Depressão na Clínica Analíticocomportamental: da compreensão aos procedimentos de intervenção Ms. Nione Torres Psicóloga clínica PSICOPATOLOGIA E ANÁLISE DO CPTO: 1BR cptos são selecionados pelas suas consequências!! existem contingências de reforçamento consideradas como desejáveis ou não pelo indivíduo/grupo social dificuldades do C. vistas como problemas de aprendizagem que se instalaram durante todo processo de desenvolvimento pessoal produziram déficits ou excessos cptaispadrões geram sofrimentos e desadaptações da pessoa com ambiente/vive Psiquiátrico enquadre das pessoas ao apresentarem certos tipos de cptos em que são classificados com base em critérios diagnósticos (DSM e CID)...busca de causas “mentais”/doença Descrição topográfica de cptos e de frequências que se apresentam na vida das pessoas. Tais descrições resumem uma série de cptos prováveis de ocorrer, porém: a)não fornecem dados específicos sobre uma pessoa; b)não explica como a “psicopatologia” foi construída e se mantém, e, sim, classificam padrões cptais. PAC não rejeita diagnósticos ...Ressalva apenas que é insuficiente para explicar as causas de um padrão cptal!! Características do Behaviorismo Radical : relações com prática clínica analítico- cptal a) S.H. e elementos da natureza fazem parte do mundo natural interagem NO ambiente (ao invés de SOBRE o ambiente), sendo parte interativa deste. (Chiesa, 1994). b) cpto público x privado: Semelhanças:Cptos público e privado apresentamse na mesma direção natural (Skinner, 1945/1988, 1974/1993) leis que descrevem relações funcionais dos públicos se aplicam aos privados. Distinção: cptos privados (pensar, sentir, imaginar, sonhar, fantasiar, raciocinar...) acessados pelo próprio indivíduo. só podem ser c) quem se comporta é ORGANISMO (não a mente ou a cognição). Ele é biológico faz parte mundo natural. d) cptos privados (subjetividade) não estão em outra dimensão e nem servem de acesso a este, pois cpto é relação entre eventos naturais ENTRE ORGANISMO E AMBIENTE. *Sofrimento de uma pessoa/forma de agir/cptos: não são determinados/mediados/armazenados ou controlados por algo que escape ao mundo físico. *T. vê a pessoa como UMA UNIDADE BIOLÓGICA QUE VEM INTERAGINDO COM AMBIENTE DESDE SUA EXISTÊNCIA. *Questão: **NÃO É remover eventos privados; **SIM de não inclusão de constructos hipotéticos mediacionais /metafísicos. Modelo de seleção de Darwim atua: filogênese, ontogênese e cultural. Cpto e tríplice determinação: Filogênese: seleção natural das espécies, evolução (não se entende progresso, mas permanência de variações que foram favoráveis para sobrevivência e reprodução da espécie). Cont.: Ontogênese: história de aprendizagem individual. Processos de C.R e C.O que cada indivíduo se expõe modela seu repertório cptal adquirindo novos cptos (extinguindo anteriores ou aumentando eficiência de outros). ( *C.O entendido consequências*). como uma seleção por Cultura: contingências reforçadoras mantidas pela exposição ao ambiente cultural Cont.: ENFIM: Cpto: selecionado consequências; mantido extinguido por punição. B.R.: não interessa nem como ocorre, eventos têm na ”significado” que com ela) pelas suas por reforçadores; a ocorrência do comportamento, mas porque ocorre. (Função q. vida atual de uma pessoa ela atribui àquilo que acontece PAC atenção voltada para processos de seleção cptal. Importa: FUNÇÃO /não topografia!! 1-Normalidade: conceito definido a partir de práticas culturais - Padrões cptaisnomeados de “transtornos mentais” ou “psicopatológicos” quando práticas culturais estabelecem padrões socialmente aceitos ou não!! A. Cptal cremos: tais padrões se dão pelo entrelaçamento dos processos decorrentes das histórias: genética/das contingências de reforçamento/ das contingências funcionais atuais (filo...onto...grupo cultural) nenhuma forma de cpto é vista como “psicopatológico”, “desadaptativo”, “anormal”. Cont.: Dessa forma: Critério classificatório sistematizar repertório da déficits cptais desde aversiva (sofrimento) para que com ele interage na “patologia” Cptal: pessoa em excessos ou que estes tenham função o pp indivíduo ou para os - Assim, maioria dos quadros “psicopatológicos” mostram cptos típicos (e reações emocionais) qdo ocorrem em: - a) alta frequência; ou - b)intensidade que causam desconforto (sofrimento); ou - c)acontecem em um contexto inapropriado. Identificar cpto “psicopatológico”: inicialmente olhar para categorias específicas do cpto cujas frequência/intensidade/magnitude devem ser analisadas. Ex.: depressão EXCESSO de alguns cptos (choro, reclamações, declarações verbais de nulidade, etc.); DÉFICITS de outros cptos (rir, brincar, fazer atividades físicas, namorar, etc.) (Ferster, 1977). Ex.: relato (email) de C / depressão Cptos não são “patológicos”/ fruto de patologias de personalidade/traços de caráter. Se há algo errado é com ambiente dá origem e mantém tais cptos! Se há “patologiase localiza nas contingências de reforçamento (onde deve ser atacada)!! Não é: “um problema que se localiza DENTRO do indivíduo.” SIM: “resultado da interação da pessoa com ambiente (pub./pr.) e representa o resultado compreensível da história do reforçamento do indivíduo.” (Ferster, 1972). Cont.: Interesse do T.A.C.: *História de vida; *Organismo como um ser biológico. “Organismo intacto” e “Organismo não-intacto” (Skinner, 1974) “Organismo não intacto”alterações neurofisiológicas que mudam a suscetibilidade ao interagir com ambiente! Classificação complexa: cptos usualmente emitidos por “organismos nãointactos” são selecionados modelados e, mantidos por contingências de reforçamento! INTACTO OU NÃO: organismo responde a seu ambiente! O que muda: suscetibilidade para interagir com este ambiente e NÃO as leis que regem o cpto. Explicação: Ciências Médicas e Biológicas. Ex.: psicóticos/ bipolar/cças desenvolvimento atípico/ drogaditos...(“essas classes de patologias associadas aos aspectos cptais que não são sensíveis à medicação devem manejados por procedimentos derivados da AC”) Alterações biológicas NÃO CAUSAM CPTOS PATOLÓGICOS... MODIFICAM A MANEIRA COMO AQUELE ORGANISMO INTERAGE COM AMBIENTE!! STRESS Resposta emocional do organismo a qualquer mudança ambiental. Definição: a) processo do organismo que gera consequências emocionais e físicas causadas por situações marcantes de vida ou grandes dificuldades do cotidiano. b) reação do organismo que ocorre quando ele precisa lidar com situações que exijam um grande esforço emocional para serem superadas. • Quanto + tempo a situação durar ou quanto + grave for: + estressado o indivíduo pode ficar! Qdo o indivíduo não tem sucesso na adaptação: rompe-se o equilíbrio, a estabilidade orgânica - homeostase.” (Seger, 2001) Processo de stress está diretamente relacionado à maneira como pensamos, sentimos, agimos, aos nossos valores e nossas crenças (história pessoal de regras e auto-regras) PERCURSO DO STRESS FASE DE ALERTA Ser humano entra no processo de stress por este estágio. O QUE SENTIMOS? - Tensão ou dor muscular; Azia; Problemas de pele; Irritabilidade sem causa aparente; Nervosismo; Sensibilidade excessiva;e Ansiedade / inquietação. FASE DE RESISTÊNCIA Acontece qdo o estressor continua ou se algo mais acontece para nos desafiar. etapa em que tentamos resistir ao stress O QUE SENTIMOS? a. Busca pelo equilíbrio utilização de energia / sensação de desgaste generalizado sem causa aparente; e b. Dificuldades de memória. FASE DE QUASE EXAUSTÃO Problema maior ocorre quando não conseguimos resistir/ adaptar-nos. Nosso organismo começa a sofrer colapso gradual As defesas vão cedendo Oscilações entre BEM-ESTAR DESCONFORTO. O QUE SENTIMOS? • • • • • • • • • • • Cansaço mental; Dificuldade de concentração; Perda da memória imediata; Apatia ou indiferença emocional; Impotência sexual ou perda da vontade de ter relações sexuais; Herpes; Infecções ginecológicas; Tumores; Problemas de pele; Queda de cabelo; Gastrite ou úlcera; • Perda ou ganho de peso; • Desânimo, apatia ou questionamento frente a vida; • Autodúvidas; • Ansiedade; • Pânico; • Humor depressivo • Pressão Alta; • Alterações dos níveis de colesterol e triglicérides; • Distúrbios de menstruação/ aumento de prolactina;e • Queda na qualidade de vida. FASE DE EXAUSTÃO • Quebra total da resistência: – aumento das estruturas linfáticas, – exaustão psicológica (depressão/ transtorno do pânico, etc.) – exaustão física: pode resultar em morte. • Fase bastante grave e reversível desde que afete apenas algumas partes do corpo. O mundo está ao contrário e ninguém reparou? (Relicário – Cássia Eller) “MINHAS ÚLTIMAS LEMBRANÇAS ERAM DE MIM MESMA NA SACADA DE CASA, FUMANDO UM CIGARRO E EXTREMAMENTE EXAUSTA, NÃO SÓ PQ TINHA ACABADO DE VOLTAR DE VIAGEM, MAS CANSADA, ESGOTADA ATÉ O ÚLTIMO FIO DE CABELO, A PTO DE NÃO ME AGUENTAR EM PÉ. FOI QDO PEDI A MEU MARIDO Q LIGASSE P/ MEU PAI ME BUSCAR. DEPOIS DISSO SÓ TENHO UM BRANCO PQ LEMBRO DE TER IDO VIAJAR A PRAIA EM FEVEREIRO E AGORA JÁ ERA AGOSTO. O Q SE PASSOU NESSE MEIO TEMPO, FUI DESCOBRINDO AOS POUCOS. 6 MESES APAGADOS, + OS 6 ANOS ANTERIORES. POUQUÍSSIMAS RECORDAÇÕES, DENTRE ELAS AS MELHORES E PIORES, O RESTO FOI P/ O QUIABO, P/ A QUIÇAÇA. MAS O Q FOI Q HOUVE? AINDA ATORDOADA PELA DESCOBERTA DA PERDA DE MEMÓRIA CONVERSEI C/ MEU MARIDO.” “ELE ME DISSE Q ADOECI E INTERNEI NO DIA SEGUINTE EM Q MEU PAI ME BUSCARA. FOI UM TREMENDO SUSTO P/ TODOS, INCLUSIVE P/ MIM MESMA. NÃO ME LEMBRAVA DE ESTAR DOENTE. MAS ELE DISSE Q EU JÁ ESTAVA EM TRATAMENTO ANTES DA INTERNAÇÃO. PORÉM TUDO SE AGRAVOU DEVIDO AO ERRO DE DIAGNÓSTICO. MEDICAÇÕES ERRADAS ME LEVARAM A BEIRA DA MORTE. SOBREVIVI AINDA DESCUBRO COISAS NOVAS SOBRE O ASSUNTO. FOI MTO ESTRANHO... DOLOROSO... TORTURANTE... DESAFIANTE... MORTAL... EU ME SENTIA NORMAL, MAS AO MESMO TEMPO PERCEBIA Q ESTAVA LENTA. NÃO CONSEGUIA LER, ESCREVER, PENSAR, ORGANIZAR OU DECIDIR ALGO...” “SÓ OUVIA MINHA CONSCIÊNCIA DETURPADA E DOENTE, SACIANDO POR UMA MORTE EMINENTE. E ASSIM FOI, MIL E UM PENSAMENTOS DE PLANEJAMENTO DE MORTE. COMO FAZER, COMO PREPARAR, O Q SERIA MELHOR, S/ INTENÇÃO DE PREJUDICAR + NINGUÉM. MORRER NÃO ERA SOMENTE UMA SAÍDA, NÃO ERA UMA FUGA, MAS MINHA REALIZAÇÃO PESSOAL. PENSAR EM MORRER ME FAZIA FELIZ, SERIA MEU DESCANSO E O FIM DAQUELA VIDA ANGUSTIANTE E DE INSUPORTÁVEL INFELICIDADE E MISÉRIA. MORRER ERA MEU ALÍVIO E TUDO DE BOM.” Definindo Depressão Depressão: francês dépression (originária do latim depressione)/ abaixamento (Machado, 1977). • palavra conserva …a)significado original de abaixamento (resultante de pressão ou de peso), além do …b)significado de diminuição ou e redução; letargia. Definição contemporânea significado da palavra: a) psiquiatria: distúrbio mental desânimo, sensação de cansaço; inclui, também, ansiedade (em grau maior /menor) e, b) sentido figurativo (abatimento físico ou moral) sugere dimensão física e “subjetiva”. DEPRESSÃO: na forma como foi definida pela Psiquiatra (e incorporada à linguagem do senso comum) guarda semelhança com: * palavra (metaforicamente…); • forma com que foi originalmente concebida (abaixamento). abatimento físico e moral; Abaixamento é o “fundo do poço” que aparece na fala dos deprimidos. TIRINHA! Analista do Cpto: DEPRESSÃO: fenômeno cuja dimensão maior (ou primária) é um processo de interação social, multidefinida e sempre resultado de uma nomeação regulada pela comunidade (Calvante, 2010). Depressão à luz da ciência - A.C. Origem atribuída à fatores: a) Baixa densidade e taxa de reforço para cptos adequados; b) Extinção; c) Punição; d) Reforço do cpto de angústia. *a) Baixa densidade e taxa de reforço para cptos: repertórios sociais e de resolução de problemas bastante limitados… consequentemente, gera poucos reforçadores para estas categorias cptais (Dougher e Hackbert, 2003). Depressão à luz da ciência - A.C. *b) Extinção: se extinção generalizada é exposta após uma história de reforço pessoa demonstra fortes sinais de depressão (abulia/não responsividade). “Efeito da perda súbita de reforço : tipicamente grave, especialmente quando aquela fonte de reforço mantinha grande parte do repertório do pessoa”. Ponto crítico: indisponibilidade de repertório adequado para obter fontes alternativas de reforçamento (Dougher e Hackbert, 1994). Depressão à luz da ciência - A.C. *c) Punição: depressão crônica comum em pessoas com histórias de punição prolongadas e inevitáveis/sem possibilidade de fuga (ex.:bullying ou pais e professores extremamente exigentes e críticos). Ponto crítico: situação agrava quando cptos para remover estimulação aversiva também são punidos. Depressão à luz da ciência - A.C. *d) Reforço do cpto de angústia: consequências que podem ajudar a instalar e manter o cpto depressivo Através de expressões de tristeza, choro, reclamações consegue-se a diminuição da cobrança e punição Ponto crítico: ao generalizar cptos para ambientes que reforço imediato não esteja presente pode ser mantido por reforço positivo dos que vêem a pessoa triste. Modelos comportamentais de depressão S K I N N E R “Ciência e comportamento humano” depressão: resultado de uma debilidade do comportamento, que se dá pela interrupção de sequências estabelecidas no mesmo e que haviam sido reforçadas positivamente pelo ambiente social do indivíduo. (Skinner, 1957) Modelos comportamentais de depressão F E R S T E R • DEPRESSÃO: resultado aprendizagem em que: de uma história de a)ações do indivíduo não resultam em gratificação positiva por parte do ambiente ou, b)são reforçadas porque lhe permitem escapar de uma condição aversiva. Ex: esforços de pessoa em estabelecer relações íntimas com outras podem desaparecer aos poucos porque não são seguidos por reforço positivo Modelos comportamentais de depressão F E R S T E R • Redução no reforço positivo contingente produz outras consequências que aumentam cpto deprimido. • Qdo esforços da pessoa não resultam em gratificaçõesficam mais concentradas em responder à própria privação do que às fontes potenciais de reforço positivo no ambiente! Atitude clássica de “ voltar-se para dentro ” comumente vista na depressão (faz sentido de uma perspectiva comportamental ) (Ferster, 1973). Modelo de depressão (Ferster) Características marcantes /deprimidos: perdas de certos tipos de atividade associadas ao aumento de cptos: queixas, choro excessivo, irritabilidade e autocrítica. (Vv que influenciaram este repertório cptal: baixa frequência do reforçamento positivo associada ao aumento da frequência do reforçamento negativo) (Ferster, 1973). Modelo de depressão(Ferster) Ênfase do modelo: cptos de fuga/esquiva causados por condições aversivas impedem emissão de outros cptos controlados por reforçamento positivo. Ex.: Indivíduo dormir excessivamente evita entrar em contato com resolução dos problemas/ pensamentos ou assuntos aversivos/ realização de algum trabalho tedioso/extremamente desafiador (Jacobson et. al., 2001). Modelo de depressão (Ferster) Outras hipóteses: a) Mudança repentina de ambiente e alto custo de resposta exigido. Ex.: situações em que pessoa muda de cidade/de residência (não possui rede social que possa operar como fonte de reforçamento positivo);e, b) Alto custo de resposta exigido para se obter reforçamento: Ex.: situações profissionais nas quais o indivíduo precisa necessariamente trabalhar muito para atingir sua meta. Modelo de depressão L E W I N S O H N “[...] perda de uma fonte central de reforços diminuição de todos cptos que estão ‘encadeados’ a ela ou organizados em torno do reforço perdido”. Lewinsohn (2003, p.474) L E W I N S O H N Modelos comportamentais de depressão Sugere: a) cptos depressivos s mantidos por contingências reforçadoras em forma de simpatia, interesse e preocupação (vindas do ambiente social); b) antecedente da baixa taxa de reforço positivo: deficiências no funcionamento das habilidades sociais: Consequência difícilmente deprimido iniciará/manterá determinados cptos que dependam da disponibilidade desses reforçamentos. (Lewinsohn, 2003) Modelo de depressão (Lewinsohn) 03 características (amplia modelo de Ferster): 1- Perda na efetividade reforçadora dos eventos que antes serviam como reforçadores positivos; 2- Mudança ambiente /indivíduo: antigos reforçadores não estão mais disponíveis (similar ao Ferster); 3- Reforçadores continuam disponíveis no ambiente, porém, indivíduo não tem habilidades suficientes para conseguir acessar reforçadores. Considerações Gerais Ferster (1973) e Lewinsohn (2003): a) enxergar contexto e atividade para se entender a depressão; b) ao mesmo tempo: reconhecer que fatores genéticos, biológicos e outros fatores distais podem ter relação causal com a depressão; c )concentrar nos aspectos do contexto da vida da pessoa que podem tê-la desencadeado; e d) entender formas específicas de responder a esse contexto que podem estar mantendo a depressão. Cont.: PREMISSA CENTRAL modelos cptais: depressão está associada à relações específicas (na verdade, contingentes) entre comportamento e ambiente que se desenvolvem com o tempo na vida de uma pessoa. Ex: A. do Cpto pode interessar-se no fato de uma pessoa deprimida ficar na cama todas manhãs (se preocupando com o futuro de um casamento que está com problemas), porém, dará uma ênfase maior às consequências desse cpto. Questionará: ...Pessoa se torna mais deprimida ou menos? ...Ficando na cama, evitará alguma coisa aversiva, como confrontar um cônjuge com relação a algum problema no casamento ou ir trabalhar e enfrentar uma pilha de tarefas por terminar? Cont.: ASSIM... entender as relações contingentes aspecto central dos modelos cptais da depressão... ... Portanto habilidade necessária aos terapeutas da AC. Desamparo Aprendido Idéia central: “organismos expostos a eventos incontroláveis aprendem que eventos ambientais são independentes de suas respostas aprendizagem irá interferir futuramente na aquisição de novos desempenhos” (Selligman, 1975). Conclui-se: experiência passada com eventos aversivos incontroláveis dificultará o indivíduo ficar sob controle das contingências reforçadoras presentes. Desamparo Aprendido Quadros depressivos: muitos dos desencadeadores se ajustam a essa definição (perda por morte de um ente querido/ ou demissão sem justa causa) ...mantém estado depressivo aprendizagem de não relação entre respostas do deprimido e o que ocorre no seu ambiente (se generaliza e dificulta adaptação à novas contingências). Hunziker (1997): Seligman (1977) › “quando um organismo não tem condição de executar nenhuma resposta operante/voluntária (modificada por recompensa/punição) que resulte em determinada conseqüência” CONDIÇÃO DE INCONTROLABILIDADE Aprendizagem ambiente incontrolável profundas conseqüências no repertório cptal adaptativo, dependendo da vulnerabilidade do indivíduo Aprendizagem onde ambiente é incontrolável Enfraquecimento da motivação para responder diante de eventos posteriores Dificuldades: aprender/discriminar/acreditar na efetividade da resposta (mesmo obtendo reforçadores)... Perturbação do equilíbrio emocional/ fisiológico quebra homeostase. 1. a) b) Resultado organismo mecanismo psicofisiológico no Quadro exacerbado de STRESS, conseqüentemente: Disparador da crise (maníaca/depressiva) alteração significativa no cpto da pessoa Produzirá grande contribuindo para está submetido impacto no ambiente, nível de stress a que o TB Razões desencadeantes cpto depressivo: a) Mudanças no contexto de vida proporcionam baixos níveis de reforço positivo e altos níveis de controle aversivo; b) Vidas “ menos gratificantes ” podem levar à tristeza e ao humor deprimido; e, c) Quando se deprimem as pessoas se afastam do mundo em aspectos importantesrotinas básicas de suas vidas se desfazem (processos aumentam humor deprimido/dificultam solução efetiva de problemas na vida da pessoa). C A S O C L Í N I C O Sara, uma mulher de 35 anos, casada e sem filhos, foi encaminhada para tratamento de depressão após a morte de sua filha no útero, na 27a semana de gestação. Seu médico explicou que uma infecção bacteriana era a causa mais provável da morte do feto. A principal queixa de Sara era: “Eu acho que já deveria ter superado”. Na 27a semana, depois de não sentir o bebê se mexer por várias horas, Sara telefonou para seu médico, que lhe disse que fosse ao hospital. O médico não identificou batimentos cardíacos e disse que precisava retirar o feto. Sara se lembra de se sentir chocada, sem reação e sem conseguir chorar no início. Ela recebeu medicação para induzir o parto e uma anestesia peridural e teve parto vaginal. Apesar dos esforços para ressuscitá-lo o bebê foi declarado morto poucas horas depois do parto. Sara pediu para segurá-lo em seus braços e o recebeu para que assim fosse. C A S O C L Í N I C O Ela pegou o bebê no colo, enrolado em um cobertor branco e cor-de-rosa. Ela se lembra de que ela e o marido choraram descontroladamente enquanto se revezavam segurando a criança e por muito tempo depois de devolvê-la ao médico. Ela se lembra de que o bebê era “ muito bonitinho ” e se parecia com seu marido. Ela recebeu fotos e impressões dos pés para levar para casa. Sara e o marido decidiram não fazer funeral nem cerimônia em memória da criança. Sara informou que desde que perdeu o bebê, dois meses após, sente-se triste e irritadiça em boa parte do dia, quase todos os dias, sendo incapaz de desfrutar das coisas que gostava, como ler ficção, cozinhar, ir ao cinema e fazer exercícios. Ela era enfermeira em um hospital e, antes do acontecimento gostava muito do seu trabalho. Agora, sentia-se incapaz de gostar do mesmo em função de seu humor e tinha medo de ter que falar disso com seus colegas de trabalho que sabiam que ela esteve grávida. C A S O C L Í N I C O Chorava com frequência, estava socialmente retraída, tinha pouca energia e dificuldades de se concentrar. Tinha pouco apetite e se sentia muito mal consigo mesma. Ela negava ideação suicida ou sentimentos de que a vida não valia a pena de ser vivida. Sara dizia que tentava não pensar na morte do bebê, mas muitas vezes era interrompida por pensamentos sobre ele, com frequência pensando em como teria sido a sua vida se ele tivesse sobrevivido. Sara voltou a trabalhar três semanas depois de perder o bebê, esperando que isso servisse de distração e que a ajudasse a superar sua perda. Sentia muita raiva e evitava outras mulheres grávidas, incluindo amigas íntimas e mulheres com recém-nascidos, além de outras coisas que a fizessem lembrar de sua gravidez. Ela sentia raiva por ter precisado passar pela gravidez, trabalho de parto e parto sem o prazer de ter um filho. C A S O C L Í N I C O Sara sofria pela culpa inadequada, porque temia ter feito alguma coisa para causar a perda, apesar do médico ter lhe dito que ela nada poderia ter feito para impedir. Ele explicou que, quando infecções bacterianas causam morte fetal, é comum que a mãe não sinta qualquer sintoma e não haja diagnóstico até que as complicações já sejam graves. Mesmo assim, Sara achava que deveria ter sabido da infecção e se sentia culpada por ter esperado até seus 35 anos para ter filhos. Ela dizia que se sentia fracassada por ter perdido o bebê. Sara sentia culpa por ter decepcionado e aborrecido seu marido ao perder a criança, e não queria incomodá-lo com seus sentimentos em relação à perda. Ela nunca tinha procurado tratamento antes e descreveu um episódio de depressão maior quando tinha quase trinta anos, que durou entre quatro e seis semanas, precipitado por um rompimento com um namorado de muitos anos, mas contava que se sentia muito pior desde que perdera o bebê. C A S O C L Í N I C O Ela dizia que sua mãe tinha sido tratada para depressão com medicação antidepressiva, com bons resultados. Sara era uma mulher atraente, de peso e altura médios, que aparentava a idade que declarava. Vestia-se de maneira casual, com jeans e um blusão grande. Seus movimentos eram um pouco lentos, e sua fala, fluente. Seu humor era deprimido, e seu afeto, coerente e choroso. Ela negava ter ideação suicida atualmente ou ter tido no passado, assim, como história de uso de substâncias ou sintomas psicóticos. Também negava problemas de saúde atuais ou passados, incluindo a disfunção da tireóide. Informava não ter conhecimento de gravidez anterior, interrupção de gestação ou problemas de fertilidade antes desse acontecimento. Na verdade, ela tinha concebido depois de poucos meses tentando engravidar. Transtornos de Humor 1) Transtornos Depressivos (“depressão unipolar”); 2) Transtornos Bipolares (fases de euforia e depressão); 3) TH devido à condições médicas; 4) TH introduzidos por substâncias. Depressão unipolar - CID-10 a) Rebaixamento do humor/ redução da energia / diminuição da atividade; b) Alteração da capacidade de experimentar o prazer/perda de interesse/ diminuição da capacidade de concentração/ fadiga, mesmo após esforço mínimo; c) Problemas no sono / diminuição do apetite; d) Quase sempre diminuição da auto-estima / autoconfiança/ ideias de culpabilidade e/ou de indignidade; e) Humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias. f) Pode acompanhar de sintomas “somáticos”, por ex. perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce (várias horas antes da hora habitual de despertar), agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e de libido. Classificação - DSM-IV • Transtorno de humor: caracterizado por um ou mais episódios de depressão maior. • Episódio depressivo maior implica um período de pelo menos duas semanas nas quais a pessoa tem humor deprimido ou perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades durante o dia, quase todos os dias, acompanhado de pelo menos quatro outros sintomas de depressão presente todos os dias: • Perda ou ganho significativo de peso (não-relacionada a dietas), ou redução ou aumento de apetite; • Insônia ou hipersonia; • Agitação ou retardo psicomotor grave o suficiente para ser observado por outras pessoas; • Fadiga ou perda de energia; • Sentimentos de inutilidade, ou culpa indevida ou excessiva; • Reduzida capacidade de pensar ou se concentrar ou indecisão; • Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico ou tentativa de suicídio ou plano específico para cometê-lo. Classificação - DSM-IV • Sintomas devem causar aflição clinicamente significativa ou prejuízo social, ocupacional ou em outras áreas de funcionamento importantes. • Depressão está associada a retraimento social e ocupacional. • Sintomas não podem ser melhor explicados pela morte de um ente querido, a menos que persistam por dois meses após a perda ou incluam prejuízos funcionais importantes ou sentimentos intensos de inutilidade, ideação suicida, sintomas psicóticos ou retardo psicomotor. • Transtorno Bipolar (TB): Distúrbio grave, recorrente e incapacitante; – Episódios de depressão e mania; – Mudanças acentuadas e extremas: • cptos observáveis ações • cptos encobertos sentimentos, emoções, idéias, pensamentos • Estudos: Componente genético no TB Herdabilidade “vulnerabilidade passível ou não de se apresentar no cotidiano psicossocial do indivíduo biologicamente predisposto” (Andrade e Lotufo, 2003, p.155) Não determinará. Tornará a pessoa mais suscetível a determinadas contingências em sua vida. • TB aspectos mutifatoriais • Eclosão de um episódio: – conflitos interpessoais; – transição/mudança de papéis; – luto/separação; – dificuldades ocupacionais; – questões socioculturais, médicas e intrapsicológicas. (Andrade e Lotufo Neto, 2003) • Eventos deflagradores de stress 4 grupos (Andrade e Lotufo Neto, 2003): 1. Luto 2. Disputas/conflitos 3. Mudanças de papel/outras mudanças 4. Déficits interpessoais • Outras áreas: – Sensação de não ser saudável – Relacionamento com pais separados INTERVENÇÃO CASO CLÍNICO EM TB Ênfase na estratégia de intervenção terapêutica Sexo masculino, 22 anos; Filho mais velho (de 3 irmãos); Universitário, extremamente inteligente; Sem namorada (sem experiências afetivosexuais); Mora distante da família (faculdade) em companhia de um amigo de infância Foi uma criança bastante quieta, tímida; Pouquíssimos amigos; Praticava vários esportes ao mesmo tempo; Vida familiar (infância/adolescência) bastante saudável (interações afetivas); Pais bastantes presentes; Sem conflitos/dificuldades com irmãos; Ambiente familiar de bastante amparo e proteção; Excelente aluno: o melhor do colégio, sempre; Pais consideravam “natural” “apenas” reproduzia vida estudantil do progenitor; Fez 8 vestibulares (ao mesmo tempo). Aprovado em todos score sempre entre os cinco primeiros colocados; Mudança para outra cidade (início das aulas faculdade) 1º episódio maníaco seguido por episódio depressivo (pensamentos suicidas); Até 6º ano/faculdade 3 episódios alternando cptos eufóricos/cptos depressivos; Último e mais intenso episódio faculdade orienta afastamento do curso; Buscou, pela 3ª vez, terapia; Após 4 meses de atendimento, C. apresentava cptos mais adaptativos e ajustados às exigências de seus ambientes: a) Social interagia com amigos, pais, irmãos e familiares; b) Familiar mais comunicativo e participativo nas relações familiares; c) Afetivo iniciou um namoro; e d) Profissional começou a acompanhar e desenvolver, com a presença do pai, atividades clínicas e cirúrgicas Até aqui, terapêuticos alcançados; grande parte dos no tratamento do objetivos TB foram Cptos de “sentir-se bem” e “estar estável”, entre outros extremamente reforçadores para C. Resultaram no “desejo”/expectativa positiva em retomar imediatamente sua faculdade, mudando-se novamente. Intervenção terapêutica – processo analíticocomportamental (fase de manutenção do tratamento TB). Ensinar habilidades para o enfrentamento de eventos deflagradores dos episódios maníacos e depressivos Objetivo dessa fase terapêutica: › Identificar/propor alternativas resolução de problemas – ctgcias/eventos estressores em potencial T. solicitou ao C. que montasse um cartaz com figuras representando áreas de sua vida em ele se sentia “ameaçado” pela ocorrência de contingências e eventos negativos (aversivos) OBJETIVO: fortalecer repertório comportamental do C. para enfrentamento de eventos vitais Cartaz produzido pelo C. representando áreas de sua vida “ameaçadas” por eventos aversivos 1. Identificar/definir com C. possíveis eventos/ctgcias negativas apontados em cada área específica; explorar cptos encobertos provocados por tais eventos; discutí-los; 2. Listar, com auxílio do C., soluções potenciais sem avaliar qualidade/viabilidade das mesmas 3. Discutir tais soluções observando: › vantagens/desvantagens; › adequadas/inadequadas; › eliminando menos viáveis; › verificando mais desejáveis/razoáveis ( probabilidade sucesso) 4. Especificar como/quando/quem poderá contar com suporte ao buscar soluções prováveis; Inserir técnicas de comunicação eficaz, exercícios de empatia/assertividade, motivando expressão adequada de sentimentos/pensamentos, além de autoobservação 5. T. solicitou ao C. a expressão de seus sentimentos numa folha de papel › objetivo sedimentar/explorar mais o que estava sendo trabalhado RESULTADO Poesia “Momentos estou aqui: alegre... Momentos estou ali: triste.. ...Momentos: onde quero estar e porquê? ...Importa saber? ...Sim... porque importa viver! ...Momentos de viver o quê? Viver tudo, às vezes, com medo, às vezes sem medo: a alegria... a tristeza... a felicidade... a dor... o prazer... o desprazer... Sou eu!!! Ser humano! Compreender o TB tarefa inacabada Neste trabalho tentativa de unificar questões, vivenciar eventos vitais Incontrolabilidade Reação (bio/psico) Desamparo Stress Psicoeducação Proporciona maior satisfação do cuidador em lidar com o C.; diminui sobrecarga para família; maior adesão e aceitação do C ao tratamento; redução da preocupação/frustração. Auxilia C. e familiar.: a compreenderem e darem sentindo às experiências vividas; e a se engajarem no cotidiano munidos de repertório para melhor valorizar vida. Cont.: Objetivos ensinar C. e seu cuidador sobre a patologia, os tratamentos, a capacidade de desenvolvimento de habilidades esperadas, prevenção, recaídas; ensinar C. estratégias para solução de problemas e convivência harmônica. Cont.: Programação: Envolve informações: fatores etiológicos/desencadeadores de novos episódios; principais sintomas ; curso e prognótico da patologia; principais medicações; controle do stress e solução de problemas. Intervenção A.C. Entendida necessariamente de forma globalizada: a) abranger S.H. como um todo (dimensões biológicas/ psicológicas /sociais); e b) utilizar psicoterapia/mudanças no estilo de vida/ terapia farmacológica (CABALLO, 2003). Abordagem psicoterápica concomitante ao uso de medicamentos tratamento de depressão mais efetivo. Razão: complementariedade. Função básica do medicamento: melhorar sensação de cansaço, desânimo, distúrbios de sono e de apetite e tornar humor mais palatável. Intervenção na A.C. 1- ATIVAÇÃO COMPORTAMENTAL (BA): OBJETIVO: promover atividades que levam à resolução dos problemas a promoção do aumento das possibilidades do contato com contingências de reforçamento positivo. Terapeuta: mapear quais contingências (ANÁLISE FUNCIONAL) estão matendo cptos depressivos do C. para ajudá-lo a alterá-las. Intervenção na A.C. Também: a) Análises funcionais dos cptos-problema do C.; incentiva e ensina o C. a fazê-lo; b) Juntamente às análises funcionais, T. utiliza estratégias como acesso de progresso: manejo de contingências situacionais, ensaio cptal, modelagem de estratégias de ativação, ensaio verbal das tarefas propostas etc. (Jacobson, 2001). Intervenção na A.C. Autores resgatam modelo de Ferster: lidar/bloquear contingências de fuga e esquiva quanto aos cptos de ruminação, esquiva social, autocrítica, reclamação e autoculpabilização: primordial no tratamento: enfrentamento das situações aversivas para a resolução dos problemas. Enfrentamento + caráter funcional contextual da An. do Cpto: BA ao lado das novas terapias analíticocomportamentais (ACT de Hayes et. Al. (1999) e a psicoterapia analítica funcional de Kohlenberg e Tsai (2004) resultados mais promissores! Ex. Análise Funcional Depressão Contingências passadas a partir do contexto familiar Mãe extremamente exigente e rígida em relação à produtividade escolar e outros cptos que denotam desempenho. Pai bem sucedido profissionalmente e com pouca participação na educação familiar Regras estabelecidas “Meu valor pessoal depende do meu bom desempenho intelectual” “Para eu ser amado, devo ter sucesso em meus estudos” Contingências atuais Termina a faculdade com boas notas, mas não consegue achar um emprego. Falha nas primeiras entrevistas de trabalho. Ex. Análise Funcional Depressão Regras controlando seus cptos “Sou um completo fracasso, não tenho capacidade para arrumar um emprego” “Nunca vou alcançar o êxito profissional e pessoal de meus pais” “As pessoas me consideram inferior por não conseguir um emprego” Respostas (Consequências) Cptais: isolamento social, baixa produtividade. Motivacionais: perda de interesse e prazer nas atividades em geral. Afetivas: culpa, vergonha, ansiedade. Congnitivas: pensamentos negativos intrusivos, baixa concentração, elevada autocritica. Fisiológicas: perda de apetite, fadiga, insônia. TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO (ACT): • originou-se do contextualismo funcional (Hayes e Hayes, 1992). • Associa processos de aceitação e atenção aos processos de compromisso e mudança de cpto com fins de criar uma flexibilidade psicológica: habilidade do ser humano consciente em experienciar por “ inteiro ” os resultados emocionais e cognitivos e em persistir e alterar seu cpto objetivando os valores que realmente importam para aquele ser humano. Cont.: Ou seja: aceitar eventos privados desagradáveis (sentimentos, sensações pensamentos, julgadas ruins lembranças ou e negativas). (Saban,2011) Assim: concentrar ações da pessoa a fim de alcançar uma vida mais significativa (o que são valores, de fato, que busca para sua vida!!) META DA ACT: • reduzir a esquiva experiencial (maior fonte de sofrimento humano) muito presente nos vários “distúrbios”: • ansiedade, • depressão, • autodepreciação, • prevenção do suicídio e sua ideação. Oportunidades de mudança estão nas contingências e não no mundo debaixo da pele. Aprende-se a tolerar sentimentos e pensamentos problemáticos (redução da esquiva emocional) exatamente para concentrar-se em mudar sua relação com seu ambiente. Processos de intervenção da ACT: são em número de seis. A combinação deles resultará: “flexibilidade psicológica” •Para fins deste estudo, demonstraremos o processo interventivo denominado de “eu como contexto”. Referências • Associação Psiquiátrica Americana (1995). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV (Dayse Batista, Trad.) Porto Alegre, Artes Médicas. • DOUGHER, M.J. – Introduction. Behav Anal 16: 269-270, 1993. • DOUGHER, M.J. – Introduction. 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