Impresso Especial TRT/MG E S C O L A J U D I C I A L 9912167772/2007 DR/MG/MG INFORMA INFORMATIVO DA ESCOLA JUDICIAL DO TRT DA 3ª REGIÃO – ANO III – Nº 9 – DEZEMBRO/2007 A A Escola Judicial do TRT-MG formará, em fevereiro de 2008, a V Turma de Juízes do Trabalho Substitutos da 3ª Região. Desde o ano 2000, passaram pelo Curso de Formação Inicial 73 juízes do trabalho. Promovido pela Escola Judicial do TRT, o CFI consolida-se como um dos pioneiros do País na inserção profissional do juiz e oferece aos novos magistrados, antes do início do exercício da atividade jurisdicional, a possibilidade de receber orientação especializada para o contato com o mundo do trabalho e a prática judicante. Nos moldes em que atualmente é desenvolvido, o curso de Formação Inicial da 3ª Região cumpre as exigências de formação do magistrado previstas na Constituição de 1988, com as modificações introduzidas pela Emenda Constitucional 45/04. Entrevista O novo Ministro do TST, Maurício José Godinho Delgado, despede-se da 3ª Região e toma posse em Brasília. Mestre, Doutor, Jurista, Professor, autor de 13 livros individuais, Conselheiro da Escola Judicial por vários anos, Godinho possui ampla experiência na formação de bacharéis em direito e acredita que a Constituição de 1988 instituiu uma organização e uma cultura de constante estudo por parte dos profissionais que integram o Poder Judiciário, sejam magistrados ou servidores. Ele defende o seguimento das atividades das escolas regionais e da escola nacional, com introdução das novas tecnologias de comunicação e interação, mas sem preterir o contato direto professor-aluno que, em sua opinião, é insubstituível. Ele é o entrevistado desta edição. Págs. 5 e 6 Curso no Interior Servidores da Região do Triângulo e Alto Paranaíba participaram do “Curso de Técnicas de Redação Jurídica”. Esse é o segundo Curso Regionalizado promovido pela Escola Judicial, que busca a descentralização de suas atividades. Pág. 7 Leonardo Andrade/ACS Arquivo pessoal V Curso de Formação Inicial prepara 12 novos magistrados Boaventura defende revolução na formação de juízes O sociólogo português Boaventura Sousa Santos realizou palestra na Faculdade de Direito da UFMG, em Belo Horizonte, e defendeu a necessidade de reformas processuais e uma nova organização e gestão judiciária, além de uma revolução na formação dos magistrados. A palestra do sociólogo foi realizada pelo Projeto “Pólos de Cidadania” da Faculdade de Direito da UFMG em parceria com a Escola Judicial do TRT da 3ª Região, CAAP, NIEPE e Proex-UFMG. Pág. 3 INFORMATIVO DA EJ – ANO III – Nº 9 –DEZEMBRO/2007 2 E d i t o r i a l P Adriana Goulart de Sena Juíza Titular da 35ª VT de BH e Membro do Conselho Consultivo da Escola Judicial do TRT-MG Agistrados da 4ª Região visitaram o TRT-MG no último dia 20 de agosto, com intuito de conhecer a Escola Judicial, sua estrutura e funcionamento. Eles estiveram também na sede do TRT para uma visita oficial. M Jânio Fernandes/ACS ara uma revolução democrática de Justiça, diz Boaventura Souza Santos, é necessária uma revolução na formação. É necessário formar magistrados para a complexidade, para os novos desafios, para os novos riscos. Nesse quadro, compreende-se que a educação jurídica deve ser uma educação intercultural, interdisciplinar e profundamente imbuída da idéia de responsabilidade cidadã. E, levando em linha de conta tais premissas, a Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região tem exercido seu mister constitucional com contínuo e especial esmero. O presente informativo traz interessantes matérias sobre as atividades da Escola, de Magistrados da 3ª Região e, também, uma entrevista com Maurício José Godinho Delgado, recentemente empossado no cargo de Ministro do Tribunal Superior do Trabalho. É de se registrar o júbilo que representa para a Escola Judicial do TRT-MG a posse de um de seus Conselheiros no C. TST, magnífica pessoa humana com irretocável trajetória profissional e científica. Em Minas, uma das atividades precípuas da Escola Judicial é preservar a memória da Instituição, e, nesse momento de dizer adeus regional ao colega, peço licença para citar um trecho do discurso de posse da lavra do então empossando Juiz Substituto Maurício Godinho Delgado, nos idos de 1989, sobre o Magistrado do Trabalho: “Pressionado entre um “dever ser” normativo, cuja concretização lhe é atribuída, e uma realidade fática humana e social a que não pode ser impermeável e indiferente, o Juiz tem de se mover em um contexto pessoal e institucional de marcante singularidade: a esse respeito, o Jurista uruguaio Eduardo Couture produziu uma das mais famosas sínteses acerca dos princípios essenciais a toda experiência judicante: - o princípio da INDEPENDÊNCIA, para que as decisões judiciais não sejam uma conseqüência da fome ou do medo; - o princípio da AUTORIDADE, para que essas decisões não sejam simples conselhos ou divagações acadêmicas, que o Poder Executivo possa desatender segundo seu capricho; - o princípio da RESPONSABILIDADE, para que a sentença não seja um ímpeto da ambição, do orgulho ou soberba do próprio julgador.” Com essa homenagem a um de seus ilustres Conselheiros, a atual Direção da Escola Judicial, responsável por suas atividades no biênio 2006-2007, inicia seu último informativo. Sabemos que os desafios foram e são inúmeros e nem sempre superáveis de imediato, mas o caminho sólido da Escola Judicial continuará a ser trilhado, especialmente pela colaboração e apoio que temos recebido dos Magistrados que compõem esta Instituição. Visita Juíza Graça Maria Borges de Freitas, Coordenadora Acadêmica da Escola Judicial do TRT-MG; as Conselheiras da Escola Judicial do TRT-RS Juízas Denise Pacheco e Beatriz Renck; a Corregedora do TRT-RS, Beatriz Zoratto Sanvicente; o Desembargador Tarcísio Alberto Giboski, Presidente do TRT-MG; o Juiz Paulo Orval Paticelli Rodrigues, Coordenador Acadêmico da Escola Judicial do TRT-RS; o Desembargador José Roberto Freire Pimenta, Diretor da Escola Judicial do TRTMG e o Juiz Emerson José Alves Lage, Conselheiro da Escola Judicial do TRT-MG. Registro: A foto que ilustra matéria da página 3 da edição anterior do “EJ Informa” é de autoria da servidora Noemi Siqueira da Luz, da 3ª VT de Juiz de Fora. INFORMATIVO DA ESCOLA JUDICIAL DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO – MG – Ano III - nº 9 - DEZEMBRO/2007 Diretoria José Roberto Freire Pimenta Coordenação Acadêmica Graça Maria Borges de Freitas Formação Inicial e Permanente de Juízes César Pereira da Silva Machado Júnior, José Murilo de Morais, Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt, Maurício José Godinho Delgado (até 14/11/2007) Deontologia César Pereira da Silva Machado Júnior, Emerson José Alves Lage, Graça Maria Borges de Freitas, Márcio Flávio Salem Vidigal Relações Institucionais Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, Graça Maria Borges de Freitas, Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt Revista Adriana Goulart de Sena, Emerson José Alves Lage, Maria Cristina Diniz Caixeta Formação de servidores Luiz Olympio Brandão Vidal, Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, José Murilo de Morais, Márcio Flávio Salem Vidigal Documentação, Pesquisa e Memória da Justiça do Trabalho Adriana Goulart de Sena, Luiz Olympio Brandão Vidal, Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, Maria Cristina Diniz Caixeta Assessor Ronaldo da Silva Secretaria 3238-7826/3238-7815 Biblioteca e Centro de Pesquisa 3238-7816 Centro de Memória 3238-7822 Centro de Pedagogia 3238-7829 Centro de Direito e Psicanálise 3238-7829 Centro de Tecnologia (internet) 3238-7827 Revista 3238-7825 Redação e edição Lucineide Pimentel - DRT-MG 5002 Projeto Gráfico Patrícia Melin Diagramação Imaculada Lima, Patrícia Melin Revisão Sérgio Aurélio de Souza Impressão Diretoria Gráfica Impresso Especial INFORMATIVO DA EJ – ANO III – Nº 9 – DEZEMBRO/2007 3 TRT/MG 9912167772/2007 DR/MG/MG N o t í c i a s Escola Judicial promove V CFI N o próximo mês de fevereiro, mais uma Turma de Juízes do Trabalho Substitutos concluirá o Módulo Regional do Curso de Formação Inicial, em sua 5ª edição (V CFI), realizado pela Escola Judicial do TRT da 3ª Região. Setenta e três juízes do trabalho substitutos passaram pelo Curso de Formação Inicial desde o ano 2000. Promovido pela Escola Judicial do TRT, o CFI consolida-se como um dos pioneiros do País na inserção profissional do juiz e oferece aos novos magistrados, antes que eles iniciem o exercício da atividade jurisdicional, a possibilidade de receber orientação especializada para o contato com o mundo do trabalho e a prática judicante. Nos moldes em que atualmente é desenvolvido, o Curso de Formação Inicial da 3ª Região cumpre as exigências de formação do magistrado previstas na Constituição de 1988, com as modificações introduzidas pela Emenda Constitucional 45/04. Antes de realizar o curso nos moldes desenvolvidos nos últimos anos, a Escola Judicial já havia experimentado, com algumas turmas, realizar encontros em que eram transmitidas informações sobre o funcionamento do TRT da 3ª Região e discutidas orientações práticas acerca da realização de audiências. Antes de iniciar o curso na Escola mineira, os 12 magistrados aprovados no concurso 01/2006 passaram pelo Módulo Nacional do Curso na Enamat – Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, em Brasília, que está em sua terceira edição. Enamat Com o objetivo de proporcionar formação básica para o exercício da função jurisdicional, comum a todos os magistrados do trabalho do país, o curso da Enamat foi oferecido a setenta juízes do trabalho de sete diferentes Tribunais Regionais do Brasil, entre eles os 12 magistrados da 3ª Região. As aulas realizaram-se de 10 de setembro a 5 de outubro. Prática Judicante O V CFI da Escola Judicial do TRTMG tem orientação voltada para a inserção profissional do juiz e para o contato com os temas relativos ao mundo do trabalho e com a prática judicante, abordados tanto nas atividades da formação inicial como da formação permanente, destinadas a todos os magistrados da 3ª Região. Durante o curso, os juízes realizaram visitas a setores da Justiça do Trabalho, ao Ministério Público do Trabalho e à AMATRA3, assistiram a palestras, participaram de discussões em grupo, observaram audiências e sessões de julgamento, realizaram audiências simuladas e participaram de outras atividades teóricas e práticas. O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos realizou, dia 21 de setembro, conferência sobre o tema “Democratização do Acesso à Justiça” no auditório da Faculdade de Direito da UFMG, onde também lançou o livro “Para uma Revolução Democrática da Justiça”. O evento reuniu magistrados, advogados, estudantes, professores e lideranças de movimentos populares de Minas, tendo participado, como debatedor, o Diretor da Escola Judicial do TRT-MG, Desembargador José Roberto Freire Pimenta. Na palestra, o sociólogo destacou a necessidade de reformas processuais, de uma nova organização e gestão judiciária, além de uma revolução na formação dos magistrados, desde as faculdades de Direito, até a formação permanente. Ele defendeu, ainda, que o Poder Judiciário deve tornar-se mais transparente ante o poder político e a mídia, de forma a perder o isolamento e articular-se com outras organizações e instituições da sociedade que o possam ajudar a assumir a sua quota-parte de responsabilidade diante das injustiças e desigualdades sociais. Na opinião do sociólogo, se o Judiciário não assumir essa responsabilidade, continuará a ser independente de um ponto de vista corporativo, mas será cada vez mais irrelevante, tanto social, como politicamente. Boaventura afirmou ainda que é necessário mudar completamente a formação de todos os operadores do Direito: funcionários, membros do Ministério Público, juízes e advogados. “Temos que formar os magistrados para a complexidade, para os novos desafios e riscos”. Ele lembrou que “as novas gerações viverão numa sociedade que combina uma aspiração democrática muito Flávia Reis Nova organização judiciária O sociólogo Boaventura Souza Santos lançou, em Belo Horizonte, o livro “Para uma Revolução Democrática da Justiça”. forte com uma consciência da desigualdade social igualmente forte”. A palestra do sociólogo foi realizada pelo Projeto Pólos da Faculdade de Direito da UFMG, em parceria com a Escola Judicial do TRT-MG, CAAP, NIEPE e Proex-UFMG. INFORMATIVO DA EJ – ANO III – Nº 9 – DEZEMBRO/2007 4 Estudos sobre as “Novas Competências” são apresentados no RS A s Juízas Adriana Goulart de Sena, Conselheira da Escola Judicial do TRT-MG, e Maria Cecília Alves Pinto, Titulares da 35ª VT e 26ª VT de BH, respectivamente, participaram, a convite da Escola Judicial do TRT da 4ª Região (TRT-RS), no dia 19 de outubro, do "II Encontro Institucional da Magis- tratura do Trabalho do Rio Grande do Sul”, em Gramado. Na ocasião, elas apresentaram o resultado dos estudos sobre as “Novas Competências da Justiça do Trabalho: Mandados de Segurança em 1º Grau”. O tema foi estudado, em 2006, pelo Grupo de Discussão Virtual “Novas Competências da Justiça do Trabalho”, da Escola Judicial do TRT-MG em parceria com a Amatra3, trabalho que resultou na publicação de um caderno de estudos de autoria das Juízas Adriana Goulart, Maria Cecília Alves e Gisele de Cássia Vieira Dias Macedo, Titular da 2ª VT de BH. Desembargadores do TRT lançam livros pelo “Leis & Letras” Cassiano Nóbrega/EJ Fotos: Jânio Fernandes/ACS D ois desembargadores do TRT-MG lançaram obras jurídicas pelo projeto “Leis & Letras” neste segundo semestre. O Desembargador Márcio Flávio Salem Vidigal lançou a 2ª edição de sua obra "Sentença Trabalhista” no dia 31 de agosto. “Execução Provisória Trabalhista depois da Reforma do CPC”, obra de autoria do Desembargador Antônio Álvares da Silva, foi lançada no dia 4 de outubro. Ambos os autores proferiram palestras sobre os respectivos temas, debateram com o público presente e participaram de sessão de autógrafos na Exposição da Memória da Justiça do Trabalho de Minas Gerais. Desembargador Márcio Flavio Salem Vidigal Desembargador Antônio Álvares da Silva O projeto” Leis & Letras” é desenvolvido pelo Centro de Memória da Escola Judicial do TRT 3ª Região em parceria com a Biblioteca Juiz Cândido Gomes de Freitas. Os dois eventos tiveram o apoio da Amatra3. R ealizou-se em Belo Horizonte, nos dias 9 e 10 de agosto, o “3º Congresso de Magistrados e Procuradores do Trabalho da 3ª Região”, em que foram debatidos os seguintes temas: “Efetividade do Direito do Trabalho: Instrumentos Pertinentes”, com a conferencista Aldacy Rachid Coutinho, Advogada e Procuradora do Estado do Paraná, Mestra e Doutora em Direito pela Universidade Federal do Paraná; “Dano Moral Coletivo”, com o conferencista Xisto Tiago de Medeiros Neto, Procurador Regional do Trabalho da 21ª Região, Mestre e Especialista em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte; “Efetivação e Execução da Tutela Específica-Tutelas de Urgência e Execução Coletiva, com o conferencista Wolney de Macedo Cordeiro, Juiz Titular da 5ª Vara do Trabalho de João Pessoa-PB, exPresidente da Amatra da 13ª Região. O evento foi promovido pela Escola Judicial do TRT da 3ª Região, Escola Superior do Ministério Público da União/Núcleo PRT-MG, Amatra3 e Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho - ANPT, com apoio da Caixa Econômica Federal, e contou com a participação dos Auditores Fiscais do Trabalho da DRT-MG, que receberam convite para integrar a comissão organizadora do próximo congresso. Leonardo Andrade/ACS 3º Congresso de Magistrados e Procuradores Desembargador José Roberto Freire Pimenta, Diretor da Escola Judicial do TRT-MG; Juiz Wolney de Macedo Cordeiro, Titular da 5ª VT de João Pessoa-PB; Juiz João Alberto de Almeida, Presidente da Amatra3, e a Procuradora do Trabalho Ana Cláudia Nascimento Gomes, Coordenadora do Núcleo da Escola Superior do Ministério Público da União da 3ª Região. 5 INFORMATIVO DA EJ – ANO III – Nº 9 – DEZEMBRO/2007 E n t r e v i s t a Ministro Maurício Godinho Delgado N conferências e internet, por exemplo) ou da preservação da primazia do contato direto professor-aluno, que, em sua opinião, é insubstituível em qualquer proposta séria e consistente de educação, inclusive profissional. EJI - Como o senhor avalia o momento histórico da sua ascensão para o TST, do ponto de vista dos desafios para o Direito do Trabalho e a Justiça do Trabalho no país? Maurício Godinho - São grandes os desafios postos para toda a Magistratura no presente momento histórico do país: desde 1988, a sociedade brasileira vem continuamente engrandecendo, capacitando e aperfeiçoando o Poder Judiciário, inclusive a Justiça do Trabalho, já sendo hora de se responder com a firme busca de maior celeridade e efetividade na prestação jurisdicional. No tocante à Justiça do Trabalho, o desafio eleva-se por causa do alargamento de competência instaurado há três anos. EJI - O senhor tem ampla experiência na formação de várias gerações de bacharéis em Direito, advogados, juízes e servidores da Justiça do Trabalho, tanto na Universidade, quanto na Escola Judicial do TRT de Minas Gerais. Como o senhor avalia que essa experiência possa contribuir para a Justiça do Trabalho Nacional nessa nova etapa da sua carreira? Jânio Fernandes/ACS atural de Lima Duarte, bacharel em Direito pela UFJF em 1976, Maurício Godinho Delgado, mestre em Ciência Política e doutor em Direito pela UFMG, foi empossado no cargo de Ministro do TST no último dia 14 de novembro, em Brasília. Delgado ingressou na Justiça do Trabalho em 1989 e foi promovido ao TRT, por merecimento, em 2004. Professor Assistente da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG - Ciência Política (19781992), Professor Adjunto da Faculdade de Direito da UFMG (1993-2000) e Professor Adjunto da Faculdade de Direito da PUCMinas (2000-2007), Godinho já ministrou mais de 35 cursos sobre Direito do Trabalho em diversas cidades do País. Possui treze livros individuais publicados e três livros coletivos organizados (em co-autoria). Jurista com ampla experiência na formação de gerações de bacharéis em Direito, advogados, juízes e servidores da Justiça do Trabalho, seja na Universidade ou na Escola Judicial do TRT de Minas Gerais, da qual era membro do Conselho Consultivo, Maurício Godinho, no TST, poderá contribuir ainda mais para a Justiça do Trabalho. Para ele, a Constituição de 1988 instituiu uma organização e uma cultura de constante estudo por parte dos profissionais que integram o Poder Judiciário, sejam magistrados ou servidores. O decisivo, na formação dos magistrados brasileiros, de acordo com o Ministro, é dar seguimento às atividades das escolas regionais e da Enamat, por meio da incorporação de novos métodos de comunicação e interação (video- Godinho - Acredito bastante no poder transformador e de aperfeiçoamento da educação, em todos os seus níveis, inclusive no tocante à capacitação profissional. Penso que, nessa área, a Constituição de 1988, mais uma vez, lavrou importantíssimo tento ao instituir uma organização e uma cultura de constante estudo por parte dos profissionais que integram o Poder Judiciário, sejam magistrados ou servidores. Nessa linha, a Escola Judicial do TRT de Minas Gerais detém notável pioneirismo, com uma seqüência muito significativa de atividades de formação inicial e permanente da comunidade jurídica do Tribunal. A Escola Nacional, mais recente, também já está construindo importante experiência na área. O decisivo é dar seguimento a tais atividades, seja incorporando novos métodos de comunicação e interação (videoconferências e internet, por exemplo), seja preservando a primazia do contato direto professor-aluno, insubstituível em qualquer proposta séria e consistente de educação, inclusive profissional. EJI - Em que aspectos da formação do magistrado e dos servidores o senhor considera que a Justiça do INFORMATIVO DA EJ – ANO III – Nº 9 – DEZEMBRO/2007 6 Guto/EJ Trabalho precisa avançar mais não poderia ser diferente. Hoje tal de prestação de serviços de uma ainda? Como conjugar, da forma investimento em formação trata- empresa a outra, sem qualquer mais proveitosa possível, o papel se não apenas de imperativo lógi- vínculo com a noção civilizatória do co e estratégico, como também de trabalho), o resultado que se tem da Universidade e das Escolas alcançado é bastante conJudiciais nessa formasistente. Tem-se afirmado a ção? relevância da relação de Godinho - Os avanços emprego (núcleo de funciodevem caminhar em duas namento do capitalismo), direções, parece-me: de atraindo-se também para um lado, ampliando a essa competência as lides interação com boas uniconexas, quer individuais, versidades, que sejam quer coletivas. Assentoucentros reconhecidos de se a competência com resestudo e pesquisa, tendo peito às indenizações por linhas de reflexão direciodano moral, material e connadas à idéia de centraligêneres. As matérias coledade do trabalho e do tivas caminharam, definitiemprego, além da justiça vamente, para o estuário social. Nesse quadro, a da Justiça do Trabalho, combinação de um prodepois de longa e injustifigrama multidisciplinar cável resistência precedenhumanista com um prote. A ampliação competengrama técnico-jurídico cial relativamente às relaatualizado e consistente ções de trabalho não teve o atende de modo satisfacondão de sequer atenuar tório aos objetivos constio foco principal de estrututucionais. ração e existência deste De outro lado, multiplicar ramo especializado do e aperfeiçoar os instruJudiciário (que é a relação mentos de interação com empregatícia), servindo, a comunidade jurídica da muito mais, para atrair as Justiça do Trabalho, seja matérias conexas à relapor meio de vídeo ou teleção de emprego, que semconferências, com salas pre aqui deveriam já estar. especializadas ao longo “Não há saída para o aperfeiçoamento de Ao mesmo tempo, tem havido território correspondo sensatez em não se dente, seja por meio de qualquer instituição ou serviço que não passe por desarticular o eficiente sisinternet, seja ainda por um processo permanente de estudo tema judicial processador meio de eventos nas e interação educacional” das lides referentes às relasedes dos tribunais ao ções de consumo, previsto lado de eventos descenMinistro Maurício Godinho Delgado constitucionalmente para a tralizados por regiões. Justiça Comum (Juizados Nessa dimensão tecnolóEspeciais Cíveis) e não gica e operacional, cabe tomar imperativo constitucional e legal, abarcados pelo inciso I do cuidado, contudo, para não se no caso da Administração novo art. 114 da Consperder o senso de prioridade, Pública, em especial do tituição. que, parece-me, reside na prevaJudiciário. Há, é claro, algo a ser aperlência da interação direta profesfeiçoado: lembro, por exemsor-aluno. EJI - Como o senhor avalia a plo, as questões previdenampliação da competência da ciárias, a respeito de que EJI - Em que aspectos o investiJustiça do Trabalho nesses quase ainda claudica a jurisprumento em formação pode contritrês anos pós-Emenda dência, denegando efetivibuir para aprimorar a Justiça do Constitucional 45/2004? dade ao comando constituTrabalho? Godinho - Avalio muito positivacional que determina à Godinho - Em todos os aspectos mente. Passado o impacto inicial Justiça do Trabalho recopossíveis. Não há saída para o da mudança, em que se temeu lher as contribuições ineaperfeiçoamento de qualquer pela perda do caráter humanista rentes aos períodos contrainstituição ou serviço que não da Justiça do Trabalho (chegoutuais reconhecidos em propasse por um processo permase a pensar, embora minoritariacesso judicial, quer por nente de estudo e interação edumente, na competência para julacordo, quer por sentença. cacional. Com o Judiciário, isso gar lides interempresariais acerca INFORMATIVO DA EJ – ANO III – Nº 9 – DEZEMBRO/2007 7 Curso de Técnicas de Redação Jurídica chegou desta vez à região do Triângulo e Alto Paranaíba e foi ministrado para 76 servidores das Varas do Trabalho de Araxá, Araguari, Formiga, Ituiutaba, Patos de Minas, São Sebastião do Paraíso, Uberaba, Uberlândia e do Posto Avançado de Iturama. Com a iniciativa, a Escola Judicial do TRT da 3ª Região avança na descentralização das suas atividades, já que esta é a segunda experiência de Curso Regionalizado. O primeiro foi ministrado de 31 de maio a 5 de junho, na cidade-pólo de Juiz de Fora, para servidores da região da Zona da Mata. O curso para servidores do Triângulo e Região do Alto Paranaíba foi ministrado pelo Desembargador do TRT-MG Márcio O Servidores participantes do curso com o Desembargador Márcio Vidigal e o Juiz do Trabalho Substituto Marco Aurélio Marsiglia Treviso Flávio Salem Vidigal e pelo Juiz do Trabalho Substituto Marco Aurélio Marsiglia Treviso nos dias 25, 26 e 27 de outubro. As aulas realizaramse no Auditório do Foro da Justiça do Trabalho de Uberlândia. Inicialmente, foram oferecidas 63 vagas, número posteriormente ampliado para atender ao total de servidores interessados. Interiorização A Escola Judicial, no âmbito do projeto de interiorização das atividades ligadas à formação jurídica dos servidores, pretende, em época oportuna, estender o curso a outras regiões, com o intuito de proporcionar a efetiva participação dos servidores lotados nos Foros e Varas do Trabalho do interior do Estado em cursos presenciais de capacitação profissional. Casos práticos Para Ana Carolina Reis Paes Leme, servidora da VT de Araguari, o conteúdo das aulas foi extremamente prático, e os professores deram abertura para que os servidores tirassem dúvidas sobre casos práticos do dia-a-dia. Ela acredita que a maioria dos servidores só participou do curso em razão de ter sido realizado na cidade de Uberlândia. “Por isso, é de grande relevância a descentralização das atividades da Escola Judicial, a fim de possibilitar que os servidores das varas do interior tenham acesso aos cursos proporcionados pelo Tribunal”. Ana Carolina lembra que Minas Gerais é um estado muito extenso, e as distâncias entre as varas do interior e a capital, de fato, inviabilizam o acesso de muitos servidores às atividades da Escola. Ela elogia a iniciativa da Escola e torce para que outros cursos sejam ministrados em varas do interior. Colaboração Na organização dos aspectos operacionais do curso, a Escola Judicial contou com o apoio das servidoras Ana Carolina Reis Paes Leme (Vara do Trabalho de Araguari) e Tânia Mara Zandonadi (Secretária do Foro de Uberlândia). No encerramento do curso, o Desembargador Márcio Flávio Salem Vidigal promoveu o sorteio de um exemplar da 2ª edição de seu livro “Sentença Trabalhista”. O servidor da Vara do Trabalho de Ituiutaba Humberto Devoti Neto, na foto ao lado com o DesemBargador Márcio Vidigal, foi o ganhador do sorteio. Educação a distância A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho - Enamat e as Escolas Judiciais de todo o país já contam com recursos digitais da educação a distância para formação de magistrados, seja pelo sistema operacional adquirido pelo TST (Adobe Acrobat Connect Professional), seja por meio de convênios e parcerias que podem ser estabelecidos com outras instituições. A Escola Judicial do TRT da 3ª Região já utiliza, em alguns eventos, o sistema Adobe Connect em suas transmissões para o interior. A qualidade da imagem e do som ainda depende da melhoria da banda de internet disponível no TRT. Grupos de Estudo da Escola Judicial também experimentaram outros sistemas disponíveis na rede para transmissão de suas reuniões, como o Skipe e o Flash Meeting. O 1º Curso de Formação Continuada em Falência e Recuperação Judicial no Processo do Trabalho, realizado pela Enamat em agosto, encontrase disponível para acesso remoto no site www.tst.gov.br ,seção Enamat. Atualmente encontra-se em estudo na Escola Judicial o potencial da plataforma Moodle, disponiblizada gratuitamente na rede mundial de computadores, para ser utilizada como recurso pedagógico nos cursos regulares. Bolsa para a ENM francesa Juiz Mauro César Silva, Titular da 1ª Vara do Trabalho de Betim, foi selecionado para participação no curso “Apresentação das Instituições Judiciárias Francesas”, realizado na ENM da França, de 1º a 26 de outubro de 2007. A Escola Nacional de Magistratura francesa, em parceria com a Escola Judicial do TRT-MG, oferece anualmente vagas em seus cursos para magistrados da 3ª Região. A Embaixada da França oferece bolsa que cobre despesas de alimentação e hospedagem do participante. Os custos com passagem aérea são de responsabilidade do juiz selecionado. O Fotos: Kênia da Nóbrega/VT Araguari Curso da Escola Judicial no interior INFORMATIVO DA EJ – ANO III – Nº 9 – DEZEMBRO/2007 8 Preservação da Memória em debate N os dias 1º e 2 de outubro, a “Diante de tudo que vi e ouvi durante compor a Primeira Comissão Juíza Maria Cristina Diniz o Encontro em Campinas, restou Coordenadora Nacional, com manCaixeta, Titular da 7ª VT de claro que o Centro de Memória de dato até o próximo Encontro. BH e Conselheira da Escola Judicial, Minas está numa posição de desta- Essa Comissão tem os objetivos participou do II Encontro da Memória que no cenário nacional de Memória específicos de divulgar as resoluções dos Encontros Nacionais, dar da Justiça do Trabalho em Campinas. do Judiciário”, concluiu a juíza. No encontro, foram debatidas as O Centro de Memória vem tendo seu andamento às campanhas em prol iniciativas e políticas desenvolvidas trabalho aperfeiçoado em face da da idéia da preservação e da gestão em cada um dos 24 Regionais do contratação da assessoria da histo- documental, dar cumprimento às país, referentes ao processo eletrôni- r i a d o r a d a U F M G B e t â n i a resoluções dos Encontros e dialogar Gonçalves Figueiredo, que já reali com os demais ramos do Poder co e seus reflexos na preservação da Judiciário, no intuito da memória da JT, além de preservação de seus discutir as políticas de guaracervos. da e preservação de docuDiante de tudo que vi e ouvi durante o Encontro em Campinas, Maria Cristina Caixeta mentos no Judiciário restou claro que o Centro de Memória de Minas está numa posição integrou a comissão elaTrabalhista, com enfoque de destaque no cenário nacional de Memória do Judiciário. boradora da Carta de para os documentos digitaCampinas, que contém as lizados. O destaque foi a Juíza Maria Cristina Diniz Caixeta Resoluções do II EnconLei 11.419 de 2006, que tro Nacional da Memória instituiu o processo eletrô zou o diagnóstico do trabalho atual- da Justiça do Trabalho e a ratificanico no Poder Judiciário. Maria Cristina Diniz Caixeta realizou mente desenvolvido e apresentou ção das Resoluções do I Encontro. A magistrada ressaltou a ratificação exposição sobre a experiência e pers- proposta para seu aperfeiçoamento. pectivas do Centro de Memória da Um dos destaques da apresentação da resolução do I Encontro relativa à Justiça do Trabalho em Minas na área do trabalho do Centro de Memória suspensão dos descartes de autos da "Educação em Museus". Ela relata no encontro realizado em Campinas de processos findos e seus corresque “a tônica do evento foi a preser- foi a criação do selo “tema relevan- pondentes desmembramentos. Tal vação de documentos. Pontos de te”, que identifica processos de valor procedimento possibilitará ampla vista divergentes foram sustentados sócio-histórico e jurídico para fins de reflexão sobre o tema da guarda de documentos, em respeito aos princípor profissionais da área de História e preservação. Arquivologia”. De acordo com a juíza, A iniciativa pioneira da 3ª Região já pios constitucionais. o assunto relativo ao suporte do docu- teve adesão dos TRTs da 4ª e 11ª O documento destaca que é impormento também teve destaque: o uso Regiões e do Supremo Tribunal tante o envolvimento, na discussão, dos vários segmentos dedicados à de papel, microfilmagem ou digitali- Federal (STF). gestão documental e à preservação zação acendeu a discussão sobre a da memória, como a Corregedoriaviabilidade ou não do processo ele- Comissão coordenadora Cristina Caixeta foi convidada para Geral da Justiça do Trabalho. trônico. Processo Eletrônico é tema de estudos Inglaterra.No dia 20 de setembro, foi realizada uma videoconferência, transmitida ao vivo, de Barcelona, Espanha, com o Professor Agustí Cerrillo, da Universitat Oberta de Jânio Fernandes/ACS O Grupo de Estudos “Justiça e Direito Eletrônicos”, da Escola Judicial do TRT-MG, promoveu dois encontros que discutiram o processo eletrônico na Justiça. O Grupo é formado por magistrados da 3ª Região e de outros Regionais, advogados e servidores e coordenado pelo Juiz José Eduardo Resende Chaves Júnior, titular da 21ª VT de BH. Uma das reuniões, realizada no dia 09 de novembro, foi transmitida via internet para membros do grupo ausentes. A transmissão foi possível mediante uso de sistema disponibilizado pela Open University, da Catalunya, sobre o tema “e-justiça na Espanha”. O evento contou com a parceria da Rede Latinoamericana de Juízes - REDLAJ www.redlaj.org. O grupo formado por magistrados, servidores e advogados realizou duas reuniões no TRT-MG INFORMATIVO DA EJ – ANO III – Nº 9 – DEZEMBRO/2007 9 Cenários da Terceirização em debate Fernando Duque de Souza, Auditores Fiscais do Trabalho das áreas de Legislação e de Segurança e Saúde no Trabalho da DRT-MG. O Juiz Titular da 1ª VT de Parauapebas-Pará, Jônatas dos Santos Andrade, falou sobre as “Experiências da Vara Itinerante da JT da 8ª Região (Pará) e as Terceirizações Ilícitas”. A palestra teve como debatedor Geraldo Emediato de Souza, Procurador do Trabalho da 3ª Região. O evento foi promovido pela Escola Judicial do TRT-MG e Delegacia Regional do Trabalho de Minas Gerais, com apoio da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho AAFIT/MG. Jânio Fernandes/ACS M agistrados, procuradores e auditores fiscais do trabalho reuniram-se no TRT-MG, no dia 21 de setembro, para discutir a Terceirização. O primeiro painel abordou o assunto “Terceirização Ilícita no Setor Público e Privado – Limites da Atuação do Auditor Fiscal do Trabalho”, com o palestrante Maurício Godinho Delgado, então Desembargador do TRT-MG e atual Ministro do TST, e com as debatedoras Ana Cláudia Nascimento Gomes, Procuradora do Trabalho da 3ª Região, e Alessandra Parreiras Fialho, Auditora Fiscal do Trabalho da DRT-MG. O 2º Painel discutiu o tema “Cenários Atuais da Terceirização”, com apresentação de casos reais sobre “Inspeção do Trabalho - Atividades econômicas: Setor de Telecomunicações, Setor Hospitalar e Cana-de-açúcar” pelos palestrantes Francisco Henrique Otoni de Barros, Margarida Barreto de Almeida, Airton Marinho da Silva, José Gomes Pacheco Filho e Luiz A Auditora Fiscal do Trabalho Alessandra Parreira Fialho; os Desembargadores do TRT-MG José Roberto Freire Pimenta, Diretor da Escola Judicial, e Paulo Roberto Sifuentes Costa, Corregedor e Presidente eleito do TRT-MG para o biênio 2008-2009; o Delegado Regional do Trabalho Osman Miranda de Sales, o então Desembargador do TRT-MG e agora Ministro do TST Maurício Godinho Delgado, e a Procuradora do Trabalho Ana Cláudia Nascimento Gomes. Minicurso de Direito Administrativo Conselheira da EJ apresenta Selo “Tema Relevante” no RS O A Juíza Adriana Goulart de Sena, Titular da 35ª Vara do Trabalho e membro do Conselho Consultivo da Escola Judicial do TRT-MG, participou, em Porto Alegre, no dia 5 de outubro, do lançamento do Selo do Memorial do Acervo Histórico do TRT do Rio Grande do Sul. Na ocasião, foram discutidas as políticas de preservação do acervo de processos históricos da Justiça do Trabalho. Adriana Sena foi convi dada pelo TRT da 4ª Região para apresentar o Projeto “Selo Tema Relevante”. Instituído em maio deste ano pelo Ato Regulamentar nº 4 da Presidência do TRT de Minas, o selo destina-se a preservar processos de interesse sócio-histórico e assegurar que temas importantes e de interesse doutrinário sejam resguardados naqueles processos, após cumprirem os prazos previstos na tabela de temporalidade. Professor da UFMG Florivaldo Dutra de Araújo ministrou o minicurso de Direito Administrativo em 23 de novembro, pela manhã e à tarde, no plenário do TRT-MG, para magistrados da 3ª Região. O evento da Escola Judicial constituiu atividade da Formação Permanente de Magistrados do Trabalho e também do V Curso de Formação Inicial de Juízes. Foram enfatizados tópicos relativos à competência da Justiça do Trabalho para julgar questões que envolvem servidores e empregados públicos como, por exemplo, contratos celetistas, contratos temporários e greve no serviço público. Receita Federal apresenta INFOJUD INFOJUD, Sistema de Informações que a Receita Federal do Brasil disponibiliza para o Poder Judiciário, foi apresentado a magistrados da 3ª Região no dia 19 de outubro, no plenário do TRTMG, pelo Delegado da Receita Federal em Belo Horizonte, Hermano Lemos de Avellar Machado. O O INFOJUD permite o acesso dos magistrados, pela via eletrônica, a dados cadastrais de pessoas físicas e jurídicas envolvidas em processos. O magistrado, mediante certificação digital, poderá obter os dados em apenas cinco minutos. O evento foi idealizado pela Corregedoria do TRT da 3ª Região e promovido pela Escola Judicial, com o apoio da Amatra3. INFORMATIVO DA EJ – ANO III – Nº 9 – DEZEMBRO/2007 10 O III Encontro Nacional de Diretores de Escolas da Magistratura reuniu, nos dias 18 e 19 de outubro, na sede da AMB - Associação dos Magistrados Brasileiros, em BrasíliaDF, participantes de Escolas de Magistratura dos diversos segmentos do Judiciário de todo o País. No evento, foram discutidos os desafios das Escolas de Magistratura, a criação e implantação das Escolas Nacionais e as diretrizes que estão sendo propostas pelos diversos segmentos da carreira para a seleção e formação de magistrados após a Emenda Constitucional 45/04. A Juíza Graça Maria Borges de Freitas, Coordenadora Acadêmica da Escola Judicial do TRT da 3ª Região e Presidente do Conselho Nacional das Escolas de Magistratura do Trabalho (Conematra), que participou do encontro na qualidade de painelista, destacou a importância da realização do evento no momento em que as Escolas estão expedindo suas primeiras resoluções. Ela defende que, juntas, a Escola Nacional da Magistratura (ENM-AMB), a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat-TST) e a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam-STJ) discutam os temas de interesse comum em relação à seleção e formação de magistrados, bem como participem do processo de discussão do novo estatuto da magistratura nacional. Outro importante acontecimento do encontro, segundo a magistrada, foi a presença de uma assessora técnica do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari Bucci, disposta a iniciar a interlocução entre as escolas de magistratura e o MEC nos temas relativos ao ensino jurídico,à autorização e ao reconhecimento de cursos de Direito. Esse interesse do Ministério Lula Lopes/AMB Escolas compartilham experiências Juiz Renato Castro Teixeira Martins, Secretário-Geral da ENM; Desembargadora Federal Consuelo Yoshida Moramizato, Conselheira da Enfam; Juiz Luís Felipe Salomão, Diretor da Enfam; Juíza Graça Maria Borges de Freitas, Coordenadora Acadêmica da EJ/TRT-MG e Presidente do Conematra, e o Juiz Sérgio Ricardo, Diretor da Escola de Magistratura do Espírito Santo. da Educação vem ao encontro das expectativas das escolas de magistratura de que a discussão sobre a formação jurídica leve em conta a pluralidade das funções que possam ser exercidas pelo bacharel em Direito. III Semana da Conciliação do TRT-MG Escola Judicial participará da III Semana da Conciliação do TRT-MG, a ser realizada de 2 a 8 de dezembro em todo o estado de Minas Gerais. A programação in-cluirá palestras e debates sobre a conciliação organizados pela Escola Judicial. Haverá mutirão pela concilia-ção em A diversas Varas do Trabalho. O evento contará com a presença da Presidente do STF e do CNJ, Ministra Ellen Gracie Northfleet, do Ministro do TST Maurício Godinho Delgado, do Presidente do TRT-MG, Desembargador Tarcísio Alberto Giboski, do Presidente do Tribunal de Justiça de Minas, Desembar- Conematra Encontro de bibliotecários A Escola Judicial do TRT da 3ª Região participou do VIII Encontro de Bibliotecários e Documentalistas da Justiça do Trabalho, realizado em agosto, no TRT da 10ª Região, em Brasília. Profissionais da documentação do TST e de Regionais discutiram e propuseram a “Padronização dos Procedimentos nos Serviços de Biblioteca e Arquivo: Soluções Conjuntas de Estruturação do Portal de Informações da Justiça do Trabalho”. A servidora Ana Maria de Araújo, da Escola Judicial da 3ª Região, participou do encontro. ntre setembro e novembro deste ano, o Conselho Nacional das Escolas de Magistratura do Trabalho - Conematra realizou reuniões nas sedes da Escola Judicial do TRT-MG, em Belo Horizonte, da Ematra IX, em Curitiba, e da Escola Judicial do TRT da 10ª Região, em Brasília. As principais questões tratadas foram: o projeto de criação de um portal na internet para todas as Escolas da Magistratura do Trabalho e a assessoria técnica da Pedagoga do Trabalho Acácia Kuenzer na elaboração dos projetos pedagógicos das Escolas integrantes do Conselho. A reunião de BH ocorreu em 21 de setembro, E gador Orlando Adão de Carvalho, do Corregedor do TRT-MG, Desembargador Paulo Roberto Sifuentes Costa, e do Diretor da EJ do TRTMG, Desembargador José Roberto Freire Pimenta, entre outras autoridades. A III Semana da Conciliação será promovida pelo TRT-MG, CNJ e data da conferência do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos na Faculdade de Direito da UFMG, assistida por vários representantes das Escolas que integram o Conematra. As demais ocorreram nos dias 12 e 21 de novembro. Na última reunião, promovida por ocasião da abertura da 1ª Jornada de Direito Material e Processual da JT, em Brasília, realizou-se assembléia na qual, entre outros assuntos, se aprovou o ingresso da Escola Judicial do TRT da 19ª Região e foi reeleita, por unanimidade, a Comissão Diretiva do Conematra por mais um ano. A Juíza Graça Maria Borges de Freitas, Titular da VT de Formiga/MG e Coordenadora Acadêmica da Escola Judicial do TRT-MG, continua na presidência até o final de 2008.