Professor Carlos Nabais Trabalho realizado por : João Bettencourt Silva nº 292 12º III 1. 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. O que é a Bolsa de Valores? A palavra Bolsa O funcionamento da Bolsa Os intervenientes Indicadores Bolsistas Ler mais Ler mais Ler mais Ler mais Ler mais 2. O Mercado de Capitais Ler mais 3. A História da Bolsa Ler mais 4. Cronologia da Bolsa de Valores Ler mais 5. A Euronext Ler mais 6. Instituto Mercado de Capitais Ler mais 7. Conceitos Importantes Ler mais Junho 2003, João Bettencourt 1. O que é a Bolsa de Valores? A Bolsa de Valores é o centro especialmente criado e mantido para negociação de valores mobiliários, em mercado livre e aberto, organizado e fiscalizado pelos corretores e pelas autoridades. A Bolsa não é um meio corrompido que dá lugar a abusos e em que ganha “o mais esperto” ou “o mais poderoso”. É claro que existe especulação, mas ela constitui um sistema importante de escoar dinheiro para o sector industrial, que necessita de financiamento para desenvolver a sua actividade. Em Portugal , tal como noutros países, a Bolsa, durante muito tempo e para muitas pessoas, desfrutava de má fama e eram postas em causa as suas funções como dinamizadora da economia nacional. Porém, nos últimos anos, assiste-se a um grande interesse dos portugueses pela Bolsa. O novo ambiente que envolve o mercado financeiro, e em particular a Bolsa, tem sido um importante factor dinamizador para fomentar a canalização de poupanças e a optimização dos recursos. Página Seguinte > 1. O que é a Bolsa de Valores? O mercado, sendo um mecanismo que liga a produção ao consumo e que coordena toda a economia. Admitindo que o mercado é o mecanismo coordenador da economia capitalista, isso permite-nos afirmar que a Bolsa de Valores tem desde há muito tempo um papel importante em todo este processo de troca: § Permite um fácil escoamento do crédito público e privado. Ela canaliza a poupança dos particulares e das empresas para o processo produtivo § Actua como factor importante na repartição de recursos e na optimização da aplicação da poupança. § É um organismo útil para o desenvolvimento económico das sociedades CONCEITO DE BOLSA Instituição de crédito, onde se transaccionam valores mobiliários(acções e obrigações).A Bolsa pode, ainda identificar-se com o mercado financeiro onde se realiza o encontro entre as empresado Estado e os aforradores. Ela tem as seguintes funções: assegurar e proporcionar liquidez aos títulos; analisar e avaliar os valores mobiliários; canalizar a poupança para o mercado primário; formar os preços dos valores mobiliários no mercado. < Página Anterior Voltar ao Menu 1.1. A Palavra Bolsa A palavra Bolsa, segundo alguns, surge no século XIV e deriva do nome da Família de banqueiros os Van der Burse de Bruges, em casa dos quais se reuniam armadores, mercadores, agentes de câmbio, e onde se realizavam com frequência operações financeiras .Outros afirmam que a palavra Bolsa deriva não do nome da família mas das insígnias do solar que habitavam. Estas eram constituídas por três bolsas em relevo. Iase aos Burse e assim passou-se a ir à Bolsa . Nos termos da legislação em vigor, na Bolsa de valores destacam-se o mercado de cotações oficiais, o segundo mercado e o mercado sem cotações. Nos últimos anos, os mercados bolsistas têm sofrido profundas e rápidas alterações em todo o mundo, como consequência da expansão da actividade económica, do aparecimento de novas alternativas à aplicação de poupanças e das novas tecnologias de informação. Estas e outras razões, aliadas à nossa adesão à U.Europeia e ao projecto de um mercado único europeu, com uma moeda única, determinaram a necessidade de uma nova legislação. O primeiro regulamento O primeiro regulamento surge em 1901 e o posterior tem por base legislativa, o Decreto-Lei nº 8/74. As alterações da conjuntura nacional e internacional, provocaram um desajustamento entre a estrutura jurídica, que regulamenta o mercado bolsista, e o próprio funcionamento do mercado. Surge a necessidade de actualização. A base legislativa de 1974 estava obsoleta. Surge uma nova regulamentação - Diploma - Quadro do Mercado de Valores Mobiliários (Lei Sapateiro). A Lei Sapateiro A Lei Sapateiro reduz a intervenção do Estado no mercado bolsista, cria a Associação de Bolsa, a responsável pela sua gestão, cria a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), órgão público supervisor do mercado, introduz novos mercados e novos produtos financeiros, disciplina o comportamento dos vários operadores que intervêm no mercado, e desenvolve o sistema de informação de modo a torná-lo útil para qualquer investidor. Voltar ao Menu 1.2. O Funcionamento da Bolsa A Bolsa de Valores é um mercado organizado onde se transaccionam valores mobiliários(acções e obrigações) através de intermediários específicos onde a transparência é um requisito fundamental. As compras e as vendas de títulos são realizadas por correctores e por sociedades de corretagem(que só podem actuar no mercado por conta de nutrem) e as sociedades financeiras de corretagem(que podem actuar por conta própria gerindo carteiras de clientes e, por isso, são consideradas Declares). O mercado de capitais divide-se em mercado primário- emissão de títulos- e mercado secundáriotransacções de títulos já existentes. Os vários mercados secundários que podem encontrar-se nos sistemas financeiros distinguem-se pela organização e modo de funcionamento próprio, e concorrem entre si, não só pelo lado da oferta – procurando conquistar o interesse das entidades emitentes de valores mobiliários- como pelo lado da procura- mediante a aquisição desses valores por parte dos investidores. Em Portugal, em termos de mercado secundário, existe não só a Bolsa de Valores, mas igualmente o chamado Mercado de Balcão, por vezes também conhecido como o Mercado Fora da Bolsa A Bolsa de Valores é um mercado secundário, especialmente, organizado para a transacção de valores mobiliários. Ter títulos admitidos à cotação na Bolsa é vantajoso para as empresas devido aos benefícios fiscais que pode usufruir, à maior facilidade em obter meios financeiros no mercado de capitais e ao prestígio que oferece. Página Seguinte > Voltar ao Menu 1.2. O Funcionamento da Bolsa Com a introdução do EURO em 1 de Janeiro de 1999 e a partir do início do ano 2000, a negociação, cotação e liquidação dos títulos em Bolsa é realizada em EUROS. As ordens de compra e venda dadas pelos clientes junto dos intermediários financeiros podem, contudo, ser dadas em escudos, encarregando-se estes das necessárias conversões. Se a empresa pretender financiar os projectos de investimento recorrendo à Bolsa tem duas alternativas: a) Ou emite um empréstimo obrigacionista , ficando endividada b) Ou aumenta o capital social através da emissão de novas acções e da entrada de novos sócios. Se a sociedade optar pela emissão de um empréstimo obrigacionista, estas são organizadas pelos bancos ou pelas Sociedades de Investimento que deste modo tomam firme a emissão e colocam os títulos junto do público. Lançado o empréstimo e subscrito pelos investidores, a empresa faz de imediato o pedido de admissão das obrigações à Bolsa. A empresa pode, por outro lado, aumentar o capital social através da emissão de novas acções a um determinado preço e, assim, permitir a entrada de novos accionistas. A partir daqui, o processo segue os mesmos trâmites já seguido pelo empréstimo obrigacionista. Ma instituição de crédito organiza o dossier e coloca as acções, é feito o pedido de admissão à cotação e os títulos passam a ser negociados em Bolsa. Voltar ao Menu 1.3. Os Intervenientes Em Portugal, todas as operações de Bolsa são realizadas através da intervenção dos correctores que se encontram organizados em sociedades de correctores ou Brookers (executam as ordens dos seus clientes) e em sociedades financeiras de corretagem ou Dealers(podem possuir uma carteira própria de títulos e podem transaccioná-los). Preço dos títulos Na Bolsa de Valores os preços dos valores mobiliários são fixados de acordo com a respectiva oferta e procura. Se para um determinado valor mobiliário há mais ordens de compra do que ordens de venda, o preço sobe até atingir um nível que afaste certos compradores alicie novos vendedores. Uma ordem de Bolsa representa um mandato relativo às operações de compra e de venda em Bolsa de valores mobiliários. As ordens de Bolsa podem ser dadas aos intermediários financeiros, às sociedades correctoras e às sociedades financeiras de corretagem(Dealers) antes da abertura das sessões ou durante o seu funcionamento. Apenas as sociedades correctoras e as sociedades financeiras de corretagem podem operar na Bolsa de Valores de Lisboa. CMVM ( Comissão do Mercado de Valores mobiliários) É uma pessoa colectiva de direito público de autonomia administrativa e financeira e de património próprio sujeita à tutela do Ministro das Finanças, a quem compete a regulamentação, supervisão fiscalização e promoção dos mercados de valores mobiliários e das actividades que nos mesmos exerçam todos os agentes que nelas intervenham, directa ou indirectamente. Voltar ao Menu 1.4. Os Indicadores Bolsistas Vamos então analisar os indicadores bolsistas. A escolha da forma de aplicação exige, para além de recursos financeiros, muitas vezes avultados, conhecimentos do mercado financeiro, primário ou secundário, que não estão ao alcance do investidor comum. Tomada a decisão de aplicar as poupanças, o investidor tenta medir o rendimento obtido face ao investimento realizado tanto em obrigações como em acções. Os indicadores bolsistas são: Rendibilidade do investimento em obrigações Taxa de juro aparente Taxa de juro efectiva Rendibilidade do investimento em acções Lucro por acção(EPS – Earnings per share) Valor contabililístico(Book value) Price earning ratio (PER) Price cash flow (PCF) Payback period Taxa de rendibilidade das acções Capitalização Bolsista Rácio de Liquidez Índice de cotações Outros Indicadores de evolução Voltar ao Menu 2. Mercado de Capitais O Mercado de Capitais ou Mercado Financeiro é , o confronto entre a oferta e a procura quer de moeda quer de capitais de médio e longo prazo. Assim, costuma segmentar-se o mercado financeiro em mercado monetário ( de curto prazo ) e mercado de capitais ( médio e longo prazo ). Por vezes, identifica-se o mercado de capitais com o mercado financeiro ( sentido estrito ). O mercado de capitais divide-se em mercado primário – emissão de títulos – e mercado secundário – transações de títulos já existentes – sendo a Bolsa de Valores um dos exemplos mais representativos. O mercado financeiro, em sentido amplo, também engloba o mercado de crédito (bancário e outro) e, ainda, o mercado cambial onde têm lugar as transacções de divisas. Nos mercados monetários destacam-se o mercado monetário interbancário (MMI) e o mercado monetário interbancário de títulos, ou apenas mercado interbancário de títulos (MIT). Independentemente da sua designação, o mercado interbancário de títulos desempenha uma função importante num sistema financeiro, qualquer que ele seja. A estes mercados só têm acesso as Instituições Financeiras, por isso se dizem institucionais. Com o encerramento das bolsas no nosso pais, em 1974, o mercado de títulos deixou de funcionar e fez com que a componente não monetária do sistema financeiro desaparecesse, sendo o crédito bancário a única fonte de capital alheio da economia e os depósitos a prazo a única modalidade de aplicação de poupanças. Estas situação, conjugada com os apreciáveis défices orçamentais que começaram então a surgir ano após ano, cujo financiamento era feito, fundamentalmente, através do aumento da base monetária e do sistema bancário (monetarização da dívida pública) e, por outro lado, o controlo monetário exercido sobretudo através da política de fixação de limites quantitativos à expansão do crédito interno, de forma a controlar os défices cambiais e a própria inflação, fizeram com que a partir de 1978 começasse a surgir uma liquidez excedentária em todo o sistema bancário, alias , fenómeno contrário ao verificado logo após os anos de 1974 e 1975. Página Seguinte > Voltar ao Menu 2. Mercado de Capitais É nesta sequência que surge a necessidade de se criar um novo mercado institucional – o Mercado Interbancário de Títulos (MIT) – com o objectivo, não de eliminar ou atenuar os excedentes de caixa dos bancos, mas sim de remunerar essa mesma liquidez, embora com uma taxa de juro determinada pelo Banco de Portugal em função das propostas recebidas e do montante de liquidez que se pretendia absorver. O funcionamento deste mercado veio reduzir significativamente os efeitos negativos da esterilização da liquidez bancária, melhorar a rendibilidade dos bancos e aumentar a eficácia do controlo monetário.O esquema de funcionamento deste mercado caracteriza-se por o Banco de Portugal vender às instituições financeiras títulos da dívida pública que possui em carteira, por prazos que vão de 30 a 90 dias, e mediante acordos de recompra, os quais poderão, no entanto, ser antecipados com penalização. Exemplos de alguns produtos transaccionais no MIT: - TIM’s – Títulos de intervenção monetária( máximo.: 26 semanas); - BT’s – Bilhetes do Tesouro - DP’s – Depósitos a Prazo Um outro mercado que acompanhou a criação do MIT foi o MMI – o Mercado Monetário Interbancário – que de início funcionou como um sistema de transferências interbancárias de excedentes de liquidez, constituindo uma alternativa ao redesconto do Banco de Portugal. Qualquer instituição de crédito cujas disponibilidades de caixa excedam as reservas mínimas legais poderá ceder a outra a totalidade ou parte desses excedentes, operações que, na sua maior parte, são realizadas pelo telefone. Voltar ao Menu 3. A História da Bolsa O surgimento da bolsa de valores como um prática regular de negócios resulta não somente da existência de um clima económico favorável, fruto da expansão das actividades comerciais que se multiplicam a partir do fim da Idade Média, como também diz respeito a dois instintos humanos que manifestam-se em qualquer latitude, seja em que hemisfério da Terra for: a propensão humana à troca, ao escambo de uma mercadoria ou produto por outro, e a forte tentação de adivinhar o que irá ocorrer no futuro. Portanto, a permuta e a premonição são as raízes psicológicas mais profundas da actividade que sedimenta um mercado de acções. Uma dança tribal "o dinheiro é o nervo da vida numa República e aqueles que amam o dinheiro constituem os alicerces mesmo da própria República." Poggio Bracciolini - "Da avareza e do luxo", 1428 Suba-se na galeria de uma bolsa de valores em qualquer grande cidade do mundo e comprima-se os ouvidos. Olhando para baixo o espectáculo visto lá do alto do balcão lembra o de um pátio de um asilo de alienados na hora do recreio. Bocas em espasmos, olhos esbugalhados, mãos convulsivas em gestos extravagantes, caretas de espanto e de desespero que, num repente, viram puro entusiasmo. Num zás, o cenário muda. Todos os presentes, ombro a ombro, como uma onda humana, circulam frenéticos ao redor de si mesmos, como num daqueles primitivos rituais de iniciação dos aborígenes da Nova Guiné. Na tribo, um grupo de homens dançando cultuam o totem do ancestral sagrado. Na bolsa de valores, investido-se ou especulando-se, cultiva-se o dinheiro. Os rapazes da Wall Street A maior predominância de gente jovem nesse negócio, os operadores - a infantaria ligeira da especulação - deve-se a motivos singulares. Quando os brockers, os corretores em Nova Iork, reuniam-se ao redor de uma árvore, em frente ao nº 68 na Wall Street, costumavam levar seus filhos. Socorriam-se das crianças e dos adolescentes como mensageiros ou para atrair um investidor puxando-lhe pela manga do casaco. Os garotos eram mais ágeis em ir e vir em meio aquela multidão de adultos, passando-lhes, por vezes, pelo meio das pernas, em louca estabanada. Por isso, até hoje, as bolsas Página ainda mantém um clima de farra e de demência estudantil, fazendo com que muitos deles se afastem, escandalizados, por não entenderem sua aparente irracionalidade. Seguinte > 3. A História da Bolsa A riqueza abstracta A hostilidade ou desconfiança do homem comum ao templo do mercado de acções deve-se ao seu aspecto abstracto. Acostumado, antes, no pré-capitalismo, a fazer seus negócios cara a cara, confiando na palavra ou no fio de bigode do contratante, a bolsa de valores assemelha-se a ele a uma perigosa ficção. Quem compra não aparece, quem vende sabe-se lá quem é. Não é um encontro de pessoas físicas, é um mundo sem rosto, de entidades jurídicas, de firmas, de empresas e de companhias, cujos proprietários bem poucos sabem quem são na verdade, pois a maioria deles esconde-se por detrás de siglas e realizam as transações por meio de operadores. Os negócios tratados na bolsa assoma-lhe ao neófito, uma fantasmagoria financeira. Nela não se vê moedas, jóias ou barras de ouro empilhadas, nem fábricas, nem terras, mas papéis impressos ou somente números, milhares deles, girando ininterruptamente frente ao espectador tonto. Origens da bolsa Se bem que o exercício da compra e venda de acções, ou o seu equivalente, fosse conhecida e muito praticada no Fórum da Roma antiga, situado bem próximo ao Templo de Castor, foi somente no século XV, nos tempos do Renascimento, que o tráfico bursátil deixou a rua. Pelo menos foi o que se deu na cidade de Bruges, na atual. Bélgica, em frente a casa dos Van Der Bursen, quando o comércio com papéis tornou-se respeitável a ponto de ter direito, a partir do ano de 1487, a um prédio próprio. Em Londres, ele situou-se na City a partir de 1690, enquanto o de Paris e a de Nova Iorque, porém, somente no século XVIII instituíram-se em edifícios adequados (a rua que serve como sede da New York Stock Exchange desde 1792 é a hoje mundialmente famosa Wall Street). Essa súbita respeitabilidade, deixando de ser um negócio feito nas calçadas, por vezes pisando nas sarjetas, ou nos vãos das portas, não afastou dela o véu da suspeita. O jogo com acções sempre foi mantido à distância pelo resto da sociedade, como algo de pouca confiança, bem longe da segurança oferecida por umas onças de ouro ou pelas jóias preciosas. Coisas que não são de gente séria nos negócios. Apesar da enorme importância para a vida económica que as transações movimentadas pelas bolsas de valores em escala mundial, observa-se uma generalizada desconfiança em relação aos pregões e leilões de acções e outros títulos que nelas se verificam. Página Seguinte > 3. A História da Bolsa O mercado é uma novidade E a razão disso é que a sociedade com interesses monetários, dominada pelos espírito mercantil, é ainda historicamente uma novidade para a maioria da humanidade. Ao contrário do que muitos acreditam, confundindo a agora das antigas cidades gregas com o mercado actual, as práticas comerciais estavam naquela época circunscritas a um espaço bem limitado. Não é como nos dias atuais, onde a mentalidade de mercado invade tudo, ocupando as ruas com seus cartazes, invadindo a televisão e o rádio com seus anúncios e patrocinando os eventos esportivos em geral. É preciso entender que, ao longo dos séculos, o espírito religioso e as instituições clericais decorrentes dele sempre manifestaram aberta hostilidade aos negócios com moedas e ao empréstimo de dinheiro a juro. Preconceito que herdaram das doutrinas de Aristóteles, que condenavam o aluguel do dinheiro. Para a maioria dos teólogos, ou dos patriarcas fundadores de igrejas, o metal sonante, o cheque, a nota promissória, eram vistos como um ardil do demónio para levar os homens à perdição. Haja visto as sucessivas condenações feitas pela igreja da Idade Média à prática do que consideravam como usura (emprestar dinheiro a juro), ou daquilo que escapava do que eles gostavam de definir como "o justo preço". Actividade especulativa que nenhum cristão digno desse nome poderia praticar. O mercado como o entendemos é, pois, como demonstrou Karl Polyani, no The Great Transformation (A grande transformação, 1957) um fenómeno tipicamente moderno, emergindo com a Revolução Industrial do século XVIII. Voltar ao Menu Max Weber procuro afastar o medo à bolsa 4. A Cronologia da Bolsa de Valores Portuguesa (actual Euronext Lisbon) A História desde 1 de Janeiro de 1769 até 2 de Dezembro de 2002 2 DE DEZEMBRO DE 2002 Euronext Lisbon muda as suas instalações para a Praça Duque de Saldanha, n.º 1, 5º A, 1050-094 Lisboa. 2 DE SETEMBRO DE 2002 Membros da Euronext Lisbon têm a possibilidade de negociar todos os produtos do mercado a contado admitidos à negociação nos mercados da Euronext Paris, Amsterdão e Bruxelas. 18 DE JUNHO DE 2002 A Euronext Lisbon lança novos segmentos de mercado de forma a permitir transacções de um dos novos instrumentos financeiros - os certificados. 6 DE FEVEREIRO DE 2002 BVLP altera a sua denominação social para Euronext Lisbon. 30 DE JANEIRO DE 2002 Accionistas da BVLP aceitam, por unanimidade, as condições da "fusão" entre a Euronext N.V. e a BVLP. 13 DE DEZEMBRO DE 2001 Euronext N.V. e BVLP chegam a acordo relativamente às condições financeiras da "fusão". Página Seguinte > 4. A Cronologia da Bolsa de Valores Portuguesa 13 DE JUNHO DE 2001 Assinatura do Memorandum of Understanding entre a BVLP e a Euronext. 30 DE MARÇO DE 2001 Início da colaboração entre a BVLP e o MEFF para o mercado derivados. 2 DE OUTUBRO DE 2000 Início da negociação de warrants autónomos na BVLP. 1 DE MARÇO DE 2000 Alteração do regulamento da negociação a contado, com a introdução de novas regras de negociação, mais adequadas às exigências do mercado. O DL n.º 486/99 veio revogar, entre outras normas legais, o diploma basilar de organização e funcionamento do Mercado de Valores Mobiliários (Código de Mercados de Valores Mobiliários, vulgarmente conhecido como "Lei Sapateiro"). 28 DE FEVEREIRO DE 2000 Inscrição da BVLP e dos respectivos titulares dos órgãos sociais na Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM). 10 DE FEVEREIRO DE 2000 Constituição da BVLP por escritura pública, passando esta a ser responsável pela gestão dos mercados regulamentados à vista e a prazo, bem como pela gestão de outros mercados não regulamentados, desde que devidamente autorizada para o efeito. Página Seguinte > 4. A Cronologia da Bolsa de Valores Portuguesa 20 DE DEZEMBRO DE 1999 Realização, em simultâneo, das Assembleias Gerais das duas Associações de Bolsa até aí existentes - Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e Associação da Bolsa de Derivados do Porto. Nestas Assembleias foi deliberada a fusão das duas associações de bolsa e a transformação desta nova entidade em sociedade anónima. A nova sociedade, resultante da fusão, alterou a sua designação social para BVLP (Bolsa de Valores de Lisboa e Porto) - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. 1 DE OUTUBRO DE 1999 Criação do Sistema de Empréstimo Automático (SEA) de valores mobiliários. 19 DE MARÇO DE 1999 Lançamento do primeiro contrato de opções. 4 DE JANEIRO DE 1999 Início da transacção de acções e unidades de participação em Euros. Consequentemente, toda a negociação, cotações, difusão de preços e liquidação de operações de bolsa passam a ser efectuadas em Euros. 2 DE NOVEMBRO DE 1998 Obrigações e títulos de participação passam a ser negociados em percentagem do valor nominal, encontrando-se o montante nominal na moeda em que a emissão estiver denominada. 21 DE SETEMBRO DE 1998 Início da prestação de serviços no âmbito das operações de empréstimo de valores. Página Seguinte > 4. A Cronologia da Bolsa de Valores Portuguesa 14 DE ABRIL DE 1997 Início da prestação de serviços no âmbito de operações de reporte. 20 DE JUNHO DE 1996 Inauguração Oficial, pelo Senhor Ministro das Finanças, da nova Bolsa de Derivados do Porto, iniciando-se, nesta data, a negociação de contratos de futuros. 1 DE JUNHO DE 1994 Concentração das operações a contado sobre valores mobiliários na Bolsa de Valores de Lisboa, na sequência de um acordo de especialização assinado entre as Associações das Bolsas de Valores de Lisboa e Porto. 25 DE MARÇO DE 1992 Constituição da Associação da BVL, associação privada sem fins lucrativos, constituída pelos membros da BVL. 22 DE JANEIRO DE 1992 Constituição da Associação da BVP, associação privada sem fins lucrativos, constituída pelos membros da BVP. 10 DE ABRIL DE 1991 Publicação do Código do Mercado de Valores Mobiliários ("Lei Sapateiro"), operando-se a transferência da gestão da Bolsa de Valores de Lisboa e da Bolsa de Valores do Porto e seus patrimónios para as respectivas Associações de Bolsa. Página Seguinte > 4. A Cronologia da Bolsa de Valores Portuguesa 26 DE ABRIL DE 1989 Realização, na Bolsa de Valores do Porto, da primeira Operação de Privatização efectuada em Portugal. 27 DE FEVEREIRO DE 1989 Tem lugar, na Bolsa de Valores de Lisboa, a primeira Oferta Pública de Aquisição. 7 DE NOVEMBRO DE 1986 Realização da primeira Oferta Pública de Venda em Portugal, na Bolsa de Valores do Porto. 2 DE JANEIRO DE 1981 Reabertura das sessões da Bolsa de Valores do Porto. 28 DE FEVEREIRO DE 1977 Reinício das sessões na Bolsa de Valores de Lisboa para transacções de todos os valores mobiliários admitidos à cotação. 12 DE JANEIRO DE 1976 Reinício das sessões na Bolsa de Valores de Lisboa para transacções de obrigações. 29 DE ABRIL DE 1974 Suspensão de todas as transacções sobre valores mobiliários, incluindo as realizadas em bolsa, por determinação da Junta de Salvação Nacional. 29 DE JANEIRO DE 1891 Criação da Bolsa de Valores do Porto. 1 DE JANEIRO DE 1769 Instalação da Bolsa de Lisboa, ou mais precisamente, da Assembleia dos Homens de Negócio, a horas de praça, no torreão do lado nascente da Praça do Comércio, juntamente com as mais importantes organizações ligadas ao comércio da Capital. Voltar ao Menu 5. A Euronext Missão Euronext Lisbon tem como objectivo principal a gestão das bolsas, podendo ainda: •Gerir outros mercados de valores mobiliários; •Gerir sistemas de liquidação de valores mobiliários; •Prestar outros serviços relacionados com a emissão e a negociação de valores mobiliários que não constituam actividade de intermediação; •Prestar aos membros dos mercados por si gerados os serviços que se revelem necessários à intervenção desses membros em mercados geridos por entidade congénere de outro Estado, com quem tenha celebrado acordo. A Euronext Lisbon é responsável pela gestão dos mercados regulamentados e de um mercado não regulamentado, o caso do Mercado Sem cotações. É também responsável pela gestão do MEOG - Mercado Especial de Operações por Grosso. A negociação na Euronext Lisbon pode ser realizada através de dois tipos de operações: a Contado e a Prazo. Nos mercados à vista, o que é transaccionado são acções, obrigações, títulos de participação, entre outros, nos mercados de derivados o tipo de activos transaccionados é bastante mais diversificado, passando por instrumentos derivados negociados em bolsa (como é o caso da Euronext Lisbon): futuros e opções, bem como, por instrumentos derivados negociados regra geral negociados no mercado de balcão: forwards, swaps, caps, floors, collars. A principal distinção entre os mercados à vista e os mercados a prazo reside no momento em que as obrigações dos contraentes são cumpridas. Assim, nos mercados à vista, elas são cumpridas aquando da transacção (ou num número reduzido de dias ulterior), enquanto, nos mercados a prazo, as obrigações dos contraentes são cumpridas num prazo futuro pré-determinado, com fixação do preço da transacção a correr no presente. Voltar ao Menu 6. Instituto Mercado de Capitais O IMC - Instituto Mercado de Capitais é um departamento especializado da Euronext Lisbon que tem por missão o desenvolvimento de actividades de natureza científica ou pedagógica que contribuam para o crescimento equilibrado e sustentado dos mercados financeiros e, em particular, concorram para o incremento do nível de percepção financeira dos diversos agentes económicos nacionais. CONCEITOS FUNDAMENTAIS (fornecidos pelo IMC) O que é um contrato de Futuros? Contrato a prazo, padronizado, pelo qual o comprador se obriga a pagar o preço acordado e o vendedor a entregar o activo subjacente numa data futura ou, sendo caso disso, ambos se obrigam a pagar uma mera diferença entre o preço do contrato e o preço de referência no vencimento. Até esta data, ou até que se realize uma operação de fecho de posições, podem ter lugar ajustes diários de perdas e ganhos. O que são posições curtas e longas? E o Open Interest? Curta é a posição do investidor que, em relação a um dado contrato, vendeu uma quantidade superior à adquirida. Caso a quantidade comprada seja superior à quantidade vendida, então a posição será longa, no contrato em causa. O somatório das posições curtas do mercado é, naturalmente, idêntico ao somatório das posições longas e corresponde - qualquer um - ao valor do Open Interest (ou Posições Abertas). Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais Em que consiste o mark-to-market? O mark-to-market (ajustes diários de perdas e ganhos) é o procedimento pelo qual são diariamente apurados e liquidados os ganhos e as perdas nos contratos de futuros. O que são as Margens? Montante de garantias a depositar pelos Membros Liquidadores na Câmara de Compensação, de modo a cobrir o risco que esta assume ao garantir o cumprimento dos contratos celebrados. São função directa da magnitude das posições abertas. O mesmo tipo de relação estabelece-se, por sua vez, entre os Membros Liquidadores e os seus Clientes. Em que consiste o efeito de alavanca ou alavancagem? Multiplicação da taxa de retorno, no caso dos futuros potenciada pelo facto de as operações necessitarem de um investimento inicial (as Margens) substancialmente inferior ao de operações sobre o mesmo volume de activos no mercado à vista. O que é a Câmara de Compensação? Na BVLP, é o serviço autónomo da Bolsa responsável pelo registo, compensação, liquidação, gestão dos mecanismos de segurança e controlo do risco das operações sobre os contratos derivados aí negociados. Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais O que são os Membros Negociadores? Têm por função exclusiva a intervenção na negociação de contratos de futuros e de opções. O que são os Membros Liquidadores? Têm por função, para além da intervenção na negociação de contratos de futuros e de opções, a participação no processo de constituição de garantias e de liquidação, física e financeira, das operações e, bem assim,. dos prémios das opções e das taxas de realização de operações. Quais as estratégias típicas dos mercados de derivados? Cobertura de risco, especulação e arbitragem. Em que consistem as estratégias de cobertura de risco? Trata-se da transferência do risco de eventual perda decorrente de variações adversas do preço do activo subjacente a uma posição no mercado à vista, para um outro agente económico, mediante a realização de operações de compra ou venda de futuros, que se traduzem na assunção, neste mercado, de posições opostas às detidas no mercado spot. O que é uma estratégia de especulação? Comportamento do agente económico que compra ou vende futuros em função das suas expectativas de evolução dos preços, tendo por objectivo fundamental a obtenção de lucros derivados da concretização dessas expectativas e assumindo o risco inerente à possibilidade de evolução adversa dos preços. Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais E estratégia de arbitragem? Trata-se da realização simultânea de compras e vendas de um mesmo activo em mercados distintos, com vista à obtenção de ganhos virtualmente isentos de risco. O que é o contrato de Futuros PSI-20? Contrato que tem como subjacente o Índice PSI-20, construído com o duplo objectivo de servir de suporte ao lançamento deste contrato e, até por esse motivo, se constituir como um referencial do segmento mais líquido do mercado accionista português. Trata-se de um índice baseado numa amostra criteriosamente seleccionada de 20 emissões de acções do Mercado de Cotações Oficiais, cujo cálculo e divulgação é da responsabilidade da BVLP em conjunto com uma comissão especializada (Comissão Gestora do PSI-20). Qual é a forma de cotação dos Futuros PSI-20? Os Futuros PSI-20 são cotados em pontos de índice. A mínima variação de cotação (tick) é de um ponto de índice, valendo EUR 1. O que é o contrato de Futuros BCP? É um contrato que tem como activo subjacente acções BCP admitidas à negociação no mercado a contado. A liquidação no vencimento processa-se através da entrega de 100 acções BCP por cada posição curta detida neste contrato. Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais Qual é a forma de cotação dos Futuros BCP? Os Futuros BCP são cotados em euros por acção, sendo a mínima variação de cotação igual a EUR 0,01 (correspondendo a EUR 1 por contrato, uma vez que cada contrato incide sobre 100 acções). O que é o contrato de Futuros Cimpor? É um contrato que tem como activo subjacente acções Cimpor admitidas à negociação no mercado a contado. A liquidação no vencimento processa-se através da entrega de 100 acções Cimpor por cada posição curta detida neste contrato. Qual é a forma de cotação dos Futuros Cimpor? Os Futuros Cimpor são cotados em euros por acção, sendo a mínima variação de cotação igual a EUR 0,01 (correspondendo a EUR 1 por contrato, uma vez que cada contrato incide sobre 100 acções). O que é um contrato de Opções? Contrato a prazo, no qual o vendedor dá ao comprador, em troca de uma contrapartida monetária (o prémio), o direito (não a obrigação) de lhe comprar ou vender, durante um determinado período de tempo, um activo a um preço pre-fixado. Opções de compra ou venda também são conhecidos por call ou put options, respectivamente. Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais O que é o contrato de Opções PSI-20? É um contrato que tem como activo subjacente um contrato de Futuros PSI-20. A liquidação no vencimento deste contrato é financeira. O contrato de Opções PSI-20 é de estilo Europeu que significa que só pode ser exercida no último dia de negociação ou seja a data de expiração. Qual é a forma de cotação das Opções PSI-20? As Opções PSI-20 são cotadas em pontos de Índice. Cada ponto de Índice corresponde a EUR 1, sendo a mínima variação de cotação igual a 1 ponto. No início de negociação de cada vencimento são lançadas 7 séries ou, seja, 7 preços de exercício com intervalos de 100 pontos de Índice. Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais O que é o PSI-20? O PSI-20 é um índice de acções que constitui um indicador da evolução do mercado accionista Português. Imagine a feitura de um bolo. Usamos vários ingredientes em várias quantidades, certo? Também neste caso assim se passa. Juntamos 20 acções, em diferentes proporções, segundo a sua importância em termos de peso no mercado e da frequência com que são negociadas. Misturamo-las, segundo uma fórmula matemática, conseguindo um só número (com duas casas decimais) que vai subindo ou descendo quando os preços das acções sobem ou descem. Concerteza que já ouviu falar no IPC (Índice de Preços no Consumidor), Também neste caso se trata de um índice, este composto pelo preço de determinados bens e serviços, enquanto que o PSI-20 se refere a preços de acções. Um índice de acções contitui uma forma fácil e rápida de avaliar a evolução de um mercado. Reparando no gráfico seguinte : [Evolução do Índice PSI-20 entre 04Jan99 e 30Dez99] Note-se que as acções que, em cada momento, fazem parte deste índice são escolhidas, com base em critérios objectivos, pela BVLP - Bolsa de Valores de Lisboa e Porto e, em princípio as acções mantêm-se no índice por períodos de 6 meses. Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais Futuros PSI-20, o que são ? Há cerca de 15 anos atrás alguém pensou que seria interessante tentar prevêr o andamento deste tipo de indicadores e ganhar dinheiro com isso. Assim nasceram os Futuros sobre os índices de acções. Os mercados organizados, ou seja as Bolsas, divulgaram produtos com determinadas características que podem ser transaccionados. Quando a BDP criou o contrato de Futuros PSI-20 não fez mais do que dizer " senhores investidores podem começar a dar o V/preço, para o mercado accionista como um todo". Para facilitar determinou que o Contrato de Futuros PSI-20 vale o tal número que resulta da combinação do preço, a cada momento, das vinte acções (o índice PSI-20), vezes 1 EUR. Assim se o contrato sobre o PSI-20 estiver cotado nos 11.500 pontos, isto quer dizer que vale 11.500 EUR. EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO DA PORTUGAL TELECOM VS. ÍNDICE PSI-20 Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais O que significa comprar Futuros PSI-20? Se a sua expectativa, para o próximo mês, for de subida do mercado de acções interessa-lhe comprar agora o índice para o vender mais tarde a uma cotação superior, certo ? E como fazê-lo ? É fácil ! Dirige-se a um intermediário autorizado a intervir no mercado de derivados (o seu gerente de conta; o empregado do Banco mais próximo ou do corretor) e dá-lhe uma ordem de compra de Futuros PSI-20 à cotação de, por exemplo, 11.500 pontos (imagine que este é o valor actualmente praticado no mercado). Repare que os Futuros PSI-20 são cotados em pontos e não em euros. No entanto já sabe que está a comprar um activo financeiro que vale,.............quanto ??? Exactamente! 11.500 EUR! Como neste mercado os investidores estão a realizar uma transacção que só se vai concretizar numa data futura, apenas terá que imobilizar uma percentagem do valor do contrato que comprar. Esta é uma das características dos contratos de futuros, exigem uma disponibilidade de dinheiro muito inferior à que acontece no mercado de acções, em que para comprar é preciso ter o dinheiro total envolvido na transacção. Neste caso, pela ordem de compra de um Futuro PSI-20 teria que depositar junto do seu intermediário no mínimo 900 EUR como garantia. Repare que não estamos a considerar a comissão que o intermediário cobra e a taxa de bolsa devida por operação. Tratam-se no entanto de custos reduzidos, que no caso do contrato PSI-20 a BVLP cobra (através do intermediário), por cada contrato, 1 ,10 EUR. No final do mês, e esperando que tudo corra bem o índice atinge mesmo os 11.600, valendo por isso 11.600 EUR. Se der uma ordem de venda do contrato que tinha anteriormente comprado, ganha nesta operação 100 pontos que valem 100 EUR. Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais E o que significa vender Futuros PSI-20? Se pelo contrário a minha perspectiva for a de que o mercado de acções vai descer o que o investidor deve fazer é vender hoje contratos e comprá-los mais tarde ganhando assim a diferença de cotações. Quer dizer que se pensa que o mercado de acções se vai desvalorizar, que o preço das acções vai cair e que o número resultante da tal combinação entre as primeiras vinte (o PSI-20) vai descer também. E aqui é que reside a maior novidade deste mercado. Pode-se vender contratos sem os ter anteriormente comprado. Os contratos de Futuros PSI-20 são como o próprio nome indica, um contrato para a realização de uma transacção numa data futura. Assim, é indiferente celebrar esse acordo para a compra ou venda do índice. Se o índice estiver hoje cotado a 11.500 pontos e achar que no final do mês valerá apenas 11.400 pontos, o que deveria fazer era vender desde já o índice aos 11.500 pontos para no final do mês o comprar a 11.400, ganhando assim a diferença. Quanto custa comprar e vender Futuros PSI-20 ? Para além dos 900 EUR que deposita junto do seu intermediário mas que recebe de volta quando sai do mercado, terá que pagar uma comissão pelo serviço prestado pelo intermediário e uma taxa de operações de bolsa que é cobrada pela bolsa, que no caso dos Futuros PSI-20 é de 1,10 EUR por contrato. Como fazer para comprar e vender? Dirigir-se a um Banco ou Corretor e pedir informações. Logo lhe explicarão certamente tudo o que terá que fazer. Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais Como seguir os preços em minha casa ? Em nossa casa temos normalmente acesso aos Jornais. Neles, diariamente é publicada informação sobre a evolução dos preços e dos negócios efectuados sobre os produtos que a BVLP oferece. Poderá obter essa informação neste mesmo site, através do Boletim de Cotações. Se quiser saber durante o dia como é que o mercado está a evoluir, telefone ao seu intermediário ou à BVLP. Os Futuros sobre Acções Os Futuros sobre acções individuais são um dos segmentos mais dinâmicos dos quais se esperam as mais elevadas taxas de crescimento. Não podendo estar distante desta realidade e das oportunidades de investimento que a mesma encerra, a BVLP lançou recentemente futuros sobre acções, a 20 de Junho de 1997 sobre acções Portugal Telecom, a 1 de Setembro do mesmo ano sobre acções EDP, e a 11 de Maio de 1998 sobre acções BCP e CIMPOR. Mais recentemente a BVLP alargou a gama de Futuros sobre acções e lançou três novos contratos sobre acções individuais no dia 12 de Janeiro de 2001: Futuros PT Multimédia; Futuros Sonae e Futuros Telecel. O que é o contrato de Futuros sobre Acções ? É um contrato mediante o qual o investidor se obriga a comprar/vender 100 acções, numa data futura (data de vencimento) a um preço fixado no momento da transacção. Como comprar e vender Futuros sobre Acções ? Basta dirigir-se a um banco ou corretor e pedir informações. Logo lhe explicarão o que terá de fazer. Em caso de dificuldade contacte-nos que logo o ajudaremos. Página Seguinte > 6. Instituto Mercado de Capitais Como seguir os preços em minha casa ? Em nossa casa temos normalmente acesso aos Jornais. Neles, diariamente é publicada informação sobre a evolução dos preços e dos negócios efectuados sobre os produtos que a BVLP oferece. Poderá obter essa informação neste mesmo site, através do Boletim de Cotações. Se quiser saber durante o dia como é que o mercado está a evoluir, telefone ao seu intermediário ou à BVLP. Os Futuros sobre Acções Os Futuros sobre acções individuais são um dos segmentos mais dinâmicos dos quais se esperam as mais elevadas taxas de crescimento. Não podendo estar distante desta realidade e das oportunidades de investimento que a mesma encerra, a BVLP lançou recentemente futuros sobre acções, a 20 de Junho de 1997 sobre acções Portugal Telecom, a 1 de Setembro do mesmo ano sobre acções EDP, e a 11 de Maio de 1998 sobre acções BCP e CIMPOR. Mais recentemente a BVLP alargou a gama de Futuros sobre acções e lançou três novos contratos sobre acções individuais no dia 12 de Janeiro de 2001: Futuros PT Multimédia; Futuros Sonae e Futuros Telecel. O que é o contrato de Futuros sobre Acções ? É um contrato mediante o qual o investidor se obriga a comprar/vender 100 acções, numa data futura (data de vencimento) a um preço fixado no momento da transacção. Como comprar e vender Futuros sobre Acções ? Basta dirigir-se a um banco ou corretor e pedir informações. Logo lhe explicarão o que terá de fazer. Em caso de dificuldade contacte-nos que logo o ajudaremos. Voltar ao Menu 7. Conceitos Importantes Clique nos links para visualizar os conceitos. - Bolsa de Valores - Boletim de Cotações - O primeiro regulamento Publicação diária das Bolsas de valores, onde se incluem os dados e informações sobre os títulos, as transacções efectuadas, a admissão de títulos nos mercados, a exclusão ou a suspensão de cotação, os custos das operações, o valor diário das unidades de participação dos fundos de investimento. - Lei Sapateiro - CMVM - CMVM (2) - Mercado Sem Cotações Mecanismo que pode ser criado pelas Associações da Bolsa de valores que visa transaccionar os valores mobiliários(acções, obrigações...) que não possuem as condições exigidas para a admissão nos outros mercados integrantes na Bolsa de valores. - Ordem de Bolsa - Associações de Bolsa Entidades de direito privado sem fins lucrativos encarregues da administração e manutenção das Bolsas de valores. Participam nesta entidade, as sociedades correctoras e as sociedades financeiras de corretagem como associados membros, e as instituições de crédito, como associados não membros. - Indicadores Bolsistas Medidas utilizadas na análise da situação económica e financeira das empresas cotadas na Bolsa. Entre eles destacamos: Indicadores económicos(Rendibilidade, produtividade e valor acrescentado), indicadores financeiros(Fundo de maneio, rácio de liquidez, solvabilidade,..) e indicadores de mercado(PER, PCF, taxa de juro efectiva, valor contabilístico, capitalização bolsista). Página Seguinte > 7. Conceitos Importantes Clique nos links para visualizar os conceitos. - Mercado Primário - Mercado Secundário - MMI - MIT - Fundos de Investimento Conjunto de valores que resultam da recolha e capitalização e centralização de poupanças dos particulares e empresas. As carteiras de activos financeiros são constituídas por diversos produtos financeiros originando variados fundos de investimento, que têm como elementos, o próprio fundo (conjunto de valores), a sociedade gestora (entidade que gere) e o banco depositário (entidade de comercializa). Cada fundo de investimento tem um certo número de unidades de participação. Estes fundos podem ser mobiliários, em que o seu património é constituído, essencialmente, por activos ou imobiliários em que o património é constituído, essencialmente, por bens imobiliários. O pequeno aforrador não consegue ter acesso a estas técnicas. Assim, os fundos de investimento servem para dar acesso aos pequenos investidores de gerirem o seu capital. Voltar ao Menu