Conflitos atuais na América Latina Conflitos na Venezuela Em dezembro de 2006, Chávez é reeleito com 63% dos votos válidos, frente a 37% de Manuel Rosales, e logo depois defende a junção de todos os grupos envolvidos em sua vitória em um única sigla, o Partido Socialista Unido da Venezuela. O ano posterior já começa com a polêmica decisão do Congresso Nacional de permitir ao líder que legisle sem decreto por 18 meses. Em maio de 2007 acontece o fechamento do canal privado Radio Caracas Televisión Internacional (RCTVI)", que teve o sinal tirado do ar depois de não ter a concessão renovada. Funcionários e grande parte da imprensa local e internacional protestaram contra a truculência da medida. Ainda no conturbado 2007, Chávez propõe um referendo para votar a reeleição indefinida e outras mudanças na Constituição de 1999, mas sofre um grande revés em dezembro ao ver seu desejo negado nas urnas pela população. Pouco mais de um ano depois, porém, Chávez consegue aprovar em referendo de fevereiro de 2009 a emenda constitucional que prevê reeleição ilimitada. Estava aberta a porta para um terceiro mandato nas eleições de 2012. O ano terminou com a Venezuela em meio a problemas de abastecimento de energia por conta do fenômeno climático El Niño 2010 começou com Hugo Chávez criticando os comerciantes e convocando seus partidários a fiscalizar aqueles que elevassem os preços, depois que o líder anunciou a desvalorização da moeda. A medida gerou corrida às lojas para estocar alimentos e itens de primeira necessidade e evitar aumentos súbitos. No início de fevereiro, Chávez declarou que seria "nefasta" uma vitória da direita brasileira nas próximas eleições, já que isso colocaria no poder um governante inclinado às ordens americanas. "Lula é um aliado dos povos da América, dos povos progressistas", completou. Em junho deste ano, acusações contra o então presidente paraguaio, Fernando Lugo, levaram ao seu impeachment e repercutiram nos países vizinhos de forma negativa. "Momentos como os que enfrenta o Paraguai, assim como as guerrilhas, o terrorismo, a proliferação do tráfico e os governos totalitários das demais nações merecem ser discutidos, questionados e problematizados. Assim, quem sabe, a literatura fantástica da América Latina seja entendida como fruto puro da imaginação maravilhosa dos nossos escritores, e não como a própria realidade", opina Bassi. O conflito Colombiano O conflito colombiano, um dos mais antigos da América Latina, deriva da disputa pelo poder entre liberais, conservadores e socialistas. Os liberais se aliaram com setores socialistas numa guerra civil contra os conservadores que durou 16 anos, de 1948 a 1964. Em 1964, temendo a radicalização da guerrilha camponesa, influenciada pela revolução cubana, os liberais se aliam aos Conservadores e apoiam o envio de tropas ao povoado de Marquetália. Os camponeses comunistas, na fuga para as regiões montanhosas da Selva, constituem as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Sob a liderança de Manuel Maruanda, ex-combatentes liberais fundam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo, popularmente conhecida como FARC ou FARC-EP, nos anos 60 para lutar pela criação de um estado marxista. Outros grupos de esquerda - como o Exército de Libertação Nacional (ELN) - e milícias de extrema direita entram no conflito. A partir dos anos 80, a Guerra Civil ganha um novo protagonista: o tráfico de drogas. As FARC-EP financiam a luta armada à custa dos serviços de proteção vendidos aos traficantes e tanto as FARC quanto o ELN financiam sua luta à custa do seqüestro de civis. Cerca de 3 mil resgates são pagos anualmente às guerrilhas. A violência já matou cerca de 30 mil pessoas desde os anos 60 e tem forçado maciços deslocamentos internos. Alunos: Diandra S. Vanzuiten, Gabriela Maes e Lucas Bailer. Professor: Antônio Merces Disciplina: Atualidades e Geografia Data: 31/10/2012