CABGOC MAGAZINE Nº5 | 2012 www.chevroninangola.com CHEVRON & BMF Uma Parceria de Sucesso Bloco 0: Produção de 4 Biliões de Barris Um Legado Duradouro em Angola Concurso de Escrita Inspirando a Criatividade Angolanização Recrutar, Formar, e Desenvolver os Nossos Trabalhadores 2 CABGOC MAGAZINE ÍNDICE DESTAQUES RESPONSABILIDADE CORPORATIVA EventOs 03 04 08 12 15 Editorial Chevron & BMF: Uma Programa de Programa radiofónico Bloco 0 – Produção de parceria de sucesso Diagnóstico da Anemia da CABGOC: 4 biliões de barris: Um Falciforme: Construindo No ar diariamente legado duradouro em vidas saudáveis em Cabinda Angola 10 13 06 Entrevista a Ari de Carvalho, CEO do BMF CREDITOS CABGOC Magazine, #05, 2012 www.chevroninangola.com Editor: SASBU PGPA Grupo de Comunicação Concurso de Escrita: Inspirando a criatividade Layout: Alexandra Maciel NAD/ Design Solutions Capa: Maria Júlia, beneficiária de crédito, é felicitada pelo êxito do seu restaurante pelo analista do BMF NEGÓCIOS Como evitar a malária? Fotografia: Divaldo Gregório, José Pinto Por favor, envie-nos os seus comentários e sugestões: [email protected]; [email protected]; [email protected] EDITORIAL GENTE NOSSA 17 Feira do Bem-Estar: Promover melhor qualidade de vida aos trabalhadores 18 Educadores de pares da CABGOC: Ajudando os companheiros de trabalho 20 Entrevista: Yuri Silva, director de Recrutamento e Emprego 22 Entrevista: Luisa Santos, consultora de Planeamento 24 Comité Desportivo da Chevron: Investindo no bem-estar e na diversidade Richard P. Cohagan Director Geral da CABGOC Temos muitos motivos para celebrar. A Chevron tem mais de 50 anos de experiência no offshore de Angola e gere um conjunto de recursos que vão desde as águas superficiais a águas profundas, de plataformas de petróleo a fábricas de gás, a instalações de gestão de electricidade e de resíduos. A Chevron e os seus parceiros atingiram recentemente uma produção de 4 biliões de barris de petróleo no Bloco 0. É um marco relevante. Existem poucos lugares no mundo com um desempenho tão impressionante. Esta meta não teria sido atingida sem a confiança, o respeito e o apoio dos nossos parceiros, incluindo o nosso parceiro de longa data, a Sonangol. Em conjunto, a Chevron dá a Angola os benefícios dos recursos naturais do País, através dos nossos conhecimentos técnicos e operacionais. Em tudo o que fazemos esforçamo-nos por atingir a excelência, com integridade. Usamos os nossos recursos para promover uma alta performance e protegemos a saúde e a segurança dos nossos empregados e do ambiente. Durante décadas, a Chevron tem-se dedicado ao povo de Angola. E isso inclui os nossos empregados, cujo esforço e capacidade são o alicerce do nosso sucesso, tal como as comunidades que servimos e com que nos juntamos para melhorar as vidas e oportunidades em todo o País. Investimos em iniciativas que fortalecem e dão vigor às comunidades angolanas, de acordo com as metas, os programas e as políticas do Governo. Os nossos investimentos vão além das nossas operações imediatas, estendendo-se a todas as províncias. Dois destes projectos estão em foco nesta edição da CABGOC Magazine: a parceria para estabelecer em Angola o primeiro programa de rastreio da anemia falciforme; e o apoio a programas de micro-financiamento por todo o País, o que permitirá o desenvolvimento de pequenas e médias empresas. Isto é parte do nosso compromisso com Angola e com o seu povo. Sucessos que gostamos de partilhar e celebrar. 4 CABGOC MAGAZINE DESTAQUES Restaurante Cubito, em São Paulo, Luanda DESTAQUES CABGOC MAGAZINE 5 Chevron & BMF Uma parceria de sucesso o primeiro empréstimo concedido em 2004, o BMF já lhe aprovou quatro outros empréstimos, num montante global que ascende aos $40,000. “Tudo mudou” – conta sobre o impacto que o banco teve nos seus negócios e na vida privada. Com o dinheiro, ela pôde expandir o restaurante, bem como o seu negócio. Abriu um motel no mesmo local. Conseguiu passar de quatro funcionários que tinha no início para 15, que trabalham entre o restaurante e o motel. “Não acreditava ser uma mulher de negócios, mas agora acredito”, afirma após ter desistido do seu antigo emprego como economista numa instituição do Estado para se dedicar a tempo inteiro ao restaurante, Os clientes do Cubito, um restaurante no populoso bairro de São Paulo, em Luanda, entram e saem em ritmo acelerado. “Nem sempre foi assim”, diz a proprietária Maria Júlia, uma mulher nos seus 45 anos. Actualmente, esta mulher de negócios angolana é uma bem estabelecida cliente do Banco BAI Micro Finanças (BMF), do qual a Chevron é co-detentora, e o primeiro banco de microcrédito Angolano focado nos micro e pequenos empresários, em várias províncias. e pelos conselhos dos familiares, foi bater numa altura em que os ventos sopravam de à porta dos bancos de Luanda para pedir feição para o seu negócio. financiamento, mas as taxas de juro e outras condições exigidas fizeram-na recuar. Em 2011, as receitas do restaurante “Estava a começar um negócio e precisava Cubito foram de aproximadamente 30 mesmo de um parceiro, mas não conseguia milhões de kwanzas ($300.000,00), com suportar os requisitos para aceder a um lucros a rondar os 7.200.000 de kwanzas empréstimo. Não naquelas condições.” ($72.000,00). Com isso, diz, não só pôde reinvestir o dinheiro, mas também pagar as A situação assim se manteve por longo escolas das suas crianças. tempo e ela tudo fazia para manter o negócio a funcionar. Um dia, num daqueles habituais dias de semana do Cubito, conheceu umas pessoas no restaurante que Houve tempos em que o restaurante via lhe falaram sobre um banco de microcrédito poucos clientes entrar e gastar dinheiro, que talvez pudesse resolver as suas uma vez que as condições do local os preocupações. Soube que o alvo do BMF impeliam a afastar-se e a procurar outros eram os pequenos e médios empresários concorrentes vizinhos. “Precisava de como ela e que oferecia condições dinheiro para remodelar o estabelecimento atractivas. Os dois cavalheiros – agentes do e contratar pessoal que me ajudasse a gerir BMF, por sinal – encorajaram-na a ir ao BMF o negócio” - afirma Maria Júlia. Além da e solicitar um crédito. E assim o fez. população local, São Paulo é um ponto de convergência de pessoas de todos os cantos “Incentivo todos os pequenos e médios da capital, Luanda. Apesar desta vantagem, proprietários de negócios a experimentarem diz Maria Júlia, o Cubito não beneficiava do o crédito junto do BMF. Vale a pena tentar”, movimento estonteante dos transeuntes na diz. zona. “Precisava fazer alguma coisa, mas não sabia o quê. Começava a ficar cada vez A empresária recorda como conseguiu mais frustrada.” convencer o banco de que seria capaz de responder aos desafios e cumprir os Influenciada pela publicidade nos medias prazos para reembolso do dinheiro. Desde Maria Júlia, beneficiária de crédito do BMF 6 CABGOC MAGAZINE DESTAQUES Entrevista a Ari de Carvalho, Presidente da Comissão Executiva do BMF “Os empresários precisam de uma oportunidade” Ari de Carvalho, Presidente da Comissão Executiva do BMF desde 2010 O Banco Bai Micro Finanças (BMF), primeiro banco Angolano de microcrédito, continua a chegar aos pequenos e médios empresários por todo o País, ajudando a combater a pobreza através do crescimento dos seus negócios e fazendo progredir a economia. Ari de Carvalho, Presidente e Chief Executive Officer (CEO), conversou com a CABGOC Magazine sobre os desafios que tem por diante o BMF e o seu incitamento aos empresários Angolanos para que peçam um empréstimo. rentáveis ao longo de todos estes anos. Temos muito orgulho em afirmar que Quais são os resultados (receitas e lucros) em 2011? fizemos a diferença, sobretudo no combate à pobreza, nas províncias onde marcamos Temos tido lucro. Como os nossos presença. Desde dezembro de 2011, que resultados ainda não foram aprovados pelos contamos com 2.500 clientes de crédito accionistas, não posso ser mais concreto. activos. Quais são os principais desafios do banco? Quais são as estratégias do banco a curto e longo prazo? Continuar a alargar a nossa presença e o Precisamos de expandir os nossos serviços volume de empréstimos nas províncias (em a outras províncias com preços acessíveis. À 2012, precisamos de realizar 40% do nosso medida que crescemos, também precisamos negócio em Luanda e 60% nas províncias), de recrutar e formar pessoas competentes. melhorar o serviço ao cliente, e O BMF foi o primeiro banco de microcrédito comercial em Angola. Como avalia os resultados até à data? É de facto rentável negociar com pequenos e médios empresários? Estamos muito orgulhosos do quanto o É muito rentável, independentemente da províncias, utilizando as nossas agências e BMF tem sido capaz de realizar nos últimos informalidade do sector. Trata-se de pessoas correspondentes ou agentes, e ser capazes anos. Elevámos o nosso portfolio de crédito que trabalham arduamente, empresários de fornecer serviços de qualidade aos aos $60 milhões de empréstimos em que precisam de uma oportunidade, que nossos clientes. Gostaríamos igualmente de dívida. Temos mais de 40.000 clientes em também respeitam a oportunidade que o introduzir no mercado produtos inovadores, 10 províncias e conseguimos manter-nos banco lhes concedeu. como os seguros bancários e os serviços concentrar-nos nos segmentos de mercado com potencial de crescimento a médio e longo prazo. A longo prazo, gostaríamos de estar presentes em todas as DESTAQUES CABGOC MAGAZINE 7 bancários por telefone. Há algum tipo de negócio ou sector que o BMF apoie em especial? Estamos abertos a analisar propostas vindas de todos os sectores. Em 2011, estivemos vocacionados para alguns sectores concretos, como a agricultura, saúde (farmácias e clínicas), bebidas, educação (escolas superiores). Como solicitar um empréstimo do BMF É fácil angariar fundos para o seu negócio. O BMF encontra-se vocacionado para apoiar os micro e pequenos negócios a crescer. As condições para preencher e submeter a proposta são: Individual/Conta Própria • Bilhete de identidade ou passaporte • Carta de intenções ou plano de negócio • Certidão de emprego actual • Certificado de dívida • Declaração Complementar de rendimentos (além do salário) • Recibos dos 4 últimos salários • Cópias de recibos de pagamento das contas de água, eletricidade e telefone dos últimos 3 meses Empresas • Bilhetes de identidade ou passaportes dos directores • Carta de intenções ou plano de negócio • Licença comercial • Cartão de contribuinte • Escritura pública editada no Diário da República • Registo estatístico Até que ponto tem sido útil o papel da Chevron desde que esta se tornou acionista do BMF? O relacionamento com a Chevron tem sido produtivo, especialmente nas áreas do projectos como o Pro-agro. A Chevron deu total apoio ao estabelecimento da sucursal do BMF em Cabinda em 2010. Como vai o banco nessa província? desenvolvimento de formação e de recursos humanos. Temos igualmente trabalhado É uma verdadeira história de sucesso. juntos para identificar oportunidades Cabinda foi a nossa sucursal com de micro financiamento nas áreas da crescimento mais rápido em 2010. agricultura, onde a Chevron financiou • Registo comercial • Prova de pagamento de telecomunicações/serviço de dados, impostos, contas de eletricidade. A CABGOC apoiou a expansão do banco BAI Micro Finanças (BMF) • Certificado de dívida financiando a abertura de uma nova filial em Cabinda. A Chevron detém uma participação no capital do BMF de 7,02 por cento e o BAI detém 92,98 por cento. 8 CABGOC MAGAZINE RESPONSABILIDADE CORPORATIVA Programa de Diagnóstico da Anemia Falciforme Construindo vidas saudáveis Lançamento do Programa de Diagnósctico e Tratamento de Anemia Falciforme A Chevron e o Texas Children’s Hospital (Hospital Pediátrico do Texas, nos Estados Unidos) firmaram, recentemente, um acordo com duração de cinco anos, no valor de $6 milhões, para expandir o programa do Texas Children’s Hospital, denominado Global Health Corps, o qual proporciona cuidados vitais, tratamento e formação na área de saúde infantil para as populações africanas mais carentes a nível de cuidados de saúde em África. “Esta nova parceria com a Chevron irá permitir-nos colocar no terreno um maior número de médicos, em África, que prestam cuidados de saúde vitais às crianças e a famílias, bem como proporcionar formação a centenas de médicos e enfermeiros africanos e a outros profissionais de saúde”, disse o Dr. Mark Kline, médico-chefe do Texas Children’s Hospital, responsável pela área de pediatria do Baylor College of Medicine (Faculdade de tem uma das maiores taxas de infecção Medicina de Baylor) e fundador da Baylor no mundo. Estima-se que nascem 8.000 College of Medicine International Pediatric crianças por ano com esta doença, que AIDS Initiative (Iniciativa Internacional contribui para o agravamento da taxa de Contra a SIDA na Área de Pediatria da mortalidade entre crianças com menos de Faculdade de Medicina de Baylor - BIPAI). cinco anos de idade. A anemia falciforme é um dos factores contribuintes para a O programa Global Health Corps recruta taxa de mortalidade infantil de Angola, pediatras e médicos de família talentosos que está entre as mais elevadas. Uma em e dedicados para missões de longo prazo quatro crianças angolanas morrerá antes em África, com o objectivo de cuidarem de chegar ao seu quinto aniversário. de milhares de crianças e famílias afectadas por problemas de saúde graves Para atacar esta doença, a Chevron tem incluindo a anemia falciforme, malária, estado envolvida num programa inovador tuberculose, malnutrição, cancro e VIH/ que se centra na triagem e tratamento de SIDA. Os médicos da Global Health recém-nascidos com anemia falciforme Corps realizam também estudos clínicos para fornecer intervenções específicas e formam profissionais de saúde locais que ajudem a melhorar a sobrevivência de modo a capacitá-los na prestação de das crianças com anemia falciforme. cuidados de saúde na área de pediatria. “Valorizamos a oportunidade de apoiar No que respeita à anemia falciforme, Angola médicos notáveis que diariamente prestam RESPONSABILIDADE CORPORATIVA CABGOC MAGAZINE 9 cuidados de saúde materno-infantil e ao recrutamento e a formação de cerca de programa foi aplicado nas maternidades mesmo tempo formam profissionais de 10 outros médicos dos EUA, anualmente, Lucrécia Paim e Augusto Ngangula, em saúde locais de modo a ajudar a construir de modo a expandir o foco do programa Luanda. Os primeiros resultados dão um melhor legado em termos de prestação para Angola e Libéria. O programa também força à ideia da Chevron de apoiar com de cuidados médicos nas áreas em que pretende expandir-se às comunidades na sucesso serviços de cuidados de saúde e trabalham,” afirmou Ali Moshiri, presidente Nigéria, bem como na América Latina. de diagnóstico de boa qualidade. Ajudará da Chevron Africa and Latin América milhares de crianças e famílias a mitigar “O acordo com o Texas Children’s os efeitos desta doença “, sublinha Eunice Hospital e o BIPAI fortalece os nossos de Carvalho, directora geral de Políticas, O programa Global Health Corps irá esforços actuais para ajudar a ir melhor Relações Públicas e Governamentais. aproveitar as relações de colaboração e ao encontro das necessidades de saúde orientação profissional existentes entre os de comunidades desfavorecidas nos Ministérios da Saúde, as partes interessadas países em que funcionamos, agora e a nível local e os profissionais de saúde no futuro,” disse Rhonda Zygocki, vice- locais para prestar apoio nas áreas de presidente executiva de Políticas e formação profissional, capacitação e Planeamento, da Chevron Corporation. mobilização da comunidade no seio da força A meta desta parceria é criar a capacidade de trabalho do sector da saúde nacional. angolana de abordar a doença através Exploration and Production Company. de políticas de saúde pública, formação “No Texas Children’s Hospital temos um forte na saúde e a divulgação de investigação historial de criação de parcerias público- clínica, bem como dar melhores condições privadas, trabalhando com os governos de saúde às crianças em Angola. locais e parceiros privados, para a satisfação de algumas das necessidades mais imediatas “Este acordo expande a parceria entre a no sector da saúde dos países africanos,” Chevron, o Texas Children’s Hospital e o disse Michael Mizwa, responsável pelas BIPAI, inaugurado com uma oferta de $4 operações e vice-presidente sénior do milhões para implementar um programa de BIPAI. “Estamos ansiosos por expandir triagem e tratamento de anemia falciforme, o nosso trabalho nesses países.” criado em parceria com a República de O contributo da Chevron irá apoiar o Angola e anunciado em Março de 2011. “O Formação do pessoal médico é critico para o sucesso do programa Programa de Diagnóstico e Tratamento da Anemia Falciforme em Angola Resultados (Julho 2011 - Abril 2012) • Triagem de bébés em ambas as maternidades 9273 testados • Número de bebés com a doença 164 • Número de bebés a receber tratamento 49 10 CABGOC MAGAZINE RESPONSABILIDADE CORPORATIVA Concurso de Escrita Inspirando a criatividade Participantes do concurso de escrita da escola 3002, em Luanda “Faz o trabalho de casa e pode ser que recebas um portátil”. Algo que a maioria das crianças não espera ouvir da professora, mas que em Angola tiveram essa oportunidade. Em 2011, a Chevron patrocinou a iniciativa de um Concurso de Escrita nas províncias de Cabinda, Huambo e Luanda, inspirando mais de 2.500 crianças a fazer parte de uma competição de escrita criativa com a possibilidade de ganhar diversos prémios, desde livros a computadores portáteis. construindo assim os alicerces para o resto das suas carreiras académicas. “A iniciativa de promover um Concurso de Escrita é um grande exemplo de como a Chevron e as comunidades angolanas estão a trabalhar em conjunto para atingir grandes resultados”, disse Aldino Amado, director de responsabilidade corporativa. “Ao ajudar a criar entusiasmo pela excelência académica, esperamos criar a paixão pela aprendizagem nos estudantes, que perdure muito além desta competição.” A Chevron encoraja a excelência académica em comunidades em toda a Angola e a O concurso decorreu em 10 escolas iniciativa do Concurso de Escrita promoveu diferentes, em três províncias. Os as capacidades de escrita entre as crianças professores de cada escola definiram os do primeiro até ao sexto ano. Trabalhando temas e tópicos que os estudantes deveriam com crianças dos 6 aos 12 anos, a escrever, levando alguns estudantes a empresa encorajou os jovens estudantes escrever sobre protecção do ambiente, a desenvolver as suas capacidades de importância da higiene pessoal, e qual a escrita e comunicação desde tenra idade, profissão que cada um gostaria de ter. A dimensão obrigatória dos ensaios variou de classe para classe, enquanto os alunos do primeiro, do segundo e do terceiro ano participaram num concurso de ditado. Os estudantes vencedores receberam prémios: 24 portáteis e mais de 1.000 livros, distribuindo-se ainda uma grande variedade de jogos didácticos. A promessa de prémios inspirou a criatividade e a dedicação dos estudantes. Kelly Marília de Azevedo, estudante do 5º ano da Escola 3016, disse: “O concurso de escrita é muito excitante; é uma maneira engraçada de me ajudar a tornar-me mais dedicada nos meus estudos.” O trabalho escrito de cada estudante participante foi avaliado relativamente ao dos pares do mesmo ano e escola. Professores de cada escola formaram o painel de juízes; leram todos os trabalhos apresentados e designaram os três primeiros lugares em cada ano. A Chevron promoveu cerimónias de RESPONSABILIDADE CORPORATIVA CABGOC MAGAZINE 11 entrega de prémios em cada escola, dando prémios a todos os melhores finalistas. Tanto os estudantes como os professores agradeceram à Chevron o concurso. Os professores da Escola Missionária Vilaseca Esparza, do Huambo, ofereceram à Chevron uma mensagem de agradecimento: “Em nome dos professores desta escola, gostaríamos de agradecer à Chevron esta óptima iniciativa e o facto de se terem concentrado em melhorar a metodologia de ensino nesta instituição educacional. Na nossa escola, a iniciativa do Concurso de Escrita tem um impacto significativo nos nossos estudantes. Por causa do incentivo dos prémios, os estudantes estão cada vez mais interessados na leitura e na escrita.” “Ao ajudar a criar entusiasmo pela excelência académica, esperamos criar a paixão pela aprendizagem” “O concurso de escrita é muito excitante, é uma maneira engraçada de ajudar” 12 CABGOC MAGAZINE EVENTOS Programa radiofónico da CABGOC No ar diariamente em Cabinda O programa radiofónico da CABGOC “Juntos com a Comunidade”, que até recentemente era transmitido semanalmente na Rádio Nacional de Angola em Cabinda, adoptou um novo formato. O programa será agora transmitido diariamente em Português e em Fiote, com duração de cinco minutos em vez de 30. A alteração deve-se à delineação do novo programa da RNA e está concebido para tornar o programa mais dinâmico. A abordagem permanece, uma vez que continuará a apresentar as iniciativas de responsabilidade social da CABGOC Vista aérea do campo de Malongo, em Cabinda na província, dando voz aos executores, bem como aos seus beneficiários e às autoridades locais, promovendo uma participação activa do público na discussão de problemas. Os repórteres viajam pela província com esta finalidade. O programa visa informar os habitantes de Cabinda sobre as realizações significativas da CABGOC e das suas associadas dos Blocos 0 e 14, com enfoque nos programas de responsabilidade social nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, agricultura e promoção de pequenas e médias empresas. O programa de rádio está O programa de rádio é fundamental para alcançar as comunidades na província de Cabinda disponível para download em www.chevroninangola.com. Yola Semedo, Emabaixadora Social da Chevron, num evento de sensibilização da saúde em Cabinda EVENTOS CABGOC MAGAZINE 13 Como evitar a malária? A malária é uma doença potencialmente fatal, mas que é possível prevenir e tratar. Aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo são afectadas. Todos os anos morrem com esta doença entre 1 milhão e 1 milhão e meio de indivíduos. Malária em Angola, através de iniciativas tratamentos de IPT para mulheres grávidas. da sua responsabilidade corporativa. Em 2011, através de uma intervenção centrada na prevenção, na educação e no Na sua luta contra esta doença, a Chevron diagnóstico, a Chevron distribuiu dez mil associou-se à cantora Yola Semedo para redes para camas que ajudaram a salvar ajudar a espalhar pelo País as iniciativas a vida a mais de 160.000 pessoas. relativas à malária. Durante esse período, Em Angola, a malária é a doença que mais foram desenvolvidas campanhas de Mesmo com todos os esforços para mortes causa, atingindo principalmente marketing agressivas e com um cunho evitar a doença, a malária atinge as os grupos de risco, as mulheres grávidas social, juntando milhares de membros da populações em risco. Por isso, a prevenção e as crianças com menos de cinco anos. comunidade em Luanda, Cabinda, Huambo é uma necessidade. Mas como evitá- Num esforço conjunto para erradicar e Bié. Também foram feitas campanhas la? Uma das medidas essenciais é a doença no País, a Chevron iniciou de informação nas províncias do Kuanza- protegermo-nos das picadas de mosquito. em 1997 um apoio às autoridades do Norte e Malange. Estes esforços incluiram Outras medidas incluem o uso de cremes Governo, na província de Cabinda. também a parceria com a Federação repelentes, de redes impregnadas para Angolana de Basquetebol, outros cantores camas, e a erradicação de locais de e o popular grupo teatral Miragens. criação, como contentores, banheiras Acreditando na convicção de que para pássaros e sarjetas das ruas. comunidades saudáveis produzem trabalhadores saudáveis que, por sua A Chevron também continua a juntar vez, conduzem à melhoria das condições forças com os parceiros para lidar com É importante saber que, se compreendermos económicas nos locais onde trabalhamos, esta doença mortífera, distribuindo e seguirmos as indicações dadas, demos a Chevron há anos que vem investindo em mosquiteiros tratados, testes rápidos um passo em frente para a erradicação iniciativas conducentes à erradicação da de diagnóstico, tratamentos com ACT’s, da malária no sítio onde vivemos. 14 CABGOC MAGAZINE NEGÓCIOS Bloco 0: Produção de 4 Biliões de Barris Um legado duradouro em Angola A Chevron alcançou recentemente a marca histórica de 4 biliões de barris de producção no Bloco 0, na zona costeira de Cabinda. Há mais de 75 anos que a Chevron desempenha um papel de relevo no sector energético de Angola. Através dos seus projectos, dos seus parceiros e das suas companhias legadas, incluindo a Texaco e Gulf, ajudámos Angola a tornar-se num dos principais produtores de petróleo no mundo. A nossa relação com Angola começou quando os produtos da Texaco® entraram no mercado angolano nos anos 30 do século passado. Em 1958, a Cabinda Gulf Oil Company Limited (CABGOC), unidade operacional totalmente detida pela Chevron em Angola, sondou o seu primeiro poço em terra. Mais de 100 poços e cerca de 40 anos mais a produção dos campos satélite do Bloco tarde o campo não só provou ser comercial 0, nomeadamente Banzala, Numbi, Wamba A primeira descoberta na zona costeira pela como atingiu uma meta de produção que e N’Sano, tornando-os economicamente CABGOC – que opera o Bloco 0 junto com poucos campos atingem: 1 bilião de barris viáveis. Ao longo dos anos, tecnologias os seus parceiros: Sonangol E.P. (41 por de petróleo, mais de um quarto de todo o como a injecção de águas (pela qual a cento), Total Petroleum Angola Ltd (10 por petróleo recolhido no Bloco 0 até à data. água é injectada num reservatório, a altas pressões, a fim de empurrar o petróleo cento) e ENI Production B.V. (9,8 por cento) -, ocorrida em 1966, levou à delineação O significado do Campo Takula para a mais eficazmente para os poços de do Bloco 0 do Campo do Malongo. Quando indústria petrolífera de Angola ultrapassa produção) desempenharam um importante o campo de Takula foi descoberto, em largamente os barris de petróleo papel na recuperação de mais petróleo do Outubro de 1971, questionou-se se o produzidos. Devido às economias de escala, reservatório. campo iria sobreviver e desenvolver-se de a infra-estrutura que serve de suporte à forma independente. produção é igualmente utilizada para apoiar A injecção de água no Takula Vermelha tem sido uma das mais bem sucedidas no mundo. Os poços horizontais e de elevado ângulo tiveram também um papel crucial no desenvolvimento do campo e no aumento das suas reservas. Takula foi um excelente laboratório no que se refere à aplicação das tecnologias de ponta e das tecnologias emergentes. As lições aprendidas e as práticas de excelência partilhadas pela aplicação de tais tecnologias têm sido aplicadas no Bloco 0 e noutros blocos angolanos. Actualmente, Takula produz mais de 70.000 barris de petróleo por dia, estimando-se que seja viável comercialmente por mais 40 anos, no mínimo. Em 2009, a Chevron NEGÓCIOS CABGOC MAGAZINE 15 deu início à produção de petróleo no campo do Mafumeira Norte antes do previsto, assinalando uma meta crucial no contínuo A Chevron em Angola através dos números movimento de recursos para reservas do Bloco 0. Foi uma oportunidade para desenvolver a capacidade local de execução de projectos em Angola. Pela primeira vez, a execução a nível da engenharia, aprovisionamento, construção e instalação foi entregue à Sonamet Industrial SA, um empreiteiro angolano de construção de instalações offshore, o qual garantiu a adjudicação do #1 A Chevron é a maior multinacional empregadora no sector petrolífero em Angola 4 billiões de barris Produção até à data no Bloco 0 340.000 barris Barris diários de produção total líquida do Bloco 0 em 2011 21 Campos no Bloco 0 1.760 km contrato para o alargamento das instalações Quilómetros de oleodutos usados nas operações offshore da Chevron em Angola da plataforma de injecção de Água do 1968 Kungulo, com o fabrico da jaqueta e dos Primeira produção de petróleo no offshore do Malongo topsides a ser realizados no estaleiro da 2004 Sonamet no Lobito, no sul de Angola. A concessão do Bloco 0 é prorrogada até 2030 2009 Como parte do compromisso de Primeira produção de petróleo no campo Mafumeira Norte e preservação ambiental, a Chevron está 1 bilião de barris produzidos no campo Takula mais próxima de completar a eliminação da 3.130 angolanos queima de gás de rotina no Bloco 0. Empregados angolanos na Chevron Este marco ajudará a minimizar os efeitos do impacto ambiental das actividades da 88% Percentagem da nossa força de trabalho angolana empresa, preservando e valorizando as 76% reservas de hidrocarbonetos, mostrando ao Percentagem de angolanos que detêm cargos profissionais e de supervisão povo angolano que somos uma empresa 65 milhões responsável do ponto de vista ambiental. Ao mesmo tempo que ajudamos Angola a desenvolver o seu sector energético, desenvolvemos e apoiámos programas sociais e de responsabilidade corporativa, os quais contribuíram positivamente para o bem-estar social e o desenvolvimento económico do povo de Angola. Desde 1989, a Chevron e os seus parceiros Horas de trabalho sem lesões que resultassem em dias de ausência de trabalho (DAFWI) representando o maior recorde de segurança da Chevron em Angola (alcançado em Março de 2010) 675.000 barris Capacidade diária de barris do Terminal do Malongo Tanque 12 É o maior tanque de África de armazenamento no solo, com uma capacidade de 1,2 milhões de barris (no Malongo) 21 anos Anos que o grupo das operações do Terminal do Malongo trabalhou em segurança investiram mais de $180 milhões em sem o registo de qualquer incidente que resultasse em ausência do trabalho programas de apoio à saúde, à educação, $180 milhões economia e carências ambientais e sociais De dólares investidos em projectos comunitários e sociais em Angola ao longo das dos angolanos. duas últimas décadas 33.000 angolanos Em colaboração com a parceira Sonangol, o Angolanos profissionalmente formados pela Chevron em Angola Governo, os membros da comunidade e os ao longo dos últimos 27 anos implementadores dos programas, alinhamos 6.063 refeições a nossa estratégia de responsabilidade Refeições diárias servidas no Malongo social com a agenda nacional, a fim de 4 empresas melhorar a vida dos angolanos de hoje e das gerações vindouras. Parceiras no Bloco 0: Sonangol E.P.; Total Petroleum Angola Ltd; ENI Production B.V.; CABGOC GENTE NOSSA CABGOC MAGAZINE 17 Feira do Bem-Estar Promover melhor qualidade de vida aos trabalhadores Trabalhadores da Chevron praticam exercícios para manter o bem-estar físico Promover o equilibrio entre a vida pessoal e a profissional foi o principal objectivo da Chevron na realização da primeira Feira do Bem-Estar. A feira organizada pelos departamentos Médico, de Recursos Humanos e de Políticas, Relações Governamentais e Públicas teve como objectivo principal proporcionar aos trabalhadores a oportunidade de conhecer e interagir com empresas de serviços e sectores diversos, que contribuem para a melhoria da qualidade de vida. pessoal está acima de qualquer outra “Na Chevron, queremos ver as pessoas Nesse sentido, a Feira do Bem-Estar, felizes e motivadas. Conseguimos este que despertou o interesse de muitos equilibrio quando sabemos balancear as funcionários da companhia, promoveu duas áreas importantes das nossas vidas: o palestras sobre como se deve viver em trabalho e a nossa familia”, afirmou Richard equilibrio, realizou demonstrações de P. Cohagan, Director Geral da Chevron. degustação pela máquina de cozinhar Bimby, BMF apresenta os seus serviços a Irene Graça, Directora sorteou rifas de pacotes turísticos, vouchers Geral de Recursos Humanos prioridade. Esta feira junta-se a outras iniciativas que visam facilitar a vida dos trabalhadores da companhia. Pretendemos que tenham acesso a recursos que lhes permitam construir um melhor equilibrio entre o quotidiano profissional e o pessoal e o familiar. Um equilibrio são e cuidado entre estes dois centros das suas vidas irá trazer-lhes ganhos substanciais no Trabalhadores informam-se sobre os serviços disponíveis na Feira do Bem-Estar desempenho e aumentar a satisfação profissional”, disse Ana Ruth Luís, directora do Departamento Médico da Chevron. A Chevron possui mais de 700 trabalhadores para serviços de beleza, apresentações em Luanda, num universo de 3.500 de arte floral e demonstrações de em Angola. Tendo em consideração as aulas de ginástica para garantir o longas horas que passam no escritório bem-estar físico dos trabalhadores. e a complexidade do dia-a-dia em Luanda, encontrar formas de aumentar “O equilibrio é o estarmos conectados com o a satisfação pessoal e profissional nosso “eu”, os nossos valores e as relações de todos os trabalhadores é tarefa que criamos, e o trabalho e as acções que sine qua none para a companhia. têm significado para nós. Equilibrio é saber “Para a Chevron, o bem-estar do seu viver de forma autêntica e integra e trabalhar Demonstração da Bimby, a cozinha mais inteligente do em algo que nos dá prazer”, considerou mundo o Dr. Rui Cabral, psicólogo da Chevron. 18 CABGOC MAGAZINE GENTE NOSSA Educadores de Pares da CABGOC Ajudando companheiros de trabalho Evento de Educadores de pares na Chevron em Luanda Há muito que Angola abraçou a luta contra as doenças, levando vários segmentos da sociedade a associar-se contra os efeitos das mesmas e a conseguir que as pessoas as travem. Enquanto o VIH/SIDA ainda é uma doença epidémica não curável que ameaça a estabilidade do País, a malária tornou-se uma questão de saúde pública, uma vez que continua a ceifar centenas de vidas. trabalho e membros da comunidade a ficar Gisela Nambua, coordenadora da Chevron melhor informados. Os educadores de no programa “Life This Way” (“Viva desta pares, como são conhecidos, são indivíduos Maneira”) diz que estes trabalhadores pertencentes a um grupo de pessoas, ajudam a manter os seus pares no local com características idênticas, que trazem de trabalho informados sobre uma série informação e práticas novas, representando de questões relacionadas com a saúde. uma poderosa ferramenta dentro do local de “Tudo se centra na necessidade de parar ou trabalho. Consagram tempo e boa vontade combater o HIV/SIDA e a malária”, afirma. ajudando a aumentar a consciência para comportamentos positivos e responsáveis. “Faço o meu melhor, aconselhando as pessoas a não se deixarem infectar ou Sabendo por experiência que as pessoas a evitar infectar outros, lembrando-lhes Os esforços para travar estas duas doenças tendem a relacionar-se melhor com quem da necessidade de assumir a vida muito envolvem autoridades do País, comunidades se identificam e a adoptar modelos de seriamente”, refere Edson João, funcionário e organizações sociais civis e artistas, comportamento de outros indivíduos, do Departamento de Gestão da Cadeia de sem esquecer o universo empresarial. 100 educadores de pares sediados em Aprovisionamento (SMC), no Malongo. Como parceiro activo e empenhado, a Luanda, Cabinda e instalações do Malongo De modo a dotar estes empregados Chevron investe energias para o sucesso e offshore, ajudam a remover barreiras das ferramentas necessárias para que de diversas campanhas decorrem por entre o conhecimento e o poder, conduzindo promovam as sessões de acção educativa todo o País. Não é só a companhia que actividades estruturadas, como sessões e informativa, a Chevron criou condições está empenhada nesta nobre missão de educativas e informação individual. Os para os educadores de pares realizarem angariar fundos e reunir competências educadores também respondem a perguntas a sua formação e participar activamente através de programas de responsabilidade anónimas de qualquer pessoa, dentro ou fora nos eventos “Life this Way”, ajudando social. Também os seus trabalhadores se dos escritórios, com respeito pelo sigilo e à distribuição de material didático de envolvem individualmente em trabalho numa abordagem isenta de juízos de valor. leitura, uma das suas principais funções. voluntário, para ajudar companheiros de GENTE NOSSA CABGOC MAGAZINE 19 Juliana Ferreira, arquivista de informação nos escritórios de Luanda, de boa vontade dedica um tempo a esta acção, pois é uma oportunidade de ajudar colegas, amigos e família a protegerem-se a si e aos outros através da educação. “Estamos a estudar os impactos que as doenças podem provocar no local de trabalho, na comunidade, família e amigos”, diz Juliana. Juliana também participa na coordenação das secções de consciencialização sobre a malária, tuberculose e cancro da mama. O trabalho que estes colaboradores desenvolvem vai, muitas vezes, além da rotina diária. Durante uma recente viagem de férias à província de Benguela, Edson encheu o carro de preservativos e de material de leitura e, ajudado por amigos, foi distribuindo tudo às pessoas com quem se deparava pelo caminho, nas esquadras, estações de serviço e mercados. Foram também deixando breves alertas de modo informal. “Porque faço isto? Bom, faço parte desta sociedade,”, responde Edson. Para Juliana, não há maior alegria do que ajudar a salvar vidas. “Acredito que todos temos um papel neste mundo.” Educadores de pares em acção num evento de sensibilização na sede da Chevron, em Angola Dr. Carlos Gonçalves, dramaturgo As peças de teatro desempenham um mensagens das obras teatrais”, diz. importante papel nos esforços da Chevron Alguns dos actores do Miragens são muito para passar uma mensagem sobre a vida conhecidos pelo povo das “Conversas saudável entre os seus empregados, e no Quintal” e do “Papá N’Gulo e Chico nas comunidades do país, com destaque Cachico”, dois populares programas para Luanda e Cabinda. O grupo popular televisivos que misturam humor e Miragens tem participado nos eventos comportamentos sociais responsáveis. de consciencialização sobre o VIH/ SIDA, malária e cancro da mama, onde “Aqui, o mais importante é cada povo se reúnem centenas de pessoas. acompanhar a peça vivendo a situação que se está a retratar e que consiga O que muitos talvez não saibam, compreender a mensagem sobre a forma designadamente os empregados da Chevron, de evitar contrair a doença.” – afirma é que algumas das melhores peças que o Dr. Carlos Gonçalves. Não, nem por o Miragens representa são escritas por isso” – responde à pergunta sobre se um trabalhador da Chevron. O Dr. Carlos alguma vez recebeu qualquer formação Gonçalves, supervisor da clínica da Chevron sobre a escrita de peças de teatro. Dr. Carlos Gonçalves (à dir.) a conversar com o actor do de Luanda, investe parte do seu tempo a E conclui - “Comecei a escrever há grupo teatral Miragens. (à esq.) conjugar mensagens úteis e com humor. quatro anos, a partir da minha própria “Em Angola, o povo reage facilmente às observação do programa Life This Way.” 20 CABGOC MAGAZINE GENTE NOSSA Yuri da Silva, director de Recrutamento e Emprego “Formamos e desenvolvemos os nossos empregados” Nas operações no País, a Chevron continua a apostar num recrutamento intenso e numa política de emprego que favoreça os naturais de Angola. Hoje, 88 por cento da força de trabalho é nacional. E os números não param de crescer. Yuri da Silva, o director de Recrutamento e Emprego fala à CABGOC Magazine sobre os desafios actuais e futuros, sublinhando que a Chevron proporciona um relevante pacote de benefícios a quem deseja juntar-se a uma companhia de prestígio mundial. O mercado angolano possui boa oferta para recrutamento de pessoas com as competências exigidas? candidatos. A Chevron tem um pacote de compensação muito competitivo comparado oportunidades de carreira em vez de emprego. O que oferece a Chevron? O mercado angolano de talentos está com o de outras companhias locais da em contínuo crescimento. O número de indústria. Contudo, sabemos que a maioria Digo muitas vezes que se tiver interesse universidades está a aumentar no País e dos candidatos procura uma empresa que em aprender, trabalhar com diferentes grande parte dos estudantes no estrangeiro lhes dê mais do que um simples pacote trabalhadores, se estiver sempre disponível está a voltar à sua terra, pelo que aumenta competitivo, como um bom ambiente de para novos desafios, quiser fazer parte a quantidade de candidatos com talento trabalho e reconhecimento pelos contributos. de uma equipa que sabe cumprir, que e as competências exigidas. No entanto, É neste ponto que a Chevron se encontra o respeita, confia em si e onde as suas ainda se verifica uma grande lacuna no numa posição superior a outras companhias. opiniões são ouvidas e valorizadas, mercado, quando se procuram candidatos com as devidas competências nas áreas técnicas da indústria petrolífera, como então venha para a Chevron. Temos tudo Existe a ideia de que a Chevron só recruta pessoas com diploma superior. É verdade? engenheiros de petróleos, geofísicos e isto e muito mais para lhe oferecer. Vamos imaginar o caso de um engenheiro químico. Quais são as oportunidades que existem para que não se fique preso na mesma posição depois de entrar para a companhia? outros. Nos últimos quatro anos, a Chevron Não. Trabalhamos numa indústria muito participou em várias feiras internacionais complexa e dinâmica e, para cumprirmos de emprego em diversas cidades, como os nossos desafios, é natural que seja Londres, Cidade do Cabo, Lisboa e São exigido um diploma universitário ao Paulo, a fim de encontrar angolanos com grosso dos candidatos que recrutamos. as competências de que precisamos e Porém, há ocasiões em que temos Temos muitas oportunidades para oferecer ansiosos por voltar a casa. No geral, tivemos vagas que apenas exigem no mínimo o aos empregados, quer em funções sucesso e encontrámos fortes candidatos. ensino secundário médio ou superior. técnicas como não técnicas. A Chevron Recentemente, anunciámos vagas para é uma grande companhia e há muitas eletricistas, mecânicos e operadores portas abertas. Oferece um processo de produção cujo requisito era o 12º de difusão interna de emprego para os ano. Uma vez seleccionados, estes trabalhadores que desejem aproveitar A Chevron preocupa-se com os empregados candidatos recebem formação técnica novas oportunidades e desafios. Só no ano e incentiva a ascensão na carreira. Além e de Inglês durante 30 meses. passado, anunciámos internamente cerca O que diferencia a Chevron das outras companhias de petróleo? de 150 postos de emprego. As funções da nossa cultura de segurança e valores, é isso que promovemos como elemento diferenciador durante os contactos com os As pessoas tendem a procurar mais as empresas que oferecem técnicas têm igualmente programas de desenvolvimento como o Horizons, que GENTE NOSSA CABGOC MAGAZINE 21 implica a mobilidade dos empregados em vários postos, expondo-se a áreas diferentes e a ganhar experiências variadas como parte do seu desenvolvimento. O desempenho tem grande influência sobre o rumo de qualquer oportunidade de carreira. As pessoas perguntam: “Como hei de ter ‘cinco anos de experiência’ se nunca me derem a oportunidade de começar?” Como se deve lidar com este cenário? É sempre uma questão de oportunidades e de necessidades do negócio, dependendo dos requisitos do emprego e do nível. Mas a Chevron também anuncia vagas sem experiência para encontrar recém-diplomados. Uma vez contratados, Em 2011, Chevron investiu mais de $14 milhões em formação e bolsas de estudo, afirma Yuri da Silva têm a oportunidade de aplicar o que aprenderam na faculdade, bem como de aprender novas técnicas e processos. Em 2011, quanto investiu a Chevron em formação? Também proporcionamos estágios laboral é composta por Angolanos e 76% dos nossos postos profissionais e de supervisão são desempenhados por angolanos. profissionais aos recém-graduados que Investimos muitíssimo em formação no Entre os quadros superiores são também anseiam por experiência laboral. Isto ano passado. Mais de 1.100 trabalhadores diversos os cargos ocupados por nacionais, permite-lhes aplicar à prática a teoria frequentaram formações tanto em Angola como director de Operações de Produção, que aprenderam. Se apresentarem como além-mar, nomeadamente nos EUA, directora-geral de Recursos Humanos, um bom desempenho, decerto se Europa, Índia, África do Sul, Brasil e Malásia. directora-geral de Negociações e Assuntos tornarão potenciais candidatos. Também oferecemos bolsas de estudo Jurídicos, director de Joint-Ventures, internas e no estrangeiro, e ainda bolsas de directora de Política, Relações Públicas e Os empregados têm oportunidade de realizar formações para aumentar o seu potencial e ganhar competências? estudo para filhos de trabalhadores. Só em Governamentais, director de TI, e outros. 2011, a Chevron desembolsou mais de $14 A Chevron está fortemente empenhada milhões para formações e bolsas de estudo. em prosseguir na valorização de talentos A Chevron está centrada no desenvolvimento Como pode um recém-diplomado compreender em que medida a Angolanização o irá beneficiar? de naturais de Angola. Trata-se de um programas como o Horizons, cujo enfoque A maneira mais simples de compreender é a formação em exercício, com diferentes a política de Angolanização da companhia Os empregados têm a oportunidade de aceitar missões de serviço no estrangeiro? atribuições, localmente ou no estrangeiro, é olhando para si mesmo. Procuramos e e formação em competências, a fim de recrutamos os melhores talentos locais A Chevron promove o desenvolvimento aumentar as dinâmicas de equipa, modelar e oferecemos um atractivo pacote de e oferece oportunidades. Parte desse líderes, e facilitar uma rápida integração na compensação; formamos, desenvolvemos desenvolvimento pode incluir missões de companhia. A maioria dos departamentos e concedemos oportunidades de serviço no estrangeiro. Temos empregados tem um coordenador de formação, carreira. Os benefícios são enormes. angolanos com atribuições em diversos responsável por avaliar as necessidades do Uma vez na empresa, a pessoa, tem a países, maioritariamente nos EUA. O grupo de trabalho e preparar material para possibilidade de sentir a sua evolução objectivo é desenvolver profissionais com potenciais aulas de formação sejam locais, com trabalhadores muito diversificados conhecimentos diversos e o entendimento ou no estrangeiro. Existe um processo e experimentados, através da sua global do nosso negócio, para que venham sobre plano de desenvolvimento de carreira orientação e formação em exercício. preencher posições complexas mais altas locais e no alargamento das percentagens contínuo. Desenvolvemos tanto as competências pessoais como técnicas. compromisso que a companhia assumiu e em cujo caminho prosseguirá. Por exemplo, as funções técnicas têm na Chevron, segundo o qual supervisor e empregado podem discutir o tema do desenvolvimento e como o empregado no seu regresso. É disso exemplo a nossa Até à data, o que alcançou a Chevron com a Angolanização? poderá concretizar os objetivos propostos. actual directora geral de Recursos Humanos, nomeada após regressar de uma missão de desenvolvimento profissional nos EUA. Até agora, 88% de toda a nossa força 22 CABGOC MAGAZINE GENTE NOSSA Luísa Santos, consultora de Planeamento “O sucesso acontece ao visualizarmos os objectivos” Ao mesmo tempo que o crescente número de empregados nacionais da nossa força de trabalho traduz o seu sucesso, a Chevron propõe-se ir mais além desenvolvendo condições que permitam aos nossos empregados atingir um alto grau de responsabilidades na companhia. Ao longo do ano, a Chevron investe nas pessoas para que, gradualmente, ocupem posições-chave. Luísa Santos, consultora de Planeamento do Departamento de Planeamento, é o exemplo desta acção. Em sua opinião, a Angolanização na Chevron é um elemento diferenciador quando se fala de atrair e manter empregados de alto nível. Qual é o seu papel como consultora de Planeamento? receber formação em operações offshore muito importante na minha carreira, A minha principal responsabilidade é no Golfo do México e numa refinaria da dando-me oportunidade para consolidar e colaborar com as equipas de gestão de Exxon em Baton Rouge. Após concluir a diversificar os meus conhecimentos sobre activos no desenvolvimento da estratégia e minha formação, fui colocada no Malongo planeamento de negócios e processos planos de negócio, e coordenar a preparação como engenheira de Aplicações, trabalhando de desenvolvimento de orçamento. do plano anual de negócios do Bloco 0 com o grupo das Operações. Na altura, e do programa bianual de trabalho e do era responsável por todas as injeções Orçamento do Sistema de Informação químicas do Malongo, campos da Área para o Controlo das Operações Petrolíferas B, e instalações do terminal. Nos meus (SIOP). Dou apoio nos softwares Petrolook tempos livres, trabalhava como engenheira As relações da Chevron com os agentes (dados de relatórios de Plano de Negócio) e representante da Nalco na refinaria da angolanos têm por base a comunicação Avaliação Económica sobre Petróleos (PEEP) FINA, em Luanda, 3 vezes por semana, aberta, que a meu ver é o aspecto mais às diferentes equipas de Activos. Ajudo nos para aumentar a minha experiência importante, promover o respeito, a processos decisórios entre o Parceiro da em refinarias. Em 2000, a Chevron diplomacia, integridade e a transparência. joint venture e o Concessionário, através ofereceu-me emprego como engenheira É um relacionamento sólido. As relações da preparação e coordenação quer das de petróleos no Malongo e, mais tarde, em não param de evoluir e de se modificar. reuniões de Revisão Técnica, como das 2002, fui transferida para Luanda, como reuniões do Comité de Operações Conjuntas. engenheira de Reservatório na Área B. De 2004 a 2009, trabalhei como engenheira Pode dar-nos uma breve ideia da sua formação profissional e pessoal? principal de Reservatório no Activo da São boas as relações entre a Chevron e os parceiros do Bloco 0? Como pode a Angolanização ajudar efetivamente os nacionais da força de trabalho em Angola? Área B, voltando depois ao Malongo. Em Abril de 2009, aceitei um trabalho Angolanização significa implementar a nossa Possuo uma licenciatura em Engenharia interfuncional com o Departamento primeira estratégia empresarial, que é Química pela Universidade Agostinho Neto de Planeamento de Negócios, com investir nas pessoas e no desenvolvimento, (UAN). Em 1995 fui recrutada pela Nalco funções de consultora de Planeamento para fortalecermos a nossa capacidade e enviada para os EUA por 6 meses, para do Bloco 0. Este cargo teve um papel organizacional e desenvolvermos uma GENTE NOSSA CABGOC MAGAZINE 23 talentosa força de trabalho global que empresa. Ciente de tudo isto, vejo-me a tipo de atitude, que representa um obtenha sempre resultados correctos. aprender sempre coisas novas, a assumir obstáculo ao crescimento das mulheres. A indústria do petróleo em Angola está mais responsabilidades e a contribuir a tornar-se cada vez mais competitiva, para o sucesso global da organização. e o nosso processo de Angolanização pode marcar a diferença para atrair e reter empregados de alto nível. Penso que a Angolanização não deverá limitar a Contudo, deu-se um profundo desenvolvimentos neste domínio, e os Como pode uma mulher ter uma carreira bem sucedida num mundo que lhe impõe tantas barreiras? força de trabalho nacional. As vantagens resultados podem constatar-se em muitas organizações onde as mulheres ocupam altos postos decisórios. Outro exemplo bem ilustrativo é a equipa de gestão da da Angolanização deverão incluir o Não é fácil, sobretudo quando se tem Chevron, onde 50% das posições são desenvolvimento económico da região, que de gerir uma vida privada e trabalhar ao detidas por mulheres. Acredito que para resultará em benefícios socioeconómicos mesmo tempo. Testemunhei pessoalmente “sermos bem sucedidos” temos de visualizar para as famílias angolanas, através da a discriminação em alguns locais de o nosso objectivo, desenvolver o conjunto promoção de capacidade local, algo que trabalho antes de vir para a Chevron. certo de competências, aproveitar da é fortemente apoiado pela companhia. melhor maneira as oportunidades que se nos deparam, e continuar motivados O seu cargo é muito importante. Alcançou o topo? Como se vê a si mesma daqui a dez anos, por exemplo? A importância de um cargo não depende do seu lugar dentro de uma organização, mas sim do valor que a pessoa aporta à organização. Os meus objectivos a longo prazo são continuar com uma carreira de “Angolanização é investir nas pessoas e no desenvolvimento” sucesso na Chevron, e ter boas missões pondo paixão em tudo o que fazemos. Lembra-se da fase mais desafiante da sua carreira? Bem, de início, a posição no Planeamento foi um grande desafio, uma vez que o facto de envolver múltiplos intervenientes pode originar tarefas múltiplas, todas de exigente realização e com igual urgência que me permitam ocupar postos de em termos de prazos. E é também um liderança técnica. Sei que neste patamar o Vi empregadas que não conseguiam desafio, na medida em que desempenho percurso da minha carreira depende tanto ganhar o respeito do seu supervisor uma função diferente e obtenho o seu da minha orientação técnica e pessoal, exclusivamente por uma questão de apoio através da facilitação, gerindo como das necessidades de negócio da género. Infelizmente, ainda existe este multiplas relações com os parceiros. Luísa Santos, consultora de Planeamento, trabalha na Chevron desde 2000 24 CABGOC MAGAZINE GENTE NOSSA Comité Desportivo da Chevron Investindo no bem-estar e na diversidade Sob o lema “Promover uma ética desportiva unida e dinâmica, à Maneira da Chevron”, um grupo de funcionários formalizou recentemente uma comissão de desporto, que irá promover actividades e oportunidades, identificando, perseguindo e facilitando eventos e reuniões desportivas em toda a empresa. A inciativa irá manter e melhorar a condição física e bemestar dos funcionários e familiares, através de actividades periódicas. O Comité Desportivo da Chevron (CDC) reuniu entusiastas desportivos da empresa para contribuir para um objectivo maior na execução e organização correcta de eventos desportivos. Um grupo central de voluntários ajudará na organização de uma vasta gama de actividades desportivas para os eventos desportivos internos e externos. O CDC planeia ter uma sólida parceria com todos os departamentos e organizações internas (Rede de Mulheres da SASBU, Toastmaster, XYZ, Viva desta Maneira) e estar no mesmo palco organizacional de outros pares na indústria. Também visa aconselhar o departamento de Gestão da Cadeia de Abastecimento (SCM) sobre a concepção, construção e gestão de instalações desportivas. O comité visará também parcerias com outras áreas da empresa na promoção da sensibilização sobre as campanhas de saúde, tais como o VIH/SIDA, Malária, bem como outros temas relevantes. “A criação do comité em si complementa a ética de À Maneira da Chevron pela valorização e promoção da saúde e sensibilização dos funcionários, assim como a união, vínculo e criação de incentivos de equilíbrio trabalho/ vida pessoal dentro da empresa”, afirma o coordenador Carlos Canje. Os funcionários da Chevron participarão activamente em várias actividades Funcionários da Chevron numa partida de futebol no centro recreativo de Talatona. desportivas formais e informais anualmente. A Taça do Petróleo, uma competição patrocinada pela Total, com participantes de empresas petrolíferas sediadas em Luanda e a corrida São Silvestre no final do ano (Maratona Internacional de Luanda/Corrida Internacional de final do ano) estão entre essas iniciativas. Como uma empresa que valoriza o bem-estar de seus funcionários, a Chevron não fornece apenas apoio moral e financeiro para este tipo de iniciativa, mas também garante instalações adequadas para que as actividades desportivas estejam disponíveis. No ano passado, inaugurou um novo centro de recreação em Talatona, que dispõe de diversas instalações desportivas e mantém duas outras instalações no Mussulo. Uma unidade similar está a ser construída em Cabinda, e que estará pronto no final deste ano.