Vinho&Cia
Ano 4 - Número 27 - R$ 7,00
ConVisão
1
O no
em harmonizações
e restaurantes
com vinhos
O seu programa com vinho no verão
Onde Beber Melhor no Litoral da Baixada Santista
Restaurantes classificados pelo serviço de vinhos em São Paulo e Rio
Os melhores vinhos com ostras &... Muito mais!
FESTIVAL
OSTRAS, VINHO&CIA
VINHO&CIA
APRECIE COM MODERAÇÃO
APRECIE A PREÇOS ESPECIAIS NO CAFÉ JOURNAL OS VINHOS QUE RECEBERAM
A MEDALHA CIA. DE OURO DO VINHO&CIA COM OSTRAS FRESCAS
R$48
R$60
R$55
R$35
R$63
R$19
ATÉ 29 DE FEVEREIRO DE 2008
SOMENTE NO CAFÉ JOURNAL, NA AL. DOS ANAPURUS, 1121, MOEMA, (11) 5055-9454, SÃO PAULO
2
Vinho&Cia - No. 27
Curta a sua praia
Nós vamos onde você está:
nos restaurantes, nas praias, na sua casa, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no litoral...
Vinho&Cia
Vinho & Cia - No. 27
3
Aperitivo
Para aproveitar
o verão com vinho
Vinho&Cia
Ano 4 - Número 27
Editor
Regis Gehlen Oliveira
Publicação
O
ano de 2008 começa com forte pressão dos governos Federal e Estadual de São Paulo para aumentar os impostos sobre os vinhos
importados, o que pode elevar consideravelmente o preço das garrafas. Torcendo para que as medidas não se efetivem, vamos por
outro lado no estímulo ao consumo moderado e prazeroso do vinho também no verão.
Nesta edição indicamos Onde Beber Melhor no litoral da Baixada Santista. Relacionamos 24 restaurantes em que é possível beber
um bom vinho, e premiamos os melhores locais em diversas categorias. É mais um trabalho inédito do Vinho&Cia, diferente de outras
publicações que premiam apenas a grande variedade. Avaliamos o conjunto do local e do serviço de vinhos e também os preços praticados
sobre os rótulos. E para que tudo seja melhor ainda, com possibilidade de prazer na prática, promovemos em vários restaurantes do litoral
o Circuito Vinho&Cia, em que estão em oferta vinhos a preços especiais, harmonizados com pratos de destaque em cada casa.
Provamos também vários vinhos em lançamento no mercado e damos as dicas daqueles com as melhores relações custo-benefício. Ainda
sob o tema o que beber, como boa pedida para a época, apresentamos os melhores vinhos para acompanhar ostras frescas no Café Journal
em São Paulo, que poderão ser apreciados no próprio restaurante com o prato, em um festival com os rótulos a preços especiais.
E para aproveitar melhor ainda o verão com vinho, é bom se aprofundar nas muitas informações sobre o assunto trazidas pelos nossos
colunistas. Tim-Tim!
É verdade
que...
ConVisão
Al. Araguaia, 933, 8o. and.
Alphaville
06455-000, Barueri, SP
Redação
Adriana Bonilha
Beto Acherboim
Cesar Adames
Custódio (cartum)
Denise Cavalcante
Didú Russo
Estevam Norio Ito (fotos)
Euclides Penedo Borges
Fernando Quartim
Jaqueline Barroso
Jairo Monson
Jorge Monti
José Ivan Santos
Sérgio Inglez de Souza
Walter Tommasi
Assinaturas e
Propaganda
(11) 4192-2120
[email protected]
Vinho & Saúde
Jairo Monson
Médico e escritor
[email protected]
S
há diferenças entre a
quantidade ideal para
uma ou outra pessoa
beber moderadamente?
im. A dose segura de álcool é diferente para cada um e
difícil de determinar. Depende de diversos fatores como
sexo, peso corporal, mais especificamente o peso do fígado,
quantidade de enzimas que metabolizam o álcool e constituição gênica de cada indivíduo. Vários cientistas e autoridades
sanitárias tentaram defini-la, mas não houve consenso. O Dr.
Arthur Klatsky é um dos cientistas que mais estuda este assunto
e considera seguro para a maioria dos homens até 30g por dia de
álcool (300ml de vinho a 12,5%) e 20g por dia (200ml de vinho
a 12,5%) para as mulheres.
4
Impressão
Metromídia
Vinho & Cia é uma publicação da
ConVisão relativa ao segmento de
vinhos e suas companhias naturais,
como gastronomia, restaurantes,
prazer, conhecimento, viagens e
outras. Circula principalmente na
Grande São Paulo e no Grande Rio
de Janeiro nos principais restaurantes
e lojas especializadas. Pode ser adquirido por assinaturas ou em bancas
selecionadas.
Os artigos e comentários assinados não refletem
necessariamente a opinião da editoria.
A menção de qualquer nome neste veículo não
significa relação trabalhista ou vínculo contratual
remunerado.
Vinho&Cia - No. 27
O que beber
Provamos antes
para você beber melhor
Entre os inúmeros lançamentos no mercado, aqui estão rótulos selecionados
considerando o melhor benefício dentro de cada categoria de preço.
Com tampa de rosca
Espumante estrela
Pode parecer estranho, mas a cada dia no
mundo se usam mais as tampas de rosca em
vinhos, e não somente em produtos de baixa
qualidade. Para vinhos que não necessitam da
micro-oxigenação são adequadas. Para abrir, é
mais prático do que as rolhas. Um dos recentes
rótulos oferecidos com rosca é o Sauvignon
Blanc Casillero del Diablo, bastante aromático
e fresco, adequado para a época do verão.
Pernod Ricard: (0800) 014-2011
A produção está no início, mas já se pode dizer
que os espumantes são estrelas. Em recente
evento Harmonizando o Terroir promovido
pelo Vinho&Cia eles brilharam. Um dos
destaques é o pouco usual corte incluindo a
uva Viognier.
Estrelas do Brasil: (54) 3455-8103
De altitude
Ninguém permanecerá igual após
provar a linha Grande Reserva Pisani
Panceri. O Merlot é ótimo, com toques
que somente a produção em vinhedos
de altitude de Santa Catarina pode
proporcionar. Sinta você mesmo.
Panceri: (49) 3366-7700
Nature
Quando se fala
em espumante de
qualidade brasileiro sempre um
dos primeiros a
ser lembrado é
o Cave Geisse.
O Nature é um dos grandes
produtos da linha, fresco, seco
e instigante.
Cave de Amadeu:
(54) 3455-7461
Para sobremesa
Ainda as pessoas no Brasil não
têm muito hábito, porém vale a
pena adquirir e deixar-se influenciar pelo prazer: espumantes de
uva Moscatel acompanhando
sobremesas. Um bom produto é
o Oremus, que foi muito elogiado por jornalistas, sommeliers e
donos de restaurante no evento
Harmonizando o Terroir promovido pelo Vinho&Cia.
Fante: (54) 3292-1122
Começando diferente
Da Nova Zelândia
A emergente região de vinhos de altitude de
Santa Catarina traz a cada dia boas surpressas.
A linha Tapera Augusta é um exemplo, com
tintos e brancos. Bom rótulo é o Cabernet
Sauvignon - Merlot, herbáceo, diferente.
Santa Augusta: (49) 3566-9600
A uva Pinot Noir fez fama na Nova Zelândia,
mas esse Merlot da mesma região é de extrema elegância, delicado e redondo: Brookfields
Burnfoot Merlot 2005. Para a colunista Denise
Cavalcante é a perfeita definição de um vinho
feminino: equilíbrio perfeito na boca. R$74.
Premium: (31) 3282-1588
Vinho&Cia - No. 27
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O que beber
OSTRAS
& Vinhos
A
preciar ostras frescas no verão e nas férias é muito apropriado. A iguaria
lembra algo leve, que pode ser petiscado, provado aos poucos, em momentos de descontração ou happy-hour. São adequadas ao clima de calor
também, boas para serem consumidas com vinhos mais resfriados. Assim, têm tudo
a ver com a época.
Comer ostras, contudo, requer atenção. Se não forem de procedência confiável
e consumidas em local bastante cuidadoso, pode haver o risco de contaminação.
Nesse sentido, Vinho&Cia escolheu o Café Journal Vermeer em São Paulo, para
fazer duas ações. A primeira, degustar ostras com vinhos e identificar os rótulos
que melhor combinam. A segunda, promover um festival para que todos possam
experimentar as mesmas ostras com os melhores vinhos até o final de fevereiro.
Uma equipe de degustadores do Vinho&Cia reuniu-se e provou às cegas (sem
conhecimento do rótulo) 20 amostras, enviadas por vinícolas, importadoras e distribuidoras, apresentadas na tabela ao lado. Os seis melhores rótulos em combinação
com o prato receberam a medalha Cia. de Ouro e estão em destaque.
As ostras
Vinho&Cia degustou as ostras na forma mais convencional, servidas no restaurante
de modo simples, num prato, para serem apreciadas apenas puras com toques de
limão. As ostras do Café Journal Vermeer são oriundas da Villa das Ostras, de
Florianópolis (11) 3873-0098 / 8326-9946.
Onde Comer
O Vermeer é uma ampliação recente do Café Journal, um espaço anexo, com áreas ao ar livre,
adequadas também à apreciação de charutos. O Café Journal destaca-se pela qualidade do seu cardápio,
pelo seu ambiente e pelo serviço de vinhos. No almoço serve buffet com pratos bem elaborados, e no
jantar trabalha com cardápio. A decoração é agradável, rústica, com meia luz, ótima para encontros românticos ou bate-papo descontraído. Conta com bela adega, uma das melhores de São Paulo, com quase
300 rótulos. No conjunto, é um local muito adequado nesta época para a apreciação das ostras.
Experimente as ostras e os vinhos
O prato e os seis vinhos que receberam a medalha Cia. de Ouro poderão ser experimentados até o final
de fevereiro de 2008 no Café Journal Vermeer, com os rótulos a preços especiais. A promoção é fruto
de parceria entre o Vinho&Cia, o restaurante e os fornecedores.
Café Journal, Al. dos Anapurus, 1121, (11) 5055-9454, Moema, São Paulo
6
Vinho&Cia - No. 27
Os melhores
com as ostras
1
2
3
4
5
Onde beber
Onde beber melhor
no litoral da Baixada Santista
B
ebida em restaurante
do litoral não é mais
somente cerveja, uísque
ou caipirinha, como Vinho&Cia
pôde comprovar. Em rigorosa
pesquisa, a equipe do jornal
selecionou 24 restaurantes da
Baixada Santista em que o vinho recebe no mínimo alguma
atenção diferenciada e em alguns
deles é alvo de muita atenção.
Embora de modo geral haja
muito a evoluir, o número mostra
que o hábito do vinho, a cada dia
e surpreendentemente, ganha
novos horizontes.
A equipe do jornal visitou
todos restaurantes em Santos,
Guarujá e Bertioga. Nenhum
local de São Vicente foi selecionado. No Guarujá está a
maioria deles, 17 do total de 24,
nas praias de Pitangueiras (4),
Enseada (8), Pernambuco (3) e
Tombo (1); em Santos estão 6; e
em Bertioga, na Riveira de São
Lourenço, estão 2.
De cada restaurante foi levantada a carta de vinhos, com
atenção para a variedade de rótulos, os tipos (se diferenciados,
especiais ou comuns de baixa
qualidade) e a sua organização
(inclusive se fornece orientações
ao consumidor). Foi pesquisado
o sistema de armazenamento,
se é usada adega climatizada
ou adega especial, e o serviço
com taças adequadas ou copos
comuns. Foi observado se o restaurante tem em tempo integral
sommelier para auxiliar os consumidores e administrar a adega,
e o nível desse profissional.
Atenção especial foi dada aos
preços praticados, com cálculo
da margem de venda ao consumidor sobre a compra direta das
importadoras ou vinícolas. Os
8
Piccola Forneria,
em Santos
locais que oferecem variedade
de vinhos em conta, com preços
até 30 reais, também foram
apontados. A pesquisa envolve
inclusive o nível do ambiente e a
qualidade da cozinha oferecida.
Considerando todas as informações anteriores, Vinho&Cia
classifica o nível geral do serviço
de vinho do restaurante com
cotações que variam de 1 a 5.
Perdem pontos os locais que só
trabalham com rótulos caros e
praticam margens elevadas de
preços de vinhos. Para incentivar, o jornal premia os melhores
restaurantes em diversas categorias. Confira a seguir as cotações,
os premiados e todos os restaurantes no guia Onde Beber.
Os melhores
para o vinho
Piccola Forneria, Canal 5, Santos, pizzaria e cozinha italiana
Van Gogh, Canal 1, Santos, pizzaria e cozinha italiana
Gaiana, Riviera de São Lourenço, Bertioga, cozinha internacional
Tertúlia, Ponta da Praia, Santos, churrascaria rodízio
Thai – Casa Grande, Enseada, Guarujá, cozinha tailandesa
Les Épices - Jequitimar, Pernambuco, Guarujá, cozinha francesa
Vinho&Cia - No. 27
Onde beber
Os melhores restaurantes
em cada categoria
Cozinha Sofisticada
GAIANA
Cozinha Informal
PICCOLA FORNERIA
Variedade de Vinhos
PICCOLA FORNERIA
Preços de Vinhos
VAN GOGH
Vinhos em Conta
VAN GOGH
O restaurante da Riviera de São
Lourenço foi o mais premiado.
O conjunto do seu serviço de
vinhos, o seu belo ambiente e
o bom nível da sua cozinha,
comandada pelo chef Julião,
contribuem para que seja eleito
o melhor restaurante da Baixada
onde apreciar vinho em companhia de cozinha sofisticada.
O charmoso e rústico andar
superior da despojada casa de
esquina no Canal 5 em Santos, a
bela adega com boa variedade,
o serviço geral de vinhos, as
pizzas e a boa cozinha do chef
Zeca Santos levam o Piccola à
premiação do melhor na Baixada
Santista para vinho com cozinha
informal.
Começou com uma adeguinha
do tipo geladeira, cresceu aos
poucos e hoje tem uma bela
adega bem-climatizada, com
quase 250 rótulos, desde vinhos
em conta a vinhos especiais, de
variados países e tipos de uvas,
cuidadosamente selecionados
pelo proprietário aficcionado
Antonio Augusto.
A bonita adega climatizada de
madeira e vidro, aos fundos do
salão principal da pizzaria e
restaurante informal no Canal 1
em Santos, guarda mais de 200
rótulos selecionados com bastante critério, quase todos com
sobrepreço muito honesto em
relação à compra de importadoras e vinícolas.
Além de praticar ótimo overprice, o Van Gogh tem a maior
seleção de vinhos em conta da
Baixada Santista, com muitas
e boas opções até 30 reais, que
permitem a apreciação do vinho
não apenas em momentos especiais, mas também no dia-a-dia,
fazendo ótimo par com a sua
proposta de cozinha.
Rótulos Especiais
GAIANA
Sommelier
GAIANA
Equipado para vinho
GAIANA
Adega atrativa
GAIANA
Carta Orientativa
IL FARO
A adega guarda a maior variedade de grandes vinhos, o
que qualifica o Gaiana como o
melhor local da Baixada Santista
onde beber rótulos especiais. As
relações do proprietário com o
Fasano de São Paulo estão ligadas à ótima oferta de vinhos tops
franceses, italianos, chilenos,
argentinos, brasileiros...
Amadeus Câmara fala 5 línguas
e tem 57 anos. Trabalhou com
vinhos na companhia aérea Lufthansa e no restaurante francês
Le Troquet de Campinas. Autodidata, guarda na adega do Gaiana
seus livros, preferencialmente na
língua original. Questiona a globalização dos vinhos e valoriza
os produtores autênticos.
A bela adega climatizada, o
cuidado no armazenamento e
o conjunto de taças guindam o
Gaiana para o prêmio de restaurante melhor equipado para
o serviço de vinhos na Baixada
Santista. Várias taças de cristal
diferentes estão à disposição
na adega para a diversidade de
vinhos da carta.
Do belo salão com vista para o
mar observa-se ao alto o mezzanino com a adega envidraçada e
bem-climatizada. É um convite
para o vinho. Dentro os mais de
100 rótulos são acondicionados
em caixas de madeira ou nos
compartimentos especiais, com o
sistema em que as garrafas ficam
presas pelo gargalo.
O serviço de vinhos do restaurante na Enseada no Guarujá está
em começo de evolução, mas o
destaque é a carta em si. É a única
da Baixada que indica para cada
rótulo um prato do seu cardápio
para combinar. Por facilitar e
muito a apreciação adequada
do vinho, faz juz ao prêmio de
melhor “Carta orientativa”.
Vinho&Cia - No. 27
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Onde beber
Vinhos e pratos especiais
nos restaurantes da Baixada Santista
Restaurantes do
Circuito Vinho&Cia
A
té o final de fevereiro há uma
ótima oportunidade para apreciar
vinhos a preços especiais e harmonizados em restaurantes da Baixada
Santista: acontece o Circuito Vinho&Cia,
promovido pelo jornal com o objetivo de
incentivar o consumo de vinhos no verão
do litoral.
PICCOLA FORNERIA
Av. Almirante Cochrane, 62, Canal 5
(13) 3273-6699, Santos
jantar, aos domingos também almoço
VAN GOGH
Av. Floriano Peixoto, 314, Canal 1
(13) 3205-3636, Santos
jantar, aos sáb. e dom. também almoço
Participam da ação promocional
vários restaurantes relacionados no guia
Onde Beber, localizados em Santos e no
Guarujá. Em cada local estão em oferta
pratos atraentes com sugestões de harmonização com vinhos escolhidos pela
equipe do Vinho&Cia e dos fornecedores
convidados pelo jornal.
É bom conferir a seguir os restaurantes, os pratos, os fornecedores e os vinhos,
e aproveitar o Circuito Vinho&Cia para
tornar o verão ainda mais prazeroso.
CHOPP HALLE
Av. Deodoro da Fonseca, 1520
(13) 3382-1040, Pitangueiras, Guarujá
almoço e jantar
SAINT MALO
Av. Prestes Maia, 250, Praia do Tombo
(13) 3354-2442, Guarujá
jantar de 3a a domingo
Van Gogh,
em Santos
Vinhos da
Decanter
Vinhos da
Global
Vinhos da
Merkatto
Vinhos da
Sanjo
Vinhos da
Santar
A importadora
Decanter é hoje
uma das mais conceituadas e maiores do país. Ela
indica os seguintes
vinhos:
A Global Commerce é uma importadora em início
de trabalho no país,
com foco em chilenos. Ela indica os
seguintes vinhos:
A Merkatto é uma
importadora do Rio
de Janeiro que desenvolve bom trabalho com a linha
Casa Latina. Ela
indica os vinhos:
A Sanjo é uma vinícola emergente de
Santa Catarina,
com vinhedos de
altitude, que só
produz Cabernet
Sauvignon. Indica:
Tradicional importadora, indica
para o Circuito
Vinho&Cia uma
das suas marcas
mais fortes: a
Cousiño Macul:
Stinco di vitela com polenta ai funghi
freschi (Piccola Forneria):
De Martino Reserva Legado Syrah,
R$69
Pizza de gorgonzola com abacaxi
(Piccola Forneria):
Rio Alto Sauvignon Blanc, R$20
Pizza de erva doce, mussarela e calabresa moída (Piccola Forneria)
Casa Latina Reserva Malbec, R$51
Sorbetto di salmão (della professoressa Nídia) (Piccola Forneria)
Núbio Rosé Cabernet Sauvignon,
R$35
Taglierini ai frutti di mare
(alla Portofino) (Piccola)
Cousiño Macul Don Luis
Sauvignon Blanc, R$27
Pizza Paris (queijos estepe e brie e
cogumelos paris) (Van Gogh)
Rio de Chile Merlot, R$24
Pizza de calabresa artesanal
com mussarela e manjericão
(Van Gogh)
Casa Latina Reserva Malbec, R$51
Pizza de filet mignon com molho
madeira e alho (Van Gogh)
Núbio Tinto Cabernet Sauvignon,
R$31
Salmão grelhado com risoto de tomate seco e rúcula (Van Gogh)
Cousiño Macul Don Luis
Chardonnay, R$27
Filet mignon sauce aux champignons
(Saint Malo)
Maestrale Cabernet Sauvignon,
R$43
Camarões a Provençal
(Saint Malo)
Cousiño Macul Don Luis
Chardonnay, R$27
Eisbein com chucrute e batata sauté
(Chopp Halle)
Nobrese Cabernet Sauvignon,
R$21
Salsichão com salada de batata
(Chopp Halle
Cousiño Macul
Rosé Cabernet Sauvignon, R$27
Bacalhau Lagareiro (na brasa com
batatas aos murros) (Van Gogh):
Anselmo Mendes Loureiro, R$46
Spaghettis com mexilhões
(Saint Malo):
Villard Sauvignon Blanc, R$57
Linguado à romana (enrolado à
milanesa com camarão)
(Chopp Halle):
Colomé Torrontés, R$41
10
Tagliatelles a Luiz Alberto (com
ostras gratinadas) (Saint Malo)
Lautaro Sauvignon Blanc, R$19
Camarão do Halle (com arroz no
alho e batata corada)
(Chopp Halle)
Rio Alto Chardonnay Reserva,
R$29
Arroz Saint Malo (com frutos do mar
e açafrão) (Saint Malo)
Casa Latina Chardonnay-Torrontés,
R$33
Talharine à marinara
(Chopp Halle)
Casa Latina Chardonnay-Torrontés,
R$33
Vinho&Cia - No. 27
Onde beber
Litoral do Guarujá:
restaurantes pelo serviço de vinhos
Guarujá, Enseada
Thai - Casagrande
Dalmo
O melhor onde beber no Guarujá,
apesar das restrições da picante
comida tailandesa, com variedade
de vinhos, sofisticada cozinha e belo
ambiente na areia da Enseada. A
carta é a mesma nos restaurantes do
Casagrande, com cerca de 120 rótulos, a maioria entre 120 a 200 reais.
Carta de vinhos com mais ou menos
70 rótulos preparada pela World
Wine, com foco nos seus vinhos e descrição aromática e gustativa. Para
a cozinha de frutos do mar, cerca
de 55% de brancos e espumantes,
maioria na faixa de 45 a 80 reais, com
sobrepreço alto. Bela arquitetura.
Av. Miguel Stéfano, 1001, Enseada
(13) 3389-4000. Não fecha
Av. Miguel Stéfano, 4751, Enseada,
(13) 3351-9298. Não fecha
Guarujá, Tombo
Saint Malo
Carta bem enxuta, mas com opções
adequadas à proposta de bistrô
francês tocado pelos donos com
experiência na Europa, Jacqueline
na boa cozinha, Gerard no salão.
Aconchegante decoração, em frente
à praia do Tombo. Maioria de rótulos
franceses da Casa Flora.
Av. Prestes Maia, 250, Tombo
(13) 3351-2442. Fecha 2a e no alm.
Guarujá, Pernambuco
Combinati
Rufino´s
O melhor do Guarujá para beber vinhos mais baratos. Mais bonito do que
o da Pitangueiras, moderno, clean,
com jardim em varanda atraente e
opção de ambiente envidraçado com
ar. Carta com cerca de 70 rótulos,
todos com descrição aromática e
gustativa, para a cozinha variada.
Rótulos de marcas conhecidas, cerca de 70, maioria na faixa de 35 a
70 reais, com sobrepreço bastante
elevado e serviço de vinhos simples,
diferente das unidades de São Paulo.
Pretende em breve evoluir, para
acompanhar melhor o nível da boa
cozinha no ambiente agradável.
Estrada do Pernambuco, 36, Enseada, (13) 3392-3030. Não fecha
Av. Miguel Stéfano, 4795, Enseada,
(13) 3351-5771. Não fecha
Chibata - Casa Grande
A Tasca
Brisa - Jequitimar
Combinati
Tahiti
No mais luxuoso restaurante do Hotel Casagrande, proposta diferente
de unir em jantar buffet e ambiente
sofisticado, com a mesma carta dos
demais, variada, abrangendo mais
de 120 vinhos das maiores importadoras e vinícolas nacionais e boa
oferta de espumantes.
Um dos pioneiros no estímulo ao
vinho no Guarujá. Cerca de 60 rótulos com ênfase nos portugueses, em
afinidade com a cozinha lusitana especializada em bacalhau e frutos do
mar. Alguns vinhos em conta e boa
oferta de Porto em taça. Envidraçado
com varanda e vista para o mar.
Cerca de 60 rótulos bem selecionados para acompanhar a comida de
buffet do restaurante mais movimentado do hotel Sofitel Jequitimar, com
ambiente clean, bonito, bem climatizado. Maioria dos vinhos na faixa
de 60 a 110 reais, metade tinto, com
margem de preços bem elevada.
Cerca de 70 rótulos com preços predominantes entre 20 a 60 reais, em
boa carta elaborada pela Casa Flora,
mas não exclusiva, que descreve os
aromas e sensações de cada vinho.
Boa oferta de vinhos em conta. A
cozinha é básica, com muitos pratos
italianos, em ambiente despojado.
Carta enxuta, preparada pela Casa
Flora, com descrição dos aromas e
sabores, variedade e alguns rótulos
diferenciados, boa parte em adega
climatizada. Cozinha básica em ambiente estilo praiano, em geral com
música, rústico, com telhado de sapé,
dentro da areia da Pitangueiras.
Av. Miguel Stéfano, 1001, Enseada
(13) 3389-4000. Fecha no almoço
Av. Miguel Stéfano, 4710, Enseada,
(13) 3351-2095. Não fecha
R. Marjory da Silva Prado, 1100
(13) 2104-2000. Não fecha
R. Mário Ribeiro, 600, Pitangueiras
(13) 3386-9005. Não fecha
Av. Mal. Deodoro da Fonseca, 367
(13) 3387-2272. Não fecha
Atlântico - Casa Grande
Il Faro
Mar Casado - Jequitimar
Chopp Halle
Tahiti Monduba
Cerca de 120 rótulos, mais de 50%
tinto, das maiores importadoras e
vinícolas nacionais, no mais movimentado restaurante do Hotel Casagrande, com cardápio de cozinha
brasileira e toques internacionais. O
ambiente clean e bonito estimula a
apreciação dos vinhos.
Tem a carta mais orientativa do
Guarujá, preparada pela Casa Flora,
com sugestões, para cada rótulo, de
pratos do cardápio para combinar.
Cerca de 50 opções. Serviço simples
de vinhos para a cozinha de frutos do
mar e massas próprias. Amplo ambiente despojado com vista ao mar.
Carta enxuta com 40 rótulos, mas
bem selecionada, adequada à proposta de um bonito restaurante de
apoio à piscina e à praia do hotel.
Ambiente bom para apreciar a maioria dos brancos e espumantes na
faixa de 60 a 110 reais, sem levar em
conta o preço elevado dos vinhos.
Bem montada carta pela Casa Flora,
com cerca de 70 rótulos, não exclusivos da importadora. Descrição
aromática e gustativa de cada vinho.
Boas taças e adega climatizada em
local com vista para o mar, onde o
vinho começa a ganhar espaço com
a cozinha alemã e de frutos do mar.
Mesma carta e mesmo cardápio do
Tahiti só que em recém-inaugurado
espaço, moderno bonito, clean, com
vista ao mar após o calçadão das
Pitangueiras. Variedade e alguns rótulos em conta para serem tomados
em taças rústicas, como opção onde
o vinho ainda é coadjuvante.
Av. Miguel Stéfano, 1001, Enseada
(13) 3389-4000. Não fecha
R. Iracema, 38, Enseada
(13) 3351-9305. Não Fecha
R. Marjory da Silva Prado, 1100
(13) 2104-2000. Não fecha
Av. Mal. Deodoro da Fonseca, 1520
(13) 3382-1040. Não fecha
Av. Mal. Deodoro da Fonseca, 1392
(13) 3386-6302. Não fecha
Vinho&Cia - No. 27
Les Épices - Jequitimar
No refinado e moderno restaurante
gastronômico do hotel Jequitimar,
carta com mais ou menos 70 rótulos,
focada em franceses. Maioria dos
vinhos entre 100 a 200 reais, para
quem valoriza o conjunto e releva o
elevado sobrepreço. Em janeiro traz
grandes chefs do país.
Francês na Praia do Tombo - O restaurante fica fora do
agito convencional do Guarujá, é pequeno e está implantado há pouco mais de um ano. A comida é francesa, diferenciada. A vista para a praia é deliciosa.
O Bistro Saint Malo participa do Circuito Vinho&Cia até o
final de fevereiro.
Guarujá, Pitangueiras
R. Marjory da Silva Prado, 1100
(13) 2104-2000. Fecha no almoço
11
Onde beber
Litoral de Santos e Bertioga:
restaurantes pelo serviço de vinhos
Santos
Bertioga, Riviera
Piccola Forneria
Puerto de Palos
Gaiana
O melhor local onde beber em Santos e a maior variedade da Baixada,
selecionada pelo dono. Cerca de 250
rótulos, ótimos nacionais, boa diversidade de importados, bons preços e
algumas opções de vinhos em conta
e especiais. Ambiente do 2o. andar
rústico, bonito e com bela adega.
Apenas vinhos sul-americanos, sobretudo argentinos, para a cozinha
de suculentas carnes. Cerca de 70
rótulos, a maioria na faixa de 30 a
60, bem selecionados pelo dono, que
começou há 3 anos com incentivo ao
vinho e a cada dia amplia as adegas
climatizadas para armazenamento.
O melhor local para beber vinhos na
Baixada em conjunto com cozinha
sofisticada especializada em pescados.
Carta bem selecionada não extensa,
rótulos especiais, boas taças, adega
atrativa, bonito ambiente climatizado,
varanda à beira-mar e o melhor sommelier da região, Amadeus Câmara.
Av. Almirante Cochrane, 62, Canal 5
(13) 3273-6699. Fecha alm (-) dom.
R. Luís de Faria, 64, Gonzaga
(13) 3289-3394. Fecha dom/jantar
R. Largo dos Coqueiros, s/n
(13) 3316-7508. Não Fecha
Van Gogh
Maria Quitéria
Maremonti
Mais de 200 rótulos, os melhores
preços de vinhos em restaurante de
toda a Baixada e a maior variedade
de bons e baratos. Bela adega de
madeira e vidro ao fundo do despojado salão principal, sempre cheio
de gente para apreciar as pizzas e
os pratos de cantina.
No empório na parte inferior da casa
onde morou o poeta Vicente de Carvalho é possível escolher um rótulo
da prateleira a preço de loja e beber
nas mesas com pequena taxa de
serviço. Adequado para beber vinhos
em conta, com pizzas ou massas,
em ambiente rústico bem decorado.
Tem carta bem enxuta, com rótulos
armazenados em adega de apoio,
mas é possível solicitar a do Gaiana,
ao lado, do mesmo grupo. Vários ambientes muito agradáveis, em estilo
praiano, com muito verde, sem climatização, em harmonia com a cozinha
italiana e os fornos de pizzas.
Av. Floriano Peixoto , 314, Canal 1
(13) 3205-3636. Fecha alm (-) sab/dom
Av. Senador Pinheiro Machado, 783
(13) 3251-8000. Não fecha
R. Largo dos Coqueiros, s/n
(13) 3316-7508. Não Fecha
As dicas do melhor sommelier
do litoral da Baixada Santista
Tertúlia
La Cave
Adega atraente de madeira e vidro ao
fundo do salão da bonita churrascaria
rodízio do grupo da Barbacoa. Cerca
de 120 rótulos bem selecionados e
com preços razoáveis, maioria entre
30 a 70 reais. Bom serviço de mesa
e de taças. Ambiente bem climatizado,
bar e recepção agradáveis. Não fecha
Escolhe-se um vinho entre as mais
de 100 opções nas prateleiras do
pequenino empório, com ambiente climatizado, para acompanhar
o cardápio bem enxuto e simples de
risotos e massas. Os preços são superiores aos das lojas, mas inferiores
à maioria dos restaurantes.
Av. Bartolomeu de Gusmão, 187
Ponta da Praia, (13) 3261-1641
R. José Cabalero, 36, Gonzaga
(13) 3284-3626. Não fecha
Cotações
Excepcional local onde beber
Muito bom local onde beber
Bom local onde beber
Local com atrativo para beber
Serviço de vinhos
a
variedade
vinhos baratos
rótulos especiais
taças e adega climatizada
orientado por sommelier
carta orientativa
a
12
sobrepreço
Faixas
Local onde beber
Preços e sobrepreços
excepcional variedade
grande variedade
variedade razoável
ótimo sobrepreço
bom sobrepreço
margem intermediária
margem superior
O símbolo indica a faixa de sobrepreço praticada (diferença entre o valor em loja e o da carta), e
não o preço. Um restaurante que
tenha vinhos “caros”, de R$300
reais, por exemplo, pode ter um
ótimo sobrepreço. Restaurantes
que têm na carta vinhos “baratos”
têm o símbolo
Amadeus Câmara, sommelier do restaurante Gaiana, da Riviera
de São Lourenço, desde os 12 anos já provava um pouquinho
de vinho dado por uma madrinha, quando estava na Europa,
onde isso lá é hábito. Ao longo dos seus 57 anos adquiriu vasta
experiência no assunto, sobretudo pelo seu espírito autodidata
com bastante leitura. Seu conhecimento fluente de 5 línguas
(alemão, italiano, francês, inglês e português) proporciona
que ele leia livros especializados preferencialmente no idioma
original. Acha que o vinho hoje está muito globalizado, muito
parecido, pois há críticos e consultores de vinícolas que tendem
a padronizar os gostos. Por isso, valoriza os produtores autênticos. Prefere rótulos da Borgonha, de Bordeaux, da Alsácia e
de algumas regiões italianas. Leitor das revistas internacionais,
gosta mais das inglesas, por avaliar como imparciais.
Ele recomenda que sempre se conheça o sommelier de um
restaurante, porque se for um bom profissional saberá indicar
um vinho que melhor harmonize com o prato e o nosso gosto e
bolso. Apenas os maus profissionais recomendarão um vinho
mais caro ou inadequado. Diz também que, por outro lado,
aprende muito com os clientes, por interagir e trocar informações com eles.
Vinho&Cia - No. 27
Onde beber
São Paulo:
restaurantes pelo serviço de vinhos
Jardins
Francês com
bela adega e
boa cozinha
Amadeus
Chakras
Estación Sur
Mediterrânea, Informal
Predomínio de brancos para harmonizar com o cardápio, provenientes
de quase todas as regiões.
Ambiente clean, aconchegante e
arejado, com belo bar.
Cozinha de frutos do mar com sotaque mediterrâneo.
Contemporânea, Informal
Carta bem abrangente, com opções
partindo de R$70. Destaque para
Velho Mundo, em especial Itália:
Decoração oriental/indiana, com mesas espalhadas em uma espécie de
pátio e mezanino. Cozinha fusion.
Argentina, Luxuoso
Todos os vinhos da carta são argentinos. Há diversos tops e opções a preços acessíveis (a partir de R$19).
Sofisticada casa de carnes portenhas. O destaque é o Bife de Chouriço. Há boutique de carnes.
Rua Haddock Lobo, 807
3061-2859. Não fecha
Rua Melo Alves, 294, Jardins
3062-8813.
Fecha 2a almoço.
Al. Joaquim Eugênio de Lima, 1396,
Jardins
3885-0133. Fecha 2a e dom-jantar
Boa Bistrô
East
Paris 6
Contemporânea, Informal
Carta bem variada, abastecida pela
Mistral, com maior número de rótulos
do Mercosul entre R$52 a R$120.
O espaço une gastronomia contemporânea, massagens terapêuticas
e sala de estar para cursos. Pratos
orgânicos.
Asiática, Luxuoso
Predominância de brancos e rosados
para a comida picante, principalmente do Chile, Austrália, Itália, e Espanha. Preços partindo de R$ 40.
Ambientes sofisticados e modernos.
Cozinha com pratos de vários países
da Ásia e sotaque brasileiro.
Francesa, Luxuoso
Carta extensa, com alguns rótulos de
importação própria. Destaque para
Itália e França e suas subregiões.
Pratos clássicos da cozinha francesa
em charmoso ambiente de bistrô.
Preço melhor para levar vinho para
casa.
Rua Padre João Manuel, 950
3082-5709. Fecha dom-jantar.
Alameda Jaú, 1303, 3081-1160
Fecha 2a; 3a a dom só almoço
Rua Haddock Lobo, 1240
3085-1595. Não fecha
Caroline
Figueira Rubaiyat
Pizzaria Prestíssimo
Rosmarino
Toro
Francesa, Informal
Carta bem feita, com boas opções
do Velho e Novo Mundo, partindo de
R$39. Diversos tops franceses.
Ambiente charmoso, com clima de
bistrô parisiense. Alia elementos
clássicos e contemporâneos.
Ibérica, Informal
1302 rótulos de 94 regiões produtoras, acomodados em bela adega. Um
dos melhores preços de vinhos em
restaurantes.
Amplas áreas à sombra de uma
figueira centenária. Destaque: carnes
e frutos do mar.
Pizzaria, Informal
Várias opções de rótulos até R$30,
que fogem ao trivial, para harmonizar com as saborosas e tradicionais
pizzas.
Vários pequenos ambientes e mesas
na rua. Está em implantação um
wine bar.
Italiana, Informal
O cardápio indica dois vinhos (para
bolsos diferentes) por prato. São
250 opções, muitas com preços
acessíveis.
Cozinha italiana bem desenvolvida
em espaço acolhedor.
Espanhola, Informal Rótulos de 8
países, com 40% espanhóis e predominância da Mistral. Boa oferta
em taça.
Não se baseia apenas em paellas,
dando espaço ao chef Julian Gil.
Decoração muito agradável.
Rua Oscar Freire, 145
Jardins
3068-0601. Fecha 2a. jantar
Rua Haddock Lobo, 1738
3063-3888. Não fecha
Al. Joaquim Eugênio de Lima, 1135,
3885-4356. Fecha no almoço
Rua Henrique Monteiro, 44
Pinheiros, 3819-3897
Fecha 2a-jant. e dom-jant.
Rua Joaquim Antunes, 224
Pinheiros, 3085-8485
Fecha 2a e dom-jantar.
Catherine
Esch Café
Ráscal
Spadaccino
Vinheria Percussi
Francesa, Romântico
Boa seleção de rótulos do Velho e
Novo Mundo, com diversos tops e
opções partindo de R$35.
Elegante bistrô francês, com menu
autoral e forte sotaque de origem
franco-italiana.
Contemporânea, Informal
Carta oferece desde rótulos simples
até vinhos top do Novo e Velho Mundo. Predominam Chile, Argentina,
Portugal e Itália.
Bar/rest./tabacaria com bela decoração e menu autoral do chef Raphael
Molina.
Mediterrânea, Informal
Principais países produtores bem
representados, com bons rótulos até
R$70. Renomados a ótimo custo.
Ambiente informal e convidativo dentro de shopping, com preparações
mediterrâneas e acento italiano.
Italiana, Informal
Carta concentra vinhos entre R$40
e R$80. Vinhos mais caros a preços
de importadora. Margem média
muito boa.
Cozinha de cantina, em local informal
agradável com varanda.
Italiana, Infomal
Carta montada a dedo pelo proprietário, com foco (30%) em italianos.
Ótimos rótulos, com predomínio na
faixa dos R$ 40 a R$ 80. Desconto
de 20% para viagem. Chic, com cozinha autoral em base italiana.
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232
(Shop. Iguatemi), 3816-3546
Não fecha.
Rua Mourato Coelho, 1267
(11) 3032-8605.
Fecha 2a-almoço e dom-jantar.
Rua Cônego Eugênio Leite, 523
Pinheiros, 3088-4920
Fecha 2a e dom-jantar
Rua Haddock Lobo, 1416
Jardins
3085-5905. Não fecha.
Vinho&Cia - No. 27
Alameda Lorena, 1899, Jardins
3062-2285. Não fecha.
Onde era o La Bourgogne está agora o
Rodin. A adega chama a atenção, bonita,
com boa seleção de
rótulos, diversos raros. É um restaurante
em ambiente muito agradável, com
decoração clean. A
cozinha é boa, com
pratos franceses tradicionais.
R. Ministro Rocha Azevedo, 539,
Jardins
(11) 3064-0959
Pinheiros / Vila Madalena
13
Onde beber
São Paulo:
restaurantes pelo serviço de vinhos
Itaim / Vila Olímpia
Moema
Alimentari
Le Coq Hardy
Rufino’s
Italiana, Informal
Carta bem variada, com boas opções até R$60, procedentes do
Velho Mundo e Mercosul. Carta com
indicação de paladar facilita harmonização.
Cardápio clássico e inovações da cozinha italiana.
Ambiente charmoso.
Francesa, Luxuoso
Carta objetiva representar diversidade de uvas e nacionalidades.
Destaque para França, melhores
produtores.
Cozinha francesa tradicional com
um toque pessoal de Pascal Valero.
Ambiente sofisticado.
Pescados, Informal
Muitos rótulos para escoltar os pratos
da casa, incluindo renomados vinhos
da Itália e Espanha.
Frutos do mar diversos, com ingredientes muito frescos, em ambientação
com detalhes em madeira e atmosfera praiana.
Rua Pedroso Alvarenga, 500
3167-5667. Não fecha
R. Jerônimo da Veiga, 461, 3079-3344
Fecha sáb-almoço e dom-jantar
R. Dr. Mário Ferraz, 377
(11) 3078-6301. Não fecha
Bárbaro
Nam Thai
SpazioGastronomico
Carnes, Informal
Carta 100% Argentina, com vinhos a
partir de R$40 e alguns tops.
Decoração e cardápio com diversas
referências à capital Buenos Aires.
No menu, destaque para as carnes
na parrilla.
Tailandesa, Informal
Carta enxuta, com cerca da metade
de brancos (para combinar com a
comida aromática). A grande maioria
até R$100. Diversos ingredientes
importados e alguns desenvolvidos
aqui. Amplo e belo ambiente.
Italiana, Informal
Predomínio de vinhos chilenos e argentinos, partindo de R$48. De Velho
Mundo apenas 8 rótulos.
Espaço rústico, com árvores, fonte e
exposição de lambretas.
Menu com massas, sanduíches e
pesticos italianos.
Rua Doutor Sodré, 241
Vila Olímpia, 3845-7743
Fecha dom-jantar
R. Manuel Guedes, 444
(11) 3168-0662
Fecha sáb-almoço e dom-noite
Bierquelle
Fogo de Chão
Suíça, Informal
Predomínio de vinhos ligeiros, de
consumo rápido, a maioria até R$50.
Pratos alemães, suíços e austríacos,
com ênfase em fondues e preparações com salsichas típicas desses
países.
Ambiente rústico e agradável.
Churrascaria, Luxuoso
Uma das boas cartas de restaurante,
com rótulos intermediários e vinhos
ícones de vários fornecedores, em
bela adega.
Um dos melhores rodízios do país.
Cordeiros importados da Nova Zelândia e Uruguai.
Rua Pascal, 608, Moema
5093-4327. Fecha 2a
Av. Moreira Guimarães, 964
(11) 5056-1795. Não fecha.
Da Estação
Villa Alvear
Variada, Informal
Vinhos jovens e ligeiros, próprios
para os petiscos e comidas de bar.
Várias opções a custo baixo, do Chile
e Argentina
Bar/restaurante com cardápio variado. Destaque são as pizzas e calzones. Ambiente agradável e rústico.
Carnes, Informal
Carta ampla e variada. Há desde
vinhos simples entre R$30 e R$50
até ícones do Velho Mundo, de mais
de 15 fornecedores.
Três ambientes com grelhados argentinos e pratos italianos, mais uma
bela adega.
Avenida Jacutinga, 193, Moema
5055-7077. Só jantar
Rua Canário, 408, Moema
(11) 5051-1628. Fecha dom-jantar.
Rua Horacio Lafer, 533, Itaim Bibi
3078-5775. Não fecha
Centro
Cantaloup
Picchi
Supra
Contemporânea, Sofisticado
Carta vasta, com vinhos de grandes e
pequenos produtores e diversos tops
de variados países. Destaque para
peixes e frutos do mar em ambiente
com pé direito alto, belo living room
e duas magníficas adegas.
Italiana, Informal
Boa carta, repleta de ótimas opções
da Itália (principais subregiões), Chile
e Argentina. Vários tops e rótulos em
torno dos R$50.
Menu de especialidades italianas
com toques modernos. Ambiente
moderno e clean.
Italiana, Infomal
Metade da carta com rótulos dos
principais produtores italianos, com
ênfase em Piemonte e Puglia. Alguns
rótulos de importação própria.
Pratos italianos bem trabalhados
pelo chef-proprietário Mauro Maia.
Ambiente sofisticado e moderno.
Rua Manuel Guedes, 474
Itaim Bibi, 3078-3445
Fecha dom-jantar
Rua Jerônimo da Veiga, 36, Itaim
Bibi, 3078-9119, Fecha domingo
Rua Araçari, 260, Itaim Bibi
3071-1818 Fecha 2a e dom-jantar
Julia Cocina
Pobre Juan
Variada, Informal
Novo Mundo melhor representado;
boa presença de argentinos. Alguns
tops da França e Espanha. Valores
médios de R$60 a R$80.
Branco predominante, poesias pintadas na parede e cristais pendentes
do teto. Cardápio em mutação.
Rua Araçari, 200, 3071-1377
Fecha dom/2a.jant e sáb almoço
14
Outras Zonas
Bacalhoaria Chiappeta
Cabana del Assado
Pescados, Informal
O vinho é escolhido nas prateleiras,
com ajuda do dono da casa. Predominam rótulos da Argentina, Chile
e Portugal.
Pequeno bistrô ao fundo da boutique
de bacalhau e produtos diversos. Só
esse peixe no cardápio.
Argentina, Informal
Carta a partir de R$26, com rótulos
simples e medianamente elaborados.
Predomínio de argentinos. Cortes
assados na brasa com acompanhamentos típicos.
Ambiente rústico.
Rua Martim Francisco, 427
3826-3033. Fecha 2a e dom-jantar
Av. Eliseu De Almeida, 1077
Morumbi, 3726-2908
Fecha dom e 2a jantar
Varanda Grill
Tordesilhas
Casa da Fazenda
Argentina, Informal
Privilegia vinhos do Velho Mundo.
Razoável número de opções do
Mercosul. Ambiente rústico, muita
vegetação e árvores seculares dentro do salão. Carnes argentinas na
parrilla.
Carnes, Informal
Vasta carta, com representantes
de todos os países produtores, boa
variedade e bons preços.
Cardápio oferece saborosos cortes
brasileiros, argentinos, americanos.
Ambiente clean, iluminado.
Brasileira, Informal
Destaque para bons rótulos nacionais, garimpados pela equipe do
restaurante, além de lançamentos.
Criações de Mara Salles e tradicionais pratos brasileiros feitos com o
que há de melhor no país. Ambiente
acochegante.
Variada, Informal
Carta tem proposta de oferecer
vinhos feitos das principais uvas
viníferas. Rótulos do Mercosul em
maior número. Pratos internacionais
com “pitada italiana” e receitas típicas do campo. Ambiente em estilo
colonial fino.
Rua Com. Miguel Calfat, 525
Vila Olímpia, 3845-5424
Não fecha
Rua General Mena Barreto, 793
Itaim Bibi, 3887-8870
Fecha dom-jantar
Rua Bela Cintra, 465, Consolação
3107-7444. Fecha 2a e dom-jantar.
Avenida Morumbi, 5594,
3742-2810, Fecha 2a e dom-jantar
Vinho&Cia - No. 27
Onde beber
Por Jaqueline Barroso
[email protected]
Rio de Janeiro
Restaurantes pelo serviço de vinhos
Barra
Leblon
Ipanema
Copacabana
Centro
Cordato
Porcão
Artigiano
Don Camillo
Brasserie Rosário
Contemporânea, Informal
Boa seleção de rótulos, com representação de todas as regiões importantes do mundo. Alguns ícones.
Culinária contemporânea.
Arquitetura e decoração modernas.
Carnes, Informal
Carta ampla e variada, com foco no
Novo Mundo, sendo destaques Chile
e Argentina. Alguns grandes rótulos.
Rodada dupla de taça de espumante
às 3as das 18h às 20h.
Carnes de todos os tipos no sistema
rodízio. Amplo salão.
Italiana, Informal
Um dos melhores lugares para se
beber. Enorme variedade e ótimos
preços, com mais italianos.
Cozinha da Emilia-Romagna. Massas, pães e sobremesas feitas
artesanalmente e pizzas. Varanda
agradável. (21) 2512-6107.
Mediterrânea, Chic
Carta variada e elaborada pelo sommelier Rogério Silva, voltada para
Itália e Brasil. Possui 140 rótulos e
grandes vinhos.
Original cozinha mediterrânea, com
frigideira à mesa.
Ambiente aconchegante.
Francesa, Informal
Carta objetiva com 70 rótulos variados. Preços entre R$35 e R$70.
Gastronomia de brasserie. Menu
harmonizado em toda última semana do mês. Casarão centenário
com paredes originais de pedra. Só
almoço. Fecha dom.
Rua Barão da Torre, 218, Ipanema
(21) 3389-8989. Não fecha
Av. Epitácio Pessoa, 204, Ipanema
De 2a. a sáb, fecha no almoço
Av. Atlântica, 3056, Copacabana
(21) 2549-9958. Não fecha
Rua do Rosário, 34, Centro
(21) 2518-3533
Tizziano
Stravaganze
La Forneria
O Peixe Vivo
Pampa Grill
Italiana, Informal
Carta vasta com predomínio de
Chile e Argentina. Alguns rótulos
preciosos.
Culinária italiana. Massa própria,
além de pizzas em forno à lenha.
Amplo ambiente, com arquitetura de
tijolos aparentes e vidro.
Pizzaria, Informal
Carta variada, com Velho e Novo
Mundo. Otimos rótulos com preços
entre R$ 42 e R$ 70, com destaque
para castas italianas.
Pizzas gourmet e algumas assinadas
por grandes chefs. Decoração moderna com muita madeira.
Italiana, Informal
Carta ampla e diversificada com destaque para Itália e preços entre R$40
a R$60. Alguns rótulos famosos.
Cozinha italiana clássica incluindo
pizzas. Ambiente informal e aconchegante de tijolos aparentes.
Frutos do mar, Informal
Carta enxuta, com representantes
de diversas nacionalidades, sendo
foco para nacionais e portugueses.
Preços entre R$30 e R$50.
Cozinha de frutos do mar.
Ambiente informal.
Churrascaria, Informal.
Carta versátil e variada, com destaque para os vinhos portugueses,
chilenos e argentinos.
Sistema de rodízio. Ambiente informal e aconchegante. Espaço para
rodízio de carnes e bufê separado
do salão de almoço por quilo.
Avenida Armando Lombardi, 1010,
(21) 2492-1878, Não fecha.
Rua Maria Quitéria, 132, Ipanema
(21) 2523-2391. Só jantar
Rua Maria Quitéria, 136, Ipanema,
(21) 2287-0335. De 2a a sábado jantar e domingo almoço e jantar.
Rua Tonelero, 76, Copacabana.
(21) 2255-9225 / 2284-9248.
Não fecha.
Rua Gastão Senges, 395
Barra da Tijuca
(21) 3328-1323
Não fecha.
Gávea / Jd. Botânico
Av. Almirante Barroso, 90, Centro
2524-1199. De 2a a 6a só almoço
Flamengo
Niterói
Photochart
Alcaparra
Ícaro Gastronomia
Temático, Chic
Carta com ótimos e variados representantes do Velho e Novo Mundo.
Cozinha contemporânea bem elaborada. Ambiente ligado ao Jockey
Club, com vista para o charmoso
desfile de cavalos antes do páreo.
Internacional,Chic
Carta variada com Velho e Novo
Mundo, ótimos rótulos entre R$40
e R$100.
Pratos brasileiros com toques da
cozinha internacional. Ambiente
romântico e chic.
Internacional, Informal
Principais países bem representados
através de 180 rótulos. Preços bons.
A adega possui grandes rótulos.
Cozinha internacional de buffet e a
la carte.
Decoração moderna e bastante
elaborada.
Pça. Santos Dumont, 31
Jockey Club, Gávea
(21) 2512-2247, Não fecha.
Pr. do Flamengo,150, Flamengo
(21) 2557-7236 / 2557-6271
Não fecha
Rua Miguel de Frias, 106, Icaraí
Niterói, (21) 2729-8080, Não fecha.
Empório Santa Fé
Rincão
Contemporânea, Chic
Estupenda variedade, com 350 a
400 rótulos, incluindo vinhos raros.
Também loja de vinhos e wine bar.
Toda 3a dá desconto de 25% e de 4a
a 2a, 15% para levar para casa.
Cozinha contemporânea, ambiente
bem decorado e chic.
Churrascaria, Informal
Excelente seleção de rótulos, com
destaque para nacionais, Chile e Argentina. Carta informa graduação alcoólica. Preços entre R$50 e R$100.
Alguns ícones. Bela adega.
Churrascos tradicionais.
Quadrifoglio
Italiana, Chic
Ampla carta com vinhos do Velho e
Novo Mundo, sendo 45% italianos.
Alguns grandes Barolos e Brunelos.
Culinária contemporânea do norte e
nordeste da Itália.
Ambiente aconchegante, chic e
romântico.
Rua J.J. Seabra,19, Jd. Botânico
(21) 2294-1433, Não fecha.
Vinho&Cia - No. 27
Tailândia de Sodré agora no Rio
Há 10 anos, inaugurava em Búzios o Sawasdee - Sabores da
Tailândia, pelas mãos do chef Marcos Sodré. Aos poucos ganhou
notoriedade, pela maestria em receitas criativas, com especiarias
e ingredientes diferenciados. Para comemorar o sucesso de forma especial, abriu a sua primeira filial no Rio, no Leblon. Tem
decoração moderna e aconchegante, valorizando o bar e o espaço
onde Sodré cozinha ao vivo - no wok - as suas sugestões de menu
degustação. R. Dias Ferreira, 571, Leblon, (21) 2511-0057
Praia do Flamengo, 02, Flamengo
(21) 2245-6274, Não fecha
Estrada Francisco da Cruz Nunes,
1601, Itaipu, Niterói, 2609-8800
Não fecha
15
Para acompanhar
Um rio
A Bonarda
ressurge na Argentina
imita o Douro
Vinhos do Mundo
América do Sul
Sérgio Inglez de Souza
Euclides Penedo Borges
Escritor e consultor
Presidente da ABS-Rio
[email protected]
[email protected]
A
variedade Bonarda vem alcançando resultados surpreendentes nos
últimos sete anos na competição
com suas congêneres, fazendo ressurgir
seu prestígio na faixa básica do mercado
americano de vinhos populares.
O
sol começava a se projetar nos
lados do rio acima. Nazário esperou o rabelo ancorar num pequeno porto da margem direita do Douro,
aprumou o chapéu para proteger os olhos,
levantou a vista para a admirável encosta
terraceada e ficou extasiado diante da
imensa escadaria formada pelos degraus
dos vinhedos. Relembrou as aulas de viticultura, que registravam as maravilhas
de um solo profundo, acolhedor das raízes
esgueirantes, a mais de seis metros, na
busca dos nutrientes nobres que sempre
deram especificidade e tipicidade aos
vinhos do Douro.
Como viticultor, viveu atracado nas
encostas acentuadas do rio Douro, calibrando cada momento importante de
agir na elaboração de vinho fortificado.
Paralelamente, interessou-se também
pela pêra-rocha, fruta esta tão portuguesa
quanto o fado. Irrequieto, decidiu partir
para o hemisfério sul em busca de terroirs
adequados para que a pêra-rocha pudesse
igualmente frutificar no semestre vago.
Andou pela Argentina e pelo Chile,
mas foi no Brasil que encontrou as terras
ideais, nas altitudes das serras catarinenses. Corajosamente, plantou suas pereiras
nas encostas do rio Lavatudo, entre 1100
e 1400m de altitude, e conheceu amplo
sucesso.
Num dia ensolarado, depois de refrescar o rosto com as águas do Lavatudo, sentou-se numa pedra e ficou a mirar aquela
ribanceira que subia em direção ao céu
azul. Não sabe porque, mas, de repente,
começou a ter uma visão fantástica, uma
verdadeira miragem: toda a encosta que
margeia o rio estava se transformando em
terraços, tais e quais os do rio Douro.
16
A partir desse dia, o projeto tomou
corpo e teve a adesão de empresários
paulistas, transformando-se seu anseio
em plantas, recursos, prazos e responsabilidades.
Foram nivelados terraços e, de cada
terraço, grossa camada de terra foi removida. Aquela base inferior, desnuda, foi
tratada, para ser receptiva às raízes das
videiras. Em seguida, o solo retirado foi
preparado da mesma forma cuidadosa e
devolvido a seu patamar original, resultando o processo todo numa camada bem profunda de terra fértil, idealmente preparada
para alimentar o sistema de raízes, somada
a uma camada de solo especial.
As vantagens do clima de altitude
somadas às de um solo extremamente
favorável garantiram as primeiras safras
com a qualidade especial de um ciclo
completo de maturação das bagas e, consequentemente, com a obtenção de vinhos
de reais predicados.
Dos sonhos de um vinhateiro aplicado,
exigente e perfeccionista, materializou-se
a vinícola batizada de Quinta Santa Maria,
que parte de especialíssimas uvas, com
as quais estão sendo elaborados vinhos
de personalidade marcante: o fortificado
Portento, o varietal Merlot e o sofisticado
Utopia.
O tempo será responsável por demonstrar que o modelo do Douro, imitado com
modificações vantajosas, será a origem de
vinhos de crescente complexidade.
Lembro que se trata de uma uva italiana de origem croata, por isso também
conhecida como Croatina, usada na Lombardia e no Piemonte em varietais e em
cortes. Alcança seu topo como varietal
no Oltrepò Pavese, ao sul de Milão, com
vinhos escuros, rudes, que atingem o estágio ideal oito anos após a safra.
Aclimatada em Mendoza por imigrantes piemonteses, foi por muito tempo a uva
mais cultivada da Argentina até ser suplantada pela Malbec nos anos noventa.
Alguns autores preferem ignorar a
variedade e deixam-na de fora nos seus
livros ao confundi-la com a Barbera. Confusão, afinal, causada pelos próprios italianos, que costumavam misturar as duas no
mesmo vinhedo ou no mesmo vinho. Era
mais fácil, então, por que não? Afinal de
contas, o consumidor médio italiano bebe
muito e pouco se importa com variedade
de uva. Isso é coisa para experts.
vese na Itália, por que não na Argentina?
Trataram de separar e ajustar os vinhedos
existentes para produções mais baixas e
concentrações elevadas.
Foi assim que a vinícola Nieto Senetiner, de Mendoza, no ano 2000, antes de
erradicar seus vinhedos antigos, resolveu
elaborar experimentalmente vinhos da
Bonarda de vinhas velhas. O resultado
foi surpreendentemente bom, e o vinhedo
antigo foi mantido. Norton, Bianchi e La
Rural fizeram o mesmo.
Suzana Balbo elaborou um Anúbis Bonarda em 2001 em sua vinícola Domínio
del Plata. Seguiram-se a Finca El Retiro
e a bodega Tittarelli. Ao apresentar seu
Santa Júlia 2002 a Família Zuccardi aproximou-se da qualidade dos italianos.
Os piemonteses que imigraram para a
Argentina na segunda metade do século 19
fizeram o mesmo. Trouxeram, plantaram e
cultivaram Bonarda com rendimentos elevados (50 toneladas por hectare, quando o
máximo para vinhos finos é 10) e misturada com Barbera, pois queriam quantidade.
A tradição argentina de misturar o vinho
com água gasosa ou gelo facilitava as
coisas. Mas o tempo passou, teve início
a conquista do mercado externo e as exigências passaram a ser outras.
As importadoras brasileiras perceberam a evolução e o nicho de mercado e
passaram a oferecer tintos argentinos da
Bonarda, tanto varietais quanto em cortes.
Para não extender nos exemplos, citemos,
entre os varietais, o Família Zuccardi
Série A Bonarda (Importadora Expand),
o Catena Zapata Alamos Bonarda (Importadora Mistral) e o Dirigutti Bonarda
(Importadora Grand Cru). Entre os cortes,
o Callia Alta Syrah-Bonarda (Decanter),
o Tikal Siesta Bonarda-Malbec (Mistral)
e o Crios Syrah-Bonarda Domínio del
Plata (Cantu).
Uma nova geração de vinicultores
argentinos perguntou-se: se a Bonarda
origina vinhos do nível do Oltrepò Pa-
A Bonarda recupera, assim, na Argentina e no mercado de vinhos da Américas,
o prestígio que faz por merecer.
Vinho&Cia - No. 27
Para acompanhar
E não é que
Aventura
o papa é pop!
na África - Parte 2
Velho Mundo
Novo Mundo
Walter Tommasi
Beto Acherboim
Enófilo
Enófilo e professor da Unip
[email protected]
[email protected]
“
Vale viagem” na mão, planejamos
o roteiro...
A
revista Wine Expectator premiou
o Châteauneuf-du-Pape 05 da
Clos de Papes como o melhor
vinho de 2007, com 98 pontos. A festa da
região não parou por aí, pois o Le Vieux
Donjon 05 ficou em terceiro, batendo alguns grandes colecionadores de prêmios,
como o Tignanello, Ornellaia, o Bordeaux
Chateau Leoville Las Cases e o Champagne Krug, todos entre os 10 primeiros da
extensa lista. Este vinho com denominação AOC é proveniente do sul da França,
da região Meridional (parte sul) do Rhône,
um pouco ao norte da cidade de Avignon.
Ela apresenta clima mediterrâneo, tem
solos planos, calcários, pedregosos, e a
Grenache tem a liderança entre as uvas
lá utilizadas. As principais AOCs desta
região são Châteauneuf-du-Pape, Gigondas, Lirac, Tavel e Vacqueras.
A história do Châteauneuf-du-Pape
(Castelo do Papa) começa nos idos de
1309, quando o papa Clemente V mudou
a sede papal para Avignon e incentivou
o consumo do vinho, tornando a Igreja
católica o primeiro vinhateiro oficial a
explorar a região.
A legislação do Châteauneuf tem algumas curiosidades: 1) mesmo sendo um
vinho tinto aceita o corte com brancas. 2)
O número de uvas em sua composição é
limitando a 13, mesmo que atualmente a
maioria dos produtores utilizem apenas
de 3 a 4.
Nesta região, diferentemente de outras
do mundo, o uso de barricas sempre foi
limitado, sendo a característica mais comum os tanques feitos em cimento. Todos
os bons produtores estampam o selo papal
em suas garrafas de vidro escuro.
Vinho&Cia - No. 27
A principal uva na composição é a
Grenache (por volta de 80%), que se
caracteriza pela maciez e pelo alto conteúdo de álcool e doçura, mas por sua vez
costumar ter pouca acidez, taninos e cor. A
Syrah é seu complemento ideal, pois adiciona robustez , taninos e cor, além de seus
tradicionais aromas de pimenta e frutas
pretas. A Mouvèdre por vezes costuma ter
o papel principal na composição; nestes
casos o vinho apresenta mais estrutura,
devido aos taninos da variedade. As outras
uvas são Cinsaut, Muscardin, Counoise,
Vaccarèse e Terret Noir, e as brancas
Grenache Blanc, Clairette, Bourboulenc,
Roussanne, Picpoul e Picardan.
Já tinha ouvido falar que Cape
Town (Cidade do Cabo) era muito bonita,
e tinha a certeza absoluta que degustaria
vinhos excelentes. Fora isso, a curiosidade
de fazer um safári era enorme. Alguém já
imaginou ir à África e não fazer um safári?
Imagino que seja como ir ao Rio e não ir
à praia (será exagero?).
Definir o “pacote” foi fácil. Cape
Town e safári, total de 9 dias.
Começamos a pesquisar o que fazer
em Cape Town. “Table Mountain”, “Cape
of Good Hope/Cape Point”, Waterfront,
Camps Bay (todos os guias informando
sobre as maravilhas naturais da cidade
e seus arredores), vinhedos… Teríamos
agenda bem cheia por lá.
Boas combinações para compatibilização com alimento seriam carnes de caça
(faisão) carneiro, carnes vermelhas grelhadas, sopas fortes e queijos curados.
Intensifiquei minha pesquisa sobre os
vinhos sul-africanos. No time dos tintos é
impossível não pensar nas qualidades dos
bons Shiraz (elegância e potência em prol
do bom gosto), assim como seus Pinotage,
bem trabalhados (carnudos, potentes e
intensos). Também não dá para esquecer
seus Cabernet e Merlot, cada vez mais
expressivos, bem como suas misturas,
algumas de deixar bordaleses com inveja.
Na ala dos brancos, Chardonnay (alguns
bem marcados pela madeira, outros nem
tanto), Sauvignon Blanc (frescor muito
bom) e Chenin Blanc (exemplares interessantíssimos de uma uva pouco difundida
no resto do mundo – com exceção da
França). Isso sem falar ainda dos vinhos
de sobremesa, também deliciosos.
Convide o papa, se ele não puder atender, estou à disposição... He He He!
As principais regiões estão muito
próximas de Cape Town, cerca de 30
São vinhos de alta complexidade olfativa, em que destacam-se couro, aromas
terrosos, frutas pretas em compota, além
de toques herbáceos, tabaco, e especiarias.
Têm boa estrutura, mas não são muito
tânicos, e ainda são considerados boa relação custo-benefício quando comparados
com outras regiões da França, mesmo que
isto deva mudar um pouco, visto a febre
normal de consumo que acompanha as
premiações.
minutos de carro. São elas: Stellenbosch,
Franschoek, Paarl, Constantia, etc.
Antes de viajar, em conversas com
alguns importadores que ainda não trazem
vinhos sul-africanos, prontifiquei-me
a pesquisar possíveis produtores para
eventual importação. Assim, coloquei
como meta principal a “árdua” tarefa
de degustar o maior número de vinhos
“desconhecidos” (que não possuíssem
importador no Brasil), porém sem deixar
de visitar alguma vinícola de boa qualidade já representada aqui (acho que me saí
muito bem nesta tarefa...).
Saímos de São Paulo num vôo direto
para Johannesburg, de onde seguiríamos
para Cape Town. Já imaginava a chatice de
um vôo de 8 horas no aperto da ala econômica do avião, quando passou o carrinho
de bebidas para acompanhar o jantar.
(aeromoça) – What would you like
sir?
(eu) - Do you have wine?
(aeromoça) – Sure. Red or white,
sir?
(eu, já sorrindo) – Ok. Let’s start with
the whites.
E então percebi que minha viagem
tinha realmente começado! Até a próxima!
17
Para acompanhar
De Chávez
O que acontece
a Juan Carlos...!
na cidade maravilhosa
Circuito do Vinho
Nas ondas do Rio
Fernando Quartim
Jaqueline Barroso
Diretor da SBAV-SP
Enófila
[email protected]
[email protected]
T
ed, não é só você que sofre pela
agitação e stress que mensalmente
atacam o pessoal da edição do nosso Vinho&Cia, até para mim sobrou este
mês, só porque minha memória insistia
em repetir, inconsciente, a oportuníssima
frase real: “Por que não te calas?!” Atrapalhando minha concentração, foi suficiente
para que eu recebesse torpedos e e-mails
cobrando “cadê tua matéria?”. Precisamos
fechar o jornal! Será que meu artigo é tão
importante?
Buscando concentração, pensei, pois
não é que o Rei Don Juan Carlos acaba
de me dar uma boa idéia, vou falar de um
restaurante espanhol, e vou manter conectados meus neurônios ao episódio que,
dias atrás, me desopilou: a fala real!
Papel e lápis e destino: Don Curro!
Lá chegando, sou recebido pela simpática
dupla Tarcísio e Luiz, bem gerenciados
pelo Edílson.
-- Por favor, mesa para dois.
Acomodados, iniciamos os trabalhos,
diga-se de passagem, um dos que mais
aprecio, conversar com o maître e especular sobre os novos pratos, uma vez que
as paellas, carro-chefe do restaurante, já
me são velhas conhecidas. Mas estava
mesmo a fim de conhecer as novidades,
entre elas uma me chamou a atenção: a
Plancha del Marinero.
-- É esta! Quero a Plancha e para entrada, ostras frescas de Santa Catarina!
-- Agora gostaria de conversar com
Luiz, o sommelier.
Com toda presteza e após gostosa troca
de idéias, um passeio pela bela Carta de
Vinhos, onde pude calcular algo próximo
de 350 rótulos! Fechamos os vinhos: uma
taça de Jerez Oloroso (duas, é claro, para
mim e a minha namorada!) para acompa-
18
Futuro Master of Wine
Marcelo de Moraes, sommelier chefe
da rede Porcão, tem como objetivo (e
que objetivo!) ser um Master of Wine.
Em outubro passado, Marcelo concluiu o
segundo módulo de cinco do curso WsetWine & Spirit EducationTrust (Londres),
que aconteceu pela primeira vez no Brasil,
em São Paulo.
Don Curro
R. Alves Guimarães, 230, Pinheiros
(11) 3062-4712, São Paulo
nhar as ostras. Na verdade procurei por
um Manzanilla Fina, também de Jerez
que, em minha opinião, vai maravilha
com ostras, mas Luiz aconselhou ficarmos
com o Oloroso, e um Chardonnay Gran
Feudo 06 para acompanhar a Plancha del
Marinero!
Hamonização nota 10! A visita à adega
vale a pena, e gostaria de destacar um ponto: encontrei rótulos brasileiros por lá! E, o
que é muito interessante, a Salton produz
o Don Curro Selección Especial 02, com
cara de vinho espanhol, mas, na verdade, é
um Talento! Há também a famosa sangria,
que alegra muitos paladares!
Talvez em 2008 tenhamos o terceiro
módulo aplicado no Rio (será?). Parabéns,
Marcelo, os enófilos cariocas estão torcendo pelo seu sucesso.
Para aqueles profissionais que tenham
interesse, visitem o site: www.wset.
co.uk/courses/
Revitalização
da Rua do Mercado
Aquele simpático cantinho da Rua do
Mercado que vem se revitalizando, acaba
de ganhar mais um restaurante: Um Oito
Oito Um.
O ambiente é uma delícia, super “clean” e moderno, a comida é brasileira (a
la carte) e ele tem uma variada carta de
vinhos do Velho e Novo Mundo.
O atendimento relativo ao nosso “caldo” é por conta do sommelier Rodrigo
Moura. Sugiro que conheçam o prato “Boi
Berrando”: costela marinada na cerveja
preta (que heresia!!), depois assada por 8
horas, acompanhada de batatas coradas no
alecrim. Sobre a harmonização, o Rodrigo
esta aí para isso!
Rua do Mercado, 37
(21) 2509-3970
Curso intensivo de vinhos
Se Ibrahim Sued tivesse conhecido
Mike Taylor, certamente iria chamá-lo de
locomotiva. Mike não pára! Em Janeiro
irá fazer um curso intensivo de vinhos de
Enquanto estimulávamos nossos apetites, nos distraíamos com a decoração: em
todos os lugares, touros! Pudera, o Don
Curro, ou Francisco Domingues, foi um
toreador, que com sua mulher dona Carmen legaram a José Maria e Rafael, seus
filhos, um laureado e famoso restaurante
que brilha no mercado paulistano há uns
quarenta e oito anos!
Don Curro pode integrar o Circuito
do Vinho, onde encontramos um ótimo
serviço em ambiente bastante agradável,
em que o vinho, sempre presente, faz um
final feliz!
Vinho&Cia - No. 27
Para acompanhar
Esfrie um tinto,
por favor
Como beber
em coquetéis e eventos
Vinho & Comida
No mundo dos negócios
José Ivan Santos
Didú Russo e Regis Oliveira
Escritor e professor do Senac
Escritores
[email protected]
[email protected]
N
E
stou participando de um churrasco à uma da tarde de um desses
sábados com trinta e tantos graus
à sombra, quando tenho a idéia de pegar
uma vasilha com muito gelo e água e
colocar nela todas as garrafas de tinto.
Merlot, Malbec, até Cabernet Sauvignon.
Ouço murmúrios; supõe-se que eu seja
um especialista e, por isso, não encontro
grande oposição, mas percebo certo nervosismo no ambiente, até que o dono da
casa resolve perguntar por que me ocorreu
fazer isso.
Inúmeras vezes passei por situações
semelhantes. Na verdade, já tive problemas com garçons de restaurantes quando
pedi que me esfriassem o tinto. Servir
tintos quentes e brancos muito frios é um
costume que ainda existe em nossa cultura
enológica. Beber um vinho muito gelado
é o mesmo que colocar cubos de gelo na
boca; o paladar adormece e não se sente
nada. O branco então perde todos os seus
aromas e se ganha algo é em acidez.
Por outro lado, com os tintos servidos
em altas temperaturas o que começa a
predominar é o álcool. Observe que falo
de uns 22 graus para cima. A esses níveis,
a sensação de queimação e doçura supera
a acidez natural, enquanto na boca os aromas quentes se superpõem às notas frutais.
Ao ar livre, com as garrafas expostas ao
calor, é fácil para um vinho que chegou
a uns, digamos, 22 graus, atingir mais de
trinta graus. O que bebemos, então, é algo
bastante alcoólico, muito suave (o calor
suaviza os vinhos), com zero de acidez e
zero de aroma frutal.
Vejamos alguns detalhes importantes.
Digamos que um tinto possa ser bebido
entre 16 e 22 graus. Menor temperatura,
Vinho&Cia - No. 27
para castas mais suaves e ligeiras, como
o Pinot Noir, e maior temperatura, para
tintos recém elaborados com Syrah ou Cabernet Sauvignon. Como conseguir essa
temperatura se um ambiente está a 35 à
sombra? A maneira menos traumática é ter
o vinho previamente na geladeira. Tudo
depende da temperatura inicial, claro,
mas posso garantir que uns 45 minutos
na geladeira bastam e sobram. Na falta de
tempo coloque a garrafa em uma vasilha
com água e gelo por uns 15 minutos.
Hoje em dia, os tintos possuem, no
mínimo, treze graus de teor alcoólico.
Lembro que alguns anos atrás um Cabernet estava ótimo aos doze graus e
passava suave pelo paladar. Hoje a coisa
é diferente; o Pinor Noir é o tinto que se
deve beber frio. Raras vezes um Pinot é
adstringente, o que permite bebê-lo a 16
graus ou menos, para apreciar melhor sua
textura delicada, sua acidez e seu frescor.
Tintos mais robustos, como os reserva
feitos de Syrah, Malbec ou Cabernet
Sauvignon deveriam ser tomados com
mais calma. O frio moderado acentua
a acidez e os aromas, mas em um tinto
novo provoca uma elevação dos taninos,
ou seja, aumenta a adstringência; uns 18
a 20 graus serão suficientes.
uma ocasião social a gente pode
encontrar de tudo, desde um
evento cuidadosamente estudado, preparado, servido e conduzido, com
harmonia de comidas, bebidas, ambiente
e convidados, até algo completamente
desconexo. Você deve se lembrar que
como executivo ou empresário está lá
sempre com o objetivo de aproveitar a
oportunidade para melhorar de alguma
forma os negócios. A bebida é um mero
acompanhamento, pode lhe ajudar no
relacionamento, porém você não deve dar
margem a prejudicar.
Em primeiro lugar, não se esqueça de
um primeiro conselho: beba sempre com
moderação, dentro do seu limite.
Não se restrinja a apenas um tipo,
como, por exemplo, os tintos, tão no gosto
hoje dos brasileiros. Tenha sempre em
mente que existe um tipo de vinho adequado para cada prato e cada momento.
Eventos bem planejados levam em conta
isso. Se você chegar num coquetel em
que as pessoas estão em pé, é recomendável, antes de pegar a primeira oferta
do garçom, observar discretamente quais
bebidas e petiscos estão em serviço. Você
pode assim escolher o que mais lhe agrada
e, melhor ainda, o que melhor combina.
É muito comum servirem hoje petiscos
de frutos do mar e, pelo lado da bebida,
vinhos tintos encorpados, como a maioria
dos Malbec. Certamente não vai combinar, e você vai ter a sensação desagradável
de maresia na boca. Num coquetel em pé
você pode ser seletivo e discretamente
optar por um ou outro. Se for num jantar
formal, à mesa, é deselegante recusar algo.
Prove sempre, e não é preciso consumir
toda uma taça ou um prato. A não ser que
você tenha alguma restrição, como alguma
recomendação médica, que você pode
comentar com o anfitrião.
Beba em qualquer caso normalmente,
sem afetação. Se o anfitrião propuser algum ritual, siga-o, mas nunca crie um.
Se puder escolher, é preferível no
momento dos aperitivos beber os vinhos
mais leves, como espumantes ou brancos
mais frescos, e nos pratos principais os
vinhos de mais corpo, a não ser que sejam
pratos delicados. Seja sempre discreto e
simpático, mesmo se você provar algo que
não lhe agrade. Se gostou, elogie, todos
gostam disso, porém jamais faça comentários negativos a pessoas com quem você
não tem intimidade. Isso não leva a nada, a
não ser à possibilidade de você ser rotulado como chato ou indelicado, e no mundo
dos negócios a gente está constantemente
em observação.
19
Para acompanhar
Vinho
Duas lojas:
e águas quentes!
em Sampa e no Rio
Lojas e pontos
Denise Cavalcante
Jornalista
[email protected]
“
Viajando com vinho
Adriana Bonilha
das águas. Adormeço e sonho com o espumante que me espera no balde de gelo...
À noite, me preparo para um programa de
enogastronomia...
Enófila
[email protected]
V
ocê tem viajado bastante pelo
Brasil? Ainda bem que nosso pais
é extenso e proporciona inúmeras
opções: o Norte, com passeios exóticos e
selvagens; o Nordeste, para caminhadas
por extensas praias; o Sul, com suas
serras; o Sudeste, com a nossa casa; e o
Centro-Oeste, com sua chapadas e planaltos. Em todas as regiões, nas capitais e em
locais diferenciados podemos desvendar
boas opções para uma taça de vinho.
Eu me imagino neste exato momento
em uma piscina, mergulhando para arrefecer o calor, depois me esticando em uma
espreguiçadeira, tomando um espumante
bem geladinho e esquecendo da vida.
Tenho certeza que neste meu sonho (que
já foi realidade) logo as crianças que estão
por perto – entre elas a minha filhota – irão
me chamar para um toboágua, e lá vou
eu de novo tibum na piscina. Depois, me
deito numa bóia e sou levada pelo balanço
20
Sim, me imagino num dos resorts
espalhados pelas nossas terras, como o
Rio Quente, em Goiás, que, dando asas a
sonhos como o meu, além de oferecer toda
a infra-estrutura das piscinas, promoveu o
1º Encontro de Gastronomia e Enologia.
Faltava um espaço como esse na
Granja”, foi assim que o casal
Elizabeth e Marcel Proença foram
recebidos após a abertura da sua loja de
vinhos no final de 2007, como franquia
da Importadora Grand Cru no bairro da
Granja Viana, há 20km do centro de São
Paulo, pela Raposo Tavares.
É muito bonito mesmo. Uma loja ampla, grandes estantes de madeira e espaço
climatizado para os vinhos, decorada com
sobriedade e muito bom gosto, com uma
enorme mesa de madeira para 20 lugares
onde planejam fazer várias degustações
e eventos. Duas confortáveis poltronas
e alguns livros convidam o visitante a
abrir seu vinho ali mesmo. Aos sábados à
tarde, o casal pretende ter sempre algumas
garrafas abertas para que os clientes, aos
poucos, conheçam seus rótulos.
As especialidades são vinhos do Novo
Mundo, principalmente da Argentina, mas
com muita atenção também para os vinhos
da França.
No Rio de Janeiro, a movimentada
Cobal do Humaitá abriga uma deliciosa
loja de vinhos do expert Aníbal Patrício,
onde os clientes, entre alfaces, maçãs e
flores do movimentado mercado, encontram uma ilha de sofisticação e bom gosto,
com vinhos de todas as faixas de preço e
qualidade. A loja Espírito do Vinho tem
mais de 600 rótulos de praticamente todas
as grandes importadoras, com destaque
para Adega Alentejana e Decanter, das
quais é representante na cidade. Os vinhos
nacionais também têm vez no Espírito do
Vinho, que busca praticar preços justos e
compatíveis com o desejo do mercado.
O atendimento é muito especializado, seja pelo Aníbal ou seus assistentes.
Oferece outros produtos, como Azeites,
Queijo da Serra, utensílios para vinho,
publicações sobre vinhos, taças, decanters... “de tudo um pouco, além de vinhos,
é claro!”, comenta.
Grand Cru - Granja Viana
Rua José Felix de Oliveira, 866
(11) 4702-3832, Carapicuíba, SP
Espírito do Vinho - Cobal Humaitá
Rua Voluntários da Pátria, 448, Box 2
(21) 2286-8838, Rio de Janeiro
Reuniu chefs, como Mané Young,
Márcio Santos, Sandra Romansini e Sérgio Peres, e palestrantes como Guta Chaves, Renato Frascino e a especialista em
queijos Mônica Pessoa, e proporcionou
aos hóspedes (que bem poderia ser você
um deles) momentos de pura diversão em
outras águas e praias. Palestras, harmonizações com queijos e jantares a quatro
mãos possibilitaram fechar com chave de
ouro o dia em que passamos trabalhando,
ou melhor, relaxando, nas piscinas de
águas quentes do parque. E...
Ah!... Sonhar de novo... Depois da
enogastronomia, ainda não satisfeita,
voltar tarde da noite às águas, nas piscinas iluminadas, para mais uma deliciosa
ducha...!
Vinho&Cia - No. 27
Para acompanhar
Entre contos
Espumantes
e charutos
e caviar: perfeito!
Charutos & Destilados
Alta Gastronomia
César Adames
Jorge Monti
Consultor gastronômico
Presidente da Abaga
[email protected]
[email protected]
H
ábeis na utilização da chaveta
(instrumento para cortar as folhas) e na elaboração de charutos,
os tabaqueros cubanos ainda são os trabalhadores com maior acesso à cultura. Isto
vem desde que, em 1864, se instituiu em
Cuba um personagem singular, o ‘leitor
de galeras’. Ele nasceu da necessidade
de amenizar a alta carga horária de um
trabalho feito em silêncio. Naquela época
não existia rádio e nem seria interessante
colocar música para distrair a atenção dos
trabalhadores.
No início o leitor era pago pelos próprios trabalhadores, que se cotizavam e
pagavam um centavo diário por seu trabalho. Com o passar do tempo este custo
foi absorvido pelos donos das fábricas,
que ficaram interessados com o aumento
da produção. Os trabalhadores escutavam
desde “Os Miseráveis” de Victor Hugo
até “Cecília Valdés” de Cirilo Villaverde.
Geralmente o leitor ficava em uma tribuna
ou mesa mais alta. Deveria ter boa dicção,
ler pausadamente para que todos pudessem entender, bem como dramatizar os
diálogos, alternando as vozes de homem,
mulher e criança. Hoje em dia nas fábricas Partagas e H.Upmann os tabaqueros
de todos os pisos escutam o leitor pelos
alto falantes instalados nos andares, fato
conseguido anteriormente somente com o
poder da própria voz.
A idéia do leitor de galeras surgiu com
Saturnino Martinez, que trabalhava no
jornal operário “La Aurora”. O primeiro
leitor, cujo nome não se tem idéia, subiu
em uma espécie de andaime na fábrica “El
Fígaro” no dia 21 de dezembro de 1865.
A idéia foi acolhida com alegria pelos trabalhadores que naquela época chegavam
cansados à fábrica, pois tinham que trazer
Vinho&Cia - No. 27
O
ano de 2007 foi muito particular
para a gastronomia brasileira:
muitos sucessos a nível nacional
e internacional. Conseguimos participar e
realizar mais de oito concursos nacionais
e internacionais, levando a gastronomia
brasileira e seus vinhos ao mundo. Foi
um verdadeiro recorde, que uniu produtos, esforços, dedicação, trabalho e muito
talento.
de suas casas as mesas, instrumentos necessários para elaborar um charuto, e até
mesmo o almoço. Os jornais concorrentes
do “La Aurora” logo começaram a ridicularizar a idéia e a chamar de galeras os locais onde eram elaborados os charutos, em
referência ao velho costume do presídio
de Havana de ler aos reclusos as notícias
do dia enquanto estes almoçavam.
A criação de algumas grandes marcas
existentes até hoje se deve aos livros
que eram lidos, e de tempos em tempos
relidos, por solicitação dos tabaqueiros.
“O Conde de Monte Cristo” virou a marca Montecristo, que traz as espadas na
tampa da caixa. Do romance homônimo
de Willian Shakespeare surgiu “Romeo y
Julieta”, representado na caixa pela cena
do balcão onde os amantes se encontram.
Até o clássico “Don Quijote de La Mancha” de Cervantes foi imortalizado com
o surgimento da marca Sancho Panza,
fiel escudeiro que acompanha seu senhor
pelas aventuras narradas no livro.
Um bom exemplo de que fumaça
também é cultura.
Especialmente em 2007 também, o
espumante rosado foi o que mais brilhou
na terra brasileira e nos outros cantos do
mundo. No Brasil foram lançados vários:
Salton, Miolo, Chandon, Perini, etc.,
configurando uma boa oferta a nosso consumidores e revitalizando uma variedade
pouco explorada no Brasil. Eu, como chef
de cozinha e gourmet, adoro o espumante
rosado: ele é muito ligeiro e refrescante
bem gelado.
Há trinta anos, no restaurante da minha
família em Buenos Aires, Refugio del Viejo Conde, meu pai servia um Champagne
Moët Chandon rosado combinando com
um “blini de caviar russo Beluga”. Devo
expressar que a combinação era perfeita
e sublime, e, lembrando desse momento,
proponho hoje comemorar os trunfos da
gastronomia de 2007 com uma receita
minha desse prato (se não é possível usar
o caviar russo, por ser muito caro, pode-se
optar pelo dinamarquês, mais em conta)
para ser acompanhada com um espumante
rosado bem gelado!
Blini de caviar
(Ingredientes para 4 pessoas)
80g de farinha de trigo comum
80ml de cerveja loira
1 ovo
sal e pimenta do reino
120g de caviar beluga de esturjão
40g de creme azedo batido como chantilly (bem gelado)
1 forma redonda de 10cm de diêmetro
1 blinera de tefal
4 colheres de sopa de óleo de milho
Modo de fazer
Coloque numa tigela a farinha, a cerveja
e o ovo, mexa bem. Deve ficar uma
massa semi-sólida. Tampe com um pano
e leve à geladeira por 10 minutos.
Leve ao fogo a frigideira, espalhe uma
colher de óleo de milho, esquente,
despeje por cima duas colheres fartas de
massa, cozinhe um minuto de cada lado,
retire, passe um pano por cima do blini
para retirar o excesso de óleo, coloque
num prato aquecido e delicadamente
com uma colher de chá coloque por
cima o caviar beluga e sobre ele o creme
azedo. Sirva com acompanhamento de
ovo cozido picado, alcaparras e cebola
crua picada fina.
21
Para acompanhar
O ponche
Ted Bebedor
com samba de manhã
e a Lola Brah
Comportamento
Didú Russo
Confraria dos Sommeliers
[email protected]
S
empre que puxo pela memória me
dou conta do tempo passando.
Noutro dia contei com naturalidade sobre um ponche aos meus filhos
e todos caíram na risada, mal sabiam do
que se tratava. O Ponche é uma espécie
de “Clericó” de “Sangria”, ou de “Espanhola”, como é conhecida nas periferias
da cidade. Uma mistura de frutas com
bebidas e refrigerante. O tradicional era
um espumante, umas doses de conhaque
ou de gim, frutas picadas e um guaraná.
Colocava-se numa “poncheira”, uma peça
muito bonita de cristal, que tinha também
uma concha de cristal e umas canequinhas, que faziam jogo e onde se bebia do
ponche... Era comum e chic, sabe.
Lembro-me que numa ocasião, na
Secretaria de Cultura do Estado, onde fui
“oficial de gabinete”, nós organizamos
uma recepção para um grupo de antigas
atrizes, entre elas a – famosa à época
– Lola Brah, uma ex-atriz de teatro. O
ambiente era propício, o Palácio dos
Campos Elíseos, na sala de recepções,
que era maravilhosa e merece uma visita.
Ela se encantou comigo e após alguns
ponchinhos, que estava bem forte, ela não
se conteve e se atirou pra cima do então
garotão aqui, e foi jogo duro... Ao final da
festa ela, pendurada em mim, me perguntava: “Te gusta lo Champan, Papito?...” E
quando as outras convidadas falavam “O
que é isso Lola?...” ela respondia “Ah...
ele agora é o meu coronel...”
- Ainda não, caro leitor.
Crônica
Regis Gehlen Oliveira
Editor do Vinho&Cia
[email protected]
“
Eu faço samba e amor até mais tarde
/ E tenho muito sono de manhã / Escuto a correria da cidade, que arde /
E apressa o dia de amanhã...”
- Ted, nada como começar o ano e,
logo de manhã, com música boa, né?
- Sim, caro leitor, e ainda mais com
Samba e Amor, do Chico Buarque.
- Bem lembrado, Ted! Samba... O carnaval é logo no início de fevereiro!
- É... Neste ano o país começará a
trabalhar mais cedo...
“De madrugada a gente ainda se ama /
E a fábrica começa a buzinar / O trânsito
contorna a nossa cama, reclama / Do nosso
eterno espreguiçar...”
- Ted, você não me parece muito
animado... Já pensou no vinhozinho do
almoço?
22
- Ih... Ted, você não está pensando em
vinho... A coisa está grave!
“No colo da bem-vinda companheira
/ No corpo do bendito violão / Eu faço
samba e amor a noite inteira / Não tenho
a quem prestar satisfação...”
- Você está doente, Ted? Nem um
vinhozinho se quer?...
- Não, caro leitor...
“Eu faço samba e amor até mais tarde
/ E tenho muito mais o que fazer / Escuto
a correria da cidade, que alarde / Será que
é tão difícil amanhecer?...”
- Bem, caro leitor, eu já vou...
- Mas, Ted, a sua coluna mal começou... O que vão dizer os outros leitores?
Só isso?
- O país só começa depois do carnaval... E, ainda mais, é de manhã...
- Ah...
“Não sei se preguiçoso ou se covarde
/ Debaixo do meu cobertor de lã / Eu faço
samba e amor até mais tarde / E tenho
muito sono de manhã”
Vinho&Cia - No. 27
beba com moderação
Vinho é emoção
Descobrir os aromas e sabores dos bons vinhos deixa qualquer pessoa apaixonada. Quando
vamos conhecendo mais sobre a bebida, a história de cada rótulo e o trabalho desenvolvido pelos
enólogos e vinhateiros, temos a certeza de que essa é uma bebida que emociona. Emoção que
sentimos ao compartilhar uma garrafa com os amigos, ao brindar os feitos de nossos filhos ou
simplesmente celebrar o amor. O vinho está presente em todos os nossos momentos
importantes. Impossível não se emocionar. Mas, lembre-se, sempre com moderação.
Vinho&Cia
Vinho&Cia - No. 27
23
Programa onde comer e beber?
(nós já harmonizamos os pratos e os vinhos)
Circuito
Aprecie
os vinhos
a preços especiais
até
29/02/2008
Vinho&Cia
em Santos & Guarujá
Santos, Canal 5
Santos, Canal 1
Guarujá, Pitangueiras
Guarujá, Tombo
PICCOLA FORNERIA
Cozinha italiana e pízzaria
VAN GOGH
Pizzaria e cozinha variada
CHOPP HALLE
Cozinha alemã e frutos do mar
SAINT MALO
Cozinha francesa
Av. Almirante Cochrane, 62, Canal 5
(13) 3273-6699, Santos
jantar, aos domingos também almoço
Av. Floriano Peixoto, 314, Canal 1
(13) 3205-3636, Santos
jantar, aos sábados e domingos também almoço
Av. Deodoro da Fonseca, 1520
(13) 3382-1040, Pitangueiras, Guarujá
almoço e jantar
Av. Prestes Maia, 250, Praia do Tombo
(13) 3354-2442, Guarujá
jantar de 3a a domingo
Stinco di vitela com polenta ai funghi freschi
Bacalhau Lagareiro (na brasa com batatas aos murros)
Linguado à romana (enrolado à milanesa com camarão)
Spaghettis com mexilhões
(Vinho De Martino Reserva Legado Syrah, Decanter, R$69)
(Vinho Anselmo Mendes Loureiro, Decanter, R$46)
(Vinho Colomé Torrontés, Decanter, R$41)
(Vinho Villard Sauvignon Blanc, Decanter, R$57)
Taglierini ai frutti di mare (alla Portofino)
Salmão grelhado com risoto de tomate seco e rúcula
Salsichão com salada de batata
Camarões a Provençal
(Vinho Cousiño Macul Don Luis Sauvignon Blanc, Santar, R$27)
(Vinho Cousiño Macul Don Luis Chardonnay, Santar, R$27)
(Vinho Cousiño Macul Rosé Cabernet Sauvignon, Santar, R$27)
(Vinho Cousiño Macul Don Luis Chardonnay, Santar, R$27)
Tagliatelles a Luiz Alberto (com ostras gratinadas)
Pizza de gorgonzola com abacaxi
Pizza Paris (queijos estepe e brie e cogumelos paris)
Camarão do Halle (com arroz no alho e batata corada)
(Vinho Rio Alto Sauvignon Blanc, Global Commerce, R$20)
(Vinho Rio de Chile Merlot, Global Commerce, R$24)
(Vinho Rio Alto Chardonnay Reserva, Global Commerce, R$29)
(Vinho Lautaro Sauvignon Blanc, Global Commerce, R$19)
Pizza de erva doce, mussarela e calabresa moída
Pizza de calabresa artesanal com mussarela e manjericão
Talharine à marinara
Arroz Saint Malo (com frutos do mar e açafrão)
(Vinho Casa Latina Chardonnay-Torrontés, Merkatto, R$33)
(Vinho Casa Latina Reserva Malbec, Merkatto, R$51)
(Vinho Casa Latina Reserva Malbec, Merkatto, R$51)
(Vinho Casa Latina Chardonnay-Torrontés, Merkatto, R$33)
Sorbetto di salmão (della professoressa Nídia)
Pizza de filet mignon com molho madeira e alho
Eisbein com chucrute e batata sauté
Filet mignon sauce aux champignons
(Vinho Núbio Rosé Cabernet Sauvingon, Sanjo R$35)
(Vinho Núbio Cabernet Sauvignon, Sanjo, R$31)
(Vinho Nobrese Cabernet Sauvignon, Sanjo, R$21)
(Vinho Maestrale Cabernet Sauvignon, Sanjo, R$43)
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