GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
Governo do Estado do Espírito Santo
Secretaria de Estado da Educação
GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA
A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO
ANO II
ANO II
Vitória
2010
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GOVERNADOR
Paulo César Hartung Gomes
VICE-GOVERNADOR
Ricardo de Rezende Ferraço
SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Haroldo Corrêa Rocha
ORGANIZAÇÃO
Subsecretaria de Educação Básica e Profissional
Adriana Sperandio
Gerente de Ensino Médio
Leonara Margotto Tartaglia
Subgerente de Desenvolvimento Curricular
Patrícia Silveira da Silva Trazzi
COMISSÃO COORDENADORA
Márcia Gonçalves de Brito
Rafaela Teixeira Possato de Barros
Rita de Cássia Santos da Silva
Rita Nazareth Cuquetto Soares
EQUIPE TÉCNICA DE ENSINO MÉDIO
Eliane Carvalho Fraga
Elizabeth Detone Faustini Brasil
Gisele Peres Zucolotto
Johan Wolfgang Honorato
Sara Freitas de Menezes Salles
Tânia Mara Silva Gonçalves
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PROFESSORES COLABORADORES DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
DE LÍNGUA PORTUGUESA – ANO I / 2009:
Alcides Jesuína de Sousa
Alexssandra Lopes N. Godoy
Doraci Oliveira Bucker
Edson B. Sacramento
Iracilde de Oliveira Silva
Irani Francischetto Frigério
Johan Wolfgang Honorato
Joicy da Fonseca Guimarães
José da Silva Gouvêa
Lenice Garcia de Freitas
Luciana Gonçalves Q. Florentino
Magna Maria Fiorot Prando
Malba Lúcia G. Delboni
Maria Davina Pandolfi Marques
Zilneide de Barros
Maria José dos Reis Pandolfi
Marlene Martins Roza Patrocínio
Marizete Soares Ferreira
Márcia Carina M. dos S. Machado
Monica Valeria Fernandes
Rafaela Teixeira Possato de Barros
Rita de Cássia Mota Ribeiro Moreira
Rita de Cássia dos S.R Martins
Rita Nazareth Cuqueto
Regina Célia Vago
Roberta Taddei Moreira Mathielo
Rosana Carvalho Dias Valtão
Rosiani Oliveira Chiste Casotti
Sandra Fernandes Bonatto
Terezinha Maria Coelho Davel
Tania Mara Silva Gonçalves
Valéria Zumak Moreira
Técnica pedagógica / SRE Guaçuí
Professora de Língua Portuguesa / SRE Cachoeiro de Itapemirim
Técnica pedagógica / SRE Colatina
Professor de Língua Portuguesa / SRE Vila Velha
Técnica pedagógica / SRE Afonso Cláudio
Técnica pedagógica / SRE Nova Venécia
Professor de Língua Inglesa / SEDU - Central
Professora de Língua Portuguesa / SRE São Mateus
Professor de Língua Portuguesa / SRE Nova Venécia
Professora de Língua Portuguesa / SRE Linhares
Professora de Língua Portuguesa
Técnica pedagógica / SRE Colatina
Técnica pedagógica / SEDU - Central
Professora de Língua Portuguesa / SRE Linhares
Técnica pedagógica / SRE Carapina
Técnica pedagógica / SRE Linhares
Professora de Língua Portuguesa / SRE Barra de São Francisco
Técnica pedagógica / SRE Carapina
Professora de Língua Portuguesa / SRE Barra de São Francisco
Técnica pedagógica / SRE Barra de São Francisco
Professora Língua Portuguesa / SEDU - Central
Técnica pedagógica / SRE Cachoeiro de Itapemirim
Técnica pedagógica / SRE Guaçuí
Técnica pedagógica / SEDU - Central
Professora de Língua Portuguesa / SRE Colatina
Técnica pedagógica / SRE Cachoeiro de Itapemirim
Professora de Língua Portuguesa / SRE Guaçuí
Professora de Língua Portuguesa / SRE Carapina
Professora de Língua Portuguesa / SEDU - Central
Técnica pedagógica / SRE Afonso Cláudio
Técnica pedagógica / SEDU - Central
Professora de Língua Portuguesa / SEDU - Central
PROFESSORES COLABORADORES DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
DE MATEMÁTICA – ANO I / 2009:
Allan Coutinho Nielsen
Aminadabe de F. Aguiar Queiroz
Ana Maria Valane
Sueli César
Anderson Avelino
Claudinei Pereira da Silva
Eliane Carvalho Fraga
Elizângela Dal’ Bó
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Professor de Matemática / SRE Vila Velha
Professor de Matemática / SRE Linhares
Professora de Matemática / SRE Cachoeiro de Itapemirim
técnica Pedagógica / SRE Cachoeiro de Itapemirim
Professor de Matemática / SRE Colatina
Professor de Matemática / SRE Afonso Cláudio
Professora de Matemática / SEDU - Central
Professora de Matemática / SRE Linhares
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Gilmara Farias Brando Pandolfi
Joana D’ark Alves da Silva
José Pacheco de Jesus
Luciano François Mendonça
Maura Virgínia Souza
Melissa Martins Fazio
Michele Soriana Krause
Pollyana de O. M. Pedrazzi
Rúbia Carla Pereira Oliveira
Suely Breda Gava
Alexsandra L. N. Godoy
Edson B. Sacramento
Professora de Matemática / SRE São Mateus
Professora de Matemática / SRE Barra de São Francisco
Professor de Matemática / SEDU - Central
Professor de Matemática / SRE Cariacica
Professora de Matemática / SRE Carapina
Professora de Matemática / SRE Carapina
Professora de Matemática / SRE Nova Venécia
Professora de Matemática / SRE Cachoeiro de Itapemirim
Professora de Matemática / SRE Carapina
Professora de Matemática / SRE Guaçuí
Professora de Língua Portuguesa / SRE Cachoeiro de Itapemirim
Professor de Língua Portuguesa / SRE Vila Velha
PROFESSORES REVISORES DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS ANO I E ELABORADORES
DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA – ANO II / 2010:
Coordenação: Rafaela Teixeira Possato de Barros
Ériton Bernardes Berçaco
Rosiani Oliveira C. Casotti
Ana Helena S. Soave
Márcia Carina M. dos Santos Machado
Elias Campos Caetano
Wallas Gomes Zoteli
Luciano Trevizani
Silvana Holz
Adriana Nascimento Jesus
Lídia Maria Rodrigues de Oliveira
Professor de Língua Portuguesa / SRE Carapina
Professora de Língua Portuguesa / SRE Carapina
Professora de Língua Portuguesa / SRE Linhares
Professora de Língua Portuguesa / SRE Barra de São Francisco
Professor de Língua Portuguesa / SRE Colatina
Professor de Língua Portuguesa / SRE Nova Venécia
Professor de Língua Portuguesa / SRE São Mateus
Professora de Língua Portuguesa / SRE Afonso Cláudio
Professora de Língua Portuguesa / SRE Cariacica
Professora de Língua Portuguesa / SRE Cariacica
PROFESSORES REVISORES DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS ANO I E ELABORADORES
DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS DE MATEMÁTICA – ANO II / 2010:
Coordenação: Eliane Carvalho Fraga
Suely Breda Gava
Diassis de Cássia Ximenes
Cátia Aparecida Palmeira
Thais Moura de Oliveira
Joana D’ark Alves da Silva
Leandro Rossmann de Barros
José Gleidson Camata
Adla Freitas Figueiredo
Gilberto de Paiva
Josias Augusto de Souza
Pollyana de O. M. Pedrazzi
Antônio José Belbuche Muri
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Professora de Matemática / SRE Guaçuí
Professor de Matemática / SRE Carapina
Professora de Matemática / SRE Carapina
Professora de Matemática / SRE Linhares
Professora de Matemática / SRE Barra de São Francisco
Professor de Matemática / SRE Colatina
Professor de Matemática / SRE Nova Venécia
Professora de Matemática / SRE Nova Venécia
Professor de Matemática / SRE Afonso Cláudio
Professor de Matemática / SRE Cariacica
Professora de Matemática / SRE Cachoeiro de Itapemirim
Professor de Matemática / SRE Vila Velha
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SUMÁRIO
Caros Educadores ......................................................................................................................................................................6
PARTE I - ORIEN
NTAÇÕES EST
TRATÉGICAS
1
1.1
1.2
Intervenção Pedagógica ......................................................................................................................................... 12
A Intervenção Pedagógica e o Currículo ........................................................................................................... 12
A Intervenção Pedagógica e o PAEBES .............................................................................................................. 14
2
Objetivo da Intervenção Pedagógica ................................................................................................................. 16
3
3.1
Metas .............................................................................................................................................................................. 16
Metas das Escolas de Ensino Médio .................................................................................................................... 16
4
4.1
4.2
4.3
4.4
4.5
A Gestão Escolar na Intervenção Pedagógica ................................................................................................. 17
Gestor Escolar.............................................................................................................................................................. 17
Pedagogo ..................................................................................................................................................................... 18
Professor........................................................................................................................................................................ 19
Estudantes .................................................................................................................................................................... 19
Família ........................................................................................................................................................................... 20
5
5.1
5.2
5.3
5.4
Ações Estratégicas para 2010 ................................................................................................................................ 21
No Âmbito da SEDU.................................................................................................................................................. 21
No Âmbito da SRE ..................................................................................................................................................... 24
No Âmbito da Escola e da Sala de Aula.............................................................................................................. 27
No Âmbito da Família (Integrar as Ações com o Projeto Família Presente) .......................................... 31
PARTE II - ORIE
ENTAÇÕES ME
ETODOLÓGICA
AS
1
1.1
1.2
Sequência Didática.................................................................................................................................................... 34
Relação de Sequências Didáticas de Língua Portuguesa ............................................................................ 35
Relação de Sequências Didáticas de Matemática .......................................................................................... 40
2
Sequências Didáticas de Língua Portuguesa................................................................................................... 44
3
Sequências Didáticas de Matemática ................................................................................................................. 61
4
Considerações Finais ................................................................................................................................................ 76
5
Referências ................................................................................................................................................................... 77
ANEXOS
Anexo I
Termo de Compromisso....................................................................................................................................................... 80
Anexo II
Estrutura Básica do Plano de Intervenção Pedagógica Escolar ............................................................................. 87
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Caaros Educcadores,
Apresentamos o Guia de Intervenção Pedagógica ANO II. As propostas aqui contidas
visam a subsidiar o trabalho dos educadores do Ensino Fundamental e Médio, voltado
para o direito à aprendizagem. Este Guia traz uma série de reflexões, considerações
e propostas de distinto teor, articuladas em torno do direito de aprender. O sucesso
escolar dos estudantes está intimamente associado à qualidade da educação que é
desenvolvida nas unidades escolares, revelada nos conhecimentos acumulados, nas
competências e habilidades desenvolvidas, nas atitudes e nos valores apreendidos
ao longo da escolaridade.
A produção deste material traz o acumulado das práticas desenvolvidas em 2009
enriquecidas pela práxis educativa: a sala de aula. Contém os pressupostos teóricos
da intervenção pedagógica a partir da avaliação do sistema PAEBES, que, associados
à avaliação da aprendizagem vivida no cotidiano da sala de aula, possibilitam o diagnóstico da dificuldade individual de cada estudante e da unidade escolar, apontando
as medidas a serem tomadas para que o direito de aprender seja garantido.
Há muito que avançar em relação à educação que é oferecida diariamente nas escolas. Os gestores educacionais, em seus diferentes âmbitos de atuação, têm que
desenvolver e mostrar perspectivas quanto à “nova escola” e ao desafio da aprendizagem, priorizando ações estratégicas que permitam impulsionar as aprendizagens
escolares.
É necessária uma maior atenção à qualidade das interações intraescolares, à construção de compromisso coletivo na escola para com os estudantes e a aprendizagem, ao
investimento em tecnologias de suporte e apoio ao processo ensino-aprendizagem
por meio de equipamentos adequados, ao desenvolvimento de ações de formação
de professores focadas na prática de ensino, à ressignificação do papel dos gestores
escolares para dinamizar o ambiente escolar priorizando a aprendizagem, ao envolvimento das famílias e ao protagonismo dos jovens, dentre outros.
No Espírito Santo, como em todo o Brasil, o enfrentamento desses desafios tem pautado todos os debates entre os gestores educacionais, desde aqueles que atuam na
coordenação central ou regional até a gestão da sala de aula exercida no cotidiano
pelo professor. Centramos as políticas educacionais desta Secretaria no avanço dos
aspectos qualitativos dos indicadores educacionais, uma vez que a grande preocupação paira sobre o compromisso quanto ao DIREITO DE APRENDER de todos e de
cada um.
Atuamos pelo enfrentamento dos desafios da própria rede de ensino, que procura sistemática e gradativamente incrementar o ambiente escolar, refletindo as
marcas da contemporaneidade e inserindo na ação pedagógica as ferramentas
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e linguagens presentes e utilizadas pelo estudante na infância, na adolescência/
juventude, ou seja, nos diferentes tempos da vida aliados à formação continuada
dos professores.
O Guia de Intervenção Pedagógica ANO II é uma iniciativa da Secretaria de Estado
da Educação, por meio de suas unidades escolares, que objetiva mobilizar toda a
comunidade escolar, apresentando ações e produções construídas e validadas em
parceria com um grupo de professores e pedagogos da Rede Estadual. O referido
documento se constitui em referencial para a elaboração dos planos de Intervenção
Pedagógica da Escola e das salas de aula, destacando ainda como documentos a
serem considerados:
Currículo Básico da Escola Estadual;
Cadernos das oficinas metodológicas das Olimpíadas da Língua Portuguesa;
Cadernos do Programa Gestar II, Alfabetização Teoria e Prática e – Pró-letramento;
Cadernos do Multicurso Matemática; e
PAEBES Volume III – Revista do Educador.
Os materiais citados acima constituem instrumentos de consulta e pesquisa para a
revisão e reorganização dos principais documentos escolares, quais sejam:
Proposta Pedagógica da Escola;
Ata do Conselho de Classe do 1º trimestre, destacando dados da recuperação trimestral; e
Plano de Ensino Anual;
Como material orientador do (re)planejamento da ação escolar, este documento –
GUIA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – está organizado em duas partes distintas:
Parte I – Orientações Estratégicas e Parte II – Orientações Metodológicas.
Na Parte I, Orientações Estratégicas, as ações estão apresentadas considerando
quatro âmbitos de atuação que explicitam a convicção de que a avaliação com função diagnóstica e informações precisas da aprendizagem contida nas atas do Conselho de Classe e do sistema contido nos resultados do PAEBES deve servir como ponto
de partida para um pacto pela aprendizagem envolvendo os diferentes âmbitos da
gestão do processo educacional – a escola, o sistema de ensino, a família e o próprio
estudante.
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a) No âmbito da SEDU Central e Regional:
Promover processo de discussão frente aos resultados apontados pelas avaliações
sistêmicas no Ensino Fundamental e Ensino Médio, propor e orientar a elaboração
de Planos de Intervenção Pedagógica nas escolas e nas salas de aula.
Como parte integrante, destacam-se as ações de caráter formativo, quais sejam:
Olimpíadas da Língua Portuguesa, Multicurso Matemática, Gestar I e II, Alfabetização Teoria e Prática, Pró-letramento, Estudos Quinzenais do Currículo, todas essas
desenvolvidas a partir do Currículo Básico da Escola Estadual.
b) No âmbito da Escola:
Conhecer e divulgar os resultados obtidos nas avaliações sistêmicas e as informações dos documentos síntese do PAEBES 2009 para elaborar o Plano de Intervenção Pedagógica da Escola, a partir do diálogo e mobilização de toda a comunidade escolar.
Destaque especial deve ser dado ao pleno envolvimento dos estudantes como
sujeitos da ação educativa, protagonizando a elaboração do plano escolar no
pacto pela aprendizagem.
c) No âmbito da Sala de Aula:
Considerar os dados das avaliações de aprendizagem da turma, conhecer e analisar os resultados obtidos nas avaliações sistêmicas e as informações dos documentos síntese do PAEBES 2009 para elaborar um Plano de Intervenção Pedagógica para a Sala de Aula que considere o uso de sequências didáticas e outras
práticas inovadoras, numa perspectiva multidisciplinar, com vistas a melhorias da
aprendizagem dos estudantes.
d) No âmbito da Família:
Envolver a família no processo de Intervenção Pedagógica da Escola como parceira e (co)responsável por todas as ações previstas para a melhoria na aprendizagem dos estudantes.
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Na Parte II, Orientações Metodológicas, produção que conta com a efetiva autoria
dos professores da rede estadual, destaca-se a estratégia inovadora que identificamos como assertiva na efetividade da aprendizagem escolar: as sequências didáticas.
Um referencial flexível que possibilita às escolas inserirem suas especificidades, cujas
implicações didáticas se caracterizam como inovadoras e emancipatórias, atrativas
sob o ponto de vista do estudante, contextualizadas com o mundo contemporâneo
e as questões da realidade sociocultural e de natureza interdisciplinar, estabelecendo relações necessárias com as competências e habilidades a serem desenvolvidas
pelos estudantes em sintonia com o conteúdo escolar. Nesta parte do documento
impresso, inserimos algumas sequências como exemplo de produção e as demais estão contidas em CD anexo. Esclarecemos que no site www.educação.es.gov.br/intervencaopedagogica encontram-se todas as produções formuladas na rede estadual
para os Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Destaca-se, ainda, como importante ação desta Secretaria, no corrente ano, a implementação do Projeto Acelera, voltado para 1.200 estudantes dos anos iniciais do
Ensino Fundamental com defasagem idade/série.
A partir deste GUIA, cada escola deverá elaborar o Plano de Intervenção Pedagógica Escolar, na perspectiva macroestrutural que caracteriza a escola como espaço
educativo, e cada professor deverá elaborar o Plano de Intervenção Pedagógica
da Sala de Aula, com a perspectiva do processo ensino-aprendizagem em cada turma de estudantes. Ambos os documentos escritos e sistematizados a serem elaborados pela equipe pedagógica e professores das unidades escolares, contemplando
as estratégias construídas para atender as dificuldades diagnosticadas, a partir da
pesquisa interna e dos resultados da avaliação sistêmica do PAEBES que revelam as
limitações e oportunidades identificadas no cotidiano escolar. Tratam-se de roteiros
detalhados das ações devidamente fundamentadas a serem desenvolvidas para que
se consiga atingir os objetivos propostos, decorrentes do diagnóstico da realidade
escolar.
Bom trabalho a todos!
Adriana Sperandio
Subsecretária de Educação Básica e Profissional
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PARTE I
ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS
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1 Interven
nção Pedaagógica
Intervir é atuar com o intuito de influir, tomar parte, envolver-se, tornar-se mediador,
agir a fim de influenciar o desenvolvimento de alguma coisa.
No sentido educacional, intervir tem como foco eminentemente a ação pedagógica
com o objetivo de garantir aos estudantes o direito de aprender. Essa aprendizagem,
embora seja um grande desafio, é um direito de todos conforme preconiza a Constituição Federal.
Nesse contexto, a intervenção pedagógica é uma ação de toda a comunidade escolar
que pactua o compromisso de promover a melhoria da aprendizagem do estudante. Considerando os resultados apresentados pelo PAEBES 2009 é de fundamental
importância, nesse momento, intervir pela melhoria da aprendizagem, confirmando
esse direito. Assim, a escola deve elaborar um Plano de Intervenção com propostas
concisas e eficazes capazes de trazer modificações substanciais para o aprendizado
dos estudantes do ensino médio.
1.1
1 A Intervvenção Pedagógica e o Currículo
A intervenção trata-se de uma (re)orientação do trabalho pedagógico, a partir do desenvolvimento do Currículo Básico Estadual, quando os educadores são convidados a
estabelecer prioridades, rever concepções e (re)criar novos meios de intervenção em
diferentes possibilidades, projetando na prática a concretização do seu trabalho.
A ação pedagógica de intervenção envolve o planejamento previsto a curto e médio
prazos:
revisão e reelaboração da Proposta Pedagógica da Escola, do plano de ensino trimestral e do plano de aula;
revisão da práxis pedagógica a partir dos estudos dos roteiros quinzenais;
desdobramento das ações expressas no plano de intervenção pedagógica e nas
sequências didáticas; e
comprometimento com o planejamento coletivo.
Nessa perspectiva, é pertinente reafirmar os princípios norteadores da ação educativa preconizados no Currículo Básico Estadual/ES:
Valorização e afirmação da vida;
Reconhecimento da diversidade na formação humana;
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Educação como bem público;
Aprendizagem como direito do educando; e
Ciência, cultura e trabalho como eixos estruturantes do currículo.
As ações desenvolvidas no âmbito da escola devem convergir para a potencialização
do currículo, que é dinamizado a partir do Multicurso de Matemática, das Olímpíadas
de Língua Portuguesa, da Olimpíada Brasileira de Matemática, dos Festivais de Leitura, das Oficinas de Ideias Metodológicas, dos Roteiros de Estudos quinzenais, entre
outros. Essas ações bem articuladas contribuem para o desenvolvimento de competências e habilidades mínimas requeridas pelo processo de aprendizagem.
Alguns pontos devem ser questionados pelas equipes a fim de coletar dados que
subsidiarão o processo de intervenção:
A aprendizagem
melhorou?
Houve
compromisso e
envolvimento do
gestor escolar?
Agregou
benefícios
e valores?
Os objetivos
e metas foram
atingidos?
Houve mudança
de atitude dos
educadores?
Houve mudança
de atitude dos
alunos?
Houve impacto
na comunidade
escolar?
Nesse contexto, a escola tem como desafio dar sentido e aplicabilidade ao que é
aprendido, e as ações de intervenção pedagógica devem exercer impacto sobre a
formação do estudante do Ensino Médio e a melhoria da aprendizagem, contribuindo constantemente para sua integração e inserção na sociedade, a partir de seu projeto de vida.
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O Currículo Básico Escola Estadual trata a avaliação na rede estadual como diagnóstica e de caráter formativo por considerar o processo educativo contínuo, com vistas
a reorientações permanentes. É instrumento de suporte do planejamento e da execução das atividades, envolvendo professor e educando, gestores escolares, gestores
regionais e estaduais. É uma atividade integrante do processo pedagógico, orientada
para manter ou melhorar nossa atuação futura.
A diminuição ou a superação da desigualdade escolar de estudantes que frequentam a mesma classe ou escolas do mesmo município ou bairro é altamente relevante
para a qualidade educacional. É necessário que todos os educadores compreendam
a complexidade da ação educativa no/do ambiente escolar.
O Currículo Básico Escola Estadual (2009) considera três níveis de avaliação que
devem estar conectados na dinâmica da educação de forma a legitimá-la técnica
e politicamente: “Legitimidade técnica subsidiada pela formação do profissional
educador e legitimidade política, que pressupõe respeito a princípios e critérios
definidos coletivamente e referenciados na política educacional e no projeto político pedagógico.”
1.2
2 A Intervvenção Pedagógica e o PAEBES
O PAEBES foi instituído pela Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo no
ano 2000. Em 2004, foi avaliado o desempenho dos estudantes das 1ªs séries do Ensino Médio nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Física, Química e Biologia.
Em 2008, o PAEBES realizou a avaliação das turmas da 1ª série do Ensino Médio, com
aplicação de provas nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Além do
instrumento de avaliação, foram aplicados questionários aos alunos, professores e
diretores, a fim de identificar fatores que interferem no desempenho dos estudantes
(percepção da qualidade dos professores; motivação para a leitura; tarefa de casa;
inserção social na escola; satisfação do aluno; percepção da efetividade do diretor;
satisfação com a escola).
Em 2009, o PAEBES avaliou novamente os estudantes das 1ªs séries do Ensino Médio em Língua Portuguesa e Matemática, o que, além de possibilitar um acompanhamento de seu desempenho, buscou fomentar ações de formação continuada de
professores, (re)definições de metas, planejamentos e intervenções pedagógicas,
visando à ampliação do aprendizado.
O PAEBES tem como objetivo avaliar a rede de ensino do Espírito Santo, isto é,
diagnosticar o andamento do processo educativo das unidades escolares, na
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perspectiva de adotar medidas que contribuam para a garantia do direito do estudante a aprender. Sob esse prisma, as informações geradas pelo PAEBES devem
subsidiar a implementação da Intervenção Pedagógica, voltada à melhoria da
aprendizagem dos estudantes. A maior meta dessa ação educacional é multiplicar, nas escolas, os espaços de diálogo em torno do tema da avaliação externa,
com vistas à utilização de seus resultados como terreno fértil para novas e criativas práticas pedagógicas, capazes de elevar cada escola a patamares mais altos
de desempenho e ajudar a garantir o direito do estudante a uma educação de
qualidade, mais justa e inclusiva.
Nesse contexto, a avaliação precisa assumir definitivamente o papel de instrumento
de gestão e responsabilização dos sujeitos que integram o ambiente escolar – direção, professores, pais, alunos, pedagogos, coordenadores. Por isso, é necessário que
os resultados sejam apropriados pela escola e utilizados como orientação efetiva do
trabalho pedagógico, considerando a comunidade escolar como responsável por
seus resultados.
É fundamental que a equipe escolar entenda que o nível de desempenho alcançado pela escola é responsabilidade de todos. Embora as avaliações cognitivas
sejam nas áreas de Matemática e Língua Portuguesa, sabemos que as competências e habilidades são construídas no processo de ensino e aprendizagem, de
uma forma global e não por conteúdos e disciplinas.
Os resultados divulgados na Revista do Educador – PAEBES – volume III, por disciplina, orientam detalhadamente a compreensão desses resultados, a partir:
da Escala de Proficiência;
dos domínios e competências da Escola; e
dos Padrões de Desempenho.
A compreensão desses conceitos, associada ao desempenho da escola, possibilita
ao professor desenvolver a intervenção pedagógica com mais segurança e entendimento dos seus objetivos, além de, principalmente, identificar qual a necessidade da
escola e das turmas em que atua.
Enfim, ao apresentar os resultados do PAEBES, a Secretaria de Estado da Educação
não tem o intuito de ranquear escolas ou impor parâmetros de qualidade que firam
a autonomia das unidades escolares. O objetivo é que os resultados apresentados
sejam incorporados pelos professores, gestores e pela própria sociedade, e que fomentem o debate e um trabalho pedagógico que subsidie a melhoria da qualidade
educacional em todo o Estado.
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2 Objetivo
o da Interrvenção Pedagógicca
Promover a melhoria da aprendizagem dos alunos do Ensino Médio elevando a proficiência em Língua Portuguesa e Matemática.
3 Metas
Proporcionar melhorias significativas na qualidade da aprendizagem dos estudantes das escolas estaduais, garantindo que os discentes dominem todas as
formas de conteúdos (atitudinais, conceituais e procedimentais), competências e
habilidades esperados para a etapa de escolarização em que se encontram.
Envolver toda a comunidade escolar na intervenção pedagógica, cada um assumindo sua função: professores, gestores, pais, alunos, pedagogos, coordenadores.
Mobilizar, através de mídias, a participação dos estudantes das escolas da rede
estadual na avaliação do PAEBES, compreendendo seu significado, bem como sua
importância no diagnóstico da realidade escolar para (re)definição das políticas
educacionais.
3.1
1 Metas das Escolas de Ensino Médio
Melhorar o desempenho dos alunos para diminuir o índice de estudantes no nível
Abaixo do Básico e aumentar nos níveis Básico, Proficiente e Avançado, até 2025 para
as seguintes proporções:
NÍVEL
% de alunos – Leitura e Matemática
2025
Abaixo do Básico
05
Básico
25
Proficiente
45
Avançado
25
A distribuição dos alunos entre os níveis de aprendizagem definida como meta para
2025 foi padronizada pelos índices observados nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que são os mais bem colocados
do mundo em termos de qualidade da educação.
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4 A Gestão
o Escolarr na Intervvenção Ped
dagógica
As ações de natureza pedagógica devem ser colocadas como eixo do trabalho da
equipe gestora escolar. Essas ações dizem respeito à gestão da Proposta Pedagógica
da Escola, do Currículo Básico, do Plano de Intervenção Pedagógica, do desenvolvimento profissional e da avaliação, ou seja, a questão dos próprios elementos que
constituem a natureza da atividade escolar. Todos os membros da equipe escolar
devem estar envolvidos nessas ações, mas a responsabilidade direta sobre elas é da
competência de quem dirige a escola.
Nessa perspectiva, cada unidade escolar deverá por meio do Comitê de Implementação do Currículo assegurar a efetivação do currículo e da intervenção pedagógica, bem como garantir o estudo dos roteiros quinzenais. Nesse momento, o diretor é
convidado a ser o responsável por implementar, junto à equipe pedagógica da escola, um trabalho específico de aprendizagem voltado para a intervenção pedagógica,
divulgação, apropriação e utilização dos resultados do PAEBES.
Nesse contexto, compete ao:
4.1
1 Gestor Escolar
Conhecer, apropriar-se e divulgar os resultados das avaliações externas para toda
a comunidade escolar, conscientizando-a e sensibilizando-a quanto à necessidade da Intervenção Pedagógica;
Coordenar e mobilizar a equipe escolar para elaboração do Plano de Intervenção
Pedagógica Escolar;
Articular as ações de planejamento às ações avaliativas, tendo como ponto de
partida os resultados da aprendizagem dos alunos;
Definir, no coletivo escolar, propostas de intervenção pedagógica que melhor
atendam à sua realidade, considerando as ações de implementação do currículo
e os roteiros de estudos;
Dar suporte necessário para o desenvolvimento das ações planejadas no âmbito
da Intervenção Pedagógica;
Monitorar e acompanhar as ações de execução do Plano de Intervenção Pedagógica;
Promover um trabalho compartilhado com o conselho de escola durante todo o
processo de implementação do currículo, da intervenção pedagógica e dos roteiros de estudos;
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Garantir ambiente de trabalho acolhedor, possibilitando que cada indivíduo possa exercer seus direitos, seus deveres e responsabilidades de acordo com as atribuições de cada cargo/função;
Conscientizar estudantes, professores e família quanto à importância da participação dos mesmos nas avaliações sistêmicas; e
Promover, junto aos membros da equipe escolar, momentos de reflexão/avaliação sobre os resultados obtidos após a intervenção pedagógica para redefinição
de metas.
4.2
2 Pedagog
go
Coordenar e articular o processo de elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica Escolar, sendo corresponsável com a direção da escola;
Conhecer e apropriar-se dos resultados dos estudantes nas avaliações externas e
das metas propostas e pactuadas com a escola;
Assessorar o planejamento, a implementação e o desenvolvimento das ações
educacionais relativas à intervenção pedagógica;
Promover os momentos de integração, estudo, reflexão a partir dos roteiros quinzenais num constante repensar da prática pedagógica;
Conhecer os princípios norteadores do Currículo Básico Estadual para garantir a
articulação de ações que promovam a interdisciplinaridade e a contextualização
do trabalho participativo dos docentes;
Coordenar, acompanhar e articular, juntamente com o corpo docente, o planejamento e a implementação da intervenção pedagógica, garantindo que a realidade do educando seja o foco para (re)dimensionamento das atividades;
Acompanhar sistematicamente o processo de aprendizagem a partir do interesse
e da necessidade do corpo docente e discente, sugerindo medidas de práticas
inovadoras que contribuam para a melhoria da qualidade dessa aprendizagem;
Assessorar a ação do professor na orientação e observação quanto aos registros
da intervenção pedagógica;
Garantir a circulação de informações sobre o acompanhamento e resultados da
intervenção pedagógica;
Coordenar as ações de avaliação do processo de aprendizagem, mediados pela
necessidade de se garantir um clima favorável ao desenvolvimento dessas ações
e a participação e envolvimento com os pais e a comunidade.
18
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4.3
3 Professo
or
Conhecer e apropriar-se dos resultados das avaliações externas e das metas definidas para sua escola, bem como do desempenho recomendável;
Considerar as características dos estudantes de cada turma e as intervenções necessárias para melhor atendê-los, sensibilizando-os quanto à necessidade de pactuar o compromisso pela melhoria da aprendizagem;
Identificar as competências e habilidades específicas a serem trabalhadas e o nível de entendimento desejável a ser alcançado pelos estudantes;
Participar da elaboração do Plano de Intervenção Escolar, planejando ações para
melhoria da aprendizagem que atendam às necessidades de cada turma;
Desenvolver uma rotina diária do trabalho pedagógico em sala de aula, a ser elaborado sob coordenação e orientação do pedagogo;
Respeitar a especificidade de cada disciplina em função da sua natureza, o que
exige tempo, estratégias e formas de abordagens diferentes;
Romper com a tradicional linearidade dos planos de ensino, reforçando a interdisciplinaridade e contextualização;
Planejar e desenvolver metodologias inovadoras a exemplo das sequências didáticas, entre outras;
Promover a auto e hetero-avaliação num processo contínuo de ação - reflexão ação;
Manter registros das ações desenvolvidas no âmbito da intervenção pedagógica; e
Participar de momentos de avaliação/reflexão dos resultados alcançados após a
intervenção pedagógica.
4.4
4 Estudan
ntes
Conscientizar-se de que a educação é um direito constitucional e a aprendizagem,
como direito do educando, é princípio orientador da ação educativa preconizada
no Currículo Básico Estadual;
Conhecer os resultados das avaliações sistêmicas de sua escola, sensibilizar-se
quanto à necessidade de mudança e pactuar com a escola o compromisso com a
melhoria de sua aprendizagem;
Participar das atividades de intervenção pedagógica escolar desenvolvidas na
sala de aula e outras destinadas à sua formação promovidas pela escola, tendo
assegurado o seu direito de aprender;
Receber assessoramento e apoio pedagógico do professor quando apresentar
necessidade;
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Receber informações sobre o seu aproveitamento escolar e sua frequência às
aulas;
Ser assíduo e pontual às atividades desenvolvidas pela escola, respeitando a carga horária vigente;
Participar de atividades de estudos desenvolvidas pela escola no âmbito da intervenção pedagógica, bem como frequentar os espaços de aprendizagem disponíveis no ambiente escolar;
Participar de momentos de avaliação/reflexão dos resultados alcançados durante
a intervenção pedagógica para redefinição das metas da escola.
4.5
5 Família
Conhecer os resultados das avaliações sistêmicas divulgados pela escola de seu
filho;
Informar-se e acompanhar as ações desenvolvidas pela escola no âmbito da intervenção pedagógica, estabelecendo relações de apoio, cooperação e confiança,
sobretudo no desenvolvimento da responsabilidade do estudante pelo seu próprio aprendizado, com vistas à melhoria da aprendizagem de seu filho;
Participar de reuniões escolares, sempre que convocado;
Receber e ter acesso a informações relacionadas à frequência, ao comportamento
e ao desempenho escolar de seu filho;
Valorizar a escola, incentivar e criar no filho o hábito de estudo diário, primando
pelo cumprimento das tarefas escolares;
Incentivar o filho a frequentar espaços de leitura, objetivando desenvolver o gosto
pela leitura.
O trabalho de orientação, acompanhamento, implementação e avaliação do processo de ensino e de aprendizagem é de fundamental importância, pois tem por objetivo criar condições para o bom desempenho dos envolvidos, para que ocorram
mudanças efetivas na prática pedagógica. Dentre essas mudanças, está a ação de
possibilitar a consolidação de uma cultura de avaliação, de análise de dados e de
intervenção pedagógica para que os estudantes melhorem sua aprendizagem.
Nesse contexto, o Plano de Intervenção Pedagógica, em estreita relação com a Proposta Pedagógica da Escola, o Currículo Básico Estadual e os Roteiros de Estudo, consiste na organização do processo de trabalho a ser desenvolvido pelo professor, em
cada turma e em cada disciplina. A intervenção em sala de aula torna-se descontextualizada se não estiver imersa em uma proposta coletiva maior, e, por outro lado, o
Plano de Intervenção Escolar corre o risco de se perder, caso não haja uma parcela de
trabalho de cada professor em sala de aula.
20
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Potencializar a gestão democrática é acreditar que todos possam encontrar caminhos para atender melhor aos anseios da comunidade escolar. É assim, compartilhando planos, decisões e ações, avaliando e replanejando processos, que o Gestor
Escolar possibilitará a sua escola e a todos que aí somam esforços atingir as metas
pactuadas, integrar ideias e ações que possam solidificar o compromisso com as famílias e comunidade envolvidas.
5 Ações Estratégiccas para 2010
A elaboração do Plano de Intervenção Escolar representa para a escola um momento
de análise de seu desempenho, ou seja, de seus processos, de seus resultados, de suas
relações internas e externas, de seus valores, de suas condições de funcionamento. A
partir dessa análise, ela se projeta, define aonde quer chegar, que estratégias adotar
para alcançar seus objetivos e a que custo, que processos desenvolver, quem estará
envolvido em cada etapa e como e a quem se prestará conta do que está sendo feito.
É um processo de planejamento estratégico que a escola desenvolve para a melhoria
da qualidade do ensino.
A Secretaria de Estado da Educação propõe ações nos âmbitos da SEDU Central,
Regional, Escola/Sala de Aula e Família para o desenvolvimento da Intervenção
Pedagógica no ano de 2010.
5.1
1 No Âmb
bito da SED
DU
1. PLANEJAMENTO
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Elaboração do Guia de Intervenção Pedagógica
- ano II.
GEM
GEM
Abril a maio
de 2010
Programação do I Ciclo de Encontros Regionais
com técnicos das SRE, pedagogos, professores
de Língua Portuguesa e de Matemática para
orientação e desdobramento nas escolas do
processo de elaboração e execução dos Planos de
Intervenção Pedagógica Escolar.
GEM, SRE e
escolas
GEM
2ª quinzena
de maio de
2010
Elaboração do projeto gráfico do Guia de
Intervenção Pedagógica – ano II.
Assessoria de
Comunicação
GEM
2ª quinzena
de junho de
2010
21
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Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Impressão do Guia de Intervenção Pedagógica –
ano II.
Assessoria de
Comunicação
GEM
2ª quinzena
de junho de
2010
Elaboração de folder contendo ações de suporte
à Intervenção Pedagógica.
Assessoria de
Comunicação
GEM
2ª quinzena
de junho de
2010
Programação do Encontro com pais para
pactuação do Termo de Compromisso.
GEM e SRE
GEM
Junho de
2010
Distribuição do Guia de Intervenção Pedagógica
– ano II e do folder para as Regionais.
GEM e SRE
GEM
Junho / julho
de 2010
Programação dos Encontros Regionais
Estudantis.
GEJUD, GEM
e SRE
SRE
Julho de 2010
Programação de encontros “De Professor para
Professor”, com participação de professores de
Língua Portuguesa e Matemática diretamente
envolvidos com a ação de intervenção
pedagógica (Relato de experiências exitosas;
Oficinas de ideias com a metodologia
referenciada nas sequências didáticas).
GEM, SRE e
Escolas
GEM e SRE
2ª quinzena
de julho 2010
GEM, SRE e
Programação do II Ciclo de Encontros
escolas
Regionais com técnicos das SRE e pedagogos,
tendo como foco o acompanhamento dos
estudantes. Inclui a apresentação de gráficos
demonstrativos do desempenho no 1º e 2º
trimestres das escolas, com discussão sobre a
avaliação diagnóstica de larga escala e a avaliação
da aprendizagem, destacando-se os fatores
impactantes dos resultados.
GEM, SRE e
escolas
1ª quinzena
de setembro
2010
GEM, SRE e
escolas
GEM, SRE e
escolas
2ª quinzena
de novembro
2010
Elaboração de cronograma de
acompanhamento das equipes da Unidade
Central junto às SRE.
Definição de pauta.
Programação do III Ciclo de Encontros
Regionais com técnicos das SRE, pedagogos e
professores para apresentação da avaliação das
escolas com vistas a ajuste para o ano de 2011.
22
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2. DESENVOLVIMENTO
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Participação em encontros descentralizados
– polo São Mateus; polo Cachoeiro de
Itapemirim; polo Colatina e polo Vila Velha
– com técnicos das regionais e professores
de Língua Portuguesa e Matemática para
apropriação dos resultados da avaliação
PAEBES/2009.
GEIA, GEM,
GEIEF, SRE
GEIA
12 a 15 de
abril 2010
Potencialização da aplicação das sequências
didáticas de Língua Portuguesa:
GEM
Professores
Referência
das disciplinas
de Língua
Portuguesa e
Matemática.
06 de maio de
2010
Realização de reunião com técnicos das regionais
para divulgação, sensibilização e orientação
quanto à implementação do Guia de Intervenção
Pedagógica - ano II e elaboração do Plano de
Intervenção Pedagógica Escolar.
GEM e SRE
GEM
20 de maio de
2010
Realização de 11 laboratórios pedagógicos
regionais com a utilização dos jornais A Tribuna e
A Gazeta:
GEM, GEIEF,
SRE e
professores
de Língua
Portuguesa e
Matemática
do Ensino
Fundamental
e do Ensino
Médio.
GEM e SRE
Agosto e
setembro de
2010
Oficina de ideias com professores de Língua
Portuguesa para analisar sequências didáticas
apresentadas no Caderno do Professor (Pontos
de Vista), da Olimpíada de Língua Portuguesa
a partir do Currículo Básico Escola Estadual
e a Matriz de Referência do ENEM – área de
Linguagens e Códigos e a elaboração de novas
sequências didáticas.
Pedagogos e
Professores
Potencialização da aplicação das sequências
didáticas de Matemática:
Oficina de ideias com professores de
Matemática para analisar sequências didáticas
de Matemática a partir do Currículo Básico
Escola Estadual, da metodologia do Multicurso
de Matemática e a Matriz de Referência
do ENEM – área de Ciências da Natureza
e Matemática e a elaboração de novas
sequências didáticas.
Elaboração de cronograma de realização dos
11 laboratórios pedagógicos;
Orientação às regionais quanto à viabilização
de espaço físico, convites, inscrição, lanches
e diárias para realização dos laboratórios
pedagógicos;
Definição dos conteúdos, em parceria com
professores, a partir dos descritores de Língua
Portuguesa e Matemática e Currículo Básico
Escola Estadual; e
Monitoramento e avaliação dos laboratórios
(instrumento específico).
23
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3. MONITORAMENTO
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Realização de visitas técnicas às escolas, em
parceria com as SRE, para acompanhamento da
implementação de Intervenção Pedagógica.
GEM e SRE
GEM
Junho a
novembro de
2010
Realização de reuniões internas, na SEDU, para
socialização das fragilidades detectadas na
implementação dos Planos de Intervenção
Pedagógica a partir das visitas técnicas e
encaminhamentos pertinentes.
GEM
GEM
Junho a
novembro de
2010
Monitoramento das ações das SRE junto às
escolas quanto à Intervenção Pedagógica, através
da análise de relatórios.
GEM
GEM
Junho a
novembro de
2010
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Análise dos Relatórios Síntese da Intervenção
Pedagógica encaminhados pelas SRE com
indicativos de ajustes para o ano de 2011.
GEM, SRE e
Escolas
GEM
Dezembro de
2010
Elaboração de Relatório Final da Intervenção
Pedagógica – ano II.
GEM, SRE e
Escolas
GEM
Dezembro de
2010
GEM, SRE e
Escolas
GEM
Fevereiro
2011
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Organização/Fortalecimento das Comissões
Regionais de Gestão da Intervenção Pedagógica
composta pelos seguintes membros:
Superintendente,
Supervisor
Pedagógico e
técnicos
Superintendente
Junho de
2010
4. AVALIAÇÃO
Realização de reunião técnica para:
Socialização dos resultados junto às SRE.
Replanejamento das ações com vistas também
à intervenção do ano III.
5.2
2 No Âmb
bito da SRE
E
1. PLANEJAMENTO
Supervisor Pedagógico;
2 técnicos da Equipe de Ensino Médio
(a responsabilidade é de todos);
1 técnico da Equipe de Avaliação; e
1 técnico da Equipe de Inspeção.
24
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Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Organização de cronograma de atendimento
às escolas quanto à elaboração dos Planos de
Intervenção Escolar e assessoramento.
Superintendente,
Supervisor
Pedagógico
e Técnicos do
Ensino Médio
Supervisor
Pedagógico
Junho de
2010
Organização das ações a serem realizadas pela
Comissão Regional de Gestão da Intervenção
Pedagógica.
Superintendente,
Supervisor
Pedagógico
e Técnicos do
Ensino Médio
Supervisor
Pedagógico
Junho de
2010
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Realização do I Ciclo de Encontros Regionais
com técnicos das SRE, pedagogos, professores
de Língua Portuguesa e de Matemática para
orientação e desdobramento nas escolas do
processo de elaboração e execução dos Planos de
Intervenção Pedagógica Escolar, abordando:
Técnicos da
SEDU e das
SRE, diretores,
pedagogos,
professores
de Língua
Portuguesa
e de
Matemática
SRE
24 a 31 de
maio de 2010
SRE
Junho de
2010
2. DESENVOLVIMENTO
Dados da avaliação na SRE;
Apresentação do Guia de Intervenção
Pedagógica;
Conceituação e aplicação de Sequências
Didáticas;
Socialização das ações a serem desenvolvidas
no âmbito da unidade Central, Regional e
Escolas quanto ao assessoramento;
Organização de GT de estudos para subsidiar a
ação docente quanto à intervenção pedagógica
e aos conceitos básicos do Currículo Básico
Escola Estadual.
Distribuição do Guia de Intervenção Pedagógica – SRE
Ano II às escolas de Ensino Médio.
Realização de reuniões nas escolas para
orientações específicas quanto à elaboração/
estruturação do Plano de Intervenção Escolar:
Apresentação do cronograma de atendimento
quanto à elaboração do Plano de Intervenção
Escolar e assessoramento.
Equipe de
Comissão
Ensino Médio/ Regional de
SRE e escolas Gestão da
Intervenção
Pedagógica
Junho de
2010
GEJUD, GEM,
SRE e Escolas
Junho de
2010
Orientação para elaboração do Plano.
Realização de encontro regional com líderes
estudantis para socialização das ações de
intervenção pedagógica escolar.
SRE
25
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Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Divulgação de eventos e sensibilização dos
profissionais das escolas a participarem das ações
de formação realizadas pela SEDU/SRE bem como
monitorar sua participação.
SRE e Escolas
SRE
Junho a
novembro de
2010
Entrega do Folder às escolas.
SRE e Escolas
SRE
1ª quinzena
de junho
Orientação às escolas na programação do
encontro com pais para pactuação do Termo de
Compromisso.
SRE e Escolas
SRE
28 de junho
de 2010
Realização de encontro “De Professor para
Professor” com a participação dos docentes
de Língua Portuguesa e Matemática: relato de
experiências exitosas; oficinas de ideias com
a metodologia referenciada nas sequências
didáticas e outros.
GEM, SRE e
Escolas
GEM e SRE
JPP de 19 de
julho de 2010
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Realização de visitas técnicas às escolas para
acompanhamento da implementação de
Intervenção Pedagógica Escolar.
SRE e Escolas
SRE
Junho a
novembro de
2010
Realização de reuniões internas e
encaminhamentos necessários a partir das
fragilidades identificadas de acordo com sua
governabilidade.
SRE e Escolas
SRE
Junho a
novembro de
2010
Elaboração de Relatórios Síntese para
acompanhamento e posterior encaminhamento
à SEDU.
SRE e Escolas
SRE
Setembro e
dezembro de
2010
Acompanhamento dos encontros para estudo
dos roteiros nas escolas para reflexão, troca de
experiências e aprofundamento na perspectiva de:
SRE e Escolas
SRE
Durante o ano
letivo
GEM, SRE e
Escolas
SRE
Junho a
novembro de
2010
3. MONITORAMENTO
Competência leitora;
Raciocínio lógico;
Metodologias inovadoras;
Competências e habilidades;
Processo de avaliação;
Contextualização e interdisciplinaridade; e
Articulação entre as áreas de conhecimento.
Realização de visitas de assessoramento às
escolas com vistas à verificação e (re)orientação
da implementação do Plano de Intervenção
Pedagógica Escolar, considerando, como
prioridade, as escolas que causam mais impacto
na avaliação.
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Proposições
Envolvidos
Realização do II Ciclo de Encontros Regionais com GEM, SRE e
técnicos das SRE e pedagogos tendo como foco: escolas
Coordenação
Período
SRE
2ª quinzena
de setembro
2010
Acompanhamento dos estudantes com
apresentação de gráficos demonstrativos do
desempenho no 1º e 2º trimestres das escolas;
Discussão sobre a avaliação diagnóstica de
larga escala e a avaliação da aprendizagem;
Fatores impactantes nos resultados; e
Planejamento de ações para acelerar o
processo de aprendizagem.
4. AVALIAÇÃO
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Análise e avaliação dos Planos de Intervenção
Escolar com emissão de parecer pedagógico.
SRE
SRE
Junho a julho
de 2010
Realização do III Ciclo de Encontros Regionais
com técnicos das SRE, pedagogos e professores
com foco na:
GEM, SRE e
escolas
SRE
1ª quinzena
de dezembro
2010
Elaboração de Relatórios específicos de
acompanhamento e avaliação dos resultados
da Intervenção Pedagógica na Regional e
encaminhamento à GEM.
SRE
SRE
Junho a
dezembro
2010
Análise dos relatórios finais entregues pelas
escolas.
SRE
SRE
Dezembro de
2010
SRE
Socialização dos resultados junto à equipe
escolar, com vistas ao (re)planejamento das ações
de Intervenção Pedagógica.
SRE
Dezembro de
2010
Apresentação da avaliação das escolas com
vistas a ajustes para o ano de 2011.
5.3
3 No Âmb
bito da Esco
ola e da Sala de Aula
O Plano de Intervenção da Escola é um plano de intervenção estratégica que beneficiará todas as etapas do ensino atendidas pela Unidade Escolar. Corresponde
a pensar alternativas que enriqueçam e apoiem o processo de intervenção na
sala de aula, na perspectiva coletiva, por exemplo: redimensionar tempos e espaço, criar novos ambientes de aprendizagem, prover recursos didáticos, dentre
outros que favoreçam o trabalho do professor no âmbito do seu plano específico,
o da sala de aula.
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O trabalho do professor, orientado pelo pedagogo, consiste na adequação do Plano de Ensino, considerando as necessidades apresentadas no PAEBES e no resultado
do trimestre letivo. Corresponde a definir sequências didáticas, dentre outras estratégias metodológicas inovadoras e adequadas à intencionalidade educativa, que
promovam o avanço dos estudantes em seus diferentes estágios de aprendizagem.
1. PLANEJAMENTO
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Organização/Fortalecimento do Comitê de
Implementação do Currículo, tendo como foco a
intervenção pedagógica na escola.
Escolas
Escolas
Junho de
2010
Promoção de estudos dos roteiros quinzenais
do Currículo (1 a 7) para sensibilização e
fundamentação quanto ao envolvimento dos
professores de todas as áreas, tendo como foco a
elaboração do Plano de Intervenção Pedagógica.
Diretor,
Pedagogo,
Professores e
Coordenadores de Turno
Pedagogo
Junho de
2010
Viabilização de encontros escolares para
elaboração dos Planos de Intervenção Escolar de
acordo com orientações do Guia:
Diretor,
Pedagogo,
Professores e
Coordenadores de Turno
Pedagogo
Junho de
2010
Diretor,
Pedagogo,
Professores e
Coordenadores de Turno
Pedagogo
Junho a
novembro de
2010
Diretor
Pedagogo
Coordenador
Representante de professor
Representante de liderança estudantil
Identificar fragilidades de cada turma e
definir as que serão submetidas às ações de
intervenção;
Selecionar os descritores a serem trabalhados;
Definir estratégias metodológicas (ex.
Sequências Didáticas) para atender às
fragilidades detectadas; e
Elaboração e encaminhamento dos Planos de
Intervenção Pedagógica Escolar às SRE para
análise a aprovação nos prazos previstos.
Organização de momentos coletivos para
Planejamento por área de conhecimento, para
propor ações significativas que auxiliem na
superação dos resultados apresentados pela escola.
Disponibilizar ambiente de estudo;
Manter registros de frequência dos envolvidos; e
Encaminhar relatórios às SRE.
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Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Adequação dos planos de ensino para
atendimento às necessidades apontadas nos
resultados do PAEBES, considerando o Currículo,
os descritores, as sequências didáticas e as
necessidades de cada turma.
Diretor,
Pedagogo e
Professores
Pedagogo
Junho de
2010
(Re)planejamento coletivo das ações com vistas
ao alcance das metas.
Diretor,
Pedagogo e
Professores
Pedagogo
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Preparação da reunião junto à família para
apresentação da Intervenção Pedagógica,
bem como da orientação quanto a sua
responsabilidade no processo de ensino–
aprendizagem de seus filhos e filhas, conforme
detalhamento neste Guia.
Diretor,
Pedagogo e
Professores
Pedagogo
Junho a
dezembro
2010
Informar aos alunos sobre o Encontro Regional
estudantil para a Intervenção.
Pedagogo,
Coordenador
e Professores
Pedagogo Coordenador
Junho 2010
Após encontro regional, preparação de encontro
estudantil na escola com representantes de
turma para desdobramento.
Pedagogo,
Coordenador
e Professores
Pedagogo,
Professores e
Coordenador
Julho –
Agosto 2010
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Realização de encontro com pais para pactuação
do Termo de Compromisso, com foco na:
SRE e Escolas
Escolas
28 de junho
de 2010
SRE e Escolas
Escolas
Junho de
2010
2. DESENVOLVIMENTO
Apresentação dos professores de Língua
Portuguesa e Matemática;
Participação do Ministério Público/MP, com
abordagem das responsabilidades da família;
Apresentação de dados da avaliação sistêmica
da escola do PAEBES/2009;
Apresentação do Plano de Intervenção Escolar
– itens gerais; e
Assinatura do Termo de Compromisso
pela Aprendizagem com vistas ao êxito de
Intervenção Pedagógica – Ano II.
Realização de reuniões organizadas pelos
pedagogos no planejamento por área de
conhecimento para estudo e interpretação
dos resultados apresentados pela escola
(interpretação da escala de proficiência).
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Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Desdobramento da reunião com a SRE:
apresentação do Guia de Intervenção Pedagógica
a todas as áreas do conhecimento, evidenciando
o desenvolvimento das sequências didáticas,
das Olimpíadas de Língua Portuguesa e do
Multicurso Matemática.
SRE e Escolas
Escolas
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Organização e acompanhamento de momentos
de planejamento, com orientação do pedagogo
ao professor a respeito da utilização das
sequências didáticas na sua prática pedagógica.
Escolas
Escolas
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Organização de horários de atendimento
às famílias e aos alunos para orientação e
planejamento quanto sua agenda e programação
de estudos.
Diretor,
Pedagogo,
Coordenador
de turno,
Professores,
Alunos e/ou
Pais
Pedagogo
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Disponibilização de materiais pedagógicos
existentes na escola para uso de professores e
alunos.
Diretor,
Pedagogo,
Coordenador
de turno
Pedagogo
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Promoção de momentos de estudo e reflexão
que favoreçam a autoavaliação do professor e do
aluno como forma de comunicação e troca de
informações abertas, socializando e propiciando
transparência às ações desenvolvidas.
Diretor,
Pedagogo,
Coordenador
de Turno,
Professores,
Alunos
Pedagogo
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Viabilização da participação em momentos de
estudo e reflexão promovidos pela SRE e por
iniciativa da escola a fim de propiciar troca de
experiências entre seus pares.
SRE, Diretores, SRE e
Pedagogo da
Pedagogos,
Professores e escola
Coordenadores de turno
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Acompanhamento das ações desenvolvidas
em sala de aula e avaliação da superação das
dificuldades de acordo com o planejamento.
Diretor,
Pedagogo,
Professores e
Coordenadores de Turno
Pedagogo
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Manutenção de registro das ações de
monitoramento em instrumento próprio.
Diretor,
Pedagogo,
Professores e
Coordenadores de Turno
Pedagogo
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
3. MONITORAMENTO
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4. AVALIAÇÃO
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Socialização dos resultados das ações
desenvolvidas durante o período da intervenção
escolar, envolvendo comunidade escolar e
famílias.
Diretor,
Pedagogo,
Professores e
Coordenadores de Turno,
Alunos e Pais
Pedagogo
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Elaboração de relatório final com vistas ao
replanejamento da intervenção pedagógica e
encaminhamento a SRE.
Diretor,
Pedagogo,
Professores e
Coordenadores de turno
Pedagogo
Dezembro de
2010
5.4
4 No Âmb
bito da Fam
mília
(Integraar as Ações com o Projjeto Família Presente)
1. PLANEJAMENTO
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Incentivo e valorização de estudos dos filhos de
acordo com as orientações da escola.
Pais e filhos
Pais ou
Responsáveis
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Participação nas ações promovidas pela escola.
Pais e Filhos
Pais ou
Responsáveis
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Valorização do diálogo e da parceria com a escola Pais e Filhos
e manutenção de um relacionamento cordial com
os professores.
Pais ou
Responsáveis
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Pais e Filhos
Pais ou
Responsáveis
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
2. DESENVOLVIMENTO
Fortalecimento do diálogo com os filhos,
reforçando a importância da pontualidade e
da assiduidade, criando assim um senso de
responsabilidade e compromisso do aluno com
a escola.
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3. MONITORAMENTO
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Pactuação com assinatura do Termo de
Compromisso pela aprendizagem.
Escolas, Pais e
Alunos
Pais ou
Responsáveis
28 de junho
de 2010
Acesso periódico ao boletim escolar eletrônico.
Escolas, Pais e
Filhos
Pais ou
Responsáveis
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
Proposições
Envolvidos
Coordenação
Período
Participação de momentos de avaliação da
Intervenção Pedagógica Escolar junto à escola,
no sentido de validar as experiências vivenciadas
durante essa caminhada.
Escola e Pais
Escola
Durante o
processo de
Intervenção
Pedagógica
4. AVALIAÇÃO
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PARTE II
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
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1 Sequênccia Didática
É um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um determinado conhecimento etapa por etapa, numa perspectiva dinâmica, intencionada,
contextualizada e interdisciplinar. Constitui-se por uma sequência de atividades que
permite vivências, visando a atingir os aspectos conceituais, atitudinais e procedimentais propostos, fundamentais para a aprendizagem do aluno e desenvolvimento
da autonomia intelectual.
O trabalho com sequência didática supõe um rico processo de interação em sala
de aula, com a participação e orientação do professor como parceiro experiente e
conhecedor do conteúdo que ensina, e cria um campo que favorece a apropriação,
por parte dos alunos, de um dos instrumentos culturais elaborados historicamente
pelo homem.
É importante enfatizar que a ideia central do trabalho com sequências didáticas “é a
de que se devem criar situações com contextos que permitam reproduzir em grandes linhas e no detalhe a situação concreta de produção textual, incluindo sua circulação, ou seja, com atenção para o processo de relação entre produtores e receptores” (Marcuschi, 2002).
Segundo Zabala “a sequência considera a importância das intenções educacionais
na definição dos conteúdos de aprendizagem e o papel das atividades que são propostas. Alguns critérios para análise das sequências reportam que os conteúdos de
aprendizagem agem explicitando as intenções educativas, podendo abranger as dimensões: conceituais, procedimentais e atitudinais”:
a) conceituais: englobam fatos, conceitos e princípios (“O que se deve saber”);
b) procedimentais: dizem respeito a técnicas e métodos (“O que se deve saber
fazer”);
c) atitudinais: abrangem valores, atitudes e normas (“Como se deve ser”).
Com base nessas afirmações, a SEDU propõe maneiras de integrar e articular as
diferentes atividades ao longo da ação educativa, a exemplo das sequências didáticas propostas no Guia para Intervenção Pedagógica no Ensino Médio ano I e
ano II.
As sequências didáticas completas estão em um CD, conforme relação a seguir:
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1.1
1 Relação de Sequênccias Didáticas de Língua Portuguesa
SEQUÊNCIA 1
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1ª ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Leitura;
Escrita;
Gênero textual, organização estrutural, intertextualidade, recursos linguísticos e
literários; e
Produção de texto.
DESCRITORES PAEBES: DO1, DO4, DO9, D10, D14, D15, D19, D21.
SEQUÊNCIA 2
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1ª ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
O signo linguístico, o texto e a produção de sentidos;
Intencionalidade, conhecimento compartilhado e aceitabilidade;
Intertextualidade implícita e explícita;
Gêneros textuais escritos (músicas, charges, publicidade); e
Texto verbal e não verbal.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D05, D06, D10, D14, D16, D17, D18.
SEQUÊNCIA 3
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1ª ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Leitura e produção de resenhas.
DESCRITORES PAEBES: D01, D02, D04, D06, D12, D15.
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SEQUÊNCIA 4
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1ª ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Linguagem verbal e não verbal;
Gênero textual (charge, publicidade); e
Aspectos semânticos e fonológicos.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D05, D12, D13, D16.
SEQUÊNCIA 5
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Procedimento de leitura;
Elementos de narrativa;
Gêneros textuais; e
Produção de texto.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D05, D06, D10, D12, D13, D17, D23.
SEQUÊNCIA 6
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1ª ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Leitura;
Figuras de linguagem (antítese e aliteração); e
Texto literário e não literário.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D06, D08.
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SEQUÊNCIA 7
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Leitura (crônica); e
Produção de texto.
DESCRITORES PAEBES: D01, D04, D06, D15, D17.
SEQUÊNCIA 8
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
CONTEÚDO:
Leitura (notícia e artigo de opinião).
DESCRITORES PAEBES: D07, D08, D11, D12.
SEQUÊNCIA 9
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Procedimentos de leitura;
Gêneros textuais; e
Produção de texto.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D08, D09, D11, D12, D17.
SEQUÊNCIA 10
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
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CONTEÚDO:
Leitura;
Linguagem conotativa e denotativa;
Figuras de linguagem: ironia; e
Escrita.
DESCRITORES PAEBES: D01, D04, D16, D17, D19.
SEQUÊNCIA 11
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Leitura (notícia e entrevista); e
Produção de texto (carta argumentativa).
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D06, D07, D11, D13, D15, D17, D19, D20, D23.
SEQUÊNCIA 12
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
TEMPO ESTIMADO: 10 aulas
CONTEÚDO:
Gênero textual escrito: crônica;
Gênero textual escrito: charge;
Linguagem literária e não literária;
Polissemia das palavras; e
Texto verbal e não verbal.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D05, D06, D12, D16, D17, D18, D23.
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SEQUÊNCIA 13
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Literatura (textos literários e não literários);
Interpretação; e
Variação Linguística.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D06, D07, D20, D22, D23.
SEQUÊNCIA 14
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Trovadorismo.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D06, D18, D20.
SEQUÊNCIA 15
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Notícia e Reportagem.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D06, D12, D14, D20, D21, D23.
SEQUÊNCIA 16
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
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CONTEÚDO:
Gênero textual - Sermão: o poder de persuasão nos sermões de padre Antônio
Vieira; e
Síntese.
DESCRITORES PAEBES: D01, D04, D06, D08, D11, D14, D15, D17, D21.
SEQUÊNCIA 17
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos, e Ciências Humanas
DISCIPLINAS: Língua Portuguesa, História e Sociologia
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Gênero textual;
Leitura;
Produção de texto em quadrinho;
Intertextualidade (textos clássicos e populares);
Figuras de linguagem;
Concordância verbal;
Morfologia (afixos e seus significados); e
Advérbio.
DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D05, D06, D07, D15, D16, D18, D20, D21.
1.2
2 Relação de Sequên
ncias Didáticcas de Mateemática
SEQUÊNCIA 1
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Tratamento da informação: leitura e interpretação de tabela e gráficos; e
Construção de gráficos diversos retratando problemas do cotidiano.
DESCRITORES PAEBES: D21, D34, D35.
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SEQUÊNCIA 2
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Os eixos cartesianos: a representação de pontos por meio de coordenadas; e
Resolução de problemas do cotidiano envolvendo funções.
DESCRITOR PAEBES: D6.
SEQUÊNCIA 3
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Representação dos números reais na reta real; e
Operações e propriedades das operações com números reais.
DESCRITOR PAEBES: D14.
SEQUÊNCIA 4
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Resolver problemas envolvendo equação do 2º grau.
DESCRITORES PAEBES: D17, D27.
SEQUÊNCIA 5
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Funções de 2 º grau: Problemas envolvendo pontos máximos e mínimos.
DESCRITORES PAEBES: D17, D26.
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SEQUÊNCIA 6
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Visualização e análise de figuras geométricas;
Congruência, Semelhança e Homotetia; e
Resolução de problemas envolvendo o conceito de perímetro, área e volume.
DESCRITORES PAEBES: D11, D12.
SEQUÊNCIA 7
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Função polinomial do 1º grau;
Resolver problemas de função polinomial do 1º grau; e
Gráficos da função polinomial e seus coeficientes.
DESCRITORES PAEBES: D20 a D24.
SEQUÊNCIA 8
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Os eixos cartesianos: a representação de pontos por meio de coordenadas.
DESCRITOR PAEBES: D6.
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SEQUÊNCIA 9
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Representação analítica de retas;
Resolução de problemas do cotidiano envolvendo funções; e
Representação dos números reais na reta real.
DESCRITORES PAEBES: D07, D08, D14, D19, D20, D23.
SEQUÊNCIA 10
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Resolução de problemas do cotidiano envolvendo funções; e
Função polinomial do 2º grau: definições, construção de gráficos, interpretação e
análise de gráficos.
DESCRITORES PAEBES: D17, D20, D26.
SEQUÊNCIA 11
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Função de 1°grau; e
Construção de gráficos das funções do 1º grau.
DESCRITORES PAEBES: D19, D23, D24, D25.
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SEQUÊNCIA 12
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Noções de volume; e
Volumes do cubo e do bloco retangular.
DESCRITOR PAEBES: D13.
SEQUÊNCIA 13
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Cálculo de Perímetro e Área de figuras planas.
DESCRITORES PAEBES: D11 e D12.
2 Sequênccias Didáticas de Língua Portuguesa
SEQUÊNCIA 12
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
Professor, outros
conteúdos podem ser
trabalhados a partir
desta sequência! Só
depende de você.
TEMPO ESTIMADO: 10 aulas
CONTEÚDO:
Gênero textual escrito: crônica;
Gênero textual escrito: charge;
Linguagem literária e não literária;
Polissemia das palavras; e
Texto verbal e não verbal.
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OBJETIVOS:
Estimular a produção textual;
Identificar as características dos gêneros textuais estudados;
Ler e interpretar as charges;
Ler e interpretar as crônicas; e
Reconhecer as diferenças entre linguagem literária e não literária.
DESCRITORES (PAEBES) CONTEMPLADOS: D01, D03, D04, D05, D06, D12, D16,
D17, D18, D23.
MATERIAIS E RECURSOS NECESSÁRIOS:
Cartolinas coloridas, fita adesiva;
Laboratório de informática e impressora;
Papel A4, canetinha, lápis de cor, giz de cera;
Quadro branco, pincel e apagador; e
Cópia dos textos.
DESENVOLVIMENTO:
1ª Etapa: Trabalhando com as crônicas
Realizar levantamento de fatos do cotidiano junto aos alunos e dizer que esses
fatos podem culminar em uma crônica;
Dividir a turma em 5 grupos e entregar uma crônica diferente a cada grupo;
Solicitar a leitura dos textos silenciosamente, para que depois apresentem a narrativa para os outros grupos. Em seguida, é interessante que se faça uma leitura
em voz alta;
Buscar as inferências nas crônicas;
Fazer algumas perguntas sobre o assunto das crônicas; nesse momento, pode-se
fazer a exposição das características – linguagem literária, linguagem da crônica,
publicação, veiculação, texto verbal – desse gênero textual.
Professor, sugerimos a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre os autores
das crônicas antes de apresentá-las.
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Sug
gestão de Crô
ônicas
TEXTO I
Luto da família Silva
Rubem Braga
Assistência foi chamada. Veio tinindo. Um homem estava morto. O cadáver foi removido para o necrotério. Na seção dos “Fatos Diversos” do
Diário de Pernambuco, leio o nome do sujeito João da Silva. Morava na
Rua da Alegria. Morreu de hemoptise.
João da Silva - Neste momento em que seu corpo vai baixar à vala comum, nós, seus amigos e seus irmãos, vimos prestar-lhe esta homenagem. Nós somos os Joões da Silva. Nós somos os populares Joões da
Silva. Moramos em várias casas e em várias cidades. Moramos principalmente na rua. Nós pertencemos, como você, à família Silva. Não é uma
família ilustre; nós não temos avós na história. Muitos de nós usamos
outros nomes, para disfarce. No fundo, somos os Silva. Quando o Brasil foi colonizado, nós éramos os degredados. Depois fomos os índios.
Depois fomos os negros. Depois fomos imigrantes, mestiços. Somos os
Silva. Algumas pessoas importantes usaram e usam nosso nome. É por
engano. Os Silva somos nós. Não temos a mínima importância. Trabalhamos, andamos pelas ruas e morremos. Saímos da vala comum da vida
para o mesmo local da morte. Às vezes, por modéstia, não usamos nosso
nome de família. Usamos o sobrenome “de Tal”. A família Silva e a família
“de Tal” são a mesma família. E, para falar a verdade, uma família que não
pode ser considerada boa família. Até as mulheres que não são de família pertencem à família Silva.
João da Silva - Nunca nenhum de nós esquecerá seu nome. Você não
possuía sangue-azul. O sangue que saía de sua boca era vermelho - vermelhinho da silva. Sangue de nossa família. Nossa família, João, vai mal
em política. Sempre por baixo. Nossa família, entretanto, é que trabalha
para os homens importantes. A família Crespi, a família Matarazzo, a família Guinle, a família Rocha Miranda, a família Pereira Carneiro, todas
essas famílias assim são sustentadas pela nossa família. Nós auxiliamos
várias famílias importantes na América do Norte, na Inglaterra, na França, no Japão. A gente de nossa família trabalha nas plantações de mate,
nos pastos, nas fazendas, nas usinas, nas praias, nas fábricas, nas minas,
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nos balcões, no mata, nas cozinhas, em todo lugar onde se trabalha. Nossa família quebra pedra, faz telhas de barro, laça os bois, levanta os prédios, conduz
os bondes, enrola o tapete do circo, enche os porões dos navios, conta o dinheiro dos Bancos, faz os jornais, serve no Exército e na Marinha. Nossa família
é feito Maria Polaca: faz tudo.
Apesar disso, João da Silva, nós temos de enterrar você é mesmo na vala comum. Na vala comum da miséria. Na vala comum da glória, João da Silva. Porque nossa família um dia há de subir na política...
Junho, 1935.
Disponível em < http://versoeprosa.ning.com/profiles/blogs/luto-da-familia-silva-rubem>
Acesso em 09 de maio de 2010.
TEXTO II
Mar
Rubem Braga
A primeira vez que eu vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um
bando enorme de meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de
nós havia apenas um menino que já o tinha visto. Ele nos contava que havia
três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é menor que o mar, e a marola,
que é menor que a maré. Logo a gente fazia idéia de um lago enorme e duas
lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar
às vezes tinha espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo, esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às
vezes uma porção de espumas, tudo isso muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar!
Era qualquer coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra,
e mais longe estava azul. Nós todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos
correndo para o lado do mar. As ondas batiam nas pedras e jogavam espuma
que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
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Depois o mar entrou na minha infância e tomou conta de uma adolescência
toda, com seu cheiro bom, os seus ventos, suas chuvas, seus peixes, seu barulho, sua grande e espantosa beleza. Um menino de calças curtas, pernas
queimadas pelo sol, cabelos cheios de sal, chapéu de palha. Um menino que
pescava e que passava horas e horas dentro da canoa, longe da terra, atrás de
uma bobagem qualquer - como aquela cianea de franjas azuis que boiava e
afundava e que, afinal, queimou sua mão... Um rapaz de 14 ou 15 anos que nas
noites de lua cheia, quando a maré baixa e descobre tudo e a praia é imensa,
ia na praia sentar numa canoa, entrar numa roda, amar perdidamente, eternamente, alguém que passava pelo areal branco e dava boa noite... Que andava
longas horas pela praia infinita para catar conchas e búzios crespos e conversava com os pescadores que consertavam as redes. Um menino que levava na
canoa um pedaço de pão e um livro, e voltava sem estudar nada, com vontade
de dizer uma porção de coisas que não sabia dizer – que ainda não sabe dizer.
Mar maior que a tenra, mar do primeiro amor, mar dos pobres pescadores maratimbas, mar das cantigas do Catambá, mar das festas, mar terrível daquela morte que nos assustou, mar das tempestades de repente, mar do alto e
mar da praia, mar de pedra e mar do mangue... A primeira vez que sai sozinho
numa canoa parecia ter montado num cavalo bravo e bom, senti força e perigo, senti orgulho de embicar numa onda um segundo antes da arrebentação.
A primeira vez que estive quase morrendo afogado, quando a água batia na
minha cara e a corrente do “arrieiro” me puxava para fora, não gritei nem fiz
gestos de socorro; lutei sozinho, cresci dentro de mim mesmo. Mar suave e
oleoso, lambendo o batelão. Mar dos peixes estranhos, mar virando a canoa,
mar das pescarias noturnas de camarão para isca. Mal diário e enorme, ocupando toda a vida, uma vida de bamboleio de canoa, de paciência, de força, de
sacrifício sem finalidade, de perigo sem sentido, de lirismo, de energia; grande
e perigoso mar fabricando um homem...
Este homem esqueceu, grande mar, muita coisa que aprendeu contigo. Este
homem tem andado por aí, ora aflito, ora chateado, dispersivo, fraco, sem paciência, mais corajoso que audacioso, incapaz de ficar parado e incapaz de fazer
qualquer coisa, gastando-se como se gasta um cigarro. Este homem esqueceu
muita coisa mas há muita coisa que ele aprendeu contigo e que não esqueceu,
que ficou, obscura e forte, dentro dele, no seu peito. Mar, este homem pode
ser um mau filho, mas ele é teu filho, é um dos teus, e ainda pode comparecer
diante de ti gritando, sem glória, mas sem remorso, como naquela manhã em
que ficamos parados, respirando depressa, perante as desses em grandes ondas que arrebentavam - um punhado de meninos vendo pela primeira vez no
mar...
BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 23ed. Rio de Janeiro: Record, 2004. P.39-40.
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TEXTO III
O Homem Nu
Fernando Sabino
Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o
sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro
da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui
dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater
até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um
banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão.
Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para
outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo
padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia
aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si
fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera,
olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro
interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava
que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa. Quanto mais batia,
mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro
subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas
mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
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Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares,
vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta,
e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal
ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder.
Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a
empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada.
Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali,
em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado,
que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá
embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: “Emergência:
parar”. Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir.
O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem
nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
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Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou
como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho.
Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.
Disponível em <http://www.releituras.com/fsabino_homemnu.asp>
Acesso em 09 de maio de 2010.
TEXTO IV
Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra
vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a
não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir
de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar,
esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque
não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para
almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está
cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
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A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra,
aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números,
aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração. A
gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a
lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que
cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro,
para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver
anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir
publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável
catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro
de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na
luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À
lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de
madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter
sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas,
tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali,
uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e
torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só
os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola
pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono
atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se
acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos
poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Disponível em <http://www.releituras.com/mcolasanti_eusei.asp>
Acesso em 09 de maio de 2010.
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Professor, estes
textos possibilitam
desenvolver um
diálogo com as diversas
áreas do conhecimento.
TEXTO V
Lixo
Luis Fernando Veríssimo
Encontram-se na área de serviço. Cada um com o seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
— Bom dia.
— Bom dia.
— A senhora é do 610.
— E o senhor do 612.
— Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
— Pois é ... — Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
— O meu quê?
— O seu lixo.
— Ah...
— Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena.
— Na verdade sou só eu.
— Humm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
— É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar.
— Entendo.
— A senhora também.
— Me chama de você.
— Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de
comida em seu lixo. Champignons, coisas assim.
— É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas como moro
sozinha, às vezes sobra.
— A senhora... Você não tem família?
— Tenho, mas não aqui.
— No Espírito Santo.
— Como é que você sabe?
— Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
— É. Mamãe escreve todas as semanas.
— Ela é professora?
— Isso é incrível! Como você adivinhou?
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— Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
— O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
— Pois é ...
— No outro dia, tinha um envelope de telegrama amassado.
— É.
— Más notícias?
— Meu pai. Morreu.
— Sinto muito.
— Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
Professor, neste texto
pode-se discutir a
produção exagerada
de lixo nos centros
urbanos.
— Foi por isso que você recomeçou a fumar?
— Como é que você sabe?
— De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
— É verdade. Mas consegui parar outra vez.
— Eu, graças a Deus, nunca fumei.
— Eu sei, mas tenho visto uns vidrinhos de comprimidos no seu lixo...
— Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
— Você brigou com o namorado, certo?
— Isso você também descobriu no lixo?
— Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito
lenço de papel.
— É, chorei bastante, mas já passou.
— Mas hoje ainda tem uns lencinhos.
— É que estou com um pouco de coriza.
— Ah.
— Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
— É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
— Namorada?
— Não.
— Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
— Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
— Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela
volte.
— Você está analisando o meu lixo!
— Não posso negar que o seu lixo me interessou.
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— Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la.
Acho que foi a poesia.
— Não! Você viu meus poemas?
— Vi e gostei muito.
— Mas são muito ruins!
— Se você achasse eles ruins mesmos, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
— Se eu soubesse que você ia ler...
— Só não fiquei com ele porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei:
o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
— Acho que não. Lixo é domínio público.
— Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra
da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário.
É a nossa parte mais social. Será isso?
— Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
— Ontem, no seu lixo.
— O quê?
— Me enganei, ou eram cascas de camarão?
— Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
— Eu adoro camarão.
— Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode... Jantar juntos?
— É. Não quero dar trabalho.
— Trabalho nenhum.
— Vai sujar a sua cozinha.
— Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
— No seu lixo ou no meu?
Disponível em <http://literal.terra.com.br/verissimo/porelemesmo/porelemesmo_lixo.shtml?porelemesmo>
Acesso em 09 de maio de 2010.
2ª Etapa: Trabalhando com as charges
Mantenha os grupos divididos nas aulas das crônicas e entregue a cada grupo
uma charge;
Peça para os alunos lerem a charge em silêncio, para que o grupo apresente-a
para a turma;
Após a leitura, pode-se trabalhar o assunto, as características – a linguagem não
literária, linguagem da charge, veiculação, texto não verbal – das charges;
Buscar as inferências das charges.
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Nesta etapa, deve-se explorar bem a linguagem dos textos: literária e não literária, polissemia das palavras, como por exemplo, no texto VII: verbo “cair”, no texto VIII: “pé-decabra” , “pata de cabra” (em que o outro bandido não entendeu o sentido polissêmico da expressão pé-de-cabra), no texto IX: “quentinha”, no texto X: “clima”. Além disso,
pode-se desenvolver bem as características do texto verbal e não verbal.
gestão de Chaarges
Sug
TEXTO VI
TEXTO VII
Disponíveis em <http://www.humortadela.com.br/charges2/charges.php>
Acesso em 09 de maio de 2010.
TEXTO VIII
TEXTO IX
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TEXTO X
Disponível em <http://miriamsalles.info/wp/?cat=63>
Acesso em 09 de maio de 2010.
Professor, nestas charges há temas interessantes para promover um debate culminando em uma produção textual dissertativa!
3ª Etapa: Análise dos gêneros textuais
Agora que os grupos já leram a crônica e a charge, peça para que comparem esses
dois gêneros textuais. Neste momento, é imprescindível perguntar aos alunos:
•
Quais as diferenças entre os textos?
•
Quais as semelhanças entre os textos?
•
Como é a linguagem utilizada na produção dos textos? É a mesma?
•
Quais são literários? Quais são os não literários?
•
Quais diferenças entre os textos verbais e não verbais?
•
Como eles podem responder a tais perguntas?
4ª Etapa: Produção das crônicas e das charges
Após responder as perguntas, peça aos grupos que produzam uma charge e uma
crônica;
Os temas podem estar ligados ao meio ambiente, violência, política, vivências,
vida em sociedade, etc. A escolha dependerá da turma;
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Apresentação das produções para os colegas de sala;
Reescrita das produções após correção do professor; e
Digitação das crônicas no laboratório de informática.
5ª Etapa: Socialização
Confecção do mural onde serão afixados os textos produzidos pelos alunos; e/ou
Postagem das produções em blog, site da Escola ou da SEDU.
AVALIAÇÃO:
A avaliação será formativa e avaliativa, uma vez que será observada a participação
efetiva dos alunos na leitura, organização e produção dos textos.
Blog é um excelente meio de divulgação de trabalhos de alunos! Para ter um, acesse: https://www.blogger.com/start?hl=pt-BR
SEQUÊNCIA 13
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens e Códigos
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO: Literatura (textos literários e não literários); Interpretação; Variação Linguística.
OBJETIVOS:
Ler e conhecer textos diversos;
Localizar informações explícitas em um texto;
Desenvolver a oralidade;
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão;
Inferir uma informação implícita no texto;
Identificar a tese dos textos lidos;
Identificar o gênero dos textos lidos;
Classificar textos quanto às suas características estéticas;
Analisar a adequação da linguagem nos textos e suas variações regionais, socioculturais e históricas;
Criar desenhos/ilustrações a partir da leitura dos textos; e
Relacionar música e texto, pela sonoridade e/ou significado.
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DESCRITORES PAEBES: D01, D03, D04, D06, D07, D20, D22, D23.
TEMPO ESTIMADO: 10 aulas
MATERIAL NECESSÁRIO:
Textos do livro didático da disciplina de Língua Portuguesa, ou de outra disciplina
escolhida pelo aluno;
Computador para pesquisa na Internet (sala de informática);
Aparelhos multimídia: Data-Show, Aparelho de som, Computador;
Lápis, lápis de cor, papel, tinta para papel; e
Dicionários.
DESENVOLVIMENTO:
1ª Etapa: Leitura em grupo de textos
Divida a sala em grupos (3 componentes cada);
Cada grupo escolhe, dentro das opções oferecidas pelo livro didático e propostas
pelo professor, o texto que lerá para os colegas (não importa o tipo, nem o gênero
do texto, mas é importante que o aluno saiba identificá-lo). O texto, caso os alunos queiram, pode ser do livro didático de outra disciplina, assim pode-se variar o
assunto do texto a ser discutido posteriormente.
2ª Etapa: Leitura em voz alta
Leitura em voz alta dos textos escolhidos. Todos devem acompanhar a leitura, já
que todos têm em mãos os livros didáticos da escola. Cada aluno que acompanha
a leitura pode ser, caso o professor julgue necessário (a fim de verificar se o aluno
está atento e acompanhando a leitura do colega), solicitado a ler parte do texto
que o outro grupo escolheu.
Observação: É importante estimular os alunos a ler os textos em voz alta (já que
muitos se recusam), explicando-lhes que, em diversas situações da vida (entrevista
de emprego, atividades profissionais, familiares, religiosas, etc.), eles poderão precisar falar em público, ou ler para outros ouvirem (como em uma dinâmica de grupo, por exemplo), o que exigirá dele habilidade e desinibição para tal tarefa. Logo,
é melhor que ele já se acostume a fazer isso na sala de aula. Todos devem respeitar
os modos de ler dos colegas. Não se pode permitir que um aluno ria ou zombe do
outro quando estiver lendo. Isso faz com que o aluno se envergonhe e se recuse a
ler outras vezes. É preciso acordar isso entre os alunos para evitar que haja desconforto para o estudante que eventualmente se equivoque em sua leitura.
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3ª Etapa: Análise e interpretação dos textos
Cada texto lido deve ser analisado coletivamente. Tal atividade deve ser orientada pelo professor, de modo que as possibilidades de significação de cada texto
sejam aos poucos desvendadas. Para a
análise dos textos, devem-se observar,
mormente, os seguintes elementos:
Professor, sugerimos a pesquisa
do gênero textual biografia, que
servirá de base para a análise
e interpretação dos textos,
contemplando assim, de forma
menos pontual, as questões sobre
período estético e histórico.
•
Período estético e histórico em que o texto foi escrito (sem que isso seja o único elemento de análise e significação do texto);
•
Formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do
mesmo tema;
•
Recursos sonoros dos vocábulos utilizados;
•
Condução da narrativa (como o autor preferiu contar a história?);
•
Significação de alguns vocábulos desconhecidos pelos alunos. É importante
que eles tentem chegar ao significado das palavras por meio da inferência de
sentido, a partir do contexto em que ela é usada no texto; e
•
As variações de linguagem (formal, coloquial, entre outras.).
4ª Etapa: Comentário sobre a escrita dos textos
O aluno deve dizer o que mais o impressionou no texto lido, e como ele conduziria a escrita de tal texto. Essa exposição deve ser oral apenas, sem que ele tenha
que demonstrar por escrito o seu modo de conduzir o texto que leu.
5ª Etapa: Intertextualidade com Artes (pintura)
Com base na leitura efetuada, os alunos devem escolher um personagem ou uma situação extraída do texto
Professor, é importante
e ilustrar por meio de desenho e pintura. A criação deve
dialogar com o
ser livre, de modo que o resultado vá desde rabiscos até
professor de Arte para
pinturas abstratas. As ilustrações devem ser distribuídas
melhor desenvolver
entre os alunos, de modo que um fique com a ilustração
esta etapa.
de outro. De posse da ilustração do colega, os alunos
devem pesquisar (em casa/ou na sala de informática)
uma música que tenha alguma relação com esse desenho. A música, em CD ou em
arquivo de computador, deve ser levada para a sala na próxima aula.
Observação: Alertamos para a necessidade de liberação de programas de download de arquivos de áudio nos computadores do laboratório de informática da
escola nos dias de trabalho desta sequência.
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6ª Etapa: Diálogo com a Música
Em uma sala com recursos multimídias (data-show, aparelho de som, computador), cada aluno deve apresentar aos outros o desenho e a música que escolheu
para ilustrar aquela arte. Ao fim de cada apresentação, o autor da ilustração diz o
que achou da relação entre seu desenho e a música escolhida pelo colega. Caso
queiram, os alunos também podem criar as músicas e cantá-las.
AVALIAÇÃO:
Análise da explanação oral dos alunos sobre os textos lidos, bem como da criatividade das pinturas e músicas ilustrativas dos textos.
3 Sequênccias Didááticas de Matemáticca
SEQUÊNCIA 11
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO:
Função de 1°grau
Construção de gráficos das funções do 1º grau.
DESCRITORES PAEBES: D19, D23, D24, D25.
OBJETIVOS:
Resolver problemas envolvendo função de 1°grau;
Identificar o gráfico que representa uma situação descrita em um texto;
Reconhecer o gráfico de uma função de polinomial por meio de seus coeficientes;
Reconhecer a representação algébrica de uma função de 1°grau dado o seu gráfico.
TEMPO ESTIMADO: 8 aulas
2010 é o ano zero do desenvolvimento sustentável e nada melhor do que se apoderar disso para estimular discussões nas aulas de matemática. Esse tema será abordado nesta sequência, pois possibilita ao aluno uma visão prática do conteúdo. Através
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desta sequência, o aluno aprende de modo natural a montar a função com base nas
informações do texto e analisar o gráfico, apreendendo questões como coeficiente
em situação prática. A sequência desenvolve ainda a competência de leitura e escrita, uma vez que possui muitos textos, e faz com que, ao final, o aluno tenha acesso a
outros tipos de gráfico fazendo menção ao assunto e escreva um texto sobre o que
foi observado e discutido em sala.
DESENVOLVIMENTO:
1ª Etapa: Leia o texto abaixo
2010 é o ano Zero da economia sustentável. Diante disso, no final do ano, a GM lançará nos EUA o Volt, carro 100% elétrico, que não chegará tão cedo ao Brasil. Nesse
contexto, uma pergunta se impõe: o carro elétrico é um risco ou uma solução para o
planeta? Os carros elétricos precisam ter eficiência elétrica ou transferirão a emissão
de gases dos escapamentos para as chaminés das usinas de eletricidade. Em outras
palavras: os carros elétricos não emitem dióxido de carbono, mas só poderão circular porque recebem eletricidade, produzida, em muitos países, por usinas movidas
a combustível fóssil. Na China, por exemplo, as usinas são alimentadas por carvão.
Estimativas americanas indicam que, se eventualmente 250 mil carros elétricos fossem plugados para recarga ao mesmo tempo em um início de noite, seria necessário
erguer outras 160 usinas de energia nos EUA apenas para alimentá-los.
Para recarregar os carros, empresas estudam planos semelhantes aos de celular. As
baterias poderão ser carregadas de duas maneiras: em postos especializados ou simplesmente pela troca da bateria gasta por uma completa, sem perda de tempo.
Existem ainda planos que contemplam a oferta do carro a preço baixo em troca da
fidelidade na compra dos serviços de energia.
Baseado em modelos americanos.
Eles vão acelerar ou frear as mudanças climáticas?
Veja, 30 de dezembro de 2009.
Disponível em: http://veja.abril.com.br/301209/2-carros-eletricos-p-228.shtml.
Acesso em 13 maio. 2010.
1050
A ELETRICIDADE
TAMBÉM É SUJA
Emissão de CO2
de cada uma das
modalidades de usina
geradora de energia
(em gramas por kW/h)*
A GASOLINA OU ELÉTRICO?
Os prós e os contras de cada veículo
443
*Valores máximos
Fonte: Energy Policy
Nossa Escolha (Al Gore)
Emissão de gases que
provocam o efeito estufa
Opep
480
2 minutos para encher o tanque
13
POLUIÇÃO
DEPENDÊNCIA
AUTONOMIA (em quilômetros)
TEMPO DE ABASTECIMENTO
CUSTO POR QUILÔMETRO (em centavos de real)
MOTOR
288
Sem emissões pelo carburador
Empresas de eletricidade
160
6 horas para recarregar a bateria
2
9 a 10 10
32 38
E
Hid ólica
lar relét
fot rica
ovo
lt
Ge aica
oté
rm
ica
Nu
cle
ar
gá
Ca s
rvã
o
MOTOR
BATERIAS
RECARREGÁVEIS
So
TANQUE
DE GASOLINA
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Professor, após a leitura do texto e dos gráficos, faça os seguintes questionamentos:
a) A eletricidade também é suja? Observe o gráfico e diga quais são os quatro tipos
de energia consideradas limpas.
b) Monte duas fórmulas (chamaremos de função): uma que mostre o valor gasto em R$
em função dos quilômetros rodados do carro elétrico e a outra do carro à gasolina.
Professor, diante das fórmulas montadas pelos alunos, verifique os erros e sugira
as adequações cabíveis. Nesse momento, apresente a forma descrita de uma função de 1º grau por f(x) = ax + b, onde a e b são números reais e a ≠ 0 possui alguns
casos particulares. Pesquise em livros de Matemática e verifique que tipo de função se identifica com a atividade feita acima.
c) Usando papel milimetrado e régua, peça aos alunos que montem um gráfico de
acordo com a situação acima, com pelo menos três pares ordenados para cada
uma das funções formadas.
2ª Etapa:
Apresente o gráfico abaixo e peça à turma que retire dele as informações e construa
a função que o gerou.
A situação descrita no gráfico abaixo é semelhante ao exercício resolvido acima. Porém, agora só possuímos o gráfico de um carro que gasta um valor intermediário ao
dos carros elétricos e a gasolina.
Gastos em R$
0.2
0.18
0.16
0.14
0.12
0.1
0.08
0.06
0.04
0.02
0
km rodados
0
0.5
1
1.5
2
2.5
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3ª Etapa:
Nesse momento, é importante comentar sobre uma solução para a diminuição do
problema de poluição emitida por carros: o aumento no transporte por meio de bicicletas ou caminhadas. Quantas pessoas vão sozinhas em seus carros por dia para o
trabalho? A carona também poderia ser uma alternativa que ajudaria a diminuir os
índices de poluição, já que no carro normalmente cabem 5 pessoas?
Pensando assim, os funcionários de uma empresa resolveram adotar o sistema de
rodízio de carros. Antes, cada funcionário ia com seu carro para o trabalho. Agora,
a cada dia, um deles vai com seu carro e dá carona para os quatro colegas. Combinaram um valor fixo para gastos com manutenção de R$ 2 ao dia mais R$ 0,30 por
quilometro rodado. Após ler a situação acima responda:
a) Qual dos gráficos abaixo representa de maneira correta as informações contidas
no texto?
Gastos em R$
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
km rodados
0
0.5
1
1.5
2
2.5
Gastos em R$
3
2.5
2
1.5
1
0.5
0
km rodados
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
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b) Qual seria a função criada por esse grupo de amigos para o rodízio dos carros?
c) Se a distância percorrida é de 30 km com ida e volta, quanto cada carro cobra pela
viagem por dia? E por semana?
d) Quanto cada amigo paga ao dia?
e) Outras pessoas dessa empresa acharam a ideia interessante, mas, por possuírem carros mais sofisticados, o valor fixo para a manutenção foi maior. Observe
o gráfico abaixo e diga quanto esse grupo de amigos paga pela manutenção
dos veículos.
Gastos em R$
8
7
6
5
4
3
2
1
0
f
km rodados
0
2
4
6
8
1
0
1
2
4ª Etapa:
Os impactos ambientais da problemática do clima e da energia são evidentes atualmente. Fenômenos como tsunamis e terremotos são noticiados quase que diariamente nos telejornais. Ouve-se falar de sustentabilidade e energias limpas para a
diminuição dos efeitos catastróficos na camada de ozônio. Existem até mesmo leis
que estabelecem o máximo permitido de emissões de CO2 pelas usinas de energia: é
a chamada bolsa de compensações ou Créditos de Carbono.
Usando seus conhecimentos matemáticos de diferentes tipos de gráficos e de
função, principalmente (por exemplo, quanto maior a emissão de CO2 pelas usinas de energia, maior o valor que elas terão que investir para compra dos créditos de carbono), analise os gráficos a seguir e elabore um texto contendo suas
observações.
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COMO FUNCIONA O MERCADO
1
CO2
EXCEDENTE
TETO
A lei estabelece o máximo permitido
de emissões em indústrias poluentes,
como as usinas de energia
TETO
CO2
CO2
cada tonelada que um poluidor
2 Para
reduzir desse teto, ele receberá
TROCA
uma compensação, um crédito
Dinheiro
podem ser compradas
3 Asporcompensações
empresas e países que poluem,
em um jogo econômico que favorece a
inovação e a busca por métodos mais limpos
Compensações
OS PRINCIPAIS COMPRADORES
DE CRÉDITO DE CARBONO...
ESPANHA E
PORTUGAL 4%
JAPÃO 5%
...E OS PRINCIPAIS VENDEDORES
BRASIL 3%
2% ÁUSTRIA
17%
PAÍSES BÁLTICOS
ITÁLIA 9%
OUTROS 24%
2% ÁFRICA
ÍNDIA 4%
7%
OUTROS
84%
CHINA
39% INGLATERRA
Falta definir quanto custa poluir. Veja, 30 de dezembro de 2009.
http://veja.abril.com.br/301209/10-creditos-carbono-falta-definir-quanto-custa-poluir-p-266.shtml.
Acesso em 13 de maio 2010.
AVALIAÇÃO:
A avaliação pode ser feita utilizando um ou ambos os critérios a seguir:
a) Análise do envolvimento dos alunos e da capacidade e interesse que eles apresentaram para compreender a leitura dos gráficos; e
b) Análise dos textos e confecção de gráficos.
SEQUÊNCIA 13
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza
DISCIPLINA: Matemática
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio
CONTEÚDO: Cálculo de Perímetro e Área de figuras planas.
DESCRITORES PAEBES: D11, D12.
OBJETIVOS:
Resolver problemas envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas;
Resolver problemas envolvendo o cálculo de área de figuras planas;
TEMPO ESTIMADO: 15 aulas.
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MATERIAL NECESSÁRIO:
Dicionário, Laboratório de informática, Software X-Logo, Régua, Esquadro, Transferidor, Compasso, Cartolina, Barbante, Fita Métrica, Calculadora, Objetos Circulares de Tamanhos Variados (4 objetos diferentes no mínimo), tangram de Material
Rígido, Trena, Tesoura, Fita Crepe.
DESENVOLVIMENTO:
1ª Etapa:
Na aula anterior, o professor deverá entregar a tarefa de casa.
Peça aos alunos que determinem o contorno de sua cama, da tampa de uma panela, o
comprimento do quarto, a largura da cerâmica que foi utilizada no piso de sua casa, o
comprimento do livro de matemática, o contorno de um CD, o comprimento da área
construída da casa, o comprimento do seu quintal, a largura de sua rua, o comprimento da tela da TV, a largura da porta da geladeira, etc, utilizando instrumentos diverProfessor, possivelmente
sos de medidas (padronizados ou não).
Peça também que façam um esboço simples do que foi medido. A não padronização das unidades de medidas deverá ser
intermediada pelo professor e certamente enriquecerá a discussão. Logo após,
faça uma plenária das medidas efetuadas e apresente o conceito de perímetro.
você encontrará alunos que
não fizeram as medidas
recomendadas. Sugira que
meçam a largura da sala de aula,
o comprimento das janelas, a
altura da porta, o comprimento da
mesa, a largura e o comprimento
da quadra, etc.
De acordo com um dicionário de matemática:
Perímetro – É o comprimento da linha que define uma figura plana. É o mesmo que
a soma dos lados da figura.
(Dicionário de Matemática - coleção páginas amarelas – Luiz F. Cardoso)
Apresente também o conceito de perímetro de um dicionário convencional.
Perímetro – s. m. Geom.
1. Contorno que limita uma figura plana.
2. Soma dos lados de um polígono.
3. Circunferência.
4. Linha que limita uma determinada área ou região: Perímetro urbano.
(Dicionário Michaelis – UOL)
Solicite aos alunos, como tarefa de casa, que correlacionem os três conceitos apresentados e construam o conceito de perímetro.
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2ª Etapa:
Levar os alunos ao laboratório de informática para trabalhar perímetro usando um
software de fácil utilização, o X-Logo / Tartaruga (material utilizado no material do
Multicurso Matemática).
O primeiro passo é baixar o software X-Logo no link http://downloads.tuxfamily.org/
xlogo/common/xlogo.jar. Na Internet, existem vários tutoriais que ensinam a manipular o programa.
Essa etapa, além de aproximar os alunos da tecnologia, oferece uma ótima oportunidade de trabalho em equipe, na qual acontecerão descobertas através de tentativas
e trocas de conhecimento.
Para orientar e dar sentido aos trabalhos, distribua tarefas de construção utilizando o
X-Logo. O trabalho pode ser feito em equipes de no máximo 4 pessoas.
CONSTRUIR (EXEMPLOS):
Um quadrado de lado 50;
Um triângulo equilátero de lado 100;
Um triângulo retângulo isósceles;
Um hexágono regular de lado 60;
Um pentágono regular de lado 80;
Um retângulo de lados 40 e 90;
Um decágono de lado 20;
Um triângulo escaleno de lados 30, 40 e 50;
Uma circunferência de raio 60.
Ainda no laboratório, escolha ou sorteie uma ou duas construções e peça para que
os grupos exponham o trabalho realizado para os demais colegas, destacando as estratégias, as dificuldades e até mesmo a não construção por motivos diversos. Após
cada apresentação, o professor deverá fazer suas considerações e interferências para
eventuais enriquecimentos, correções ou proposição de caminhos mais fáceis.
Lembre mais uma vez que estamos trabalhando o conceito de perímetro, ou seja, o
contorno que limita uma figura plana.
É importante que o professor conheça bem o X-Logo para reproduzir com segurança
todas as informações necessárias para o trabalho dos alunos. No tutorial, destaque,
antes dos trabalhos, as ferramentas, funções e comandos do software.
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3ª Etapa:
Nesta etapa, saímos da tecnologia para resgatar o trabalho e a utilização de ferramentas matemáticas manuais e antigas, mas seguindo os mesmos princípios do que
foi desenvolvido com o auxílio do software X-Logo.
Utilizando régua, compasso, esquadro e transferidor, solicite aos mesmos grupos
que construam manualmente em uma cartolina para futura exposição:
Um quadrado de lado 20 cm;
Um triângulo equilátero de lado 30 cm;
Um triângulo retângulo isósceles;
Um hexágono regular de lado 10 cm;
Um pentágono regular de lado 10 cm;
Um retângulo de lados15 cm e 35 cm;
Um decágono de lado 15 cm;
Um triângulo escaleno de lados 9 cm ,12 cm e 15 cm;
Uma circunferência de raio 17 cm;
Uma circunferência de diâmetro 40 cm.
Após as construções, escolha ou sorteie uma ou duas construções e peça para que
os grupos exponham o trabalho realizado para os demais colegas, destacando as estratégias, as dificuldades e até mesmo a não construção por motivos diversos. Após
cada apresentação, o professor deverá fazer suas considerações e interferências para
eventuais enriquecimentos, correções ou proposição de caminhos mais fáceis.
É importante também destacar as diferenças e semelhanças no trabalho com o
software e com instrumentos manuais, bem como as preferências de cada grupo.
4ª Etapa:
Numa outra etapa dos trabalhos, é pertinente ressaltar a diferença do perímetro de
figuras planas poligonais e de figuras circulares.
É uma ótima oportunidade de relembrar o irracional Pi (π) e suas relações com circunferência, raio, diâmetro, bem como o significado de cada um desses conceitos.
Disponha de uma tabela com quatro objetos circulares de tamanhos diferentes para
determinarmos a existência do número π. Faça as devidas medidas com uma fita
métrica ou com outro instrumento de medida, completando a tabela. Com o auxílio
de uma calculadora, encontre a razão desejada.
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Objeto
Comp. da
Circunferência (C).
Diâmetro (D).
Resultado:
C
D
Objeto 1
Objeto 2
Objeto 3
Objeto 4
Assim os alunos perceberão a presença do número π em qualquer tamanho de circunferência. O momento também é oportuno para comentários a respeito da história deste irracional tão famoso. Se o professor julgar interessante, pode apresentar aos alunos todo o alfabeto grego. Certamente eles identificarão algumas letras
muito utilizadas como simbologia tanto na matemática e suas áreas afins como em
outros campos.
Ainda nesta etapa proponha um desafio:
Se não tivéssemos uma fita métrica ou outro material flexível de medida como faríamos para medir o contorno de um objeto circular?
Certamente alguém irá propor usarmos um barbante e, logo após, medi-lo: seu tamanho será igual ao do contorno.
O professor deve interferir e excluir o uso do barbante.
Após a discussão, introduza a fórmula para se descobrir o comprimento de uma circunferência conhecendo-se a medida do seu raio.
C = 2. π. r,
Onde, C é o comprimento da circunferência, π vale aproximadamente 3,14 e r representa o comprimento do raio.
É importante também demonstrar o processo e o pensamento algébrico que levou à
estruturação de tal fórmula. Nossos alunos devem compreender que as fórmulas não
surgiram num passe de mágica e sim de muito trabalho algébrico.
C=π
d
C=π
2r
C = π.2r
C = 2.π.r
Com o objetivo de validar a expressão apresentada, proponha uma experiência: em
primeiro lugar, meça a circunferência de um objeto qualquer com o auxílio de uma
70
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fita métrica e anote o resultado. Em seguida, desenhe o contorno desse objeto em
um papel e trace uma reta no centro. Caso haja necessidade, recorte a circunferência
e a dobre ao meio, determinando o diâmetro da figura através do vinco. Exponha
aqui o conceito de raio, ou seja, o diâmetro dividido em duas partes (a medição pode
ser efetuada com o auxílio de uma régua).
Por último, aplique os valores na fórmula, desenvolvendo de maneira adequada os
procedimentos algébricos e numéricos até chegar a um resultado. Veremos que os
valores são bem próximos, provando assim a veracidade e eficiência da equação.
5ª Etapa:
Vamos agora utilizar o Tangram numa abordagem numérica para determinarmos o
perímetro de cada uma de suas peças.
2
6
1
5
4
7
3
Nesta etapa, o professor terá de retomar “Teorema de Pitágoras” para descobrir algumas diagonais e hipotenusas a2 = b2 + c2.
A proposta inicial seria encontrar as medidas de cada uma das linhas coloridas a partir da malha quadriculada na qual o Tangram está inserido:
4
2 √2
4 √2
2
√2
2
2 √2
2
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Logo após encontrarmos as medidas das linhas, vamos encontrar os perímetros de
cada uma das figuras. Vale lembrar que podemos dividir as medidas ao meio, fazer
comparações, observar a malha...
Triângulo
1
Triângulo
2
Paralelogramo Triângulo Quadrado
3
4
5
Triângulo
6
Triângulo
7
4 + 2√2 + 2√2 =
4 + 4√2=
4 (1+√2)
Idêntico ao
triângulo 1
2 + 2 + √2 + √2 =
4 + 2 √2 =
2 (2 + √2)
Idêntico ao
triângulo 4
2 + 2 + 2√2 =
4 + 2√2 =
2 (2 + √2)
2 + √2 + √2
2 + 2 √2 =
2 (1 + √2)
4 √2
Após completarmos a tabela, vale uma discussão sobre a atividade, bem como algumas comparações.
A mesma abordagem apresentada anteriormente no contexto aritmético poderá ser
trabalhada no contexto algébrico. Basta substituir o valor 4 do lado do Tangram por
x ou até mesmo 4x, se considerarmos a malha na qual o Tangram está inserido.
6ª Etapa:
Agora, utilizando as peças do Tangram, propor uma atividade de criação de formas e
cálculo de perímetro.
Formar um quadrado usando o número de peças determinadas a seguir:
a) só duas peças.
b) só três peças.
c) só quatro peças.
d) só cinco peças.
e) só seis peças.
f ) só sete peças.
É interessante que esse trabalho aconteça em grupo e as figuras formadas sejam
registradas em cartolina para exposição e socialização entre os colegas. Uma tabela
poderá ser formada para organizar melhor o trabalho.
7ª Etapa:
CA
ALCULANDO ÁREAS
Na atividade a seguir, vamos direcionar o trabalho para o cálculo de áreas, como
uma extensão dos estudos de perímetro. O cálculo de área de uma figura é feito por
72
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comparação com uma definida unidade de área. Em geral, em geometria euclidiana,
utiliza-se o quadrado de lado 1.
Nessa atividade, vamos supor que o quadrado Q do Tangram seja essa unidade de
área, isto é, definimos que a área de Q é igual a 1.
Considerando então a área do quadrado Q como unitária, peça aos alunos que calculem as áreas das outras peças do tangram:
a) A área dos triângulos A.
b) A área dos triângulos R.
c) A área do triângulo T.
d) A área do paralelogramo P.
8ª Etapa:
O FORMAS, ÁREAS E PERÍM
METROS
RELACIONANDO
Sabendo agora a área de cada peça do Tangram, e utilizando ainda o quadrado Q
como unidade de área, peça aos alunos que construam formas com as áreas informadas abaixo e, em seguida, determinem o perímetro de cada uma das construções.
a) retângulo de área 4.
b) triângulo de área 4,5.
c) paralelogramo de área 6.
d) quadrado de área 5.
e) quadrilátero retângulo com área 8.
f ) triângulo de área 8.
g) trapézio de área 3.
9ª Etapa:
EXPLORAR MAIS O CONCEIT
TO ÁREA/SUPE
ERFÍCIE.
“Quando medimos superfícies tais como um terreno, um piso de uma sala, uma
quadra poliesportiva, ou ainda uma parede, obtemos um número, que é a sua
área”.
“Aliás, o que significa o termo “um metro quadrado”, “um centímetro quadrado”, “um
quilômetro quadrado?”
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Muitos alunos mecanizam que, quando se trata de área, utilizamos sempre as denominações m², cm², km², mas não entendem o verdadeiro significado da unidade “ao
quadrado”. Para suprir tal deficiência, vamos propor o seguinte:
Fora da sala de aula, num espaço aberto (seja de cimento ou de terra), delimite uma
área quadrilátera utilizando barbante, giz ou até mesmo risco no chão de terra. Utilize o esquadro para obter ângulos retos nos vértices do quadrilátero. No momento
da determinação da área, é interessante considerar o número de alunos envolvidos
nesta atividade. Por exemplo, 33 alunos e o professor são 34 pessoas. Determine uma
área próxima desse número, por exemplo, 7x 5 = 35.
Com base nas suposições acima, desenhe no chão um quadrilátero com 7m por 5m.
Na sequência, solicite aos alunos que marquem nos quatro lados do que foi limitado,
intervalos de 1 em 1 metro. Em seguida, eles devem ligar os pontos correspondentes
existentes nos lados paralelos, transformando a área numa enorme malha quadriculada. Com cada aluno dentro de uma “célula”, trabalhe a noção de espaço, do quê
vem a ser 1m².
Dizer que a área tem 35 metros quadrados significa que podemos dividi-la em 35
pedaços iguais, sendo cada pedaço de 1m x 1m.
Este entendimento deverá se estender para os múltiplos e submúltiplos da nossa
unidade padrão de medida e poderá ser utilizada com unidades de medidas não
padronizadas, como o passo, o palmo, a polegada, a jarda, etc.
10ª Etapa:
Aproveitando a etapa anterior, selecione atividades envolvendo a utilização da malha quadriculada. Além do cálculo de áreas e perímetros de figuras planas, o trabalho
poderá se estender ao reconhecimento da conservação ou modificação de medidas
74
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dos lados, do perímetro, da área em ampliação e/ ou redução de figuras poligonais
ou até mesmo circulares.
A criatividade do professor vale muito na condução desta etapa, tanto para a seleção
das atividades quanto na administração dos trabalhos.
11ª Etapa:
Aqui, vamos enfatizar as principais figuras geométricas planas e suas áreas, que podem ser calculadas a partir de uma determinada fórmula.
Nesse momento, é importante fazer um diagnóstico prévio do conhecimento, verificando se todos os alunos conhecem as figuras geométricas e as áreas, através da
atividade abaixo.
Faça fichas com:
1. Nomes das figuras;
2. Com as figuras;
3. Com as fórmulas;
Peça aos alunos que separem as fichas, identificando a figura com o nome e as fórmulas pertinentes as suas áreas.
Sugestões das áreas que devem ser trabalhadas:
Região retangular;
Região quadrada;
Região limitada por um paralelogramo;
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Região triangular;
Região limitada por um trapézio;
Região circular;
Região de um setor circular.
Após a atividade, é o momento de fazer a demonstração das fórmulas das áreas poligonais a partir da área do retângulo, que servirá de referência.
Essas demonstrações podem ser feitas através de dobradura, cortes, reconstituições
ou comparações, juntamente com o significado algébrico de cada equação.
AVALIAÇÃO:
1. Avaliar a participação da turma e do aluno individualmente durante toda a sequência didática em questão.
2. Avaliar o trabalho desenvolvido na aula com pequenos exercícios avaliativos e
diagnósticos.
3. Avaliar o desempenho final do aluno na atividade escrita.
4. Avaliar a participação dos alunos nas discussões e nas atividades.
4 Consideerações Fiinais
A afirmação da educação como direito suscitou a necessidade de uma intervenção
ativa no sentido de: contextualizar as aprendizagens escolares; superar a avaliação
classificatória e seletiva estabelecendo a avaliação participativa, diagnóstica e formativa; considerar os ritmos e tempos de aprendizagem dos educandos; assegurar
o direito de aprender; promover e ampliar as oportunidades de efetiva participação
dos educadores públicos na (re)significação do sistema de ensino.
Nessa perspectiva, tratar o conhecimento a partir do enfoque interdisciplinar e garantir as condições efetivas para que o direito à educação passe a se constituir compromisso, ação coletiva e bem público são os princípios que fundamentam a elaboração
deste documento. A construção coletiva realizada com o empenho e entusiasmo de
um grande grupo de educadores das escolas estaduais fazem a diferença para a vida
de muitos estudantes capixabas que frequentam as salas de aula.
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Em face disso, a avaliação na intervenção pedagógica é um importante instrumento
do professor para dialogar com os diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos. Há
momentos em que é preciso retomar o conteúdo e outros em que é preciso avançar mais. A sensibilidade do professor propicia a percepção desses diferentes ritmos.
Para tanto, é preciso conhecer os alunos e suas formas de aprendizagem para melhor
intervir no processo de ensino. Como afirma Janssen Felipe (ano 2009, p. 53 – Revista
Presença Pedagógica nº 91): “Descobrir quem são os alunos, como aprendem e o
que é necessário para contribuir para a construção de sua cidadania são os desafios
centrais para o educador organizar e materializar a sua práxis docente”.
Assim, a escola deve oferecer oportunidades de acesso às informações e aos conhecimentos de acordo com as necessidades e potencialidades, para que todos consigam
aprender a aprender, aprender a fazer e a ser com autonomia para viverem juntos.
5 Referências
ANDRADE, Marita. Avaliar para ensinar aprender com qualidade. R. Pedagógica, v.16,
n. 91, jan./fev. 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Como elaborar o plano de desenvolvimento da escola: aumentando o desenvolvimento da escola por meio do planejamento eficaz. 3. ed. Brasília, DF: FUNDESCOLA/
DIPRO/MEC/FNDE, 2006.
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Educação. Subsecretaria de Educação Básica e Profissional. Currículo básico escola estadual. Vitória, ES: SEDU, 2009.
________. Guia de intervenção pedagógica. Intervir para mudar: ano I. Vitória, ES:
SEDU, 2009.
________. Subsecretaria de Planejamento e Avaliação. Programa de Avaliação da
Educação Básica do Espírito Santo (PAEBES). Vitória, ES, 2008.
________. Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (PAEBES).
Vitória, ES, 2009.
________. Regimento comum das escolas da rede estadual de ensino do Estado do
Espírito Santo. Vitória, ES: SEDU, 2009.
GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Guia do diretor escolar. Belo Horizonte, s.d.
________. Guia do especialista em educação básica. Belo Horizonte, s.d.
PERNAMBUCO. Secretaria de Estado de Educação. Projeto aprender mais: ensino médio, língua portuguesa. Recife, s.d.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
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ANEXOS
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Anexo I
Termo de Compromisso
O Governo do Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado da Educação, estabeleceu como meta para as escolas de Ensino Médio promover a melhoria
da aprendizagem dos alunos, elevando a proficiência nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, em atendimento ao pacto do Estado do Espírito Santo com o
movimento Todos Pela Educação e ao Plano de Desenvolvimento Espírito Santo
2025, no qual se reafirma a prioridade absoluta à Educação.
Considerando que a Constituição Federal de 1988 estabelece:
Art. 205, que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
RESOLVE:
Este Termo de Compromisso tem como objetivos principais:
I.
Estabelecer como foco principal a melhoria da aprendizagem, definindo resultados concretos a serem atingidos especialmente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática;
II.
Acompanhar cada aluno da rede pública individualmente, mediante registro do
seu desempenho nas avaliações diagnósticas, que são realizadas periodicamente;
III. Criar possibilidades para atendimento ao aluno na escola com vistas à melhoria
da aprendizagem;
IV. Valorizar a formação ética, moral e social dos educandos;
V.
Garantir o acesso e permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais nas classes do ensino regular, fortalecendo a inclusão educacional;
VI. Envolver todos os profissionais da educação da instituição de ensino na discussão e elaboração do Plano de Intervenção, respeitando as especificidades da escola e dos estudantes;
VII. Divulgar na escola e na comunidade os dados relativos aos resultados da avaliação apresentados pelo PAEBES/2009;
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VIII. Zelar pela transparência da gestão escolar e garantir o funcionamento efetivo,
autônomo e articulado dos Conselhos Escolares;
IX. Promover por meio da gestão escolar ações inovadoras que garantam aos alunos do Ensino Médio o direito de aprender;
X.
Promover e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as famílias dos alunos,
com as atribuições, dentre outras, de zelar pela manutenção da escola e pelo
monitoramento das ações e consecução das metas do Termo de Compromisso;
XI. Acompanhar e avaliar o desempenho da escola em relação ao cumprimento das
diretrizes contidas neste Termo de Compromisso, com a participação do Conselho Escolar.
CO
OMPROMISS
SOS DA ESC
COLA
I.
Elaborar, executar e monitorar o Plano de Intervenção com o objetivo de alcançar as metas estabelecidas para a instituição de ensino;
II.
Combater a repetência, de acordo com as especificidades da escola, por meio
da adoção de práticas de recuperação paralela, desenvolvimento de projetos de
leitura e de matemática e outros projetos que visem a fortalecer a aprendizagem
dos alunos;
III. Evidenciar o bom desempenho do professor, representado por meio de sua dedicação, assiduidade, pontualidade, responsabilidade, realização de projetos e
trabalhos especializados, além de cursos de atualização e desenvolvimento profissional;
IV. Vincular os programas e/ou projetos escolares ao Projeto Político Pedagógico da
escola com o objetivo de integrá-los e fortalecer a dinâmica da aprendizagem
escolar como meio de dinamizar o Novo Currículo da rede pública estadual;
V.
Utilizar o espaço tempo escolar (biblioteca, sala de vídeo, laboratório de informática, quadra esportiva, entre outros), visando ao desenvolvimento de ações
educativas e de projetos socioculturais e ou ações socioeducativas que potencializem a aprendizagem de Língua Portuguesa e de Matemática;
VI. Combater a evasão escolar por meio do acompanhamento individual dos alunos, e detectar as razões da não frequência do educando e sua superação;
VII. Zelar para que as diretrizes curriculares e políticas públicas educacionais sejam
contempladas no Plano de Intervenção da instituição de ensino;
VIII. Disponibilizar documentos comprobatórios dos resultados, que contenham informações sobre o desenvolvimento do Plano de Intervenção;
IX. Sensibilizar e mobilizar a comunidade escolar e a família quanto ao acompanhamento do Plano de Intervenção.
81
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X.
Organizar comitê local que deverá ser composto por representantes do Conselho Escolar, da equipe gestora da escola, pais de alunos, alunos e professores do
Ensino Médio, visando a mobilizar e acompanhar o desenvolvimento do Plano
de Intervenção da escola e seus respectivos resultados;
XI. Comprometer-se em alcançar os resultados pactuados neste Termo de Compromisso;
XII. Implementar ações de combate ao Bulling no ambiente escolar.
CO
OMPROMISS
SOS DA FAM
MÍLIA
I.
Acompanhar a execução do Plano de Intervenção da escola;
II.
Valorizar a escola e acompanhar a vida estudantil dos filhos, criando neles uma
expectativa positiva em relação à vida escolar;
III. Participar ativamente dos eventos e atividades promovidas pela escola: reuniões
de pais, comemorações e outros;
IV. Incentivar os filhos para que criem vínculos de amizades com os colegas da escola;
V.
Dialogar permanentemente com os filhos sobre tudo o que ocorre no cotidiano
escolar;
VI. Conhecer os professores dos filhos e manter diálogo mútuo, compartilhando informações sobre o seu desenvolvimento escolar;
VII. Visitar a escola periodicamente para obter dados/informações a respeito do rendimento e frequência escolar dos filhos;
VIII. Acessar periodicamente o boletim escolar eletrônico objetivando o acompanhamento escolar dos filhos;
IX. Manter com os professores dos filhos um relacionamento de respeito, consideração, solidariedade e carinho;
X.
Incentivar e criar nos filhos o hábito de estudo diário, primando pelo desenvolvimento das tarefas escolares;
XI. Monitorar a utilização dos recursos tecnológicos, garantindo que sejam utilizados como recurso favorável a aprendizagem dos seus filhos;
XII. Orientar os filhos quanto ao zelo pela sua escola em relação ao espaço físico (biblioteca, pátio, quadra esportiva, laboratórios, banheiros, salas de aula e outras
dependências) e equipamentos (mobiliário, equipamentos, livros, murais, bebedouro, quadros e outros);
XIII. Incentivar os filhos a frequentar os espaços de leitura da escola e da comunidade, objetivando desenvolver o gosto pela leitura.
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CO
OMPROMISS
SO DA SRE
I.
Orientar e acompanhar a escola na elaboração e execução do Plano de Intervenção;
II.
Assessorar a equipe gestora da escola na superação de possíveis obstáculos e
nas restrições encontradas durante o desenvolvimento do Plano de Intervenção;
III. Organizar o comitê gestor na SRE para supervisionar e monitorar o Plano de Intervenção das escolas sob a sua jurisdição;
IV. Informar à Gerência de Ensino Médio sobre as atividades educacionais relevantes
desenvolvidas no Plano de Intervenção;
V.
Apoiar as ações e demais iniciativas escolares necessárias à obtenção dos resultados previstos no Plano de Intervenção e promover os meios, quando necessário, para sua execução;
VI. Acompanhar o desenvolvimento do Plano de Intervenção em todas as suas etapas, para garantir o cumprimento das metas acordadas;
VII. Disponibilizar apoio técnico pedagógico para a manutenção e sustentação do
desenvolvimento do Plano de Intervenção.
CO
OMPROMISS
SO DA UNID
DADE CENTR
RAL
I.
Orientar as SRE sobre a elaboração e execução do Plano de Intervenção pela
escola;
II.
Supervisionar e monitorar a execução deste Termo de Compromisso;
III. Promover ações e demais iniciativas necessárias à obtenção dos resultados pactuados neste Termo de Compromisso;
IV. Colaborar com as SRE, no sentido de dar apoio quanto ao acompanhamento na
execução do Plano de Intervenção das escolas;
V.
Promover o apoio técnico-pedagógico ao funcionamento do Comitê Gestor do
Plano de Intervenção;
VI. Promover o apoio técnico-pedagógico às SRE, quanto ao atendimento às necessidades das escolas;
VII. Sensibilizar e mobilizar os gestores escolares quanto ao cumprimento do Termo
de Compromisso por meio de reuniões e seminários, centralizados e descentralizados.
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Nestes termos, a escola
,
situada à Rua
,
Nº
,
, Bairro
Município
,
jurisdicionada à SRE
assume o compromisso de, conforme o Plano de Intervenção Escolar, promover
ações que visem à melhoria da aprendizagem dos alunos nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática, especialmente dos que se encontram nos níveis Abaixo
do Básico e no Básico, com o objetivo de elevar a proficiência na Leitura e na Matemática.
Diretor (a)
Pedagogo (a) ou Coordenador (a) de Turno
Professores
Representante dos Funcionários no Conselho de Escola
Representante dos Pais no Conselho de Escola
Representante da Comunidade Local no Conselho de Escola
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Termo de Compromisso
Pelo presente instrumento, declaramos que assumimos o compromisso com a aprensérie do Ensino Médio da Escola Esdizagem do(a) meu (minha) filho(a) da
,
tadual
,
situada no Município de
,
jurisdicionada à SRE
o que implica a observância e o cumprimento do disposto neste Termo de Compromisso.
CO
OMPROMISS
SOS DA FAM
MÍLIA
I.
Acompanhar a execução do Plano de Intervenção da escola;
II.
Valorizar a escola e acompanhar a vida estudantil dos filhos criando neles uma
expectativa positiva em relação à vida escolar;
III. Participar ativamente dos eventos e atividades promovidas pela escola: reuniões
de pais, comemorações e outros;
IV. Incentivar os filhos para que criem vínculos de amizades com os colegas da escola;
V.
Dialogar permanentemente com os filhos sobre tudo o que ocorre no cotidiano
escolar;
VI. Conhecer os professores dos filhos e manter diálogo mútuo, compartilhando informações sobre o seu desenvolvimento escolar;
VII. Visitar a escola periodicamente para obter dados/informações a respeito do rendimento e frequência escolar dos filhos;
VIII. Acessar periodicamente o boletim escolar eletrônico, objetivando o acompanhamento escolar dos filhos;
IX. Manter com os professores dos filhos um relacionamento de respeito, consideração, solidariedade e carinho;
X.
Incentivar e criar nos filhos o hábito de estudo diário, primando pelo desenvolvimento das tarefas escolares;
XI. Monitorar a utilização dos recursos tecnológicos, garantindo que sejam utilizados como recurso favorável à aprendizagem dos seus filhos;
XII. Orientar os filhos quanto ao zelo pela sua escola em relação ao espaço físico (biblioteca, pátio, quadra esportiva, laboratórios, banheiros, salas de aula e outras
dependências) e equipamentos (mobiliário, equipamentos, livros, murais, bebedouro, quadros e outros);
XIII. Incentivar os filhos a frequentar os espaços de leitura da escola e da comunidade, objetivando desenvolver o gosto pela leitura.
Assinatura do Termo de Compromisso da turma
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Nome do Aluno
Nome do Responsável
Assinatura
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
Assinatura do Diretor, pedagogo ou professor representante da turma.
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2. SRE:
6. Duração prevista (período de execução):
Junho a Novembro de 2010.
Disciplinas envolvidas:
4. Professores envolvidos:
(Lembramos que a intervenção pedagógica, que utiliza o trabalho
com sequências didáticas, é de responsabilidade direta de Língua
Portuguesa e Matemática, articuladas com as demais áreas do
conhecimento e respectivas disciplinas, que também são responsáveis
pela melhoria da aprendizagem).
1. Escola:
Governo do Estado do Espírito Santo
Secretaria de Estado da Educação
7. Comitê de Implementação do Currículo
Diretor –
Pedagogo –
Coordenador –
Representante de professores –
Representante de Liderança Estudantil –
5. Abrangência (séries/turmas envolvidas)
I – IDENTIFICAÇÃO DO PLANO
3. Equipe gestora da Escola
(Diretor, Pedagogos e Coordenador).
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANO II – 2010
ESTRUTURA BÁSICA DO PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ESCOLAR
Estrrutura Básica do Plano de Interven
nção Pedagógica Escolar
Anexo II
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Prova Brasil e IDEB (EF)
Matemática
IDEB
8ª
4ª
SÉRIE
4ª
4ª
Projeção do IDEB para 2011
Projeção do IDEB para 2009
IDEB 2007 da Escola
IDEB 2005 da Escola
Língua Portuguesa
DISCIPLINA
Matemática
Língua Portuguesa
DISCIPLINA
8ª
8ª
2005
Projeção
2007
LÍNGUA PORTUGUESA
PAEBES 2009
PAEBES 2004
8. Contexto – Resultados – PAEBES, IDEB e Prova Brasil (os dois últimos específicos para o EF):
8.1 Da Escola:
4ª
4ª
2005
8ª
8ª
Real
MATEMÁTICA
Média Estadual 2009
Média Estadual 2004
2007
EM
PAEBES 2009
EM
PAEBES 2008
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- no âmbito da sala de aula:
* quanto à disciplina;
* quanto às questões metodológicas;
* quanto à relação ensino-aprendizagem.
(Obs. Aqui devem ser tratadas questões que envolvem a aprendizagem na sala de aula
especificamente).
10. Causas dos Problemas Pedagógicos Identificados:
- no âmbito da gestão escolar:
(O próximo item é específico para o Ensino Médio, que abrange uma única série. No caso do Ensino
Fundamental, por se tratar de várias séries, o referido item será tratado no plano de intervenção da sala
de aula).
12. Metas:
(as metas definem os resultados que devem ser atingidos para o alcance dos objetivos estratégicos. São de natureza operacional e respondem à pergunta: aonde se deve chegar no prazo
previamente estabelecido? Toda meta deve ter um conteúdo quantitativo e mensurável e deve ser enunciada focalizando exatamente o resultado que se espera alcançar.)
11. Objetivos:
(deve indicar onde a escola concentrará esforços para atingir um desempenho de excelência. São de natureza qualitativa e devem começar com verbo no infinitivo. Devem ser claros,
simples e objetivos.)
III – JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
- no âmbito da sala de aula:
* quanto à disciplina;
* quanto às questões metodológicas;
* quanto à relação ensino-aprendizagem.
(Obs.: Aqui devem ser tratadas questões que envolvem a
aprendizagem na sala de aula especificamente. Destaque, com sua
equipe escolar, os problemas que deverão ser trabalhados, com o
propósito de melhorar a aprendizagem dos alunos no âmbito da
gestão escolar e no âmbito da sala de aula).
9. Problemas Pedagógicos Identificados
- no âmbito da gestão escolar:
(O próximo item é específico para o Ensino Médio, que abrange
uma única série. No caso do Ensino Fundamental, por se tratar de
várias séries, o referido item será tratado no plano de intervenção
da sala de aula).
II - DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA APRENDIZAGEM
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15. Sequências Didáticas
(definir estratégias para a reformulação dos planos de ensino no planejamento por área de conhecimento e
considerar o desenvolvimento de sequências por todas as disciplinas).
(devem ser definidas a partir das ações no âmbito da escola, considerando os itens detalhados nos subtítulos:
Planejamento, Desenvolvimento, Monitoramento e Avaliação)
3. Pedagógicas: refere-se aos aspectos político-pedagógicos: discussão e implementação do currículo
escolar, orientação a professores, participação em reuniões pedagógicas; discussão sobre resultados da
avaliação e as implicações no processo ensino-aprendizagem, dentre outros.
2. Relacionais: refere-se aos aspectos humano-relacionais: Acolhimento aos estudantes, professores e à
família; cuidado com a comunicação entre a equipe de trabalho; participação e promoção de reuniões e
eventos de integração, dentre outros.
1. Organizacionais: refere-se aos aspectos organizacionais da escola: estrutura e organização dos
ambientes, dos horários de funcionamento, provimento e manutenção da rede física, materiais e
equipamentos, dentre outros.
Início
Devem ser planejadas ações que contemplem as dimensões:
Responsáveis
14. Término:
13. Início:
Término
(As ações estratégicas consistem no detalhamento dos objetivos e das metas. As ações do Plano devem ter um encadeamento lógico. Assim, deve-se perguntar: o que devemos fazer em primeiro
lugar para que tal meta seja atingida? E em segundo lugar? E assim por diante. Aconselha-se que sejam colocadas no Plano apenas as ações consideradas críticas para o alcance das metas. Uma
ação é considerada crítica para uma meta quando ela é indispensável para o alcance dessa meta e quando tem que ser realizada num dado momento. Para que o Plano seja efetivo, os seguintes
pontos devem ser observados: a) identificar corretamente o problema e a meta a ele associada (o resultado que se quer alcançar); b) identificar as causas do problema, buscando bloquear e
eliminar as mais relevantes e que estejam na esfera de governabilidade da escola; c) desenvolver opções de solução do problema (quais as alternativas de solução?); d) detalhar o Plano (o que
deve ser feito, por quem, quando, onde e como); e) executar o Plano (o plano deve ser implementado); f) monitorar e avaliar o progresso do Plano; g) concluir o Plano (realizar um balanço do que
foi feito).
IV – AÇÕES ESTRATÉGICAS
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Assinaturas
Coordenador da Equipe (Pedagogo):
Nome Completo dos Integrantes
Pedagogo
Diretor
V - EQUIPE ELABORADORA DO PLANO
Segmento/Ocupação na Escola
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GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
Governo do Estado do Espírito Santo
Secretaria de Estado da Educação
GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA
A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO
ANO II
ANO II
Vitória
2010
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Guia de Orientações para a Intervenção