público-alvo são os pacientes com indicação de cirurgia bariátrica,
que apresentem IMC acima de 35, mas que não se enquadram integralmente na
Resolução do Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM Nº 1.766, de
julho/2005), que regulamenta a realização deste procedimento.
A autogestora constatou que alguns requisitos exigidos pela resolução do CFM
dificilmente são alcançados pelos beneficiários, tais como: obesidade estável há
pelo menos cinco anos; ou dois anos de tratamento clínico contínuo e prévio, não
eficaz (dietoterapêuticos, psicoterapêuticos, medicamentosos e por exercícios físicos).
O programa, que conta com uma assistente social e um médico, procura atender a
esses pacientes, a partir das seguintes estratégias:
▲ Acompanhamento nutricional: a primeira avaliação, no valor de R$ 25,00,
é paga pelo paciente, que tem os demais atendimentos custeados pelo Metrus,
durante 24 meses. O plano consiste em atendimentos quinzenais durante os seis
primeiros meses; sessões mensais nos seis meses seguintes; e atendimento mensal
ou bimestral pelos 12 meses restantes;
▲ Apoio psicoterápico: com a participação do paciente em 30% do valor;
▲ Atendimento médico de acordo com as normas do plano;
▲ Incentivo à prática de atividade física monitorada, com subsídio.
A Fundação Sabesp de Seguridade Social (Sabesprev) também conta com programas de promoção da saúde em áreas específicas, entre elas, saúde cardíaca,
prevenção do câncer, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, dislipidemia,
ergonomia, vacinação etc. Em muitos casos, os beneficiados sujeitos à coparticipação são isentos da cobrança para a realização de exames preventivos, tais
como mamografia e papanicolau. No caso dos programas de vacinação, por exemplo,
o plano cobre diversas vacinas que não fazem parte do calendário oficial, sem
qualquer ônus para o beneficiário.
Desde 2004, os pacientes candidatos à cirurgia de obesidade passam
obrigatoriamente por uma entrevista médica para esclarecimento e para aferir se
todos os critérios foram cumpridos para a realização da cirurgia bariátrica. Caso o
paciente não cumpra os requisitos mínimos para o procedimento, ele é encaminhado a um programa especial para controle de peso.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Vacinação
90
A Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (Assefaz)
promove campanha nacional de vacinação contra a gripe, desde 2001, imunizando
os beneficiários e seus dependentes, sem nenhum custo. Em paralelo a esta campanha, são realizadas parcerias com as Secretarias de Saúde para vacinação dos idosos,
no mesmo período da campanha nacional desenvolvida pelo Ministério da Saúde.
A divulgação dessa atividade ocorre mediante a distribuição de cartazes, panfletos
e folders nos locais de trabalho dos beneficiários, nas agências de atendimento, pelo
envio de e-mails informativos, por telefone, por vídeos ou por meio do site.
A vacinação, que tem abrangência nacional, é disponibilizada em locais onde
há maior concentração de beneficiários, melhor localização e acessibilidade. Na
quinta edição do programa, foi possível vacinar 23.474 pessoas. Algumas gerências
regionais aproveitam a ocasião para promoverem outras ações como a medição da
pressão arterial, teste de glicemia e a arrecadação de alimentos e agasalhos para a
doação a instituições que atendem populações carentes.
Já a Caixa de Assistência aos Funcionários do Banco da Amazônia (CASF) iniciou,
em dezembro de 2006, suas ações neste tipo de benefício, por intermédio do Núcleo
de Vacinoterapia, em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado do Pará. Durante
uma semana o núcleo atendeu 382 beneficiários, disponibilizando as vacinas contra
febre amarela, gripe, hepatite B, tétano e a tríplice viral, que protege contra sarampo,
caxumba e rubéola. Essa ação terá continuidade, sendo realizada mensalmente. A
Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) tem realizado campanhas de
vacinação desde 1999 para os beneficiários ativos de seus planos de saúde, com taxas
médias de 60% da população assistida sendo imunizada a cada ano.
Habilitação e reabilitação
A Associação Beneficente dos Empregados em Telecomunicações (ABET) criou,
em 1986, o “Programa Especial de Habilitação e Reabilitação”, que atualmente
conta com 56 inscritos, oferecendo atenção aos portadores de deficiências físicas,
mentais, intelectuais, sensoriais e mistas, na infância e adolescência. São elegíveis os
casos de paralisia cerebral, paraplegias, amputações, retardo no desenvolvimento neuropsicomotor, deficiências auditiva e visual, diversas síndromes e quadros mistos.
Além das coberturas já previstas pelo plano de assistência à saúde da autogestora,
o programa prevê coberturas diferenciadas para tratamentos de fonoaudiologia,
psicoterapia e terapia ocupacional; assistência odontológica especial; próteses e
órteses, mesmo as desvinculadas do ato cirúrgico; subsídio para escolas especiais e
auxílio transporte para a realização das terapias. Todo o atendimento é feito na
rede de prestadores credenciados, sob indicação e acompanhamento de profissionais
especializados da ABET. Após acompanhamento e tratamento durante a infância e
adolescência, fases de maior plasticidade orgânica para habilitação e reabilitação,
uma vez atingida a evolução possível para o quadro que se apresenta, os pacientes
são desligados do programa e prosseguem sua assistência por meio do plano de
assistência à saúde disponível a todos os beneficiários.
Prevenção a DSTs e Aids
A Perdigão Agroindustrial possui um calendário anual de eventos onde consta
todas as campanhas de sensibilização, prevenção e valorização do funcionário, que são
desenvolvidas durante o período. Além das campanhas, possui ações específicas para
tratar determinados temas, dentre eles, o “Programa de Prevenção à DST/Aids”.
Por meio da “Campanha de Conscientização e Prevenção sobre HIV/Aids
no Local de Trabalho”, a empresa incentiva os funcionários a refletirem sobre o
tema, procurando motivá-los para a adoção de práticas de sexo seguro que
protejam tanto a própria saúde como a da família. Um dos estímulos é o incentivo
ao uso do preservativo, distribuído aos funcionários junto com material
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
Algumas instituições disponibilizam terapias alternativas para seus colaboradores
e beneficiários dos planos de assistência à saúde. Entre elas está a Fundação Sabesp
de Seguridade Social (Sabesprev) que oferece tratamentos de psicoterapia,
acupuntura e homeopatia. Em 2006, a atividade de hidroterapia passou a ter
cobertura no plano dos empregados ativos. Outro exemplo é a Perdigão
Agroindustrial, que também oferece acupuntura para seus colaboradores em algumas
de suas unidades, mas que já estuda a possibilidade de implantar esse tipo de
tratamento alternativo em todos os ambulatórios da empresa.
Os planos médicos-hospitalares da Caixa de Assistência dos Empregados do
Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Cabergs) cobrem as especialidades de
homeopatia e acupuntura, além de sessões de psicoterapia realizadas por psiquiatras
ou por psicólogos. Para os beneficiários da Companhia Espírito Santense de
Saneamento (Cesan), o tratamento de homeopatia é oferecido desde 2002. Mais
recentemente, em 2005, foram introduzidas ainda a psicoterapia e a acupuntura.
UNIDAS
Terapias alternativas
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PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Divulgação Perdigão
informativo. A campanha ocorre simultaneamente em todas as unidades da empresa espalhadas pelo país. Em 2006, as atividades ocorreram entre os dias 28 de
setembro e 9 de outubro.
O slogan escolhido para a campanha foi “Não leve o vírus HIV/Aids para casa.
Previna-se” e teve a coordenação da área de Relações Humanas – Perdigão Saúde.
A empresa estima ter atingido 25 mil pessoas de forma direta, sem contar aquelas que
foram atingidas indiretamente por alguma ação desenvolvida no período. O tema da
prevenção ao HIV/Aids está presente ainda nas campanhas educativas que a empresa
realiza no período do carnaval, que incluem também a distribuição de preservativos.
As primeiras iniciativas de prevenção ao HIV/Aids na Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (ECT) datam de 1993, quando foi implantado o “Programa
Nacional de Prevenção e Acompanhamento das Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DSTs) e da Aids”. O objetivo desta ação é informar e contribuir
para a redução de possíveis focos de discriminação e preconceito relacionados ao
HIV/Aids nos locais de trabalho e às diversas formas de transmissão das DSTs. A
cada ano, em fevereiro e dezembro, também são realizadas campanhas educativas
em sintonia com os temas das campanhas do Ministério da Saúde para o Carnaval
e para o Dia Mundial de Combate a Aids. Em algumas regiões do país são realizadas
atividades extensivas ao público externo, visando conscientizar a comunidade.
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COMBATE À AIDS Perdigão realiza três campanhas por ano para promover
conscientização em relação à prevenção da infecção pelo HIV/Aids
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
A Caixa Econômica Federal estruturou, no início de 2005, um “Programa de
Voluntariado” com o objetivo de propiciar aos seus colaboradores iniciativas pelas
quais eles podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população
brasileira. São ações de voluntariado e cidadania, estruturadas com foco na
solidariedade e inclusão social, que integram a política de Responsabilidade Social
da instituição. O programa prevê o apoio da Caixa à atividade voluntária dos seus
colaboradores em projetos que a própria empresa desenvolve ou apóia. Atualmente,
quatro projetos são realizados:
▲ “Programa Adolescente Aprendiz”: nesta iniciativa os voluntários atuam
como instrutores dos adolescentes;
▲ “Alfabetização de Jovens e Adultos”: atualmente voltado para os empregados
de empresas que prestam serviços à Caixa;
▲ “Coleta Seletiva de Lixo”: os colaboradores da Caixa, por adesão, selecionam
o material descartado em suas unidades de trabalho, que é destinado a cooperativas
de recicladores apoiadas pela empresa;
▲ “Solidários Contra o Câncer Infanto-Juvenil”: os funcionários se engajam
em subprojetos específicos com o objetivo de beneficiar hospitais especializados,
casas de apoio e as crianças portadoras da doença e suas famílias.
O “Programa Adolescente Aprendiz” é desenvolvido em parceria com entidades sem fins lucrativos; trata-se de um programa de aprendizado voltado para
população jovem com duração de até 21 meses. Os adolescentes têm acesso à
Universidade Corporativa Caixa e o conteúdo teórico do programa é
complementado pela execução de exercícios práticos sob a orientação de colaboradores da instituição, no próprio ambiente de trabalho.
Eles têm também um contrato de trabalho, com carteira assinada, sob responsabilidade da entidade convenente, assegurados os direitos trabalhistas previstos na
legislação vigente. A referida entidade é responsável pela aplicação de conteúdos
pertinentes à informática, cidadania, matemática e língua portuguesa. Ao concluir
o programa com o aproveitamento requerido, o adolescente recebe um certificado de conclusão assinado, em conjunto, pela Caixa e pela entidade parceira.
UNIDAS
Incentivo ao voluntariado
93
CAPÍTULO 6
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Expectativas e planos
futuros das autogestões
94
Continuar oferecendo assistência suplementar à saúde coletiva com qualidade,
competência e profissionalismo, sem perder de vista a relação custo-benefício. Estas
são as premissas básicas do planejamento das instituições de autogestão para os próximos
anos. Ações destinadas à prevenção primária da população assistida continuam presentes
no escopo dos serviços previstos para 2007 e 2008. As autogestões que já dispõem de
iniciativas na área, deverão aprimorar os programas oferecidos; aquelas que ainda
não dispõem de benefícios nessa linha pretendem implementá-los.
Também fazem parte da lista de serviços a serem oferecidos o acompanhamento
de doenças crônicas, o gerenciamento de riscos, ações voltadas à prevenção secundária,
assistência farmacêutica, internação domiciliar, cuidados com a saúde materno-infantil,
da mulher e do idoso, dependência química, saúde bucal e mental. Há ainda programas
de vacinação e terapias alternativas. Em comum, todas as ações previstas para os
próximos anos buscam a preservação da qualidade de vida dos beneficiários.
Prevenção em foco
Com o propósito de estimular a mudança do modelo de atenção à saúde de seus
associados por meio de programas de promoção da saúde, prevenção de riscos e doenças
e monitorização de pacientes portadores de doenças crônicas, a Sam-Bemat planeja
para 2007 um programa bastante abrangente que envolverá a realização de palestras de
esclarecimento, conscientização e informação. A iniciativa faz parte das estratégias
previstas na Política de Indução das Ações de Promoção da Saúde e Prevenção de
Riscos e Doenças no âmbito da Saúde Suplementar, desenvolvida pela ANS.
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
Com a iniciativa, a instituição pretende alcançar 47% do total de associados no
programa de “Prevenção de Doenças” e no de “Promoção da Saúde” e 5% dos
associados portadores de doenças crônicas. Os critérios de inclusão para participação
nos programas serão: faixa etária, sexo e o fato de portar doenças crônicas nãotransmissíveis, os quais serão agrupados com base nos temas a serem abordados nas
palestras, cujo público estimado é de 50 pessoas em cada encontro.
Os temas das palestras foram extraídos dos questionários respondidos por
beneficiários da Sam-Bemat, sobre o perfil de saúde, cuja coleta ocorreu no período
de dezembro de 2006 e janeiro de 2007. Entre as iniciativas programadas para 2007,
estão previstas as sessões de “Café da Manhã Saudável”, um ciclo de palestras com o
objetivo de promover mudanças na forma como os associados dão atenção a sua
saúde, nas quais serão abordados os seguintes temas: estilo de vida saudável, doenças
cardiovasculares, diabetes, câncer, saúde da mulher e saúde do homem.
Serão incentivadas também as atividades físicas, por meio de aulas de exercícios que os participantes possam realizar, posteriormente, em suas próprias casas.
Diminuir o índice de internações dos associados portadores de doenças crônicas,
por meio de visitas regulares para orientar sobre os riscos de agravamento dos
problemas de saúde que o assistido possua, também está nos planos da Sam-Bemat.
Para os próximos anos, o planejamento estratégico da Sabesprev determina um
forte investimento na área de prevenção, com estratégias bastante abrangentes. Entre
elas, destaque para a criação de programas voltados à prevenção primária, tais como:
▲ Confecção de folhetos educativos sobre as principais doenças que atingem
a população assistida;
▲ Realizar eventos educacionais associados a estações de saúde para o diagnóstico precoce de diversas patologias e aferição do risco cardiovascular;
▲ Ciclos de palestras para funcionários, incluindo estrutura de apoio para os
temas abordados, em especial o tabagismo;
▲ Oficinas para gerenciamento do estresse e promoção da saúde;
▲ Criar calendário de prevenção para distribuição aos beneficiários;
▲ Reformular o portal na internet para permitir ao cliente o acesso a informações sobre prevenção em linguagem simples e acessível.
Após o levantamento do perfil epidemiológico de sua população assistida, a
Forluz deverá realizar várias ações de promoção da saúde. Entre os principais
problemas de seus beneficiários, foram identificados: sedentarismo, obesidade,
hipertensão arterial não tratada adequadamente, hábitos de alimentação inadequados,
95
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
96
índices elevados de alcoolismo. Essas ações estão sendo previstas para se iniciarem
ainda no primeiro semestre de 2007, e serão realizadas na capital e região
metropolitana de Minas Gerais, onde o número de participantes é maior.
A Agros, por sua vez, dará continuidade às ações do “Programa Pró-Saúde”,
incluindo a realização de campanhas temático-educativas e estratégias de
sensibilização que priorizem a promoção da saúde e a prevenção de doenças.
Campanhas educativas, palestras, feiras de saúde, semanas de prevenção de
acidentes são algumas das ações pontuais com enfoque na promoção da saúde
que a SPTrans reservou para este ano. Em 2006, a empresa constituiu uma
Comissão de Saúde Corporativa para identificação das atividades prioritárias.
Aumentar o número de oficinas realizadas e de participantes nessas atividades
estão entre os planos da Fundação Pampulha. A instituição também deverá estender os programas já existentes para outras regiões do país e atuar na porta de
entrada, interagindo com os beneficiários do plano de saúde, conhecendo o estilo
de vida dos mesmos, a fim de definir políticas e estratégias para a elaboração de
programas eficazes de promoção da saúde e prevenção de doenças.
O Serpro pretende ampliar suas ações de promoção da saúde e prevenção de
doenças com a expansão do Módulo de Gerenciamento de Estresse do “Programa
Serpro de Qualidade de Vida” – PSQV. No final de 2006, todos os coordenadores
dos módulos do PSQV participaram, junto com o corpo gerencial, do encontro para
a elaboração do planejamento estratégico 2007 da Superintendência de Gestão de
Pessoas. Até o final deste ano, o MGE deve ser implantado em todas as unidades
regionais da instituição. O Módulo de Promoção da Saúde (MPS) deve estar aprovado
ainda este ano, com previsão de implantação nacional até o final de 2008.
Já a Cassi deve investir na sistematização dos processos de avaliação dos programas implantados para os seus beneficiários. O planejamento institucional deste
ano prevê a realização de avaliação dos resultados alcançados (metodologia, cobertura, satisfação dos participantes etc.) e sua conseqüente reformulação, se necessário.
Gerenciamento de doenças crônicas
Em seu planejamento estratégico para os próximos anos, a Sabesprev também definiu algumas ações voltadas para a prevenção secundária, entre as quais
destacam-se:
▲ Criar rede preferencial de atendimento para as principais doenças crônicas,
remunerando por performance, a começar pela obesidade;
UNIDAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
▲ Criação de programa de atendimento domiciliar para pacientes oncológicos
em fase terminal;
▲ Criação de programa de apoio à alta hospitalar, visando educar paciente e
familiares, aumentando a adesão ao tratamento e reduzindo as taxas de rehospitalização de doentes crônicos;
▲ Intensificar a atuação em prevenção terciária, estimulando a indicação de
pacientes para os programas de gerenciamento de doenças e home care.
Os programas e ações da área de saúde da ECT também foram revisados e
reestruturados para 2007, tornando-os corporativos, ou seja, desenvolvidos por
todas as diretorias regionais, de forma a abranger 100% do efetivo da empresa.
Serão definidos indicadores e metas para todo o país. A instituição começa o ano
com o “Programa de Acompanhamento de Pacientes Portadores de Doenças
Crônicas”, com foco inicialmente em duas patologias: hipertensão e diabetes.
Outra iniciativa prevista é o “Mapeamento do Perfil de Saúde dos Empregados
da ECT”, que visa subsidiar todas as ações e programas de prevenção de doenças e
promoção da saúde desenvolvidas pela instituição. A ECT também dará continuidade aos programas de exames médicos periódicos, ginástica laboral, combate e
prevenção ao tabagismo (“Programa Médico de Troca – Troque o Fumo por
Mais Saúde”) e projetos e ações de ergonomia.
Faz parte dos planos da GEAP atuar na implementação de estratégias que
atendam os portadores de cardiopatias crônicas não-agudizadas, portadores de
doenças mentais, dependentes químicos (drogas e álcool) e também portadores de
neoplasias malignas não-terminais.
A Caixa Econômica Federal também prospectou para o período a implantação dos programas de “Gerenciamento de Estresse”; “Prevenção e Assistência ao
Dependente Químico” e “Gerenciamento de Doenças Crônicas”. O plano Saúde
Caixa contemplará em suas ações o gerenciamento de doenças crônicas, mapeamento
e gerenciamento de riscos, entre outras atividades focadas no aperfeiçoamento da
gestão e no uso racional dos recursos.
A Cesan também elegeu os programas de gerenciamento de doentes crônicos
para compor sua estratégia de serviços oferecidos em 2007. Para tanto, pretende
trabalhar com relatórios de aquisição de medicamentos, relacionados a patologias
do programa de farmácia, e com um software de gerenciamento do sistema.
Otimizar o gerenciamento de doenças crônicas, assim como ampliar as ações
de promoção da saúde e prevenção de doenças são preceitos básicos que também
97
fazem parte do planejamento de trabalho para 2007 das autogestões Funasa-Saúde,
Cabergs, IPREF e Metrus. Neste último caso, a instituição pretende atuar com
grupos de risco formados por hipertensos e diabéticos.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Saúde de populações específicas
98
Em 2007, a GEAP implantará uma política de incentivo ao parto normal. A
iniciativa, cuja abrangência é nacional, objetiva reduzir o número de cesarianas,
buscando aumentar em pelo menos 3% o número de partos normais, no período
de um ano. O profissional de saúde que mais realizar partos normais receberá uma
menção honrosa de “Destaque Brasil”. Para a instituição de saúde que cumprir a
meta estabelecida e apresentar percentual superior às demais, no âmbito de seu
Estado, será oferecido pela GEAP um certificado de qualidade dos serviços prestados
e uma placa comemorativa, chancelados pela Coordenação da Área Técnica de
Saúde da Mulher/Ministério da Saúde.
A preocupação com a saúde da mulher também está presente nos planos da
Agros que realizará, dentro do “Programa Pró-Saúde”, um projeto de prevenção
de câncer de colo de útero, proporcionando acompanhamento mais sistemático da
população assistida com risco para o desenvolvimento dessas patologias.
A Assefaz tem a intenção de ampliar as ações de promoção da saúde e prevenção
de doenças implantando o “Programa de Experiência de Vida”, direcionado a idosos.
Pretende ainda aumentar o número de beneficiários atendidos com terapia
ocupacional, coral, ginástica laboral; ampliar os programas de esporte e lazer; incentivar os beneficiários a serem doadores de sangue, além de estender os benefícios do
“Programa de Educação e Acompanhamento ao Doente Crônico” para todo país.
Saúde bucal
Com a implementação do “Programa Odontológico”, a GEAP tenciona investir
na promoção da saúde bucal de todos os seus beneficiários. Para tanto, a instituição
contará com a atuação multilateral de odontólogos e médicos da Rede Assistencial
Credenciada. As estratégias serão definidas de acordo com as necessidades inerentes
a cada etapa da vida, por meio do monitoramento feito a partir da aplicação de um
protocolo denominado Perfil Clínico-Epidemiológico.
Com esse programa, a GEAP prevê a adoção de práticas preventivas em detrimento das curativas, e atuará com orientações que facilitem a maior compreensão,
por parte dos beneficiários, das necessidades em saúde bucal. A instituição espera,
ainda, permitir uma interação positiva no fluxo de referência e contra-referência
que ocorrerá entre os odontólogos treinados para o programa, os outros profissionais
da rede credenciada e os médicos, de tal forma que seja criada uma cultura coletiva
em prol da melhoria da qualidade de vida por meio de uma boa saúde bucal.
Internação domiciliar – Saúde mental
Aprimorar o atendimento domiciliar será a principal preocupação da CASF
durante 2007. Apesar de ações concretas da autogestora dependerem do resultado do
Censo de Saúde, realizado para definir de forma mais coerente e eficaz as ações de
promoção da saúde, o foco da instituição está direcionado para a medicina preventiva,
que deve nortear todas as ações e programas. A CASF pretende ainda ampliar,
sistematizar e regulamentar as ações voltadas para o atendimento domiciliar.
A Agros propõe um projeto de cuidado domiciliar cujo propósito é disciplinar
as demandas já existentes na instituição de pacientes em estado crônico. Também
para este ano está prevista a implantação de um segundo projeto de saúde mental
contemplando diferentes critérios de absorção e continuidade do atual “Programa
de Saúde Mental”.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
Com a criação do AssisFarma, a GEAP pretende implantar assistência farmacêutica para participantes do “Programa de Prevenção de Gerenciamento de Risco”
– PPGR. Para tanto, a instituição criou uma relação de medicamentos essenciais
que estarão à disposição do Médico Vinculador Assistencial para distribuição ao
grupo de beneficiários atendidos por esse profissional.
O “Programa de Farmácia” instituído pela Cesan contará com o apoio de um
software de gerenciamento do sistema. E apesar de não haver participação financeira
da instituição na dedução do valor dos medicamentos, será concedido desconto
entre 20 e 25% em lista de medicamentos com possibilidade de desconto em folha
após 60 dias da aquisição.
Todos os programas e ações relatados nesta publicação ganham uma dimensão e
uma importância ainda maiores se for levado em consideração o fato de que o sistema de autogestão de planos de saúde continuará buscando, como o fez ao longo de
sua trajetória, as melhores respostas aos desafios da assistência à saúde no Brasil.
UNIDAS
Assistência farmacêutica
99
Bibliografia
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Diretoria de Desenvolvimento Setorial. Caderno de Informação da Saúde Suplementar: beneficiários, operadoras e planos. Rio de Janeiro: ANS, dezembro de
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
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de saúde no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 620 p. (Série G. Estatística e Informação em Saúde).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Política nacional de promoção da saúde. Brasília: Ministério da
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serviços de saúde 2003. Rio de Janeiro: IBGE; 2005.
CAVALCANTE, Ana Paula. Programa de Estímulo à Promoção da Saúde e Prevenção
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nova perspectiva regulatória. Apresentação no III Seminário Nacional de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças no Setor de Saúde Suplementar.
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101
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
UNIDAS
Autogestões que colaboraram
com esta publicação
102
ABET
Associação Beneficente dos Empregados em Telecomunicações
AFRERJ
Associação dos Fiscais de Rendas do Estado do Rio de Janeiro
AGROS
Instituto UFV de Seguridade Social
AMMP
Associação Mineira do Ministério Público
ASSEFAZ
Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda
CABERGS
Caixa de Assistência dos Empregados do Banco
do Estado do Rio Grande do Sul
CAMED
Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil
CAMEP
Caixa de Assistência dos Magistrados de Pernambuco (filiada Gremes/Unidas)
CAPESESP
Caixa de Pecúlios, Assistência e Previdência dos Servidores
da Fundação Serviços de Saúde Pública
CASF
Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco da Amazônia S/A
CASSI
Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil
CEF
Caixa Econômica Federal
CESAN
Companhia Espírito Santense de Saneamento
ECT
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
FASSINCRA
Fundação Assistencial dos Servidores do Incra
FORLUZ
Fundação Forluminas de Seguridade Social
FUNASA-SAÚDE
Caixa de Assistência dos Empregados da Saelpa
FUNDAÇÃO CESP
Fundação Cesp
FUNDAÇÃO PAMPULHA
Fundação Pampulha de Assistência à Saúde
GEAP
Fundação de Seguridade Social
INB
Indústrias Nucleares do Brasil S/A
IPREF/IPFPMG
Instituto de Previdência dos Funcionários Públicos Municipais de Guarulhos
METRUS
Instituto de Seguridade Social
PASA
Plano de Assistência à Saúde do Aposentado da CVRD
PERDIGÃO
Perdigão Agroindustrial S/A
SABESPREV
Fundação Sabesp de Seguridade Social
SAM-BEMAT
Caixa de Assistência Médica dos Ex-empregados do Banco
do Estado de Mato Grosso
SERPRO
Serviço Federal de Processamento de Dados
SPA
Sistema Paulista de Assistência
SPTRANS
São Paulo Transporte S/A
CAFBEP
ELETRONORTE
NUCLEP
ABET
CAGIPE
ELETRONUCLEAR
OAB-SAÚDE (CAA/AL)
AFFEAM
CAMED
ELETROS
PASA
AFFEGO
CANOASPREV
ELETROSUL
PERDIGÃO
AFFEMAT
CAPESESP
ELOS
PETROBRAS
AFISVEC-SAÚDE
CASEC
EMBRAER
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
AFRAFEP
CASF
EMBRAPA
PREV SAÚDE
AFRERJ
CASSEB
EMBRATEL
PREVIMINAS
AFRESP
CASSES
ENERSUL
PRÓ-SAÚDE
AGROS
CASSI
ESCELSOS
PROASA
ALEMG
CASSIND
FACEB
PRODESP
ALVORECER
CAURJ
FACHESF
REAL GRANDEZA
AMAGIS
CEF
FAPES
SABESPREV
AMMP
CELGMED
FAS
SAM-BEMAT
APUB SAÚDE
CELPA
FASCAL
SAMEISA
ARACRUZ CELULOSE S.A.
CEMAR
FASSINCRA
SAÚDE CEMO
ASEFE
CEPEL
FIOPREV
SENADO FEDERAL
ASFAL
CERON
FIRJAN SAÚDE
SENERGISUL/SENERSAÚDE
ASFEB
CESAN
FORLUZ
SEPACO SAÚDE
ASFEPA
CET
FUNASA-SAÚDE
SERPRO
ASPBMES
CETESB
FUNDABEM
SESEF
ASSED
CNEN
FUNDAÇÃO CESP
SESI DR/MT
ASSEFAZ
CODESA
FUNDAÇÃO PAMPULHA
SESI/AC
ASSEPAS
COELBA
FUNDAFFEMG
SISTEL
ASTTTER
COMPREV
FUNSEFAZ
SOLVAY
BACEN
COMSEDER
FUNSERVIR
SPA
BANESCAIXA
CONAB
GEAP
SPTRANS
BARDELLA
COOPTASIM-ES
GEIPOT
SUDECAP
BRB SAÚDE
COPASA
GEVISA
SUZANO
C.S. ASSISTANCE
COPESUL
GREMES
TELESP
CAAB
COSANPA/PAM
INB
TRT 8ª REGIÃO
CAARJ
COSIPA
IPALERJ
TRT-MG
CABERGS
CST
IPREF/IPFPMG
UNAFISCO SAÚDE
CABERJ
CVRD
IRB
UNIFENAS
CABESP
DESBAN
METRUS
USIMINAS
CAEME
ECONOMUS
MPU/PLAN-ASSISTE
VOLKSWAGEN
CAFAZ
ECT
NOVELIS
WMS
PROMOÇÃO DA SAÚDE - Meta e Compromisso da Autogestão
ABAS 15
UNIDAS
Relação das filiadas Unidas
103
Coordenador: Mário Scheffer Editor: Fernando Fulanetti Redatora: Dulce Rocha
Assistente de produção: Ruth Nagao Projeto gráfico: José Humberto de S. Santos
Apoio (Unidas): Andréia Cristina Ferreira Bessa Moreno e Tais Itala Depiné Campos Portela
Fotos: Digitalvision e material de divulgação das filiadas da Unidas
Tiragem: 6.000 exemplares. Copyright © 2007 Unidas
Fotolitos e impressão: Imprint Artes Gráficas (www.imprintgrafica.com.br)
Fotos da capa, de cima para baixo: aula de ginástica laboral (ECT); atividade do “Programa de Orientação à Gestante” (Cabergs);
caminhada do “Programa Viva Coração” (Cassi); aula de pintura do projeto “Terapia Ocupacional” (Assefaz); campanha “Viver
com Saúde” (Fundação Pampulha); aula de ginástica do projeto “Terapia Ocupacional” (Assefaz). Contracapa: projeto “Abraçando
a Saúde - Caminhada do Idoso” (Funasa-Saúde); aula de ginástica laboral (GEAP); projeto “Primeira Caminhada Ecológica”
(Assefaz); palestra do “Grupo de Vida Saudável - Empresarial” (Cassi); atendimento em consultório próprio (Sabesprev); dinâmica
de grupo do “Programa Mulher de Corpo e Alma” (Funasa-Saúde). Créditos: material de divulgação das respectivas instituições.
Apoio:
www.geap.com.br
www.roche.com.br
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Promoção da saúde na autogestão