Liquido Cefalorraquiano LCR Punção Importância O exame do LCR é um passo indispensáel no diagnóstico da meningite bacteriana ou por fungos LCR deve ser sempre considerado como um exame de urgência. A composição química e citológica do LCR se altera com inflamações cerebrais ou de meninges, isto é, meningite ou encefalite. Os mais importantes agentes causadores de meningite estão correlacionados com a idade do paciente. Exame Laboratorial Exame Físico Aspecto: – Normalmente límpido, transparente, comparável a água de rocha – Patológico: Tonalidade variável, desde levemente opalescente até francamente turvo. – < 100 elementos mm³: ??? Difícil interpretação. – Dificilmente ocorre turvação por bactéria (pode ocorrer nos casos de pneumocócica ou por criptococo) Exame Laboratorial Exame Físico Cor: Incolor, mesmo em muitas situações patológicas. – Rn: levemente amarelada até 30 dias de vida. – Eritrocrômico: pode ser causado por acidente de punção. Prova dos 3 tubos. Diminuição da coloração conforme o escoamento do liquor. Centrifugação: sobrenadante incolor indica acidente de punção, lembrando que deve imediatamente após a punção. Coagulação no liquor na prova de sedimentação, indica acidente de punção. A morfologia não diferencia o modo de sangramento. Método de coloração: As hemácias recentemente derramadas coram uniformemente, enquanto as velhas se coram na periferia. Exame Laboratorial Exame Físico Cor: – Xantocrômico: indica cor amarela, não esta só relacionada ao derrame de sangue, mas devemos considerar três origens: Hemolítica Serogênica: compressão raquiana ou encefálica(estase da circulação) Biliar: intensa icterícia(> 30, é muito comum o LCR ventricular ser incolor) somente nos casos graves • Sempre é necessário comparar-la com água. Exame Laboratorial Exame Físico Cor: – Hemorragia subaracnóide Até 6 horas: lncolor após a centrifugação De 6 a 24 horas: avermelhada Até 3 a 4 dias: alaranjada Após: amarela pura ( de 5 a 20 dias) Os glóbulos desaparecem completamente após 4 a 8 dias. Pode ocorrer novos sangramento neste percuso. Exame Laboratorial Exame Físico Cor: – Esbranquiçada ou branco: meningite purulenta – Esverdeada: nos casos avançados de pneumocócica – Verde-azulada: Pseudomonas aeruginosa – Parda: melanossarcomatosa Exame Laboratorial Exame Físico Retículo fibrinoso: – LCR não tem fibrinogênio – Pode ocorrer passagem de fibrinogênio em algumas situações. Exame Laboratorial Citologia Nos processos inflamatórios agudos com a formação de exsudato provêm do sangue. Contagem global utiliza-se a câmara de Fuchs-Rosenthal. Câmara: volume de 3.2 mm³ Dividir o resultado por 3.2(3.0 se corar com uma gota de violeta de genciana 0,5 de liquor) Exame Laboratorial Citologia Causas de erros: – – – – Leitura imediata Homogeneização As células são adesivas ao vidro Mistura acidental(descontar 1 célula para 500 hemáceas) Exame Laboratorial Citologia Conceito de normalidade: – Entre 0 a 3 células, alguns autores toleram 5 células – Homogeneização – As células são adesivas ao vidro – Mistura acidental(descontar 1 célula para 500 hemáceas) Câmara Câmara Câmara Outras Provas Coloraçao de Gram. Coloração de Ziehl-Neelsen. Exame a fresco (tinta da China). Procedimentos de culturais Prova de látex. Gram A clássica coloração de Gram deve ser desenvolvida em todos os sedimentos do LCR. Após misturar completamente todo o sedimento, uma alçada é colocada em uma lâmina nova desengordurada. Aplicar uma segunda alçada sobre a primeira já seca. Isso aumentará a concentração do liquor. O sedimento nunca deverá ser espalhado sobre a superfície da lâmina, já que este procedimento aumentará as dificuldades de visualizar pequenos números de microorganismos. Falsos resultados podem ocorrer pelo uso de lâmina contaminada. Estudo Agentes Estreptococos Agentes Pneumococo Agentes Meningococo Bacterianas X Virais Caso Clínico H. R. D., 2 anos, negro, natural da cidade do Rio de Janeiro. Há 2 dias início do quadro com febre não aferida e cefaléia pela manhã. À tarde, passou a apresentar vômitos tendo feito tratamento sintomático com metoclopramida. À noite, apresentou lesões cutâneas que pioraram na manhã do dia seguinte, evoluindo também com sonolência. Transferido para o Hosp. Univ. Clementino Fraga Filho - UFRJ após início de antibioticoterapia (ampicilina+cloranfenicol). Caso Clínico Ao exame: Temperatura retal - 39ºC Hipocorado+/4+, hidratado, acianótico, anictérico. Hipotenso (75x45mmHg), taquicárdico (140 bpm), taquipneico (32 irpm sem esforço). Prostrado, sonolento,com rigidez de nuca, sem déficit focal de força, presença de sinal de Kernig. Presença de lesões petequiais com áreas de confluência, principalmente em MMII, acometendo também tórax e MMSS. Restante do exame sem alterações. Caso Clínico 9.783 cel/mm3 PMN 100% Proteinorraquia >1g% Glicose - 0mg/dl Bacterioscopia - Diplococos Gram negativos como pode ser visto na foto abaixo Latex + Caso Clínico Caso Clínico