INOVAÇÃO & DESENVOLVIMENTO Patrícia Alves Tavares A ITCenter, empresa lusa que oferece soluções open source, estreou-se no mercado internacional em 2010. Luanda foi a escolha natural. Uma aposta ganha que poderá representar 30% do volume de negócios da empresa já este ano. A ITCenter foi fundada em 2003. O que levou a esperar tanto tempo para avançar para novos mercados? A internacionalização sempre esteve presente nos objetivos. Este foi o momento certo para apostarmos num mercado externo, devido à parceria com a Innodata. O investimento que estamos a realizar em Angola é crítico, não só por estarmos a iniciar a estratégia internacional, mas pelo facto de ser um dos principais mercados emergentes e de maior crescimento. Angola foi a primeira escolha. Porquê este mercado? Angola sempre foi um dos mercados a apostar na internacionalização. O avanço foi potenciado pela parceria com a Innodata Call Center Solutions e pelo forte crescimento da sua economia. Como está a decorrer a atividade em Luanda? Quanto representará o país no volume de negócios? Está a correr bastante bem. O ano de 2011 ultrapassou claramente as expectativas. Para além dos resultados obtidos, renovámos a nossa imagem e investimos na sua promoção. As perspetivas para este ano continuam a ser muito positivas – prevemos crescer para os 1,7 milhões de euros. Disponibilizam soluções open source e “call centers”. O mercado está preparado para este negócio? Está ávido de soluções tecnológicas de ponta. É um mercado em expansão, onde há empresas multinacionais e nacionais de 54 FEVEREIRO 2012 “Renovámos a nossa imagem e investimos na sua promoção. Para este ano prevemos crescer para os 1,7 milhões de euros” grande dimensão que procuram as soluções mais avançadas. Qual o perfil do cliente? São grandes empresas, como petrolíferas, bancos, empresas de segurança, entre outras. Implementaram um “call center” nos aeroportos em novembro último. Como decorreu? O serviço de call center está a ser desenvolvido pela Innodata e decorre sem sobressaltos. Superou as expectativas de todos. O que motivou a escolha da Innodata para parceira? Trata-se de uma empresa com capital 100% angolano que opera no mercado das tecnologias de informação e comunicação. Tem o perfil empresarial que se coaduna com os nossos interesses. É uma empresa profunda conhecedora deste mercado, o foto ® DR “País está ávido de soluções tecnológicas de ponta” que permite uma abordagem através de um posicionamento bastante elevado. Quantos colaboradores tem a ITCenter em Angola? Neste momento é composta por 16 pessoas. Estimamos que seja necessário contratar mais colaboradores com um perfil que se adeqúe a esta nova estratégia. Pretendem transmitir a vossa experiência dando formação? É nosso objetivo passar esse know-how, é muito importante ter pessoas qualificadas no terreno que possam ajudar a melhorar os nossos serviços. Está prevista a expansão para outras províncias? Para já pensamos só em Luanda. Mas estamos abertos a apostar em outras províncias. Temos que dar um passo de cada vez. EUA, Brasil e Moçambique são destinos prioritários. A escolha de países emergentes é a solução para crescer? São mercados naturais para empresas portuguesas que queriam crescer e se internacionalizar. Essa aposta será para breve? Estamos focados em Angola, visto ser a nossa primeira internacionalização. Pretendemos obter a estrutura e experiência necessárias para nos expandirmos para outros mercados. A nossa estratégia de internacionalização também passa pela comercialização dos nossos produtos online.