Universidade do Algarve
Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente
Biologia & Geologia
Autores: Agostinho, S. nº 17897; Costa , R. nº 17422; Jorge, A.nº 17125; Paulino, S. nº 17891
Vacinas Anti-Vício | Nicotina
As vacinas contra a nicotina abrem um novo espaço na luta contra as dependências. Os resultados obtidos, através de experiências feitas
com ratos, prevêem que o ensaio em seres humanos será satisfatório;
INTRODUÇÃO;
A Imunofarmoterapia é o campo da ciência
médica que se ocupa destas investigações. A
nicotina é um derivado da família dos alcalóidessubstância orgânica azotada de propriedades
alcalinas, e, quimicamente, é inofensiva. Contudo,
na vida real, é conotada como uma droga de
dependência excessiva, com múltiplos efeitos para o
corpo humano. No âmbito da saúde pública e destas
experiências está a finalidade de luta contra o hábito
de fumar.
Uma vacina-tipo consiste em inocular, no
organismo, uma pequena quantidade dos agentes
responsáveis pela doença, para estimular o sistema
imunitário, de forma a gerar anti-corpos específicos.
Este sistema reage a qualquer corpo estranho. O
tabagismo começa a partir do momento em que dá
entrada, no cérebro, uma pequena molécula, a
nicotina.
A vacina NICVAX poderá ser a forma de
tratamento que proporcionará a independência da
nicotina a milhares de pessoas: actua, impedindo a
chegada desta substância aos centros do cérebro,
onde produz a sensação de prazer e exaltação, por
secreção de um tipo de receptor químico cerebral a DOPAMINA.
Face a esta inovadora vertente de tratamento
científico em questões de dependência de drogas,
surge o campo da Psicologia. Para um sucesso
máximo, é imprescindível o paralelismo entre a
dimensão
neuropsicológica
e
a
sóciocomportamental.
Os objectivos dos trabalhos experimentais e
produção desta vacina passam por:
• desactivar o desejo de desejar a nicotina,
impedindo este estímulo de chegar ao cérebro;
• obter uma acção do sistema imunitário na criação
de agentes capazes de reagir perante a nicotina;
METODOLOGIA / RESULTADOS;
• Foram injectadas doses elevadas de nicotina em
ratos de laboratório, com o intuito de torná-los
dependentes;
• Procedeu-se, diariamente, durante um período
longo, a uma administração em quantidade
equivalente a dez cigarros;
• Ao fim de uma semana, os ratos revelaram claros
sintomas de dependência;
ANÁLISE DOS RESULTADOS
(CÉREBRO DO RATO) / DISCUSSÃO;
GRUPO A -65% de nicotina
Face ao
GRUPO B;
As partículas de nicotina, que chegam ao sangue
em 7s através dos pulmões, são extremamente
pequenas, permitindo-lhes infiltrarem-se em
qualquer local do organismo;
• O seu tamanho e mobilidade são propriedades
mais que adequadas para invadirem o sistema
imunitário;
• A nicotina chega ao cérebro e atravessa a barreira
hematoencefálica após 5-8min, e este responde,
segregando uma substância designada de
dopamina, que produz uma sensação de prazer,
associada, desde logo, ao tabaco, entre outros
estados de ânimo  DEPENDÊNCIA: recordação
desta sensação e desejo de que se repita;
• A nicotina reduz a enzima MAO-B, reguladora da
secreção do receptor químico:
 [MAO B];
 incremento da dopamina
que, ao intervir no tálamo,
provoca necessidade
irreprimível de fumar;
GRUPO A
+40% [MAO], face
ao Grupo B
CONCLUSÃO / CONSIDERAÇÕES;
•O papel da vacina no organismo terá de ser o de
contrariar esta disposição da substância nociva.
•É preciso gerar algum tipo de bloqueio/barreira à
nicotina  o aumento do tamanho da partícula para
limitar a sua mobilidade;
Para activar a produção de anticorpos do sistema
imunitário, de modo a capturar as moléculas de
nicotina e redimensioná-las, tornando-as
inacessíveis ao cérebro, foi criado, em laboratório,
um composto que combina PROTEÍNA NÃO
TÓXICA + NICOTINA;
O composto, no sangue, é detectado pelo sistema
imunitário como corpo estranho e, imediatamente,
cria anti-corpos para neutralizá-lo: células de
memória;
Quando as moléculas simples de nicotina
contactam com o nosso sistema, são capturadas
pela reacção das defesas do corpo; conforme
trataram o composto artificial sintetizado, assim
procederão com a nicotina – os ANTI-CORPOS +
NICOTINA alcançam um tamanho impossível para
aceder ao órgão cerebral;
GRUPO A
Ratos dependentes COM
DOSE DE NICVAX
A nicotina que chega, somente, ao sangue,
não produz qualquer prazer que o sujeito
preveja.
Esta vacina, é uma vacina-activa, dado que
estimula, no interior do organismo, produção
de anti-corpos pelo sistema imunitário. Os anticorpos, ao contrário da maioria das outras, não
são produzidos sinteticamente.
A vacina, conforme estudada até aos dias
de hoje, traz imensas vantagens essenciais
clinica e socialmente:
• A vacina anti-tabaco inactiva, unicamente, a
secreção de dopamina, não provocando
qualquer reacção cerebral- via indirecta;
• Destaca-se de outras vacinas que neutralizam
o efeito hormonal- como se trata de substâncias
do próprio corpo, naturais, de funcionalidade
necessária para o organismo, gerava efeitos
secundários óbvios. A vacina anti-vício não
adopta este meio;
• A vacina tem carácter preventivo- um jovem
vacinado, se fumar um cigarro, não corre o risco
de dependência;
GRUPO B
Ratos dependentes SEM
DOSE DE NICVAX
A injecção de nicotina foi contínua, em doses
progressivamente mais reduzidas.
O desaparecimento não
provoca sintomas característicos da
síndroma de abstinência, ou seja,
não revela comportamento ansioso
de algo que esteve privado;
Nervosismo crescente,
hiperactividade dos ratos e
necessitam, quase
instintivamente, da substância
que lhes foi retirada.
A nicotina não activou os
mecanismos cerebrais que geram a
sensação de prazer.
Bibliografia: QUO, Novembro de 2001, pág..56
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