Apresentação para a ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 26 de abril de 2013 Política Estadual de Resíduos Sólidos: Panorama Geral e Desafios da Logística Reversa -As ações do governo do Estado de São Paulo- Eng° Flávio M. Ribeiro Assistente Executivo da Vice-Presidência Resíduos Sólidos Pressupostos para a Gestão • São consequência do consumo; (é quem move o sistema produtivo!) • Não são “materiais sem valor”! (condição socialmente determinada) • Representam “recursos fora do lugar”; (não são reincorporados aos ciclos) • Devem ser gerenciados segundo uma hierarquia! (3R´s) Resíduos Sólidos Pressupostos para a Gestão • Reuso/ Reciclagem de resíduos precisa ser considerado sob visão de agregação de valor nas cadeias produtivos (ciclo de vida) http://www.unep.org/pdf/PRE-SME_handbook_2010.pdf A gestão de resíduos deve agregar máximo valor aos recursos naturais! Política Estadual de Resíduos Sólidos Motivadores A Política Estadual de Resíduos Sólidos é: Uma política de proteção à saúde pública e aos ecossistemas • Gestão incorreta: potencial de dano à saúde pública e meio ambiente; Uma política de desenvolvimento • É possível converter muitos dos problemas em oportunidades! (inclusão social de catadores / novos negócios da economia verde) Uma política de sustentabilidade • Resíduos são consequência dos padrões de produção e consumo; (gestão adequada traz melhoria na eficiência do uso de recursos naturais) Uma política de redistribuição de direitos e deveres • Gestão de resíduos é responsabilidade de TODOS NÓS !!! Política Estadual de Resíduos Sólidos Marco Regulador • Lei Estadual n° 12.300, de 16 de março de 2006; • Decreto Estadual n° 54.645, de 5 de agosto de 2009; • Lei Federal n° 12.305, de 02 de agosto de 2010; • Decreto Federal n° 7.404, de 23 dezembro 2010; • Governança: Comissão Estadual de Gestão dos Resíduos Sólidos; • Criada pelo Decreto Estadual n° 54.645/ 2010; • Composta por representantes de 6 Secretarias de Estado; (Meio Ambiente, Saneamento e Rec. Hídricos, Energia, Saúde, Agricultura e Abastecimento e Desenvolvimento Metropolitano) Política Estadual de Resíduos Sólidos Situação dos Principais Elementos Decreto Estadual n° 57.817/2012 Programa Estadual de Implantação de Projetos de Resíduos Sólidos Elaboração do Plano Estadual Apoio aos Planos Municipais Melhoria da Gestão dos Resíduos Educação Ambiental Política Estadual de Resíduos Sólidos Situação dos Principais Elementos Decreto Estadual n° 57.817/2012 Programa Estadual de Implantação de Projetos de Resíduos Sólidos Elaboração do Plano Estadual • Em licitação (publicação DOE, 16/04/13): • Elaboração em 13 meses; • Inclui: • 8 capacitações; • 8 audiências públicas no diagnóstico; • 8 audiências públicas para aprovação; Política Estadual de Resíduos Sólidos Situação dos Principais Elementos Decreto Estadual n° 57.817/2012 Programa Estadual de Implantação de Projetos de Resíduos Sólidos • Programa de capacitação dos gestores: • 2012: 16 oficinas de diagnóstico; • 2013: 20 oficinas de elaboração; • 2014: 20 oficinas de aprimoramento (soluções conjuntas) • Para municípios acima de 100 mil hab.: • Cartilha detalhada; • 3 encontros em 2013; Apoio aos Planos Municipais Política Estadual de Resíduos Sólidos Situação dos Principais Elementos Decreto Estadual n° 57.817/2012 Programa Estadual de Implantação de Projetos de Resíduos Sólidos • Programa de apoio aos catadores; • Lançamento de cadastro (Fev. 2013); • Realização de Eco-Feiras; • Publicações de apoio (diversos tipos de ator); Educação Ambiental Política Estadual de Resíduos Sólidos Situação dos Principais Elementos Decreto Estadual n° 57.817/2012 Programa Estadual de Implantação de Projetos de Resíduos Sólidos • Resíduos Sól. Urbano • Novo IQR / levantamento IGR; • Dez. 2012: LP da primeira URE; • Resíduos Construção Civil • Diagnóstico publicado em 2012; • Cartilhas e capacitações para municípios (9 encontros em 2012); • Construção de sistema de rastreamento (piloto do Sist Declarat); • Decreto Constr. Sust. em discussão; Melhoria da Gestão dos Resíduos • Resíduos Industriais • Regulamentação do “Plano de Gerenciamento” em discussão; • Estudo para ICMS em discussão; • Proposta de linha de financiamento para cadeia da reciclagem; • Adoção da Responsabilidade PósConsumo no Estado; Política Estadual de Resíduos Sólidos Adoção da Responsabilidade Pós-Consumo • Responsabilidade Pós-Consumo • Princípio estabelecido na PERS (Decreto 54.645/2009, Art. 19), pelo qual fabricantes, importadores e distribuidores ficam responsáveis pela gestão dos resíduos mesmo após consumo dos produtos; • Harmonizado com PNRS: Lei 12.305/2010 • Conceito de Responsabilidade Compartilhada (Art.30); • Definição de Logística Reversa: (Art.3º, inc.XII): “...conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial...” • Obrigatoriedade para diversos setores “...estruturar e implementar sistemas de logística reversa...” (Art.33); • Poderão ser estabelecidos por Acordo Setorial ou Termo Compromisso - nacional, regional, estadual ou municipal (Art.34); de Política Estadual de Resíduos Sólidos Adoção da Responsabilidade Pós-Consumo • Estratégia adota em São Paulo: • Objetivo: já colocar em prática programas de responsabilidade pósconsumo junto a setores selecionados; • Pressuposto: a RPC altera profundamente as relações econômicas – deve portanto: • • • • • Ser adotada criteriosamente e gradualmente; Gerar experiência a ser gradualmente aprimorada; Reconhecer limite do poder público em conhecer as cadeias de valor; Assumir que o ideal são regras federais, evitando embates entre os Estados; Proposta: • • • • Uso dos Termos de Compromisso, enquanto não há Acordo Setorial; Foco inicial nos fabricantes e importadores; Em cada setor, firmar e acompanhar ao menos um Termo; Criar regra para aqueles que não aderirem aos Termos; Política Estadual de Resíduos Sólidos Adoção da Responsabilidade Pós-Consumo • Resolução SMA n° 38/2011 traz relação de produtos: I – Produtos que resultam em resíduos de significativo impacto ambiental: a) Óleo lubrificante automotivo; b) Óleo Comestível; c) Filtro de óleo lubrificante automotivo; d) Baterias automotivas; e) Pilhas e Baterias; f) Produtos eletroeletrônicos; g) Lâmpadas contendo mercúrio; h) Pneus; II – Produtos cujas embalagens são consideradas resíduos de significativo impacto ambiental: a) Alimentos; b) Bebidas; c) Produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos; d) Produtos de limpeza e afins; e) Agrotóxicos; f) Óleo lubrificante automotivo. • Solicita propostas dos regulados para análise e negociação, possibilidade de firmar Termos de Compromisso (Previsto PNRS); • Foco em um dos elos da cadeia (fabricantes e importadores); • Interface com outras ações (Ex: apoio à catadores; Planos Municipais) com Política Estadual de Resíduos Sólidos Adoção da Responsabilidade Pós-Consumo • Processo : • 56 Atendimentos a entidades (FIESP, Assoc., Sindicatos, etc) em 2011; • Criação de site com “perguntas e respostas” e e-mail para dúvidas; • Duas reuniões abertas de esclarecimento público (auditório); • Resultados até o momento: • 186 propostas recebidas - representam ~2 mil CNPJ´s; • Termos de Compromisso Assinados para 11 setores: I – Produtos que resultam em resíduos de significativo impacto ambiental: a) Óleo lubrificante automotivo; b) Óleo Comestível; c) Filtro de óleo lubrif. automotivo; d) Baterias automotivas; e) Pilhas e Baterias; f) Produtos eletroeletrônicos; g) Lâmpadas contendo mercúrio; h) Pneus; II – Produtos cujas embalagens são consideradas resíduos de significativo impacto ambiental: a) Alimentos; b) Bebidas; c) Produtos de hig pessoal, perfumaria e cosméticos; d) Produtos de limpeza e afins; e) Agrotóxicos; f) Óleo lubrificante automotivo. + Telefonia Celular Política Estadual de Resíduos Sólidos Adoção da Responsabilidade Pós-Consumo • Em andamento: • Termos para outros setores • Embalagem de Alimentos; • Embalagem de Bebidas; • Eletroeletrônicos (notebooks e linha branca); • Respostas aos demais adimplentes à Resolução SMA 38/2011; • Sanções contra inadimplentes da Resolução SMA 38/2011; • Regulamentação da aspectos de licenciamento para logística reversa; Política Estadual de Resíduos Sólidos A visão do ciclo de vida • “Retorno” das embalagens e produtos no pós-consumo (logística reversa) já está sendo encaminhado; • Mas ainda é necessário reduzir os impactos de ciclo de vida dos produtos –evitando geração e agregando o máximo valor nas cadeias produtivas; http://www.unep.org/pdf/PRE-SME_handbook_2010.pdf Política Estadual de Resíduos Sólidos A visão do ciclo de vida Para isso, “reciclagem” deve permitir “retorno aos ciclos” (naturais ou produtivos) Exemplo: Equipamentos Eletroeletrônicos Redução / Reuso/ Reciclagem de resíduos precisam ser considerados sob visão de agregação de valor nas cadeias produtivos (ciclo de vida) Conclusão • Gerenciamento de resíduos tem assumido relevância crescente; • Mudanças radicais deverão se processar no mercado nos próximos anos; • Sociedade está mobilizada responsabilidade; e cabe a todos cumprir • Começa por obter e comunicar informação! • Gestão dos resíduos é uma política de desenvolvimento • Ações devem convergir políticas (ambiental, social, econômica, etc); • Avanços dependerão principalmente das pessoas • Educação ambiental é imprescindível para mudanças! sua Flávio Ribeiro Assistente Executivo da Vice-Presidência CETESB [email protected]