Processos Emocionais 2
António Rosado
Clima Emocional

O ambiente emocional no treino
representa o substracto emocional de
base, o suporte essencial, o “tónus”, que
suporta todas as acções.
• É um pré-requisito essencial.
• Deve traduzir-se num percepção de prazer e
•
de activação.
É pré-requisito de intervenções psicológicas
mais especializadas.
Clima Emocional

Atmosfera subjectiva em que a relação têm
lugar.
Produto de comportamentos verbais e nãoverbais.
Pode ser Hostil ou Amigável
Competitiva ou Colaborativa
Activa ou Passiva...

Como me sinto neste ambiente?




Importância
Um clima emocional adequado pode ser
associado quer a ganhos cognitivos
acrescidos quer, sobretudo, a ganhos
no
domínio
sócio-afectivo
e
relacional, de desenvolvimento de
atitudes positivas face ao Clube, às
Modalidades e aos Outros.
Importância
Uma adequada modelação emocional pode,
ao nível do treino desportivo, afectar o
processo de treino, influenciando variáveis
como a motivação, o ambiente humano e
relacional, a estrutura e coesão dos grupos,
a gestão de conflitos e emoções, o
empenhamento e a participação no treino,
a competitividade e, em última análise
determinar vitórias e derrotas.
Consequências...
O clima emocional determina uma
condição subjectiva de implicação
qualitativa nas actividades com
diversos tipos de reflexos e de
manifestações comportamentais: um
aumento da motivação, do interesse, da
atenção, da capacidade de trabalho, da
qualidade das relações humanas que se
estabelecem, etc.
O “clima emocional” é decisivo




Na satisfação pessoal de treinadores e
praticantes.
Na manutenção, por longos anos, em
actividades esgotantes.
Na aceitação de sacrifícios pessoais e
familiares diversos...
No crescimento individual e de grupo no
domínio sócio-afectivo.
O clima emocional é decisivo:


No desenvolvimento de atitudes, valores
e sentimentos.
Na optimização de diversos critérios de
eficácia (rendimento) e de eficiência
(processo de treino).
Critérios de treino optimizados

Um bom clima emocional potencia:
• Tempo potencial de aprendizagem
• Maior atenção e interesse (maior
motivação).
• Maior empenhamento
• Maior capacidade de “sacrifício”
• Redução de comportamentos fora da
tarefa, de indisciplina e de conflito.
Relembrar: os ganhos de
aprendizagem dependem:




1. Do nível inicial na competência em causa.
2. Do nível de afectividade inicial (motivação,
empenhamento).
3. Da qualidade do treino.
Estudos do tipo processo-produto sublinham,
por ex, a importância do entusiasmo do
treinador.
Responsabilidades dos
psicólogos e treinadores

Criar balanços subjectivos positivos
(avaliações) nos praticantes acerca da prática.

Optimizar as relações no treino.
Clima relacional
Clima

Optimização da relação treinadorpraticante.

Optimização da relação praticantepraticante.

Optimização da relação praticanteprática (modalidade).
Construir Sentimentos Positivos
Face aos Desportos

Interessa-nos:
• Que se construam sentimentos positivos
•
acerca de si mesmo e dos outros.
Que da prática resulte: satisfação, alegria,
auto-realização.
Como é que os jovens sentem o
Desporto?
•
Sabemos que a participação desportiva tem o potencial
de criar sentimentos poderosos e duradouros, verdadeiras
paixões, verdadeiras aversões…
Sentimentos positivos face ao
Desporto

Impressões agradáveis e
desagradáveis.
• Muitos jovens não gostam de praticar
desporto, muitos abandonam rapidamente os
clubes.

É preciso fazer um esforço para que as
atitudes positivas apareçam.
Clima Emocional e
Atitude face ao Treino


O desenvolvimento de atitudes positivas
implica um conjunto de sentimentos positivos
acerca de algo (Bloom, 1979).
Desenvolvimento de atitudes positivas no
Treino exige:
•

Experiência positiva da prática (Piéron, 1988).
O Clima emocional também depende da
percepção de sucesso.
•
O sucesso potencia mais o clima emocional do que
muitas outras variáveis.
Clima emocional depende:






Da natureza do treino, das tarefas de treino.
Do grau de dificuldade das tarefas e das
percepções associadas.
Da percepção de riscos e benefícios.
Da natureza dos espaços e materiais
(percepção de qualidade do espaço).
Procurar espaços e actividades agradáveis
(dificuldade e variabilidade).
Do rendimento desportivo.
Clima Emocional e RELAÇÃO
TREINADOR-ATLETA


Os processos inerentes à relação estabelecida entre
o treinador e os atletas sempre têm sido
considerados fundamentais no processo desportivo,
por via da influência que têm nos afectos, cognições
e comportamentos dos intervenientes.
Os comportamentos do treinador têm uma
substancial influência nas características das autopercepções das crianças e nas experiências
psicossociais e afectivas no desporto.
Relação treinador-atleta


Através da investigação podemos
verificar que o impacto dos treinadores
sobre os padrões comportamentais dos
atletas vai para além dos aspectos
técnicos.
O treinador, também, afecta atitudes,
valores, crenças e estas determinam
diversos estados emocionais.
Abordagem sócio-emocional da
relação treinador-atleta

A abordagem socio-emocional dá ênfase
à componente emocional como
resultado da interacção entre treinador e
atleta, a qual pode ter efeitos, quer
negativos, quer positivos, nos
comportamentos adaptativos dos
praticantes, tal como o equilíbrio afectivo
da díade.
Relação treinador-atleta




Temos de salientar o facto do treinador
ter um papel importante e fundamental
nos afectos dos atletas, pelo facto de:
passarem grande parte da vida juntos,
por partilharem experiências e emoções
fortes,
por serem dependentes um do outro,
Relação treinador-atleta


O tipo de afectos que o atleta sente em
relação ao treinador varia muito com o
tipo de treino, com as cargas impostas
pelos treinadores e com o equilíbrio
emocional das duas partes.
Quanto maior a preocupação do
treinador com as opiniões e sentimentos
dos atletas mais positiva será a relação
desta díade.
Relação afectiva entre treinador
e atleta

Os atletas sentem insegurança,
preocupação e perda de concentração
em acção aos comportamentos afectivos
negativos do treinador (punir, gritar,
criticar etc.), enquanto que os
comportamentos afectivos positivos
(elogiar, demonstrar afecto, etc.) geram
sentimentos de auto-valorização,
incentivo e satisfação.
Relação treinador-atleta

Os comportamentos desenvolvidos pelos treinadores podem ser
interpretados como negativos/agressivos pelos atletas, o que terá
consequências inibidoras na adaptação emocional e
consequentemente uma quebra na prestação desportiva.

O treinador que se preocupa com as opiniões e sentimentos dos
atletas parece ter com eles uma melhor relação.

Alerta-se desta forma para o carácter fortemente emocional da
relação entre os dois intervenientes deste processo.

Raramente se ensina aos treinadores como gerir o comportamento
interpessoal, nem se lhes ensina sobre a interacção e motivação das
equipas.
O psicólogo do desporto pode potenciar esta relação.

Comportamento do treinador


O comportamento dos treinadores pode
constituir um dos principais factores de
stress responsável pela má prestação.
Rosado, Campos e Aparício (1993)
salientam a importância dos
comportamentos de entusiasmo dos
treinadores, bem como das percepções dos
atletas, como factores de optimização do
clima emocional.
A optimização da relação
depende:









De um conjunto de variáveis em interacção com
ponderações diversas.
Da percepção que os praticantes possuem da
qualidade da relação.
Comportamentos do treinador mais valorizados:
ser educado,
ser paciente com os praticantes mais fracos, Desvalorizam
fomentar um espírito de amizade e interajuda,
•Zangar-se com
mostrar imparcialidade,
frequência.
ser justo nas avaliações,
acompanhar o trabalho e encorajar.
•Ser autoritário e
agressivo
Base da Modelação: Interacção
positiva
Vários especialistas insistem nas
vantagens de um ambiente positivo em
que as intervenções do tipo aprovativo
predominem, ou seja, um ambiente
relacional em que o elogio e o
encorajamento se sobreponham à
reprovação, à ironia e à crítica.
Indicadores de Bom Clima:
“Reforços”





FB positivos frequentes.
Elogiar os comportamentos
apropriados.
Especificidade das desaprovações.
Ser encorajador, “afectivo” (sobretudo
com praticantes com dificuldades ou
“handicaps”, quaisquer que sejam).
Usar as estratégias de modelação
Reforços



Elogiar os praticantes quer pelo esforço
desenvolvido quer pelos resultados obtidos.
Punir sem ferir...
Criticar o comportamento e não a “pessoa”.
• Ver Estratégias de Modificação de
Comportamentos e suas implicações
emocionais.
Dinamismo do treinador
Exemplos:
• Boa organização do treino.
• Início e transições rápidas.
• Ritmo vivo das sessões.
• Tomar parte nas actividades e mostrar gosto por
•
elas.
Capacidade de Comunicação/persuasão
• Optimização da gestão emocional dos episódios de
comunicação.

Dinamismo gera dinamismo
Estratégias de Optimização do
Clima: Comunicação



Mostrar disponibilidade para ouvir e
conversar. Prestar atenção ao que dizem.
Responda honestamente às perguntas sem
“esmagar” o interlocutor.
Saber ouvir, demonstrando interesse e
atenção.
•
Parafrasear, contacto visual, sinais de concordância.
Indicadores de Clima Positivo

Comunicação não-verbal
•
•
•
•
•
Entendida como mais autêntica...mais emocional.
Sorrir, rir e gracejar frequentemente.
Contactos físicos (palmadinha nas costas, mão no
ombro, cumprimentos iniciais...).
Sinais gestuais de aprovação e encorajamento
Proximidade dos atletas.
Participação Activa



Solicitação para apreciarem o trabalho
realizado.
Solicitar e valorizar a participação dos
atletas.
Aceitar e utilizar ideias dos praticantes,
tendo em conta pontos de vista válidos.
Estratégias de Optimização do
Clima Emocional

Estabelecer uma relação personalizada.
• Decisivo: Conhecer muito bem cada atleta, nas
diversas facetas da sua vida.
• Decisivo: Preocupar-se verdadeiramente com
eles.
• Mostrar interesse pelos praticantes, pelos seus
problemas, pela pessoa do praticante.
• Disponibilidade para os receber noutros espaços
e fora dos horários.
• Contactos sobre assuntos extra-treino.
• Tratar os praticantes pelo nome próprio.
Modelação emocional de base
Conhecer e tratar cada praticante pelo
nome próprio.
Variar os processos e as formas de
interacção.
Ser específico na desaprovação.
Interagir o mais possível com a
generalidade dos praticantes.
Interesse pelo praticante/atleta
Pretende-se um clima em que é
transmitido ao praticante um sentimento
não só de interesse por aquilo que faz,
mas, também,de confiança nas suas
capacidades como praticante ou atleta e
como pessoa.
Justiça Relacional e Gestão de
Emoções





Promover uma relação sem discriminação
(sexo, raça, entre melhores e piores, etc.)
Promover a igualdade sem uniformidade
nem rigidez. Respeitar as diferenças.
Diferenciar e igualizar com equilíbrio
Interagir com todos.
Não mostrar favoritismos.
Estratégias de Optimização do
Clima Emocional

Expressar e controlar as suas emoções:

Valorizar a expressão de emoções e
sentimentos versus valorizar o autocontrolo emocional.
• Evitar o “warming up effect”
• Utilizar “mensagens do eu”
• O controlo das expressões emocionais deve
ser aprendido de acordo com os códigos
particulares de ambientes particulares....
Ser Justo...




Estabelecer regras claras, justas e
razoáveis com que estejam de acordo.
Cumprir as promessas.
Ser consistente, coerente.
Promover a responsabilidade pessoal
• A aceitação das consequências;
• O respeito das regras;
• Bom uso da autoridade
Estratégias de Optimização do
Clima

Rigor e firmeza quando necessário.


Equilíbrio entre:
Dizer o que pensa.

Dominar o que diz.
• Assertividade
• Sinceridade e honestidade
Entusiasmo
É desejável que a participação nas
diversas actividades da vida, na classe
ou no clube, se faça com entusiasmo,
com gosto e prazer, numa ambiência
psicológica de tonalidade afectiva
positiva, satisfatória para as pessoas
que nela participam.
Estratégias de Optimização do
Clima

Mostrar-se entusiasta
• Relativamente à matéria
• ao acto de ensinar/treinar
• ao praticante

Entusismo gera Entusiasmo...
Características gerais
As inflexões de voz, uma exuberância
maior ou menor nos gestos e nos
movimentos, a forma como se desloca
no treino, em suma, todo um conjunto de
traços que marcam aquilo a que
normalmente se chama um treinador
"triste" e "apagado" ou um treinador
que com a sua maneira de ser
"contagia", "estímula", "agarra" todo
o grupo ou equipe.
A percepção do entusiasmo
Há interesse em saber não só quais são
os indicadores reais de entusiasmo mas
de saber quais são os indicadores
subjectivos,
a
percepção
do
entusiasmo por parte dos diversos
participantes no processo relacional de
treino.
A percepção de entusiasmo


Não existe um comportamento isolado
que possa caracterizar só por si, o
entusiasmo de um treinador.
A percepção do entusiasmo de um
treinador nasce da conjugação de um
grande número de actos, diferenciados
pela sua natureza e pelos seus
objectivos.
Indicadores de entusiasmo
Muitas
vezes
o
entusiasmo
é
caracterizado por expressões verbais e
gestuais, como encorajar, pressionar,
participar, ou por
intervenções
humorísticas como sorrir, rir, etc.
Costa J. (1988) refere expressões
indicadoras de entusiasmo tão diversas
como: enérgico, dinâmico, espontâneo,
calor humano, uso da voz, etc.
Descritores de Entusiasmo








Elogios e Feedback
Encorajamento
Participação
Humor
Interesse pela
modalidade
Inovação
Demonstração
Interesse pelo
praticante






Brincadeiras
Sorrir e Rir
Variedade de
Actividades
Gestos
Participação dos
praticantes
Inflexões de Voz
Descritores de entusiasmo







Deslocamentos
Preparação do treino
Intensificação do
ritmo das actividades
Contacto Físico
Modelo
Conselhos
Contactos extracurriculares




Chamar pelo nome
próprio
Personalização
Justiça
Aceitação de Ideias
Descritores de “NãoEntusiasmo”








Desinteresse
Frustração
Feedback Negativo
Afastamento
Despersonalização
Desapego
Clima Negativo
Falta de Dinamismo


Irritabilidade
Injustiça
Estratégias de Optimização do
Clima Emocional: a evitar




Evitar situações de humilhação e fracasso
sistemático.
Evitar ameaças, autoritarismo, reprovações
sistemáticas.
Evitar ser visto como um juiz permanente da sua
actividade.
Evitar gritar. “Quando tiver alguma coisa a dizer ao
conjunto reuna o grupo”.
Procedimentos de modelação do
ambiente emocional
Evitar ironizar e criticar (rebaixar) os
praticantes em público (perante os
companheiros).
Evitar utilizar a actividade física como
castigo.
A evitar...
Evitar ridicularizar por sentimentos,
medo ou ansiedade.
Evitar envergonhar, depreciar, ironizar.
Evitar denegrir em público.
Evitar o fracasso sistemático
Estratégias de Optimização do
Clima

Transmitir a ideia de possuir expectativas elevadas
de sucesso para todos.
•
•


Sem deixarem de ser realistas...
Sem deixarem de serem individualizadas...
Pressionar para o trabalho.
•
Bons treinadores pressionam muito não deixando o
ambiente de ser agradável.
Valorizar o empenhamento, o esforço, a
dedicação, a inter-ajuda, os pequenos
progressos...
Estratégias de Optimização do
Clima
Transmitir mensagens:






Eu valorizo-te como pessoa.
Sou capaz de ensinar e vocês são capazes de aprender
e de evoluir.
Não deixar pensar que é impossível melhorar, que é
muito difícil e só para super-dotados.
Eles devem sentir “Ele é um bom treinador”.
Devem confiar no treinador (e no psicólogo).
Devem sentir que o treinador acredita na sua capacidade
de aprendizagem.
Estratégias de Optimização do
Clima


Estimular as motivações intrínsecas.
•
•
...Mais duradouras.
A paixão pode mover montanhas.
Planear a diferenciação do treino.
•
•
•
•
Variações intra-tarefa.
Treino por convite (duas ou mais tarefas que o
praticante escolhe).
Apresentar listas de tarefas a escolher.
Utilizar actividades concebidas pelos praticantes.
Uma ajuda de Piéron






Acolher pessoalmente os desportistas.
Todos precisam de ser valorizados.
Manter um clima amigável.
Sorria quando há motivo para tal: ajuda a
descontrair.
Assegure o seu conhecimento mútuo e o tratamento
por “tu”.
Encoraje a exprimir a sua opinião e respeite-a.
Clima Emocional




Considere a influência do tipo de liderança nos
estados emocionais:
Considere-se uma pessoa de recurso: evite
ser demasiado autoritário; não se limite só a
dar ordens e instruções.
Incentive os desportistas a tomarem a
responsabilidade da própria aprendizagem.
Não devem ser simples executantes que
respondem às suas ordens.
A Credibilidade ajuda…










Seja honesto consigo próprio e com os atletas.
Não tente dar a impressão de sabe mais do que de facto sabe.
Certifique-se de que o compreendem.
Seja igual a si próprio e não procure imitar alguém que desejaria ser.
Seja positivo. Poucas pessoas respondem bem a comentários
negativos.
Não desmoralize os seus desportistas apontando-lhes a sua
ignorância ou falta de destreza.
Mostre entusiasmo pela sua modalidade e pelos seus atletas.
Seja justo, leal e coerente em todos os assuntos e ocasiões. Não
mostre favoritismo.
Seja digno de confiança.
Seja acolhedor e revele uma preocupação verdadeira pelo bem-estar
dos desportistas.
Emoções e Abandono da Prática

Muitos jovens abandonam precocemente a
prática.
•
•
•

Algumas semanas após o início
Com outras solicitações no plano dos lazeres.
Quando os estudos apertam...
Um bom clima emocional pode prevenir o
abandono.
•
•
•
Prazer/ paixão pela prática.
Grupo de amigos.
Óptima relação com o treinador.
Clima Emocional e Abandono
Razões radicadas na relação
treinador/atleta
 Falta de comunicação.
 Não explicar as razões da estratégia aos
atletas.
 Expressão de cólera dirigida aos atletas.
 Fracasso no tratamento dos jogadores
como indivíduos.
Praticante-Praticante


Conjunto de praticantes não é o mesmo que
grupo de praticantes. O clima emocional jogase, também, nas relações inter-pares.
Fomentar:
•
•
•
•
Interesses comuns.
Valores de solidariedade.
Tolerância à diferença.
Inter-ajuda e cooperação.
Comportamentos associados às
relações colaborativas e amigáveis






Comunicação efectiva (as ideias são verbalizadas com facilidade e os
membros do grupo estão atentos aos outros, aceitam as ideias dos
outros e são influenciados por eles).
Interacções Amigáveis, Prestáveis e Menor Obstrução (membros mais
satisfeitos com o grupo e com as soluções que emergem; procura-se
ganhar o respeito dos colegas e sentem obrigações em relação aos
colegas).
Coordenação de esforços, divisão de tarefas, orientação para
alcançar o acordo e elevada produtividade.
Acordo em relação às ideias dos outros e sentimento de partilha em
relação a crenças e valores, confiança nas suas próprias ideias e no
valor que os outros lhe atribuem.
Vontade de favorecer o poder dos outros.
Os interesses conflituantes são considerados um problema mútuo a
ser resolvido de forma colaborativa.
Praticantes entre si





Suscitar a simpatia e a amizade.
Organizar grupos heterogéneos, fomentando
as interacções diversificadas (todos com
todos).
Organizar jogos e actividades cooperativas.
Criar sempre situações de igualdade de
oportunidades.
Definir funções específicas para cada
praticante.
Os praticantes entre si




Reforçar objectivos comuns.
Utilização dos praticantes no apoio aos
mais fracos.
Adopção de símbolos comuns.
Encontros extra-treino, convívios entre
todos.
• Distinguir coesão social de coesão na tarefa.
Emoção e coesão de grupos






Ajudar os membros a identificar objectivos e necessidades
pessoais, clarificando como podem ser satisfeitos através do
grupo;
Encorajar os membros que mais se destacam a fazer
sacrifícios pelo grupo.
Promover o sentido de responsabilidade.
Estabelecer objectivos claros e realistas.
Enfatizar a equipa e não os indivíduos.
Clarificar o contributo da adesão aos padrões do grupo na
eficácia.
“Modelar” a interacção




Promover a cooperação e desencorajar a
rivalidade individual.
Tornar clara a diferenciação de papéis na
equipa.
Clarificar as expectativas para cada membro.
Estabelecer consensos quanto às diferenças
de estatuto
Coesão de grupos







Promover o envolvimento do grupo na selecção dos líderes.
Promover a proximidade entre os indivíduos.
Separar fisicamente a equipa das outras equipas.
Promover identificadores característicos da equipa.
Dar ênfase às tradições da equipa.
Manutenção de canais de comunicação abertos entre treinador
e atletas.
Desenvolvimento do orgulho e do sentimento de identidade
colectiva.
Coesão….emoção…







Promoção da auto-confiança.
Evitar a formação de “cliques” sociais que perturbam a coesão
da equipa.
Evitar as mudanças excessivas de atletas no seio do grupo.
Permanecer continuamente sensível e a par do que se passa
na equipa ao nível das atitudes e sentimentos dos seus
meembros.
Esforçar-se por conhecer a vida pessoal de cada atleta fora do
âmbito desportivo.
Reconhecimento da excelência dos atletas que mais
contribuem para a concretização dos resultados.
Encontros regulares fora das situações normais de treino para
resolver determinados conflitos.
Praticante-Modalidade

Promover o gosto pela prática e o gosto por aprender
e treinar.
•
•
•
•
•
Assegurar que os praticantes atribuem significado,
importância, às actividades propostas.
Assegurar prática motora variada e lúdica, evitando a
monotonia.
Tornar as actividades desafiantes (tarefas novas e cada vez
mais complexas e exigentes sem se tornarem muito
difíceis).
Gerir a percepção de risco; garantir segurança física e
emocional em ambiente desafiante, de risco estimulante.
Garantir sentimentos de sucesso na prática.
Gestão do Clima Emocional:
Síntese
Comportamentos de afectividade (frequência, natureza, ratio +/-)
 Correcções (FB) positivas
 Encorajamentos
 Aceitação de ideias, sentimentos, dúvidas, etc.
 Rir, gracejar
 Contacto físico, linguagem não-verbal
 Contacto extra-curricular
 Participação
 Demonstração
 Pressão para a actividade
 Movimentação
 Motivação
 Empenhamento
 Estabilidade e coesão grupal
 Gestão de conflitos/emoções
Clima no Treino: observação
comportamental

Categorias
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Rir, Sorrir e Gracejar (SG)
Identificação do praticante (IA)
Aceitação e Utilização das Ideias dos praticantes (AU)
Elogios e Encorajamentos (E)
Afectividade Negativa (AFN)
Interacções Extra-Curriculares (IEC)
Participar com os praticantes (PA)
Pressão (P)
Contacto Físico (CF)
Comunicação Não – Verbal (CN)
Clima no Treino
•
•
•
•
•
•
Rir, Sorrir e Gracejar (SG). O treinador expressa bom humor e/ou
prazer através de piadas, risos e sorrisos.
Identificação do praticante (IA). Na interacção com o praticante
utiliza o nome próprio do mesmo ou o sobrenome.
Aceitação e Utilização das Ideias dos praticantes (AU). Aceita
sugestões de alteração da actividade, desenvolve ideias dos
praticantes, integra essas ideias nas informações.
Elogios e Encorajamentos (E). O treinador elogia ou encoraja a
acção do praticante por expressões verbais.
Afectividade Negativa (AFN). Critica, acusa, ironiza, ameaça,
castiga.
Interacções Extra-Treino (IEC). Interage com os praticantes
sobre assuntos não directamente relacionados com a sua
disciplina (doenças, vida pessoal, etc).
Clima no Treino
•
•
•
•
Praticar com os atletas (PA). Envolve-se activamente
na prática demonstrando ou jogando, por ex.
Pressão (P). Incentiva a acção do praticante.
Contacto Físico (CF). O treinador toca no praticante
em manifestação de aproximação relacional.
Comunicação Não – Verbal (CN). Emite,
simultaneamente ou não, com as mensagens verbais,
sinais gestuais, expressões faciais e outras
expressões não verbais
A emoção de base: gostar de si



A promoção da auto-estima é decisiva.
A auto-estima pode apresentar diversos
tipos de especificidade.
É uma das bases essenciais da
intervenção do treinador e do psicólogo.
Estratégias de Promoção da
Auto-estima



Experiências positivas na participação
no treino: resultar alegria, satisfação,
auto-realização.
Optimizar a relação interpessoal com o
treinador (clima no treino/afectividade)
Evitar a participação em situações de
insucesso.
Estratégias de Promoção da
Auto-estima





Tornar o insucesso o mais privado
possível.
Escolher actividades e modificá-las
judiciosamente.
Planear variantes de facilidade e de
dificuldade.
Planear actividades alternativas
Valorizar os progressos pessoais mais
do que a comparação com os outros.
Estratégias de Promoção da
Auto-estima



Estimular a superação pessoal, a
competição consigo próprio, as
motivações intrínsecas.
Evitar situações de medo, ansiedade.
Feed-backs positivos.
Estratégias de Promoção da
Auto-estima



Não desvalorizar os mais fracos ou
menos hábeis.
Não acentuar a “ideologia do ganhar”.
Conversar com os atletas sobre estes
temas.

Evitar a participação dos jovens em
situações de repetido insucesso e que
sejam visíveis pelos outros.
• Reforça os sentimentos de inadequação
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Fornecer alternativas de actividade.
Evitar situações embaraçosas
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Falhar, especialmente se é frequente, leva à
desistência.
• Motivar implica que sejam bem sucedidos.
É preciso ajustar as tarefas e torná-las divertidas.
Evitar comparações com os outros ou com normas.
Encorajar a prática e menos os resultados.
Encorajar a competição consigo próprio
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Clima emocional