Ensino Médio
3ª Série.
Geografia.
A CRISE NA
VENEZUELA!
Hugo Rafael Chávez Frias
Presente na vida política da Venezuela há pelo
menos 20, o tenente-coronel da reserva Hugo Rafael
Chávez Frias atraia o ódio e o amor da população na
mesma medida.
Seus partidários o enxergavam como o líder que tirou
milhões da miséria e reduziu a pobreza de 42% para
9,5%.
Os detratores o descrevem como um caudilho populista
que vergou ao limite as regras da democracia,
eliminando a independência entre os poderes,
manobrando programas sociais em troca de votos e
perseguindo a imprensa.
Chávez apareceu pela primeira vez no cenário político
venezuelano ao tentar derrubar o então presidente
Carlos Andrés Pérez em um golpe de Estado frustrado,
em 1992.
O militar foi preso e cumpriu pena por 2 anos. Em 1998,
decidiu aderir ao processo democrático. Organizou uma
campanha centrada no contato próximo da população
mais pobre e foi eleito com 56% dos votos.
Após assumir o poder, propôs alterar a Constituição em
um referendo, do qual saiu vitorioso. Ganhou nova
eleição em 2000, com quase 60% dos votos. Em 2002,
sofreu uma tentativa de golpe, mas ficou apenas dois
dias fora do poder.
Dois anos mais tarde, venceria um referendo sobre sua saída da
presidência. Com sua reeleição em 2006 e a disparada do preço
do petróleo no mercado internacional, aprofundou seu projeto de
poder, batizado de socialismo do século 21. Nacionalizou
empresas e ampliou os gastos sociais.
Na época, a oposição decidiu boicotar as eleições parlamentares,
dando controle total do Legislativo aos chavistas.
Em 2007, consultou os venezuelanos sobre o fim da limitação
para a reeleição e sofreu sua única derrota eleitoral, revertida
depois num referendo.
Morte de Hugo Chávez
A morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, no dia 5 de março
de 2013 atingiu com força o sostema de governo na Venezuela, Chávez
estava internado em um hospital militar na capital, Caracas.
Na véspera, um boletim médico pessimista havia relatado uma piora no
seu estado de saúde.
Ao fazer o anúncio, o vice Maduro afirmou que mandou as Forças
Armadas para as ruas, para garantir a segurança.
O clima da população na capital, Caracas, inicialmente era de
apreensão e silêncio, à espera dos próximos acontecimentos. Após o
anúncio da morte, uma grande confusão tomou as ruas, com filas nos
postos de gasolina e temor de desabastecimento.
Com a morte de Chávez, a Constituição da Venezuela previa
a realização de novas eleições presidenciais no prazo de 30
dias.
O chanceler Elías Jaua afirmou que Maduro tomaria o poder
e que novas eleições seriam convocadas para dentro de 30 dias.
Esperava-se que o Tribunal Supremo de Justiça, principal
corte do país, pronuncie-se sobre os próximos passos da
sucessão.
O vice Maduro, de 50 anos, era apontado como candidato
presidencial quase certo do governista PSUV (Partido Socialista
Unido da Venezuela).
Ele enfrentou Henrique Capriles, oposicionista derrotado por
Chávez nas urnas em outubro.
Após o anúncio da morte de Chávez, Capriles adotou um tom
conciliador e falou em união nacional e solidariedade.
O candidato derrotado Henrique Capriles reafirmou que
Nicolás Maduro é um "presidente ilegítimo" enquanto o
Conselho Nacional Eleitoral não realizar a recontagem
de votos das eleições presidenciais deste domingo na
Venezuela.
Henrique Capriles, rival de Chávez
Herdeiro de Chávez, Maduro é eleito na
Venezuela; rival não reconhece
O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, "herdeiro
político" do chavismo, foi eleito neste domingo (14) presidente do
país até 2019, em votação realizada 40 dias após a morte do líder
Hugo Chávez.
Mas seu rival, o oposicionista Henrique Capriles, não reconheceu
a vitória do chavista e pediu uma recontagem total dos votos.
Maduro teve 50,66% dos votos, contra 49,07% de Capriles,
segundo Tibisay Lucena, chefe do Conselho Nacional Eleitoral da
Venezuela. Em números absolutos, foram 7.505.338 votos contra
7.270.403.
Maduro diz que Obama é 'chefe dos
diabos' após crítica à crise na Venezuela
"Estamos defendendo as instituições, a paz, a democracia, o
povo da Venezuela (...) podemos nos sentar com qualquer um,
até com o chefe maior dos diabos: Obama", declarou Maduro em
um ato público.
A oposição venezuelana impugnou os resultados das eleições
junto ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), alegando "subornos,
violência e fraudes" em todo o processo que deu a vitória a
Maduro sobre o opositor Henrique Capriles por cerca de 240 mil
votos.
Crise na Venezuela
Depois das mortes e violências levadas a cabo pela oposição
venezuelana, a ameaça de ficar isolada continentalmente ficou
explícita com a decisão dos países da Unasul de apoiar o
resultado das eleições presidenciais, bem como a investigação
das denúncias eleitorais e dos fatos violentos ocorridos nos
últimos dias.
O governo da Venezuela busca a ajuda de empresas privadas
para solucionar o problema da falta de alimentos no mercado.
Prateleiras nos supermercados estão vazias. Falta
arroz, farinha de trigo, óleo, café, açúcar. O governo,
que detém 40% da produção, acusa os empresários de
sabotagem. O alvo é maior empresa do setor.
O presidente Nicolás Maduro afirmou que a Polar
Alimentos está escondendo seus produtos para
desestabilizar o governo.
O presidente da Polar, Lorenzo Mendoza, disse que está com
100% da capacidade de produção. Ele se reuniu com Maduro
para discutir medidas de combate ao desabastecimento.
Enquanto a situação não se normaliza, o ministro do Comércio
anunciou a importação de 50 milhões de rolos de papel higiênico.
Além do desabastecimento, a Venezuela sofre com uma inflação
que ronda os 30% ao ano.
Segundo analistas, a saída é buscar o diálogo com as empresas
que há anos enfrentam o congelamento de preços e o controle
cambial.
É exatamente isso que o ministro das Finanças buscou com
empresários, depois de reconhecer que as metas de inflação e
crescimento da economia dificilmente serão cumpridas.
O ministro das Finanças, Nelson Merentes, reconheceu que será
"difícil" cumprir a meta de inflação para este ano, entre 14% e
16% para 2013. Em 2012, ela ficou em 27,6%.
o governo da Venezuela anunciou ontem a importação de 50
milhões de rolos de papel higiênico para "saturar" o mercado - e
combater o que o ministro do Comércio, Alejandro Fleming,
qualificou de "campanha midiática" de que há escassez do
produto.
Maduro manda Exército às ruas para
combater criminalidade em Caracas
Ao menos 3 mil soldados e policiais começaram a ocupar
diversos setores na região de Caracas, especialmente no estado
de Miranda, governado pelo líder opositor Henrique Capriles,
como parte do plano para reduzir a criminalidade na Venezuela.
"Hoje estamos aqui porque decidimos lutar, com toda a nossa
alma, para construir uma pátria segura", disse o presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, ao se dirigir a militares, policiais e
guardas municipais no lançamento do plano Pátria Segura 2013,
no complexo militar de Fuerte Tiuna, oeste de Caracas.
A operação começou pelos municípios de Sucre e Baruta, na
grande Caracas, ambos dirigidos por prefeitos opositores e no
estado de Miranda, governado por Capriles, que impugnou a
vitória de Maduro nas eleições de 14 de abril passado no Tribunal
Supremo de Justiça.
Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez, destacou que a
operação seguirá nas próximas semanas "por todo o espaço e o
território da pátria" para proteger o povo.
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