1 Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Lato Sensu em Administração Estratégica de Marketing Trabalho de Conclusão de Curso Um Estudo sobre Administração de Vendas no DF Autor: Bruno César Rabelo Rodrigues Orientador: André Saboni Brasília – DF 2010 2 BRUNO CÉSAR RABELO RODRIGUES Um Estudo sobre Administração de Vendas no DF Artigo apresentado ao curso de Pós-Graduação em Administração Estratégica de Marketing da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista em Administração Estratégica de Marketing. Orientador: André Saboni Brasília 2010 3 Artigo de autoria de Bruno César Rabelo Rodrigues, intitulado “Um Estudo sobre Administração de Vendas no DF”, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Administração Estratégica de Marketing da Universidade Católica de Brasília, em julho de 2010, aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: ____________________________________________________________ Prof. André Saboni Orientador ____________________________________________________________ Prof. (titulação). (Nome do membro da banca) (curso/programa) – (sigla da instituição) ____________________________________________________________ Prof. (titulação). (Nome do membro da banca) (curso/programa) – (sigla da instituição) Brasília 2010 4 UM ESTUDO SOBRE A ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS EM EMPRESAS NO DF Bruno César Rabelo Rodrigues1 André Saboni2 RESUMO Para realizar bons negócios, é necessário que as empresas invistam em treinamento e supervisão de vendas, uma vez que a força de vendas relacionam-se diretamente com os clientes e trazem receita para a empresa, toda essa equipe deve estar preparada e motivada a oferecer um serviço de que supere a expectativas dos clientes. O objetivo do estudo é verificar a utilização de ferramentas de administração de vendas em empresas que atuam no Distrito Federal por meio de analise de documentos e relatórios das empresas, pesquisa bibliográfica e uma pesquisa descritiva com equipes de vendas. Esse estudo contribui para a disciplina Administração de Vendas e para as organizações avaliarem como analisam, planejam, implementam e controlam as atividades de sua força de venda. O resultado da pesquisa descritiva de abordagem quantitativa aponta pontos que os profissionais precisam melhorar para oferecer melhores serviços, da necessidade de organizar melhor a força de vendas, da relevância das técnicas de vendas e campanhas de incentivo para a força de vendas. Este projeto é viável, pois são os profissionais de vendas que captam clientes e criam relacionamentos para a empresa, estes vendedores devem estar preparados para a função. Palavras-chave: Administração de vendas, técnica de vendas, 1 2 Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing da Universidade Católica de Brasília. Professor Orientador 5 Introdução Os profissionais de vendas interagem diretamente com os clientes, com suas necessidades, expectativas e frustrações, e nos dias atuais o vendedor deixa de ser um anotador de pedido para monitorar as mudanças no comportamento dos consumidores. A força de venda deve estar preparada atuar diante das diversidades de negócios e públicos, motivados a desprender um esforço para aplicar a estratégia de marketing da empresa. Segundo Kotler (2000)3, afirma que, atender bem a um cliente é fazer algo a mais por ele, oferendo-lhe vantagem em valor de bens e serviços, assim, um cliente satisfeito poderá ser a vir um cliente ativo, procurando a empresa por preferir seus produtos e serviços, porque valoriza a qualidade e atendimento. Isto significa que o gerenciamento, em se tratando de vendas, deve estar sempre atento à qualificação de seu pessoal no setor de atendimento. O cliente satisfeito sempre volta e, um cliente insatisfeito além de não retornar, pode afastar outros prováveis clientes, prejudicando a empresa a ponto de retirá-la de seu mercado; o cliente tem este poder, e sabe que o tem. De acordo com Kotler e Armstrong (2005)4, atualmente, a maioria das empresas está abandonando o marketing de transação e sua ênfase no fechamento da venda. No lugar eles estão praticando marketing de relacionamento que enfatiza a manutenção de relacionamentos lucrativos e duradouros por meio da criação de valor e satisfação superior para os clientes. A fidelização de clientes é o objetivo a ser alcançado pelas empresas que implantam o conceito de marketing de relacionamento. O artigo tem por objetivo verificar a utilização de ferramentas de administração de vendas em empresas que atuam no Distrito Federal em vários ramos de atividade. De forma especifica busca-se realizar uma analise de documentos e relatórios das empresas; realizar uma pesquisa bibliográfica; e fazer uma pesquisa descritiva com equipes de vendas; avaliar como as empresas analisam, planejam, implementam e controlam as atividades de sua força de venda. A pesquisa em questão se justifica na medida em que contribui para o entendimento do que seja a utilização de ferramentas de administração de vendas, na atualidade as equipes de vendas necessitam de uma liderança mais presente, ao invés de outros fatores generalistas como normas e procedimentos que a organização os apresenta. Portanto avaliar como as empresas analisam, planejam, implementam e controlam as atividades de sua força de venda é de grande relevância. Thorn (1992 p.3) ao comentar sobre a administração de vendas afirma que, Administrar uma equipe de vendas requer habilidades diferentes das de um simples vendedor. É claro. Como gerente de vendas, você tem de estar apto a vender também. Por exemplo, é quase certo que você gostará de reservar para si a responsabilidade de fechar os grandes negócios; de ser o responsável pelas vendas de grande valor. E por que não? Mesmo os mais habilidosos vendedores “enferrujam-se” sem uma prática regular. Você não pode querer liderar e motivar os outros se não consegue mostrar a equipe como fazer melhor. 3 4 KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 2000. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 9ª edição. ... Books, 2005. 6 A metodologia a ser utilizada quanto aos meios de investigação será a pesquisa bibliográfica, de acordo com Severino (2007, p.122)5 pode ser considerada “como aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos como livros, artigos, teses, portanto, utilizou-se, preferencialmente esta pesquisa por está fundamentada em trabalhos científicos de autores renomados além de outros trabalhos apresentados em congressos ou revistas, o que revela a importância dada ao tema, apresentando uma fundamentação teórica capaz de contribuir para a discussão sobre o tema. Quanto a pesquisa exploratória foi a aplicação do método experimental, seja da interpretação possibilitada pelos métodos qualitativos, através de um questionário. Sobre a pesquisa exploratória, Jung (2004) assevera, “pesquisa exploratória visa a descoberta, o achado, a elucidação de fenômenos ou a explicação daqueles que não eram aceitos apesar de evidentes”.6 5 6 SEVERINO, Antonio J. Metodologia do trabalho científico. 23 ed. São Paulo, Cortez, 2007. JUNG, Carlos Fernando. Metodologia para pesquisa & desenvolvimento: aplicada a novas tecnologias, produtos e processos. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil, c2004. 312p. 7 2. Referencial teórico 2.1 Conceitos de Administração e Marketing Segundo Chiavenato (2000, p. 5)7, “a administração tornou-se uma das mais importantes áreas da atividade humana. E a tarefa básica da administração é a de fazer as coisas por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz, para fazer com que as pessoas trabalhem em conjunto para atingir objetivos comuns.”. Las Casas (2004, p15-16)8, elucida que “o marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes a relação de troca, orientadas para satisfação de desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar os objetivos da empresa e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que as relações causam no bem estar da sociedade.”. “O que caracteriza a comercialização moderna é a aplicação do conceito de marketing, que estabelece que as empresas devem procurar satisfazer os desejos e as necessidades dos consumidores”. Através da implantação deste conceito, as empresas poderão contar com lucros a longo prazo pela formação de clientes satisfeitos. Segundo Cobra (1992, p.34)9, “marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção, apreçamento, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”. Hoje em dia, o marketing deve ser compreendido não só no antigo sentido de vender, mas também de satisfazer as necessidades dos clientes. Em Kotler (2000, p. 3)10 encontra-se a seguinte definição “o marketing como o processo social e gerencial através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e de que necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros”. Pode-se entender esta definição, examinando-se os seguintes termos importantes: necessidades, desejos, demandas, produtos, valor, satisfação, qualidade, troca, transações, relacionamentos e mercados. 2.2 Administração da Força de Vendas Para Cobra (1992)11, o desenvolvimento do mercado tem tornado os compradores mais habilidosos e sofisticados, exigindo produtos e serviços mais amplos. Não basta apenas ter um produto, é preciso ampliá-lo pela anexação de serviços não esperados, para que possa atender as necessidades crescentes de consumidores e clientes. Para isso o vendedor deve conhecer em algumas situações até mesmo técnicas de pesquisa para identificar oportunidades e necessidades latentes; precisa também técnicas de promoções de vendas e de merchandising. A administração da força de vendas é a análise, planejamento, implementação e controle das atividades da força de vendas. Os vendedores servem como elo pessoal da empresa com os clientes, o profissional de vendas é a empresa para muitos dos seus clientes. É ele que traz as tão necessárias informações sobre o cliente. Por isso, a empresa precisa considerar cuidadosamente alguns pontos na configuração da força de vendas – 7 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6.ed. São Paulo: Campus, 2000. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Varejo. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2004. 9 COBRA, Marcos. Administração de Marketing, São Paulo: Atlas, 2ª ed. 1992. 10 KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 2000. 11 Ibdem, Cobra, 1992. 8 8 especialmente, o desenvolvimento de objetivos, estratégias, estrutura, tamanho e remuneração. (KOTLER E ARMSTRONG, 2005)12. Segundo Stanton (2000, p.10)13, “a força de vendas é quase que interinamente responsável pela implementação no mercado das estratégias de marketing de uma empresa.”. “O vendedor contribui para esse processo de duas maneiras: a primeira, estimulando as transações de natureza econômica; a outra, fazendo difusões de inovações, quer de produtos, quer de serviços”. A força de vendas é o difusor da filosofia e política de marketing da empresa no mercado. A administração da força de vendas inclui não apenas o planejamento da sua estratégia e estrutura, mas também o recrutamento, seleção, treinamento, remuneração, supervisão e avaliação dos vendedores da empresa. Segundo Kotler e Armstrong (2005)14, as etapas que constituem a administração da força de vendas: 1º Etapa - Planejar a estratégia e a estrutura da força de vendas As empresas devem definir os objetivos específicos que elas esperam que sejam alcançados por sua força de vendas. Qualquer seja o contexto de venda, os vendedores terão de realizar uma ou mais das seguintes tarefas específicas: 1. Prospecção: busca de clientes em potencial e indicação de novos clientes; 2. definição de alvo: decisão de como alocar o tempo entre clientes em perspectiva de clientes atuais; 3. comunicação: transmissão de informações sobre produtos e serviços da empresa; 4. venda: aproximação do cliente, apresentação, resposta a objeções e fechamento de vendas; 5. atendimento: oferta de vários serviços ao cliente, consultoria para problemas, assistência técnica, agilização de entregas; 6. coleta de informações: condução de pesquisas de mercado e trabalho de inteligência (captação de informações); 7. alocação de produtos: decisão de quais clientes não poderá ficar sem produtos nos períodos de baixa oferta. As empresas concorrem entre si para obter pedidos dos clientes. Assim, devem dispor suas forças de vendas estrategicamente para que cheguem aos clientes certos, no momento certo e da maneira correta. A estratégia da força de vendas tem implicações em sua estrutura. Se a empresa vende uma linha limitada de produtos para clientes-finais em muitos lugares, ela deverá utilizar uma estrutura de força de vendas por território. Se a empresa vende muitos produtos para muitos clientes, pode precisar de uma estrutura de vendas por produtos mercado. 2º Etapa - Recrutar e selecionar vendedores O procedimento de seleção pode variar, desde uma simples entrevista informal até longos testes e entrevistas. Muitas empresas aplicam testes formais em candidatos a 12 KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 9ª edição. ... Books, 2005. STANTON, William J.; SPIRO, Rosann L. Administração de Vendas. 10. ed. Rio de Janeiro: L.T.C, 2000. 14 Ibdem, KOTLER e ARMSTRONG, 2005. 13 9 vendedores para avaliar sua aptidão para venda, capacidade analítica e organizacional, traços de personalidade e outras características. (KOTLER E ARMSTRONG, 2005) 15. Para Cobra (1997)16 ensina que antes de admitir o vendedor, a administração precisa verificar quatro processos básicos: 1. análise do trabalho: o primeiro passo na análise do trabalho é classificar a posição da atividade de vendas e serviços. A segunda é detalhar todas as tarefas em cada unidade e classificá-las, dentro de suas partes componentes, em termos de deveres. Esses deveres precisam ser claramente definidos e sua importância relativa, indicada. 2. determinação das qualificações necessárias: em vista da natureza de cada trabalho em particular a ser previamente analisado, as qualificações humanas, tanto as inatas quanto as adquiridas, devem ser determinadas por dedução, por observação do vendedor em campo ou por um esforço contínuo relativo às características de desempenho dos vendedores. 3. recrutamento de pessoal de vendas: é necessário realizar um inventário do pessoal disponível, correlacioná-lo com as previsões de negócios para o próximo período e relacionar as novas necessidades de pessoal em face das condições futuras previstas. 4. determinação das características dos candidatos: definição das qualificações desejáveis em função das necessidades inerentes ao cargo. 3º Etapa - Treinar os vendedores Muitas empresas enviam seus novos vendedores a campo quase imediatamente. Grande parte de seu esforço de vendas é ineficaz. Os clientes de hoje esperam que os vendedores conheçam profundamente o produto, que contribuam com idéias e para melhorar a operação do cliente e que sejam eficientes e confiáveis. Esses requisitos exigem das empresas um investimento mais alto em treinamento de vendas. Programas de treinamento para vendas têm como metas fazer com que os vendedores: 1. Conheçam a empresa e identifique-se com ela; 2. conheçam os produtos da empresa; 3. conheçam as características de clientes e concorrentes; 4. saibam fazer apresentações de vendas eficazes; 5. entendam os procedimentos de campo e as responsabilidades 4º Etapa - Compensar os vendedores Para atrair vendedores de alta qualidade, a empresa precisa criar um pacote de remuneração atraente. Vendedores gostam de ter renda regular, recompensas extras por desempenho acima da média e pagamento justo por experiência e tempo de casa. Com planos de remuneração que combinam pagamentos fixos e variáveis, as empresas podem associar a parte variável do pagamento dos vendedores a um grande número de metas estratégicas. Alguns vêem uma nova tendência de se dar menos ênfase no volume em favor de fatores como lucro bruto, satisfação e fidelidade do cliente. 15 16 Id Ibdem, KOTLER e ARMSTRONG, 2005. COBRA, M. Marketing básico: uma perspectiva brasileira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. 10 5º Etapa - Supervisionar os vendedores Os vendedores precisam não só de território, remuneração e treinamento como também de supervisão. Através da supervisão, a empresa orienta e motiva a força de vendas para executar um trabalho melhor. (KOTLER E ARMSTRONG, 2005)17. Para supervisionar os vendedores é necessário estabelecer normas de visitas, administração do tempo dispendido nas visitas aos clientes, nas vendas pelo telefone e nas demais tarefas administrativas, para isso pode-se utilizar a ferramenta da análise tempo-etarefa. A figura 3 mostra como os vendedores gastam seu tempo. Os vendedores serão selecionados, treinados, alocados a territórios de vendas, remunerados e avaliados. Essas são tarefas atribuídas a gerente de vendas de filiais, gerentes de vendas regionais e supervisores de primeira linha, sendo que a política orientadora dessas tarefas é formulada pelos escalões da gerência de marketing. Contudo, é fundamental que se observe que o sucesso mercadológico da empresa depende de sua força de venda. Todo o processo de constituição de uma adequada força de vendas tem início no traçado do perfil adequado do vendedor e prossegue através do recrutamento. 6º Etapa - Avaliar os vendedores E usada abordagem informal por meio de relatórios de visitas, planos territoriais de marketing e viagens de campo com o representante para visitar clientes-chaves. A abordagem informal é caracterizada por comparações com outros vendedores e pelo desempenho em áreas como produtividade e controle de custos. As avaliações de desempenho de força de vendas, segundo as colocações de Cobra (1994)18 podem ser realizadas análise de informações de diversos relatórios que incluem: 1. 2. 3. 4. 5. Número de visitas realizadas no mês aos clientes ativos e em potencial o número de novos clientes abertos no mês . as atividades de merchandising de promoções realizadas número de visitas realizadas no mês a um mesmo cliente para tirar um pedido o tempo gasto do vendedor com locomoção, planejamento e redação de relatórios de visita 6. o número de visitas realizadas em confronto com o número de visitas planejadas. 7. o número de visitas totais pelo número total de pedidos. A eficácia de vendas depende da eficácia do controle sobre os esforços de vendas. As vendas efetivadas pela empresa são comparadas com a previsão e os planos de anteriormente estipulados, mediantes técnicas de previsão de vendas. O volume de vendas avaliado de acordo com inúmeras dimensões, conforme a natureza da empresa, a sua organização e o tipo de produto vendido. 17 18 KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 9ª edição. ... Books, 2005. COBRA, Marcos. Administração de vendas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994. 11 2.3 Necessidades do cliente Quando as organizações procuram atender a desejos e necessidades dos clientes, baseadas nas expectativas, elas estão procurando atingir a satisfação destes. Kotler (2000, p. 58) afirma que, a satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho percebido de um produto em relação às expectativas do comprador. Como esta definição deixa claro, a satisfação é função do desempenho percebido e das expectativas do cliente. Se o desempenho ficar longe das expectativas, o consumidor estará insatisfeito. Se o desempenho atender as expectativas, ele se sentirá satisfeito, e se superarmos as expectativas ele estará altamente satisfeito. Para satisfazer as necessidades e expectativas do cliente é essencial saber o que é importante para eles e se esforçar para alcançar, ou superar essas expectativas. Essas necessidades não estão relacionadas apenas ao produto ou serviço. Muitos fatores, além do produto básico, determinam a satisfação. Conforme Leboeuf (1996, p. 13)19 “os clientes são os maiores ativos da empresa, pois sem eles a empresa não existe”, o que acaba impedindo muitas organizações de se firmarem e sobreviverem no mercado cada vez mais competitivo e dinâmico de hoje. Sendo assim a chave para satisfazer as necessidades do cliente, e até mesmo superar as suas expectativas envolve mais do que um cumprimento e uma fisionomia alegre. Tem que ter competência. Vários fatores fazem diferença na decisão de compra como, por exemplo: bom atendimento, atenção, carinho, ambientes confortáveis e outros aspectos similares. Alguns clientes chegam a ir longe com a finalidade de comprar um simples pão, ou pagam um preço maior por um produto, simplesmente para serem mais bem atendidos. Neste caso, fica evidenciado que no ato da compra existe uma demanda que vai além da satisfação daquela necessidade de compra. A teoria de Maslow explica o comportamento motivacional de um indivíduo a partir da satisfação destas necessidades. Desta forma possibilita perceber a força do estímulo de compra de um cliente, baseado no nível de satisfação que já foi atendido, e traçar um plano de marketing com argumentos de vendas que atendam ao ciclo motivacional dos clientes. (MASLOW, 1975)20. 19 20 LEBOEUF, Michael. Como conquistar clientes e mantê-los para sempre. São Paulo: Editora Harbra, 1996. MASLOW, A. H. Uma teoria da motivação humana. In: BALCÃO, Y.; CORDEIRO, L. L. (org.). O comportamento humano na empresa (pp. 337-366). Rio de Janeiro: FGV. 1975. 12 3. Metodologia Conforme Castro (1977, p. 36)21 “a metodologia especula, através da ciência, interesses sobre problemas práticos”. Como, com quê, onde será feito o estudo, tanto do ponto de vista teórico, como prático. Bauer e Gaskell (2002)22 apontam que os métodos e os procedimentos são uma forma de o cientista prestar contas à sociedade de suas pesquisas. Contudo, o público não é o alvo, o mais relevante é a pesquisa em si, suas questões, suas evidências. A presente pesquisa teve início com uma pesquisa bibliográfica que se restringe ao universo conceitual espelhado no referencial teórico. Para efetivação da mesma utilizou-se, preferencialmente os pressupostos teóricos realizando levantamentos de dados bibliográficos, , tendo como marco referencial teórico as obras de, Kotler, 2000/2005; Severino, 2007; Jung, 2004; Chiavenato, 2000; Las Casas, 2004; Cobra, .1992/1997/1994; Stanton, 2000; Kotler e Armstrong, 2005; Leboeuf, 1996, dentre outros autores que constam nas referências no final deste trabalho. Culminou com uma pesquisa exploratória analítica, pois se trata de levantamento de dados, identificação que permitiu um aprofundamento sobre a utilização de ferramentas de administração de vendas em várias empresas que atuam no Distrito Federal de setores como varejo do vestuário, calçados, alimentos, serviços, perfumaria, cosméticos e atacado de secos e molhados. 3.1 Tipos de pesquisa Adotou-se o estudo de caso para elaboração desta pesquisa, tendo como referência metodológica o trabalho de Yin (1994)23. Esse autor reúne, em uma compilação simples, conceitos e orientações para a definição, à condução e a análise de um estudo de caso. Vergara (2006, p. 46)24 propõe dois tipos de pesquisa: a) quanto aos fins e b) quanto aos meios. Quanto aos fins uma pesquisa pode ser: a)Exploratória; b)Descritiva; c)Explicativa; d)Metodológica; e)Aplicativa e f) Intervencionista. O presente trabalho quanto aos fins utiliza a pesquisa exploratória e descritiva, a primeira que não deve ser confundida com leitura exploratória, é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado e a investigação. 21 CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo,. McGraw-Hill do Brasil, 1977. BAUER, Martin W. & GASKELL, George. Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som. Petrópolis: Editora Vozes, 2002. 23 YIN, R.K.. Case Study Research: Designs and Methods. 2nd. Ed., 153p.1994. 24 VERGARA, Sylvia C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 7ª Edição, São Paulo: Editora Atlas, 2006. 22 13 Trata-se de uma pesquisa exploratória analítica que considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Segundo Vergara (2006 p 46)25: quanto aos meios de investigação pode ser: a) Pesquisa de campo; b) Pesquisa de laboratório; c) Bibliográfica d) Experimental e) Ex post facto; f) Participante; g) Pesquisa - ação; h) Estudo de caso. Quanto aos meios de investigação o presente trabalho utiliza a pesquisa de campo e a bibliográfica. (VERGARA, 2006, p. 47)26. 3.2 Técnicas de pesquisa Realizou-se uma pesquisa de campo que de acordo com Cervo e Bervian (1983)27 pode ser denominada como a pesquisa que serve para “coletar dados que estejam necessariamente sob ação das variáveis presentes no local” A pesquisa foi aplicada em trinta (30) vendedores em empresas no DF. A amostra coletada faz parte do grupo de vendedores de cada empresa pesquisada. 3.3 Instrumentos de pesquisa a) O instrumento escolhido foi o questionário, por ser o mais adequado para coletar dados com amostras grandes. Assim, o questionário utilizado nesta pesquisa é o constante do (Anexo e na análise dos dados). Após coletados os dados, os resultados coletados no questionário foram estruturados, tabulados e organizados em seções, correspondentes aos objetivos específicos do trabalho, elaborando diagnóstico sobre causas e conseqüências que estejam presentes e relacionadas ao tema do presente projeto. 25 Ibdem , Vergara, p. 46 VERGARA, Sylvia C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 7ª Edição, São Paulo: Editora Atlas, 2006. 27 CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. 3º ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,1983 26 14 3.4 O universo (População) Quando se trata de pesquisa científica, universo ou população, segundo ensina Rudio (2004, p. 60)28, "designa a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características, definidas para um determinado estudo." O local, ou seja, as empresas foram as fontes diretas para coleta de dados e o pesquisador foi o instrumento-chave. Foi descritiva e os dados foram analisados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. Dessa forma, a população foi constituída por vendedores de algumas empresas do DF, representando uma população de trinta (30) pessoas entrevistadas, escolhidos pelo autor desta pesquisa. 4. Pesquisa Análise dos dados Nesta parte, apresenta-se a coleta, tabulação e discussão dos resultados obtidos a partir das análises efetuadas sobre os dados da amostra pesquisada. A análise dos dados foi realizada pelo estudo de cada resposta, após descrever e avaliar o resultado apresentado pela amostra, buscando percentuais que dessem significância ao trabalho. Foi realizada, como ferramenta preliminar, uma pesquisa exploratória com a finalidade de se conhecer as aspirações da população a ser estudada. Os resultados coletados no questionário foram estruturados, tabulados e organizados em seções, correspondentes aos objetivos específicos do trabalho. Um questionário foi entregue para cada um dos trinta (30) vendedores que participaram do processo de implementação do modelo, e depois as respostas foram consolidadas em um banco de dados. As 15 (quinze) questões foram ordenadas aleatoriamente para que a leitura não se tornasse repetitiva, procurando atenuar o cansaço dos pesquisados, e também para evitar respostas de desejabilidade social, que consistem em respostas que o pesquisado fornece de acordo com aquilo que crê ser o esperado pelos pesquisadores. A seguir, à área temática da investigação. As questões propostas no questionário foram distribuídas da seguinte forma: Quantos anos de serviço prestado a empresa – 1 questão; Auto-avaliação da equipe de venda no serviço prestado ao cliente – 1 questão; Questões referentes à contratação, treinamento, motivação, avaliação, remuneração, satisfação e supervisão – 13 questões, opção de resposta ( ) Não ( ) Sim. As figuras abaixo mostram as médias obtidas das categorias avaliadas nas empresas de acordo com a utilização de ferramentas de administração de vendas: 28 RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 32 ed. Petrópolis: Vozes, 2004. 15 1 - Tempo de trabalho na empresa 13% 3% 1 a 2 anos 2 a 5 anos 5 a 10 anos 23% 61% mais de 10 anos Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 2 - Participou de processo seleção para contratação 43% Sim Não 57% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 3 - Conhece as estratégias da empresa 37% Sim Não 63% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 4 - Existe programa de treinamento para os vendedores 40% Sim Não 60% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 16 5 - O que os clientes pensam sobre a equipe de vendas 3% 0% 23% Bom Muito Bom Ruim Muito Ruim 74% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 6 - Conhece os concorrentes 3% Sim Não 97% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 7 - Sabe volume e metas de vendas 27% Sim Não 73% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 17 8 - As metas são justas e alcançáveis 33% Sim Não 67% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 9 - Existe ferramentas para avaliação de desempenho 40% Sim Não 60% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 10 - Existe supervisão e ou orientação Sim 47% 53% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 Não 18 11 - A remuneração é atrativa 27% Sim Não 73% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 12 - Se sente motivado com o trabalho Sim 48% 52% Não Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 13 - Enxerga oportunidades de crescimento profissional 47% 53% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 Sim Não 19 14 - A gestão pode influenciar as vendas 32% Sim Não 68% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 15 - Faz sugestões para melhoria das vendas 17% Sim Não 83% Fonte: O autor – RODRIGUES, 2010 Análise dos dados Da análise dos gráficos apresentados pode-se constatar que, 3% dos entrevistados tem mais de 10 anos de tempo de trabalho na empresa, 13% os que têm entre 5 a 10 anos, 23% entre 2 e 5 anos e a grande maioria, 61% entre 1 a 2 anos, ou seja um a maioria com pouco tempo de trabalho dentro da empresa. 57% dos entrevistados afirmaram não ter participado de um processo de seleção para contratação enquanto 43% sim. Questionados se a empresa define claramente quais são suas estratégias, 63% afirmou que sim enquanto 37% afirmou que não. 60% dos respondentes responderam que não existe um programa de treinamento para os vendedores na empresa e 40 % responderam que sim. Questionados sobre o que pensam os clientes da equipe de venda, 3% respondeu que ruim, 23% acham muito bom e 74% acham que bom. 97% dos respondentes afirmaram que conhecem os concorrentes enquanto 3% responderam que não. Questionados sobre se conheciam o volume e metas de vendas 73% responderam que não enquanto 27% responderam que sim 67% dos respondentes afirmaram que as metas não são justas e alcançáveis e 33% responderam que sim. 60% dos respondentes afirmam que não existe ferramentas para avaliação de desempenho enquanto 40% afirmam que sim. Questionados se existe supervisão e ou orientação 53% fora unânimes em afirmar que sim, contrários 47% que afirmaram que não. 73% afirmaram que a remuneração não é atrativa enquanto 27% concordam que sim é atrativa. Conforme evidencia o gráfico 12, 52% dos respondentes se sentem motivados com o trabalho enquanto 48% afirman não se sentirem motivados. 53% dos respondentes afirmam não enxergar oportunidade de crescimento 20 profissional enquanto 47% afirmam enxergar oportunidade de crescimento. Questionados sobre se a gestão da força de vendas pode influenciar diretamente nas vendas, 68% afirmaram que sim e 32% que não. Conforme evidencia o gráfico 15, quando questionados se fazem sugestões para melhoria das vendas 83% afirmaram que sim e 17% que não. Praticamente em todas as empresas percebeu-se que uma grande maioria 61% dos entrevistados tem pouco tempo de trabalho dentro da empresa variando entre 1 e 2 anos. Isto não deve ser avaliado com otimismo, pois pode significar que não existe uma fidelização entre os vendedores, desta forma, pode-se concluír que a satisfação com o clima organizacional de uma empresa sofre alterações significativas no decorrer do tempo, sob diferentes aspectos e que, o comportamento evolutivo dos colaboradores assume diferentes figurações, passíveis de interação com o meio ambiente de trabalho. 37% dos vendedores afirmaram que a empresa não define claramente quais são suas estratégias e uma grande parte 60% dos respondentes responderam que não existe um programa de treinamento para os vendedores na empresa. Organizações centradas na qualidade de vida do trabalhador procuram conhecer as necessidades destes e o que há de mais moderno no processo de treinamento. Para tanto, realizam pesquisas voltadas para satisfação do funcionário envolvidos em vendas e qualifica os mesmos que atuam nesse processo dentro da organização. Destes dados, é possível perceber que, 52% dos funcionários apresentam-se mais positivos em relação à satisfação e motivados às suas perspectivas iniciais no emprego enquanto 48% afirman não se sentirem motivados. Perspectivas de crescimento dos empregados ainda encontram-se favoráveis, onde 53% não vêem esta alternativa talvez até como falta de motivação para continuarem no emprego enquanto 47% dos respondentes afirmam não enxergar oportunidade de crescimento profissional, a grande maioria não concordam tanto com o a remuneração pelo serviço prestado. A questão da motivação e insatisfação com a remuneração merece uma atenção maior por parte da organização, por apresentar um diferencial maior entre os percentuais em relação às outras respostas. Isto ocorre devido à falta de treinamentos, assessoria interna, cursos de motivação ou ainda pela própria remuneração, sendo que a empresa deve certificar-se de que seus funcionários se identificam com a mesma e gostam do que fazem, pois, trabalhar com o público exige além de conhecimento, habilidades para trabalhar com pessoas. Observou-se que, efetivamente, mesmo não sendo objeto da pesquisa, que quanto maior o nível de maturidade e preparo do trabalhador que trabalha na área de vendas, maior sua disposição e capacidade, mais alta sua motivação e maior sua contribuição para a qualidade no atendimento alcançada pela empresa e a satisfação do cliente. Em suma, o processo de treinamento e avaliação de desempenho torna a administração do setor de vendas de uma instituição muito mais transparente e responsável, também eleva substancialmente a motivação individual das equipes, permitindo-lhes um maior desempenho de sua função. Do ponto de vista exploratório, os dados apresentaram-se ricos e suficientes para fazer uma análise crítica da situação comportamental dos vendedores dentro de uma empresa. Sendo assim, pode-se concluir que a utilização de ferramentas de administração de vendas de uma empresa sofre alterações significativas se o vendedor não tiver qualidade de vida no trabalho, sob diferentes aspectos e que, o comportamento evolutivo dos vendedores assume diferentes figurações, passíveis de interação com o meio ambiente de trabalho. 21 5. Conclusão A disputa por clientes e a busca de oportunidades no mercado, em um ambiente competitivo, faz com que as empresas tenham de oferecer produtos de qualidade e serviços que superem as expectativas dos compradores, tornando-se uma questão de sobrevivência. Como foi mostrado ao longo deste trabalho, treinar e motivar a força de vendas da empresa é uma ação primordial para qualquer empresa se posicionar melhor perante seus concorrentes, e em relação a fatores que tenham como objetivo a fidelização de clientes. A empresa deve buscar atender bem seus clientes detectando suas necessidades, desejos, hábitos. Tendo em vista como resultado a reunião de informações, o desafio é reconquistar os clientes com menor grau de satisfação, por meio de estratégias de recuperação. Conforme apresentado na revisão literária é mais fácil e menos oneroso reconquistar um cliente do que encontrar um novo; O treinamento é uma ferramenta que torna possível o desenvolvimento dos profissionais da empresa, para o propósito de oferecer melhores serviços de vendas. O uso da Administração da força de vendas, técnicas de vendas e ações motivadoras com seus vendedores, torna o relacionamento com os clientes, mais duradouros e proveitosos, que é vital para a empresa. Da mesma forma constatou-se que apesar das empresas apresentarem na sua maioria respostas positivas, contudo, podem ser realizadas melhorias. Portanto, algumas sugestões e recomendações foram propostas, em busca de sanar ou reduzir a relativa insatisfação apresentada em alguns pontos. Beneficiando assim, os clientes, a empresa e possibilitando qualificação e crescimento profissional aos seus funcionários. Diante da realidade evidenciada na empresa existe uma oportunidade para fortalecer a sua imagem no mercado, podendo corrigir falhas que estejam prejudicando as operações dos negócios, proporcionando assim uma maior transparência nas negociações com os clientes. Os clientes não são apenas aqueles que compram e utilizam seu produto ou serviço, são também os que vendem os produtos ou serviços. São os chamados clientes internos ou colaboradores. Conforme foi enfocado neste estudo, toda e qualquer ação de marketing voltada para a satisfação e aliança do público interno com o intuito de melhor atender aos clientes externos ou usuários. O desenvolvimento desse trabalho proporcionou a oportunidade de ampliar a visão no que se refere à adoção de ações que tenham objetivo aperfeiçoarem o capital humano da empresa e proporcionar melhores serviços a seus clientes. Para o autor, contribuiu para o desenvolvimento acadêmico, por meio do conhecimento adquirido com a literatura consultada sobre o assunto. A aplicação do questionário mostrou um bom conhecimento sobre a organização e produtos, mas foram identificados pontos a melhorar quanto à administração e técnicas de vendas. Esses resultados contribuíram para evidenciar a importância do capital humano nas empresas, e também propor sugestões e melhorias para que a empresa possa alavancar suas vendas. A principal sugestão para que ocorram melhorias na relação da empresa com os clientes é que a mesma desenvolva uma assessoria interna de marketing, que possa nortear os funcionários frente às dificuldades e situações mais difíceis no relacionamento com os clientes. Definir estratégias claras para as negociações e proporcionar condições para adaptação gradativa e positiva dos funcionários em relação às técnicas de atendimento 22 visando intensificar cada vez mais o conhecimento e a preparação de cada funcionário, na expectativa de obter resultados cada vez maiores e melhores. Por tratar-se de tema de tamanha complexidade, com tão significativo nível de influência sobre determinados fenômenos organizacionais, a pesquisa de administração de vendas constitui-se num produto inacabado, que requer ainda muitos estudos e, quando possível, generalizações. Durante a realização do mesmo percebeu-se, ao consultar os diversos autores que abordam a temática, o quanto é importante o aprofundamento do assunto como forma de identificar possibilidades de melhoria nas vendas. Assim sendo, o referido trabalho sugere que seja implementado as sugestões aqui citadas e mediante resultados aplicar nova pesquisa no intuito de mensurar as mudanças inerentes ao tema. 23 REFERÊNCIAS BAUER, Martin W. & GASKELL, George. Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som. Petrópolis: Editora Vozes, 2002. CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo,. McGraw-Hill do Brasil, 1977. COBRA, Marcos. Administração de vendas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994. ______. Administração de Marketing, São Paulo: Atlas, 2ª ed. 1992. ______. Marketing básico: uma perspectiva brasileira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. 3º ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6.ed. São Paulo: Campus, 2000. JUNG, Carlos Fernando. Metodologia para pesquisa & desenvolvimento: aplicada a novas tecnologias, produtos e processos. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil, c2004. 312p. KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 2000. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 9ª edição. ... Books, 2005. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Varejo. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2004. LEBOEUF, Michael. Como conquistar clientes e mantê-los para sempre. São Paulo: Editora Harbra, 1996. MASLOW, A. H. Uma teoria da motivação humana. In: BALCÃO, Y.; CORDEIRO, L. L. (org.). O comportamento humano na empresa (pp. 337-366). Rio de Janeiro: FGV. 1975. RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 32 ed. Petrópolis: Vozes, 2004. SEVERINO, Antonio J. Metodologia do trabalho científico. 23 ed. São Paulo, Cortez, 2007. STANTON, William J.; SPIRO, Rosann L. 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Não há necessidade de se identificar, contudo é importante que as perguntas sejam respondidas com a maior sinceridade possível, para que, na avaliação, se possa estabelecer parâmetros e indicadores reais e efetivos. Para maior fidedignidade dos resultados não deixe questões em branco. Não existem respostas certas nem erradas: o que importa é a sua opinião pessoal e sincera. Procure a resposta que melhor reflita o sentimento que está presente em você, neste momento. 1) Há quanto tempo trabalha na empresa? Como você começou a trabalhar e em qual o cargo? 1 a 2 anos ( ) 2 a 5 anos ( ) 5 a 10 anos ( ) Mais de 10 anos ( ) 2) Você participou de algum processo de seleção para sua contratação? ( ) Não ( ) Sim 3) A empresa define claramente quais são suas estratégias? ( ) Não ( ) Sim 4) A empresa tem um programa de treinamento para os vendedores? ( ) Não ( ) Sim 5) O que os clientes pensam da equipe de vendas da empresa? ( ) Bom ( ) Muito bom ( ) Ruim ( ) Muito Ruim 6) Você conhece seus principais concorrentes? ( ) Não ( ) Sim 7) Você possui informações do volume e das metas de vendas? ( ) Não ( ) Sim 8) As metas são realistas, flexíveis, justas e alcançáveis? ( ) Não ( ) Sim 25 9) Existe alguma ferramenta para avaliação do seu desempenho? ( ) Não ( ) Sim 10) Existe algum pessoa que supervisione e ou oriente seu trabalho? ( ) Não ( ) Sim 11) A remuneração atrai e retém bons vendedores? ( ) Não ( ) Sim 12) Hoje em dia você se sente motivado com seu trabalho? ( ) Não ( ) Sim 13) Você enxerga oportunidades de crescimento profissional na empresa? ( ) Não ( ) Sim 14) Pra você a gestão (da força de vendas) pode influenciar diretamente nas vendas? ( ) Não ( ) Sim 15) Você faz sugestões para melhoria das vendas? ( ) Não ( ) Sim