5ª SEMANA SOCIAL
BRASILEIRA
Participação da Sociedade no processo de
democratização do Estado brasileiro
Estado para que e para quem?
OBJETIVO DA 5ª SEMANA SOCIAL
• Ela quer ser um espaço participativo de discussão sobre os
rumos do nosso país
– Concretamente: refletir sobre o papel do Estado na vida
dos brasileiros.
– Realizar uma profunda e crítica análise das atuais
instituições políticas e identificar o que nelas pode ser
modificado ou criado de novo, para que o Estado não
esteja a serviço dos interesses produtivistas e
consumistas, mas esteja efetivamente a serviço do bem
Comum e da dignidade das grandes maiorias nacionais.
(Por Uma Reforma do Estado com participação democrática, doc. 91 da CNBB,
n.110).
ARTICULAÇÃO DAS FORÇAS VIVAS
 As semanas sociais articulam as forças populares e intelectuais
para debater questões sociais, políticas e econômicas relevantes
e traçar perspectivas para o país, baseadas no Ensino Social da
Igreja que reafirma a dignidade da pessoa humana e a promoção
do bem comum.
 Com esta iniciativa a Igreja, movida pela fé, consciente de seu
compromisso com a ação evangelizadora, fomenta a
participação dos cristãos nas decisões sobre os rumos da
sociedade brasileira, em vista da construção do bem comum.
◦ A experiência de fé não se dá isolada do mundo, dos problemas
cotidianos, mas ela ilumina as atitudes do cristão diante destas
realidades, em vista do Reino anunciado por Jesus.
DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA
• A Igreja na área social está “antenada” com as
mudanças em curso no capitalismo mundial e é
sensível às demandas dos movimentos sociais e
às grandes aspirações dos povos, a começar dos
mais pobres e excluídos.
– Ela busca a transformação da sociedade pelo viés da
defesa da vida, da justiça e da solidariedade.
MEMÓRIA DAS SEMANAS SOCIAIS
ANTERIORES
 Primeira Semana Social Brasileira foi realizada em 1991,
com o tema “O mundo do trabalho, desafios e
perspectivas”
 Segunda Semana Social Brasileira realizou-se de 1992 a
1994, trazendo como tema central “Brasil – alternativas e
protagonistas”.
 Terceira Semana Social Brasileira de 1997 a 2000 assumiu
como temática central a questão do perdão das dívidas
com a proposta de resgate das dívidas sociais – justiça e
solidariedade na construção de uma sociedade
democrática.
 Quarta Semana Social Brasileira, realizada entre 2004 a
2006 com o tema “Mutirão pro um novo Brasil”
O ESTADO QUE TEMOS, O ESTADO QUE
QUEREMOS
• Nos países ocidentais, o Estado mantém a tradição de regime
democrático. Contudo sua operação a partir do modo
capitalista de produção
(maximização dos lucros e a
acumulação de capital), faz com que o Estado, em lugar de
exercer a função de juiz e de regular os interesses
contraditórios, salvaguardando a defesa das camadas
fragilizadas, seja tentado permanentemente a desempenhar a
tarefa de privatizar os lucros e socializar as perdas.
– Fato notório, a título de exemplificação, é o que, por
vezes, faz através dos impostos e incentivos,
favorecendo em geral o crescimento a qualquer preço.
 Queremos um Estado a serviço das necessidades básicas
da população e não movido pelo lucro e acumulação de
capital
◦ Um Estado mais atento aos clamores que vem “da base”.
◦ Que procure combater a corrupção, danosa aos interesses da
população.
◦ Um Estado atento ao desequilíbrio dado entre os “padrões de
consumo” e as potencialidades da natureza.
◦ Um estado que tenha presente a contradição entre o crescimento
econômico e o declínio social, em razão da concentração e da
exclusão.
◦ Um Estado capaz de implementar políticas para socializar os bens
que são produzidos (acesso a todos).
◦ Um Estado capaz de se fazer mais aberto às reivindicações por
verdadeira democracia, por mais participação nas decisões do
governo que dizem respeito à população.
VIVER BEM x BEM VIVER
• O grande desafio é substituir o privilégio de “viver bem”,
em que alguns tudo podem e tudo querem porque se
encontram no topo da pirâmide, pelo conceito de “bem
Viver”, o qual, em lugar de inverter a pirâmide social,
levará a uma relação nova com a natureza e com as coisas,
com os animais e as pessoas
• Vivemos uma crise de dimensão civilizacional:
– Vemos que o nosso sistema administrativo traz
seus muitos desafios e injustiças sociais;
– Vemos igualmente a necessidade de mudar os
valores que governam nossa sociedade.
DESAFIOS PRINCIPAIS
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Consumismo desenfreado/produtivismo.
Mercantilização generalizada.
Impactos ambientais das atividades econômicas.
A procura de satisfação dos interesses privados em
detrimento dos interesses, dos bens e dos serviços
coletivos.
• Apesar do crescimento econômico que diminuiu a pobreza
e fez crescer o consumismo, existe muito cansaço,
desencanto e raiva social, gerando violências por parte “de
quem não tem nada a perder, nem a esperar”, movidos
pelas frustrações em meio às desigualdades sociais.
PECADOS CAPITAIS DOS TEMPOS MODERNOS
(GANDHI)
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Riqueza sem trabalho;
Prazer sem escrúpulo;
Comércio sem ética;
Ciência sem humanidade;
Conhecimento sem sabedoria;
Política sem idealismo;
Religião sem sacrifício.
CAMINHOS
• Economia e técnica não têm sentido, senão em
função do ser humano, ao qual devem servir.
• Invocar a primazia do ser sobre o ter; da ética
sobre a economia.
• A ética exige que os sistemas se adaptem às
exigências do ser humano e não que o ser
humano seja sacrificado em nome do sistema.
• O desenvolvimento é impossível sem pessoas
retas, sem operadores econômicos e políticos
que sintam intensamente em suas consciências o
apelo do bem comum.
7 tipos de paz – povo Kéchwa
Paz para traz – passado
Paz para frente - futuro
Paz para baixo – natureza
Paz para cima – Deus, espíritos, ancestrais
Paz para a direita – vizinhos
Paz para a esquerda – família
Paz para dentro – consigo mesmo
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5ª Semana Social Brasileira