USO DE INDICADORES DE SAÚDE NA GESTÃO DE HOSPITAIS ÁLVARO ESCRIVÃO JUNIOR EAESP – FGV / PROAHSA aescrivã[email protected] USO DE INDICADORES DE SAÚDE NA GESTÃO DE HOSPITAIS PÚBLICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO ÁLVARO ESCRIVÃO JUNIOR P esqu isa fina nc iad a pe lo N úc leo de P esqu isa e P ublic a çõ es da E A E S P /FG V e rea lizada po r m e io de parceria e ntre o P ro gram a de E studo s A va nç ado s e m A d m in istração H o spita lar e de S iste m a s de S aúde – P R O A H S A (co nvê nio da E A E S P /FG V e H C / FM U S P ) e a C oordenado ria de S aúde da R eg ião M etro po lita na da G ra nde S ão P au lo – C S R M G S P da S ecretaria de E stado da S aúde de S ão P aulo . RESUMO O objetivo do presente estudo é conhecer os indicadores hospitalares produzidos e avaliar o seu uso pelos administradores de hospitais públicos estaduais da RMGSP. Visa também identificar e analisar fatores que interferem no uso de indicadores em hospitais públicos estaduais da RMGSP. INTRODUÇÃO A qualidade da assistência hospitalar depende da suficiência de recursos do hospital, da organização administrativa, da competência do pessoal e do processo de trabalho e, ainda, do relacionamento entre a equipe e o usuário. A mensuração de todas essas dimensões da assistência hospitalar implicaria, portanto, no conhecimento de níveis mínimos aceitáveis de instalações, equipamentos, organização administrativa, qualificações profissionais, e avaliações qualitativas da assistência proporcionada, bem como da análise dos erros diagnósticos e eventos adversos, tais como: complicações, extirpação de tecidos normais em cirurgias, mortalidade, freqüência de interconsultas, de cesáreas, etc., além da avaliação do desempenho dos programas implantados. Essa complexidade da assistência hospitalar gera, conseqüentemente, a possibilidade de serem utilizados inúmeros indicadores. HOSPITAIS PÚBLICOS ESTADUAIS DA RMGSP Hospital 1. Hospital e Maternidade “Leonor M. de Barros” 2. Hospital e Maternidade de Interlagos 3. Hospital Infantil “Cândido Fontoura” 4. Hospital Infantil “Darcy Vargas” 5. Hospital Regional “Dr. Osíris F. Coelho” 6. Hospital Regional de Osasco 7. Hospital Regional Sul 8. Hospital Heliópolis 9. Hospital “Dante Pazzanese” 10. Hospital Ipiranga 11. Hospital Brigadeiro 12. Complexo Hospitalar do Mandaqui 13. Complexo Hospitalar “Padre Bento” 14. Hospital de Clín. Esp. de Franco da Rocha 15. Hospital “Luzia de Pinho Melo” 16. Hospital “Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti” 17. Hospital Geral “Jesus Teixeira da Costa” 18. Hospital Geral “Dr. Manoel Bifulco” 19. Hospital Geral “Katia de Souza Rodrigues” 20. Hospital Geral “Dr. Álvaro Simões de Souza” 21. Hospital Geral “Dr. José Pangella” 22. Hospital da Água Funda 23. Hospital Psiquiátrico Pinel 24. Departamento Psiquiátrico II Município São Paulo (Belenzinho) São Paulo (Interlagos) São Paulo (Água Rasa) São Paulo (Morumbi ) Ferraz de Vasconcelos São Paulo (Osasco) São Paulo (Santo Amaro) São Paulo (Sacomã) São Paulo (Ibirapuera) São Paulo (Ipiranga) São Paulo (Bela Vista) São Paulo (Mandaqui) Guarulhos Franco da Rocha Mogi das Cruzes Mogi das Cruzes São Paulo (Guaianazes) São Paulo (São Mateus) São Paulo (Parada de Taipas) São Paulo (Vila Nova Cachoeirinha) São Paulo (Vila Penteado) São Paulo (Água Funda) São Paulo (Pirituba) Franco da Rocha * No prosseguimento do relatório será utilizada a denominação mais comumente utilizada, geralmente o município ou bairro. Q u a is são o s in d ica do res ho sp ita la res disp o níveis n este ho sp ita l pa ra a s a tivid a d es d e p la n eja m en to e d e gestão ? R E SPO ST A S Nº Ind icadores de dese m pe nho de no m ina dos co m o cláss icos ou trad ic io na is : m éd ia de perm a nê nc ia, taxa de m orta lidade, taxa de ocupação, etc. 3 Ind icadores c lássicos, ind icadores de prod utividade (co m o nú m ero de ate nd im e ntos ou k ilo de ro upa la vada ). 4 Ind icadores c lássicos e ind icadores de custos (co m o c usto por clínica). 1 Ind icadores c lássicos e índ ices de infecção hosp ita la r. 2 Ind icadores c lássicos, ind icadores de prod utividade, índ ices de infecção hosp ita lar, ind icadores de q ua lidade e m o rb idade 1 Ind icadores c lássicos, ind icadores de prod utividade, índ ices de infecção hosp ita lar e ind icadores de satis fação do c lie nte. 1 Ind icadores de prod utividade e/o u c ustos. 4 Ind icadores de prod utividade e ind icado res de m orb idade. 1 T odos citados acim a 1 TOTAL 18 C o m o fora m selecio na do s o s in dica d ores u tiliza do s n este H o sp ita l? R E SPO ST A S Nº S e lec io nados anterio rm e nte pe la S ecreta ria de E stado da S aúde 6 S e lec io nados por sere m de uso co nsa grado 5 D ecorre ntes da prod utividade e especia lidade das clínicas 1 U so consa grado e aque les decorre ntes da prod utividade e especia lidade das clínicas 2 S e lec io nados atra vés de lite ratura, d iscussões internas e expe riê nc ias ante riores 2 N ão selec io no u 1 N ão responde u 1 TOTAL 18 Q u a is são a s ca ra cterística s do sistem a d e info rm a ção do H o sp ita l? É in fo rm a tiza do ? É in teg ra d o? T em flu xo d efin ido d e in fo rm a çã o? C A R A C T E R ÍS T IC A S D O S IS T E M A Nº M anua l 6 P arc ia lm e nte Info rm atizado 9 R ede Inco m p leta 3 TOTAL 18 Q u a is são o s m eca nism o s d e divu lg a ção do s da d o s e da s in fo rm a çõ es? D IV U L G A Ç Ã O D O S D A D O S Nº R eu n iõ es P erió d icas 5 R elató rio N ão P erió d ico 7 M ura l 1 S e m D iv u lg ação Inte rna 4 N ão R esp o nd id o 1 TOTAL 18 Q u a l é o perfil da eq u ip e p ro fissio n al respo n sá vel p ela a n álise do s da d o s e ela bo ra çã o d e rela tó rios (form a çã o a ca d êm ica , p ó s-g ra d ua çã o )? R E SPO ST A S Nº C oorde nador co m form ação s uperior não m éd ica 2 C oorde nador co m form ação e m m ed ic ina 1 C oorde nação co m form ação superior não m éd ica e pósgrad uação “ lato sensu” e m A d m inistração de S erviços de S a úde ou S a úde P úb lica 1 C oorde nador m éd ico co m form ação especia lizada e m epide m io lo gia, inform ações/ inform á tica em sa úde o u pósgrad uado 2 E q uipe m u ltip ro fiss io na l co m pro fiss io na is de níve l supe rio r 1 E q uipe m u ltip ro fiss io na l co m pro fiss io na is de níve l m éd io e superior 3 E q uipe m u ltip ro fiss io na l co m pro fiss io na is de níve l supe rio r, alguns o u todos co m pós-grad uação “ stricto se nsu” e/o u “ lato sens u” 5 E q uipe m éd ica 2 S e m eq uipe de finida 1 TOTAL 18 Q u a l é a sua a valia ção q ua n to ao S istem a d e Inform a ção d este H o sp ita l? A V A L IA Ç Ã O D O S IS T E M A D iretor S am e P recário 6 3 R azoáve l 8 2 Bom 4 9 N ão E ntre vistad o 0 3 N ão R esponde u O bjetiva m e nte 0 1 18 18 TOTAL A s in form a çõ es o b tida s em a n o s a n terio res estão d ispo n íveis e p o d em ser a cessa da s co m fa cilid a d e p ara a realização de estu d o s de ten d ência (série histó rica )? R E SPO ST A S In fo rm açõ es d isp o n ív e is Nº 12 A cred ita estare m d is p o n íve is, m as req ue r co n fir m ação 1 P o ucas in fo r m açõ es d isp o n íve is 2 S e m in fo rm açõ es d isp o n íve is 3 TOTAL 18 Eu espero que esteja disponível... Eu gostaria que você confirmasse isso no SAME. Eu acho que estão disponíveis... ... Não cheguei nunca a procurar esses dados. Mas deve estar arquivada em papel ... O (a ) sen ho r(a ) p o deria cita r u m exem p lo d este tipo d e estu do (ten d ên cia ) realiza do no ho sp ita l? R E SPO ST A S Nº P erfil de m o rb idades ate nd idas 3 P rod utividade e/o u c ustos 4 E studo/grá fico de ind icado res, inc lus ive de infecção hosp ita lar 3 T a xa de cesáreas 1 E vo lução de e xa m es de apoio d ia gnóstic o 1 N ão realizado 4 N ão responde u 2 TOTAL 18 ...poderia, pela análise dos indicadores disponíveis, fazer algumas comparações do seu hospital com outros da administração direta ? É, eu acho que seria interessante, se é possível eu não sei porque eu não sei se os outros hospitais tem os mesmos indicadores que a gente utiliza. Isto é, eu não sei se a Secretaria tem isto, se teria na Secretaria. Eu nunca tive essa informação.... Quais são os dados e informações freqüentemente solicitados pela direção do hospital? De última hora, muitas vezes eles fazem uma solicitação, assim, de quanto produziu determinada clínica, por exemplo, ... quantas cirurgias, quantas consultas foram feitas, por determinada clínica, por determinado médico... alguma coisa que seja mais específico. Então como esses dados não estão nos relatórios mensais gerais , a gente gasta um tempo pra buscar essas informações no banco de dados pra poder apresentar.... Quais são os dados e informações freqüentemente solicitados pela direção do hospital? Normalmente, da direção os dados que eles solicitam..., é a produtividade. O pessoal tá sempre querendo saber a produtividade...., e quanto o atendimento do paciente, se agente tá tendo reclamação, se tá sendo satisfatório o atendimento... esse o dado mais comum... Considerações Finais Os hospitais públicos ainda padecem da ausência de TIC, que encobre dificuldades anteriores, decorrentes da falta de gerenciamento adequado. A lógica da administração destes hospitais ainda segue sendo presidida pela improvisação, o velho “apagar incêndios”. A introdução de “soluções de TIC” tanto melhoram a gestão, quanto (ou ainda mais) revelam os problemas da forma predominante de gerenciamento dos hospitais públicos. ISTO REQUER MUDANÇAS NA CULTURA DAS ORGANIZAÇÕES PARA INCENTIVAR O USO DE DADOS, INDICADORES E INFORMAÇÕES TÉCNICAS NO PROCESSO DE GESTÃO / GERÊNCIA MUDAR A FORMA DE CAPACITAR PARA O USO INFORMAÇÕES A definição das informações necessárias deve ser orientada pelas atividades desenvolvidas em cada unidade de gestão do sistema ou de prestação de serviços aos cidadãos e não devem obedecer a lógica interna dos sistemas de informação / informática