Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB AUD HOSP Congresso Nacional de Auditoria em Saúde e Qualidade da Gestão e da Assistência Hospitalar NOVOS RUMOS NAS RELAÇÕES DOS GESTORES E PRESTADORES: DESAFIOS PARA OS DIVERSOS ATORES 9 A 12 de setembro de 2008 Hotel Fazenda Fonte Colina Verde, São Pedro (SP) 05/11/2015 02:14 Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB NOVOS RUMOS NAS RELAÇÕES DOS GESTORES E PRESTADORES: DESAFIOS PARA OS DIVERSOS ATORES “Toda tentativa de acomodar interesses conflitantes está fadada ao fracasso. A única real solução é unir num propósito comum todos os participantes do sistema.” REPENSANDO A SAÚDE Michael E. Porter Elizabeth Olmsted Teisberg 05/11/2015 02:14 Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB NOVOS RUMOS NAS RELAÇÕES DOS GESTORES E PRESTADORES: DESAFIOS PARA OS DIVERSOS ATORES “Todos os atores no sistema compartilham responsabilidades.” “Mudanças significativas serão necessárias não apenas por parte dos prestadores, mas por parte de todos os participantes do sistema.” REPENSANDO A SAÚDE Michael E. Porter Elizabeth Olmsted Teisberg 05/11/2015 02:14 Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Instâncias de pactuação • No âmbito do SUS Comissão Intergestora Tripartite Gestor federal Gestores estaduais Gestores municipais ausência de prestadores de serviços • No âmbito da ANS Câmara de Saúde Suplementar Agência Reguladora – ANS Operadoras de Planos e Seguro Saúde Consumidores (Procon/Idec) Prestadores de serviços • No âmbito da ANVISA Câmara Setorial de Serviços de Saúde Câmara Setorial de Produtos para a Saúde 05/11/2015 02:14 Câmaras Técnicas Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Instâncias de pactuação • No âmbito do SUS Exemplos típicos da ausência de diálogo e suas conseqüências: 1. Contratação de serviços de saúde por gestores locais do SUS Portaria nº. 1.286, de 1993 (PURA IMPOSIÇÃO) À época apenas 11% dos prestadores possuíam contrato ou convênio com o SUS. Para 89% deles a relação era puramente TÁCITA. A adesão foi baixíssima, principalmente pela existência de cláusulas inaceitáveis (leoninas): Prestadores só tinham obrigações e quase nada de direitos; Não havia condições de pagamentos e nenhuma punição em caso de atrasos; Apesar de vincular o pactuado à lei de concorrências públicas, no que coubesse, esta condição não era aceita pelos gestores. Ainda hoje aspectos técnicos/jurídicos não têm sido observados: Art. 37 da CF – primeiras medidas de regulação para compra de serviços; Lei nº. 8080/90 – define o contrato e o convênio como os instrumentos que devem formalizar a relação dos prestadores com o SUS e garante o equilíbrio econômico financeiro do contrato; A preferência constitucional dada aos sem fins lucrativos. 05/11/2015 02:14 Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Exemplos típicos da ausência de diálogo PORTARIA 358 2: GM/MS de 22 de fevereiro de 2006 Institui diretrizes para contratação de serviços assistenciais no âmbito do Sistema Único de Saúde. Art. 3º Para fins do disposto nesta Portaria, será utilizado o termo contratação de serviços para todo e qualquer acordo firmado entre o Poder Público e o Setor Privado. § 2º .... serão utilizados os seguintes instrumentos: I - convênio para empresas filantrópicas ou sem fins lucrativos; II - contrato de gestão com organizações sociais, quando o objeto do contrato for a transferência de gestão de um órgão estatal; III - contrato administrativo com empresas privadas de fins lucrativos, ou, em casos excepcionais, com filantrópicas e organizações sociais. Art. 15. Estabelecer que o prazo para cumprimento do determinado nesta Portaria seja de 1 (um) ano, a contar da data de publicação (até 23 de fevereiro de 2007). 05/11/2015 02:14 Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Exemplos típicos da ausência de diálogo 3: Em 2006, considerando que, apesar dos avanços, o modelo atual do SUS parece ter se esgotado... os seus gestores assumem o compromisso público da construção do: PACTO PELA SAÚDE 2006 (ANUALMENTE REVISADO) Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB O PROCESSO DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS PORTARIA Nº. 399, DE 2006 “Pacto de Gestão” do SUS Metas gerais, no prazo de um ano (até 23/02/07): Contratualização de todos os prestadores de serviços. Colocação de todos o leitos e serviços ambulatoriais contratualizados sob regulação. Extinção do pagamento dos serviços dos profissionais médicos por meio do código 7 (com graves impactos para os prestadores e sem que tivessem sido chamados ao diálogo). 05/11/2015 02:14 Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Instâncias de pactuação • No âmbito do SUS Exemplos típicos da ausência de diálogo e suas consequências: 4. Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos no SUS (Portaria nº. 1.721/05) Foi constituído Grupo de Trabalho formado por dois representantes dos órgãos e instituições abaixo, para apresentar proposta de regulamentação da contratualização e de modelo de alocação de recursos destinados ao Programa: 1- Ministério da Saúde: Secretaria de Atenção à Saúde: a) b) Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas – DRAC Departamento de Atenção Especializada - DAE 2- Confederação Stas. Casas, Hosp. Ent. Filantrópicas - CMB 3- Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde - CONASEMS 4- Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS Posteriormente esse Grupo de Trabalho, por portaria, passou a ser responsável pelo acompanhamento do Programa. 05/11/2015 02:14 Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Os filantrópicos no SUS 1. Internações hospitalares - 2004 a 2007 NATUREZA % Privado sem fins lucrativos % Privado lucrativo % Total Geral 4.756.681 41,39 4.587.634 39,92 2.148.568 18,69 11.492.883 2005 4.891.805 42,80 4.543.128 39,75 1.994.200 17,45 11.429.133 2006 4.911.520 43,32 4.586.543 40,45 1.839.976 16,23 11.338.039 2007 5.000.820 44,26 4.552.929 40,29 1.746.114 15,45 11.299.863 Exercício Público estatal 2004 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) em 30/04/2008 Observação: A produção do Privado sem fins lucrativos não inclui aquela das OSs no Estado de São Paulo. 05/11/2015 02:14 Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Os filantrópicos no SUS 2. Internações: valores aprovados - 2004 a 2007 Em Reais NATUREZA Exercício Público estatal % Privado sem fins lucrativos % Privado lucrativo 2004 2.498.151.849 38,0 2.837.885.841 43,1 1.245.175.644 18,9 6.581.213.334 2005 2.720.069.044 39,1 3.018.698.028 43,4 1.217.997.512 17,5 6.956.764.584 2006 2.762.664.603 39,5 3.126.366.006 44,7 1.109.012.940 15,8 6.998.043.548 2007 3.088.340.122 40,6 3.374.096.557 44,4 1.139.807.025 15,0 7.602.243.704 % Total Geral Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) em 30/04/2008 Observação: O faturamento do Privado sem fins lucrativo não inclui aquela das OSs no Estado de São Paulo. 05/11/2015 02:14 Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Os filantrópicos no SUS 3. Ambulatório: valores aprovados - 2004 a 2007 Em Reais NATUREZA Exercício Público estatal % Privado sem fins lucrativos 2004 1.862.416.584 23,67 1.915.046.851 24,34 4.090.269.756 51,99 7.867.733.191 2005 2.053.033.584 23,03 2.161.333.032 24,24 4.700.332.446 52,73 8.914.699.062 2006 2.211.419.722 22,72 2.358.309.853 24,23 5.161.896.654 53,04 9.731.626.229 2007 2.335.388.759 21,91 2.562.581.095 24,04 5.760.519.966 54,05 10.658.489.820 % Privado lucrativo Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) em 30/04/2008 Observação: O faturamento do Privado sem fins lucrativo não inclui aquela das OSs no Estado de São Paulo. 05/11/2015 02:14 % Total Geral Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Concluindo... para que o SUS avance é preciso estabelecer NOVOS RUMOS NAS RELAÇÕES DOS GESTORES E PRESTADORES Na minha forma de ver, este é, sim, o GRANDE DESAFIO PARA OS DIVERSOS ATORES Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB Muito grato pela sua preciosa atenção. José Luiz Spigolon Superintendente da CMB [email protected]