O brinquedo
O brinquedo através dos
tempos…
Nós fazíamos os nossos
próprios brinquedos!
Ainda me lembro quando chegava o
verão e íamos para a aldeia. Nas
bagagens as roupas e nada mais.
Lá o tempo dava para tudo. Não
havia televisão…
De manhã cedinho levantávamos da
cama e dávamos um passeio
debaixo das árvores, que deixavam
cair os seus frutos bichentos
durante a noite. Hoje eram
biológicos e talvez mais caros que
os sãos e padronizados. Naquela
época eram alimento para os
animais ou então no caso das
maçãs, que lindos carrinhos
que com elas fazíamos!
Brinquedos tradicionais
A evolução do brinquedo no
tempo
A existência do brinquedo deverá, provavelmente,
andar com o aparecimento da criança no
mundo.
Recuando um pouco no tempo, investigando e vendo a
forma como os nossos antepassados brincavam, os
brinquedos que construíam e a forma como os
utilizavam, estamos a conhecer as nossas raízes,
tradições, cultura e património histórico.
O carro…
• Ao longo dos últimos 100 anos jogámos ao pião, bambo-leámo-nos
com o Hulla-Hoop, fizemos acrobacias com o "disco voador", e
habilidades com o "yo-yo". Enlouquecemos com o cubo de Rubik,
perdemos noites a tentar enriquecer com o Monopólio, a construir
palavras com o "scrubble", ou a mostrar a nossa cultura geral com o
Trivial Pursuit.
• As raparigas fizeram da Barbie a menina dos olhos, os rapazes
montaram o cavalo dos sonhos com o Cavaleiro Andante ou o
"Mosquito" e todos mostraram as suas habilidades no Lego e no
Meccano, ou se emocionaram com o Tintin , o Pato Donald e o Rato
Mickey. Brincaram às guerras com soldadinhos de chumbo e
recriaram o Oeste empunhando pistolas de fulminantes.
• Apaixonaram-se pela bicicleta e idolatraram a motoreta. Depois...
bem... depois veio o Dragon Ball, a paixão pelo tamagotchi, a moda
do walkman, e grudámo-nos ao computador viciados em jogos
electrónicos e a surfar nas ondas da Internet.
• Logo no início do século (1901) um
jogo de construções punha meio
mundo a brincar. Chamava-se
Meccano, teve a sua origem em
Inglaterra e com ele brincavam os
engenheiros de palmo e meio.
•
No ano seguinte, as meninas
apaixonam-se por um urso de
peluche chamado Teddy, cuja criação
se deve a uma banda desenhada
publicada pelo jornal Washington
Post cujo protagonista era um urso.
• O êxito da banda desenhada foi tal,
que a indústria de brinquedos decidiu
transformá-lo num peluche que fez,
durante anos , as alegrias da
pequenada.
• Nos anos 30, o Monopólio e o
Scrubble são os jogos da moda,
enquanto as bonecas de trapos
se tornam as mais apreciadas.
•
Os anos 40 são pouco propícios
a brincadeiras de vulto,
brincando as crianças a assinalar
no mapa da Europa os avanços e
recuos dos alia-dos, com
bandeiras oferecidas pelos
jornais.
• Ao contrário, a década de 50
revela-se pródiga em alegrar a
meninada. O aparecimento dos
brinquedos de plástico, a bolsa
mais recheada dos consumidores
e a aposta da indústria japonesa
na indústria dos brinquedos
revitalizam o mercado. As
crianças agradecem.
• Os rapazes deliravam com as miniaturas automóveis e com o Action
Man, enquanto as raparigas conheciam a Barbie, a boneca para
todos os sonhos.
O fascínio pela luta do espaço, animava os brinquedos a pilhas,
cuja sonoridade e jogos de luz faziam os encantos dos mais
pequenos.
• Para espicaçar a imaginação, surgia o Lego, um jogo de
construções ainda hoje muito admirado.
Com o advento da sociedade de consumo e a multiplicação da
oferta, poucos são os brinquedos que resistem muito tempo ao
sucesso e os vídeo jogos começam a ser um entretenimento de
grande procura, a partir dos anos 70. O micro chip entrava também
no mundo dos brinquedos e o Game Boy é a loucura dos finais dos
anos 70.
A década de 80 tem no cubo
mágico e no Trivial Pursuit os
seus maiores sucessos
epidémicos e as maiores
receitas de bilheteira. Mas os
jogos electrónicos estão cada
vez mais implantados nos
gostos dos jovens,
principalmente por culpa da
Nintendo que lança
Supermario, a que a Sega
responde com Sonic.
•
Nos anos 90, a consola play station, da
Sony, permite a ligação directa à
televisão, sendo uma das mais
procuradas brincadeiras electrónicas. Ao
findar o século, o Tamagotchi põe a
cabeça em água aos pais, porque não há
nenhuma criança que não queira ter um
exemplar, mas o Furby assume-se neste
último ano como a grande novidade a que
todos desejam ter acesso.
Falar de brinquedos é
recordar a infância, é
aprendizagem e é um
revivalismo de valores e
tradições!
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