X CONGRESSO BRASILEIRO DE HIPNOLOGIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIPNOSE
55 anos
Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro
Associação de Hipnose do Estado de São Paulo
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Grupo de Psicoterapia Estratégica – UERJ
Instituto AmanheSer
Instituto Milton H. Erickson de Petrópolis
Rio de Janeiro, 28 a 30 de junho de 2012
X CONGRESSO BRASILEIRO
DE HIPNOLOGIA
PROGRAMA
LIVRO DE RESUMOS
Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro
Associação de Hipnose do Estado de São Paulo
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 28 a 30 de junho de 2012
X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
Assocaiação Brasileira de Hipnose – ASBH
Diretoria (Biênio 2010-2012):
Presidente: Célia Martins Cortez .
Vice Presidente: Miriam Pontes de Farias .
1º Secretário: Danielle Viana Magalhães.
2º Secretário: Dolores Rodriguez Barreiro.
1º Tesoureiro: Aurival Anderson da Silva Mendonça.
2º Tesoureiro: Mario Monteiro de Messas.
Direção do Depto de Medicina: Fernando Vasconcelos Ferreira.
Direção do Depto de Psicologia: Rui Fernando Cruz Sampaio.
Direção do Depto de Odontologia: Elenira de Sousa Domiciano.
Direção do Depto de Acupuntura: Tito Lívio L.de Oliveira R. Neto.
Diretora Divulgação e Eventos: Lais Helena da Rocha.
Direção de Cursos: Jarbas Delfino dos Santos.
Vogais:. Elie Cheniaux, Heleine Norman Clemente, M. Joana L. Barros e Eliana de Oliveira
Biblioteca: José Carlos Quintella.
Conselho Fiscal: Adelaide A. de Carvalho, Miguel Angel Singh Gil , Arquimedes V. Vale
Conselho Consultivo: Joel Priori Maia, Gilberto Gonçalves de Barros, João Jorge Cabral
Nogueira, João Silva dos Santos, Jarbas Delfino dos Santos.
Comissão Organizadora do X CBH:
Coordenação Geral:
Comissão Científica:
Célia Martins Cortez, ASBH, UERJ
João Jorge Cabral Nogueira, ASBH
Prof. Dra Célia Martins Cortez
Prof. Dr Miguel Chalub
Prof. Dr Elie Cheniaux
Dr João Jorge Cabral Nogueira
Equipe:
Arquimedes Viegas Vale - ASBH, MA
Fernando Vasconcellos Ferreira - ASBH, BA
Gilberto Barros - ASBH, RJ
Joel Priori Maia - AHIESP, ASBH, SP
José Manuel Marto - Portugal
Lais Helena da Rocha – SOHIMERJ e ASBH
Miguel Singh Gil - AHIESP, ASBH, SP
Miriam Pontes de Farias – ASBH e SOHIMERJ
Rui Fernando Cruz Sampaio - ASBH, PR
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
AGRADECIMENTOS
A Diretoria da ASBH e a Comissão Organizadora do IX CBH
agradecem a todos que colaboraram para a realização deste evento
e, de forma especial, aos pesquisadores, palestrantes e alunos que
colaboraram com seus trabalhos e suas apresentações orais.
APOIO
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Banco Itaú S/A
Instituto AmanheSer
Grupo de Psicoterapia Estratégica – UERJ
Instituto Milton H. Erickson de Petrópolis
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
A SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPNOSE, órgão representativo dos
Hipniatras e Hipnólogos no país, fundada em 1957, está realizando o X CONGRESSO
BRASILEIRO de HIPNOLOGIA (XCBH), na Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ), Instituição que deu apoio integral para que este evento se tornasse um
sucesso.
O XCBH está reunindo especialistas de renome nacional e internacional das áreas de
Hipnose Clínica e Hipnologia para trocar informações, debater e compartilhar
experiências e realizar discussões sobre o presente e o futuro do estudo da Hipnologia e
aplicações da Hipnose no Brasil.
A Comissão Científica trabalhou na elaboração de um programa abrangente, que
atendesse ao propósito da ASBH de promover a integração da pesquisa com a prática
clínica, com foco no aprendizado e na atualização de hipniatras, hipnoterapeutas e
hipnólogos.
Agradecemos a todos os colaboradores, amigos e instituições, que tornaram possível
estarmos aqui.
Damos as boas vindas a todos os participantes, estamos felizes com a sua presença e
colaboração em nossas sessões e certos que você nos ajudará a tornar o XCBH um evento
de grande relevância científica, com o seu trabalho ou com os seus questionamentos.
Acreditamos que esse encontro de 2012, no Rio de Janeiro, será uma experiência frutífera
e prazerosa para todos, como foi o IXCBH em 2008.
Célia Martins Cortez
Coordenação Geral
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Índice
Programa Geral
Programa - 28 dej unho
06
Programa - 29 de junho
07
Programa – 30 de junho
09
Resumos
Conferências
13
Mesas Redondas
15
Palestras
23
Painéis
32
Índice de autores
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
Programa 28/06/2012 – Quinta-feira - Auditório 113 – Campus UERJ - 11º andar
Manhã
08:30 – 9:15 – Abertura - Dra Célia Martins Cortez e Dr João Jorge C. Nogueira.
Conferência de Abertura:
09:15-10:05 – Os avanços das Neurociências da Cognição e do Comportamento na Hipnologia
Dr Mohamed Bazzi
10:05 – 10:20 - Coffee break
10:20 – 12:00 - Mesa Redonda: Aspectos Biológicos e Físicos da Hipnose .
Profa Drª Célia M. Cortez
Pós-graduação em Ciências Médicas, UERJ
Pós-graduação em Ciências
Computacionais,UERJ; Associação
Brasileira de Hipnose
Hipnose, Imobilidade Tônica
e EEG.
Profa Drª Adriana Fiszman
Instituto de Psiquiatria, IPUB, UFRJ
A Imobilidade tônica em
Humanos.
Dr Nelson Vilhena Granado
Grupo de Estudo de Hipnose Contemporânea
da UNIFESP, SP
Aspectos quânticos da
hipnose.
Tarde
Conferência:
12:50-13:40 – A história da regulamentação da hipnose pelos Conselhos Profissionais de
saúde e novos horizontes.
Dr Alexandre Trzan Ávila - Conselho Regional de Psicologia do RJ.
Palestras:
13:40-14:10 - Lançamento do Livro: Melhores Pais, Melhores Filhos.
Dra Angela Cota - Instituto Milton H. Erickson de Belo Horizonte, MG;.
14:10-14:40 - Hipnose no emagrecimento.
Dr Gilberto Barros - ASBH; Instituto Brasileiro de Hipnose Ericksoniana, RJ.
14:40-15:10 - Emprego da hipnose em rituais religiosos.
Dr Paulo Madjarof Filho - Universo Psi, SP.
15:10-15:30 - Coffee break
15:30-16:00 - A Habilidade Social no Desempenho .
Dr Gil Gomes - Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada, RJ
16:00-16:30 - Captação Psíquica.
Edson Reis - Instituto Brasileiro de Hipnose Holística - IBRAH
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
16:30-17:00 - Aplicação da hipnose nas disfunções sexuais psicogênicas.
Dra Célia Morais Pabst - Centro de Tratamento Mente e Corpo
Apresentação de Trabalho:
17:00-17:15 - Hipnoterapia em síndrome do pânico e coadjuvante no tratamento de câncer
renal. Dra M. Aparecida Gomes Costa - Instituto AmanheSer, RJ.
17:15-17:30 - Estresse Laboral: A hipnose para captação de recursos internos e mudança
comportamental em grupo. Betty Papelbaum, RJ
17:30-17:45 - Hipnose na Obstetrícia. Dra Leila Mariza de M. Mello - Serviço de Obstetrícia
da Santa Casa de Misericórdia do RJ; IP - Universidade Sta Úrsula
17:45-18:00 - Drama e Linguagem indireta como elementos de intervenção em hipnoterapia - Rosanna Jacobina Ribeiro - Depto de Psicologia Clínica, IP-UnB, DF.
Vídeo Conferência:
18:00-18:20 – Dra Teresa Robles, Centro Ericksoniano de México.
Programa 29/06/2012 – Sexta-feira – Auditório 113 – Campus UERJ - 11º andar
Manhã
08:30-10:00 – Mesa Redonda: Aplicações da Hipnose na Odontologia, Medicina e Psicologia.
Dr Miguel A. Singh Gil
ASBH; AHIESP; Serv de Oclusão
e ATM da Fac. de Odontologia,
USP, SP.
Critérios de inclusão do relaxamento
hipnótico em pacientes com disfunção
temporo-mandibular.
Dr João Silva Santos
ASBH, SOHIMERJ
Hipnose sobre casos clínicos atendidos
na Sala de Emergência.
Dr Tacariju T. de Paula Fº
ASBH, SOHIMERJ
Hipnose em Psicoterapia
10:00 – 10:20 - Coffee break
10:20- 11:50 - Mesa Redonda: Psicoterapia e Hipnose
Dr Osmar Colás
Grupo de Estudo de Hipnose
Contemporânea da UNIFESP, SP
Instituto de Psicologia, UERJ
Improvisação, hipnose e
psicoterapia
Dr Celso Lugão da Veiga
Dra Tamine J. Lean
Hipnose Cognitivo-comportamental
Instituto de Psicologia, UERJ
Importância do uso da metáfora na
hipnose Ericksoniana
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
Tarde
Conferência:
12:50-13:40 – Neurociência, Consciência e Hipnose.
Prof. Dr Francisco Di Biase - World Information Distributed University, Bélgica;
Centro de Imagem Computadorizada da Santa Casa da Misericórdia do RJ.
13:40-14:40 – Mesa Redonda: Aspectos da Hipno-odontologia
Dr Miguel A. Singh Gil
Serv de Oclusão e ATM da Fac.
Odontologia da USP, SP.
Relaxamento hipnótico na interrelação paciente-profissional na
clínica odontológica - casos clínicos.
Dra Elenira Domiciano
ASBH; SOHIMERJ
Mudança de estado de ansiedade
para um estado de tranquilidade.
Palestras:
14:40-15:10 - Grupo de Crescimento: Revisando a vida através da hipnose natural.
Dra Regina Nohra - Instituto Ericksoniano de Petrópolis, RJ .
15:10-15:30 - Coffee break
15:30-16:00 - Homenagem ao legado do Dr Fernando Rabelo: O Setor de Hipnose do
Hospital Miguel Couto.
Dr Lauro Rodriguez de Pontes - Instituto Brasileiro de Hipnose Holística, RJ.
16:00-16:30 - Hipnoterapia em trauma profundo.
Dr Ricardo Feix - Instituto Milton H. Erickson Brasil Sul, RS
16:30-17:00 - Hipnose e transtorno de conversão.
Dr Rui Fernando Cruz Sampaio - ASBH; Lab. de Hipnose Forense, Instituto de
Criminalística do Estado do Paraná, PR.
17:00-17:30 - Autoscopia - Terapia mente-corpo quântica.
Dr João Jorge C. Nogueira - ASBH; Instituto AmanheSer, RJ.
17:30-18:00 - Um Caso de hipnoanálise.
Dra Laís Helena Rocha, SOHIMERJ; ASBH.
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
Programa 30/12/2012 – Sábado – Espaço Ecumênico – Campus UERJ
Manhã
08:30 – 10:00 - Mesa Redonda: Psico-oncologia.
Dra Márcia Stephan
Sociedade Brasileira de PsicoOncologia – SBPO, RJ
Dra Ana Valéria Miceli
Instituto Nacional do Câncer;
Doutorado em Psicologia Clínica,
PUC-RJ
Dra Cecília Lessa e
Dra Flávia Teixeira
SBPO
SBPO; Mestrado em Saúde
Coletiva IESC/UFRJ
O paciente oncológico fora de possibilidade
terapêuticas?
Dra Clystine Abram O. Gomes
Instituto Brasileiro de Hipnose
Aplicada, RJ
Hipnose em pacientes oncológicos
Psico-Oncologia, o que é?
O paciente oncológico e sua família: uma
unidade de cuidado.
10:00 – 10:20 - Coffee break
10:20 – 11:50 - Mesa Redonda: Hipnose em Emergências
Dra Clystine Abram O. Gomes
Instituto Brasileiro de Hipnose
Aplicada, RJ
A hipnose como estratégia de enfrentamento
da Psicologia das catástrofes e da Psiquiatria
nos desastres naturais.
Lislie Shoenstatt Abram
Gomes
Instituto Brasileiro de Hipnose
Aplicada, RJ
Hipnose uma estratégia no atendimento a
crianças do desastre natural da Região
Serrana do Rio de Janeiro
Dr João Facchinetti
Instituto Ericksoniano de
Alagoas, Maceió, AL
Psicoterapia Ericksoniana em pacientes
queimados
Conferência:
11:20 – 12:40 - 42 anos de prática de hipnose e psiquiatria.
Dr Joel Priori Maia, Presidente da AHIESP; Diretoria da ASBH, SP
Tarde
Palestras:
13:40 – 14:10 - Construindo caminhos com a hipnose terapêutica: hipno-biodramaturgia.
Profª Dra Yedda Costa Reis, RJ
14:10 – 14:40 - Dor crônica, Epistemologia e Metodologia.
Prof. Dr Maurício S. Neubern - Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, DF
14:40 – 15:10 – Hipnosis Efigial, una nueva propuesta en Hipnoterapia.
Dr Abel Minacore - Director del Instituto Medico Psicologico de Rosario, Argentina
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
15:10 – 15:50 - Coffee break - Sessão de painéis (Subsolo).
15:50 – 16:20 - Tratamento comportamental da tricotilomania, em transe hipnótico.
Dr Fernando Vasconcelos - Diretor do Depto de Medicina da ASBH.
Conferência:
16:20 – 17:10 - Hipnose, um recurso de profunda exigência ética.
Dr José Manuel Marto, Portugal
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Conferências
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UERJ, Rio de Janeiro
C-01
OS AVANÇOS DAS NEUROCIÊNCIAS DA COGNIÇÃO E DO COMPORTAMENTO
NA HIPNOLOGIA
Mohamad Bazzi
Resumo. Muito ainda se desconhece da verdadeira natureza fisiológica da hipnose, mas uma busca
extensa e intensa por seu conhecimento tem aumentado. Atualmente, com os avanços tecnológicos e as
neurociências a hipnologia vêm sendo pesquisada sob uma nova perspectiva. Com o advento das
modernas tecnologias de neuroimagem dinâmica, tais como o PET (Tomografia por Emissão de
Positrões), o SPECT (Tomografia por Emissão de Fóton Único), a Ressonância Magnética Funcional, a
Eletroencefalografia de Alta-Resolução e a Magnetoencefalografia, a hipnose passou a ser estudada e
pesquisada com esta nova maneira de observar a anatomia funcional do encéfalo. Estes são aspectos
importantes da atual tendência da pesquisa neurobiológica, cujos resultados não parecem deixar dúvidas
quanto ao carácter fundamentalmente dinâmico do funcionamento do sistema nervoso central. Uma
revisão da literatura cientifica demonstra a relação da fenomenologia hipnótica com o estudo dos
processos mentais superiores como a atenção, emoção, motivação, cognição, memória, aprendizagem e a
linguagem. A presente conferência tem como objetivo trazer este panorama atualizado da pesquisa em
hipnologia.
C-02
NEUROCIÊNCIA E HIPNOSE
Francisco Di Biase, PhD, MD
World Information Distributed University, Bélgica.
Centro Universitário Geraldo Di Biase
Centro de Imagem Computadorizada, Santa Casa da Misericódia do RJ
Resumo. Estudos realizados durante estados hipnóticos e meditativos com EEG e PET scan
revelam que, tanto na hipnose quanto na meditação, as áreas com ritmo teta proeminente
no EEG (córtex frontal e especialmente o córtex cingulado anterior) são as que apresentam maior
perfusão de sangue no PET, revelando uma atividade metabólica mais intensa. Para se avaliar a
influência da hipnose sobre o corpo durante a percepção dolorosa foram realizados PET scans, que
quantificaram o fluxo sanguíneo cerebral regional (rCBF), que foi comparando ao registro da
atividade elétrica cerebral no EEG, se demostrando que a modulação hipnótica da dor é mediada pelo
córtex cingulado anterior. Os estudos com mapeamento cerebral realizados durante estados superiores
de consciência demonstram ainda a existência de uma sincronização elevada altamente ordenada das
ondas cerebrais constituindo ondas harmônicas únicas, como se todas as frequências de todos os
neurônios, em todos os centros cerebrais tocassem a mesma sinfonia, otimizando o tratamento
holográfico da informação. Os trabalhos revolucionários do Dr Karl Pribram, indicado ao Premio
Nobel por suas pesquisas sobre o campo holográfico de informação sinapto-dendrítica mostra que
estas oscilações produzem padrões de ondas que se interpenetram gerando interferência ou se
reforçando, que são descritos pelas transformações de Fourier, e que também são os fundamentos
matemáticos do holograma (Gabor), permitindo se utilizar a metáfora holográfica para modelar o
processamento na rede, e explicar a emergência da consciência. Este processamento holográfico é
otimizado através de práticas de hipnose e meditação, e o aprofundamento nos níveis de absorções
mentais durante a meditação está associado ao aumento do
rCBF na rede córticosubcortical relacionada ao sistema atencional cerebral. Estes resultados suportam uma teoria da
hipnose na qual a indução hipnótica reflete, pelo menos em parte, a modulação de áreas
cerebrais criticamente envolvidas na regulação da consciência.
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C-03
42 ANOS DE PRÁTICA DE HIPNOSE E PSIQUIATRIA
Joel Priori Maia
ASBH, AHIESP
Resumo. A hipnose é um procedimento abrangente que se imbrica em quase todas as
especialidades médicas. Apesar de parecer complicada, as suas técnicas são de simples
aplicação e dependem da relação profissional-paciente para que as suas fases se processem
naturalmente. Todavia, não basta conhecer a técnica. O profissional deve ser perito na indução,
na manutenção e na condução do estado hipnótico. O paciente deve possuir imaginação,
atenção, concentração e memória dentro de padrões ditos normais para que possa atingir graus
de profundidade adequados para o procedimento psicoterápico. Não sendo sono, mas um
estado de consciência, situado entre o sono e a vigília, produz hipermnésia que se traduz em
vivências ou até mesmo fantasias e evocações. Isso faz fluir para a consciência registros
situados neste patamar ou abaixo dele, o que permite ao hipnoterapeuta acessar dados de suma
importância para o desenvolvimento da psicoterapia, facilitando o próprio tratamento, como se
vem observando no decorrer as últimas quatro décadas. A Psiquiatria se constitui na
especialidade médica de escol para a sua aplicação de forma isolada ou associada com outros
procedimentos e com a terapia medicamentosa. Assim, se conclui que se trata de um
procedimento de grande valia para a execução de uma psicoterapia sob hipnose, antes de uma
hipnose sob psicoterapia.
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Resumos
Mesas Redondas
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MR1-01
Hipnose, Imobilidade Tônica e EEG
Célia Martins Cortez1,2,3 e Dilson Silva1,2
1Programa
2Programa
de Pós-graduação em Ciências Médicas, UERJ
de Pós-graduação em Ciências Computacionais, UERJ
3Associação Brasileira de Hipnose – ASBH
Resumo. O objetivo do presente trabalho é apresentar uma discussão sobre as mudanças
eletroencefalográficas durante o estado de hipnose em animais e humanos, buscando contribuir para o
entendimento dos fenômenos atribuídos a este estado. Com esta finalidade, livros e bases eletrônicas
de dados foram consultados e artigos originais sobre hipnose e imobilidade tônica, publicados entre
1966-2012, foram selecionados, tendo sido excluídos aqueles que se afastavam da visão eletroneurofisiológica da hipnose. Conclusões: A hipnose envolve mecanismos distribuídos por ampla área
encefálicas, resultantes da sua crescente complexidade ao longo da evolução, desde mecanismos de
imobilidade tônica típica de muitas espécies animais, até alcançar o potencial cognitivo-emocional
humano. Sugestões verbais hipnóticas alteram o sincronismo das ondas cerebrais em áreas do córtex
fronto-parietal esquerdo, sugerindo ativação da memória de trabalho e do processo top-down para reinterpretar estímulos sensoriais. A hipnose é um fenômeno complexo que pode ser associado com
muitos polimorfismos genéticos. É possível que um gene responsável pelo grau de atenção e
hipnotizabilidade, podendo a dopamina estar envolvida em mecanismo comum interligando esses dois
parâmetros. Muitos estudos em tem evidenciado mecanismos eletro-neurofisiológicos que sustentam a
visão da hipnose não só como um eficiente recurso em procedimentos médicos e odontológicos,
funcionando como auxiliar na analgesia e sedação, mas também como excelente ferramenta
psicoterapêutica.
MR1-02
A IMOBILIDADE TÔNICA EM HUMANOS
Adriana Fiszman, PhD, MD
Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ
Resumo. A imobilidade tônica (IT) é estudada em inúmeras espécies como o último recurso da
cascata defensiva antipredatória, sendo acionada quando as respostas de fuga ou luta são ineficazes,
devido ao confinamento mortal da presa. Esta reação caracteriza-se por inibição motora acentuada,
interrupção da vocalização, fechamento dos olhos e analgesia, por isso também é chamada de “fingir
de morto” e de “hipnose animal”. Em humanos, a imobilidade tônica vem sendo descrita por pelo
menos dois séculos, porém somente na última década foram desenvolvidos estudos sistemáticos sobre
este fenômeno em mulheres vítimas de estupro (“paralisia do estupro”) e, mais recentemente, em
homens e mulheres vítimas de vários tipos de trauma, como, por exemplo, violência urbana. É comum
que mulheres que ficam imóveis durante o estupro sejam vítimas de preconceito, até mesmo por parte
do sistema legal, por não terem tentado impedir a agressão. Da mesma forma, a paralisia em outras
situações inescapáveis, como, por exemplo, assalto a mão armada, pode levar a vítima a se sentir
culpada pela ausência de reação. Com o objetivo de diminuir a culpa e o preconceito e garantir o
suporte social às vítimas, é fundamental que seja disseminada para a sociedade que a imobilidade
tônica ocorre em humanos como uma reação involuntária (não aprendida) e que, portanto, não
significa fraqueza pessoal. Uma série de estudos mostrou que pessoas que reagem com imobilidade
tônica no momento do trauma – imobilidade tônica peritraumática – têm maior chance de desenvolver
o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Além disso, a imobilidade tônica peritraumática pode
levar a um tipo mais grave de TEPT, que responde mal ao tratamento farmacológico convencional.
Esses achados apontam para a necessidade de avaliar a ocorrência deste fenômeno em vítimas de
diferentes tipos de trauma para acompanhar precocemente os indivíduos em risco de desenvolver
TEPT ou outros transtornos psiquiátricos.
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MR1-03
ASPECTOS QUÂNTICOS DA HIPNOSE
Nelson Vilhena Granado
Grupo de Estudo de Hipnose Contemporânea da UNIFESP
Resumo. A partir dos conhecimentos gerados pela mecânica quântica, apresentados pelo físico alemão
Max Planck em 1900, pela concepção das ondas de probabilidade sugeridas pelo austríaco Erwin
Schrödinger em 1926, pelo Princípio da Incerteza formulado pelo alemão Werner Heisenberg em 1927,
e pelos avanços tecnológicos desenvolvidos no decorrer do século XX, a ciência se deparou com
caminhos surpreendentes. Todo corpo apresenta comportamento onda/partícula e essa dualidade
comportamental é mais perceptível e evidente à medida que se observa partículas sub atômicas. As
pesquisas laboratoriais no campo da física, sempre acompanhadas de modelos e explicações bem
estruturados, levaram os cientistas a descobrirem que um corpúsculo pode se comportar como onda ou
partícula dependendo da existência ou não de um observador. Para saber se um corpúsculo é onda ou
partícula precisamos conhecer sua velocidade, ou sua localização. Enquanto não soubermos nem a
posição e nem a velocidade esse corpo é, em termos potenciais, simultaneamente onda e partícula.
Enquanto esse corpúsculo não for observado ou medido, sua identidade não está determinada. Esse
conceito “absurdo” para o senso comum é conhecido como Princípio da Incerteza de Heisenberg e é
um elemento fundamental para compreendermos aspectos da física quântica. No instante que antecede
à observação, a identidade da partícula é puro potencial de possibilidades. No momento em que, ou ela
é localizada – nesse caso ela é partícula – ou tem sua velocidade determinada – então ela é onda – o
potencial de ser isso ou aquilo “sucumbe” em uma única natureza. É a observação que transforma a
possibilidade em realidade. A partir dessas formulações e de aprofundamentos teóricos e experimentais
foi possível comprovar que há eventos que simultaneamente podem estar em dois lugares. Em outras
palavras, dois eventos em dois locais diferentes podem na verdade ser observações do mesmo evento!
Para tentar “materializar” tais experimentos enunciados pela teoria e verificados em laboratório foi
proposto um nível de existência chamado hiperespaço octadimensional de Minkowski, no qual a
distância entre dois eventos, por mais separados que possam parecer no espaço-tempo, é sempre zero.
Isso sugere uma dimensão da existência em que tudo está unido. Niels Bohr dizia que a consciência era
capaz de colapsar a dualidade onda/partícula. Sem a consciência tudo existe como pacotes de puro
potencial de possibilidades. Procedendo uma extensão desses experimentos conclui-se que todo e
qualquer evento pode, em cada momento, estar ocorrendo simultaneamente em infinitos outros pontos
com o potencial de serem alterados a partir da consciência do observador. Devido a isso, dentro dessa
visão quântica, podemos “classificar” a realidade em física, quântica e campo de potencial. E são
nesses três níveis de realidade que o paciente em transe hipnótico pode ser trabalhado pelo hipnotista
experiente. Esse terceiro nível também poderia ser chamado não-local, virtual ou espiritual. Ressalta-se
aqui o paralelo necessário entre esses conceitos e nomenclaturas espiritualista e acadêmica. E aqui
ficam as “classificações” da realidade ou das dimensões de manifestação: visão espiritualista (física,
etérica, astral, mental inferior, mental superior, causal e espiritual), visão espírita (física, periespiritual e
espiritual), visão psicológico-acadêmica (física, emocional e mental/espiritual) e visão quântica (física,
quântica e esfera não-local).
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
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UERJ, Rio de Janeiro
MR2-01
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DO RELAXAMENTOHIPNÓTICO EM PACIENTES
COM DISFUNÇÃOTEMPORO MANDIBULAR, DO SERVIÇO DE OCLUSÃO E
ATM DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DAUNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO / SOA-USP: RELATO CLÍNICO.
Miguel Angel Singh Gil e colaboradores
Serviço de Oclusão e ATM, Faculdade de Odontologia, USP.
Resumo. Paciente com exacerbadas manifestações de sinaise sintomas próprios das DTM, foi
atendida no SOA-USP, aplicando “Auto-Hipnose através do Relaxamento Progressivo com
Respiração Diafragmática", baseada na metodologia de Schultzt e modificada pelos parâmetros do
SOA-USP. O intuito é aliviar principalmente o estresse provocado pela sintomatologia dolorosa, a
elevada ansiedade e outros desconfortos por zumbidos, estalos e ruídos provocados pelas DTM; como
também para controlar o evidente desgaste dos dentes, produto do bruxismo-briquismo
(vertical/horizontal) e outros hábitos para funcionais. A dor e sua manifestação em locais de acordo a
queixa principal, foram fatores predisponente nesta pesquisa, que considera como referência os
trabalhos do cientista Pierre Rainville, que relaciona as vias neurais mais prováveis da dor com as
mais prováveis vias do transe hipnótico.
MR2-02
HIPNOSE SOBRE CASOS CLÍNICOS ATENDIDOS NA SALA DE EMERGÊNCIA
João Silva Santos
Associação Brasileira de Hipnose
Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro
Resumo. O presente trabalho tem como objetivo mostrar a ação da Hipnose sobre casos clínicos
atendidos na Sala de Emergência. Em alguns casos a Hipnose foi utilizada como recurso
complementar do tratamento e em outros casos como o único tratamento empregado. Resumo de caso
clínico: Caso18 - Asma brônquica - MG, fem, br, 23 anos, 1980. Deu entrada na UE/HCE às 11 horas,
trazida de ambulância, em estado de mal asmático, sudoréica, dispneica, sibilos audíveis, taquicárdica,
pálida etc. Já estava medicada com broncodilatadores e tranquilizantes e a dispnéia continuava
intensa. Paciente não conseguia falar; tentava responder com o olhar. Familiares informaram que ela
já estava no 3º dia de crise. Paciente foi claramente resgatada da crise, pela hipnoterapia, 3 sessões.
MR2-03
HIPNOSE EM PSICOTERAPIA
Tacarijú Thomé de Paula Filho
Associação Brasileira de Hipnose
Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro
Resumo. O objetivo deste trabalho é explorar a possibilidade do estado hipnótico estar presente na
psicoterapia tradicional, sem que para isto haja intenção direta do psicoterapeuta. A neurociência
desconhece como a consciência evoca certas memórias, fato que abre inúmeras possibilidades de
interpretação para as manifestações desta consciência. O estado hipnótico é manifestação da
consciência, estando submetido às dificuldades de interpretação de outras manifestações, como os
sintomas psicológicos, descritos em suas causas por diferentes abordagens teóricas em Psicologia.
Parece que o divã e as associações livres sugerem uma interiorização da consciência, semelhante ao
que ocorre no estado hipnótico. Do mesmo modo, as visualizações e imaginações conduzidas durante
o processo psicoterapêutico sugerem a mesma interiorização. Assim sendo, é possível admitir-se a
presença do estado hipnótico em determinadas situações do processo psicoterapêutico, sem que para
isto o terapeuta formalize um processo de indução e de sugestão. Assim, as técnicas psicoterápicas
tradicionais parecem funcionar igualmente com o paciente em estado hipnótico, além de sugerir maior
eficácia ao serem aplicadas com a consciência neste estado.
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
MR3-01
IMPROVISAÇÃO, HIPNOSE & PSICOTERAPIA
Celso Lugão da Veiga
Grupo de Psicoterapia Estratégica, Instituto de Psicologia, UERJ
Resumo. Improvisação é a negação do previsto, do planejado; decorre do processo da criatividade.
Portanto, o que se propõe é uma reflexão sobre diferentes ângulos do tema da improvisação frente aos
campos da hipnose e da psicoterapia. À guisa de conclusão se declara que é a improvisação que
permite manter o ensino de teorias, métodos e técnicas em psicoterapia em constante evolução.
Donde, recomenda-se especial atenção às estratégias de treinamento dos terapeutas, bem como
acentuar o debate em prol de temas filosóficos como: as vantagens dos sistemas em aberto, o
ecletismo crítico, o pluralismo teórico e, quiçá, a busca por uma teoria unificada. Pela perspectiva
evolucionista e histórica, a improvisação remete a assuntos conexos como a sobrevivência das
espécies e a simulação. Já por um ângulo epistemológico implicaria em se pensar sobre as mudanças
de paradigmas (T. Khun) e cosmovisão (Weltanschauung). E, no que tange à psicologia e ao ensino
das psicoterapias, a improvisação permite uma reflexão sobre o tema das crenças, as regras básicas
que norteiam todo corpo de conhecimento - crença é a orientação cognitiva fundamental de um
indivíduo ou de toda uma sociedade. Sob o viés do pensamento cognitivista as crenças estão
inextricavelmente ligadas às emoções, sendo guias permanentes sobre o modo de agir e reagir das
pessoas. Logo, a improvisação sugere, clama e garante a flexibilidade das regras, das crenças
norteadoras, o que implica em se pensar sobre o tema das mudanças. Seja a mudança de sintomas de
um cliente, sob o prisma da psicologia clínica. Seja o treinamento e suas estratégias para transformar
alunos em psicoterapeutas, o que remete aos binômios informação versus formação, rigor versus
rigidez diante das inúmeras abordagens teóricas. Numa escala mais ampla, filosófica e pedagógica, se
poderia argumentar que a capacidade inventiva e criadora para se funcionar com diferentes tipos de
metáforas e/ou teorias – a flexibilidade para se transformar o estranho em familiar e o familiar em
estranho - favorece as mudanças epistemológicas, auxiliando o conhecimento a prosperar.
MR3-02
IMPORTÂNCIA DO USO DA METÁFORA NA HIPNOSE ERICKSONIANA
Tamine J. Lean
Grupo de Psicoterapia Estratégica, Instituto de Psicologia, UERJ
Resumo. Milton H. Erickson desenvolveu Metáforas Terapêuticas, sendo reconhecido como grande
especialista em sua construção e enunciação. Este trabalho pretende salientar a importância do uso da
Metáfora, como instrumental relevante junto à hipnose. Permite que se transfira conceitos, entre
situações, estimulando reflexões, propiciando novas possibilidades. Pode ser usado em outros setores
onde se deseje estimular a aprendizagem. Satisfaz um dos objetivos principais das práticas
psicoterapêuticas ao provocar novas percepções e crenças desencadeando mudanças nos padrões de
comportamento. Propicia também o acesso a recursos motivacionais como Esperança e Resiliência
(Consuelo Casula). As metáforas são construídas com base em histórias retiradas de fábulas,
parábolas, contos zen e outros, ou podem ter sua origem na criatividade e habilidade do terapeuta em
formulá-las e, com base na Utilização, relacioná-las à problemática e às características de
personalidade do indivíduo. É no espaço particular que ela se encaixa de forma bastante peculiar.
Envolve o que existe de forma experiencial em cada um e, contando com identificações, acaba sendo
absorvida e provoca intuições diferenciadas. Respeita, portanto, a individualidade e a liberdade
interpretativa, e certamente desafia o esclarecimento de ambiguidades. Neste âmbito, a Metáfora
neutraliza defesas, ao fazer abordagem de forma indireta, permitindo o acesso mais imediato à mente
inconsciente e aos recursos que desencadeiam forças poderosas para promoção de mudanças
evolutivas nas pessoas e em suas relações. Buscar o manejo adequado deste instrumento é passo
importante nesta abordagem terapêutica
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
MR4-01
RELAXAMENTO HIPNÓTICO NA INTER-RELAÇÃO PACIENTE-PROFISSIONAL
NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA - CASOS CLÍNICOS.
Miguel Angel Singh Gil
AHIESP/CROSP/APCD
Resumo. Demonstrar a importância do Relaxamento Hipnótico no atendimento a pacientes na clínica
odontológica, especialmente nos casos em que os mesmos apresentam elevada ansiedade e dor. Casos
clínicos de cirurgia de implante dentário com hipno-anestesia; atendimento a pacientes com Disfunção
Temporo-mandibular e paciente especial com deficiência intelectual e dificuldade para abrir a boca.
MR4-02
MUDANÇA DE ESTADO DE ANSIEDADE PARA UM ESTADO DE
TRANQÜILIDADE
Elenira de Sousa Domiciano
Diretora do Depto de Odontologia da SOHIMERJ
Resumo. O presente trabalho tem como objetivo apresentar técnicas que mudam o estado de
ansiedade em pessoas com trauma ao tratamento dentário. Quando nos deparamos com pessoas que já
sofreram algum tipo de agressão física ou psicológica, percebemos um estado de ansiedade quando se
fala sobre o assunto ou quando ela ou ela tem que passar por aquela experiência outra vez. Um
exemplo clássico desse estado é encontrado diariamente nos consultórios dentários. Muitas vezes
temos que usar de muita paciência e humanidade para entender que essa emoção muitas vezes é
incontrolável. O uso da hipnose facilita muito nosso trabalho. Usando técnicas simples conseguimos
transformar esse estado de ansiedade em um estado de tranquilidade. Uma das técnicas mais usadas
por nós cirurgiões dentistas é o treinamento autógeno. O paciente aprende a controlar seu estado e nos
ajuda muito quando temos que realizar algum procedimento clinico ou cirúrgico. Usamos também a
técnica de relaxamento progressivo com ótimos resultados. Nos casos mais severos de fobia fazemos
de seis a oito consultas de relaxamento para que haja uma nova programação mental e o paciente se
sinta tranquilo no consultório, seja ouvindo o barulho do motor quando for realizar uma restauração
ou ter que tomar uma anestesia para uma cirurgia.
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
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MR5-01
PSICO-ONCOLOGIA:O QUE É.
Marcia Stephan
Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia
Resumo. A Psico-Oncologia representa a área de interface entre a psicologia e a oncologia e utiliza
conhecimento educacional profissional e metodológico provenientes da Psicologia da Saúde com
aplicação: 1º- Na assistência ao paciente oncológico e sua família e aos profissionais de saúde
envolvidos com a prevenção, o tratamento a reabilitação e a fase terminal da doença; A PsicoOncologia representa a área de interface entre a psicologia e a oncologia e utiliza conhecimento
educacional, profissional e metodológico provenientes da Psicologia da Saúde com aplicação: 2º- Na
pesquisa e no estudo de variáveis psicológicas e sociais relevantes para a compreensão da incidência,
da recuperação e do tempo de sobrevida após o diagnóstico do câncer; 3º- Na organização de serviços
de oncologia que visem o atendimento integral ao paciente (físico e psicológico) enfatizando de modo
especial a formação e o aprimoramento dos profissionais de saúde envolvidos nas diferentes etapas do
tratamento.” Gimenes 1994.
A Psico-Oncologia trata da única dimensão que está presente em
todo o caminho de um tratamento e que sem ela não pode existir: o contato humano. Na atualidade
não se concebe um tratamento oncológico completo que não seja interdisciplinar. Este campo e
atuação abrange o paciente, seus familiares e grupo de apoio bem como a equipe de saúde. A PsicoOncologia abranje a prevenção, o tratamento, a reabilitação e a reinserção social. A Bioética, a
espiritualidade, a Tanatologia o Luto , o manejo da dor e a comunicação de más notícias são
disciplinas atinentes ao profissional da Psico-Oncologia.
MR5-02
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO PACIENTE COM CÂNCER
Ana Valéria Paranhos Miceli
Instituto Nacional do Câncer, INCA
Doutorado em Psicologia Clínica, PUC-RJ
Resumo. O adoecer é uma ameaça à auto-imagem corporal idealizada, à identidade e à própria
existência do indivíduo, pois o confronta com a angústia de deixarmos de existir de forma total
(morte) ou parcial (mudanças bio-psico-sociais). O diagnóstico de câncer pode gerar transtornos
afetivos e provocar um afunilamento do campo perceptivo, fazendo com que o paciente só veja a
doença e suas consequências, reais ou fantasiadas, o que pode ser reforçado pelo ambiente hospitalar
(contato com outros pacientes e com a equipe de saúde) e pelos demais sistemas envolvidos, como a
família e a rede social. O paciente com câncer com frequência apresenta sintomas físicos, psicológicos
e sociais, advindos da doença e/ou dos tratamentos, que repercutirão na sua rotina de vida e na sua
vida pessoal, familiar, social e profissional. O aparecimento dos sintomas, seu tempo de duração e sua
resolução vão depender das características do indivíduo, do tipo e tempo de doença e de tratamento e
de suas sequelas, do tempo de diagnóstico, do alívio ou não dos sintomas, do prognóstico e
expectativas de cura ou morte, do tipo de personalidade, da história pessoal e familiar, do momento do
seu ciclo de vida, do suporte afetivo, familiar e social, do nível cognitivo, educacional e cultural, das
crenças pessoais e religiosas, da relação com a equipe, e de diversas outras variáveis. Com a ajuda de
equipe multiprofissional e de preferência interdisciplinar, é possível debelar, ou ao menos aliviar,
estes sintomas e/ou o peso a eles atribuído.
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
MR5-03
CUIDADOS PALIATIVOS - O PACIENTE FORA DE POSSIBILIDADE DE CURA?
Cecília Lessa¹, Flávia Teixeira1,2
¹Sociedade Brasileira de Psicooncologista
²Mestrado em Saúde Coletiva IESC/UFRJ
Resumo. O presente trabalho visa como ponto principal conceituar Cuidados Paliativos e ressaltar
seus princípios e a sua importância em serem aplicados de forma conjunta com as terapêuticas capazes
de modificar o curso da doença. Procuramos destacar também como a paliação pode beneficiar o
paciente à medida que o tratamento em busca da cura esgota suas possibilidades. É uma abordagem a
qual se oferece um cuidado integral ao doente, desde o controle dos sintomas, alívio da dor e do
sofrimento psicológico, social e espiritual. Essa prática também é estendida aos familiares que
acompanham o paciente, desde o início até o pós-luto, bem como os profissionais que atuam
diretamente com essa temática. A presente exposição objetiva principalmente trazer à tona o tema que
ainda permanece como grande tabu para a sociedade ocidental: A morte. Ou seja, privilegiar o
cuidado e não o abandono quando não há mais possibilidade de cura. A frase de Cicely Saunders
sintetiza a ideia a qual queremos propagar, transformar o “Não há nada a fazer” em “Ainda há muito a
fazer” é a tônica desse movimento humanitário e revolucionário.
MR6-01
MR6-1
A HIPNOSE COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO DA PSICOLOGIA DAS
CATASTROFES E DA PSIQUIATRIA NOS DESASTRES NATURAIS
Clystine Abram Oliveira Gomes
Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada
Resumo. A utilização da hipnose, como ferramenta auxiliar no socorro as vitimas da catástrofe
ocorrida em Teresópolis - Rio de Janeiro em janeiro de 2011, demonstrou através do relato das
vítimas que passaram pelo processo, ser um instrumento útil na reestrutura e flexibilização de
pensamentos sobre o luto, as perdas materiais e a culpa das pessoas que foram atendidas com a
utilização das técnicas da hipnose.
MR6-02
MR6-1
PSICOTERAPIA ERICKSONIANA EM PACIENTES QUEIMADOS
João Facchinette
Instituto Ericksoniano de Alagoas
Resumo. Este trabalho consiste em uma pesquisa experimental sobre a capacidade da psicoterapia
ericksoniana atuar na dor de pacientes queimados. Nele se pretendeu identificar a capacidade da
hipnose reduzir a dor dos pacientes, utilizando-se das crenças dos próprios pacientes acerca do que é
capaz de curar ou minorar a dor para eles. Intervindo através de uma indução hipnótica padrão, no
intuito de manter uma rigidez científica, as crenças são inseridas nesta indução em forma de
metáforas. A informação coletada dos pacientes acerca da intensidade dolorosa aponta na direção de
uma redução estatisticamente significativa.
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28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
MR6-02
HIPNOSE: UMA ESTRATÉGIA NO ATENDIMENTO A CRIANÇAS DO DESASTRE
NATURAL DA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO
Lislie Schoenstatt Abram Oliveira Gomes, Clystine Abram Oliveira Gomes
Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada
Resumo. A tragédia provocada pela chuva na região serrana do Rio de Janeiro envolveu diversos
deslizamentos destruindo até mesmo bairros inteiros, matando 916 pessoas e desalojando 35.000,
especificamente no dia 11 janeiro de 2011. Diante da calamidade provocada pela chuva, poucos dias
depois a equipe de psicólogos, médicos e estagiários do Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada
(IBH) voluntariamente se dirigiu para Teresópolis com o intuito de prestar atendimento psicológico às
vítimas do desastre. Chegando no local onde as vitimas estavam abrigadas, a equipe verificou que no
momento pós desastre, a população se encontrava em estado de choque e com necessidade de
intervenção rápida e eficaz para auxilia-la a administrar a ansiedade no enfrentamento do trauma e
para tomada de decisões em relação ao que poderiam fazer diante de total destruição psicológica e
social. A hipnose é um procedimento abrangente que se imbrica em quase todas as especialidades
médicas. Apesar de parecer complicada, as suas técnicas são de simples aplicação e dependem da
relação profissional-paciente para que as suas fases se processem naturalmente. Todavia, não basta
conhecer a técnica. O profissional deve ser perito na indução, na manutenção e na condução do estado
hipnótico. O paciente deve possuir imaginação, atenção, concentração e memória dentro de padrões
ditos normais para que possa atingir graus de profundidade adequados para o procedimento
psicoterápico. Não sendo sono, mas um estado de consciência, situado entre o sono e a vigília, produz
hipermnésia que se traduz em vivências ou até mesmo fantasias e evocações. Isso faz fluir para a
consciência registros situados neste patamar ou abaixo dele, o que permite ao hipnoterapeuta acessar
dados de suma importância para o desenvolvimento da psicoterapia, facilitando o próprio tratamento,
como se vem observando no decorrer as últimas quatro décadas. A Psiquiatria se constitui na
especialidade médica de escolha para a sua aplicação de forma isolada ou associada com outros
procedimentos e com a terapia medicamentosa. Assim, se conclui que se trata de um procedimento de
grande valia para a execução de uma psicoterapia sob hipnose, antes de uma hipnose sob psicoterapia.
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
Resumos
Palestras e
Trabalhos Apresentados
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
PL-01
HIPNOSE NO EMAGRECIMENTO
Gilberto Gonçalves de Barros
Instituto Brasileiro de Hipnose Ericksoniana
Resumo. A obesidade é uma doença caracterizada por um excessivo acúmulo de gordura nos tecidos.
Ela é muito mais do que um problema com a aparência física, é um enorme perigo para a saúde. A
obesidade é um estado de excesso de massa adiposa. É uma doença crônica, complexa e multifatorial.
Ela não depende apenas da relação de ingestão e queima de calorias pelo corpo humano. Alterações
fisiológicas e doenças relacionadas com a obesidade: Diabetes tipo II, hipertensão arterial, aumento da
gordura no sangue (triglicerídios e colesterol), infarto do miocárdio, osteoartrose, aumento de
incidência de cálculos biliares, dispnéia de esforço, dispnéia do sono etyc. A obesidade também está
relacionada a maiores taxas de certos tipos de câncer. Objetivos no tratamento da obesidade, pela
hipnose: prevenir o aumento de peso; eeduzir o peso atual; manter o peso adequado em longo prazo.
Através da hipnose, na solução de problemas da obesidade, procuramos justamente compreender
quais são as verdadeiras causa que levam o indivíduo a ter um comportamento alimentar inadequado e
pouco saudável e, através de várias técnicas, tratar e “reprogramar” estas causas. Para isto, o paciente
precisa estar motivado para tornar-se esbelto e modificar o estilo de alimentação e de vida, modificar
seus pensamentos sobre os alimentos e sobre ele mesmo, aderir a atividade física prazerosa e a uma
alimentação saudável e favorável ao seu tratamento para emagrecer. Para eliminar peso requer
autoconfiança, perseverança e assumir responsabilidades sobre as escolhas diárias quanto a
alimentação e ao estilo de vida. Fatores psicológicos associados à obesidade: ansiedade, baixa autoestima, solidão, carências, angústias, traumas na infância, decepções amorosas, insegurança,
necessidade de defesa, muitas vezes preenchidas com ingestão inadequada de alimentos etc. Técnicas
de hipnose no tratamento da obesidade: sugestões e metáforas, instruções de processos,
ressignificação em transe, sub-modalidades, regressão de idade, pseudo-Orientação no Tempo,
autoscopia com cirurgia do estomago, balão intragástrico hipnótico, auto-hipnose.
PL-02
EMPREGO DA HIPNOSE NOS RITUAIS RELIGIOSOS: ANÁLISE CRÍTICA E
COMPARATIVA DA METODOLOGIA DE INDUÇÃO HIPNÓTICA COM A
LITURGIA RELIGIOSA
Paulo Madjarof Filho, Adelita Fátima de Almeida
Associação de Hipnose do Estado de São Paulo
Resumo. Este trabalho tem por objetivo identificar os aspectos comuns cientificamente reconhecidos
no emprego da hipnose experimental em pareamento com as estratégias observadas na liturgia
religiosa. Os rituais analisados estão relacionados a denominações religiosas que foram escolhidas em
razão de sua importância e projeção na cultura brasileira. Sob a perspectiva da metodologia formal de
indução ao transe, analisamos e avaliamos os elementos comuns presentes na liturgia religiosa e na
metodologia elementar de indução ao transe hipnótico. As observações baseadas em nosso estudo
demonstraram aspectos e estratégias comuns no método de indução ao transe religioso com resultados
assemelhados ao denominado estado hipnótico.
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
PL-03
O AUXILIO DA HIPNOSE NO TREINAMENTO DE
HABILIDADES SOCIAIS (THS)
Gil Gomes
Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada
Resumo. Alguns transtornos de ansiedade como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG),
Fobia Social e Síndrome do Pânico, em muitos casos, resultam no isolamento social do paciente e na
percepção de que não receberão ajuda de outras pessoas em caso de situações de risco sociais ou
pessoais. Portanto, é comum que essas pessoas procurem poucos contatos sociais e deixem de praticar
e aprender as habilidades sociais, que é um conjunto de habilidades cognitivas e comportamentais
utilizadas para atender a demandas sociais e interpessoais pessoais próprias e do outro. Nesse sentido,
os déficits das habilidades sociais podem provocar fugas e esquivas de situações sociais pelo paciente
e com isso, funcionar como mantenedoras e reforçadores dos transtornos em questão. Nesse caso, o
paciente pode necessitar de Treinamento em habilidades sociais e desse modo, a hipnose pode
funcionar como uma ferramenta de apoio útil nos exercícios de enfrentamento através da imaginação
de situações entendidas como de risco pelos pacientes.
PL-04
CAPTAÇÃO PSÍQUICA
Edson Reis
Instituto Brasileiro de Hipnose Holística
Resumo. A Captação Psíquica pode ser entendida como uma interação entre os inconscientes das
pessoas envolvidas, isto é, o captador e o cliente, com o auxílio de um terapeuta. Esta interação entre
o inconsciente de duas pessoas pode ser provocada pelo transe hipnótico e pode ser a condição
necessária para algumas abordagens terapêuticas que se utilizam de algum tipo de transe hipnótico
como, por exemplo, Constelações Familiares. A Captação Psíquica é uma abordagem terapêutica que
permite atender aos clientes com o auxílio de outra pessoa que faz o papel de captadora. Usando esta
técnica o terapeuta pode acessar memórias inconscientes contornando possíveis resistências e
bloqueios que surgiriam tratando o cliente diretamente. Esta abordagem permite também, obter
informações úteis mesmo quando o cliente está ausente. Por causa disso tem sido usada no
atendimento de crianças pequenas de qualquer idade, pessoas gravemente enfermas, mulheres
grávidas, pessoas autistas, com déficit de atenção ou com qualquer problema que impeça o
atendimento direto com o uso da Hipnose ou da Terapia Regressiva. No trabalho que venho
realizando, de pesquisas e atendimentos, com o auxílio da Captação Psíquica, treinei algumas pessoas
que percebi serem sensitivas. Geralmente alunas do curso de formação de terapeutas que oferecemos
no IBRAH. Nenhuma dessas pessoas tinha qualquer tipo de treinamento ou “desenvolvimento”
anterior em qualquer disciplina, culto, doutrina ou religião que faz uso de algum tipo de transe como é
muito comum no Brasil. Isto permitiu trabalhar sem idéias preconcebidas e interferências de modelos
estranhos à técnica terapêutica.
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X Congresso Brasileiro de Hipnologia
28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
PL-05
APLICAÇÃO DA HIPNOSE E TERAPIA SEXUAL NAS PRINCIPAIS DISFUNÇÕES
SEXUAIS PSICOGÊNICA
Célia Morais Pabst
Centro de Tratamento Mente e Corpo
Resumo.
O presente trabalho objetiva mostrar a associação da hipnose e terapia sexual no
tratamento das disfunções sexuais masculinas e femininas. O uso da hetero-hipnose e auto-hipnose no
tratamento da sexualidade com objetivo de reduzir ansiedade de desempenho, desbloqueios
psicológicos dessensibilizando os medos e temores frente a sexualidade. Sendo utilizado o recurso da
hipnose para favorecer o auto-conhecimento dos pacientes reequiulibrando dentro de uma visão
psicossomática.
PL-06
REVISANDO SUA VIDA ATRAVÉS DA HIPNOSE NATURAL
Regina Nohra
Instituto Milton H. Erickson de Petrópolis, RJ
Universidade Autônoma do México
Curso de Hipnose Natural Ericksoniana, Santa Casa da Misericórdia do RJ
O Grupo de Crescimento é um trabalho preventivo, de autoria da Dra. Teresa Robles que, através de
uma revisão de sua vida, o participante poderá transformar as dificuldades que impedem o seu bem
estar. O método utilizado é o da hipnose natural, um estado amplificado da consciência, utilizando as
técnicas ericksonianas, que nos permitem aprender a acessar os recursos internos para resolver tudo
aquilo que atrapalha o nosso desenvolvimento. O Grupo de Crescimento se destina às pessoas que
queiram trabalhar suas relações pessoais, sociais, profissionais e familiares, bem como o seu
autoconhecimento. E também, aos profissionais da área de saúde e educação, como aprendizado para
posterior utilização em seu campo de trabalho. Mesmo não sendo um grupo de terapia, os resultados
são terapêuticos, pois promovem mudanças de comportamento, uma vez que, os exercícios em estado
amplificado de consciência no transe hipnótico, levam o participante a entrar em contato profundo
com seu mundo interno, facilitando-lhe a percepção de uma nova compreensão da vida, contribuindo
para as mudanças de velhos padrões. Segundo Erickson, em nosso cérebro ficaram registradas todas
as aprendizagens e experiências da vida. Hoje, pelas pesquisas científicas, sabe-se que no campo
morfogênico (que gera formas – padrões que se transmitem) estão registradas todas as experiências da
vida, as minhas, as suas, as de toda a humanidade. O Grupo de Crescimento ajuda as pessoas a
reconhecer suas crenças limitantes, a resolver emoções bloqueadas e sentimentos não digeridos,
desatando nós que atrapalham o crescimento saudável e o bem-estar. Facilita o movimento interno da
pessoa na mudança de paradigmas, colaborando na reconstrução de sua própria realidade. Trabalha
basicamente o hemisfério direito do cérebro (intuição, emoção e sentimentos), para que junto com o
esquerdo (razão, lógica, matemática), interajam com maior plasticidade neuronal. Os temas abordados
nos encontros são universais. Embora cada indivíduo seja único, temos muitas experiências em
comum, tornando-nos semelhantes.
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28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
PL-07
HOMENAGEM AO LEGADO DO DR FERNANDO RABELO
A HISTÓRIA DO SETOR DE HIPNOSE DO HOSPITAL MUN. MIGUEL COUTO
Lauro Rodriguez de Pontes
Instituto Brasileiro de Hipnose Holística
Resumo. Essa apresentação versa sobre o trabalho realizado pelo Dr. Fernando Rabelo (in
memorian) que em 1991, pela primeira vez foi realizou a experiência de curso informativo sobre
hipnose dentro do hospital municipal Miguel Couto no Rio de Janeiro. Será apresentada a história do
setor de hipnose que o Dr. Fernando criou como parte do hospital, se tornando o único em hospital
público na América Latina à época a possuir um setor dedicado ao estudo e a prática da hipnose em
pacientes com as mais variadas enfermidades e queixas. O setor, que foi fechado 1999 em função da
doença do Dr Fernando, foi um grande marco na história da hipnose brasileira.
PL-08
HIPNOTERAPIA PARA TRAUMAS PROFUNDOS
Ricardo Feix, M.D., M.P.H.
Instituto Milton H. Erickson Brasil Sul
Resumo. Alguns pacientes graves, refratários à psicoterapia, são vítimas de transtornos do stress póstraumático, com ou sem dissociação, ou estão sofrendo por situações extremas, consideradas como
emergências espirituais. Estas podem ser: obsessões, possessões, experiências fora do corpo,
experiências de quase morte, consciência de vidas passadas, experiências místicas, padrões familiares
de repetição negativa ou memórias de traumas transgeracionais. Para estes casos complexos o autor
desenvolveu uma abordagem chamada DTMR (Deep Traumatic Memory Reframing), que consiste
numa ferramenta baseada na Hipnose integrativa. Aproximando novas e antigas escolas da
psicoterapia do Oriente e do Ocidente, utiliza conceitos de Psicoterapia Transpessoal e influências do
Psicodrama, Budismo, Kardecismo e Xamanismo. Através do transe profundo, ativo e eclético,
favorece a justiça restaurativa, ressignificando e integrando passado, presente e futuro. Acoplando as
contribuições de Roger Woolger PhD e Milton H. Erickson M.D., o autor favorece a aplicação dos
conceitos da quinta onda em Psicoterapia. A teoria de Campo Energético e Informacional oferece
assim um trabalho quântico e filogenético. A DTMR, atualmente, enquanto experimento clínico
encontra-se na infância de seu desenvolvimento potencial, ao encontrar-se com os conceitos de corpo
holográfico e campo morfogenético.
PL-10
AUTOSCOPIA – TERAPIA MENTE-CORPO-QUÂNTICA.
João Jorge Cabral Nogueira
Pós-graduação da Uni-IBMR/SOHIMERJ e Fac. SPEI/IBHA
Resumo. O objetivo deste trabalho é apresentar uma nova visão de tratamento pela hipnoterapia em
psicoterapia e medicina psicossomática. A autoscopia é a visualização interna do corpo humano em
estado ampliado de consciência. Pode ser auto ou hétero induzida. Já no século retrasado casos de
autoscopias diagnósticas foram relatados pelos Dr. Petétin, Dr. Chapelain, Dr. Chardel, Mayer e
Bernheim. Inúmeros trabalhos científicos confirmam a teoria da comunicação mente-corpo em doença
e cura entre eles os trabalhos de Ernest Rossi. Trabalhos recentes nos falam da memória celular do
órgão que traz o sintoma como fonte do trauma. Acessando a Memória Celular através da Autoscopia
encontra a causa do sintoma. O autor inova o modelo tradicional de terapia mente-corpo
acrescentando o modelo quântico, baseado no modelo da mente holográfica de Karl Pinbram, nas
moléculas das emoções de Candance Pert e no modelo holoinformacional do Universo de Francisco
Di Biase. A esse modelo ele chamou de Terapia Mente-Corpo-Quântica. Esse modelo se divide em
um diagnóstico através da memória celular e de uma terapia honrando a memória holográfica das
células do órgão do sintoma e buscando a cura através da redecisão ou ressignificação do trauma.
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28-30 de junho de 2012
UERJ, Rio de Janeiro
PL-11
Hipnoanálise na síndrome do pânico resolvida por regressão ao útero materno
Lais Helena da Rocha
Associação Brasileira de Hipnose
Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro
Resumo. Motivo da Consulta: Síndrome do pânico com exacerbação ao viajar de ônibus. Inicio do
tratamento em 1987 aos 22 anos e término em 2001 aos 36 anos. Durante este tempo ocorreram várias
e longas interrupções que retardaram a evolução do processo terapêutico. No último período, a
paciente apresentou diversas crises de síndrome do pânico que não melhoravam com medicamentos
ou com a psicoterapia convencional. Apesar da orientação de que fosse feito um tratamento com
regressão hipnótica, ela negava a se submeter a este método. Quando finalmente se propôs a aceitá-lo,
houve resolução do processo através da regressão ao útero materno. Os sintomas foram reavaliados
por vários anos sem apresentar retorno ao quadro inicial.
PL-12
CONSTRUINDO CAMINHOS COM A HIPNOSE TERAPEUTICA:
HIPNOBIODRAMATURGIA.
Yedda Costa dos Reis
Resumo. O presente trabalho é o resultado de um projeto de pesquisa para a apresentação de uma
nova abordagem psicoterapêutica que trabalha a integração de técnicas psicodramatúrgicas com as de
hipnose terapêutica, visualização e programa stressless (uma adaptação do biofeedback). Foi julgada e
aprovada pela FAPERJ (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) sendo
considerada de cunho científico, inovadora, pioneira em todo Brasil e no exterior, a partir de sua
apresentação em congressos internacionais, tendo o apoio financeiro dessa Instituição.
É indicada para tratamento nas áreas de saúde física e mental.
PL-13
HIPNOSE E DORES CRÔNICAS: PROBLEMAS METODOLÓGICOS E
EPISTEMOLÓGICOS
Maurício S. Neubern, PhD
Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília (IP/UnB)
Resumo. O presente trabalho visa destacar alguns princípios metodológicos e epistemológicos
voltados para as relações entre hipnose e dores crônicas. O primeiro ponto que destaca é
impossibilidade de tecer afirmações prévias sobre as outras pessoas, o que leva tanto a uma atitude
dialógica, como ao estabelecimento da relação como eixo principal da clínica e da construção de
pensamento. Isso remete à necessidade de se conhecer a experiência do outro a partir de suas próprias
referências e sentidos subjetivos, que também oferecem informações importantes para a construção
das sugestões hipnóticas. O segundo ponto que destaca é que o paciente deve se constituir como um
aliado, alguém que também é especialista e deve se assumir como sujeito do processo psicoterápico.
Isso remete a uma dimensão de agenciamento, de papel ativo que o paciente precisa desempenhar em
transe para lidar com suas dores crônicas de modo a reconfigurá-las. O terceiro ponto destaca que os
saberes oriundos do mundo do paciente devem ser considerados como aliados do processo
psicoterápico e que o saber do terapeuta é apenas uma forma possível de conhecer, não a única nem a
melhor. Isso remete a uma perspectiva de diálogo e reconhecimento quanto aos saberes espirituais,
culturais, familiares e sociais que se constituem como aliados do processo terapêutico de
transformação das dores crônicas via hipnose.
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PL-14
HIPNOTERAPIA EFIGIAL: UN CAMBIO DE PARADIGMA
Abel Minacore
Medico Director del Instituto Medico Psicologico de Rosario Argentina
Resumo. El Autor, considera a La Hipnoterapia Efigial como un constructo metodológico, donde la
efigie, es una unidad de memoria, como mecanismo de registro y representación de las percepciones
complejas de la vida cotidiana, un idioma mental primitivo, que actúa en función de la resolución de
problemas múltiples, en conjunto con el mundo semántico actual. Cambia el paradigma del sueño
freudiano, basándose en el procesamiento de la información, la teoría del apego, el constructivismo,
las neurociencias y el posracionalismo, dando así un giro fundamental y entendiendo al sueño como
un “Reparador Emocional”, de forma que en cada sueño el individuo trata de resolver un problema
emocional y no solo satisfacer deseos. Desde esta construcción, ajusta y da coherencia a: 1. La
hipótesis biológica de Mac Lean del cerebro trino, 2. La teoría de la mente Dinámico Madurativa de
Patricia Crittenden, 3. El concepto de procesamiento de la información en dos Niveles de Vittorio
Guidano.Reformula el modelo de mente en dos dimensiones de procesamiento de la información
(Nivel Explícito y Nivel Tácito) teniendo un sustento neurobiológico trifásico, con unidad en un sí
mismo fundamentalmente bio-evolutivo. Estos conceptos, fundamentan una técnica hipnótica
terapéutica desde un nuevo paradigma, acercando así a la hipnosis, al mundo de las neurociencias,
dando un sustento científico a la nueva técnica.
PL-15
TRATAMENTO COMPORTAMENTAL DA TRICOTILOMANIA SOB TRANSE
HIPNÓTICO
Fernando Vasconcelos Ferreira
Diretor do Depto de Medicina da Associação Brasileira de Hipnose - ASBH
Resumo. A tricotilomania é definida como um dos Transtornos do Controle dos Impulsos, com os
critérios especificados pelo DSM-IV-TR. O Método aqui apresentado para o seu tratamento
corresponde a uso de Técnica Comportamental, após indução do Transe Hipnótico, dirigida a sugestão
de toda vez que vier o impulso para arrancar os cabelos, os dedos, de ambas as mãos se abrirão em
leque, rígidos inflexíveis, impossibilitando qualquer ação de arrancar os cabelos, e permanecendo por
3 minutos nesta posição, ao fim de tal tempo, automaticamente relaxarão, voltando a posição inicial.
Resumo de caso clínico: SCF, 22 anos solteira, estudante universitária. Histórico de inicio aos 13 anos
de idade a partir desta data passou a tirar os cabelos ao ponto de deixar uma grande quantidade no
piso. Todos os Transes foram induzidos por Relaxamento Progressivo, conseguindo Transe profundo
sendo as sugestões dirigidas a identificar o impulso de arrancar os cabelos, antes de se concretizar,
automaticamente as mãos se abrirem, com os dedos rígidos em leque, impedindo assim a ação de tirar
os cabelos, permanecendo por 3 minutos nesta posição, ao final deste tempo, havendo o relaxamento
das duas mãos, sentindo após uma sensação de felicidade e bem estar. Foram realizadas um total de 9
sessões, com respostas positivas desde a primeira sessão.
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PL-16*
HIPNOANÁLISE NA OBSTETRÍCIA
Lais Helena da Rocha
ASBH- SOHIMERJ
Resumo. Paciente com 34 anos secundipara de gêmeos. No primeiro parto, ocorrido há dois anos,
teve eclampsia e apesar de estar programado um parto normal foi feita cesariana com a finalidade de
salvar a mãe e a criança. Quando estava no sexto mês da segunda gravidez apresentou quadro
hipertensivo, motivo pelo qual me procurou para se submeter a um tratamento psicológico. Por ser
uma gestação de risco, propus que fosse aplicada a técnica de hipnoanálise três vezes por semana até o
momento do parto. Houve excelente evolução.
PN-17*
HIPNOTERAPIA COGNITIVA
Maria Joana de Lima e Barros
ASBH - SOHIMERJ
Resumo: O presente trabalho visa demonstrar as vantagens da associação entre Hipnose Clínica e
Terapia Cognitivo-Comportamental – TCC: A Hipnoterapia Cognitiva, um recurso seguro e rápido
para se obter os resultados desejados em psicoterapia, com excelentes ganhos. Em 2000 o psicólogo
americano Edward Thomas Dowd, escreveu o livro Cognitive Hypnotherapy sendo considerado
pioneiro na proposição da Hipnoterapia Cognitiva. A TCC, idealizada por Aeron Beck na década de
60, é uma abordagem psicoterápica muito eficaz no tratamento de transtornos psicológicos e
psiquiátricos. É diretiva e breve, desenvolve no cliente habilidades para solução de problemas e sua
reestruturação cognitiva. A Hipnose Clínica ou Hipnoterapia é a utilização do estado de hipnose
com finalidade terapêutica. Tem por princípio básico a possibilidade de recorrer ao inconsciente
e acessar crenças limitantes que levam o individuo a ver e interpretar situações de forma distorcida,
impedindo o desempenho desejado, o que chamamos de vulnerabilidade cognitiva. Por fim, não é a
situação, mas como nós interpretamos as situações que vai influenciar a forma de sentir e se
comportar, a hipnose cognitiva tem excelente resultado no tratamento, uma vez que leva o cliente a
entrar mais rápida e profundamente em contato com pensamentos, idéias, sensações, emoções e
crenças que estão interferindo na funcionalidade da sua vida. Essa ferramenta permite reconhecer e
modificar os comportamentos indesejáveis, com eficiência e rapidez.
* Proferidas na Sessão do Ciclo de Palestras para o Público Geral
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TA-01
TRATAMENTO PELA HIPNOTERAPIA (AUTOSCOPIA) DE UMA SÍNDROME DO
PÂNICO E COADJUVANTE NO TRATAMENTO DE CÂNCER RENAL
Maria Aparecida Gomes Costa
Instituto AmanheSer, RJ
Resumo. Homem, casado. Quando jovem vendo seu pai morrer de repente entrou em estado de crise
Histérica, medicado por um Clínico teve alucinações e convulsões (estados febris). Indo para o centro
de Psiquiatria do Hospital Pedro II. Submeteu-se a 8 Eletroconvulsoterapias. Ao término da sessão
constatava grau elevado de agressividade, (colapso nervoso), sendo usada Insulinoterapia, onde comia
“kilos” de doces para superar a crise. Provavelmente, a Síndrome do Pânico instalava-se, ocasionando
fugas da realidade e rejeição à vida social. Aos 85 anos, foi constatado linfoma de células renais do
rim esquerdo. Insuficiência renal crônica, infecção persistente por Pseudômonas Aeruginosa.
Começamos o tratamento com Psicoterapia e Hipnoterapia. Durante as sessões foi feito procedimento
cirúrgico de Nefrectomia. Restando metástases nos linfonodos os quais foram tratados pela
quimioterapia a posteriori. Utilizamos a técnica da Autoscopia para identificação do motivo da
formação do tumor, sua ressignificação, entre outras, inclusive no combate aos linfonodos. Objetivo:
Demonstrar como a técnica leva o paciente modificar a realidade interna através da vivência de si
mesmo, após esta conscientização, a partir de suas próprias experiências criar em seu organismo
possibilidades de luta, desde o momento em que aconteceu o trauma e o período em que a partir dele
foi gerada a doença. Método: O estudo parte de uma revisão a partir da vivência do caso clinico.
Conclusão: Estiveram presentes as memórias do processo nas sessões havendo o confronto e a
ressignificação, trazendo ao paciente a tranquilidade para ser operado. Exames no momento estão
negativos para o câncer.
TA-02
ESTRESSE LABORAL: A HIPNOSE MÉDICA PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS
INTERNOS E MUDANÇA COMPORTAMENTAL EM GRUPO
Betty Papelbaum
Resumo. Frequentemente percebemos nas matérias veiculadas na mídia que o estresse tem sido
considerado o mal do nosso tempo, o que se confirma por estudos atuais em saúde mental. É
preocupação constante criar condições específicas para atenuar esse fator no ambiente laboral.
Trabalhar o estresse em grupos alcança um número maior de pessoas que trocam experiências e se
apoiam mutuamente. Essa atividade permite que sejam mobilizados recursos individuais e grupais a
partir de exercícios reflexivos e de autotransformação. O objetivo desse trabalho é apresentar a
proposta de grupos mensais, desenvolvida na UNICEF – Rio de Janeiro. A cada encontro são
promovidos exercícios que conduzem a um estado de relaxamento profundo, por meio da hipnose
médica. Desligando a atenção vigilante e despertando a atenção focada, o facilitador utiliza metáforas
que permitem a descoberta de recursos internos já existentes. Ao retomar o estado alerta, são
discutidas as questões suscitadas e revisadas as crenças limitadoras. Alguns resultados são: o grupo é
um espaço de catarse e elaboração de conflitos e o trabalho reflexivo em grupo ajuda na percepção
dos próprios recursos, na transformação interna e na mudança comportamental, facilitando
relacionamentos mais produtivos. Concluímos que a utilização da hipnose em grupo demonstra ser
uma ferramenta privilegiada para se identificar e trabalhar os eventos estressantes da vida cotidiana e
profissional.
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TA-03
DRAMA E LINGUAGEM INDIRETA COMO ELEMENTOS DE INTERVENÇÃO
EM HIPNOTERAPIA
Rosanna Jacobina Ribeiro
Depto de Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília - UnB
Resumo. Neste trabalho compreende-se a psicoterapia como um processo relacional constituído pelo
movimento de narrativas e dramatizações dos atores envolvidos no cenário terapêutico. As noções de
drama e linguagem na clínica ganham visibilidade quando pensadas como expressão do sistema
subjetivo, que integram de maneira dinâmica aspectos do indivíduo e da subjetividade social. Nessa
perspectiva, entende-se que o discurso direto, engendrado na intencionalidade, possui pouca
influência sobre os sentidos subjetivos por ser incompatível com suas características de organização.
Fala-se em linguagem indireta por ser um dispositivo para acionar recursos inconscientes,
privilegiando a comunicação em múltiplos níveis, relacionadas ao conteúdo verbal, expressões não
verbais e posicionamentos adotados no processo terapêutico. O trabalho consiste de um estudo de caso
de um atendimento realizado pelo grupo de pesquisa Hipnose e dor crônica: construindo o contexto
terapêutico, realizado na Clínica de Atendimentos e Estudos Psicológicos (CAEP) da Universidade de
Brasília (UnB). As interpretações e considerações feitas neste trabalho são desenvolvidas numa
perspectiva da Epistemologia Qualitativa de González Rey, articulada aos elementos utilizados em
hipnose ericksoniana e aos pressupostos da fenomenologia existencial de Merleau-Ponty. São
discutidos os processos de mudança dos núcleos configuracionais que dizem da experiência do
sujeito, ressaltando a vivência de dor crônica, a partir da criação de contextos terapêuticos
TA-04
HIPNOSE NA OBSTETRÍCIA
Leila Mariza de Mattos Mello
Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro – 33ª Enfermaria – Obstetrícia
Instituto de Psicologia e Psicanálise da Universidade Santa Úrsula
Resumo. O objetivo da minha apresentação é dissertar sobre o uso da hipnose no parto sem dor. Na
obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, desenvolvo um trabalho tanto
individualmente como em grupo de gestantes, juntamente de seus familiares. Primeiramente, durante
o pré-natal são realizadas diversas reuniões para debater sobre sexualidade, alterações hormonais,
relacionamentos, fontes de estresses e o parto, além de discutir as implicações da chegada do recémnascido na dinâmica familiar. Em seguida, são utilizadas várias técnicas de hipnose, como
Relaxamento Progressivo, Pestanejamento Sincrônico e Levantamento da Mão, somadas à
Visualização Criativa e técnicas de Hipnose Ericksoniana.
Quando há necessidade, ou seja, no
caso da paciente apresentar angústia, depressão, ansiedade, fobias ou descontrole emocional, é feita
uma intervenção terapêutica individual utilizando a Psicoterapia Breve Focal (para agilizar a terapia) e
a Respiração Diafragmática, que também é feita durante o parto. O meu objetivo é que a parturiente
fique calma e tranquila durante a gravidez, para passar, através do cordão umbilical,
neurotransmissores como Dopamina, Endorfina e Acetilcolina, associados a sensações de bem-estar
do feto.
Dessa forma, a paciente vai para a sala de parto condicionada com o signo sinal e,
mesmo sem a minha presença, entra em estado hipnótico durante o parto. Posteriormente, são
recolhidos relatos sobre as sensações das pacientes no momento do parto, através do qual pode-se
perceber que tenho alcançado na maioria dos casos o objetivo a que me propus.
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Resumos
Painéis
Temas de Interesse da Hipnologia
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TL-01
AVALIAÇÃO DO PASAT E O DESEMPENHO DE PACIENTES COM ESCLEROSE
MÚLTIPLA DE ACORDO COM O NÍVEL DE ESCOLARIDADE
Heleine Norman Clemente; C.C.F Vasconcelos; H. Alvarenga Filho; J.B.B. Brooks;
R.M.P. Alvarenga
Serv. Neurologia - Hospital Universitário Gaffrée e Guinle-HUGG/UNIRIO
Resumo. O objetivo do presente trabalho foi aplicar o teste PASAT em uma amostra com pacientes
com EM forma surto-remissão (SR) separados em dois grupos de escolaridade diferentes, analisar e
comparar os resultados de cada grupo, para verificar se ocorreram diferenças no desempenho dos
pacientes devido à diferente escolaridade de cada grupo. A esclerose múltipla (EM) é uma doença
crônica que causa desmielinização do sistema nervoso central em indivíduos em idade produtiva
afetando tanto funções motoras quanto sensitivas e gerando vários graus de incapacidade. Um estudo
descritivo transversal retrospectivo com 63 pacientes (homens/mulheres) do serviço de Neurologia
do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle–HUGG/RJ, foi realizado entre 2010/2012. O Grupo
1(G1) foi formado por 32 pacientes com escolaridade 1º e 2º grau, e grupo 2 (G2) com 31 pacientes
com nível superior de escolaridade. A aplicação do teste foi feita sob condições ideais e as
instruções foram feitas adequadamente, foi solicitado ao paciente que tivesse uma boa noite de sono
no dia anterior, uma alimentação adequada antes do teste, e não usasse drogas ou medicações que
afetassem a função cerebral. A diferença entre os grupos G1 e G2 no escore do PASAT foi
significante e sugere que, entre outras variáveis, o nível de escolaridade é capaz de influenciar no
resultado do teste, corroborando com os achados do estudo de Brooks. Concluímos que a hipótese de
que um resultado satisfatório no teste PASAT depende do nível de escolaridade e QI de cada
paciente, é verdadeira nesta amostra como sugere Strauss, sendo assim ele pode ser adequado a
apenas para indivíduos que tenham um nível de escolaridade elevado e habilidades em matemática e
não ser adequado para avaliação de todos os pacientes. Os achados encontrados neste estudo,
corroboram com as críticas feitas ao teste encontradas na literatura científica de que o nível de
escolaridade interfere no desempenho dos pacientes com EM.
TL-02
TRATAMENTO PELA HIPNOTERAPIA ATRAVÉS DA REGRESSÃO/
AUTOSCOPIA, TÉCNICAS DE INDUÇÃO EM CASO DE FOBIA SOCIAL
Maria Aparecida Gomes Costa
Instituto AmanheSer, RJ
Resumo. O presente trabalho é um caso clínico em atendimento e tem como objetivo demonstrar
como as técnicas levam o paciente a tentar modificar a realidade interna através da vivência da criança
interior numa visão regressiva de como tudo iniciou, através desta conscientização, pelas próprias
experiências criar em seu organismo possibilidades de luta desde a clareza do momento acontecido, o
trauma, e a partir daí fazermos a ressignificação de seus conflitos. Homem, 39 anos, filho único.
Relata que desde pequeno tem dificuldade de se comunicar, sente vergonha. Sendo natural do
Nordeste aos 11 anos com a mãe veio para o Rio de Janeiro. Mãe fala que o Rio é perigoso, com
mulheres “traiçoeiras!” Em rapport confessa ser tímido, inseguro, medroso, com grande dificuldade
em formar opinião. Formado em letras e Literatura sem exercer a profissão porque falar em público
causava vergonha, exerce função de mecânico em oficina de automóveis. Em roda de amigos confessa
sofrer humilhações. Abstendo-se de cultivar amizades. Em seus namoros relata não se aproximar por
achar ou pensar que receberá um não. Em festas, evita dançar com medo. Secreta suas namoradas para
a mãe para que não enumere defeitos. Envergonha-se de sua estatura e cor. Hoje “fica” com sua ex
namorada escondido. Utilizamos a Regressão com Autoscopia, em uma viagem buscando sua criança
interior. O paciente reviveu momentos da infância que fugia a lembrança, momentos de angústia, de
perdão com trocas de afetividade. Seu depoimento, atitudes e comportamento tiveram mudanças
exprimidas com clareza.
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PN-03
CÉSAR MILLAN E A COMUNICAÇÃO EFETIVA
Ulisses Heckmaier de Paula Cataldo
Resumo. César Millan é renomado especialista em comportamento canino e apresentador da
série “o encantador de cães” na rede televisiva National Geographick channel. César é
internacionalmente famoso devido ao seu trabalho em reabilitação canina, transformando as
relações entre cães e donos. Cães na “zona vermelha”, num estado de alta e perigosa
agressividade, em minutos transformam-se em dóceis animais através das suas técnicas.
Além de muitos casos clínicos, César Millan também responde pela autoria de vários
trabalhos sobre a reabilitação de cães, e em psicologia canina, como, por exemplo, o
homônimo da série “o encantador de cães” (2007), e “como criar o filhote perfeito” (2011).
Guiado pelo lema “eu reabilito cães e treino pessoas” (Millan, 2007), César realiza mais do
que um trabalho apenas com cães, ele ensina e guia os donos a terem uma forma diferente de
se relacionar com seus animais, a fim de conseguirem novos resultados. Em outras palavras,
César Millan atua como um terapeuta, intervindo e movimentado a família – raro uma
intervenção que não seja baseada nua tríade – para a mudança; sendo o problema, sempre, no
caso dele, o comportamento desajustado do cão. Pautando-se na ideia da hipnose como um
estado de resposta a um determinado tipo de comunicação (Grinder, J. e Bandler, R, 1984),
argumenta-se que o que César faz não se trata de condicionamentos, ou de técnicas de
comportamento animal, mas sim de hipnose. César, além de induzir estados de relaxamento,
e poder, intervém frente às famílias na forma de sugestões, diretivas, injunções, conotações
positivas e outras técnicas hipnóticas (Haley, 1986), como um terapeuta; sendo o objetivo do
trabalho defender esse ponto de vista e ampliar os limites da hipnoterapia.
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28-30 de junho de 2012
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Índice de Autores
Abram, C. - 21,22
Lessa, C. - 21
Almeida, A.F. - 23
Madjrof Filho, P. - 23
Alvarenga, H. - 32
Maia, J.P. - 14
Alvarenga, R.M.P. - 32
Melo, L.M.M. - 31
Barros, G. - 23
Miceli, V. - 20
Barros, M.J. - 29
Minacore, A. - 28
Bazzi, M. – 13
Neubern, M.S. - 27
Brooks, J.B.B. - 32
Nogueira, J..J.C. - 26
Cataldo, V.H.P. - 33
Nohra, R. - 25
Clemente, H.N. - 32
Pabst, C.M. - 25
Colás, O. - 18
Papelbaum, B. - 30
Cortez, C.M. - 15
Paula Filho, T.T. - 17
Costa, M.A.C. - 30, 32
Pontes, L.R. - 26
Di Biase, F. - 13
Reis, E. - 24
Domiciano, E. - 19
Reis, Y. - 27
Facchinetti, J. - 21
Ribeiro, R.F. -31
Feix, R. - 26
Rocha, L. – 27,29
Ferreira, F.V. - 28
Santos, J. S. - 17
Fiszman, A - 15
Stephan, M. - 20
Gil, M.A.S. - 17, 19
Teixeira, F. - 21
Gomes, G. - 24
Vasconcelos, C.C.F. - 32
Gomes, L.S.A. - 22
Veiga, C.L. - 18
Granado, N.V. - 16
Teixeira, F. - 21
Lean, T. - 18
- 34 -
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X CONGRESSO BRASILEIRO DE HIPNOLOGIA