Vinho&Cia Ano 4 - Número 27 - R$ 7,00 ConVisão 1 O no em harmonizações e restaurantes com vinhos O seu programa com vinho no verão Onde Beber Melhor no Litoral da Baixada Santista Restaurantes classificados pelo serviço de vinhos em São Paulo e Rio Os melhores vinhos com ostras &... Muito mais! FESTIVAL OSTRAS, VINHO&CIA VINHO&CIA APRECIE COM MODERAÇÃO APRECIE A PREÇOS ESPECIAIS NO CAFÉ JOURNAL OS VINHOS QUE RECEBERAM A MEDALHA CIA. DE OURO DO VINHO&CIA COM OSTRAS FRESCAS R$48 R$60 R$55 R$35 R$63 R$19 ATÉ 29 DE FEVEREIRO DE 2008 SOMENTE NO CAFÉ JOURNAL, NA AL. DOS ANAPURUS, 1121, MOEMA, (11) 5055-9454, SÃO PAULO 2 Vinho&Cia - No. 27 Curta a sua praia Nós vamos onde você está: nos restaurantes, nas praias, na sua casa, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no litoral... Vinho&Cia Vinho & Cia - No. 27 3 Aperitivo Para aproveitar o verão com vinho Vinho&Cia Ano 4 - Número 27 Editor Regis Gehlen Oliveira Publicação O ano de 2008 começa com forte pressão dos governos Federal e Estadual de São Paulo para aumentar os impostos sobre os vinhos importados, o que pode elevar consideravelmente o preço das garrafas. Torcendo para que as medidas não se efetivem, vamos por outro lado no estímulo ao consumo moderado e prazeroso do vinho também no verão. Nesta edição indicamos Onde Beber Melhor no litoral da Baixada Santista. Relacionamos 24 restaurantes em que é possível beber um bom vinho, e premiamos os melhores locais em diversas categorias. É mais um trabalho inédito do Vinho&Cia, diferente de outras publicações que premiam apenas a grande variedade. Avaliamos o conjunto do local e do serviço de vinhos e também os preços praticados sobre os rótulos. E para que tudo seja melhor ainda, com possibilidade de prazer na prática, promovemos em vários restaurantes do litoral o Circuito Vinho&Cia, em que estão em oferta vinhos a preços especiais, harmonizados com pratos de destaque em cada casa. Provamos também vários vinhos em lançamento no mercado e damos as dicas daqueles com as melhores relações custo-benefício. Ainda sob o tema o que beber, como boa pedida para a época, apresentamos os melhores vinhos para acompanhar ostras frescas no Café Journal em São Paulo, que poderão ser apreciados no próprio restaurante com o prato, em um festival com os rótulos a preços especiais. E para aproveitar melhor ainda o verão com vinho, é bom se aprofundar nas muitas informações sobre o assunto trazidas pelos nossos colunistas. Tim-Tim! É verdade que... ConVisão Al. Araguaia, 933, 8o. and. Alphaville 06455-000, Barueri, SP Redação Adriana Bonilha Beto Acherboim Cesar Adames Custódio (cartum) Denise Cavalcante Didú Russo Estevam Norio Ito (fotos) Euclides Penedo Borges Fernando Quartim Jaqueline Barroso Jairo Monson Jorge Monti José Ivan Santos Sérgio Inglez de Souza Walter Tommasi Assinaturas e Propaganda (11) 4192-2120 [email protected] Vinho & Saúde Jairo Monson Médico e escritor [email protected] S há diferenças entre a quantidade ideal para uma ou outra pessoa beber moderadamente? im. A dose segura de álcool é diferente para cada um e difícil de determinar. Depende de diversos fatores como sexo, peso corporal, mais especificamente o peso do fígado, quantidade de enzimas que metabolizam o álcool e constituição gênica de cada indivíduo. Vários cientistas e autoridades sanitárias tentaram defini-la, mas não houve consenso. O Dr. Arthur Klatsky é um dos cientistas que mais estuda este assunto e considera seguro para a maioria dos homens até 30g por dia de álcool (300ml de vinho a 12,5%) e 20g por dia (200ml de vinho a 12,5%) para as mulheres. 4 Impressão Metromídia Vinho & Cia é uma publicação da ConVisão relativa ao segmento de vinhos e suas companhias naturais, como gastronomia, restaurantes, prazer, conhecimento, viagens e outras. Circula principalmente na Grande São Paulo e no Grande Rio de Janeiro nos principais restaurantes e lojas especializadas. Pode ser adquirido por assinaturas ou em bancas selecionadas. Os artigos e comentários assinados não refletem necessariamente a opinião da editoria. A menção de qualquer nome neste veículo não significa relação trabalhista ou vínculo contratual remunerado. Vinho&Cia - No. 27 O que beber Provamos antes para você beber melhor Entre os inúmeros lançamentos no mercado, aqui estão rótulos selecionados considerando o melhor benefício dentro de cada categoria de preço. Com tampa de rosca Espumante estrela Pode parecer estranho, mas a cada dia no mundo se usam mais as tampas de rosca em vinhos, e não somente em produtos de baixa qualidade. Para vinhos que não necessitam da micro-oxigenação são adequadas. Para abrir, é mais prático do que as rolhas. Um dos recentes rótulos oferecidos com rosca é o Sauvignon Blanc Casillero del Diablo, bastante aromático e fresco, adequado para a época do verão. Pernod Ricard: (0800) 014-2011 A produção está no início, mas já se pode dizer que os espumantes são estrelas. Em recente evento Harmonizando o Terroir promovido pelo Vinho&Cia eles brilharam. Um dos destaques é o pouco usual corte incluindo a uva Viognier. Estrelas do Brasil: (54) 3455-8103 De altitude Ninguém permanecerá igual após provar a linha Grande Reserva Pisani Panceri. O Merlot é ótimo, com toques que somente a produção em vinhedos de altitude de Santa Catarina pode proporcionar. Sinta você mesmo. Panceri: (49) 3366-7700 Nature Quando se fala em espumante de qualidade brasileiro sempre um dos primeiros a ser lembrado é o Cave Geisse. O Nature é um dos grandes produtos da linha, fresco, seco e instigante. Cave de Amadeu: (54) 3455-7461 Para sobremesa Ainda as pessoas no Brasil não têm muito hábito, porém vale a pena adquirir e deixar-se influenciar pelo prazer: espumantes de uva Moscatel acompanhando sobremesas. Um bom produto é o Oremus, que foi muito elogiado por jornalistas, sommeliers e donos de restaurante no evento Harmonizando o Terroir promovido pelo Vinho&Cia. Fante: (54) 3292-1122 Começando diferente Da Nova Zelândia A emergente região de vinhos de altitude de Santa Catarina traz a cada dia boas surpressas. A linha Tapera Augusta é um exemplo, com tintos e brancos. Bom rótulo é o Cabernet Sauvignon - Merlot, herbáceo, diferente. Santa Augusta: (49) 3566-9600 A uva Pinot Noir fez fama na Nova Zelândia, mas esse Merlot da mesma região é de extrema elegância, delicado e redondo: Brookfields Burnfoot Merlot 2005. Para a colunista Denise Cavalcante é a perfeita definição de um vinho feminino: equilíbrio perfeito na boca. R$74. Premium: (31) 3282-1588 Vinho&Cia - No. 27 5 O que beber OSTRAS & Vinhos A preciar ostras frescas no verão e nas férias é muito apropriado. A iguaria lembra algo leve, que pode ser petiscado, provado aos poucos, em momentos de descontração ou happy-hour. São adequadas ao clima de calor também, boas para serem consumidas com vinhos mais resfriados. Assim, têm tudo a ver com a época. Comer ostras, contudo, requer atenção. Se não forem de procedência confiável e consumidas em local bastante cuidadoso, pode haver o risco de contaminação. Nesse sentido, Vinho&Cia escolheu o Café Journal Vermeer em São Paulo, para fazer duas ações. A primeira, degustar ostras com vinhos e identificar os rótulos que melhor combinam. A segunda, promover um festival para que todos possam experimentar as mesmas ostras com os melhores vinhos até o final de fevereiro. Uma equipe de degustadores do Vinho&Cia reuniu-se e provou às cegas (sem conhecimento do rótulo) 20 amostras, enviadas por vinícolas, importadoras e distribuidoras, apresentadas na tabela ao lado. Os seis melhores rótulos em combinação com o prato receberam a medalha Cia. de Ouro e estão em destaque. As ostras Vinho&Cia degustou as ostras na forma mais convencional, servidas no restaurante de modo simples, num prato, para serem apreciadas apenas puras com toques de limão. As ostras do Café Journal Vermeer são oriundas da Villa das Ostras, de Florianópolis (11) 3873-0098 / 8326-9946. Onde Comer O Vermeer é uma ampliação recente do Café Journal, um espaço anexo, com áreas ao ar livre, adequadas também à apreciação de charutos. O Café Journal destaca-se pela qualidade do seu cardápio, pelo seu ambiente e pelo serviço de vinhos. No almoço serve buffet com pratos bem elaborados, e no jantar trabalha com cardápio. A decoração é agradável, rústica, com meia luz, ótima para encontros românticos ou bate-papo descontraído. Conta com bela adega, uma das melhores de São Paulo, com quase 300 rótulos. No conjunto, é um local muito adequado nesta época para a apreciação das ostras. Experimente as ostras e os vinhos O prato e os seis vinhos que receberam a medalha Cia. de Ouro poderão ser experimentados até o final de fevereiro de 2008 no Café Journal Vermeer, com os rótulos a preços especiais. A promoção é fruto de parceria entre o Vinho&Cia, o restaurante e os fornecedores. Café Journal, Al. dos Anapurus, 1121, (11) 5055-9454, Moema, São Paulo 6 Vinho&Cia - No. 27 Os melhores com as ostras 1 2 3 4 5 Onde beber Onde beber melhor no litoral da Baixada Santista B ebida em restaurante do litoral não é mais somente cerveja, uísque ou caipirinha, como Vinho&Cia pôde comprovar. Em rigorosa pesquisa, a equipe do jornal selecionou 24 restaurantes da Baixada Santista em que o vinho recebe no mínimo alguma atenção diferenciada e em alguns deles é alvo de muita atenção. Embora de modo geral haja muito a evoluir, o número mostra que o hábito do vinho, a cada dia e surpreendentemente, ganha novos horizontes. A equipe do jornal visitou todos restaurantes em Santos, Guarujá e Bertioga. Nenhum local de São Vicente foi selecionado. No Guarujá está a maioria deles, 17 do total de 24, nas praias de Pitangueiras (4), Enseada (8), Pernambuco (3) e Tombo (1); em Santos estão 6; e em Bertioga, na Riveira de São Lourenço, estão 2. De cada restaurante foi levantada a carta de vinhos, com atenção para a variedade de rótulos, os tipos (se diferenciados, especiais ou comuns de baixa qualidade) e a sua organização (inclusive se fornece orientações ao consumidor). Foi pesquisado o sistema de armazenamento, se é usada adega climatizada ou adega especial, e o serviço com taças adequadas ou copos comuns. Foi observado se o restaurante tem em tempo integral sommelier para auxiliar os consumidores e administrar a adega, e o nível desse profissional. Atenção especial foi dada aos preços praticados, com cálculo da margem de venda ao consumidor sobre a compra direta das importadoras ou vinícolas. Os 8 Piccola Forneria, em Santos locais que oferecem variedade de vinhos em conta, com preços até 30 reais, também foram apontados. A pesquisa envolve inclusive o nível do ambiente e a qualidade da cozinha oferecida. Considerando todas as informações anteriores, Vinho&Cia classifica o nível geral do serviço de vinho do restaurante com cotações que variam de 1 a 5. Perdem pontos os locais que só trabalham com rótulos caros e praticam margens elevadas de preços de vinhos. Para incentivar, o jornal premia os melhores restaurantes em diversas categorias. Confira a seguir as cotações, os premiados e todos os restaurantes no guia Onde Beber. Os melhores para o vinho Piccola Forneria, Canal 5, Santos, pizzaria e cozinha italiana Van Gogh, Canal 1, Santos, pizzaria e cozinha italiana Gaiana, Riviera de São Lourenço, Bertioga, cozinha internacional Tertúlia, Ponta da Praia, Santos, churrascaria rodízio Thai – Casa Grande, Enseada, Guarujá, cozinha tailandesa Les Épices - Jequitimar, Pernambuco, Guarujá, cozinha francesa Vinho&Cia - No. 27 Onde beber Os melhores restaurantes em cada categoria Cozinha Sofisticada GAIANA Cozinha Informal PICCOLA FORNERIA Variedade de Vinhos PICCOLA FORNERIA Preços de Vinhos VAN GOGH Vinhos em Conta VAN GOGH O restaurante da Riviera de São Lourenço foi o mais premiado. O conjunto do seu serviço de vinhos, o seu belo ambiente e o bom nível da sua cozinha, comandada pelo chef Julião, contribuem para que seja eleito o melhor restaurante da Baixada onde apreciar vinho em companhia de cozinha sofisticada. O charmoso e rústico andar superior da despojada casa de esquina no Canal 5 em Santos, a bela adega com boa variedade, o serviço geral de vinhos, as pizzas e a boa cozinha do chef Zeca Santos levam o Piccola à premiação do melhor na Baixada Santista para vinho com cozinha informal. Começou com uma adeguinha do tipo geladeira, cresceu aos poucos e hoje tem uma bela adega bem-climatizada, com quase 250 rótulos, desde vinhos em conta a vinhos especiais, de variados países e tipos de uvas, cuidadosamente selecionados pelo proprietário aficcionado Antonio Augusto. A bonita adega climatizada de madeira e vidro, aos fundos do salão principal da pizzaria e restaurante informal no Canal 1 em Santos, guarda mais de 200 rótulos selecionados com bastante critério, quase todos com sobrepreço muito honesto em relação à compra de importadoras e vinícolas. Além de praticar ótimo overprice, o Van Gogh tem a maior seleção de vinhos em conta da Baixada Santista, com muitas e boas opções até 30 reais, que permitem a apreciação do vinho não apenas em momentos especiais, mas também no dia-a-dia, fazendo ótimo par com a sua proposta de cozinha. Rótulos Especiais GAIANA Sommelier GAIANA Equipado para vinho GAIANA Adega atrativa GAIANA Carta Orientativa IL FARO A adega guarda a maior variedade de grandes vinhos, o que qualifica o Gaiana como o melhor local da Baixada Santista onde beber rótulos especiais. As relações do proprietário com o Fasano de São Paulo estão ligadas à ótima oferta de vinhos tops franceses, italianos, chilenos, argentinos, brasileiros... Amadeus Câmara fala 5 línguas e tem 57 anos. Trabalhou com vinhos na companhia aérea Lufthansa e no restaurante francês Le Troquet de Campinas. Autodidata, guarda na adega do Gaiana seus livros, preferencialmente na língua original. Questiona a globalização dos vinhos e valoriza os produtores autênticos. A bela adega climatizada, o cuidado no armazenamento e o conjunto de taças guindam o Gaiana para o prêmio de restaurante melhor equipado para o serviço de vinhos na Baixada Santista. Várias taças de cristal diferentes estão à disposição na adega para a diversidade de vinhos da carta. Do belo salão com vista para o mar observa-se ao alto o mezzanino com a adega envidraçada e bem-climatizada. É um convite para o vinho. Dentro os mais de 100 rótulos são acondicionados em caixas de madeira ou nos compartimentos especiais, com o sistema em que as garrafas ficam presas pelo gargalo. O serviço de vinhos do restaurante na Enseada no Guarujá está em começo de evolução, mas o destaque é a carta em si. É a única da Baixada que indica para cada rótulo um prato do seu cardápio para combinar. Por facilitar e muito a apreciação adequada do vinho, faz juz ao prêmio de melhor “Carta orientativa”. Vinho&Cia - No. 27 9 Onde beber Vinhos e pratos especiais nos restaurantes da Baixada Santista Restaurantes do Circuito Vinho&Cia A té o final de fevereiro há uma ótima oportunidade para apreciar vinhos a preços especiais e harmonizados em restaurantes da Baixada Santista: acontece o Circuito Vinho&Cia, promovido pelo jornal com o objetivo de incentivar o consumo de vinhos no verão do litoral. PICCOLA FORNERIA Av. Almirante Cochrane, 62, Canal 5 (13) 3273-6699, Santos jantar, aos domingos também almoço VAN GOGH Av. Floriano Peixoto, 314, Canal 1 (13) 3205-3636, Santos jantar, aos sáb. e dom. também almoço Participam da ação promocional vários restaurantes relacionados no guia Onde Beber, localizados em Santos e no Guarujá. Em cada local estão em oferta pratos atraentes com sugestões de harmonização com vinhos escolhidos pela equipe do Vinho&Cia e dos fornecedores convidados pelo jornal. É bom conferir a seguir os restaurantes, os pratos, os fornecedores e os vinhos, e aproveitar o Circuito Vinho&Cia para tornar o verão ainda mais prazeroso. CHOPP HALLE Av. Deodoro da Fonseca, 1520 (13) 3382-1040, Pitangueiras, Guarujá almoço e jantar SAINT MALO Av. Prestes Maia, 250, Praia do Tombo (13) 3354-2442, Guarujá jantar de 3a a domingo Van Gogh, em Santos Vinhos da Decanter Vinhos da Global Vinhos da Merkatto Vinhos da Sanjo Vinhos da Santar A importadora Decanter é hoje uma das mais conceituadas e maiores do país. Ela indica os seguintes vinhos: A Global Commerce é uma importadora em início de trabalho no país, com foco em chilenos. Ela indica os seguintes vinhos: A Merkatto é uma importadora do Rio de Janeiro que desenvolve bom trabalho com a linha Casa Latina. Ela indica os vinhos: A Sanjo é uma vinícola emergente de Santa Catarina, com vinhedos de altitude, que só produz Cabernet Sauvignon. Indica: Tradicional importadora, indica para o Circuito Vinho&Cia uma das suas marcas mais fortes: a Cousiño Macul: Stinco di vitela com polenta ai funghi freschi (Piccola Forneria): De Martino Reserva Legado Syrah, R$69 Pizza de gorgonzola com abacaxi (Piccola Forneria): Rio Alto Sauvignon Blanc, R$20 Pizza de erva doce, mussarela e calabresa moída (Piccola Forneria) Casa Latina Reserva Malbec, R$51 Sorbetto di salmão (della professoressa Nídia) (Piccola Forneria) Núbio Rosé Cabernet Sauvignon, R$35 Taglierini ai frutti di mare (alla Portofino) (Piccola) Cousiño Macul Don Luis Sauvignon Blanc, R$27 Pizza Paris (queijos estepe e brie e cogumelos paris) (Van Gogh) Rio de Chile Merlot, R$24 Pizza de calabresa artesanal com mussarela e manjericão (Van Gogh) Casa Latina Reserva Malbec, R$51 Pizza de filet mignon com molho madeira e alho (Van Gogh) Núbio Tinto Cabernet Sauvignon, R$31 Salmão grelhado com risoto de tomate seco e rúcula (Van Gogh) Cousiño Macul Don Luis Chardonnay, R$27 Filet mignon sauce aux champignons (Saint Malo) Maestrale Cabernet Sauvignon, R$43 Camarões a Provençal (Saint Malo) Cousiño Macul Don Luis Chardonnay, R$27 Eisbein com chucrute e batata sauté (Chopp Halle) Nobrese Cabernet Sauvignon, R$21 Salsichão com salada de batata (Chopp Halle Cousiño Macul Rosé Cabernet Sauvignon, R$27 Bacalhau Lagareiro (na brasa com batatas aos murros) (Van Gogh): Anselmo Mendes Loureiro, R$46 Spaghettis com mexilhões (Saint Malo): Villard Sauvignon Blanc, R$57 Linguado à romana (enrolado à milanesa com camarão) (Chopp Halle): Colomé Torrontés, R$41 10 Tagliatelles a Luiz Alberto (com ostras gratinadas) (Saint Malo) Lautaro Sauvignon Blanc, R$19 Camarão do Halle (com arroz no alho e batata corada) (Chopp Halle) Rio Alto Chardonnay Reserva, R$29 Arroz Saint Malo (com frutos do mar e açafrão) (Saint Malo) Casa Latina Chardonnay-Torrontés, R$33 Talharine à marinara (Chopp Halle) Casa Latina Chardonnay-Torrontés, R$33 Vinho&Cia - No. 27 Onde beber Litoral do Guarujá: restaurantes pelo serviço de vinhos Guarujá, Enseada Thai - Casagrande Dalmo O melhor onde beber no Guarujá, apesar das restrições da picante comida tailandesa, com variedade de vinhos, sofisticada cozinha e belo ambiente na areia da Enseada. A carta é a mesma nos restaurantes do Casagrande, com cerca de 120 rótulos, a maioria entre 120 a 200 reais. Carta de vinhos com mais ou menos 70 rótulos preparada pela World Wine, com foco nos seus vinhos e descrição aromática e gustativa. Para a cozinha de frutos do mar, cerca de 55% de brancos e espumantes, maioria na faixa de 45 a 80 reais, com sobrepreço alto. Bela arquitetura. Av. Miguel Stéfano, 1001, Enseada (13) 3389-4000. Não fecha Av. Miguel Stéfano, 4751, Enseada, (13) 3351-9298. Não fecha Guarujá, Tombo Saint Malo Carta bem enxuta, mas com opções adequadas à proposta de bistrô francês tocado pelos donos com experiência na Europa, Jacqueline na boa cozinha, Gerard no salão. Aconchegante decoração, em frente à praia do Tombo. Maioria de rótulos franceses da Casa Flora. Av. Prestes Maia, 250, Tombo (13) 3351-2442. Fecha 2a e no alm. Guarujá, Pernambuco Combinati Rufino´s O melhor do Guarujá para beber vinhos mais baratos. Mais bonito do que o da Pitangueiras, moderno, clean, com jardim em varanda atraente e opção de ambiente envidraçado com ar. Carta com cerca de 70 rótulos, todos com descrição aromática e gustativa, para a cozinha variada. Rótulos de marcas conhecidas, cerca de 70, maioria na faixa de 35 a 70 reais, com sobrepreço bastante elevado e serviço de vinhos simples, diferente das unidades de São Paulo. Pretende em breve evoluir, para acompanhar melhor o nível da boa cozinha no ambiente agradável. Estrada do Pernambuco, 36, Enseada, (13) 3392-3030. Não fecha Av. Miguel Stéfano, 4795, Enseada, (13) 3351-5771. Não fecha Chibata - Casa Grande A Tasca Brisa - Jequitimar Combinati Tahiti No mais luxuoso restaurante do Hotel Casagrande, proposta diferente de unir em jantar buffet e ambiente sofisticado, com a mesma carta dos demais, variada, abrangendo mais de 120 vinhos das maiores importadoras e vinícolas nacionais e boa oferta de espumantes. Um dos pioneiros no estímulo ao vinho no Guarujá. Cerca de 60 rótulos com ênfase nos portugueses, em afinidade com a cozinha lusitana especializada em bacalhau e frutos do mar. Alguns vinhos em conta e boa oferta de Porto em taça. Envidraçado com varanda e vista para o mar. Cerca de 60 rótulos bem selecionados para acompanhar a comida de buffet do restaurante mais movimentado do hotel Sofitel Jequitimar, com ambiente clean, bonito, bem climatizado. Maioria dos vinhos na faixa de 60 a 110 reais, metade tinto, com margem de preços bem elevada. Cerca de 70 rótulos com preços predominantes entre 20 a 60 reais, em boa carta elaborada pela Casa Flora, mas não exclusiva, que descreve os aromas e sensações de cada vinho. Boa oferta de vinhos em conta. A cozinha é básica, com muitos pratos italianos, em ambiente despojado. Carta enxuta, preparada pela Casa Flora, com descrição dos aromas e sabores, variedade e alguns rótulos diferenciados, boa parte em adega climatizada. Cozinha básica em ambiente estilo praiano, em geral com música, rústico, com telhado de sapé, dentro da areia da Pitangueiras. Av. Miguel Stéfano, 1001, Enseada (13) 3389-4000. Fecha no almoço Av. Miguel Stéfano, 4710, Enseada, (13) 3351-2095. Não fecha R. Marjory da Silva Prado, 1100 (13) 2104-2000. Não fecha R. Mário Ribeiro, 600, Pitangueiras (13) 3386-9005. Não fecha Av. Mal. Deodoro da Fonseca, 367 (13) 3387-2272. Não fecha Atlântico - Casa Grande Il Faro Mar Casado - Jequitimar Chopp Halle Tahiti Monduba Cerca de 120 rótulos, mais de 50% tinto, das maiores importadoras e vinícolas nacionais, no mais movimentado restaurante do Hotel Casagrande, com cardápio de cozinha brasileira e toques internacionais. O ambiente clean e bonito estimula a apreciação dos vinhos. Tem a carta mais orientativa do Guarujá, preparada pela Casa Flora, com sugestões, para cada rótulo, de pratos do cardápio para combinar. Cerca de 50 opções. Serviço simples de vinhos para a cozinha de frutos do mar e massas próprias. Amplo ambiente despojado com vista ao mar. Carta enxuta com 40 rótulos, mas bem selecionada, adequada à proposta de um bonito restaurante de apoio à piscina e à praia do hotel. Ambiente bom para apreciar a maioria dos brancos e espumantes na faixa de 60 a 110 reais, sem levar em conta o preço elevado dos vinhos. Bem montada carta pela Casa Flora, com cerca de 70 rótulos, não exclusivos da importadora. Descrição aromática e gustativa de cada vinho. Boas taças e adega climatizada em local com vista para o mar, onde o vinho começa a ganhar espaço com a cozinha alemã e de frutos do mar. Mesma carta e mesmo cardápio do Tahiti só que em recém-inaugurado espaço, moderno bonito, clean, com vista ao mar após o calçadão das Pitangueiras. Variedade e alguns rótulos em conta para serem tomados em taças rústicas, como opção onde o vinho ainda é coadjuvante. Av. Miguel Stéfano, 1001, Enseada (13) 3389-4000. Não fecha R. Iracema, 38, Enseada (13) 3351-9305. Não Fecha R. Marjory da Silva Prado, 1100 (13) 2104-2000. Não fecha Av. Mal. Deodoro da Fonseca, 1520 (13) 3382-1040. Não fecha Av. Mal. Deodoro da Fonseca, 1392 (13) 3386-6302. Não fecha Vinho&Cia - No. 27 Les Épices - Jequitimar No refinado e moderno restaurante gastronômico do hotel Jequitimar, carta com mais ou menos 70 rótulos, focada em franceses. Maioria dos vinhos entre 100 a 200 reais, para quem valoriza o conjunto e releva o elevado sobrepreço. Em janeiro traz grandes chefs do país. Francês na Praia do Tombo - O restaurante fica fora do agito convencional do Guarujá, é pequeno e está implantado há pouco mais de um ano. A comida é francesa, diferenciada. A vista para a praia é deliciosa. O Bistro Saint Malo participa do Circuito Vinho&Cia até o final de fevereiro. Guarujá, Pitangueiras R. Marjory da Silva Prado, 1100 (13) 2104-2000. Fecha no almoço 11 Onde beber Litoral de Santos e Bertioga: restaurantes pelo serviço de vinhos Santos Bertioga, Riviera Piccola Forneria Puerto de Palos Gaiana O melhor local onde beber em Santos e a maior variedade da Baixada, selecionada pelo dono. Cerca de 250 rótulos, ótimos nacionais, boa diversidade de importados, bons preços e algumas opções de vinhos em conta e especiais. Ambiente do 2o. andar rústico, bonito e com bela adega. Apenas vinhos sul-americanos, sobretudo argentinos, para a cozinha de suculentas carnes. Cerca de 70 rótulos, a maioria na faixa de 30 a 60, bem selecionados pelo dono, que começou há 3 anos com incentivo ao vinho e a cada dia amplia as adegas climatizadas para armazenamento. O melhor local para beber vinhos na Baixada em conjunto com cozinha sofisticada especializada em pescados. Carta bem selecionada não extensa, rótulos especiais, boas taças, adega atrativa, bonito ambiente climatizado, varanda à beira-mar e o melhor sommelier da região, Amadeus Câmara. Av. Almirante Cochrane, 62, Canal 5 (13) 3273-6699. Fecha alm (-) dom. R. Luís de Faria, 64, Gonzaga (13) 3289-3394. Fecha dom/jantar R. Largo dos Coqueiros, s/n (13) 3316-7508. Não Fecha Van Gogh Maria Quitéria Maremonti Mais de 200 rótulos, os melhores preços de vinhos em restaurante de toda a Baixada e a maior variedade de bons e baratos. Bela adega de madeira e vidro ao fundo do despojado salão principal, sempre cheio de gente para apreciar as pizzas e os pratos de cantina. No empório na parte inferior da casa onde morou o poeta Vicente de Carvalho é possível escolher um rótulo da prateleira a preço de loja e beber nas mesas com pequena taxa de serviço. Adequado para beber vinhos em conta, com pizzas ou massas, em ambiente rústico bem decorado. Tem carta bem enxuta, com rótulos armazenados em adega de apoio, mas é possível solicitar a do Gaiana, ao lado, do mesmo grupo. Vários ambientes muito agradáveis, em estilo praiano, com muito verde, sem climatização, em harmonia com a cozinha italiana e os fornos de pizzas. Av. Floriano Peixoto , 314, Canal 1 (13) 3205-3636. Fecha alm (-) sab/dom Av. Senador Pinheiro Machado, 783 (13) 3251-8000. Não fecha R. Largo dos Coqueiros, s/n (13) 3316-7508. Não Fecha As dicas do melhor sommelier do litoral da Baixada Santista Tertúlia La Cave Adega atraente de madeira e vidro ao fundo do salão da bonita churrascaria rodízio do grupo da Barbacoa. Cerca de 120 rótulos bem selecionados e com preços razoáveis, maioria entre 30 a 70 reais. Bom serviço de mesa e de taças. Ambiente bem climatizado, bar e recepção agradáveis. Não fecha Escolhe-se um vinho entre as mais de 100 opções nas prateleiras do pequenino empório, com ambiente climatizado, para acompanhar o cardápio bem enxuto e simples de risotos e massas. Os preços são superiores aos das lojas, mas inferiores à maioria dos restaurantes. Av. Bartolomeu de Gusmão, 187 Ponta da Praia, (13) 3261-1641 R. José Cabalero, 36, Gonzaga (13) 3284-3626. Não fecha Cotações Excepcional local onde beber Muito bom local onde beber Bom local onde beber Local com atrativo para beber Serviço de vinhos a variedade vinhos baratos rótulos especiais taças e adega climatizada orientado por sommelier carta orientativa a 12 sobrepreço Faixas Local onde beber Preços e sobrepreços excepcional variedade grande variedade variedade razoável ótimo sobrepreço bom sobrepreço margem intermediária margem superior O símbolo indica a faixa de sobrepreço praticada (diferença entre o valor em loja e o da carta), e não o preço. Um restaurante que tenha vinhos “caros”, de R$300 reais, por exemplo, pode ter um ótimo sobrepreço. Restaurantes que têm na carta vinhos “baratos” têm o símbolo Amadeus Câmara, sommelier do restaurante Gaiana, da Riviera de São Lourenço, desde os 12 anos já provava um pouquinho de vinho dado por uma madrinha, quando estava na Europa, onde isso lá é hábito. Ao longo dos seus 57 anos adquiriu vasta experiência no assunto, sobretudo pelo seu espírito autodidata com bastante leitura. Seu conhecimento fluente de 5 línguas (alemão, italiano, francês, inglês e português) proporciona que ele leia livros especializados preferencialmente no idioma original. Acha que o vinho hoje está muito globalizado, muito parecido, pois há críticos e consultores de vinícolas que tendem a padronizar os gostos. Por isso, valoriza os produtores autênticos. Prefere rótulos da Borgonha, de Bordeaux, da Alsácia e de algumas regiões italianas. Leitor das revistas internacionais, gosta mais das inglesas, por avaliar como imparciais. Ele recomenda que sempre se conheça o sommelier de um restaurante, porque se for um bom profissional saberá indicar um vinho que melhor harmonize com o prato e o nosso gosto e bolso. Apenas os maus profissionais recomendarão um vinho mais caro ou inadequado. Diz também que, por outro lado, aprende muito com os clientes, por interagir e trocar informações com eles. Vinho&Cia - No. 27 Onde beber São Paulo: restaurantes pelo serviço de vinhos Jardins Francês com bela adega e boa cozinha Amadeus Chakras Estación Sur Mediterrânea, Informal Predomínio de brancos para harmonizar com o cardápio, provenientes de quase todas as regiões. Ambiente clean, aconchegante e arejado, com belo bar. Cozinha de frutos do mar com sotaque mediterrâneo. Contemporânea, Informal Carta bem abrangente, com opções partindo de R$70. Destaque para Velho Mundo, em especial Itália: Decoração oriental/indiana, com mesas espalhadas em uma espécie de pátio e mezanino. Cozinha fusion. Argentina, Luxuoso Todos os vinhos da carta são argentinos. Há diversos tops e opções a preços acessíveis (a partir de R$19). Sofisticada casa de carnes portenhas. O destaque é o Bife de Chouriço. Há boutique de carnes. Rua Haddock Lobo, 807 3061-2859. Não fecha Rua Melo Alves, 294, Jardins 3062-8813. Fecha 2a almoço. Al. Joaquim Eugênio de Lima, 1396, Jardins 3885-0133. Fecha 2a e dom-jantar Boa Bistrô East Paris 6 Contemporânea, Informal Carta bem variada, abastecida pela Mistral, com maior número de rótulos do Mercosul entre R$52 a R$120. O espaço une gastronomia contemporânea, massagens terapêuticas e sala de estar para cursos. Pratos orgânicos. Asiática, Luxuoso Predominância de brancos e rosados para a comida picante, principalmente do Chile, Austrália, Itália, e Espanha. Preços partindo de R$ 40. Ambientes sofisticados e modernos. Cozinha com pratos de vários países da Ásia e sotaque brasileiro. Francesa, Luxuoso Carta extensa, com alguns rótulos de importação própria. Destaque para Itália e França e suas subregiões. Pratos clássicos da cozinha francesa em charmoso ambiente de bistrô. Preço melhor para levar vinho para casa. Rua Padre João Manuel, 950 3082-5709. Fecha dom-jantar. Alameda Jaú, 1303, 3081-1160 Fecha 2a; 3a a dom só almoço Rua Haddock Lobo, 1240 3085-1595. Não fecha Caroline Figueira Rubaiyat Pizzaria Prestíssimo Rosmarino Toro Francesa, Informal Carta bem feita, com boas opções do Velho e Novo Mundo, partindo de R$39. Diversos tops franceses. Ambiente charmoso, com clima de bistrô parisiense. Alia elementos clássicos e contemporâneos. Ibérica, Informal 1302 rótulos de 94 regiões produtoras, acomodados em bela adega. Um dos melhores preços de vinhos em restaurantes. Amplas áreas à sombra de uma figueira centenária. Destaque: carnes e frutos do mar. Pizzaria, Informal Várias opções de rótulos até R$30, que fogem ao trivial, para harmonizar com as saborosas e tradicionais pizzas. Vários pequenos ambientes e mesas na rua. Está em implantação um wine bar. Italiana, Informal O cardápio indica dois vinhos (para bolsos diferentes) por prato. São 250 opções, muitas com preços acessíveis. Cozinha italiana bem desenvolvida em espaço acolhedor. Espanhola, Informal Rótulos de 8 países, com 40% espanhóis e predominância da Mistral. Boa oferta em taça. Não se baseia apenas em paellas, dando espaço ao chef Julian Gil. Decoração muito agradável. Rua Oscar Freire, 145 Jardins 3068-0601. Fecha 2a. jantar Rua Haddock Lobo, 1738 3063-3888. Não fecha Al. Joaquim Eugênio de Lima, 1135, 3885-4356. Fecha no almoço Rua Henrique Monteiro, 44 Pinheiros, 3819-3897 Fecha 2a-jant. e dom-jant. Rua Joaquim Antunes, 224 Pinheiros, 3085-8485 Fecha 2a e dom-jantar. Catherine Esch Café Ráscal Spadaccino Vinheria Percussi Francesa, Romântico Boa seleção de rótulos do Velho e Novo Mundo, com diversos tops e opções partindo de R$35. Elegante bistrô francês, com menu autoral e forte sotaque de origem franco-italiana. Contemporânea, Informal Carta oferece desde rótulos simples até vinhos top do Novo e Velho Mundo. Predominam Chile, Argentina, Portugal e Itália. Bar/rest./tabacaria com bela decoração e menu autoral do chef Raphael Molina. Mediterrânea, Informal Principais países produtores bem representados, com bons rótulos até R$70. Renomados a ótimo custo. Ambiente informal e convidativo dentro de shopping, com preparações mediterrâneas e acento italiano. Italiana, Informal Carta concentra vinhos entre R$40 e R$80. Vinhos mais caros a preços de importadora. Margem média muito boa. Cozinha de cantina, em local informal agradável com varanda. Italiana, Infomal Carta montada a dedo pelo proprietário, com foco (30%) em italianos. Ótimos rótulos, com predomínio na faixa dos R$ 40 a R$ 80. Desconto de 20% para viagem. Chic, com cozinha autoral em base italiana. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232 (Shop. Iguatemi), 3816-3546 Não fecha. Rua Mourato Coelho, 1267 (11) 3032-8605. Fecha 2a-almoço e dom-jantar. Rua Cônego Eugênio Leite, 523 Pinheiros, 3088-4920 Fecha 2a e dom-jantar Rua Haddock Lobo, 1416 Jardins 3085-5905. Não fecha. Vinho&Cia - No. 27 Alameda Lorena, 1899, Jardins 3062-2285. Não fecha. Onde era o La Bourgogne está agora o Rodin. A adega chama a atenção, bonita, com boa seleção de rótulos, diversos raros. É um restaurante em ambiente muito agradável, com decoração clean. A cozinha é boa, com pratos franceses tradicionais. R. Ministro Rocha Azevedo, 539, Jardins (11) 3064-0959 Pinheiros / Vila Madalena 13 Onde beber São Paulo: restaurantes pelo serviço de vinhos Itaim / Vila Olímpia Moema Alimentari Le Coq Hardy Rufino’s Italiana, Informal Carta bem variada, com boas opções até R$60, procedentes do Velho Mundo e Mercosul. Carta com indicação de paladar facilita harmonização. Cardápio clássico e inovações da cozinha italiana. Ambiente charmoso. Francesa, Luxuoso Carta objetiva representar diversidade de uvas e nacionalidades. Destaque para França, melhores produtores. Cozinha francesa tradicional com um toque pessoal de Pascal Valero. Ambiente sofisticado. Pescados, Informal Muitos rótulos para escoltar os pratos da casa, incluindo renomados vinhos da Itália e Espanha. Frutos do mar diversos, com ingredientes muito frescos, em ambientação com detalhes em madeira e atmosfera praiana. Rua Pedroso Alvarenga, 500 3167-5667. Não fecha R. Jerônimo da Veiga, 461, 3079-3344 Fecha sáb-almoço e dom-jantar R. Dr. Mário Ferraz, 377 (11) 3078-6301. Não fecha Bárbaro Nam Thai SpazioGastronomico Carnes, Informal Carta 100% Argentina, com vinhos a partir de R$40 e alguns tops. Decoração e cardápio com diversas referências à capital Buenos Aires. No menu, destaque para as carnes na parrilla. Tailandesa, Informal Carta enxuta, com cerca da metade de brancos (para combinar com a comida aromática). A grande maioria até R$100. Diversos ingredientes importados e alguns desenvolvidos aqui. Amplo e belo ambiente. Italiana, Informal Predomínio de vinhos chilenos e argentinos, partindo de R$48. De Velho Mundo apenas 8 rótulos. Espaço rústico, com árvores, fonte e exposição de lambretas. Menu com massas, sanduíches e pesticos italianos. Rua Doutor Sodré, 241 Vila Olímpia, 3845-7743 Fecha dom-jantar R. Manuel Guedes, 444 (11) 3168-0662 Fecha sáb-almoço e dom-noite Bierquelle Fogo de Chão Suíça, Informal Predomínio de vinhos ligeiros, de consumo rápido, a maioria até R$50. Pratos alemães, suíços e austríacos, com ênfase em fondues e preparações com salsichas típicas desses países. Ambiente rústico e agradável. Churrascaria, Luxuoso Uma das boas cartas de restaurante, com rótulos intermediários e vinhos ícones de vários fornecedores, em bela adega. Um dos melhores rodízios do país. Cordeiros importados da Nova Zelândia e Uruguai. Rua Pascal, 608, Moema 5093-4327. Fecha 2a Av. Moreira Guimarães, 964 (11) 5056-1795. Não fecha. Da Estação Villa Alvear Variada, Informal Vinhos jovens e ligeiros, próprios para os petiscos e comidas de bar. Várias opções a custo baixo, do Chile e Argentina Bar/restaurante com cardápio variado. Destaque são as pizzas e calzones. Ambiente agradável e rústico. Carnes, Informal Carta ampla e variada. Há desde vinhos simples entre R$30 e R$50 até ícones do Velho Mundo, de mais de 15 fornecedores. Três ambientes com grelhados argentinos e pratos italianos, mais uma bela adega. Avenida Jacutinga, 193, Moema 5055-7077. Só jantar Rua Canário, 408, Moema (11) 5051-1628. Fecha dom-jantar. Rua Horacio Lafer, 533, Itaim Bibi 3078-5775. Não fecha Centro Cantaloup Picchi Supra Contemporânea, Sofisticado Carta vasta, com vinhos de grandes e pequenos produtores e diversos tops de variados países. Destaque para peixes e frutos do mar em ambiente com pé direito alto, belo living room e duas magníficas adegas. Italiana, Informal Boa carta, repleta de ótimas opções da Itália (principais subregiões), Chile e Argentina. Vários tops e rótulos em torno dos R$50. Menu de especialidades italianas com toques modernos. Ambiente moderno e clean. Italiana, Infomal Metade da carta com rótulos dos principais produtores italianos, com ênfase em Piemonte e Puglia. Alguns rótulos de importação própria. Pratos italianos bem trabalhados pelo chef-proprietário Mauro Maia. Ambiente sofisticado e moderno. Rua Manuel Guedes, 474 Itaim Bibi, 3078-3445 Fecha dom-jantar Rua Jerônimo da Veiga, 36, Itaim Bibi, 3078-9119, Fecha domingo Rua Araçari, 260, Itaim Bibi 3071-1818 Fecha 2a e dom-jantar Julia Cocina Pobre Juan Variada, Informal Novo Mundo melhor representado; boa presença de argentinos. Alguns tops da França e Espanha. Valores médios de R$60 a R$80. Branco predominante, poesias pintadas na parede e cristais pendentes do teto. Cardápio em mutação. Rua Araçari, 200, 3071-1377 Fecha dom/2a.jant e sáb almoço 14 Outras Zonas Bacalhoaria Chiappeta Cabana del Assado Pescados, Informal O vinho é escolhido nas prateleiras, com ajuda do dono da casa. Predominam rótulos da Argentina, Chile e Portugal. Pequeno bistrô ao fundo da boutique de bacalhau e produtos diversos. Só esse peixe no cardápio. Argentina, Informal Carta a partir de R$26, com rótulos simples e medianamente elaborados. Predomínio de argentinos. Cortes assados na brasa com acompanhamentos típicos. Ambiente rústico. Rua Martim Francisco, 427 3826-3033. Fecha 2a e dom-jantar Av. Eliseu De Almeida, 1077 Morumbi, 3726-2908 Fecha dom e 2a jantar Varanda Grill Tordesilhas Casa da Fazenda Argentina, Informal Privilegia vinhos do Velho Mundo. Razoável número de opções do Mercosul. Ambiente rústico, muita vegetação e árvores seculares dentro do salão. Carnes argentinas na parrilla. Carnes, Informal Vasta carta, com representantes de todos os países produtores, boa variedade e bons preços. Cardápio oferece saborosos cortes brasileiros, argentinos, americanos. Ambiente clean, iluminado. Brasileira, Informal Destaque para bons rótulos nacionais, garimpados pela equipe do restaurante, além de lançamentos. Criações de Mara Salles e tradicionais pratos brasileiros feitos com o que há de melhor no país. Ambiente acochegante. Variada, Informal Carta tem proposta de oferecer vinhos feitos das principais uvas viníferas. Rótulos do Mercosul em maior número. Pratos internacionais com “pitada italiana” e receitas típicas do campo. Ambiente em estilo colonial fino. Rua Com. Miguel Calfat, 525 Vila Olímpia, 3845-5424 Não fecha Rua General Mena Barreto, 793 Itaim Bibi, 3887-8870 Fecha dom-jantar Rua Bela Cintra, 465, Consolação 3107-7444. Fecha 2a e dom-jantar. Avenida Morumbi, 5594, 3742-2810, Fecha 2a e dom-jantar Vinho&Cia - No. 27 Onde beber Por Jaqueline Barroso [email protected] Rio de Janeiro Restaurantes pelo serviço de vinhos Barra Leblon Ipanema Copacabana Centro Cordato Porcão Artigiano Don Camillo Brasserie Rosário Contemporânea, Informal Boa seleção de rótulos, com representação de todas as regiões importantes do mundo. Alguns ícones. Culinária contemporânea. Arquitetura e decoração modernas. Carnes, Informal Carta ampla e variada, com foco no Novo Mundo, sendo destaques Chile e Argentina. Alguns grandes rótulos. Rodada dupla de taça de espumante às 3as das 18h às 20h. Carnes de todos os tipos no sistema rodízio. Amplo salão. Italiana, Informal Um dos melhores lugares para se beber. Enorme variedade e ótimos preços, com mais italianos. Cozinha da Emilia-Romagna. Massas, pães e sobremesas feitas artesanalmente e pizzas. Varanda agradável. (21) 2512-6107. Mediterrânea, Chic Carta variada e elaborada pelo sommelier Rogério Silva, voltada para Itália e Brasil. Possui 140 rótulos e grandes vinhos. Original cozinha mediterrânea, com frigideira à mesa. Ambiente aconchegante. Francesa, Informal Carta objetiva com 70 rótulos variados. Preços entre R$35 e R$70. Gastronomia de brasserie. Menu harmonizado em toda última semana do mês. Casarão centenário com paredes originais de pedra. Só almoço. Fecha dom. Rua Barão da Torre, 218, Ipanema (21) 3389-8989. Não fecha Av. Epitácio Pessoa, 204, Ipanema De 2a. a sáb, fecha no almoço Av. Atlântica, 3056, Copacabana (21) 2549-9958. Não fecha Rua do Rosário, 34, Centro (21) 2518-3533 Tizziano Stravaganze La Forneria O Peixe Vivo Pampa Grill Italiana, Informal Carta vasta com predomínio de Chile e Argentina. Alguns rótulos preciosos. Culinária italiana. Massa própria, além de pizzas em forno à lenha. Amplo ambiente, com arquitetura de tijolos aparentes e vidro. Pizzaria, Informal Carta variada, com Velho e Novo Mundo. Otimos rótulos com preços entre R$ 42 e R$ 70, com destaque para castas italianas. Pizzas gourmet e algumas assinadas por grandes chefs. Decoração moderna com muita madeira. Italiana, Informal Carta ampla e diversificada com destaque para Itália e preços entre R$40 a R$60. Alguns rótulos famosos. Cozinha italiana clássica incluindo pizzas. Ambiente informal e aconchegante de tijolos aparentes. Frutos do mar, Informal Carta enxuta, com representantes de diversas nacionalidades, sendo foco para nacionais e portugueses. Preços entre R$30 e R$50. Cozinha de frutos do mar. Ambiente informal. Churrascaria, Informal. Carta versátil e variada, com destaque para os vinhos portugueses, chilenos e argentinos. Sistema de rodízio. Ambiente informal e aconchegante. Espaço para rodízio de carnes e bufê separado do salão de almoço por quilo. Avenida Armando Lombardi, 1010, (21) 2492-1878, Não fecha. Rua Maria Quitéria, 132, Ipanema (21) 2523-2391. Só jantar Rua Maria Quitéria, 136, Ipanema, (21) 2287-0335. De 2a a sábado jantar e domingo almoço e jantar. Rua Tonelero, 76, Copacabana. (21) 2255-9225 / 2284-9248. Não fecha. Rua Gastão Senges, 395 Barra da Tijuca (21) 3328-1323 Não fecha. Gávea / Jd. Botânico Av. Almirante Barroso, 90, Centro 2524-1199. De 2a a 6a só almoço Flamengo Niterói Photochart Alcaparra Ícaro Gastronomia Temático, Chic Carta com ótimos e variados representantes do Velho e Novo Mundo. Cozinha contemporânea bem elaborada. Ambiente ligado ao Jockey Club, com vista para o charmoso desfile de cavalos antes do páreo. Internacional,Chic Carta variada com Velho e Novo Mundo, ótimos rótulos entre R$40 e R$100. Pratos brasileiros com toques da cozinha internacional. Ambiente romântico e chic. Internacional, Informal Principais países bem representados através de 180 rótulos. Preços bons. A adega possui grandes rótulos. Cozinha internacional de buffet e a la carte. Decoração moderna e bastante elaborada. Pça. Santos Dumont, 31 Jockey Club, Gávea (21) 2512-2247, Não fecha. Pr. do Flamengo,150, Flamengo (21) 2557-7236 / 2557-6271 Não fecha Rua Miguel de Frias, 106, Icaraí Niterói, (21) 2729-8080, Não fecha. Empório Santa Fé Rincão Contemporânea, Chic Estupenda variedade, com 350 a 400 rótulos, incluindo vinhos raros. Também loja de vinhos e wine bar. Toda 3a dá desconto de 25% e de 4a a 2a, 15% para levar para casa. Cozinha contemporânea, ambiente bem decorado e chic. Churrascaria, Informal Excelente seleção de rótulos, com destaque para nacionais, Chile e Argentina. Carta informa graduação alcoólica. Preços entre R$50 e R$100. Alguns ícones. Bela adega. Churrascos tradicionais. Quadrifoglio Italiana, Chic Ampla carta com vinhos do Velho e Novo Mundo, sendo 45% italianos. Alguns grandes Barolos e Brunelos. Culinária contemporânea do norte e nordeste da Itália. Ambiente aconchegante, chic e romântico. Rua J.J. Seabra,19, Jd. Botânico (21) 2294-1433, Não fecha. Vinho&Cia - No. 27 Tailândia de Sodré agora no Rio Há 10 anos, inaugurava em Búzios o Sawasdee - Sabores da Tailândia, pelas mãos do chef Marcos Sodré. Aos poucos ganhou notoriedade, pela maestria em receitas criativas, com especiarias e ingredientes diferenciados. Para comemorar o sucesso de forma especial, abriu a sua primeira filial no Rio, no Leblon. Tem decoração moderna e aconchegante, valorizando o bar e o espaço onde Sodré cozinha ao vivo - no wok - as suas sugestões de menu degustação. R. Dias Ferreira, 571, Leblon, (21) 2511-0057 Praia do Flamengo, 02, Flamengo (21) 2245-6274, Não fecha Estrada Francisco da Cruz Nunes, 1601, Itaipu, Niterói, 2609-8800 Não fecha 15 Para acompanhar Um rio A Bonarda ressurge na Argentina imita o Douro Vinhos do Mundo América do Sul Sérgio Inglez de Souza Euclides Penedo Borges Escritor e consultor Presidente da ABS-Rio [email protected] [email protected] A variedade Bonarda vem alcançando resultados surpreendentes nos últimos sete anos na competição com suas congêneres, fazendo ressurgir seu prestígio na faixa básica do mercado americano de vinhos populares. O sol começava a se projetar nos lados do rio acima. Nazário esperou o rabelo ancorar num pequeno porto da margem direita do Douro, aprumou o chapéu para proteger os olhos, levantou a vista para a admirável encosta terraceada e ficou extasiado diante da imensa escadaria formada pelos degraus dos vinhedos. Relembrou as aulas de viticultura, que registravam as maravilhas de um solo profundo, acolhedor das raízes esgueirantes, a mais de seis metros, na busca dos nutrientes nobres que sempre deram especificidade e tipicidade aos vinhos do Douro. Como viticultor, viveu atracado nas encostas acentuadas do rio Douro, calibrando cada momento importante de agir na elaboração de vinho fortificado. Paralelamente, interessou-se também pela pêra-rocha, fruta esta tão portuguesa quanto o fado. Irrequieto, decidiu partir para o hemisfério sul em busca de terroirs adequados para que a pêra-rocha pudesse igualmente frutificar no semestre vago. Andou pela Argentina e pelo Chile, mas foi no Brasil que encontrou as terras ideais, nas altitudes das serras catarinenses. Corajosamente, plantou suas pereiras nas encostas do rio Lavatudo, entre 1100 e 1400m de altitude, e conheceu amplo sucesso. Num dia ensolarado, depois de refrescar o rosto com as águas do Lavatudo, sentou-se numa pedra e ficou a mirar aquela ribanceira que subia em direção ao céu azul. Não sabe porque, mas, de repente, começou a ter uma visão fantástica, uma verdadeira miragem: toda a encosta que margeia o rio estava se transformando em terraços, tais e quais os do rio Douro. 16 A partir desse dia, o projeto tomou corpo e teve a adesão de empresários paulistas, transformando-se seu anseio em plantas, recursos, prazos e responsabilidades. Foram nivelados terraços e, de cada terraço, grossa camada de terra foi removida. Aquela base inferior, desnuda, foi tratada, para ser receptiva às raízes das videiras. Em seguida, o solo retirado foi preparado da mesma forma cuidadosa e devolvido a seu patamar original, resultando o processo todo numa camada bem profunda de terra fértil, idealmente preparada para alimentar o sistema de raízes, somada a uma camada de solo especial. As vantagens do clima de altitude somadas às de um solo extremamente favorável garantiram as primeiras safras com a qualidade especial de um ciclo completo de maturação das bagas e, consequentemente, com a obtenção de vinhos de reais predicados. Dos sonhos de um vinhateiro aplicado, exigente e perfeccionista, materializou-se a vinícola batizada de Quinta Santa Maria, que parte de especialíssimas uvas, com as quais estão sendo elaborados vinhos de personalidade marcante: o fortificado Portento, o varietal Merlot e o sofisticado Utopia. O tempo será responsável por demonstrar que o modelo do Douro, imitado com modificações vantajosas, será a origem de vinhos de crescente complexidade. Lembro que se trata de uma uva italiana de origem croata, por isso também conhecida como Croatina, usada na Lombardia e no Piemonte em varietais e em cortes. Alcança seu topo como varietal no Oltrepò Pavese, ao sul de Milão, com vinhos escuros, rudes, que atingem o estágio ideal oito anos após a safra. Aclimatada em Mendoza por imigrantes piemonteses, foi por muito tempo a uva mais cultivada da Argentina até ser suplantada pela Malbec nos anos noventa. Alguns autores preferem ignorar a variedade e deixam-na de fora nos seus livros ao confundi-la com a Barbera. Confusão, afinal, causada pelos próprios italianos, que costumavam misturar as duas no mesmo vinhedo ou no mesmo vinho. Era mais fácil, então, por que não? Afinal de contas, o consumidor médio italiano bebe muito e pouco se importa com variedade de uva. Isso é coisa para experts. vese na Itália, por que não na Argentina? Trataram de separar e ajustar os vinhedos existentes para produções mais baixas e concentrações elevadas. Foi assim que a vinícola Nieto Senetiner, de Mendoza, no ano 2000, antes de erradicar seus vinhedos antigos, resolveu elaborar experimentalmente vinhos da Bonarda de vinhas velhas. O resultado foi surpreendentemente bom, e o vinhedo antigo foi mantido. Norton, Bianchi e La Rural fizeram o mesmo. Suzana Balbo elaborou um Anúbis Bonarda em 2001 em sua vinícola Domínio del Plata. Seguiram-se a Finca El Retiro e a bodega Tittarelli. Ao apresentar seu Santa Júlia 2002 a Família Zuccardi aproximou-se da qualidade dos italianos. Os piemonteses que imigraram para a Argentina na segunda metade do século 19 fizeram o mesmo. Trouxeram, plantaram e cultivaram Bonarda com rendimentos elevados (50 toneladas por hectare, quando o máximo para vinhos finos é 10) e misturada com Barbera, pois queriam quantidade. A tradição argentina de misturar o vinho com água gasosa ou gelo facilitava as coisas. Mas o tempo passou, teve início a conquista do mercado externo e as exigências passaram a ser outras. As importadoras brasileiras perceberam a evolução e o nicho de mercado e passaram a oferecer tintos argentinos da Bonarda, tanto varietais quanto em cortes. Para não extender nos exemplos, citemos, entre os varietais, o Família Zuccardi Série A Bonarda (Importadora Expand), o Catena Zapata Alamos Bonarda (Importadora Mistral) e o Dirigutti Bonarda (Importadora Grand Cru). Entre os cortes, o Callia Alta Syrah-Bonarda (Decanter), o Tikal Siesta Bonarda-Malbec (Mistral) e o Crios Syrah-Bonarda Domínio del Plata (Cantu). Uma nova geração de vinicultores argentinos perguntou-se: se a Bonarda origina vinhos do nível do Oltrepò Pa- A Bonarda recupera, assim, na Argentina e no mercado de vinhos da Américas, o prestígio que faz por merecer. Vinho&Cia - No. 27 Para acompanhar E não é que Aventura o papa é pop! na África - Parte 2 Velho Mundo Novo Mundo Walter Tommasi Beto Acherboim Enófilo Enófilo e professor da Unip [email protected] [email protected] “ Vale viagem” na mão, planejamos o roteiro... A revista Wine Expectator premiou o Châteauneuf-du-Pape 05 da Clos de Papes como o melhor vinho de 2007, com 98 pontos. A festa da região não parou por aí, pois o Le Vieux Donjon 05 ficou em terceiro, batendo alguns grandes colecionadores de prêmios, como o Tignanello, Ornellaia, o Bordeaux Chateau Leoville Las Cases e o Champagne Krug, todos entre os 10 primeiros da extensa lista. Este vinho com denominação AOC é proveniente do sul da França, da região Meridional (parte sul) do Rhône, um pouco ao norte da cidade de Avignon. Ela apresenta clima mediterrâneo, tem solos planos, calcários, pedregosos, e a Grenache tem a liderança entre as uvas lá utilizadas. As principais AOCs desta região são Châteauneuf-du-Pape, Gigondas, Lirac, Tavel e Vacqueras. A história do Châteauneuf-du-Pape (Castelo do Papa) começa nos idos de 1309, quando o papa Clemente V mudou a sede papal para Avignon e incentivou o consumo do vinho, tornando a Igreja católica o primeiro vinhateiro oficial a explorar a região. A legislação do Châteauneuf tem algumas curiosidades: 1) mesmo sendo um vinho tinto aceita o corte com brancas. 2) O número de uvas em sua composição é limitando a 13, mesmo que atualmente a maioria dos produtores utilizem apenas de 3 a 4. Nesta região, diferentemente de outras do mundo, o uso de barricas sempre foi limitado, sendo a característica mais comum os tanques feitos em cimento. Todos os bons produtores estampam o selo papal em suas garrafas de vidro escuro. Vinho&Cia - No. 27 A principal uva na composição é a Grenache (por volta de 80%), que se caracteriza pela maciez e pelo alto conteúdo de álcool e doçura, mas por sua vez costumar ter pouca acidez, taninos e cor. A Syrah é seu complemento ideal, pois adiciona robustez , taninos e cor, além de seus tradicionais aromas de pimenta e frutas pretas. A Mouvèdre por vezes costuma ter o papel principal na composição; nestes casos o vinho apresenta mais estrutura, devido aos taninos da variedade. As outras uvas são Cinsaut, Muscardin, Counoise, Vaccarèse e Terret Noir, e as brancas Grenache Blanc, Clairette, Bourboulenc, Roussanne, Picpoul e Picardan. Já tinha ouvido falar que Cape Town (Cidade do Cabo) era muito bonita, e tinha a certeza absoluta que degustaria vinhos excelentes. Fora isso, a curiosidade de fazer um safári era enorme. Alguém já imaginou ir à África e não fazer um safári? Imagino que seja como ir ao Rio e não ir à praia (será exagero?). Definir o “pacote” foi fácil. Cape Town e safári, total de 9 dias. Começamos a pesquisar o que fazer em Cape Town. “Table Mountain”, “Cape of Good Hope/Cape Point”, Waterfront, Camps Bay (todos os guias informando sobre as maravilhas naturais da cidade e seus arredores), vinhedos… Teríamos agenda bem cheia por lá. Boas combinações para compatibilização com alimento seriam carnes de caça (faisão) carneiro, carnes vermelhas grelhadas, sopas fortes e queijos curados. Intensifiquei minha pesquisa sobre os vinhos sul-africanos. No time dos tintos é impossível não pensar nas qualidades dos bons Shiraz (elegância e potência em prol do bom gosto), assim como seus Pinotage, bem trabalhados (carnudos, potentes e intensos). Também não dá para esquecer seus Cabernet e Merlot, cada vez mais expressivos, bem como suas misturas, algumas de deixar bordaleses com inveja. Na ala dos brancos, Chardonnay (alguns bem marcados pela madeira, outros nem tanto), Sauvignon Blanc (frescor muito bom) e Chenin Blanc (exemplares interessantíssimos de uma uva pouco difundida no resto do mundo – com exceção da França). Isso sem falar ainda dos vinhos de sobremesa, também deliciosos. Convide o papa, se ele não puder atender, estou à disposição... He He He! As principais regiões estão muito próximas de Cape Town, cerca de 30 São vinhos de alta complexidade olfativa, em que destacam-se couro, aromas terrosos, frutas pretas em compota, além de toques herbáceos, tabaco, e especiarias. Têm boa estrutura, mas não são muito tânicos, e ainda são considerados boa relação custo-benefício quando comparados com outras regiões da França, mesmo que isto deva mudar um pouco, visto a febre normal de consumo que acompanha as premiações. minutos de carro. São elas: Stellenbosch, Franschoek, Paarl, Constantia, etc. Antes de viajar, em conversas com alguns importadores que ainda não trazem vinhos sul-africanos, prontifiquei-me a pesquisar possíveis produtores para eventual importação. Assim, coloquei como meta principal a “árdua” tarefa de degustar o maior número de vinhos “desconhecidos” (que não possuíssem importador no Brasil), porém sem deixar de visitar alguma vinícola de boa qualidade já representada aqui (acho que me saí muito bem nesta tarefa...). Saímos de São Paulo num vôo direto para Johannesburg, de onde seguiríamos para Cape Town. Já imaginava a chatice de um vôo de 8 horas no aperto da ala econômica do avião, quando passou o carrinho de bebidas para acompanhar o jantar. (aeromoça) – What would you like sir? (eu) - Do you have wine? (aeromoça) – Sure. Red or white, sir? (eu, já sorrindo) – Ok. Let’s start with the whites. E então percebi que minha viagem tinha realmente começado! Até a próxima! 17 Para acompanhar De Chávez O que acontece a Juan Carlos...! na cidade maravilhosa Circuito do Vinho Nas ondas do Rio Fernando Quartim Jaqueline Barroso Diretor da SBAV-SP Enófila [email protected] [email protected] T ed, não é só você que sofre pela agitação e stress que mensalmente atacam o pessoal da edição do nosso Vinho&Cia, até para mim sobrou este mês, só porque minha memória insistia em repetir, inconsciente, a oportuníssima frase real: “Por que não te calas?!” Atrapalhando minha concentração, foi suficiente para que eu recebesse torpedos e e-mails cobrando “cadê tua matéria?”. Precisamos fechar o jornal! Será que meu artigo é tão importante? Buscando concentração, pensei, pois não é que o Rei Don Juan Carlos acaba de me dar uma boa idéia, vou falar de um restaurante espanhol, e vou manter conectados meus neurônios ao episódio que, dias atrás, me desopilou: a fala real! Papel e lápis e destino: Don Curro! Lá chegando, sou recebido pela simpática dupla Tarcísio e Luiz, bem gerenciados pelo Edílson. -- Por favor, mesa para dois. Acomodados, iniciamos os trabalhos, diga-se de passagem, um dos que mais aprecio, conversar com o maître e especular sobre os novos pratos, uma vez que as paellas, carro-chefe do restaurante, já me são velhas conhecidas. Mas estava mesmo a fim de conhecer as novidades, entre elas uma me chamou a atenção: a Plancha del Marinero. -- É esta! Quero a Plancha e para entrada, ostras frescas de Santa Catarina! -- Agora gostaria de conversar com Luiz, o sommelier. Com toda presteza e após gostosa troca de idéias, um passeio pela bela Carta de Vinhos, onde pude calcular algo próximo de 350 rótulos! Fechamos os vinhos: uma taça de Jerez Oloroso (duas, é claro, para mim e a minha namorada!) para acompa- 18 Futuro Master of Wine Marcelo de Moraes, sommelier chefe da rede Porcão, tem como objetivo (e que objetivo!) ser um Master of Wine. Em outubro passado, Marcelo concluiu o segundo módulo de cinco do curso WsetWine & Spirit EducationTrust (Londres), que aconteceu pela primeira vez no Brasil, em São Paulo. Don Curro R. Alves Guimarães, 230, Pinheiros (11) 3062-4712, São Paulo nhar as ostras. Na verdade procurei por um Manzanilla Fina, também de Jerez que, em minha opinião, vai maravilha com ostras, mas Luiz aconselhou ficarmos com o Oloroso, e um Chardonnay Gran Feudo 06 para acompanhar a Plancha del Marinero! Hamonização nota 10! A visita à adega vale a pena, e gostaria de destacar um ponto: encontrei rótulos brasileiros por lá! E, o que é muito interessante, a Salton produz o Don Curro Selección Especial 02, com cara de vinho espanhol, mas, na verdade, é um Talento! Há também a famosa sangria, que alegra muitos paladares! Talvez em 2008 tenhamos o terceiro módulo aplicado no Rio (será?). Parabéns, Marcelo, os enófilos cariocas estão torcendo pelo seu sucesso. Para aqueles profissionais que tenham interesse, visitem o site: www.wset. co.uk/courses/ Revitalização da Rua do Mercado Aquele simpático cantinho da Rua do Mercado que vem se revitalizando, acaba de ganhar mais um restaurante: Um Oito Oito Um. O ambiente é uma delícia, super “clean” e moderno, a comida é brasileira (a la carte) e ele tem uma variada carta de vinhos do Velho e Novo Mundo. O atendimento relativo ao nosso “caldo” é por conta do sommelier Rodrigo Moura. Sugiro que conheçam o prato “Boi Berrando”: costela marinada na cerveja preta (que heresia!!), depois assada por 8 horas, acompanhada de batatas coradas no alecrim. Sobre a harmonização, o Rodrigo esta aí para isso! Rua do Mercado, 37 (21) 2509-3970 Curso intensivo de vinhos Se Ibrahim Sued tivesse conhecido Mike Taylor, certamente iria chamá-lo de locomotiva. Mike não pára! Em Janeiro irá fazer um curso intensivo de vinhos de Enquanto estimulávamos nossos apetites, nos distraíamos com a decoração: em todos os lugares, touros! Pudera, o Don Curro, ou Francisco Domingues, foi um toreador, que com sua mulher dona Carmen legaram a José Maria e Rafael, seus filhos, um laureado e famoso restaurante que brilha no mercado paulistano há uns quarenta e oito anos! Don Curro pode integrar o Circuito do Vinho, onde encontramos um ótimo serviço em ambiente bastante agradável, em que o vinho, sempre presente, faz um final feliz! Vinho&Cia - No. 27 Para acompanhar Esfrie um tinto, por favor Como beber em coquetéis e eventos Vinho & Comida No mundo dos negócios José Ivan Santos Didú Russo e Regis Oliveira Escritor e professor do Senac Escritores [email protected] [email protected] N E stou participando de um churrasco à uma da tarde de um desses sábados com trinta e tantos graus à sombra, quando tenho a idéia de pegar uma vasilha com muito gelo e água e colocar nela todas as garrafas de tinto. Merlot, Malbec, até Cabernet Sauvignon. Ouço murmúrios; supõe-se que eu seja um especialista e, por isso, não encontro grande oposição, mas percebo certo nervosismo no ambiente, até que o dono da casa resolve perguntar por que me ocorreu fazer isso. Inúmeras vezes passei por situações semelhantes. Na verdade, já tive problemas com garçons de restaurantes quando pedi que me esfriassem o tinto. Servir tintos quentes e brancos muito frios é um costume que ainda existe em nossa cultura enológica. Beber um vinho muito gelado é o mesmo que colocar cubos de gelo na boca; o paladar adormece e não se sente nada. O branco então perde todos os seus aromas e se ganha algo é em acidez. Por outro lado, com os tintos servidos em altas temperaturas o que começa a predominar é o álcool. Observe que falo de uns 22 graus para cima. A esses níveis, a sensação de queimação e doçura supera a acidez natural, enquanto na boca os aromas quentes se superpõem às notas frutais. Ao ar livre, com as garrafas expostas ao calor, é fácil para um vinho que chegou a uns, digamos, 22 graus, atingir mais de trinta graus. O que bebemos, então, é algo bastante alcoólico, muito suave (o calor suaviza os vinhos), com zero de acidez e zero de aroma frutal. Vejamos alguns detalhes importantes. Digamos que um tinto possa ser bebido entre 16 e 22 graus. Menor temperatura, Vinho&Cia - No. 27 para castas mais suaves e ligeiras, como o Pinot Noir, e maior temperatura, para tintos recém elaborados com Syrah ou Cabernet Sauvignon. Como conseguir essa temperatura se um ambiente está a 35 à sombra? A maneira menos traumática é ter o vinho previamente na geladeira. Tudo depende da temperatura inicial, claro, mas posso garantir que uns 45 minutos na geladeira bastam e sobram. Na falta de tempo coloque a garrafa em uma vasilha com água e gelo por uns 15 minutos. Hoje em dia, os tintos possuem, no mínimo, treze graus de teor alcoólico. Lembro que alguns anos atrás um Cabernet estava ótimo aos doze graus e passava suave pelo paladar. Hoje a coisa é diferente; o Pinor Noir é o tinto que se deve beber frio. Raras vezes um Pinot é adstringente, o que permite bebê-lo a 16 graus ou menos, para apreciar melhor sua textura delicada, sua acidez e seu frescor. Tintos mais robustos, como os reserva feitos de Syrah, Malbec ou Cabernet Sauvignon deveriam ser tomados com mais calma. O frio moderado acentua a acidez e os aromas, mas em um tinto novo provoca uma elevação dos taninos, ou seja, aumenta a adstringência; uns 18 a 20 graus serão suficientes. uma ocasião social a gente pode encontrar de tudo, desde um evento cuidadosamente estudado, preparado, servido e conduzido, com harmonia de comidas, bebidas, ambiente e convidados, até algo completamente desconexo. Você deve se lembrar que como executivo ou empresário está lá sempre com o objetivo de aproveitar a oportunidade para melhorar de alguma forma os negócios. A bebida é um mero acompanhamento, pode lhe ajudar no relacionamento, porém você não deve dar margem a prejudicar. Em primeiro lugar, não se esqueça de um primeiro conselho: beba sempre com moderação, dentro do seu limite. Não se restrinja a apenas um tipo, como, por exemplo, os tintos, tão no gosto hoje dos brasileiros. Tenha sempre em mente que existe um tipo de vinho adequado para cada prato e cada momento. Eventos bem planejados levam em conta isso. Se você chegar num coquetel em que as pessoas estão em pé, é recomendável, antes de pegar a primeira oferta do garçom, observar discretamente quais bebidas e petiscos estão em serviço. Você pode assim escolher o que mais lhe agrada e, melhor ainda, o que melhor combina. É muito comum servirem hoje petiscos de frutos do mar e, pelo lado da bebida, vinhos tintos encorpados, como a maioria dos Malbec. Certamente não vai combinar, e você vai ter a sensação desagradável de maresia na boca. Num coquetel em pé você pode ser seletivo e discretamente optar por um ou outro. Se for num jantar formal, à mesa, é deselegante recusar algo. Prove sempre, e não é preciso consumir toda uma taça ou um prato. A não ser que você tenha alguma restrição, como alguma recomendação médica, que você pode comentar com o anfitrião. Beba em qualquer caso normalmente, sem afetação. Se o anfitrião propuser algum ritual, siga-o, mas nunca crie um. Se puder escolher, é preferível no momento dos aperitivos beber os vinhos mais leves, como espumantes ou brancos mais frescos, e nos pratos principais os vinhos de mais corpo, a não ser que sejam pratos delicados. Seja sempre discreto e simpático, mesmo se você provar algo que não lhe agrade. Se gostou, elogie, todos gostam disso, porém jamais faça comentários negativos a pessoas com quem você não tem intimidade. Isso não leva a nada, a não ser à possibilidade de você ser rotulado como chato ou indelicado, e no mundo dos negócios a gente está constantemente em observação. 19 Para acompanhar Vinho Duas lojas: e águas quentes! em Sampa e no Rio Lojas e pontos Denise Cavalcante Jornalista [email protected] “ Viajando com vinho Adriana Bonilha das águas. Adormeço e sonho com o espumante que me espera no balde de gelo... À noite, me preparo para um programa de enogastronomia... Enófila [email protected] V ocê tem viajado bastante pelo Brasil? Ainda bem que nosso pais é extenso e proporciona inúmeras opções: o Norte, com passeios exóticos e selvagens; o Nordeste, para caminhadas por extensas praias; o Sul, com suas serras; o Sudeste, com a nossa casa; e o Centro-Oeste, com sua chapadas e planaltos. Em todas as regiões, nas capitais e em locais diferenciados podemos desvendar boas opções para uma taça de vinho. Eu me imagino neste exato momento em uma piscina, mergulhando para arrefecer o calor, depois me esticando em uma espreguiçadeira, tomando um espumante bem geladinho e esquecendo da vida. Tenho certeza que neste meu sonho (que já foi realidade) logo as crianças que estão por perto – entre elas a minha filhota – irão me chamar para um toboágua, e lá vou eu de novo tibum na piscina. Depois, me deito numa bóia e sou levada pelo balanço 20 Sim, me imagino num dos resorts espalhados pelas nossas terras, como o Rio Quente, em Goiás, que, dando asas a sonhos como o meu, além de oferecer toda a infra-estrutura das piscinas, promoveu o 1º Encontro de Gastronomia e Enologia. Faltava um espaço como esse na Granja”, foi assim que o casal Elizabeth e Marcel Proença foram recebidos após a abertura da sua loja de vinhos no final de 2007, como franquia da Importadora Grand Cru no bairro da Granja Viana, há 20km do centro de São Paulo, pela Raposo Tavares. É muito bonito mesmo. Uma loja ampla, grandes estantes de madeira e espaço climatizado para os vinhos, decorada com sobriedade e muito bom gosto, com uma enorme mesa de madeira para 20 lugares onde planejam fazer várias degustações e eventos. Duas confortáveis poltronas e alguns livros convidam o visitante a abrir seu vinho ali mesmo. Aos sábados à tarde, o casal pretende ter sempre algumas garrafas abertas para que os clientes, aos poucos, conheçam seus rótulos. As especialidades são vinhos do Novo Mundo, principalmente da Argentina, mas com muita atenção também para os vinhos da França. No Rio de Janeiro, a movimentada Cobal do Humaitá abriga uma deliciosa loja de vinhos do expert Aníbal Patrício, onde os clientes, entre alfaces, maçãs e flores do movimentado mercado, encontram uma ilha de sofisticação e bom gosto, com vinhos de todas as faixas de preço e qualidade. A loja Espírito do Vinho tem mais de 600 rótulos de praticamente todas as grandes importadoras, com destaque para Adega Alentejana e Decanter, das quais é representante na cidade. Os vinhos nacionais também têm vez no Espírito do Vinho, que busca praticar preços justos e compatíveis com o desejo do mercado. O atendimento é muito especializado, seja pelo Aníbal ou seus assistentes. Oferece outros produtos, como Azeites, Queijo da Serra, utensílios para vinho, publicações sobre vinhos, taças, decanters... “de tudo um pouco, além de vinhos, é claro!”, comenta. Grand Cru - Granja Viana Rua José Felix de Oliveira, 866 (11) 4702-3832, Carapicuíba, SP Espírito do Vinho - Cobal Humaitá Rua Voluntários da Pátria, 448, Box 2 (21) 2286-8838, Rio de Janeiro Reuniu chefs, como Mané Young, Márcio Santos, Sandra Romansini e Sérgio Peres, e palestrantes como Guta Chaves, Renato Frascino e a especialista em queijos Mônica Pessoa, e proporcionou aos hóspedes (que bem poderia ser você um deles) momentos de pura diversão em outras águas e praias. Palestras, harmonizações com queijos e jantares a quatro mãos possibilitaram fechar com chave de ouro o dia em que passamos trabalhando, ou melhor, relaxando, nas piscinas de águas quentes do parque. E... Ah!... Sonhar de novo... Depois da enogastronomia, ainda não satisfeita, voltar tarde da noite às águas, nas piscinas iluminadas, para mais uma deliciosa ducha...! Vinho&Cia - No. 27 Para acompanhar Entre contos Espumantes e charutos e caviar: perfeito! Charutos & Destilados Alta Gastronomia César Adames Jorge Monti Consultor gastronômico Presidente da Abaga [email protected] [email protected] H ábeis na utilização da chaveta (instrumento para cortar as folhas) e na elaboração de charutos, os tabaqueros cubanos ainda são os trabalhadores com maior acesso à cultura. Isto vem desde que, em 1864, se instituiu em Cuba um personagem singular, o ‘leitor de galeras’. Ele nasceu da necessidade de amenizar a alta carga horária de um trabalho feito em silêncio. Naquela época não existia rádio e nem seria interessante colocar música para distrair a atenção dos trabalhadores. No início o leitor era pago pelos próprios trabalhadores, que se cotizavam e pagavam um centavo diário por seu trabalho. Com o passar do tempo este custo foi absorvido pelos donos das fábricas, que ficaram interessados com o aumento da produção. Os trabalhadores escutavam desde “Os Miseráveis” de Victor Hugo até “Cecília Valdés” de Cirilo Villaverde. Geralmente o leitor ficava em uma tribuna ou mesa mais alta. Deveria ter boa dicção, ler pausadamente para que todos pudessem entender, bem como dramatizar os diálogos, alternando as vozes de homem, mulher e criança. Hoje em dia nas fábricas Partagas e H.Upmann os tabaqueros de todos os pisos escutam o leitor pelos alto falantes instalados nos andares, fato conseguido anteriormente somente com o poder da própria voz. A idéia do leitor de galeras surgiu com Saturnino Martinez, que trabalhava no jornal operário “La Aurora”. O primeiro leitor, cujo nome não se tem idéia, subiu em uma espécie de andaime na fábrica “El Fígaro” no dia 21 de dezembro de 1865. A idéia foi acolhida com alegria pelos trabalhadores que naquela época chegavam cansados à fábrica, pois tinham que trazer Vinho&Cia - No. 27 O ano de 2007 foi muito particular para a gastronomia brasileira: muitos sucessos a nível nacional e internacional. Conseguimos participar e realizar mais de oito concursos nacionais e internacionais, levando a gastronomia brasileira e seus vinhos ao mundo. Foi um verdadeiro recorde, que uniu produtos, esforços, dedicação, trabalho e muito talento. de suas casas as mesas, instrumentos necessários para elaborar um charuto, e até mesmo o almoço. Os jornais concorrentes do “La Aurora” logo começaram a ridicularizar a idéia e a chamar de galeras os locais onde eram elaborados os charutos, em referência ao velho costume do presídio de Havana de ler aos reclusos as notícias do dia enquanto estes almoçavam. A criação de algumas grandes marcas existentes até hoje se deve aos livros que eram lidos, e de tempos em tempos relidos, por solicitação dos tabaqueiros. “O Conde de Monte Cristo” virou a marca Montecristo, que traz as espadas na tampa da caixa. Do romance homônimo de Willian Shakespeare surgiu “Romeo y Julieta”, representado na caixa pela cena do balcão onde os amantes se encontram. Até o clássico “Don Quijote de La Mancha” de Cervantes foi imortalizado com o surgimento da marca Sancho Panza, fiel escudeiro que acompanha seu senhor pelas aventuras narradas no livro. Um bom exemplo de que fumaça também é cultura. Especialmente em 2007 também, o espumante rosado foi o que mais brilhou na terra brasileira e nos outros cantos do mundo. No Brasil foram lançados vários: Salton, Miolo, Chandon, Perini, etc., configurando uma boa oferta a nosso consumidores e revitalizando uma variedade pouco explorada no Brasil. Eu, como chef de cozinha e gourmet, adoro o espumante rosado: ele é muito ligeiro e refrescante bem gelado. Há trinta anos, no restaurante da minha família em Buenos Aires, Refugio del Viejo Conde, meu pai servia um Champagne Moët Chandon rosado combinando com um “blini de caviar russo Beluga”. Devo expressar que a combinação era perfeita e sublime, e, lembrando desse momento, proponho hoje comemorar os trunfos da gastronomia de 2007 com uma receita minha desse prato (se não é possível usar o caviar russo, por ser muito caro, pode-se optar pelo dinamarquês, mais em conta) para ser acompanhada com um espumante rosado bem gelado! Blini de caviar (Ingredientes para 4 pessoas) 80g de farinha de trigo comum 80ml de cerveja loira 1 ovo sal e pimenta do reino 120g de caviar beluga de esturjão 40g de creme azedo batido como chantilly (bem gelado) 1 forma redonda de 10cm de diêmetro 1 blinera de tefal 4 colheres de sopa de óleo de milho Modo de fazer Coloque numa tigela a farinha, a cerveja e o ovo, mexa bem. Deve ficar uma massa semi-sólida. Tampe com um pano e leve à geladeira por 10 minutos. Leve ao fogo a frigideira, espalhe uma colher de óleo de milho, esquente, despeje por cima duas colheres fartas de massa, cozinhe um minuto de cada lado, retire, passe um pano por cima do blini para retirar o excesso de óleo, coloque num prato aquecido e delicadamente com uma colher de chá coloque por cima o caviar beluga e sobre ele o creme azedo. Sirva com acompanhamento de ovo cozido picado, alcaparras e cebola crua picada fina. 21 Para acompanhar O ponche Ted Bebedor com samba de manhã e a Lola Brah Comportamento Didú Russo Confraria dos Sommeliers [email protected] S empre que puxo pela memória me dou conta do tempo passando. Noutro dia contei com naturalidade sobre um ponche aos meus filhos e todos caíram na risada, mal sabiam do que se tratava. O Ponche é uma espécie de “Clericó” de “Sangria”, ou de “Espanhola”, como é conhecida nas periferias da cidade. Uma mistura de frutas com bebidas e refrigerante. O tradicional era um espumante, umas doses de conhaque ou de gim, frutas picadas e um guaraná. Colocava-se numa “poncheira”, uma peça muito bonita de cristal, que tinha também uma concha de cristal e umas canequinhas, que faziam jogo e onde se bebia do ponche... Era comum e chic, sabe. Lembro-me que numa ocasião, na Secretaria de Cultura do Estado, onde fui “oficial de gabinete”, nós organizamos uma recepção para um grupo de antigas atrizes, entre elas a – famosa à época – Lola Brah, uma ex-atriz de teatro. O ambiente era propício, o Palácio dos Campos Elíseos, na sala de recepções, que era maravilhosa e merece uma visita. Ela se encantou comigo e após alguns ponchinhos, que estava bem forte, ela não se conteve e se atirou pra cima do então garotão aqui, e foi jogo duro... Ao final da festa ela, pendurada em mim, me perguntava: “Te gusta lo Champan, Papito?...” E quando as outras convidadas falavam “O que é isso Lola?...” ela respondia “Ah... ele agora é o meu coronel...” - Ainda não, caro leitor. Crônica Regis Gehlen Oliveira Editor do Vinho&Cia [email protected] “ Eu faço samba e amor até mais tarde / E tenho muito sono de manhã / Escuto a correria da cidade, que arde / E apressa o dia de amanhã...” - Ted, nada como começar o ano e, logo de manhã, com música boa, né? - Sim, caro leitor, e ainda mais com Samba e Amor, do Chico Buarque. - Bem lembrado, Ted! Samba... O carnaval é logo no início de fevereiro! - É... Neste ano o país começará a trabalhar mais cedo... “De madrugada a gente ainda se ama / E a fábrica começa a buzinar / O trânsito contorna a nossa cama, reclama / Do nosso eterno espreguiçar...” - Ted, você não me parece muito animado... Já pensou no vinhozinho do almoço? 22 - Ih... Ted, você não está pensando em vinho... A coisa está grave! “No colo da bem-vinda companheira / No corpo do bendito violão / Eu faço samba e amor a noite inteira / Não tenho a quem prestar satisfação...” - Você está doente, Ted? Nem um vinhozinho se quer?... - Não, caro leitor... “Eu faço samba e amor até mais tarde / E tenho muito mais o que fazer / Escuto a correria da cidade, que alarde / Será que é tão difícil amanhecer?...” - Bem, caro leitor, eu já vou... - Mas, Ted, a sua coluna mal começou... O que vão dizer os outros leitores? Só isso? - O país só começa depois do carnaval... E, ainda mais, é de manhã... - Ah... “Não sei se preguiçoso ou se covarde / Debaixo do meu cobertor de lã / Eu faço samba e amor até mais tarde / E tenho muito sono de manhã” Vinho&Cia - No. 27 beba com moderação Vinho é emoção Descobrir os aromas e sabores dos bons vinhos deixa qualquer pessoa apaixonada. Quando vamos conhecendo mais sobre a bebida, a história de cada rótulo e o trabalho desenvolvido pelos enólogos e vinhateiros, temos a certeza de que essa é uma bebida que emociona. Emoção que sentimos ao compartilhar uma garrafa com os amigos, ao brindar os feitos de nossos filhos ou simplesmente celebrar o amor. O vinho está presente em todos os nossos momentos importantes. Impossível não se emocionar. Mas, lembre-se, sempre com moderação. Vinho&Cia Vinho&Cia - No. 27 23 Programa onde comer e beber? (nós já harmonizamos os pratos e os vinhos) Circuito Aprecie os vinhos a preços especiais até 29/02/2008 Vinho&Cia em Santos & Guarujá Santos, Canal 5 Santos, Canal 1 Guarujá, Pitangueiras Guarujá, Tombo PICCOLA FORNERIA Cozinha italiana e pízzaria VAN GOGH Pizzaria e cozinha variada CHOPP HALLE Cozinha alemã e frutos do mar SAINT MALO Cozinha francesa Av. Almirante Cochrane, 62, Canal 5 (13) 3273-6699, Santos jantar, aos domingos também almoço Av. Floriano Peixoto, 314, Canal 1 (13) 3205-3636, Santos jantar, aos sábados e domingos também almoço Av. Deodoro da Fonseca, 1520 (13) 3382-1040, Pitangueiras, Guarujá almoço e jantar Av. Prestes Maia, 250, Praia do Tombo (13) 3354-2442, Guarujá jantar de 3a a domingo Stinco di vitela com polenta ai funghi freschi Bacalhau Lagareiro (na brasa com batatas aos murros) Linguado à romana (enrolado à milanesa com camarão) Spaghettis com mexilhões (Vinho De Martino Reserva Legado Syrah, Decanter, R$69) (Vinho Anselmo Mendes Loureiro, Decanter, R$46) (Vinho Colomé Torrontés, Decanter, R$41) (Vinho Villard Sauvignon Blanc, Decanter, R$57) Taglierini ai frutti di mare (alla Portofino) Salmão grelhado com risoto de tomate seco e rúcula Salsichão com salada de batata Camarões a Provençal (Vinho Cousiño Macul Don Luis Sauvignon Blanc, Santar, R$27) (Vinho Cousiño Macul Don Luis Chardonnay, Santar, R$27) (Vinho Cousiño Macul Rosé Cabernet Sauvignon, Santar, R$27) (Vinho Cousiño Macul Don Luis Chardonnay, Santar, R$27) Tagliatelles a Luiz Alberto (com ostras gratinadas) Pizza de gorgonzola com abacaxi Pizza Paris (queijos estepe e brie e cogumelos paris) Camarão do Halle (com arroz no alho e batata corada) (Vinho Rio Alto Sauvignon Blanc, Global Commerce, R$20) (Vinho Rio de Chile Merlot, Global Commerce, R$24) (Vinho Rio Alto Chardonnay Reserva, Global Commerce, R$29) (Vinho Lautaro Sauvignon Blanc, Global Commerce, R$19) Pizza de erva doce, mussarela e calabresa moída Pizza de calabresa artesanal com mussarela e manjericão Talharine à marinara Arroz Saint Malo (com frutos do mar e açafrão) (Vinho Casa Latina Chardonnay-Torrontés, Merkatto, R$33) (Vinho Casa Latina Reserva Malbec, Merkatto, R$51) (Vinho Casa Latina Reserva Malbec, Merkatto, R$51) (Vinho Casa Latina Chardonnay-Torrontés, Merkatto, R$33) Sorbetto di salmão (della professoressa Nídia) Pizza de filet mignon com molho madeira e alho Eisbein com chucrute e batata sauté Filet mignon sauce aux champignons (Vinho Núbio Rosé Cabernet Sauvingon, Sanjo R$35) (Vinho Núbio Cabernet Sauvignon, Sanjo, R$31) (Vinho Nobrese Cabernet Sauvignon, Sanjo, R$21) (Vinho Maestrale Cabernet Sauvignon, Sanjo, R$43) Confira os preços dos pratos nos restaurantes Apoio Aprecie com moderação