8o audhosp
Experiências em Processo de Acreditação (ONA,
CQH e Joint Commission – pontos fortes e pontos
fracos)
Qualidade e Acreditação: Isto será
exigido de você.
Ana Maria Malik
23/09/09
1
Sumário
• Qualidade e avaliação
• Avaliação externa; Acreditação
• Isto será exigido de você?
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Avaliação e Qualidade
• Quem são os responsáveis pela
qualidade?
• Quem são os responsáveis pela
avaliação?
• Quem avalia o que? Quando? Onde?
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Tantos avaliadores...
•
•
•
•
•
•
Quem usa
Quem paga
Quem vota
Quem quer trabalhar
Quem quer prestar serviços
...
04/11/2015
Ana Maria Malik
4
Quem decide?
• Quem usa não paga
• Quem paga não decide
• Quem decide não usa
• Então...como se decide?
04/11/2015
Ana Maria Malik
5
Administração e avaliação
• Avaliação – ex post
• Gestão – ex ante
• Dá para gerenciar a qualidade? Como?
• Para que? Com que critério?
04/11/2015
Ana Maria Malik
6
6
A quem interessa a qualidade?
• A quem NÃO interessa a qualidade?
• A quem interessa a NÃO qualidade?
• Stakeholders?
• Custos? Qualidade?
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Qualidade e sucesso
• Qualidade garante o sucesso no que?
• Qualidade impede o sucesso no que?
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Qualidade e avaliação: diversos olhares
• Olhar interno
• Olhar externo
• Vantagens e desvantagens
04/11/2015
Ana Maria Malik
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O que é a qualidade?
• Para quem?
Notícias no jornal
(favoráveis/desfavoráveis)
Financiamento (prêmio/urgência)
Clientela (fila/fila)
04/11/2015
Ana Maria Malik
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O que é a qualidade?
• Atingir meta?
• Meta fácil ou difícil?
• Avaliação negativa: quem aceita? Quem
pune?
• Avaliação positiva: quem dá feedback?
Quem premia?
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Gestão da qualidade
• Desde anos 80, gestão da qualidade virou
“tendência” em administração
• Conceitos: avaliação da qualidade é expost, administração da qualidade “evita”
surpresas ou controla
variação/variabilidade
• É possível falar em qualidade sem falar
em avaliação?
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Estudo de 1999 em hospitais de São Paulo mostrou:
• Objetivos esperados: melhorar assistência médica;
melhorar organização do estabelecimiento; aumentar
satisfação de usuários
• Resultados positivos: participação de empregados;
aumento satisfação dos usuários; racionalização
processos administrativos; maior responsabilidade
beneficiários
• Resultados negativos: falta de resultados objetivos;
aumento de conflitos internos; sistema de qualidade
considerado mais importante que as pessoas.
(Malik & Telles, 2000)
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Pesquisa de 2002 com operadoras
• Objetivo: verificar se instrumentos de avaliação externa
influenciavam no credenciamento de hospitais
• Metodologia: entrevistas com responsáveis por
credenciamento de cooperativas, medicinas de grupo e
seguradoras (autogestão não), no Rio de Janeiro
• Resultados: responsáveis por credenciamento não
conheciam certificação nem acreditação (poucas
exceções); não viam a perspectiva com bons olhos: para
obter certificado de avaliação externa custos aumentam.
14
Estudo realizado em 2002, hospitais públicos e privados
certificados/acreditados, mostrou resultados positivos
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Atualização do processo gerencial
Normatização dos processos
Mudança de cultura
Treinamento
Equipes multiprofissionais
Segurança dos pacientes
Foco no paciente
Motivação
Reconhecimento externo
• (mais ênfase em gestão que em assistência)
(Schiesari, 2004)
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Estudo de 2003, em hospitais públicos de São Paulo,
mostrou:
Resultados positivos:
•
•
•
•
•
•
aumento de usuários satisfeitos;
maior participação;
responsabilidade e satisfação dos empregados;
racionalização dos processos;
melhora dos indicadores de eficiência;
redução de custos.
Resultados negativos:
• aumento nos conflitos internos;
• dificuldade em sensibilizar órgãos superiores para
problemas específicos.
(Malik & Nicoletti, 2003)
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Pesquisa de 2005 em
contribuições de certificações
laboratórios
mostrou
Operacionais:
• controlar rotinas e equipamientos de áreas técnicas;
•
•
•
•
•
organizar processos;
ajudar expansão padronizada da organização;
conhecer e respeitar legislação e parâmetros métricos;
conhecer o setor;
enfatizar parâmetros rígidos de controle operacional
Políticas:
• estar representados em entidades técnicas setoriais;
•
•
adotar metodologias internacionalmente reconhecidas;
obter legitimidade entre categorias profissionais
(Malik, 2005)
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Pesquisa de 2005 em
contribuições de certificações
laboratórios
mostrou
• Mercadológicas:
• obter reconhecimento por diferentes clientes (médicos,
operadoras, consumidores finais);
• obter projeção internacional;
• ampliar possibilidades das organizações em atividades
estratégicas;
• ampliar possibilidades de financiamento
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Pesquisa de 2006 em hospitais acreditados, sobre
segurança, mostrou que
• - quem lá trabalha os acha seguros;
• - o índice de notificação de eventos adversos é baixo;
• - trabalhadores consideram que ações de segurança
são de interesse da direção;
• - reconhecem presença de ações punitivas quando um
funcionário erra;
• - poucos se dispuseram a participar da pesquisa
(Clinco, 2008)
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Pesquisa de 2007 em base de dados PNASH, em
pequenos hospitais que atendem SUS mostrou que:
• •
•
•
•
eles apresentam riscos para a população que os
procura;
- atendem parto e urgência sem ter necessariamente
médico e enfermeiro de plantão;
- (bem) menos de 100% apresenta CCIH
- não apresentam sistema adequado de guarda de
prontuários
- a base de dados é SUS e eles continuam abertos!
(Correa, 2009)
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Onde estamos?
•
•
Modelo assistencial estanque, especialidades, protocolos existentes e não seguidos;
Protocolos & avaliações externas – existem. Cobrem pouco do país. Por exemplo, falando de
serviços,
Acreditação Nacional (ONA): 115 hospitais, mais concentrados no eixo S/SE 31acreditados (1 N;
2 CO; 3 NE; 16 SE; 9 S); 47 plenos (1 N; 2 CO; 4 NE; 35 SE; 5 S); 37 com excelência (1 CO;
1 NE; 33 SE; 2 S) (www.ona.org.br) acesso 21/09/09
Acreditação “Internacional”:
JCI /CBA – 21 organizações: 6 públicas – RJ (4 unidades do InCa, Hemorio e INTO); 14 privadas
– (8 hospitais - 5 SP; 2 RJ; 1 RS + 7 “outras” – 2 home care [RJ e SP]; 4 AMIL [2 SP e 2 RJ];
1 centro de especialidades - SP) (www.cbacred.org.br) acesso 21/09/09
Acreditação canadense – novidade no mercado…4 privados já têm (2 RJ, 1 SP, 1 Pr) vai a
segunda leva, incluindo públicos (www.iqg.com.br) acesso 21/09/09
DNV – novidadíssima no mercado. Entrando em alguns serviços
CQH – Modelo de gestão/PNGS ou certificação
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Para que servem iniciativas de qualidade?
• Há indícios de que programas/iniciativas de
qualidade agregam valor à assistência, mas
poucas evidências;
• Há diferenças entre o que se vive
cotidianamente nos hospitais onde existem
iniciativas de qualidade e o que se consegue
concretizar com esta experiência
• Observa-se mais resultados na gestão do que
na assistência ou no cuidado
• Difícil comparar antes e depois.
04/11/2015
Ana Maria Malik
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No século XXI - 2009
• Acreditação existe no mundo todo
• Modelos ISO, Baldrige e de sociedades de especialistas
cada vez mais difundidos
• Continuam dificuldades em implantar protocolos
• Fala-se muito em segurança, risco e sistemas de
informação & educação continuada
• Hoje em dia, treinamento - simulação
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Por que é difícil?
• Qualidade e segurança são invisíveis –
não são medidas (mede-se, percebe-se,
audita-se a sua falta, os erros)
• Desempenho do médico e das
organizações & public reporting (em vez
de premiar fazer o certo, não pagamento
do erro?)
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Precisa ter?
• Iniciativas de qualidade?
• Acreditação / certificação / gestão de risco/
segurança?
• Controle de processos?
• Sistemas de informação?
• Controle de custos?
• E quem não tem?
• E quando ISSO é muito caro?
04/11/2015
Ana Maria Malik
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Para que qualidade e/ou acreditação?
• Precisa ter evidências de fato para dizer que/se reduz
custos
• Precisa buscar formas de dizer que além de tratar
melhor os pacientes a assistência melhora
• Precisa de algum tipo de estímulo externo: Brasil tem
7000 hospitais (140 são só 2%) e isto tudo é voluntário.
• “ter” essas coisas que faltam garante?
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Para que qualidade e/ou acreditação?
•
Hospital de SP deu um depoimento de que tiveram um
incêndio(zinho): não teria sido debelado com tanta
facilidade se acreditação não tivesse tantas exigências
(de cumprir a lei)
• Pesquisa em hospital de SP permitiu descobrir que
muitas das inovações implantadas foram consequência
de processos de acreditação
• Cumpre-se mais a legislação e há mais instrumentos
para corrigir as distorções
• Usa-se como marketing, assumindo que haja correlação
com qualidade da assistência
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Para que qualidade e/ou acreditação?
•
Hospital de São Paulo, acreditado, diz que pessoas
acabam ficando mais focadas em cumprir requisitos de
acreditação que em fazer assistência de qualidade
• Às vezes, desenha-se o processo mas não se sabe
para que
• Preencher prontuário não garante que a assistência seja
“boa”; não preencher não impede...então, por que o
requisito?
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Isto será exigido de você
(!!!???)
Promessa? Ameaça? Há conseqüências
caso sim e caso não?
Mais informações e bibliografia: www.gvsaude.org
29
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avaliação da qualidade