Palácio da Justiça restaurado Solenidade marca a entrega de novo cartão postal da cidade de São Paulo: a sede do TJ/SP completamente restaurada e com nova iluminação. PÁGINAS 6 e 7 Tribuna da Magistratura Informativo da Associação Paulista de Magistrados Ano XVIII - Número 181 - Julho de 2009 Posse no Conselho Nacional da Justiça Apoio aos Magistrados Um dos mais importantes órgãos de Conheça um pouco mais do CAJ, que São Paulo se prepara para receber planejamento do Judiciário recebe novos completa 10 anos, do CAJUFA e do Setor Magistrados de todo Brasil, que definirão Conselheiros. de Pesquisas da APAMAGIS. propostas para melhorar o Judiciário. PÁGINAS 4 E 5 PÁGINAS 10 e 11 PÁGINA 23 Opinião Números não podem ser descontextualizados No início de agosto, a imprensa publicou notícias a respeito do rela(segundo lugar) e Brasília (terceiro). “É muito fácil reduzir tório divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O foco prinSão quase 42 milhões de paulistas (cf. sitio seade.gov.br) e um debates importantes cipal recaiu no gasto de “91,8 % da verba com pessoal” do Tribunal de quarto deles vive na Capital ocupando menos de 1% da área de a estatísticas e Justiça de São Paulo. A leitura do documento na sua íntegra, contudo, todo o estado, o que implica 7,18 mil habitantes por quilômetro números. Mas convém mostra o quanto é complexa a situação. quadrado, parte deles circulando em uma frota de mais de quatro considerar todos os Sem me abater pela escolha editorial indutiva sobre “dispêndios milhões de veículos, ou, o dobro de Curitiba, Florianópolis, Porto números e não apenas com verbas de gabinete, gratificações, passagens, férias”, debrucei-me Alegre, Recife e Salvador, juntas. alguns. Não é justo sobre os “indicadores” apurados pelo CNJ, para esta análise. Ali é posApesar dessa aparente riqueza, uma análise dos recursos que ignorar o esforço sível constatar que no ano de 2008, a produtividade (“número médio examinei nos últimos três anos mostra que em matéria de penenorme que os juízes de decisões proferidas por juiz”) tanto de segunda (1.538) quanto de são alimentícia, 51% deles versam sobre valor inferior a 1 salário paulistas fazem para, primeira instância (1.699), ficou acima da média do restante do país mínimo. Dos agravos de instrumento, 17% buscavam modificar não apenas julgar (respectivamente, 1.174 e 1.076). despachos proferidos em questão de assistência judiciária — ou mais em menos É muito fácil reduzir debates importantes a estatísticas e númeseja, envolvem réus carentes. Paradoxo: a cidade mais rica é tamtempo. Mas também ros. Mas convém considerar todos os números e não apenas alguns. bém a mais pobre do país. para julgar melhor. Não é justo ignorar o esforço enorme que os juízes paulistas fazem Logo se vê que será um erro tolo tentar analisar a questão juTrocar qualidade para, não apenas julgar mais em menos tempo, mas também para diciária paulista divorciada do contexto geral do estado. Uma crípor velocidade não julgar melhor. Trocar qualidade por velocidade não é uma opção que tica consequente deve compreender a variedade dos problemas é uma opção que se se coloque. Tampouco se pode ignorar a peculiaridade do contexto sociais, econômicos, estruturais, bem como as consequências das coloque. Tampouco paulista. desigualdades — bem mais agudas que a de outros rincões. Se é se pode ignorar a Evidentemente, a questão orçamentária é fundamental. Sua adpara mediar e solucionar os conflitos sociais que existe a Justipeculiaridade do ministração, idem. Correções devem e podem ser feitas mas sem ça, é fácil entender: devem ser considerados, além das cifras, a contexto paulista” esquecer que, para atender essa incomparável demanda, ao longo imensidão oceânica de dramas desta região para a qual afluíram e Des. Carlos Teixeira Leite Filho dos anos, foram criadas muitas câmaras, varas, remanejadas outras, continuam a afluir não só necessitados de todo o país, como uma instalados juizados, realizados mutirões, etc. Consequentemente, e expressiva parte do capital, também externo. por óbvio, com novos cargos em todas as áreas, ou, custos e mais A propósito, ainda que baseado apenas em números, percedespesas com pessoal. Isso deverá ocorrer também com a implementação da lei be-se pelo documento do CNJ, que há muito mais a ser discutido e, mais ainda, feito. que amplia a estrutura da Justiça Federal, medida divulgada e comemorada na Mas é injusto repreender os agentes que, como o próprio estudo prova, apresentam última semana. um grau de eficiência muito acima da média nacional, trabalhando com uma clientela A título de curiosidade e aproveitando o mote das estatísticas, examinemos alguns altamente necessitada de Justiça. números. Apenas a cidade de São Paulo tem 2.177 agências bancárias. Supera nesse quesito, e em todos os outros, qualquer cidade brasileira, como se vê no sitio ibge. Este artigo foi publicado no site www.conjur.com.br, em 10 de agosto de 2009. gov.br/cidadesat. Quanto às operações de crédito, o registro é oito vezes maior que o Carlos Teixeira Leite Filho segundo colocado. Em 2008, o número de divórcios e separações judiciais concedidas Desembargador em primeira instância (14.795) foi maior que o resultado da soma de Belo Horizonte Conselho Consultivo Gestão democrática do Poder Judiciário c) Transparência do Judiciário: Mecanismos de Participação da O título desde artigo é a preocupação central do XX Congresso “A expectativa que Sociedade Civil. d) Papel das Escolas e Formação AdministraBrasileiro de Magistrados a realizar-se entre os dias 29 e 31 de outubro se molda é de que o tiva do Magistrado. II - Planejamento Estratégico do Judiciário: de 2009, na capital de São Paulo. A par da busca incessante do aprimotemário [...] propiciará a) A Ferramenta do Planejamento Estratégico (estrutura técramento da prestação jurisdicional, em todos seus níveis, a temática do proveitoso debate nica do planejamento estratégico e seus benefícios para o JuCongresso provoca a reflexão sobre a gestão administrativa no Poder entre os Magistrados diciário). b) Interesses Específicos e Parcerias Institucionais. Judiciário, desde a primeira instância até os Tribunais. A formação e participantes, c) Conselhos (CNJ, CSJT e CJF), Colégios de Presidentes e existência de quadros capacitados às funções e atividades de direção estabelecendo Autonomia dos Tribunais. III - Autonomia e Gestão do Poder e controle gerencial dos serviços burocráticos e dos recursos orçadirecionamentos Judiciário: a) Autonomia Financeira dos Tribunais e Orçamenmentários é um imperativo urgente a ser enfrentado, desenvolvido e seguros no propósito to Público. b) Tribunais de Contas e Lei de Responsabilidade aprimorado. Aos juízes e aos Tribunais é que deve caber a gestão dos de se alcançar, Fiscal (interferência na autonomia e gestão do Judiciário). c) órgãos a eles subordinados, como normatizado na Constituição, por, concretamente, Administração de Taxas e Depósitos Judiciais. d) Organização induvidosamente, serem os mais interessados e capacitados a tanto, a autonomia e a e Divisão Judiciária (princípios, critérios objetivos, participavisto ostentarem o melhor conhecimento das diretrizes administrativas independência do ção dos magistrados). IV - Procedimentos Judiciários: a) Cultura a serem priorizadas na gestão e condução dos órgãos judiciários, para Poder Judiciário”. Cartorial e Processo Eletrônico. b) Sistemas de Informação: que a atividade fim, que é a jurisdicional, seja exercida não só com efiComo isso pode afetar o processo. c) Padronização de Procácia, mas, também, com efetividade. cedimento e Independência do Magistrado. d) Formas Alternativas de Solução de O XX Congresso Brasileiro de Magistrados, na ótica do conteúdo acima, constituiu Conflitos. Além do envio de teses, poderão ser apresentadas monografias sobre como seus órgãos, além do Plenário, da Presidência e da Comissão Organizadora, as o tema, a serem publicadas as vencedoras, em livro a ser lançado pela Associação Comissões, Científica e de Trabalho. A Comissão Científica tem por atribuição o redos Magistrados Brasileiros. cebimento, exame e aprovação formal, conforme os requisitos previstos no RegimenA expectativa, que se molda, é de que o temário, agora deduzido, propiciará proto do Congresso, das teses, encaminhando-as, então, às Comissões de Trabalho, nas veitoso debate entre os Magistrados participantes, estabelecendo direcionamentos quais, durante o certame, os trabalhos serão discutidos e votados. As teses aprovadas, seguros no propósito de se alcançar, concretamente, a autonomia e a independência após análise da Comissão Científica para fins de sistematização, serão encaminhadas a do Poder Judiciário. debate e votação no Plenário, o que ocorrerá na manhã do dia 31 de outubro. Os temas a serem tratados são os seguintes: I - Democratização do Judiciário: a) Participação dos Magistrados nos Órgãos de Gestão (do concurso de ingresso à direção dos tribunais). b) Eleições para Órgãos Diretivos (Tribunais e Conselhos). 2 | Associação Paulista de Magistrados Marcos Vinícius dos Santos Andrade Desembargador Palavra do Presidente o tamanho do Judiciário Paulista Compreender a extensão e a importância do Judiciário não é uma tarefa das mais simples. O gigantismo dos números, frequentemente antecedidos pela palavra maior é um caminho. O Estado de São Paulo tem o maior Tribunal das Américas, os maiores números de julgamentos por Magistrado, mais de 18 milhões de processos tramitando em primeiro grau e outras centenas de milhares aguardam julgamento de recursos. Para vencer esses desafios, contamos com profissionais absolutamente diferenciados. Afinal, tornam-se Magistrados apenas os candidatos que conseguem vencer um dos Concursos Públicos mais disputados. Depois, graças ao trabalho da nossa EPM e dos competentes Juízes Titulares e Desembargadores, esses Magistrados se aperfeiçoam e sedimentam o conhecimento teórico com o imprescindível contato com a realidade. Amalgam-se e juntam-se, portanto, aos melhores profissionais do Direito do país. Seria impossível retratar em poucas linhas as inúmeras contribuições que os Magistrados legaram ao ordenamento, à Jurisprudência e à sociedade brasileira. Ainda assim, não se pode negar o evidente descompasso entre a demanda por julgamento e o quanto é julgado pelos Magistrados Paulistas. Entretanto, a realidade dos números mostra que esse desequilíbrio não decorre de problemas na produtividade dos Magistrados. Bem ao contrário, os Juízes e Desembargadores de São Paulo trabalham acima média e além da capacidade física. Mesmo sem estrutura adequada e com insuficiência de pessoal, eles alcançam excepcionais níveis de produtividade, a ponto de reconhecimento expresso por instituições internacionais independentes, como o Banco Mundial. É fato que há problemas prementes e a Magistratura de São Paulo é a primeira a apontá-los. O número de processos que aguarda decisão é quase insuportável, ocasionando inúmeros efeitos deletérios ao Judiciário, aos cidadãos e também ao Estado Democrático de Direito. E a APAMAGIS luta de maneira estóica para tentar reverter esse quadro. A autonomia financeira é um dos pontos que nos envolve profundamente. Liderada por setores representativos da sociedade, a pretensão mereceu acolhida na Assembleia Legislativa Paulista e conta com o apoio de diversos deputados estaduais, dentre eles o de um de seus idealizados, o Parlamentar Rodolfo Costa e Silva. Nossa Diretoria trabalhou desde o início dos trabalhos da Frente Parlamentar com o objetivo de mostrar aos deputados a importância de se investir na Justiça. Sem um Judiciário forte, princípios elementares como saúde, educação e segurança pública não se efetivam e se convertem em mera expectativa de direitos. Trabalhamos - e muito - para aumentar a estrutura para os Magistrados, principalmente os de primeiro grau. Podemos citar a defesa da criação do cargo de assessores, pugnamos maior investimento em informatização e outros instrumentos aptos a melhorar o fluxo de trabalho do Judiciário, com a manutenção da qualidade. No legislativo federal, trabalhamos para demonstrar a necessidade de alterações na legislação para aumentar a velocidade de tramitação dos feitos. Dialogamos com os parlamentares com o intuito de esclarecer o quão imprescindível a aprovação do reajuste dos subsídios dos Ministros do STF para a recomposição salarial de toda a Magistratura. Em um Brasil tão grande por sua unidade, tão díspar por suas características regionais tão ricas e intensas que cada qual poderia ser ela própria um outro país, o STF, Corte máxima, irradia uma nova etapa em termos de Justiça no mundo, quebrando tabus, na mais completa publicidade dos julgamentos e pela palavra sempre dinâmica do seu Presidente. Ainda no âmbito do Judiciário, importante destacar o 21º aniversário do STJ, cujo destino é unificar a interpretação da lei federal, fazendo que a efetividade da Justiça não se perca pela divergência de interpretação nos Estados Federados. E o desejo de respostas imediatas à sociedade trouxe o CNJ, cujos pontos cardeais devem ser o planejamento e a modernização, o que não é compatível com a intervenção generalizada do primeiro momento, nem com a concentração normativa da segunda etapa, em que pesem a cultura e o brilho dos integrantes destas duas fases. Frise-se, porém, o idealismo impregnado entre seus membros, que tanto como nós, buscam formas de aumentar a eficiência da prestação jurisdicional. Enfim, é preciso conferir celeridade à tramitação dos feitos. Não se pode, porém, admitir que o incremento na velocidade decorra da perda da imprescindível qualidade, porque a força de uma decisão judicial está exatamente em seu valor, em sua percuciência. Assim, os Magistrados de São Paulo seguramente realizarão muito mais do que metas, cumprirão sua verdadeira missão: a de distribuir Justiça. des. Henrique Nelson Calandra tribuna da magistratura Publicação da Associação Paulista de Magistrados Ano XVIII - nº 181 “impossível retratar em poucas linhas as inúmeras contribuições que os magistrados legaram ao ordenamento, à Jurisprudência e à sociedade brasileira”. R. Tabatinguera, 140 - sobreloja CEP: 01020-901 - São Paulo - SP Telefone: (11) 3292-2200 Fax: (11) 3292-2209 tiragem: 4.000 exemplares aPamaGis [email protected] Presidência [email protected] secretaria [email protected] imprensa [email protected] Convênios [email protected] informática [email protected] site www.apamagis.com.br diretoria eXeCutiVa Presidente Henrique Nelson Calandra 1º Vice-Presidente Paulo Dimas de Bellis Mascaretti 2º Vice-Presidente Roque Antonio Mesquita de Oliveira diretor secretário Fernando Figueiredo Bartoletti diretor adjunto secretário Ana Paula Sampaio de Q. Bandeira Lins Luis Antonio Vasconcellos Boselli diretor Financeiro Irineu Jorge Fava diretor adjunto Financeiro Elcio Trujillo ComuNiCaçÕes e imPreNsa diretor de Comunicações e diretor-adjunto de imprensa Ítalo Morelle diretor de imprensa e diretoradjunto de Comunicações José Elias Themer Jornalista responsável Adriana Brunelli (MTB 33.183) Coordenação Geral Luciano Ayres “enfim, é preciso conferir celeridade à tramitação dos feitos. Não se pode, porém, admitir que o incremento na velocidade decorra da perda da imprescindível qualidade, porque a força de uma decisão judicial está exatamente em seu valor, em sua percuciência. assim, os magistrados de são Paulo seguramente realizarão muito mais do que metas, cumprirão sua verdadeira missão: a de distribuir Justiça.” redação Karin Hetschko e Jessamy Kisberi edição, revisão, Projeto Gráfico e diagramação AyresPP Comunicação e Marketing Estratégico Tel: (19) 3232.6823 Fotos AyresPP CoNseLHo editoriaL Aloísio de Toledo César Ana Paula Sampaio de Queiroz Bandeira Lins Antonio Ernesto de Bittencourt Rodrigues José Carlos Ferreira Alves Marcello do Amaral Perino Sebastião Luiz Amorim Silvio Marques Neto CoLaBoradores Todos os artigos assinados neste jornal são de responsabilidade exclusiva de seus autores. Presidente da APAMAGIS ([email protected]) Associação Paulista de Magistrados | 3 Carreira CNJ | Nova composição Novos conselheiros buscam dar continuidade ao trabalho de planejamento e modernização Conselheiros do Conselho Nacional de Justiça, um novo ciclo foi iniciado dentro do CNJ, Órgão que tem por objetivo definir o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de avaliação institucional do Poder Judiciário. Com o término do biênio da antiga composição do Órgão, o CNJ enfrentou um atraso na recomposição de seu quadro de Conselheiros. Por problemas de votação dos nomes no Senado, a posse de 9 dos 10 novos Membros do CNJ foi retardada em quase um mês da data prevista, 23 de junho. Enquanto a crise no Senado não se resolvia, o Conselho Nacional da Justiça aguardava decisão legislativa para dar andamento aos 3 mil julgamentos do Órgão. O primeiro novo Membro do CNJ a tomar posse, em 8 de julho, foi o Conselheiro Marcelo da Costa Pinto Neves, indicado pelo Senado. Os demais Colegas começaram a trabalhar no Órgão no dia 21 de julho, quando assinaram o termo de posse. No entanto, a cerimônia de posse foi agendada pelo CNJ apenas para o dia 3 de agosto. Na solenidade, entre os debates, destacou-se o planejamento estratégico do Judiciário. Para o Presidente da instituição, Ministro Gilmar Mendes, as atividades de planejamento estratégico, informatização e fiscalização e controle aprimoram o Judiciário e outros órgãos. “A atuação vigorosa de planejamento do CNJ tem surpreendido de forma positiva todo o país”, enfatizou. Fotos: U.Dettmar/SCO/STF Neste ano, com a posse dos novos | Solenidade de posse reuniu Ministros do STF, Ministro da Justiça e diversas autoridades “O foco do Conselho é o planejamento, a gestão e a transparência, visando a celeridade da prestação jurisdicional” Min. Gilson Dipp O Corregedor Nacional de Justiça, Ministro Gilson Dipp completou o pensamento de Mendes, falando sobre a efetividade da Justiça. “O foco do Conselho é o planejamento, a gestão e a transparência, visando a celeridade da prestação jurisdicional”. O Presidente do CNJ também destacou a atuação da Corregedoria Nacional de Justiça e os diversos programas de modernização do Judiciário desenvolvidos pelo Conselho. | Auditório estava tomado de diversas personalidades ilustres 4 | Associação Paulista de Magistrados Aos novos Conselheiros empossados, o Presidente do CNJ salientou a continuidade que será dada ao trabalho desenvolvido até então em prol da modernização. Foram empossados, na ocasião, os Conselheiros Jorge Hélio Chaves de Oliveira, Jefferson Luiz Kravchychyn, Morgana de Almeida Richa; Paulo de Tarso Tamburini; Nelson Tomaz Braga; Leomar Barros Amorim de Sousa; Milton Augusto de Brito Nobre, Ives Gandra Martins Filho e Walter Nunes. Os Conselheiros Felipe Locke Cavalcanti e José Adonis foram reconduzidos ao cargo; o Conselheiro Marcelo Nobre, representante da Câmara dos Deputados, foi empossado em março de 2008. O CNJ é composto por 15 membros – o Presidente, o “A atuação vigorosa de planejamento do CNJ tem surpreendido de forma positiva todo o país” Min. Gilmar Mendes Corregedor Geral da Justiça e os 13 Conselheiros. A solenidade de posse contou com a presença de autoridades como o Ministro da Justiça, Tarso Genro, o Presidente do TST, Ministro Milton de Moura França, o Presidente da APAMAGIS, Des. Henrique Nelson Calandra, o Des. Antonio Carlos Viana Santos, Presidente da Seção de Direito Público do TJ/SP, acompanhado de vários outros Magistrados Paulistas. | Novos conselheiros assumem com a missão de ajudar a planejar o futuro do Judiciário Perfil dos empossados Jorge Hélio Chaves de Oliveira Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Ceará, Pós-Graduado, com título de Especialista em Direito Público, pela Universidade de Fortaleza e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade de Fortaleza, o Advogado foi indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Jorge Hélio já atuou como Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e Procurador-assistente da Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza. Atualmente é Professor de Direito Constitucional da Universidade de Fortaleza e Advogado consultor do escritório Oliveira Freitas Advogados, em Fortaleza. Jefferson Luiz Kravchychyn O Advogado indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil é formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina em Direito Civil e Direito Penal e também é especialista em Gestão Previdenciária pela Universidade Federal de Santa Catarina. Contribuiu para a Justiça como Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Santa Catarina e também como Presidente do Conselho Curador Federal da OAB PREV. Advogado militante desde 1980, Kravchychyn atua como Professor do Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (CESUSC) e Presidente do Fundo de Pensão Multipatrocinado da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Santa Catarina (OABPREVSC). Morgana de Almeida Richa Bacharelada em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Paraná, já atuou como Diretora da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – ANAMATRA, Presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª Região – AMATRA IX e Vice-presidente da Associação dos Ma- gistrados Brasileiros. Hoje é Juíza Titular da 15ª Vara do Trabalho de Curitiba e Membro da Comissão da Conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região. A Juíza foi indicada pelo TST. Nelson Tomaz Braga Indicado pelo TST, o Des. Nelson Tomaz Braga é Bacharel em Direito pela Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro. Contribuiu para a Magistratura como Professor do Curso de Pós-Graduação em Direito do Trabalho da Faculdade Benett (RJ) e da Faculdade Estácio de Sá e Juiz Presidente do TRT-1ª Região. Hoje é Desembargador Presidente da Sexta Turma do TRT da 1º Região. Leomar Barros Amorim de Sousa É Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Maranhão e Mestre pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Já atuou como Diretor do Foro na Seção Judiciária do Maranhão, Juiz Substituto do TRE/ MA e Professor colaborador na Universidade de Brasília/DF. É um dos membros fundadores da Academia Maranhense de Letras Jurídicas e Desembargador do TRF da 1ª Região escolhido pelo STJ para integrar o quadro de Conselheiros do CNJ. Milton Augusto de Brito Nobre Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará, Pós-Graduado em Teoria Geral do Direito e em Direito Privado pela Universidade Federal do Pará, atualmente é Membro da Comissão Executiva do Colégio de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil e DiretorGeral licenciado da Escola Superior da Magistratura do Pará. Já foi Presidente do Tribunal de Justiça do Pará, Presidente da Ordem dos Advogados - seccional do Pará e Governador Interino do Estado do Pará. O Desembargador do TJ/PA foi indicado pelo STF. Felipe Locke Cavalcanti Felipe Locke Cavalcanti foi indicado pelo Ministério Público Estadual. É formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, é Pós-Graduado em Teoria Geral do Processo pela Universidade Paulista e especialista em Direito de Falências e Recuperação de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Foi Assessor do Procurador-Geral de Justiça e atualmente é Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de SP. Marcelo da costa pinto Neves Bacharel e Mestre em Direito pela Faculdade de Direito do Recife da UFPE, Doutor em Direito pela Universidade de Bremen, Pós-Doutor na Faculdade de Ciência Jurídica da Universidade de Frankfurt e no Departamento de Direito da London School of Economics and Political Science e Livre-Docente pela Faculdade de Direito da Universidade de Fribourg, Suíça, Marcelo Neves já atuou como Professor Visitante na Universidade de Flensburg, na Alemanha e hoje é Professor Associado da Universidade de São Paulo. Foi indicado pelo Senado Federal e descrito pelas autoridades como “cidadão de notável saber jurídico e reputação ilibada”. José Adonis Callou de Araújo Membro do Ministério Público da União e indicado pelo Procurador-Geral da República, José Adonis é formado em Direito pela Universidade Federal do Ceará e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Foi Procurador-Chefe da Procuradoria Regional da República da 1ª Região, Secretário-Geral do Conselho Nacional do Ministério Público e Procurador Regional Eleitoral do Distrito Federal. Hoje atua como Procurador Regional da República. Ives Gandra da silva Martins Filho Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, Mestre em Direito pela Universidade de Brasília e com Diploma de Excelência da Universidade Vasile Goldis, Romênia, hoje Ives Gandra é Ministro do TST, além de Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito do Trabalho do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor de Filosofia do Direito do Instituto Brasiliense de Direito Público e Professor de Deontologia Jurídica da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho. Atuou como Conselheiro do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e Assessor Especial da Casa Civil da Presidência da República. O Ministro foi indicado pelo próprio Tribunal. Walter Nunes da Silva Júnior Juiz indicado pelo STJ, é Bacharel e Mestre em Direito pela UFRN e Doutor em Direito Processual Penal pela UFPE, trabalhou como Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, Procurador da República, com exercício na Procuradoria da República em Pernambuco e Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil. Atualmente é Juiz Federal da Segunda Vara da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte e Professor Adjunto de Direito Processual Penal da UFRN. Paulo de Tarso Tamburini Souza Formado em Direito pela PUC-RJ, Paulo Tamburini é Doutor em Direito Internacional pela UFMG. O Magistrado jfoi Assessor Jurídico da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Juiz observador internacional das eleições nacionais de Porto Rico, além de Juiz Corregedor e Diretor Executivo da Escola Judiciário Eleitoral do TRE-MG e Juiz Auxiliar na Corregedoria Nacional de Justiça. Tamburini foi indicado pelo STF. Associação Paulista de Magistrados | 5 TJ/SP Patrimônio histórico | Palácio da Justiça apresenta fachada restaurada e nova iluminação externa Intervenções no prédio arquitetado por Ramos de Azevedo integram o programa de revitalização do centro de São Paulo. No último dia 21 de julho, o Tribu- nal de Justiça de São Paulo promoveu a inauguração do novo sistema de iluminação do Palácio da Justiça e a entrega da nova fachada do prédio, que passou por um minucioso processo de restauração. A revitalização do prédio projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo e inaugurado em 1933 estava inserida no programa da Prefeitura de São Paulo de restauração do centro histórico da cidade. Na cerimônia de inauguração, o Presidente da Corte Paulista, Desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, narrou como a restauração do Palácio da Justiça foi concebida. “A ideia do sistema de iluminação, que beneficia também a Praça Clóvis Bevilacqua e a Praça João 6 | Associação Paulista de Magistrados Mendes, surgiu em uma conversa despretensiosa de fim de tarde com o Secretário Alexandre de Moraes, e logo foi abraçada pelo prefeito Kassab”. Logo após o pronunciamento, o Presidente do TJ/SP e o Prefeito Gilberto Kassab acionaram a nova iluminação do Palácio da Justiça. Para o Prefeito paulistano, a restauração do prédio é um motivo a mais para que haja interesse em conhecer a história do prédio, que em 1981 foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) como monumento histórico de valor arquitetônico e interesse cultural. Durante a cerimônia, o Secretário Municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, ainda afirmou que “a ilu- “[...] a iluminação não só vai realçar a beleza estética e arquitetônica do Palácio da Justiça, mas, muito mais do que isso, vai destacar o brilho do Judiciário Paulista, como um farol que não se apaga na distribuição da Justiça”. Alexandre de Moraes, Secretário Municipal de Transportes de São Paulo/SP. minação não só vai realçar a beleza estética e arquitetônica do Palácio da Justiça, mas, muito mais do que isso, destacar o brilho do Judiciário Paulista, como um farol que não se apaga na distribuição da Justiça”. O novo projeto de iluminação preserva o conjunto arquitetônico, pois as luminárias ficam escondidas, de forma que quem passa pelo local não percebe a presença dos equipamentos. Ao todo, foram instalados 486 projetores, dos quais 40 implantados no solo, com índice de proteção e hermeticamente embutidos nas pedras de granito. Buscando destacar as principais características do prédio, projetores focais foram instalados em postes dirigindo seus feixes de luz em objetos da fachada. | Des. Vallim Bellocchi, Presidente do TJ/SP, e Des. Ruy Camilo, Corregedor Geral da Justiça, e diversas autoridades prestigiaram a cerimônia que devolveu o esplendor de um dos cartões-postais da cidade de São Paulo Nos andares superiores, luminárias especiais foram colocadas destacando janelas e colunas. Os conjuntos ópticos utilizados, projetores e luminárias representam o que existe de mais moderno e eficiente com lâmpadas de vapor metálico de alta reprodução de imagens. Além das autoridades já citadas, compareceram também à cerimônia, o Presidente da APAMAGIS, Des. Henrique Nelson Calandra, o VicePresidente do TJ/SP, Des. Antonio Carlos Munhoz Soares; o CorregedorGeral da Justiça, Ruy Pereira Camilo; o Senador Marco Maciel (DEM/PE); o Secretário de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antônio Guimarães Marrey; o Secretário Municipal dos Negócios Jurídicos, Cláudio Lembo; o Secretário Municipal de Segurança Urbana, Edson Ortega; o Deputado Estadual Fernando Capez (PSDB/SP); e os Desembargadores do TJ/SP José Renato Nalini, Ademir de Carvalho Benedito, José Geraldo Barreto Fonseca, Antônio Carlos Malheiros e Pedro Luiz Ricardo Gagliardi, além de Antônio Fernando do Amaral e Silva, Desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e do Presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Desembargador Sérgio Antônio de Resende. | Des. Calandra destacou a importância da recuperação da infraestrutura do Judiciário Férias é com a CVC Quando você revela as fotos da viagem, elas revelam que você aproveitou muito. Viagens Nacionais Porto Seguro 7 noites Fortaleza 7 noites 77,80 À vista R$ 918, ou.........................10x R$ Natal 7 noites 91,80 Residence Praia. Passeios pela cidade e litoral sul, com parada na Praia Maceió 7 noites À vista R$ 918, ou ...................................10x R$ À vista R$ 848, ou ........................10x R$ À vista R$ 778, ou ...................................10x R$ Viagens Internacionais Incluídos nos roteiros: passagem aérea, hospedagem, café da manhã, traslados, passeios e assistência especializada CVC. Hotel Casa Blanca. Passeio pela cidade, transporte gratuito diurno e noturno para praia e centro da cidade, festa noturna na barraca Tôa-Tôa, a melhor de Porto Seguro. Preço p/ saídas 3, 4, 24 e 25/outubro. de Pirangi. Preço p/ saídas 3, 4, 10, 11, 17, 18, 24 e 25/outubro. Cataratas do Iguaçu 4 dias 91,80 Orlando Reino da Magia 9 noites Sete Emirados 7 noites Entrada R$ 774, .......................... + 9x R$ Entrada R$ 1.746, ......................... + 9x R$ 84,80 Lima Cultural e Gastronômica 3 noites Iracema Travel Hotel. Passeios pela cidade e parque aquático Beach Park, o maior parque de praias do Brasil. Preço p/ saídas 3, 10, 17, 24 e 31/outubro. Hotel Marinas Maceió. Passeio pela cidade e litoral sul com as praias do Francês e Barra de São Miguel. Preço p/ saídas 3, 10, 17, 24 e 31/ outubro. Porto de Galinhas 7 noites 68 ,80 À vista R$ 998, ou...................................10x R$ 99,80 Hotel Recanto Park Passeio às cataratas brasileiras, não inclui ingresso, À vista R$ 688, ou...................................10x R$ e visita panorâmica à hidrelétrica de Itaipu Binacional. Preço p/ saídas 1o, 8, 15, 22 e 29/outubro. Hotel Beira Mar. A sensação do Nordeste. Preço p/ saídas 4, 11, 18, e 25/outubro. Gramado 7 noites Caldas Novas 4 dias À vista R$ 1.288, ou ....................... 10x R$ À vista R$ 568, ou...............10x iguais R$ 56,80 Hotel Hot Star Passeio em Caldas Novas. Preço p/ saída 1 , 8, 15, 22 e Canela. Preço p/ saída 25/outubro. e 29/outubro. 128,80 Hotel Alpenhaus Gramado. Visita às encantadoras cidades de Gramado Incluídos nos roteiros: passagem aérea, hospedagem, café da manhã, traslados, passeios e assistência especializada CVC. o 344,00 Hotel La Quinta Inn Suites Convention Center em apto. quádruplo com café da manhã, traslado e ingressos para os parques Magic Kingdom, Epcot, Animal Kingdom, Hollywood Studios, Universal Studios, Islands of Adventure e Sea World. Inclui também tour de compras e jantar no Planet Hollywood. À vista R$ 3.870, Base US$ 2.048, Preço para saídas 1o, 15, 22 e 29/outubro e 5 e 12/novembro. Entrada R$ 275, ............................. + 9x R$ 122,22 Brasileiros no Egito 11 noites Entrada R$ 1.485 .......................... + 9x R$ 660,00 Com guia acompanhante desde o Brasil. Roteiro com 3 noites no Cairo 3 noites de hospedagem com café da manhã. Passeio pela cidade de Lima, Museo Larco, Museo de Arqueologia e Antropologia. 2 jantares À vista R$ 1.375, Base US$ 728, Preço p/ saídas até 1o/dezembro. Aruba 7 noites Entrada R$ 547,...............................+ 9x R$ 243,11 Hospedagem no The Mill Resort, com café da manhã. À vista R$ 2.735, Base US$ 1.448, Preço p/ saídas até 8/novembro. Cancún 6 noites 339,40 Hospedagem no hotel Presidente Intercontinental com café da manhã. À vista R$ 1.697, ou..................... + 5x R$ Base US$ 898, Preço válido para saídas às segundas e terças-feiras até 30/novembro. Central de Turismo APAMAGIS ........................3292-2200 776,00 Com guia acompanhante, falando português, durante toda a parte terrestre. A tradição e a modernidade dos Emirados Árabes Unidos numa só viagem. Hospedagem com café da manhã, 2 noites em Fujairah, 1 em Ras Al Khaimah e 4 em Dubai. Incluídos 2 almoços e 1 jantar, em pleno deserto, com shows árabes e completa assistência de nossa equipe brasileira e exclusiva em Dubai. À vista R$ 8.730, Base US$ 4.618, Preço p/ saída 11/outubro. com café da manhã, cruzeiro de 4 noites pelo Rio Nilo com pensão completa, 3 em Sharm El Sheik com meia pensão e 1no Cairo com café da manhã. À vista R$ 7.425, Base US$ 3.928, Preço p/ saída 16/outubro. Buenos Aires 2 noites Entrada R$ 158,................................... + 9x R$ 70,22 Hospedagem em hotel de categoria turística, com café da manhã, 2 noites de hospedagem, passeio pela cidade e assistência de viagem internacional. À vista R$ 790, Base US$ 418, Preço p/ saídas todas as sextas de outubro e novembro. Consulte condições especiais para associados APAMAGIS. apamagis.cvconline.com.br Prezado cliente: preços por pessoa, com hospedagem em apartamento duplo e quádruplo quando mencionado, saindo de São Paulo, sem taxa de embarque, exceto em períodos de feriados. Preços, datas de saída e condições de pagamento sujeitos a reajuste e mudança sem aviso prévio. Preços calculados com base no câmbio do dia 14/8/2009: US$ 1,00 = R$ 1,89, estando, portanto, sujeitos a variações e serão recalculados no dia da compra. Oferta de lugares limitada e reservas sujeitas a confirmação. Parcelamento de roteiros internacionais em até 10x sem juros, conforme publicado em cada roteiro. Passeios não incluem ingressos. Ofertas válidas para compras feitas até 1 dia após esta publicação. Associação Paulista de Magistrados | 7 Entrevista Congresso Nacional | Deputados valorizam adicional por tempo de serviço O Presidente Henrique Nelson Calandra recebeu, no último dia 06 de junho, na sede administrativa da APAMAGIS, a visita dos Deputados Federais João dado (PDT-SP) e Jorginho maluly (DEM-SP). Na oportunidade, o Desembargador Calandra enfatizou aos Parlamentares a necessidade da rápida aprovação da PEC 210/2007 de autoria do Deputado Regis de Oliveira (PSC-SP), que recria o adicional por tempo de serviço como componente da remuneração das carreiras da Magistratura e do Ministério Público. Os Deputados, visivelmente preocupados com a causa, comprometeram-se em empenhar esforços na votação da proposta. Saiba mais sobre o tema nesta entrevista exclusiva do Tribuna da Magistratura com os Parlamentares. “a Justiça não se faz por papéis, se faz por seres humanos, que merecem ser valorizados através do adicional por tempo de serviço, através de uma estrutura necessária de meios materiais para que possa oferecer ao cidadão brasileiro o direito à Justiça”. deputado Federal João dado | Deputado Federal João Dado Legislativo, mas também pelo desgaste que nós estamos vivendo, assim como o Poder Judiciário, que merece também o nosso respeito. Nesse contexto, o senhor acha salutar a aprovação da PeC 210/07? Sim. Não podemos, com João dado qual é a importância da aprovação da PeC 210/07? A Proposta de Emenda da Constituição encaminhada à Câmara pelo Deputado Regis de Oliveira (PSC-SP), apoiado por mais de duzentos Deputados, é um tema importantíssimo para valorizar as carreiras como a Magistratura, o Ministério Público e a Advocacia da União. | Deputado Federal Jorginho Maluly atualmente o estado valoriza adequadamente esses importantes agentes? Estas carreiras, no passado, Como está a discussão sobre a proposta na Câmara dos deputados? Acreditamos que na Câmara já tiveram a valorização por meio de adicionais de tempo de serviço. Entretanto, atualmente, essas carreiras ficaram estagnadas, aquele que ingressa ganha quase o mesmo de quem está quase em seu final. Isso provoca, de um lado, um desestímulo, porque nós estamos lidando com seres humanos que naturalmente têm vontade de progredir e de ter melhor percepção remuneratória, de ser valorizado pela sua experiência; de outro lado, nós temos uma falta de diferenciação entre a experiência adquirida pelos mais antigos e, às vezes, a pouca experiência dos mais novos integrantes das carreiras. Então, essa falta de diferenciação tem provocado uma anomalia não só no Poder Judiciário, mas também no Ministério Público, na área do fisco, na área de funcionários que recebem essa parcela única de remuneração que se denomina subsídio. dos Deputados e lá na Comissão Especial estamos avançando no sentido de aprovação da PEC 210/07 na forma do relatório do Deputado Laerte Bessa (PMDB/DF). Aprovação com alguma alteração, que naturalmente sofrerá pela ação das opiniões, mas com certeza garantindo àquelas carreiras que recebem a sua remuneração através de subsídio, em parcela única, possam também receber, além desse subsídio, a parcela referente à valorização, a dignificação do tempo de serviço. A Justiça não se faz por papéis, se faz por seres humanos, que merecem ser valorizados através do adicional por tempo de serviço, através de uma estrutura necessária de meios materiais para que possa oferecer ao cidadão brasileiro o direito à Justiça. 8 | Associação Paulista de Magistrados JorGiNHo maLuLy Como o senhor analisa a separação dos poderes na democracia brasileira? A democracia só se fortalece quando temos poderes, como diz a Constituição Brasileira de 88, harmônicos, fortes e independentes. Hoje, infelizmente, o poder mais forte é o Executivo, que é hipertrofiado. E o Legislativo é um pouco mais fraco, em alguns casos até por culpa do próprio “eu sempre defendi, sempre participei de tudo aquilo que tem a ver com a educação. a arma mais poderosa de transformação da vida das pessoas é o conhecimento”. deputado Federal Jorginho maluly todo o respeito aos mais jovens, compará-los aos Magistrados experientes que carregam 30 anos de exercício na Magistratura; que conhecem dezenas de situações, principalmente hoje em dia, que um Juiz despacha em média, aqui em São Paulo, de 3.500 a 4.000 processos por ano, enquanto nos países desenvolvidos a média é 500. Portanto, é preciso criar mecanismos de fortalecimento dos Poderes e motivação no exercício dessa função. E essa PEC visa isso. Com a proposta, incorpora-se ao subsídio dos agentes, servidores públicos, Magistrados e Promotores, o tempo de serviço por sua dedicação, seu comprometimento com a causa pública. Para finalizar, acredita que há como o Brasil se transformar em um país autosuficiente, com índices socioeconômicos de primeiro mundo? Eu sempre defendi, sempre participei de tudo aquilo que tem a ver com a educação. A arma mais poderosa de transformação da vida das pessoas é o conhecimento. E nós temos um desafio: dar a oportunidade para que cada vez mais os brasileiros, principalmente os mais excluídos, das camadas mais baixas, possam ter oportunidade de ter uma escola pública de qualidade e chegar até a universidade. Este é um caminho para um Brasil melhor. Integração do Judiciário | Como tornar a Justiça Paulista mais célere? esse é o principal desafio do tJ/sP apontado pelos magistrados de 2º grau Como reiterado enfaticamente pelo Presidente Calandra em reuniões diversas na APAMAGIS, no CNJ e em outras Cortes Brasil afora, o Judiciário do Estado de São Paulo trabalha no limite da exaustão. Durante anos, a Corte Paulista registra acentuado aumento do número de processos e minguada dotação orçamentária. Soma-se a essa realidade o fato de que os jovens bacharéis em Direito alcançam o mercado de trabalho com certo despreparo, vide a porcentagem de reprovados na última prova da OAB, 81,97%. Dentro desse contexto, como encontrar profissionais preparados para exercer a Magistratura? Como fazer uma prestação jurisdicional adequada à população? Acima de tudo, como encontrar o caminho para destravar os gargalos do Judiciário? Essas e outras perguntas são respondidas pelos experientes Desembargadores paulistas, sérgio Guerrieri rezende, Ex-Presidente da APAMAGIS, e rui Cascaldi em entrevista exclusiva ao Tribuna da Magistratura. Confira! des. sÉrGio Guerrieri rezeNde em geral, fala-se do despreparo da maioria dos estudantes que acabaram de concluir o curso de direito. a prova da oaB reforça essa convicção. Nesse contexto, qual o melhor caminho para a magistratura recrutar seus novos Juízes? Os cursos jurídicos decaíram muito. Mas não porque os professores decaíram, mas porque o nível cultural do aluno que ingressa na faculdade de Direito é precário. E sendo precário, o aluno cursa com maior deficiência. Não há a menor dúvida de que há alunos brilhantes. Mas o nível caiu. Se o nível caiu, evidentemente os concursos precisam ser mais eficientes e buscar entre os melhores dos cursos de Direito os melhores candidatos para a Magistratura. Além disso, o candidato tem que ter identificação perfeita com o relacionamento social, identificação perfeita com a sua família, identificação perfeita no seu aspecto sócio-pessoal. E tem que pensar num Judiciário justo e, além de tudo isso, tem que ter amor por aquilo que faz. Esse é o Juiz dos tempos modernos. | Des. Sérgio Guerrieri Rezende “(...) a associação só se faz com todos os membros do Poder Judiciário. dos Juízes da primeira instância e da primeira entrância aos Juízes da segunda instância. Hoje, a aPamaGis consagra exatamente um relacionamento muito adequado e perfeito”. des. sérgio Guerrieri rezende o conceito de que o Juiz deve ir além de aplicar leis; deve buscar a distribuição da Justiça é correto? O Juiz para ter eficiência e aplicar bem a Justiça tem que ter um bom relacionamento social e certa vivência. O Juiz que é ingênuo, que não teve vida social adequada para a Magistratura não será um bom Juiz. Eu entendo que o melhor candidato para a Magistratura é realmente o jovem. O jovem com essas bagagens. É claro que não é a mesma coisa de um Advogado antigo, mas o jovem não tem vícios. E como alguns Presidentes do TJ/SP diziam, principalmente o Dr. Aliende, grande Presidente do TJ/SP: “Olha, nós temos que recrutar jovens. Jovens espertos, jovens inteligentes, jovens eficientes, jovens trabalhadores, e, sobretudo, honestos”. atualmente, há um diálogo mais aberto entre os magistrados de primeira e segunda instância. o senhor acha que dessa simbiose nascerá um Judiciário ainda mais eficiente? O atual Judiciário é moderno, não é mais o mesmo Judiciário que víamos há quinze, vinte anos. Exatamente porque o Juiz tem que ter produtividade, organização, adequa- | Des. Rui Cascaldi ção em relação aos julgamentos, e por essa razão, os Juízes de Primeiro Grau necessitam dos Juízes de segundo grau e vice-versa. a aPamaGis acaba de atingir o número de 3.000 associados. qual a importância disso, não só para a magistratura de são Paulo, mas para todo o povo paulista? Isso é relevante, porque a Associação só se faz com todos os Membros do Poder Judiciário. Dos Juízes da primeira instância e da primeira entrância aos Juízes da segunda instância. Hoje, a APAMAGIS consagra exatamente um relacionamento muito adequado e perfeito. des. rui CasCaLdi Para desafogar o Judiciário paulista será necessário repensar sua atual estrutura? Eu acho essencial replanejar o Judiciário. Entendo que nós demoramos muito para tomar iniciativas que agora fazem parte do nosso cotidiano, mas que sozinhas não são suficientes. A atual situação do Judiciário paulista se deve a um conceito antigo do Magistrado, muito fechado, e isso, há muito tempo era o que bastava para o exercício da função. Não eram todas as demandas que vinham a público, muitas eram contidas, o que hoje já não ocorre. “outras questões nascem lá em cima, atendem interesses que não são da Justiça. são interesses que deveriam ser de todo brasileiro, de toda a nação, o que nem sempre ocorre”. des. rui Cascaldi E a antiga política contribuiu para que o Tribunal se acomodasse. Hoje, com maior demanda da população, foram exigidas providências rápidas em termos de solução da Justiça e nós ainda estamos engatinhando nesse caminho, em que pese a informatização do Judiciário, que ainda não é total. Como dar a prestação jurisdicional que a população precisa numa velocidade razoável? Hoje em dia, quando a questão já está pacificada, permitem-se certas soluções sem que seja necessário percorrer todo o trâmite processual. Então, chegam recursos, agravos, e decidimos, às vezes, de plano, sem levar a questão para os órgãos diretivos do Tribunal, julgar a questão. E, em alguns casos, permite-se ao Juiz de primeiro grau também decidir de plano. Estamos engatinhando nessas matérias. Se nós ampliarmos a gama de questões que possam ser decididas sem recurso, estaremos dando um passo à frente. acredita que o Legislador está na mesma sintonia que o Judiciário? ele conhece esses verdadeiros desafios do Judiciário? Para algumas questões o Legislador ouve o Judiciário, para outras não. As questões auscultadas, em geral, são alterações de códigos, que visam com isso aumentar a celeridade dos processos. Essas questões sempre foram discutidas previamente no Judiciário e depois encaminhadas para o Legislativo, onde também sofrem uma alteração ou outra, mas, em princípio, preservam suas origens. Outras questões nascem lá em cima, atendem interesses que não são da Justiça. São interesses que deveriam ser de todo brasileiro, de toda a nação, o que infelizmente nem sempre ocorre. Associação Paulista de Magistrados | 9 Apoio ao Magistrado CAJUFA, CAJ e Setor de Pesquisas da APAMAGIS | A força da pesquisa na Magistratura Os Centros auxiliam na coleta de material e como importante suporte aos Juízes O indicador de carga de trabalho mostra que, em média, cada Magistrado brasileiro em 1º grau possui cerca de 5 mil processos para analisar; no caso do Juiz Paulista esse número sofre o acréscimo de 5 mil, alcançando a casa dos 10 mil processos. Esses números somam-se ao crescimento da demanda da população pelo Judiciário, principalmente no Estado de São Paulo. Nesse cenário, medidas que ajudam o Magistrado a coletar material para sua decisão, ou que facilitem a troca de informações entre os Magistrados são salutares. Pensando nisso, criou-se, em 1991, o Centro de Apoio dos Juízes da Fazenda Pública e Acidentes do Trabalho (CAJUFA) e , em 1999, instituiu-se o Centro de Apoio aos Juízes do Fórum Cível Central (CAJ). Recentemente, em 2008, a APAMAGIS implantou, em sua sede administrativa, um Setor de Pesquisas que atende a todos os Associados. Além do trabalho de pesquisas, esses Centros também surgiram como um apoio administrativo aos Magistrados A APAMAGIS auxilia o CAJ e o CAJUFA, com a cessão de funcionários, que são bacharéis em Direito e se dedicam a trabalham nesses Centros para agilizar o trabalho dos Magistrados no que tange questões relacionadas às pesquisas de jurisprudência, levantamento de novas leis, projetos de leis, notícias e artigos de interesse dos Magistrados. “Produzimos aqui pesquisas de legislação, jurisprudência e doutrina, para dar subsídios aos Juízes para que eles possam sentenciar”, informou a pesquisadora do CAJUFA, Rosemary Alencar Coronatto. De acor- do com a profissional, as pesquisas são realizadas por meio da internet, ou pela consulta do acervo da biblioteca do CAJUFA e do TJ/SP. A Colega da Pesquisadora, Maria Silvana dos Santos, escrevente técnica do Centro, acrescenta que a maior parte do acervo do CAJUFA foi doada por Juízes e pela APAMAGIS. Além do trabalho de pesquisas, esses Centros também surgiram como um apoio administrativo aos Magistrados, como relata o Juiz Fernando Bartoletti, Coordenador do CAJUFA: “Periodicamente são realizados encontros com foco na discussão de temas de interesse dos diversos ramos do Direito Público com intuito de aprimoramenteo jurisdicional e, em alguns casos pontuais, obter consenso na aplicação da jurisdição”. Outro ponto de destaque dos centos é a capacidade de fomentar a | Funcionárias do Setor de Pesquisas da APAMAGIS 10 | Associação Paulista de Magistrados produção de obras jurídicas de seus integrantes, como assinala o Juiz Fernando Bartoletti. Segundo o Coordenador do Centro de Apoio dos Juízes do Fórum Central de São Paulo, o Juiz Maurício Campos da Silva Velho, o CAJ idealiza pesquisa de opinião, passando em cada gabinete, colhendo os conceitos dos Colegas sobre determinado tema. Após a amostragem, faz-se a divulgação dos resultados da pesquisa para todos os Juízes da “cidade João Mendes Júnior”, que possui 23 andares e onde trabalham cerca de cinco mil funcionários e 120 Magistrados. O Coordenador do CAJ conta que muitas das aferições e dos problemas elencados pelos Magistrados do Fórum são encaminhadas pelo CAJ ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. | Funcionárias do CAJUFA O CAJ conta com o auxílio de dois pesquisadores, Ricardo Gasperetti Bernardes e Erika Nalin de Santana Sinotti. “Nos só conseguimos tudo isso por causa do apoio da APAMAGIS. A Associação sempre esteve ao nosso lado, desde o começo, nos fornecendo apoio, estrutura, equipamento e funcionários”, finaliza o Coordenador do CAJ. Setor de Pesquisas da APAMAGIS Inaugurado no início do ano passado, o Setor de Pesquisas da APAMAGIS acompanha diariamente aproximadamente 400 projetos de lei e projetos de emenda constitucional ligados à Magistratura, no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Provido de duas bacharéis do Direito, o Setor ainda acompanha provimentos, portarias e resoluções do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e as pautas de sessões do CNJ e suas subsequentes resoluções. “Navegamos na internet em busca de notícias que sejam interessantes para serem divulgadas aos Associados da APAMAGIS e as repassamos para o setor de Imprensa, para a Diretoria Executiva e para alguns Departamentos da APAMAGIS”, explica a pesquisadora Márcia Fernandes. “Parte de nosso extenso trabalho aqui na APAMAGIS pode ser conferido no site da Associação no link “Pesqui- Setor de Pesquisas outro ponto de destaque dos centos é a capacidade de fomentar a produção de obras jurídicas de seus integrantes. sa”. Nesta página, o Magistrado poderá encontrar projetos de lei, em âmbito federal e estadual, e projetos de emenda constitucional ligados à Magistratura. Disponibilizamos também boletins e resoluções do Conselho Nacional de Justiça, moções, documentos do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e Tribunal de Justiça de São Paulo, além de estudos e propostas elaboradas pela Associação”, conta a pesquisadora Vanessa Flávia Dalalio. | Juiz Maurício Campos da Silva Velho (esq.), Coordenador do CAJ e o funcionário Ricardo Gasperetti Bernardes CAJ 10 anos Centro de apoio aos Juízes completa dez anos O Centro de Apoio aos Juízes do Fórum João Mendes (CAJ) completou dez anos de existência no último dia 8 de abril. Fundado pelos então Juízes José Roberto Neves Amorim, Francisco Occhiuto Júnior, Paulo Alcides Amaral Salles, James Alberto Siano, Ricardo Pessoa de Mello Belli, Alexandre Alves Lazzarini, Roberto Caruso Costabile e Solimene, João Batista Souza Neto e Jane Franco Martins Bertolini Serra, que criaram o Centro a partir de debates sobre problemas do Poder Judiciário. “agimos para que o CaJ, em breve, seja a maior referência no país. este Centro é um motivo de orgulho para a aPamaGis”. desembargador Henrique Nelson Calandra Mantido pela APAMAGIS e pelo TJ/ SP, o CAJ acompanha, desde 1999, o gigantismo do Poder Judiciário do Estado de São Paulo em busca de melhorias nas condições de trabalho da Magistratura Paulista. O Centro, situado no 22º andar do Fórum João Mendes, oferece pesquisa de jurisprudência, legislativa e doutrinária, debates e seminários, computadores com intranet e biblioteca exclusiva aos Magistrados. Na solenidade realizada no último dia 3 de julho para batismo dos dez anos do Centro, o Coordenador do CAJ, Juiz Maurício Campos da Silva Velho, lembrou que, ao longo de todo esse período, a entidade vem registrando um crescimento acentuado na participação dos Juízes em prol dos ideais do CAJ. Ele agradeceu aos Magistrados do Fórum e, em especial, ao apoio que tem recebido da APAMAGIS, da atual Presidência do TJ/SP, e do Juiz Diretor do Fórum João Mendes, Alexandre Lazzarini. E finalizou o discurso defendendo a importância da informatização para o desenvolvimento do CAJ. Durante a cerimônia, o Presidente da APAMAGIS, Desembargador Henrique Nelson Calandra elogiou a atuação do CAJ e garantiu que a Associação continuará investindo no local. “Agimos para que o CAJ, em breve, seja a maior referência no país. Este Centro é um motivo de orgulho para a APAMAGIS”, avaliou. O Presidente do TJ/SP, Desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, durante o encerramento da cerimônia comentou os projetos do Tribunal em relação ao CAJ e expressou o compromisso da Magistratura com o Centro. “Espero que meu sucessor não deixe o projeto estrutural que estamos angariando de lado”, disse. Por fim, Bellocchi defendeu a institucionalização do Centro de Apoio aos Juízes do Fórum João Mendes. Para abrilhantar a comemoração do decênio do Centro, compareceram também à cerimônia o Vice-Presidente do TJ/SP, Desembargador Munhoz Soares, o 1º Vice-Presidente da APAMAGIS, Desembargador Paulo Dimas, o Diretor-Secretário da APAMAGIS, Juiz Fernando Bartoletti, o Diretor do Fórum Hely Lopes Meirelles, Juiz Luís Paulo Aliende Ribeiro entre outras personalidades do mundo jurídico. |Presidente Calandra destaca a importância do CAJ | Magistrados e autoridades compareceram ao evento comemorativo Associação Paulista de Magistrados | 11 Integração Interiorização | APAMAGIS visita Fóruns da Grande São Paulo Magistrados de Diadema e Guarulhos debatem com a Diretoria Executiva da APAMAGIS | Diretoria da APAMAGIS se reuniu com os Magistrados de Diadema C aminhando rumo à completa integração dos Magistrados Paulistanos, os representantes da APAMAGIS visitaram no último dia 30 de junho e 02 de julho os fóruns de Diadema e Guarulhos. Um dos principais alicerces da atual Diretoria da APAMAGIS é criar políticas que aproximem os Juízes do interior ou litoral aos Magistrados da Capital. Já o início da gestão do Des. Henrique Nelson Calandra foi aprimorado o programa de interiorização, que tem duas grandes bases: a visita da Diretoria Executiva às diversas circunscrições judiciárias do Estado de São Paulo e a realização de Encontros Regionais. Diadema A Diretoria Executiva, representada, na ocasião, pelo Presidente Desembargador Henrique Nelson Calandra e pelo 1º Vice-Presidente, Des. Paulo Dimas, realizou no dia 30 de junho uma reunião institucional no Fórum de Diadema, fechando, assim, o ciclo de visitas às Comarcas da região do ABCD. “É com muita satisfação e alegria que estamos aqui, hoje, para trazer boas notícias aos Colegas do Fórum.”, disse o Presidente Calandra, que iniciou a reunião narrando aos Magistrados de Diadema as últimas notícias ligadas à Magistratura em Brasília/DF. “No último final de semana, recebemos o Senador Demóstenes Torres na nossa colônia de Campos do Jordão e, na última sextafeira, promovemos um encontro sobre a reforma do Código de Processo Penal com os Senadores Demóstenes e Romeu Tuma no Fórum Criminal da Barra Funda. Na oportunidade, eles me fala- 12 | Associação Paulista de Magistrados O Presidente Calandra solicitou aos Colegas que analisem as mudanças do CPP e enviem as suas proposituras à APAMAGIS (...) para que sejam encaminhadas aos Parlamentares antes que a discussão seja encerrada no Congresso. | Des. Calandra ram que o ATS dos Magistrados - adicional por tempo de serviço - será em breve votado no Senado”. Outra boa notícia que o Presidente da APAMAGIS trouxe da capital federal foi a possível aprovação no início do semestre no Congresso Nacional do projeto de lei que prevê o aumento de subsídios do Supremo Tribunal Federal em 13,12%. Na sequência, o 1º Vice-Presidente da APAMAGIS narrou aos Colegas alguns detalhes sobre a visita da Diretoria Executiva ao Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). “Deixamos com os Deputados do Colégio de Líderes da Assembleia uma lista de projetos prioritários para a Magistratura Paulista, pedindo especial urgência para as propostas de cargo, carreiras e salário do TJ/SP e para o projeto que prevê o recolhimento das custas do Judiciário para o Tribunal de Justiça”, comentou o Vice-Presidente. |Des. Paulo Dimas Na oportunidade, o Des. Paulo Dimas também falou sobre as relevantes proposituras produzidas nos Encontros de Coordenadores, tais como o anteprojeto apresentado em maio pela APAMAGIS ao TJ/SP que versa sobre a reorganização e divisão judiciária e a proposta de gratificação para quem atua exercendo a jurisdição federal ou como Diretor de fórum. A reunião institucional foi encerrada com a colocação de algumas preocupações que afligem os Magistrados de Diadema. Entre elas estavam a premência da convocação de novos escreventes em todo Estado e criação de políticas de segurança nos fóruns. Guarulhos No dia 02 de julho, o Presidente Calandra, o 1º Vice-Presidente, Des. Paulo Dimas e o Vice-Presidente da AMB e Conselheiro da APAMAGIS, Des. Se- bastião Luiz Amorim realizaram uma reunião institucional com os Colegas do Fórum de Guarulhos. Na oportunidade, o Presidente Calandra iniciou a reunião narrando aos Colegas alguns pontos da PEC 358A/2005, que versa sobre a segunda parte da Reforma do Judiciário. “É um absurdo a ideia do estágio probatório de três anos para ser Juiz”, afirmou o Presidente referindo-se a um artigo da referida proposta. Na sequência, o Presidente Calandra também comentou com os Juízes de Guarulhos e região alguns aspectos da mudança do Código de Processo Penal, em tramitação no Senado. O Desembargador informou que a APAMAGIS vem promovendo um amplo debate em torno do tema, convidando, inclusive, os Senadores Demóstenes Torres e Romeu Tuma para discutir o assunto com alguns Magistrados. Por último, solicitou que os Colegas analisem as mudanças do CPP, e enviem as suas proposituras à APAMAGIS ([email protected]) para que sejam encaminhadas aos Parlamentares antes que a discussão seja encerrada no Congresso. Após as considerações do Presidente Calandra, o 1º Vice-Presidente, Des. Paulo Dimas, falou aos Magistrados de Guarulhos e região sobre a visita da Diretoria Executiva ao Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ocorrido no dia 23 de junho. “Colocamos aos Deputados toda essa situação de sucateamento da Jus- Na oportunidade, o Des. Paulo Dimas também falou sobre as relevantes proposituras produzidas nos Encontros de Coordenadores (...) | Des. Amorim tiça Estadual. Cada vez mais nossa estrutura está deficitária, e para que esse cenário melhore, expusemos que precisamos da aprovação dos Parlamentares em alguns projetos prioritários como a proposta de cargos, carreira e salário do TJ/SP e o projeto que prevê a Autonomia do Judiciário”, disse o 1º Vice-Presidente. Em seguida, o Des. Sebastião Luiz | Associados ouviram as explanações sobre temas atuais da Justiça Amorim também comentou com os Magistrados de Guarulhos algumas ações positivas da APAMAGIS em Brasília/DF, como a peregrinação da Presidência de sala em sala dos Parlamentares para aprovação de projetos em prol da Magistratura. A reunião foi encerrada logo após a exposição das preocupações dos Juízes de Guarulhos e região, que soli- citaram apoio da APAMAGIS pela manutenção da Comissão de gravação de audiências por parte do TJ/SP e pela melhor comunicação do Juiz de 1º grau com a cúpula do Tribunal. Os Juízes de Guarulhos ainda sugeriram que a APAMAGIS trabalhe junto com o TJ/ SP na divulgação de notícias de boas iniciativas do Judiciário Paulista para a grande mídia. | Magistrados de Guarulhos reforçaram a importância da APAMAGIS para a Justiça Reunião-almoço em Termas de Ibirá Em 04 de julho, foi realizada uma reunião-almoço na Colônia de Férias de Termas de Ibirá patrocinada pela APAMAGIS, com a presença de vários Colegas Juízes de São José do Rio Preto e de Comarcas vizinhas. Além dos Magistrados de São José do Rio Preto e região, participaram do evento o Des. Luiz Roberto Sabbato, o Des. Sebastião Luiz Amorim, Vice-Presidente da AMB e Conselheiro da APAMAGIS, o Juiz Irineu Jorge Fava, Tesoureiro da APAMAGIS, e família e o Juiz Sérgio Aranha e esposa. O Presidente Calandra não pode comparecer por circunstâncias alheias à sua vontade. A reunião-almoço transcorreu em clima de muita alegria, com direito a churrasco, com um porco à paraguaia, muita música instrumental e vocal executada pelos Colegas da região, que se revelaram grandes artistas. (por Sebastião Luiz Amorim, Vice-Presidente da AMB e Conselheiro da APAMAGIS) | Debate de ideias fortalece a Magistratura Associação Paulista de Magistrados | 13 Carreira Interiorização | APAMAGIS cria verba de interiorização somadas as quotas das diretorias do interior a cifra ultrapassa os r$ 115 mil. entre uma das metas elencadas pela atual Diretoria da APAMAGIS, a interiorização da Entidade é foco de intenso trabalho. A integração dos Magistrados da capital com os Juízes do interior e litoral paulista é latente a cada visita, a cada encontro promovido pela Associação Paulista dos Magistrados. Com a reorganização administrativa e financeira, realizada desde a gestão do Desembargador Sebastião Luiz Amorim, houve espaço para concretização de medidas como o repasse de verbas para as Diretorias e as Coordenadorias do Interior. Segundo a portaria, as verbas são destinadas mensalmente a interiorização da administração da às dez Diretorias ReaPamaGis sempre foi uma reivindicação gionais da APAMAGIS dos Juízes do interior. agora, com mais - Grande São Paulo, essa nova iniciativa da diretoria executiva, destinando verbas aos coordenadores Litoral Sul, Vale do Palocais, aproximamo-nos da tão sonhada raíba e Litoral Norte, descentralização. Como diretor de Sorocaba, Campinas, interiorização, fico muito feliz por poder participar desse momento histórico. Bauru, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, João Gandini Araçatuba e São José Diretor de Interiorização e Diretor Regional do Rio Preto. de Ribeirão Preto A cifra destinada a cada região depende do número de Associados e a revisão dos repasses de recursos é realizada semestralmente. “Esperamos, com esse tipo de programa, aproximar cada vez mais os Magistrados de Primeiro Grau do Interior e Litoral das ações associativas da APAMAGIS, incentivando o congraçamento dos Colegas e a união da Magistratura Paulista”, conclui o Diretor Secretário da APAMAGIS, Juiz Fernando Figueiredo Bartoletti, um dos principais defensores do programa de Interiorização. Os valores das verbas, atualizados mensalmente, podem ser acessados pelo site da APAMAGIS, na área restrita, no link denominado “Verbas a verba não só atende a antigo Diretorias do Interior”, situado do lado anseio dos Coordenadores como direito da página. a cifra destinada a cada região depende do número de associados e a revisão dos repasses de recursos é realizada semestralmente. 14 | Associação Paulista de Magistrados a proposta de destinação de verbas para o interior e Grande são Paulo vem atender antiga reivindicação dos Colegas Coordenadores de Circunscrição, para que disponham de numerário suficiente para custeio de atividades culturais, esportivas e recreativas de cada unidade do interior. Fernando Figueiredo Bartoletti Diretor Secretário viabiliza efetivamente a possibilidade de que se promova maior integração entre os magistrados da referida circunscrição, possibilitando, desta forma, que os Colegas possam dar corpo às ideias de cada qual a fim de contribuir ao aprimoramento da função associativa da entidade. sempre foi constante a reclamação dos associados do interior quanto a falta de atividades associativas, culturais e recreativas em comarcas distantes da capital. agora, a destinação de verbas possibilitará suprir, em parte, tais reclamações, permitindo a utilização de recursos aos associados locais, no custeio de despesas visando tais atividades. quanto mais a associação se aproximar dos associados, principalmente daqueles de Comarcas distantes, estará cumprindo suas finalidades associativas por certo. michel Feres Vicente Battagello Diretor Adjunto de Interiorização e Diretor Regional de Presidente Prudente Diretor Adjunto de Interiorização e Diretor Regional de Araçatuba eu não tenho dúvidas de que essa proposta atenda às reivindicações dos magistrados das circunscrições do interior. essa é realmente uma reivindicação antiga e, definitivamente, a disponibilização dessa verba dará mais autonomia para atender aos interesses de cada um. se der certo, e sei que vai dar, espero que a iniciativa que a aPamaGis implementou continue pelas próximas gestões. Joel Birello mandelli Diretor Adjunto de Interiorização e Diretor Regional do Litoral Sul Diretoria Regional de São José do Rio Preto 14, 15, 16, 17, 18 e 55 Diretoria Regional de Ribeirão Preto 12, 13, 38, 39, 40, 41 e 42 Diretoria Regional de Araçatuba 18 55 30, 35, 36 e 37 40 17 16 37 38 14 Diretoria Regional de Campinas 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 43, 50, 53 e 54 39 36 15 42 41 29 35 30 12 28 31 27 33 32 26 Diretoria Regional de Presidente Prudente 9 34 23 22 Diretoria Regional de Bauru 49 31, 32 e 33 53 46, 47, 48 e 51 7 54 8 5 20 24 25, 26, 27, 28 e 29 50 11 10 25 Diretoria Regional do Vale do Paraíba e Litoral Norte 43 13 52 47 44 4 19 48 6 45 2 3 1 46 51 56 21 Diretoria Regional da Grande São Paulo 2, 3, 4, 44, 45 e 52 Diretoria Regional de Sorocaba 19, 20, 22, 23, 34 e 49 Diretoria Regional do Litoral Sul Considero um excelente início. o tempo dirá as necessidades de cada região. todavia, creio que a diretoria executiva continuará a apoiar as Coordenadorias na medida do possível, como fazia. de certa forma, oferece mais autonomia aos Colegas interioranos. Paulo roberto da silva Diretor Adjunto de Interiorização e Diretor Regional do Vale do Paraíba e Litoral Norte 1, 21 e 56 a destinação de verbas para as diretorias regionais vem ao encontro de antigos anseios de associados lotados no interior. antes, grande parte dos eventos era realizada na Capital, o que obstava a muitos deles participar. agora, com a destinação dessas verbas, os associados poderão confraternizar-se por região. a medida foi salutar e preenche um vácuo que realmente a muitos incomodava. Com a reorganização administrativa e financeira, realizada desde a gestão do desembargador sebastião Luiz amorim, houve espaço para concretização de medidas como o repasse de verbas para as diretorias e as Coordenadorias do interior. Luiz antônio alves torrano Diretor Adjunto de Interiorização e Diretor Regional de Campinas É notória a impossibilidade de serem construídas, pelo interior do estado, sedes sociais, semelhantes à que temos em são Paulo, para propiciar aos associados momentos de confraternização, descontração e mesmo atividades culturais. a ideia de repasse de verba a cada circunscrição parece ser o meio mais eficaz e prático para, de algum modo, minimizar tal realidade, e atender a reivindicação, justa, dos magistrados e Coordenadores da aPamaGis, no sentido da disponibilização de numerário para custeio das atividades mencionadas. Já no final de 2008, houve repasse de verba para confraternizações, sendo utilizada pela maioria das Comarcas da região, e reconhecida a preocupação da associação em melhor atender as Comarcas do interior. Portanto, não obstante a restrição de valores cabíveis a cada circunscrição, a medida vem ao encontro dos interesses do interior e reivindicações nesse sentido. andrea ribeiro Borges Diretor Adjunto de Interiorização e Diretor Regional de Sorocaba entendo que a interiorização ampliou a atuação da aPamaGis que continua presente na Capital e finalmente ocupou o espaço no interior do estado. a distribuição de verba, da forma criteriosa como vem sendo feita, prestigia o associado, independentemente do seu domicílio. É preciso lembrar que a atuação positiva em todo território do estado se dá não só com a distribuição de verbas, mas também com aproximação efetiva entre a diretoria e o associado, por meio das reuniões periódicas com os Coordenadores regionais, na busca do compartilhamento de problemas e soluções, no campo associativo e institucional. Luiz Fernando dal Poz Diretor Adjunto de Interiorização e Diretor Regional de São José do Rio Preto entendo que o repasse de verbas aos Coordenadores de circunscrições é um sinal visível da aproximação da aPamaGis com os Juízes do interior, uma reivindicação recorrente. rossana teresa Curioni mergulhão Diretor Adjunto de Interiorização e Diretor Regional de Bauru Associação Paulista de Magistrados | 15 Espaço Aberto Novidades | Livros Novos em julho de 2009 antonio raphael silva salvador Desembargador e Professor Universitário os Planos de assistência à saúde e os transplantes de órgãos Autores: Nazir David Milano Fº e Rodolfo César Milano Editora Leud são de dependentes, passando em seguida para os casos de suspensão e rescisão do contrato, que podem existir de parte a parte. Quatro capítulos do livro são dedicados ao delicado problema dos transplantes de órgãos, problema muito discutido hoje, mais do que podemos supor. A verdade é que este livro é indispensável para quem tem plano de saúde e deseja saber os seus direitos e obrigações. Os nossos colegasautores merecem nosso abraço agradecido pela obra e pela orientação que nos dá. desconsideração da Personalidade Jurídica (aspectos Processuais) Autor: André Pagani de Souza Editora Saraiva. Os autores, Juizes de Direito na Capital de São Paulo, procuraram estudar os planos de saúde, sua forma de atuação, como meio de garantir a proteção das pessoas que aderem aos mesmos planos, medida hoje imprescindível para todos aqueles que verificam a precariedade do atendimento médico estatal. Mostram como as empresas de serviço de saúde não atendem os seus contratantes na sua inteira necessidade, quando deles precisam. Mostram porque isso acontece. Acentuam que esses planos, permitidos em nome da livre iniciativa privada, são particulares e só se sujeitam à regulamentação, fiscalização e controle do Poder Público. Os autores fazem o exame dos vários planos existentes, procurando mostrar os problemas encontrados, em relação aos consumidores que aderem a contratos previamente formulados pelas empresas de serviços de saúde, para afirmar que as prestadoras de serviços atuam de forma abusiva nos contratos de medicina pré-paga ou nos contratos de seguro saúde. Os autores examinam todos os pontos importantes quanto aos planos de saúde, mostrando como deve ser o contrato a ser formulado, como sempre foi e como agora se modificou com a vigência da Lei 9.656, de 3 de junho de 1998 e sempre com o respaldo do Código de Defesa do Consumidor, inteiramente aplicável. São estudados os problemas da Lei 9.656 e o que acontece com os contratos celebrados antes de sua vigência e os pontos modificados após a lei entrar em vigor. Há um estudo muito bom da Resolução Normativa-RN da ANS, de janeiro de 2007. Os ilustres autores não se esquecem dos problemas de carência, do reembolso e da inclu- Jurisdição Crítica e direitos Fundamentais Autor: Daniel Marques de Camargo Editora: Núria Frabís - Porto Alegre A nossa prestigiosa Editora Saraiva organizou uma nova Coleção Direito e Processo e escolheu para coordená-la o eminente Mestre Cássio Scarpinella Bueno, encarregado de tornar públicos alguns grandes trabalhos nascidos na academia, sempre examinando pontos nevrálgicos do direito material, mas focados sob o aspecto de sua proteção jurisdicional. Este livro que agora temos em mão examina a Personalidade Jurídica e sua Desconsideração, sendo de autoria do Dr. André Pagani de Souza, Bacharel, Mestre e Doutorando em Direito Processual. A só escolha do livro pelo Dr. Cássio Scarpinella para integrar a coleção já mostra o seu valor. A desconsideração da personalidade jurídica é examinada minuciosamente pelo autor, com a indicação do atual estágio dessa desconsideração, começando pela pessoa jurídica e sua separação patrimonial, pelo seu mau uso dela, para trazer o pressuposto da licitude, levando à responsabilidade dos integrantes da pessoa jurídica, como seus sócios, acionistas e administradores. A parte processual do estudo é brilhante e completa e sua importância não devo aqui mostrar, preferindo que leiam a tese do Dr. André, para aplaudi-lo como ele merece. São cento e noventa páginas que o leitor lê do começo ao fim, sem parar. para ser feito, teve a coordenação geral, editoração, publicação e distribuição do Conselheiro Rui Stoco, que integrou, com muito orgulho do nosso querido Estado de São Paulo, o mesmo Conselho Nacional de Justiça. O autor, advogado no norte do Estado do Paraná, Mestre em Direito e Professor Universitário, nos mostra nesta cuidadosa obra, como foi a construção histórica da proclamação dos direitos humanos fundamentais, especialmente os constantes da Constituição, mostrando como devem e precisam ser respeitados e concretizados. Como muito bem lembrado no prefácio, o autor defende a superação do positivismo exacerbado, do individualismo e do amesquinhamento do processo, superação essa como exatamente é o que hoje se pretende conseguir com respaldo da melhor e mais atualizada doutrina, para se chegar a um Direito Processual Civil Brasileiro apoiado na Constituição de 1988. Insiste o autor na necessidade de ser o processo manuseado como instrumento da concretização dos direitos fundamentais, que não estão e nem deverão ser examinados sem apoio constitucional. Agora temos o presente Regimento Interno, mostrando qual a competência do Plenário, as atribuições do Presidente do CNJ, atribuições que poderão ser delegadas conforme a oportunidade ou conveniência; as atribuições entregues ao Corregedor Nacional de Justiça e aos Conselheiros, com seus direitos e deveres devidamente especificados, inclusive o de licença. O art. 25 do Regimento trata das atribuições do Relator nos processos que correm no CNJ, como também as Comissões que poderão ser formadas pelo Plenário. No art. 48 temos a especificação dos diversos tipos de processo que correrão no CNJ e a autorização para a Corregedoria Nacional de Justiça realizar correições para apuração de fatos determinados relacionados com deficiências graves dos serviços judiciais e auxiliares, das serventias e dos órgãos prestadores de serviços notariais e de registro. Afirma, com razão, que os direitos fundamentais, normas jurídicas positivas constitucionais que são, devem ser vistos como a categoria instituída com o objetivo de proteção à dignidade, à liberdade e à igualdade humanas em todas as dimensões. Com respeito a eles, o autor afirma com muita firmeza, deverá ficar mostrada a imprescindibilidade desses direitos, a serem protegidos para ser possível a condição humana e o convívio social. Consta do Regimento a possibilidade da Sindicância, como forma de procedimento investigativo sumário levado a efeito pela Corregedoria Nacional de Justiça e a admissão da chamada Reclamação Disciplinar, contra membros do Poder Judiciário e contra os serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro. No art. 73 temos regulado o Processo Administrativo Disciplinar contra magistrados e de titulares de serviços já acima referidos. Importante livro a ser lido, meditado e seguido, para que sejamos dignos e seguidores da Declaração Universal dos Direitos do Homem, mostrada pelo autor, ao lado da belíssima Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, do povo francês, elaborada pelos seus representantes reunidos em Assembléia Geral e que é colocada por inteiro no final do livro. O Regimento Interno trata ainda da Representação por Excesso de Prazo (art. 78), quando ocorrer nas Varas e Tribunais, evidentemente por excesso de prazo injustificado, onde, acreditamos, ficarão os Srs. Conselheiros atentos à diferença monstruosa de distribuição de processos em Estados como o de São Paulo. regimento interno do Conselho Nacional de Justiça Coordenação geral do Conselheiro Rui Stoco Recebemos o opúsculo sobre o regimento interno do Conselho Nacional de Justiça que, Existe ainda a avocação de processos disciplinares que correm em Tribunais outros. Enfim, passa a existir um Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça que disciplina sua forma de atuação, com 143 artigos, que todos nós devemos ter sempre à vista, para conhecermos bem o novo órgão que integra o Poder Judiciário, segundo nossa Constituição Federal, mas, lembramos, sem qualquer competência jurisdicional . Livro Lançamento do livro “Crime Organizado - Aspectos Processuais” Foi lançado em maio o livro “Crime Organizado - Aspectos Processuais”, da editora Revista dos Tribunais, que tem 300 páginas e pertence a área de Direito Processual Penal. A obra, provida de uma reunião de trabalhos de vários autores, tem como Coordenadores Antonio Scarance Fernandes, José Raul Gavião de Almeida e Maurício Zanoide de Moraes. Participaram como coautores o 16 | Associação Paulista de Magistrados Juiz Marco Antonio Pinheiro Machado Cogan, juntamente com a Colega Maria Jamile José, que contribuíram no desenvolvimento do tema “Crime Organizado e terrorismo na Espanha”, e o Juiz Wagner Roby Gídaro, que, em parceria com Rodrigo Garcia Vilardi, trabalhou em torno do tema “O crime organizado e o terrorismo na Argentina - Instrumentos e mecanismos legais de proteção”. Além dos Juízes, vários autores abordam questões polêmicas da nossa atualidade e estudam o tratamento dado pela Legislação Processual Brasileira e Estrangeira ao crime organizado, não deixando de lado os mecanismos empregados na viabilização da persecução penal desse tipo de criminalidade, a medição de sua eficiência para a apuração delitiva e sua conformidade com os direitos e garantias individuais. :hiZVcd!d?VciVgYZ8dc[gViZgc^oVd ZhiVg{V^cYVbZa]dg### ... ainda mais espaço; ... ainda mais segurança; ... ainda mais requinte e sofisticação; ... e, ainda mais surpresas, com shows imperdíveis! 66E6B6<>HegZeVgVjb?VciVgYZ8dc[gViZgc^oVdVWhdajiVbZciZ ^cZhfjZXkZa#6bjYVcVeVgVdIgVchVbg^XV:med:kZcidhegdedgX^dcV VbeadhZheVdh![VX^a^YVYZYZZhiVX^dcVbZcid!ijYdeVgV\VgVci^gV^cYVbV^h Xdc[dgidZhZ\jgVcVeVgVdh6hhdX^VYdh!hZjh[Vb^a^VgZhZXdck^YVYdh# 6\Vhigdcdb^VXdciVXdbVVhh^cVijgVYdgZfj^ciVYd7j[[ZiIdggZh!Xdb XVgY{e^dZheZX^VabZciZYZhZckdak^YdeVgVV6E6B6<>H# :!]{bj^iVhhjgegZhVh!h]dlhfjZXZgiVbZciZkdZbdX^dcVgVhk{g^Vh \ZgVZhYZ6hhdX^VYdh# Local: IgVchVbg^XV:med8ZciZg6kZc^YV9g#B{g^dK^aaVh7dVhGdYg^\jZh!(-,EVk^a]d8 Data: *YZYZoZbWgdYZ'%%.h{WVYd'%](% >c[dgbVZhcVHZXgZiVg^VYV6E6B6<>H/&&('.'''%% lll#VeVbV\^h#Xdb#Wg Associação Paulista de Magistrados | 17 Espaço Aberto O Discurso do Desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida Lígia Cristina de araújo Bisogni Desembargadora do TJ/SP Por volta das treze horas e alguns minutos, do dia quinze deste mês de junho, iniciavam os trabalhos da solenidade de posse dos candidatos aprovados no 181° Concurso de Magistrados de São Paulo, evento que desperta mais atenção entre os familiares dos jovens que conquistaram, após uma seleção rigorosa, a chegada ao Poder Judiciário. Participam desse ato membros do Tribunal de Justiça, representantes do Ministério Público, advogados, advogadas, estudantes de Direito, funcionários do Poder Judiciário, autoridades e representantes dos demais Poderes, Executivo e Legislativo, compondo, aliás, como em todos os encontros no Tribunal de Justiça, um cenário único, solene e magnífico, tal como manda a tradição, digna de respeito e compatível com a grandiosidade do nosso Estado de São Paulo. Se a solenidade é acontecimento certo, eis que exige do juiz seu compromisso assumido publicamente perante a sociedade, ouso destacar que, neste ano, os recém-empossados magistrados e magistradas, em número de 97, foram brindados com um discurso que, certamente, marcará a trajetória desses juízes, pois o Presidente do Concurso, Desembargador Caio Eduardo Canguçu De Almeida, ao saudá-los, lembrando-lhes sobre a responsabilidade que ora assumem, despedia-se do Tribunal de Justiça, afinal, o Digno Desembargador deixou, “magistrado por excelência, respeitado e honrado por todos os lugares em que passou, ao se dirigir aos novos magistrados, advertiu-os que o juiz não deve deixar de ter liberdade, autoridade e responsabilidade, enfatizando: ‘o único ideal é defender a verdade que se conhece e lutar pela Justiça’.” em 17 de junho, data do seu aniversário, as vestes talares, pois a aposentadoria compulsória não lhe permitiu continuar o exercício da magistratura. Assim, em uma sessão solene, magistrados iniciam a trajetória por um caminho que o orador confessava ter atravessado e cultivado cuidadosamente uma paisagem inesquecível. Todavia, a introdução não tem outro objetivo senão o de ressaltar o quanto Campinas deve se orgulhar em contar com a presença de um de seus filhos na história do Poder Judiciário Paulista, um magistrado de carreira, dedicado há décadas ao Judiciário, pois ingressou na magistratura em 1967, tendo ocupado a Vice-Presidência do Tribunal de Justiça, no biênio 2006/2007. Magistrado por excelência, respeitado e honrado por todos os lugares em que passou, ao se dirigir aos novos magistrados, advertiu-os que o juiz não deve deixar de ter liberdade, autoridade e responsabilidade, enfatizando: “o único ideal é defender a verdade que se conhece e lutar pela Justiça”. Devo confessar que, mesmo com a voz emocionada, as palavras do Ilustre orador, na tarde de quinze de junho, ecoavam naquele salão como verdadeira lição de vida, afinal, realçou a dignidade, honradez, sabedoria e humanidade, atributos que marcam o exercício da magistratura. Mais que isso, peço licença, mas se faz necessário destacar que a personalidade do Doutor Caio é ressaltada no meio forense também pelo respeito no tratamento ao próximo, pela cordialidade com que recepciona os advogados e advogadas, e todos aqueles que o procuram ou procuraram na rotina de seu trabalho, sem que isso tenha comprometido, em algum momento, a liturgia do seu cargo ou tenha arranhado a convicção de seus julgados, merecendo lembrar que boa parte integra a jurisprudência do país. Trata-se de modelo que deve ser seguido por todos aqueles que pretendem um dia seguir a carreira pública, ou como a função exige, servir ao público. Sem dúvida, Campinas, que é berço de pessoas ilustres, de poetas renomados, músicos e maestros cujas composições embalam em todos os cantos do universo, esta cidade continua feliz, pois sempre terá um filho seu lhe presenteando, mesmo que sem fazer alarde, – como agora, em que aproveito para cumprimentar o nosso Doutor Caio Canguçu pelo seu aniversário, desejando-lhe os mais sinceros votos de felicidade e, invocando Cecília Meireles, arremato “As palavras aí estão, uma a uma... Mas alma sabe mais”. Tal pai, tal filho Justino magno araújo Desembargador do TJ/SP Tomando o pai como inspiração O filho buscou seu caminho Na figura de juiz, a vocação De Octávio Roberto, o Stucchinho. Do Pai o prenome herdado Nas arcadas o curso jurídico Muito jovem chegou a Magistrado Nem cogitou em ser causídico. Levando a missão avante Pelas Comarcas Paulistas judicou Estudioso, aplicado, atuante Ao Tribunal de Justiça assomou. E nessa data, plena de alegria Tomando posse como Desembargador Octávio-Pai Saudou-o com Euforia O Filho se tornara o inspirador. Na vida que veio e que vai A canção fornece o estribilho Se o filho foi obra do pai O pai, foi o espelho do filho! “In memoriam” ao Desembargador Octávio Roberto Cruz Stucchi 10/10/43 - 15/02/2008, filho do também Desembargador Octávio Stucchi Justiça em pauta Justiça e sistema PrisioNaL Frente a Frente com a Justiça discute os principais temas de interesse da Magistratura Brasileira. Nesta seção, você acompanha as sinopses dos melhores programas apresentados recentemente. TV JUSTIÇA: Domingo, 16h30. 18 | Associação Paulista de Magistrados des. silvio marques Neto Nesta entrevista, o Desembargador traça importantes observações sobre a estruturação do Judiciário, análises de Direito Comparado e aborda maneiras de ressocialização de detentos. questão de Justiça Juiz anderson suzuki e Haydee mariz de oliveira O Juiz analisa a aplicação da Justiça na região oeste de São Paulo, enquanto a Pensionista discorre sobre a proteção da família do Magistrado e as funções do Departamento de Pensionistas. PeNHora oNLiNe de imóVeis Juízes José antonio de Paula santos Neto e Walter rocha Barone Os Juízes Auxiliares da Corregedoria Geral da Justiça analisam o Provimento que possibilita a penhora online de bens imóveis e suas implicações. Força tareFa Luís Geraldo sant’ana Lanfredi e Paulo eduardo de almeida sorci Os Juízes fazem parte da “Força Tarefa” constituída pelo Conselho Superior da Magistratura para melhorar a prestação jurisdicional no âmbito das Execuções Criminais, e falam sobre situação carcerária, indulto e outros temas relevantes. Águas Passadas Paulo Bomfim Poeta, Jornalista e Membro da Academia Paulista de Letras Minha geração aprendeu a nadar no Jaguaribe na década de 30. O fundador desse instituto, Domingos Jaguaribe, foi também um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e pioneiro do hipnotismo. Suas idéias foram bastante discutidas na época. Uma delas era domesticar macacos para a colheita de café, a outra, trazer dromedários para o nordeste, como meio de condução! O historiador Capistrano de Abreu muitas vezes se hospedou na chácara onde, trinta anos mais tarde, a campeã olímpica Miss Brito nos transmitiu a técnica das primeiras braçadas. Segundo Duílio Crispim Farina, grande conhecedor da história da cidade, a propriedade de Domingos Jaguaribe, o mesmo da Vila Jaguaribe em Campos do Jordão, era vizinha do solar de D. Veridiana Prado. No instituto Jaguaribe, surgiu a moda das duchas e da ginástica sueca, bem do gosto naturista de seu fundador, avô do engenheiro e pintor Jaguaribe Eckman, do lendário Jaguaribe das noites paulistanas e do Desembargador Eduardo Cunha de Abreu. Nesse local, algumas décadas mais olímpica, com trampolins de dez metros, de onde provei pela primeira vez a atração do abismo. O restaurante na margem do rio tinha um ar de quadro impressionista. Enquanto uns bebiam cerveja entoando canções alemãs, outros remavam ou desfilavam ao som de bandas marciais. “No outro canto da cidade, o Para se chegar ao cluRio Tietê era a arena líquida be, descia-se no balão do onde os clubes Tietê, Espéria e bonde, e caminhava-se Atlética disputavam no braço as atravessando um bosque. corridas de barcos, e ocorriam Nesse bosque e no gasôas célebres travessias de São metro, os pais costumaPaulo a nado, das quais João vam levar os filhos com Havelange e Douglas Michalany coqueluche para respirar! são testemunhas vivas”. No outro canto da cidatarde, apareceriam academias de judô, de, o Rio Tietê era a arena líquida onde de boxe, dirigida pelo “Vitamina”, de os clubes Tietê, Espéria e Atlética disputavam no braço as corridas de barcos, e luta romana, de esgrima e de dança. Creio que sua pequena piscina de ocorriam as célebres travessias de São água corrente, ao lado das piscinas da Paulo a nado, das quais João HavelanAtlética, de Vila Sofia, de Indianópolis ge e Douglas Michalany são testemunhas vivas. e da Rua Alagoas, foram pioneiras. Nas águas do Anhembi surgiriam O Germânia que frequentei lá por 1934, possuía sede social na Rua D. também as primeiras partidas de Pólo José de Barros, com bailes, espetácu- Aquático no cocho precursor dos prilos musicais e boliche, e a sede espor- mitivos tanques e das piscinas. Voltei ao Espéria cinquenta e cinco tiva nas margens do Rio Pinheiros. O cocho fora substituído pela piscina anos depois. De meu tempo restava apenas a estátua do nadador aguardando o tiro de partida. Na ocasião, foi solenemente entregue minha ficha de militância esportiva, juntamente com a lembrança daquelas festas juninas que desaparecem como desapareceu o rio. No velho Paulistano com sede social construída por Ricardo Severo, ainda ecoavam os versos de Olavo Bilac declamados em sua inauguração. No casarão hospitaleiro, de portas abertas para a Rua Augusta, a juventude dourada flertava e dançava em saraus que atingiam as fronteiras da noite, sob o olhar de Antônio Prado Júnior. O baile da segunda-feira de carnaval torna-se o ponto de encontro dos jovens foliões que brindavam o ano de 1940. Quando Caio Kiehl recebeu cinco tiros do zelador do prédio, fui visitá-lo e ele me disse: - Sobrevivi porque me agarrei à lembrança do Paulistano. Pensando em mulher bonita e nos amigos, eu disse: - Não é hora de morrer. A vida tem muita coisa boa. Uma delas é o nosso clube! Relembrando tanta coisa, sinto que a saudade e a Academia Paulista de Letras gritam o velho grito de guerra, da torcida de outrora: - Aleguá, aleguá, hurra! meu Paulistano de tantas glórias! Em bom português: Novos Modismos Alexandre Germano Desembargador e Coordenador do Museu do TJ/SP A rotina dos textos (escritos e fala- dos) é quebrada, quase sempre, com a invenção de modismos, que enfeiam a linguagem e não contribuem para melhorar o idioma. Exemplos: RISCO DE MORTE - Parece uma batalha perdida, pois o “risco de morte” entrou de vez nas comunicações diárias, substituindo as expressões “risco de vida”, ou “perigo de vida”, como está escrito nos Códigos Civil e Penal, bem redigidos de acordo com a tradição do bom português. Se fosse dito “risco à vida”, todos entenderiam o significa- “Já é hora de jogar na lixeira expressões como ‘o governo como um todo’, ‘o time como um todo’, ‘o país como um todo’ e assim por diante”. do da expressão - mas “risco de vida” parece estar caindo em desuso, dada a força da mídia, que inventou o modismo do “risco de morte”, que pode ser usado, uma vez ou outra, mas não substitui nem corrige o emprego correto e tradicional do “risco de vida”. MOTIVO DE SAÚDE - Sempre foi dito e escrito “o servidor faltou por motivo de saúde”, assim como se diz “o estado de saúde de fulano é grave”. Nas relações trabalhistas é consagrada a expressão “licença-saúde”. Não vá alguém inventar um modismo, passando a falar e escrever “o servidor faltou por motivo de doença”, “o estado de doença de fulano é grave”, ou “o trabalhador está em licença-doença”. É esperar para ver. Os modismos começam não se sabe como, mas crescem rapidamente, minando a linguagem expressiva, que tem raízes na tradição do idioma. O GOVERNO COMO UM TODO - Já é hora de jogar na lixeira expressões como “o governo como um todo”, “o time como um todo”, “o país como um todo” e assim por diante. Basta dizer “o governo está empenhado”, “o time jogou mal”, “o país precisa de reformas”, porque nesses exemplos as palavras “um todo” estão sobrando, nada significam e não têm função sintática, gramatical, expressiva ou o que seja. Cansa ouvir as pessoas repetindo a mesma bobagem, que não faz sentido e não precisa ser dita nem escrita. POR CONTA DA GRIPE - Dizem agora que “a escola suspendeu as aulas por conta da gripe”, “Joãozinho desfalca o time por conta de sua contusão”, “o trânsito ficou congestionado por conta da chuva”. Não há razão para usar “por conta de” nos casos em que se deve empregar expressões como: devido, em razão de, por motivo de, em consequência de, em virtude de. Também não se deve usar “em função de” a torto e a direito, pois essa locução só pode ser usada quando equivale a finalidade, dependência: o time jogava em função do adversário, o político agia em função dos seus objetivos, vivia em função da família. Associação Paulista de Magistrados | 19 Espaço Aberto A convivência familiar Fábio Henrique Prado de Toledo Juiz de Direito de Campinas [email protected] De 9 a 17 de agosto comemorou-se a Semana Nacional da Família. Ao contemplar esse tema, vem-me à mente, quase que instintivamente, a recordação dos domingos da minha infância. O calor intenso já inundava com os primeiros raios de sol aquela cidadezinha do interior. A vida despertava num ritmo letárgico. O comércio simplesmente não funcionava, de modo que o cardápio havia de ser muito bem pensado na véspera. E em meio a esse marasmo brotava no mais íntimo de cada um uma alegria inexplicável. Após a Missa matinal, o acontecimento mais esperado parecia dar sentido a tudo: o almoço em família. É triste contemplar que esse saudável convívio familiar é pouco desfrutado atualmente. Não se trata de fazer considerações saudosistas do tipo “antigamente sim era bom”, mas temos de reconhecer que muito se perdeu da alegria que marcava a vida em família. Nossos domingos muito se aproximam dos dias normais, com o comércio todo funcionando, muitos trabalhando, e o lazer, ainda que o desfrutem pais e filhos, muitas vezes o fazem isoladamente. E por quê? Penso que o grande mal que assola nossa sociedade é o hedonismo individualista, que se manifesta na busca do prazer a qualquer custo, esquecendo-se por completo do outro, ou, pior ainda, usando do outro apenas como instrumento para uma satisfação pessoal. E isso ocorre de forma muito cruel no seio das famílias. Dentre inúmeras outras manifestações disso, podemos pensar nos pais separados que quase se matam em demandas judiciais para obter o convívio dos filhos nas datas festivas e nas férias, como se fossem um brinquedinho a aplacar a solidão e, ao contrário, pouco se empenham na formação desses filhos. Mas isso não se manifesta somente nas famílias desfeitas. Aliás, nelas se torna patente algo que se haveria de ter cuidado antes e que depois se percebe que são a causa da triste separação. Por que se empenha tanto em que cada membro da família tenha a sua própria C M Y CM MY CY A família é um lugar em que não cabe o egoísmo. Nela a felicidade se constrói a custa de sacrifício e esquecimento próprio. televisão no quarto, o próprio computador onde se jogam fora horas e dias na internet, roubando-os do convívio com os filhos, pais e irmãos? E isso quando o egoísmo não chega ao ponto de impedir que haja irmãos... Num dia frio do mês de julho, as crianças se deliciavam derretendo marshmallow diante da lareira. E, de repente, com a naturalidade de quem estão muito felizes e à vontade, passaram a improvisar umas apresentações de teatro. Uns se fizeram de roqueiros, outras de Cinderela, Desalmada Ela veio chegando em minha vida Como quem nada sabe ou nada quer Como um simples rostinho de mulher Que passa pela rua distraída 20 | Associação Paulista de Magistrados outros ainda encenaram cenas de filmes policiais. E depois de tanto riso e diversão foi difícil convencê-los de ir para a cama. Com efeito, era muito bom estarmos juntos. E nem é necessária a lareira. Poderia ser – e ouso dizer que seria mais divertido ainda – diante de uma fogueira improvisada sobre um simples chão de terra... A família é um lugar em que não cabe o egoísmo. Nela a felicidade se constrói a custa de sacrifício e esquecimento próprio. Essa postura, porém, ao contrário do que parece, não nos faz tristes e lamurientos. A entrega ao outro, por amor, é a maior fonte de alegria. Soube do que aconteceu num lar que bem ilustra esse ambiente saudável que se há de viver na família. O filho pequeno, ao contemplar uma cena de uma pessoa que recebia o café da manhã na cama, disse: “eu nunca tomei café na cama”. O irmão mais velho, sabendo disso, resolveu fazer-lhe uma surpresa. No dia do aniversário do irmão, pulou cedo da cama e pôs-se a fritar ovos, preparar um chocolate quente e tudo o mais que o aniversariante gostava. E após muito esmero subiu com a bandeja repleta de guloseimas e bem enfeitada. Após o barulhento “parabéns a você”, entoado desafinado pelos irmãos, o pequeno acordou sem saber ainda o que se passava. Ao notar a surpresa que lhe prepararam, não pode esconder o sorriso de satisfação adornado pelo brilho de felicidade nos olhos. O resultado foi que após umas garfadas nos ovos e um pequeno gole no chocolate, tudo veio ao chão. Mas não importa. A paz e a felicidade na família se constroem com pequenos gestos como esse, ainda que à custa de uma colcha manchada, ou de uma vidraça quebrada. Luiz Carlos Del Fiorentino Juiz de Direito E foi como amizade consentida Mais amizade que coisa qualquer Que fui me acostumando a essa mulher Que nunca se fazia percebida E um belo dia ela foi-se embora Sem nada me avisar, sem dizer nada Mais parecendo fosse fugida Não sei mais o que vou fazer agora Pois tarde descobri que a desalmada Era em verdade a luz da minha vida CMY K C M Y CM MY CY CMY K Associação Paulista de Magistrados | 21 Espaço Aberto Lei de Imprensa e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 130 Fernando Capez Procurador de Justiça licenciado e Deputado Estadual. Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo A Lei de Imprensa, que, editada durante o regime militar, disciplinava a responsabilidade penal e civil de todos aqueles que, através dos meios de informação e divulgação, praticassem abusos no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e informação, foi objeto de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, ajuizada pelo Partido Democrático Trabalhista (ADPF n. 130), na qual se sustentou a não-recepção pela Constituição Federal de todos os seus dispositivos legais, sob o argumento de que a aludida legislação seria produto de um Estado autoritário, que restringiu violentamente as liberdades civis em geral, e a liberdade de comunicação em particular, e que, portanto, seria incompatível com os tempos democráticos, colidindo com a Constituição Federal (CF, arts. 5º, incisos IV, V, IX, X, XIII e XIV e 220 a 223) e com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (art. XIX). Por força de liminar requerida pelo arguente, o Exmo. Sr. Ministro Carlos Ayres Brito, valendo-se do art. 5º, § 1º, da Lei n. 9.882/99 (Lei da ADPF), em decisão monocrática, deferiu-a parcialmente, e determinou que juízes e tribunais suspendessem o andamento de processos e os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que versasse sobre alguns dispositivos da sobredita legislação, assumindo especial dimensão os arts. 20, 21, 22 e 23, que previam, respectivamente, os crimes de calúnia, injúria e difamação, praticados por meio da imprensa, bem como a majoração da pena na hipótese de delito contra honra perpetrado contra autoridades. A suspensão da eficácia dos referidos dispositivos não impediu o curso regular dos processos neles fundamentados, aos quais foram aplicadas as normas da legislação comum, notadamente, o Código Civil, o Código Penal, o Código de Processo Civil e o Código de Processo Penal, conforme restou decidido na ADPF. A concessão da referida liminar foi, posteriormente, por maioria, referendada pelo Plenário da Corte Suprema, nas sessões de 27 e 28 de fevereiro de 2008. E, na 22 | Associação Paulista de Magistrados | Deputado Fernando Capez (...) a Corte Suprema, por maioria, em decisão de mérito, julgou procedente o pedido formulado e declarou como não-recepcionado pela Constituição Federal todo o conjunto de dispositivos da Lei 5.250/67. sessão ocorrida no dia 04 de setembro de 2008, o Tribunal houve por bem prorrogar a eficácia temporal da medida, tendo em vista, o encerramento do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, fixado pelo Plenário, para o julgamento de mérito da causa. Resolveu-se, assim, Questão de Ordem para estender esse prazo por mais 180 (cento e oitenta) dias. Finalmente, a Corte Suprema, por maioria, em decisão de mérito, julgou procedente o pedido formulado e declarou como não-recepcionado pela Constituição Federal todo o conjunto de dispositivos da Lei 5.250/67. Cumpre, aqui, mencionar alguns dispositivos da Lei que não mais se aplicarão aos crimes contra a honra praticados por intermédio da im- prensa: (a) Arts. 20, 21 e 22: previa os crimes de calúnia, difamação e injúria. (b) Art. 23: estabelecia causa de aumento de pena para os crimes de calúnia, difamação e injúria. (c) Art. 24:. punia, nos termos dos arts. 20 a 22, a calúnia, difamação e injúria contra a memória dos mortos. (d) Art. 25: previa o pedido de explicações em juízo. (e) Art . 26: dispunha acerca da retratação ou retificação espontânea, expressa e cabal, feita antes de iniciado o procedimento judicial. (f) Arts. 29 a 36: estabelecia o direito de resposta. (g) Arts. 37 a 39: individualizava os responsáveis pelos crimes cometidos através da imprensa e das emissoras de radiodifusão, sucessivamente. (h) Art. 40: tratava da ação penal nos crimes contra a honra. (i) Art. 41: mencionava que a prescrição da ação penal, nos crimes definidos nessa Lei, ocorreria 2 anos após a data da publicação ou transmissão incriminada, e a condenação, no dobro do prazo em que fosse fixada. (j) Art. 41, § 1º: estabelecia que o direito de queixa ou de representação prescreveria, se não fosse exercido dentro de 3 meses da data da publicação ou transmissão. (l) Arts. 42 a 48: regulava o procedimento penal nos crimes de imprensa. Nesse contexto, a partir da decisão constante da ADPF n. 130, todos os crimes contra a honra cometidos por intermédio da imprensa, sujeitar-se-ão às regras legais constantes do Código Penal e do Código de Processo Penal, dentre as quais, cumpre assinalar os arts. 138 a 145 do CP e 519 a 523 do CPP, não mais incidindo as disposições da antiga Lei n. 5.250/67. Da mesma forma, o prazo prescricional passará a ser do Código Penal. Faz-se, no entanto, necessário ressalvar que os referidos Diplomas Legais não preveem o direito de resposta, tal como o fazia expressamente a Lei n. 5.250/67, em seus arts. 29 a 36, embora o mesmo deflua da regra prescrita no art. 5º, inciso V, da CF, segundo a qual “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”. De qualquer modo, o vazio legislativo deixado pela ausência de uma regulamentação mais específica so- De qualquer modo, o vazio legislativo deixado pela ausência de uma regulamentação mais específica sobre algumas questões peculiares aos crimes praticados por intermédio dos meios de comunicação, como o direito de resposta, por exemplo, poderá trazer alguns problemas de ordem prática para o operador do direito (...) bre algumas questões peculiares aos crimes praticados por intermédio dos meios de comunicação, como o direito de resposta, por exemplo, poderá trazer alguns problemas de ordem prática para o operador do direito, de maneira que urge que legislador preencha tão logo esse vácuo legislativo, evitando, com isso, que o exercício de uma prerrogativa constitucional, como a liberdade de expressão, não viole garantias da mesma hierarquia dentro do ordenamento jurídico. Até porque pode-se afirmar que o exercício de uma prerrogativa constitucional não pode jamais violar outra garantia do mesmo nível. Se de um lado existe o direito de fornecer e receber a informação, de outro há o direito à inviolabilidade da honra e da vida privada de quem for objeto da notícia veiculada nos meios de comunicação. XX Congresso Brasileiro de Magistrados | Congresso debaterá soluções de gestão para os atuais problemas do Judiciário ministro enrique ricardo Lewandowski abrirá o evento; o Presidente Lula e o Presidente da Câmara, michel temer, também participarão o Tribunal de Justiça de São Paulo e seus Magistrados lutam diariamente contra uma dura realidade que mistura escasso orçamento, aumento do número de processos e poucos profissionais para executá-los; um conjunto de problemas que traz consequentes danos ao rápido acesso à Justiça. Diante dessa realidade, há um desejo cada vez mais premente no Magistrado Paulista de criar ou incrementar algumas ferramentas de trabalho que possam reverter esse quadro. São muitos os exemplos dessa luta irrefreável pela gestão responsável do Judiciário Paulista. Entre elas, estão a bandeira estirada pela APAMAGIS da Autonomia do Judiciário, a incansável luta pela informatização dos processos, o que incluía a conversão de dados entre os sistemas dos tribunais do país, a democratização e o correto planejamento do Judiciário. Esses anseios da Magistratura Bandeirante também fazem parte da pauta de progresso da Magistratura nacional. Por isso, esses e outros temas serão focos do XX Congresso Brasileiro de Magistrados, que será realizado na capital Paulista, entre os dias 29 e 31 de outubro, no WTC eventos, e tem como tema central “A Gestão Democrática do Poder Judiciário”. Entre os palestrantes, que enriquecerão os debates para criar soluções aos entraves do Judiciário, está o Ministro Enrique Ricardo Lewandowski. | Diretoria da APAMAGIS se reúne com os co-organizadores do Encontro “Caros Colegas, participem do XX Congresso Brasileiro de magistrados e nos ajudem a criar bases para um Judiciário mais democrático e próximo da sociedade” Presidente Henrique Nelson Calandra O expoente da Magistratura Paulista abrirá o evento, com Conferência Magna sobre o planejamento estratégico do Poder Judiciário. Além do Ministro do STF, ministrarão ainda palestra no Congresso o Ex-Conselheiro do CNJ, Joaquim Falcão, que falará sobre a estrutura administrativa do Poder Judiciário; Humberto Aicardi, representante da Microsoft no Brasil, que conversará com os Magistrados sobre os sistemas de informações dos Tribunais; Juan Carlos Campo Moreno, Secretário de Estado de Justiça da Espanha, que ilustrará como funciona o Conselho do Judiciário espanhol e seu planejamento estratégico, entre outros nomes que fizeram história no cenário judicial do Brasil. Confira toda programação prévia do evento no link do site oficial do evento: www.amb.com.br/congresso Outra boa notícia aos Magistrados que participarão do evento é a presença dos Chefes do Poder Executivo e Legislativo do Brasil. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da abertura do XX Congresso Brasileiro de Magistrados e o Deputado Federal Michel Temer fará uma palestra sobre a visão legislativa da Reforma do Judiciário. Site debates já começaram pela internet No site oficial do Congresso o Magistrado poderá efetuar sua inscrição no evento, verificar descontos em voos e hospedagem em São Paulo, descobrir passeios culturais, de compras e gastronômicos pela capital Paulista, a programação cultural do Congresso, que inclui show dos grupos Titãs e Demônios da Garoa, além de notícias atualizadas do evento. Na página do evento, os Magistrados também podem encontrar links para os blogs criados pela Comissão Científica do Congresso, que têm a missão de fomentar os debates antes da realização do evento: assim os Magistrados terão mais tempo para analisar as propostas. Confira toda programação prévia do evento no link do site oficial do evento: www.amb.com.br/congresso Associação Paulista de Magistrados | 23 Um giro pela APAMAGIS O Setor de Conciliação do Foro Regional XI de Pinheiros Juiz Rodolfo César Milano Juiz de Direito Coordenador do setor de Conciliação Cível do Foro Regional XI - Pinheiros Desde 18 de fevereiro de 2008, encon- tra-se instalado, no Fórum Regional de Pinheiros, o Setor de Conciliações Cível, com base no Provimento nº 953/2005. O referido setor tem como principal função agilizar o andamento processual, pois concentra audiências de conciliação, presididas por conciliadores, ainda na fase processual, visando uma melhor prestação jurisdicional. Com isso, o setor colabora com as varas cíveis, as quais já dispõem de maior tempo para a distribuição da prestação jurisdicional, agilizando o processamento e a decisão dos processos. Os conciliadores que atuam no Foro Regional de Pinheiros são fornecidos pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), que se dispôs a colaborar com o setor por meio do convênio firmado em 25/08/2008, com anuência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Com alto índice de acordos efetuados, o setor recebe em média 160 processos por mês de cada vara cível, e tem obtido um percentual de 28% de acordos, índice este altamente elevado. As ações que mais têm obtido sucesso no setor versam sobre cobrança de condomínio e despejo, as quais apresentam grande número de processos, revelando a crise em que os setores de locação e condomínio se encontram. Os conciliadores do setor são escolhidos dentre os aprovados no curso de capacitação em conciliação judicial e extrajudicial, que visa capacitar tecnicamente os conciliadores na resolução de conflitos. O mencionado curso é ministrado pela FIESP sob a coordenação do Dr. Adolfo Braga Neto. É importante frisar que a conciliação tem sido grande aliada para a solução dos litígios, pois a técnica e mediação impostas pelos conciliadores levam as partes a refletirem sobre a real importância de tentar resolver seus conflitos, quer em razão das circunstâncias da causa, quer em relação ao custo-benefício do litígio para as partes. Atualmente, o Setor de Conciliação de Pinheiros conta apenas com dois funcionários e infelizmente não conta com a instalação da unidade administrativa, o que proporcionaria o seu crescimento, com a nomeação de um Diretor e mais funcionários, que levaria à instalação da fase pré-processual e, consequentemente, à diminuição da distribuição dos feitos cíveis. As ações que mais têm obtido sucesso no setor versam sobre cobrança de condomínio e despejo, as quais apresentam grande número de processos, revelando a crise em que os setores de locação e condomínio se encontram. Os setores de conciliação ou de mediação nas comarcas e foros do Estado foram criados pelo Provimento nº 953 de 07 de julho de 2005, pelo Conselho Superior da Magistratura de São Paulo, considerando os bons resultados dos setores de conciliação já instalados, em caráter experimental, em Primeiro e Segundo Graus de Jurisdição do Tribunal de Justiça, e considerando a cultura de conciliação autorizada pelo artigo 125, inciso IV do Código de processo Civil e dando nova redação ao provimento nº 893/04, que já regulamentava a matéria. O Setor de Conciliação é criado para dirimir as questões cíveis que versarem sobre direitos patrimoniais | Setor de Conciliação do Foro Regional de Pinheiros apresenta resultados expressivos disponíveis, questões de família e da infância e juventude. Haverá um Magistrado indicado pela Presidência do Tribunal de Justiça dentre os Magistrados das respectivas Comarcas ou Fóruns para exercer as funções de Juiz Coordenador e outro adjunto, que terá a responsabilidade de administrar o setor. Pela regra do Provimento o setor contará com conciliadores voluntários e não remunerados, podendo ser Magistrados, Membros do Ministério Público e Procuradores do Estado, todos aposentados, advogados, estagiários, psicólogos, assistentes sociais, outros profissionais selecionados, todos com experiência, reputação ilibada e vocação para a conciliação, previamente aferida pela comissão de Juízes ou Juiz coordenador, quando não instalada a comissão. Os conciliadores não terão vínculo empregatício e sua atuação não acarretará despesas para o Tribunal de Justiça e deverão submeter-se a atividades, cursos preparatórios, e de reciclagem a cargos dos Juízes e da entidade. Aplicam-se aos conciliadores os motivos de impedimento e suspeição previstos em Lei para os Juízes e auxiliares da Justiça, cujos dispositivos se encontram no artigo 134 e 135 do Código de processo Civil. Procedimento | Conciliação representa possibilidade real de diminuição da litigiosidade 24 | Associação Paulista de Magistrados O setor de Conciliações poderá atuar em dois momentos. 1- Antes da propositura da ação, chamada fase pré-processual, a qual ocorrerá quando o interessado comparecer no atendimento ao público e o funcionário do setor colherá a reclamação, sem reduzi-la a termo, emitindo no ato carta convite à parte contrária para comparecer a audiência de conciliação. A carta será encaminhada ao destinatário pelo próprio reclamante, ou pelo correio, podendo esse convite ser feito ainda por telefone, fax ou meio eletrônico. Não obtida a conciliação, as partes serão orientadas quanto a possibilidade de buscar a satisfação de eventual direito perante a Justiça Comum ou Juizado Especial. A única anotação que será feita será a dos nomes dos litigantes na pauta de sessões do setor e sem distribuição. Se caso for feito o acordo e o mesmo for descumprido, o interessado poderá ajuizar a execução do título judicial, a ser distribuída livremente a uma das varas competentes, de acordo com a matéria versada no acordo. 2- A fase processual ocorre quando já tiver sido ajuizada a ação na Justiça comum e ficará a critério do Juiz o encaminhamento do feito ao Setor de Conciliações, visando a tentativa de solução amigável do litígio. Esta providência ocorrerá após o recebimento da petição inicial, na fase do artigo 331 do Código de processo Civil, ou determinando-se a citação do réu, intimando-o para comparecer a audiência de tentativa de conciliação no setor, constando no mandado que o prazo para apresentação de resposta começa a fluir a partir da audiência, se for obtida a conciliação (art.5º). Na fase processual, comparecendo as partes à sessão e obtida a conciliação, será reduzida a termo, assinado pelas partes. Não obtida a conciliação, o que constará do termo, os autos retornaram ao respectivo Ofício Judicial para o normal prosseguimento do feito. A diferença entre o Setor de Conciliação e o Juizado Especial e Pequenas Causas é que as ações podem ser remetidas para o setor sem limites de valor e não há restrição quanto à qualidade das partes. O Setor de Conciliação do Foro Regional de Pinheiros encontra-se sob a coordenação do Juiz de Direito Doutor Rodolfo César Milano e coordenação adjunta do Juiz de Direito Doutor Francisco Carlos Inouye Shintate. Presidente Calandra iii encontro de Juízes e Promotores participa do Cristãos em são Pedro “Programa do Jô” | Presidente Calandra e apresentador Jô Soares O Presidente Calandra participou, no dia 6 de julho na Rede Globo, da gravação do “Programa do Jô”, talk show comandado pelo apresentador Jô Soares, que abordou temas de amplo debate na Magistratura, como a repercussão sobre os grampos telefônicos, a celeridade processual e os precatórios. Além de apresentar os livros “Capítulos da Magistratura”, que conta a história de lutas da APAMAGIS, e “Tratado Luso-Brasileiro da dignidade humana”, no qual trabalhou em um tema ligado à ressocialização, o Desembargador narrou fatos curiosos de sua carreira como Magistrado. Para assistir à gravação do programa, acesse a página principal do site da APAMAGIS e procure pela chamada da entrevista ou acesse-a diretamente em http://www.apamagis. com.br/noticia.php?noticia=26999. | Juízes, Promotores e Familiares | Des. Ricardo Negrão No final de semana dos dias 19 a 21 de junho, o Grupo de Juízes e Promotores Cristãos esteve reunido no Hotel Fonte Colina Verde, em São Pedro/SP. Durante o encontro, os integrantes das carreiras e familiares contaram com a exposição de temas ministrados pelo Desembargador Ricardo Negrão, por Márcia Costa Veiga de Carvalho, esposa do Desembargador aposentado Manuel José Abrantes Veiga de Carvalho, e Pr. Ed René Kivitz. Além de momentos descontraídos com discussão de temas do cotidiano forense e da fé cristã, os participantes puderam se reunir para prática de esportes e outras atividades oferecidas pelo hotel. O próximo encontro será realizado na cidade de Campos do Jordão nos final de semana dos dias 23 a 25 de outubro. Mais informações com os Colegas Paulo de Tarsso (11-8381-7515) e Ana Teresa (11-9161-9998), ou com o Promotor de Justiça Carlos Otuski (11-7680-5452). Juiz evandro stF disponibiliza arquivos Pelarin é nomeado históricos aos internautas assessor da Presidência Por meio da Portaria 167/2009, o Presidente Calandra nomeou, no dia 13 de julho, o Juiz Evandro Pelarin como Assessor da Presidência da Associação. O Magistrado citado também é Coordenador da APAMAGIS na Comarca de Fernandópolis. A partir do mês de julho, o Supremo Tribunal Federal liberou aos internautas arquivos históricos da Corte: obras literárias, fotos, memória jurisprudencial e discursos feitos em solenidades do STF. O material foi organizado em seis tó- picos: Abertura do Ano Judiciário; Aposentadoria; Centenário de Nascimento; Homenagem Póstuma; Memória Jurisprudencial; e Posse Jurisprudencial. Para conhecer mais sobre os tópicos, acesse “Publicações Temáticas”, no menu Publicações, em http://www.stf.jus.br. Lei que regulamenta retirada de autos é sancionada Foi sancionada a Lei 11.969/09 que regulamenta a retirada de autos dos cartórios judiciais pelos Advogados dentro do prazo de uma hora. “Estamos comemorando a vitória de uma antiga luta da Advocacia e que vem permitir e disciplinar a extração de cópias, uma prática necessária ao trabalho dos Advogados e estagiários em todos os tribunais do país”, comentou o Presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D´Urso. O Presidente da OAB/SP lembrou ainda que a dificuldade foi contornada na Justiça Paulista porque a Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça de São Paulo, a pedido da OAB/SP, editou o Provimento 04/2006, autorizando a volta da carga rápida, como é conhecida a medida na Justiça Estadual, por meio da “vista de autos fora do cartório”. CNJ estuda novo sistema processual unificado Representantes do Conselho Nacional de Justiça - CNJ e Conselho Nacional da Justiça Federal discutiram a possibilidade de criarem um sistema eletrônico que possa ser utilizado em todos os procedimentos processuais. Segundo o Juiz Auxiliar do CNJ, Marivaldo Dantas, atualmente os tribunais possuem sistemas processuais eletrônicos diferentes, o que dificulta a padronização dos procedimentos. De acordo com ele, o projeto já está em fase inicial de desenvolvimento, com a preparação de todas as etapas futuras. Caso o sistema seja aprovado, ele deverá ser implantado inicialmente na Justiça Federal e, após, difundido para os demais ramos do Judiciário. Durante a reunião, o Presidente do CNJ, Ministro Gilmar Mendes, que apóia o projeto, ressaltou a importância da informatização do Judiciário, considerando-se a necessidade de racionalização das despesas. Essa temática também foi defendida pelo Secretário-Geral do CNJ, Rubens Curado da Silveira, que é a favor de um planejamento estratégico unificado na área de Tecnologia da Informação para todos os tribunais brasileiros, como forma de evitar o desperdício de recursos. Associação Paulista de Magistrados | 25 Um giro pela APAMAGIS tCm propõe parceria com a magistratura Paulista stJ convoca dois desembargadores Os Desembargadores Honildo Amaral de Mello Castro e Francisco Haroldo Rodrigues de Albuquerque foram convocados para compor, temporariamente, o Superior Tribunal de Justiça. Integrante do Tribunal de Justiça do Amapá, o Desembargador Honildo Amaral é mineiro da capital e formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, Casa de Afonso Pena, em 1968. Ele vai compor a 2ª Seção e a 4ª Turma, no período de 1º de julho a 31 de dezembro de 2009. O Desembargador vai ficar com o acervo deixado pelo Desembargador convocado, Carlos Fernando Mathias de Souza. Bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) em 1964, o Desembargador cearense, Francisco Haroldo Rodrigues, é natural de Sobral/CE. Ele deixa a presidência da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará para compor, até a escolha do Desembargador que irá substituir o Ministro Paulo Gallotti, a 3ª Seção e a 6ª Turma do STJ, especializadas em Direito Penal. Ele assume no dia 1º de agosto. aPamaGis firma convênio com FmB | APAMAGIS e TCM celebram parceria O Presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Roberto Braguim, visitou a sede administrativa da APAMAGIS. Segundo ele, o intuito da visita feita no dia 7 de julho foi iniciar um diálogo para possíveis parcerias entre as instituições no que tange o intercâmbio de conhecimentos entre as instituições. Recentemente, a Escola Superior de Gestão em Contas Públicas do Tribunal de Contas do Município firmou um acordo com a Escola Paulista de Magistratura buscando a troca de conhecimento entre as duas entidades. “Por meio de palestras, nós vamos procurar transmitir aos Juízes, presencialmente e à distância, a expertise de nossa escola”, explicou o Presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo. Sobre a parceria entre a EPM e a Escola Superior de Gestão em Contas Públicas do Tribunal de Contas do Município o Presidente Calandra garantiu que, com o acordo, será possível aos Magistrados estabelecer novas e boas práticas para aperfeiçoar a administração e a gestão pública. | Diretoria da APAMAGIS firma convênio com instituição Flávio Monteiro de Barros Programa quaLi Vida já completa um ano A Assessoria de Imprensa da Fundação da Fraternidade Judiciária informou, em levantamento realizado em maio deste ano, que o programa QUALI VIDA completou um ano de existência, realizando nesse período 519 atendimentos a funcionários do TJ/SP da capital paulista. O programa da Fundação da Fraternidade Judiciária atua em duas linhas: a terapia de família e o planejamento financeiro. Após 20 anos de prestação de serviço, a Fundação percebeu que as pessoas atendidas tinham grande necessidade de “desabafar seus problemas”, por não encontram espaço para o diálogo em seus lares, tampouco no ambiente de trabalho. Outra questão detectada foi que a maioria dos funcionários não tinha um adequado planejamento financeiro, gerando inúmeros outros problemas, a exemplo de funcionários que comprometiam até 100% de seus vencimentos com empréstimos. Até então, a postura da Fundação era somente “ouvir” esses problemas. O auxílio veio com a aplicação da terapia familiar e da orientação e planejamento financeiro, que serviram de subsídio para que essas pessoas atendidas desenvolvessem processos de mudança, de forma consciente e sadia, melhorando a qualidade de vida em muitos aspectos. a teraPia e o PLaNeJameNto A Terapia Familiar é um processo que facilita a descoberta de inúmeras fortalezas da pessoa. Acredita-se fundamentalmente 26 | Associação Paulista de Magistrados que as famílias necessitam vivenciar situações que possibilitam o seu movimento em busca de novas perspectivas de mudança de vida. O Planejamento é o instrumento que visa fazer com que as pessoas aprendam viver em um padrão de vida adequado às suas realidades financeiras. O objetivo principal dos atendimentos é propiciar vivência saudável do indivíduo entre os membros do sistema familiar e do ambiente de trabalho. No dia 22 de julho, a APAMAGIS celebrou a assinatura de um convênio exclusivo com a instituição Flávio Monteiro de Barros (FMB), que ministra cursos preparatórios de carreiras jurídicas, além de oferecer cursos de pós-graduação lato sensu. Com o convênio, os Associados, os funcionários, bem como seus depen- dentes, poderão usufruir da isenção de matrícula e descontos de 15% nas mensalidades dos referidos cursos. A FMB tem oito unidades, duas delas localizadas na capital paulista, duas na grande São Paulo (Osasco e Santo André) e quatro no interior e litoral do Estado: Bauru, Araçatuba, Sorocaba e Santos. Lançado o ii Prêmio aPamaGis Juiz antônio José machado dias os quatro tiPos de ateNdimeNto A Terapia Familiar Breve consiste em trabalhar queixas específicas, e os atendimentos acontecem em 10 a 12 encontros. A Terapia de Grupo, com dinâmicas de grupo e troca de experiências e vivências, propicia às pessoas que entendam seus principais problemas em comum. A Orientação Financeira ajuda no planejamento financeiro individual e familiar, valendo-se de exercícios práticos. As Palestras consistem em apoiar e motivar o funcionário no processo de promoção social e na melhoria da qualidade de vida. serViço Os agendamentos podem ser feito por telefone, pela Internet ou pessoalmente. Fundação da Fraternidade Judiciária Rua Senador Feijó, 69 - 9º andar Centro - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3242-2798 / (11) 3107-3349 http://www.fundacaojudiciaria.org.br Com intuito de incentivar as manifestações culturais e o intercâmbio de conhecimento jurídico entre os Magistrados, a APAMAGIS lança o II Prêmio APAMAGIS - Juiz Antônio José Machado Dias. O concurso selecionará as melhores decisões judiciais de mérito, com trânsito em julgado, de Magistrados Paulistas Associados à APAMAGIS. O primeiro colocado do prêmio receberá a láurea acompanhada do valor de R$5.000,00 e o segundo e terceiro colocados, menção honrosa pelo primoroso trabalho. A APAMAGIS receberá as inscrições para o Prêmio até o dia 16 de setem- bro, lembrando que a decisão judicial de mérito e os demais documentos que comprovem o trânsito em julgado, em cópias reprográficas autenticas, deverão ser entregues, em envelope lacrado e endereçado à Comissão Julgadora, com mais três fotocópias, pelos Correios por correspondência registrada com aviso de recebimento (AR), ou deverá ser protocolizada na Secretaria da APAMAGIS até a data mencionada. Acesse o site da APAMAGIS e veja todas as regras para concorrer: www.apamagis.com.br. tJ/sP lembra revolução de 32 e inaugura espaço Cultural Paulo Bomfim durante a cerimônia, foram homenageados alguns protetores dos ideais da revolução Constitucionalista O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo promoveu, no dia 06 de julho, no Salão do Júri do Palácio da Justiça, uma solenidade em comemoração aos 77 anos da Revolução Constitucionalista de 1932 e a inauguração do Espaço Cultural “Poeta Paulo Bomfim”. Para celebrar a ocasião, Paulo Bomfim agradeceu ao Presidente da Corte Paulista, Desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, pela inauguração do Espaço Cultural em seu nome e recitou o poema em alusão à Revolução de 1932 (leia a íntegra do poema no box). Na cerimônia, o TJ/SP ainda homenageou algumas autoridades com o Colar “Carlos de Souza Nazareth”, instituído pela Associação Comercial de São Paulo, que leva o nome do Presidente da instituição à época da Revolução, entregue aos cidadãos que têm devoção aos ideais de 32. Os agraciados da cerimônia foram quatro: os Desembargadores José Renato Nalini e Vanderci Álvares, a Presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, e o Bispo Dom Fernando Antônio Figueiredo, da Diocese de Santo Amaro. Estiveram ainda presentes na solenidade, o 2º Vice-Presidente da APAMAGIS, Des. Roque Mesquita e o Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antônio Guimarães Marrey. O poema “Minha terra paulista de onde partiram tantos passos inventores do Brasil! Ah! São Paulo bandeirante, com a saga de meus mortos vem voltando lá do sertão! Ah! Meu São Paulo dos cafezais cor de esmeraldas, semeando cidades e ferrovias garimpeiras do horizonte. Ah! Meu São Paulo de 32, percorrendo os trilhos do Trem Blindado, dando sua vida por um ideal. Falam os numes tutelares deste Tribunal na saudade e na esperança de um povo. No universo paralelo onde gestos são verdades, Manuel da Costa Manso e Carlos de Souza Nazareth prosseguem irmanados sob a Bandeira Paulista. Setenta e sete anos são passados e o pequeno escoteiro de 32 acampa agora, para sempre, no coração do Tribunal de Justiça. Ah! Meu São Paulo de eternidade!” | Presidente Calandra inaugura espaço cultural “Poeta Paulo Bomfim” | Autoridades e personalidades foram homenageadas com Colar “Calros de Souza Nazareth” Seguros com as melhores coberturas e preços especialmente negociados para os associados da APAMAGIS Os planos de seguros desenvolvidos em parceria com a APAMAGIS oferecem mais vantagens, melhores negociações e oportunidades para os Magistrados e suas famílias. Seguro de Vida Apólice de vida em grupo estipulada pela APAMAGIS com valor reduzido e pagamento via desconto em folha ou conta corrente. Seguro de Automóvel Coberturas e descontos especiais para os associados e seus familiares. Seguro Residencial Mais coberturas e serviços com menor preço. Previdência Privada JUSPREV Garanta um futuro tranquilo planejando seus investimentos pessoais. A Fontana Seguros se associou à LAZAM-MDS, empresa com mais de 30 anos de atuação, resultado da joint venture entre o Grupo Suzano brasileiro e o Grupo SONAE português. Confira todos os planos APAMAGIS no site www.fontana.com.br Centrais de Atendimento Posto APAMAGIS (11) 3104-2933 (11) 3292-2200 São Paulo (11) 3334-7300 Campinas (19) 3239-3232 (19) 3232-2566 Demais localidades do Estado de São Paulo 0800 016 0009 Associação Paulista de Magistrados | 27 Turismo Búzios | Conheça mais da vila que encantou Bardot Cruzeiro exclusivo da APAMAGIS está na terceira parada: a riviera francesa no Brasil O Tribuna da Magistratura, em edi- região, discotecas e restaurantes. Um detalhe muito importante: o comércio nesta famosa rua só começa a funcionar a partir das 12h e acompanha a movimentação noturna dos bares da região, fechando só às 3h. Aos que quiserem conferir a influência de Brigitte Bardot na região, não deixem de conferir a Orla Bardot, que se estende desde o fim da praia do Canto até o fim da praia da Armação, com uma escultura da atriz francesa observando o pôr do sol da região. ções anteriores, apresentou dois dos três roteiros programados no Cruzeiro exclusivo de final de ano da APAMAGIS: Santos e Ilhabela. A seguir, os Magistrados ficarão surpresos com a variedade de programas que a última cidade visitada pela embarcação oferece: Búzios/RJ. Riviera francesa no Brasil “Guardo desse lugar uma lembrança luminosa, calorosa, simples e adorável - exatamente como eu gosto de viver”, com essas palavras, a atriz francesa Brigitte Bardot se despediu da então vila de pescadores, Armação dos Búzios, em sua segunda estada no local. As visitas da musa da Nouvelle Vague*, em 1964 e 1965, transformaram a pacata vila de pescadores no norte fluminense em uma riviera francesa no Brasil. De lá para cá, Búzios se reformulou para atender as necessidades dos novos turistas brasileiros e estrangeiros, que vinham conferir a paixão da francesa pelo Brasil. Atualmente, o município de 23 mil habitantes oferece ampla rede hoteleira, são 250 hotéis e pousadas instalados na aldeia de pescadores, mais 120 bares e restaurantes atendendo a legião de turistas, que vão em busca de praias, esportes náuticos, compras e cultura. História Para muitos a influência francesa em Búzios começaria após as visitas de Brigitte. Entretanto, dados históricos revelam que colonizadores franceses desembarcaram na região, anteriormente habitada pelos indígenas Tupinambás, Tamoios e Goytacazes, em 1550. Na época, os franceses construíram bases de proteção e estocagem de pau-brasil na região, que seriam 28 | Associação Paulista de Magistrados encaminhados ao mercado europeu. Tempos depois, iniciou-se a exploração da pesca da baleia, que atraiu para a região centenas de pescadores, que fabricavam o óleo e exportavam a carne das baleias. A decadência das atividades de exportação fez com que a pesca artesanal se tornasse a principal atividade do local, que após a década de 60 deu espaço para o turismo. Praias, comércio e cultura Búzios oferece para seus visitantes vinte opções de praias paradisíacas, cada qual com seu perfil de visitantes. A praia Brava, por exemplo, é a Meca dos surfistas; a praia da Azedinha, com ondas calmas, é uma boa opção para diversão em família; a praia do Forno é ideal para mergulho, com seu fundo rochoso que abriga grutas e piscinas naturais; a praia de João Fernandes é a região do agito e da curtição, muito frequentada por turistas estrangeiros. Até os seguidores de práticas nudistas têm seu lugar: a praia Olho de Boi. Não é só da pesca e das belezas locais que a antiga vila de pescadores sobrevive. Os turistas que caminham pelas ruas do centro podem conferir como a cultura local convive em harmonia com a cultura de compras. A rua das Pedras é um exemplo dessa afirmação. É a passarela da moda! Um ponto comercial nesta rua pode valer alguns mil dólares. Ali, estão concentradas as grifes nacionais e internacionais, galerias de artes de artistas da Serviço Magistrado, não perca a oportunidade de fazer uma imersão cultural pelo litoral paulista e fluminense, além de congraçar com os Colegas. Reserve já o seu lugar nessa embarcação exclusiva da APAMAGIS. Para mais informações sobre o fretamento da APAMAGIS, entre em contato com a central de turismo da Associação no telefone (11) 3292-2200. *movimento artístico do cinema francês iniciado em 1958